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Clube do Empreendedor

Iara Figueiredo Silva Iara Figueiredo Silva

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Iara Figueiredo Silva

A elaboração do hidrogel e sua incorporação ao substrato teve como objetivo avaliar a capacidade de retenção de água.

A extração da pectina da casca de pequi teve como objetivo a obtenção do polissacarídeo desejado para a elaboração do hidrogel.

A extração da pectina foi realizada por meio do banhomaria, à temperatura constante de 84 °C, por 1h20min e armazenada na geladeira por 2h, a partir do instante em que o líquido alcançou 4 °C

do aumentar a capacidade de armazenamento de água no solo e reduzir a lâmina de irrigação. Além disso, com o intuito de reduzir o aumento da massa dos lixões do município, o projeto ressalta a importância do descarte e tratamento adequado dos resíduos gerados pela casca do pequi. Para isso, o IFNMG - Campus Salinas contou com o apoio da Emater – MG.

O reaproveitamento das cascas de pequi para geração de um novo produto tem como intuito a redução do impacto ambiental, bem como a agregação de valor ao resíduo, além de promover a melhoria na capacidade hídrica do solo. Sendo assim, por meio da elaboração e aplicação do hidrogel à base de pectina da casca do pequi, vislumbrou-se uma alternativa para o reaproveitamento dos resíduos e otimização do uso da água na irrigação de plantações.

O projeto foi desenvolvido pela professora Dra. Isis Celena Amaral, com os discentes Iara Figueiredo Silva, Raick Alves Ribeiro e Winy Ester Pereira Martins, do curso de Engenharia de Alimentos do IFNMG - Campus Salinas. O projeto visou à elaboração de hidrogel a partir do aproveitamento das cascas de pequi, aumentando a capacidade de retenção de água no solo e reduzindo a massa dos lixões.

PARCERIA

Por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG), foi realizado o contato com os comerciantes de pequi do município de Salinas – MG. Contamos com a participação de 8 comerciantes, interessados em colaborar com o desenvolvimento do projeto. Os comerciantes foram os responsáveis por disponibilizar os resíduos (cascas), provenientes da venda exclusiva do fruto para o projeto.

HIGIENIZAÇÃO, SECAGEM E EXTRAÇÃO DA PECTINA

As cascas doadas pelos comerciantes foram selecionadas, higienizadas, cortadas, dispostas em bandejas e secas em estufa ventilada a 60 °C. Após atingir peso constante, foram moídas para redução da granulometria, a fim de facilitar a extração do polissacarídeo desejado.

A extração da pectina foi realizada por meio do banho-maria, à temperatura constante de 84 °C, por 1h20min e armazenada na geladeira por 2h, a partir do instante em que o líquido alcançou 4 °C. Realizouse a passagem do concentrado em um filtro, observando o rendimento para o cálculo da quantidade de álcool a ser adicionada. Após a adição do álcool, na proporção de 2 para 1, obtivemos a pectina, havendo a necessidade de descanso durante 1 hora, para sua extração completa. Por fim, as amostras de pectina foram colocadas em placas de Petri revestidas de papel alumínio e levadas ao processo de secagem até o peso constante. Análises de umidade e de rendimento foram realizadas com a pectina obtida.

As cascas doadas pelos comerciantes foram selecionadas, higienizadas, cortadas, dispostas em bandejas e secas em estufa ventilada a 60 °C

Iara Figueiredo Silva Iara Figueiredo Silva Iara Figueiredo Silva

O preparo e corte das cascas de pequi, para garantir uma secagem satisfatória.

A extração da pectina da casca de pequi teve como objetivo a obtenção do polissacarídeo desejado para a elaboração do hidrogel.

ELABORAÇÃO DO HIDROGEL

Com o pó obtido da secagem da pectina, efetuou-se a elaboração do hidrogel, com a hidratação até a formação do gel desejado. Análises de pH, poder umectante e viscosimetria foram realizadas, com o intuito de caracterizar o hidrogel a base de casca de pequi. Concentrações diferentes (baseadas em produto sintético) de hidrogel foram incorporadas ao solo, a fim de avaliar, por meio do pH e da condutividade elétrica, o comportamento do solo com hidrogel, frente à capacidade de retenção de água. De forma a comparar a eficiência do hidrogel obtido da pectina extraída do pequi, foi utilizado o hidrogel comercial, ambos nas mesmas concentrações e avaliados no solo. Os dados relativos ao crescimento e matéria seca da espécie florestal foram submetidos à análise de variância e de regressão, obedecendo, para tanto, os preceitos de normalidade e homocedasticidade.

A produção do hidrogel a base de pectina proveniente do mesocarpo externo do pequi permitiu o desenvolvimento de um produto que armazenou as propriedades favoráveis do polissacarídeo, bem como apresentou boas propriedades mecânicas, de estabilidade e de sensibilidade a estímulos exteriores, como à temperatura e ao pH, quando comparado ao hidrogel comercial. A absorção de água por hidrogel à base de pectina da casca do pequi ocorreu num intervalo de pressão adequado à absorção de água pela planta. Além disso, suas principais características foram a não toxicidade, biodegradabilidade, disponibilidade e eficiência da aplicação no solo. Desta forma, a pectina proveniente do pequi apresentou grande potencial para ser aplicada em fins industriais, como na produção de hidrogel, gerando bons resultados e viabilizando o surgimento de novas tecnologias.

A partir desse estudo, concluímos que a preservação dos recursos hídricos vem se tornando

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