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Projeto Leão
As crianças que sabiam ler, liam, e as demais brincavam com os livros, contavam estórias umas para as outras, conversavam com a professora sobre as imagens e estórias.
Dayse Maria Mota Magalhães
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a Hope não dispõe de muitos(as) profissionais atuando com o público atendido. Desse modo, comprovamos que o que havia sido pensado como objetivo do projeto e a necessidade institucional se alinhavam.
Com esse diagnóstico, escrevemos e submetemos o projeto ao Edital 001/2019 da PROEX, conseguimos bolsa para uma das estudantes participantes. Iniciamos a execução do projeto, fazendo a apresentação da equipe às crianças e adolescentes vinculados(as) à HOPE.
Os(As) discentes de Matemática e Biologia (IFNMG) atuariam como orientadores(as) das atividades escolares (deveres), e, por sua vez, seriam orientados(as) por docentes do IFNMG participantes do projeto. Além dessas atividades, foi proposta a contação de estórias para as crianças e oficinas de Biologia, a serem realizadas pelas professoras do IFNMG. A estagiária do curso de Matemática solicitava aos(às) adolescentes e crianças que trouxessem seus deveres escolares de Matemática para a Hope, sentava-se com eles(as) e os(as) auxiliava nas operações de divisão, subtração e adição, bem como com outros problemas matemáticos. A maioria dos(as) adolescentes apresentava muita dificuldade com as questões matemáticas; outros(as), no entanto, aprendiam rapidamente e demonstravam interesse em aprender conteúdos mais avançados. Quando não havia tarefas, a estagiária passava algumas operações e os(as) auxiliava a resolver, tudo de acordo com a disposição deles(as) em participar, visto que não é objetivo da Hope atuar como escola formal, mas sim como um espaço em que as crianças e adolescentes possam encontrar atividades lúdicas e criativas no contraturno da escolarização. A estagiária relatou que a sua primeira experiência docente se deu durante a atuação na instituição,já que, até então, não havia atuado com ensino-aprendizagem de Matemática, sentindo-se muito gratificada por participar como mediadora no processo educacional.
A contação de estórias ocorria logo após o intervalo para o lanche da manhã. As crianças eram conduzidas para a sala de brinquedos e
A maioria dos(as) adolescentes apresentava muita dificuldade com as questões matemáticas; outros(as), no entanto, aprendiam rapidamente.
Leandra Maria da Silva Pereira
A contação de estórias ocorria logo após o intervalo para o lanche da manhã. As crianças eram conduzidas para a sala de brinquedos e orientadas a sentarem em cadeiras ou almofadas no chão.
orientadas a sentarem em cadeiras ou almofadas no chão. Após isso, a professora responsável contava estórias e apresentava as imagens do livro. Na sequência, eram distribuídos diversos livros infantis, para que as crianças os manuseassem. As que sabiam ler, liam, e as demais brincavam com os livros, contavam estórias umas para as outras, conversavam com a professora sobre as imagens e estórias e trocavam os livros entre si, sendo momentos de muita alegria.
O encontro para contação de estórias acontecia uma vez por semana, sempre pela manhã. Uma das experiências ocorridas durante o desenvolvimento do projeto foram as oficinas de Ciências, realizadas pela professora de Biologia, destacando-se um experimento com microrganismos. A bióloga colocou duas colheres de chá de fermento biológico em uma garrafa pet. A seguir, adicionou três colheres de açúcar e um copo cheio de água morna. Agitou a garrafa com a mistura e prendeu a ponta de uma bexiga à boca da garrafa. Após certo tempo, o balão se encheu de gás. A professora explicou às crianças que o fermento biológico é feito de microorganismos; estes, ao se alimentarem do açúcar, liberam o gás carbônico que encheu o balão. Enfatizou que há microorganismos em toda parte. Falou às crianças que muitos desses seres microscópicos são bons, pois equilibram nosso organismo, são usados para fabricar pão, iogurte e outros alimentos; entretanto, há muitos nocivos à saúde, daí a importância da higiene, de se lavar bem as mãos, cortar as unhas, tomar banho. As crianças demonstraram muito interesse em saber mais durante a oficina.
Como um todo, o projeto nos deixou muito recompensados(as). O projeto foi concluído, porém, não esgotamos as demandas percebidas na instituição. Logo, esperamos retornar à Hope para iniciarmos outros projetos.
Uma das atividades era a distribuição de livros infantis, para que as crianças os manuseassem.
Coordenadora: Elza Cristiny Carneiro Batista Bolsista: Flávio Lucrécio da Silva Borges Colaborador: Francisco Valdevino Bezerra Neto Texto: Elza Cristiny Carneiro Batista Campus: Arinos
Projeto Projeto Leão
Entre maio e dezembro de 2019, o Projeto Leão atuou para facilitar a conscientização da comunidade de Arinos a respeito da guarda responsável de animais, de forma a minimizar os maus tratos e abandono. Por meio da conscientização e envolvimento da comunidade, o projeto buscou promover esterilizações de cães e gatos em situação de abandono e/ou provenientes de famílias de baixa renda na cidade de Arinos, com vistas a contribuir para a diminuição da população de animais de rua, vítimas do abandono. Esse projeto traz esperança. Cada animalzinho tratado e recuperado transmite a mensagem de que nós podemos mudar a realidade. Transformar a visão das novas gerações, de maneira que possibilite a construção de uma nova relação com os animais domésticos, é a nossa maior realização!
OProjeto Leão foi criado com o intuito de promover ações de conscientização, feiras de adoção e ações de castração de cães e gatos na cidade de Arinos, pensando em diminuir, em médio prazo, a população de animais de rua, vítimas do abandono.
O abandono de animais nas ruas de Arinos é uma realidade em evidência. Entre a visão de cães extremamente desnutridos - com aparência repulsiva em virtude de ferimentos, doenças graves ou maus tratos - e grupos que vagam ou reviram lixeiras, já não é possível apenas desviar o olhar, sobretudo, porque essa realidade estava presente também nas dependências do campus do IFNMG, local que havia se tornado ponto de despejo de animais em situação deplorável. Essa situação gerou tamanho incômodo que, nos últimos anos, os(as) próprios(as) alunos(as) do Ensino Médio se manifestaram favoráveis à criação de um projeto ou ação institucional que melhorasse as condições de vida dos animais abandonados no campus.
A parceria com os veterinários Allan Samir Faleiro Rezende Uba e Mariana Guimarães Fonseca foi a grande facilitadora do projeto.
Roger Martins Estrela