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Experiência de curricularização da Extensão: Educação Ambiental na Comunidade Adjacente ao IFNMG Campus Teófilo Otoni
cidência (WEBER, 2017). De acordo com Weber (2017), a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), “surge como alternativa viável na redução da violência que atinge os presos durante o cumprimento de sua pena”, garantindo o princípio da dignidade humana previsto no art. 1° da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988).
Em São José dos Campos, no ano de 1972, no presídio de Humaitá, o jornalista e advogado Mário Ottoboni liderou a criação da APAC – Amando o Próximo Amará a Cristo – com a ajuda de um grupo de voluntários cristãos, que objetivava evangelizar e apoiar moralmente os presidiários. Após dois anos, a equipe criou a APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados – entidade jurídica sem fins lucrativos, com a finalidade de: contribuir com a justiça na aplicação da pena; auxiliar na recuperação do preso; socorrer as vítimas; propiciar a humanização das prisões, sem desconsiderar o propósito punitivo da pena; e, desenvolver a justiça restaurativa, reintegrando o condenado ao convívio social (FBAC, 2019).
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Atualmente, são 53 unidades (8 femininas e 45 masculinas) espalhadas em todo território nacional que atendem 3.102 recuperandos(as) cumprindo pena (91% homens e 9% mulheres) (FBAC, 2020). Cada preso(a) na APAC promove um gasto público três vezes menor que o sistema penitenciário tradicional. Além do baixo custo, há os benefícios de poucas fugas, inexistência de violência e rebeliões e baixo índice de reincidência (FBAC, 2019). A média de reincidência de um(a) preso(a) da APAC é de 15%, valor muito inferior à média nacional (80%) e internacional (70%) (FBAC, 2020).
Os(As) recuperando(as)s, como são chamados(as) os(as) detentos(as) da APAC, diariamente, trabalham, estudam e se profissionalizam (FBAC, 2019). A profissionalização é extremamente relevante para a reinserção dos(as) condenados(as) à sociedade após o cumprimento de suas penas.
Em 2019, houve um crescimento de 2,65%, o equivalente ao faturamento de 95 bilhões de reais, no segmento de panificação e confeitaria brasileiro quando comparado a 2018. De acordo com o Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), o setor promove 800 mil empregos diretos e 1,8 milhão de empregos indiretos (ITPC, 2018). A média salarial de um(a) funcionário(a) de uma padaria é de R$ 1.414,00 (ABIP, 2020), com a média de 12 funcionários(as) por empresa (ITPC, 2020). Observados esses dados, a criação de uma capacitação em panificação e confeitaria apresenta-se como uma alternativa valorosa de curso profissionalizante para pessoas desempregadas, como serão os(as) ex-presidiários(as) das APAC ao final de suas penas.
O projeto objetivou capacitar os recuperandos da APAC - Salinas - MG, para a produção de produtos de panificação, por meio da realização de um curso de 12 horas. Primeiramente, os recuperandos assistiram a uma palestra de 4h de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, apresentada por acadêmicos(as) do curso de
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Bruna Castro Porto
Recuperandos aprendendo sobre como posicionar os pães na assadeira.
Recuperandos aprendendo a utilizar o equipamento de moldagem do pão francês, após o preparo da massa. Autora da foto:
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Iuri Procópio Castro Brito
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O projeto objetivou capacitar os recuperandos da APAC - Salinas - MG, para a produção de produtos de panificação, por meio da realização de um curso de 12 horas.
No último encontro, os recuperandos tiveram um curso prático de produção de rocambole doce recheado e pão de queijo, de 4 h.
Clara Lelis Porto Chaves
Engenharia de Alimentos e de licenciatura em Ciências Biológicas, pela qual os ouvintes aprenderam sobre os tipos de perigos que um alimento pode veicular para os(as) consumidores(as) e como estes podem ser minimizados ou extintos, a importância do cumprimento das etapas de higienização pessoal, ambiental e operacional, entre outros. No segundo dia, os recuperandos participaram de um curso prático de 4 h de elaboração de pão francês, ministrado pelo padeiro do campus, o senhor Rosivaldo, acompanhado pela coordenadora do projeto, professora Bruna, e pelos(as) acadêmicos(as). No último encontro, os recuperandos tiveram um curso prático de produção de rocambole doce recheado e pão de queijo, de 4 h, sob orientação de Amarildo, funcionário do campus, e monitoria dos(as) acadêmicos(as).
Após o curso, os recuperandos responderam um questionário avaliativo, em que todos consideraram importante a participação no curso e 89% afirmaram que poderiam utilizar o conhecimento adquirido na conquista de um emprego ou abertura de um empreendimento após cumprirem suas penas. Quanto à avaliação geral em relação ao curso, 62,5% dos condenados avaliaram como “Excelente” e 37,5% como “Bom”.
De 21 a 25 de outubro de 2019, os(as) acadêmicos(as) Ana Luiza Amorim, Clara Chaves, Iuri Brito e Larissa Pinheiro, do curso de Engenharia de Alimentos e Fernanda Santos, do curso de licenciatura em Ciências Biológicas, compareceram ao Fórum Franco-Brasileiro Ciência e Sociedade no Instituto Federal (IF) Goiano – Campus Urutaí, para divulgação do projeto “Capacitação da população carcerária atendida pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) Salinas – MG, para a produção de produtos de panificação”, com uma apresentação oral e participação no evento. Esse fórum é bianual e reúne estudantes, professores(as) e pesquisadores(as) brasileiros(as) e franceses(as), sendo alternada a sua realização entre a França e o Brasil. O evento visa contribuir para a formação e enriquecimento da cultura científica jovem, desmistificando a ciência e o trabalho do(a) pesquisador(a). Nesta edição, discutiram-se os temas Mudanças Climáticas, Alimentação Saudável e Biodiversidade, por meio de palestras e minicursos. Também foram realizadas visitas técnicas que permitiram aos(às) participantes conhecerem alguns aspectos da agropecuária e biodiversidade da região. De acordo com os(as) estudantes, foi uma experiência impossível de ser descrita em palavras. O evento superou todas as expectativas que tínhamos e colaborou para o nosso desenvolvimento pessoal e acadêmico. Além disso, a participação no fórum permitiu a aproximação entre docentes e discentes do IFNMG dos Campi Salinas, Januária, Montes Claros e Almenara, de outros IF do Brasil e de instituições de ensino da França.
Coordenadora:
Luara Cristiane Dourado Neves Bolsistas: Daniel Braga Veloso e Gabriel Henrique Viana da Mata Voluntários: Anna Júlia Costa Lauton, Luis Felipe Veloso Braga e Danilo Rafael Rocha Silva Colaborador: Caribe Zampirolli de Souza Texto: Neila Marcelle Gualberto Leite Campus: Teófilo Otoni
O projeto “Vamos reciclar?” propôs uma roda de conversa sobre a importância da reflexão quanto a nossa responsabilidade na geração e manejo de resíduos e também apresentou uma dinâmica de classificação de resíduos com alunos(as) do 4º ano.
Projeto Experiência de curricularização da Extensão:
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Educação Ambiental na Comunidade Adjacente ao IFNMG Campus Teófilo Otoni
Alunos(as) do Curso Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio executaram diferentes projetos temáticos de Educação Ambiental em diferentes espaços da comunidade escolar e extraescolar, articulando elementos dos universos da escola e da sociedade. Além de fomentar o diálogo de saberes e práticas entre escola-comunidade, a proposta da pedagogia de projetos teve como objetivo aprimorar o processo formativo dos(as) discentes, enriquecendo seu repertório profissional enquanto agentes técnico-científicos(as), e também políticos(as).
Como parte dos requisitos finais para aprovação na disciplina Vigilância em Saúde Ambiental e Epidemiologia, alunos(as) dos 2º ano do Curso Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio executaram projetos de Educação Ambiental em diferentes espaços da comunidade escolar e extraescolar.
Os grupos assumiram o protagonismo das ações, sendo responsáveis pela proposição, planejamento e execução dos projetos, articulando o currículo escolar às iniciativas de transformação social local. Os proje-
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Luara Cristiane Dourado Neves
Projeto “Natureza, nossa casa”, finalizado com o plantio de uma muda de ipê.
tos foram executados nos seguintes locais: Escola Municipal São Cristóvão (localizada nas adjacências do campus), IFNMG e Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) no Bairro Viriato, entre os meses de novembro e dezembro de 2019.
O projeto “Higiene Bucal” teve, como propostas, roda de conversa, contação da história “O jacaré com dor de dente” e confecção de um painel de alimentos cariogênicos junto aos(às) alunos(as) da Educação Infantil da Escola Municipal São Cristóvão.