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Informática básica para mulheres
Aulas foram realizadas no laboratório de informática do IFNMG - Campus Montes Claros
Coordenadora: Luciana Balieiro Cosme Bolsistas: Camilla Nayara Pimenta Ferreira, Luzia Aguiar de Medeiros e Polyana Gomes de Aguiar Voluntária: Ana Karoline Antunes Dias Colaboradoras: Alana Mendes da Silva, Amanda Chaves Moreira Cangussu e Keline Morais Balieiro
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Texto: Alana Mendes da Silva, Amanda Chaves Moreira Cangussu, Keline Morais Balieiro e Luciana Balieiro Cosme Campus: Montes Claros
Informática básica para mulheres Projeto
Oprojeto de extensão “Curso de informática básica para mulheres” concretiza-se por meio de aulas práticas e expositivas, nos laboratórios de informática do Campus Montes Claros, e, também, por oficinas planejadas pela equipe técnica do projeto, para trabalhar questões como autoestima e autonomia. Além disso, foram realizadas palestras e debates que abordaram temas de interesse do público-alvo, abrangendo discussões, especialmente, sobre saúde da mulher.
O projeto é desenvolvido desde 2013 e, atualmente, conta com a coordenação da professora do Curso de Ciência da Computação, Luciana Balieiro Cosme, e com a colaboração da assistente social Alana Mendes da Silva, da psicóloga Amanda Chaves Moreira Cangussu e da acadêmica do Curso de Ciência da Computação, Keline Morais Balieiro. Além delas, participaram do projeto as acadêmicas com a preparação do material didático a ser usado durante as aulas. Nessa etapa, inseriram-se pesquisas de cunho tecnológico para enriquecer e atualizar os conhecimentos acerca de informática, a serem repassados para as alunas participantes. Houve a formação das instrutoras, com participação apenas de mulheres adultas. Formularam-se abordagens de assuntos que poderiam ser de interesse das alunas, como produção de currí
O projeto de extensão “Curso de informática básica para mulheres” comemora mais uma edição no Campus Montes Claros. Todo ano, esse projeto oferece um curso de informática básica, voltado para o público feminino, com vistas a estimular um grupo de mulheres que reside no entorno do campus, a conhecer as ferramentas do computador e da internet, permitindo que elas possam participar do mundo digital. do Curso de Engenharia Química, Camilla Nayara Pimenta Ferreira, Polyana Gomes de Aguiar e Luzia Aguiar de Medeiros, além da discente do Curso Técnico em Informática, Ana Karoline Antunes Dias, como colaboradoras e instrutoras das aulas do projeto. Em 2018, o curso começou no final de setembro e teve duração de dois meses, num total de 60 horas, distribuídas entre aulas e oficinas.
A metodologia do projeto contou Camilla Nayara Pimenta Ferreira Solenidade de formatura: mulheres mais preparadas para o uso do computador e da internet
Oficina de autoestima também fez parte da programação do curso
culos, escrita de textos informativos, produção de tabelas de organização pessoal, pesquisas na internet, entre outras demandas. Dentre os aspectos explorados na internet, destacam-se a troca de mensagens e e-mail, configurações e personalização das redes sociais. Já em relação aos sites voltados à educação, como o da Fundação Bradesco, foi instruída a criação de uma conta no site e sua utilização.
Após a etapa de preparação da didática, produziu-se o material de divulgação do projeto à comunidade externa, quando foram impressos folhetos e cartazes com informações sobre o objetivo do curso de informática, datas de inscrições, documentos para o processo, data e horário de início das aulas. O material foi colocado em postos de saúde, escolas e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) da região.
As fichas de inscrição das candidatas continham seus dados pessoais, como nome, idade, endereço, número de pessoas na família, renda, se possuíam computador em casa, e-mail, se já tinham contato com meio informacional, entre outros. O perfil das candidatas apresentava mulheres entre 18 e 59 anos, com média de 32 anos, moradoras de bairros vizinhos ao IFNMG - Campus Montes Claros, com renda familiar abaixo de 2 salários mínimos, por família. Dessas, muitas desempregadas, todas possuíam ao menos o ensino médio incompleto e 20% delas possuíam ensino médio em modalidade Ensino para Jovens e Adultos (EJA). Dentre as motivações para participação no projeto, a maioria destacou o aumento da possibilidade de conseguir emprego, além do desejo de aprender algo novo.
Como as vagas disponíveis (24) foram insuficientes para a quantidade de candidatas, foi necessária a seleção dessas, levando em conta aquelas que menos possuíam contato com informática. Após a seleção das mulheres, deu-se início às aulas, ocorrendo três vezes por semana, das 19h às 21h30. Para definição do horário, foi considerada a maior possibilidade de as alunas participarem do curso, sem interferir diretamente no horário de trabalho.
No decorrer do projeto, houve a realização de oficinas ministradas por profissionais da psicologia, do serviço social e medicina, nas quais foram abordados assuntos de saúde, autoestima e autoconhecimento. A participação ativa por parte das mulheres foi um dos aspectos que mais chamaram a atenção em cada oficina. A Tabela 1 mostra as oficinas oferecidas no decorrer de 2018:
Tabela 1: Ocinas realizadas e suas abordagens
Área da Ocina Descrição da Ocina
Saúde
Autoestima
Mapa da vida Outubro rosa O câncer de mama O câncer de colo de útero Cuidados básicos e a saúde da mulher
Exploração da temática do amor próprio Autoconhecimento e reconhecimento
Reconhecimento do passado Expectativas para o futuro
Consideramos que as mulheres conseguiram se desenvolver nos assuntos abordados nas aulas, tendo em vista que algumas relataram o uso do conhecimento adquirido no dia a dia de seus trabalhos ou em busca de novas oportunidades de emprego, no envio de currículos via e-mail e na divulgação de vendas de produtos. As participantes demonstraram crescimento da autoestima, ampliação da capacidade interativa, melhoria na coordenação motora e atenção. Além disso, a evasão de alunas no projeto também foi baixa. Apenas duas atendidas não puderam permanecer no curso devido a problemas de cunho pessoal.