Bragança Paulista
Sexta 15 Abril 2011
Nº 583 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br
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Para Pensar EXPEDIENTE
Domingo de Ramos MONS. GIOVANNI BARRESE
Neste próximo domingo entramos na Semana Santa que era chamada pelos mais velhos de “Semana Maior”. Certamente pela compreensão de que nela é celebrado o Mistério fundamental da fé cristã: a Ressurreição de Jesus Cristo. É interessante notar que o início dessa semana é uma recordação da entrada triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém. Os evangelistas descrevem o fato. As pessoas entusiasmadas vão arrancando galhos de árvores, como escrevem Mateus (21,8) e Marcos (11,8). Lucas (18, 28ss.) não fala em ramos. João (12, 12-16) fala em ramos de palmeira. Esta diferença é provavelmente originada no fato que o evangelho de João é o mais tardio. Escrito por volta do ano 90. Em plena perseguição do Império Romano aos cristãos. O ramo de palmeira é sinal de vitória dos que são martirizados. Além dos ramos o povo vai estendendo mantos. Um tapete formado de vestes. Junto a galhos, folhagens e flores como adereços a serem sinal da alegria. Na verdade há, na celebração de Ramos, uma exigência vinculante. Quem aclama Jesus Cristo - e o faz de maneira tão exposta - deve ter consciência da responsabilidade do ato externo. A aclamação deve
ser um sinal da fidelidade vivida até as últimas consequências. Na doação da própria vida por Aquele que deu a sua vida. É a consciência que na Sua morte a nossa morte é superada. No Seu sofrimento é vencido o nosso. Nas Suas dores as nossas encontram refrigério. Domingo de Ramos é uma festa bonita que não esconde as dores da Paixão. Na celebração litúrgica são lidos os textos que falam da entrada em Jerusalém e dos momentos do martírio do Senhor. Penso que a pedagogia da celebração quer nos recordar a profundidade da manifestação pública da fé. E deseja prevenir o risco de uma aclamação transformar-se em cooperação de condenação. Porque isso pode, infelizmente, acontecer. O fato vivido no domingo de ramos deve ser um alerta para todos nós. Não é difícil aclamar o Cristo quando se trata de arrumar uns ramos, umas flores. E até um tapete. O difícil é continuar manifestando amor por ele quando se deve assumir posicionamento igual ao Dele! Se entendemos as celebrações da Semana Santa como um “fazer memória” da entrega de Jesus Cristo para que tenhamos vida (João 10,10), a conclusão lógica é que quem segue Jesus Cristo deve ter a mesma
disponibilidade de doar vida para que a Vida aconteça. Olhando a nossa realidade vemos as múltiplas situações de morte que envolvem a realidade. A violência que se alastra. Acabamos de acompanhar a morte de crianças no Rio de Janeiro. No dia seguinte soubemos de outros assassinatos na Holanda. Acompanhamos as guerras e revoltas em países do norte da África e do Oriente árabe. Muitas guerras e mortandades que nem chamam mais a atenção. Em meios de comunicação vemos a exploração dos atos violentos. Programas que se sustentam alongando as misérias humanas. As limitações da ordem econômica que não privilegia as pessoas e sim o lucro. As questões morais e éticas atropeladas pela ganância, mensalões, abusos de poder e exacerbação do autoritarismo. No fundo a questão é buscar em Jesus Cristo as linhas mestras do comportamento. Para que nossas atitudes sejam cristãs, isto é, reflitam em nosso tempo e em nossos dias aquilo que Jesus Cristo faria e diria nos nossos dias. Sabemos que o discipulado de Jesus não é limitado a cerimônias religiosas e às paredes dos nossos templos. Somos chamados a viver a “verdadeira religião”, como diz o
apóstolo Tiago (ressoando os profetas) em sua carta (1,27): cuidar de quem sofre e está marginalizado. E não se trata de benemerência ou filantropia. Trata-se de conversão pessoal e estrutural. Para que o amor a Deus se reflita no amor ao irmão, como recorda João em sua primeira carta. Neste ano a Campanha da Fraternidade nos convidou, mais uma vez a olhar a vida do nosso planeta. A nos ocuparmos com a defesa da vida. É um desafio feito a partir de um dado concreto da realidade do nosso país que exige dos cidadãos – mormente os marcados pela fé – uma atitude que favoreça a mudança de mentalidade e modo de agir. Não por interesses de grupos. Sim pela defesa de princípios que devem levar em conta o bem. Da natureza e das pessoas. As recentes enchentes entre nós – felizmente sem perdas de vidas humanas – devem nos alertar para uma ação rápida e corajosa. Não só para resolver situações de curto prazo, mas para dar uma resposta de durabilidade. Muitas vantagens adquiridas no passado, ao arrepio da lei, trouxeram danos incalculáveis. Quantos tiveram seu trabalho perdido. Quantos tiveram seus bens dilapidados. O apelo da Campanha da Fraternidade está
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
a nos lembrar que estamos todos no mesmo “barco”. Ou cuidamos dele ou vamos a pique! Lembro, há alguns dias, a projeção de uma foto da Terra não mais redonda, mas bem deformada. Tal como acontece quando temos um inchaço em nosso corpo. A impressão que a foto me trouxe é a de que há um enorme furúnculo a explodir! Ou “limpamos” as intervenções ou a podridão tomará conta! Não devemos ser pessimistas. Nós somos o povo da Esperança e que acredita que a vontade de Deus para o ser humano é a Vida. Que a Semana Santa possa ser, aos que afirmam sua fé em Cristo Ressuscitado, um renovar de compromisso para que todos – o planeta e a natureza também – “tenham vida e a tenham em abundância”. (João 10,10).
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Lagarta Sucateria Tudo vira arte nas mãos de Natália
colaboração SHEL ALMEIDA
Lagarta é aquele bichinho comprido e cheio apenas à confecção das peças e participação em de patinhas que passa o dia todo comendo festas, mas também a oficinas de reciclagem para folhas. Pequenina e pouco atraente, quase professoras. Segundo ela, é para esse trabalho que sempre passa despercebida. No entanto, mais a procuram. Muitas vezes falta à professora quando se transforma em borboleta não há quem habilidade para entreter os alunos com histórias não a note. É nessa analogia da esquecida e quase que remetam ao mundo da fantasia e criatividade desprezada lagarta que se transforma em uma para usar a sucata como material. O que Natália bela e chamativa borboleta que Natália de Oliveira ensina durante as oficinas é como montar o Leme baseou seu trabalho de “lagarta sucateira.” próprio sucatário e confeccionar os fantoches, Qualquer sucata em suas mãos vira matéria pri- além de técnicas para contar histórias. “São dois ma para algo novo. De fantoches que auxiliam dias de curso, um para a contação de histórias, outro para a confecção,” professoras na contação de explica. E afirma: “A gente histórias, a estandartes que fazem referências a pinturas Eu escolhi a lagarta por é a história.” Sem saber entreter a criança, ela famosas de artistas como causa da metamorfose pela como Tarsila do Amaral, quase se dispersará e não entrará qual ela passa durante a no mundo da imaginação tudo o que antes poderia vida. Toda sucata precisa proposto pela professora. ser considerado lixo se torna instrumento de auxílio à edude um tempo para ser Natália afirma que é muito cação através da criatividade ouvir,principalmente descoberta e se transformar comum de professores de escolas e dedicação de Natália. “Eu com poucos recursos, que escolhi a lagarta por causa Oliveira Leme sempre falta material para da metamorfose pela qual ela passa durante a vida Toda sucata precisa de trabalhar em sala com as crianças. Ela rebate e um tempo para ser descoberta e se transformar.” diz que nunca precisou gastar nada com a sucata, A moça de 26 anos começou a se interessar pela acha ou ganha tudo. O que precisa realmente é sucata ainda na infância, quando ia até a oficina de imaginação. Como ela sabe que nem todo mecânica do pai e ele lhe dava peças brincar. Foi mundo tem facilidade para criar assim como ela, ali que Natália começou a usar a imaginação e dar não se importa em passar o que sabe para quem asas à criatividade. A vontade de ensinar também a procura. Talvez seja esse segredo do sucesso de sempre esteve presente em sua vida. Aos 16 anos Natália, a generosidade. Generosidade em passar foi trabalhar como assistente em uma escola, a um pouco do seu dom para quem não tem tanta qual está até hoje. O primeiro desafio veio quando habilidade e generosidade em dedicar seu trabalho foi convidada a cuidar de toda a decoração de uma às crianças e à imaginação destas. festa do colégio, logo que começou a trabalhar ali. Foi o incentivo que precisava para se dedicar à educação e à arte. Hoje arte educadora, Natália Saiba mais: pode combinar as duas funções, a de professora e *Atualmente Natália dá oficinas gratuitas de a de criadora. Na escola Natália é responsável pela confecção de “bonecões Olinda” no Ponto de Cultura alfabetização das crianças e os pequenos alunos da LIESB – Liga das Escolas de Samba de Bragança são os primeiros a conhecer as novas criações. Paulista. Adultos e crianças podem participar. As “Eles dão palpite. Se não funciona eles falam. Às aulas acontecem aos sábados, das 9h às 12h na sede da LIESB, que fica na Av. dos Imigrantes, vezes trazem algum material novo pra eu usar. salas 01 e 02, Concha Acústica, Lavapés. Qualquer coisa que eles achem que serve, trazem”, *As oficinas de técnicas de contação de história para ri. A fama de sucateira de Natália é tão forte que professores precisam ter no mínimos10 pessoas ela diz que deixa uma sacola no portão de casa e no máximo 15. Já as de produção de fantoche com sucatas, mínimo 10 e máximo 30. para que os vizinhos deixem material para ela. *O pacote para as festas infantis é fechado pelo “Eu ganho sucata embrulhada para presente das número de meias que serão usadas na confecção crianças. Abre o pacote, é um monte de sucata. dos fantoches Os pais querem morrer”, se diverte.
Fantoches
A criação de Natália que mais faz sucesso é o fantoche. Sempre com uma meia, o material complementar varia. Roll-on de desodorante, tampas de xampu, canudos, unhas postiças, etc. Cada um dos fantoches se torna um personagem nas histórias e recebe um nome. O mais famoso e procurado é o Alberto, o segundo que Natália criou. “Ele tem a boca com zíper porque fala muito palavrão,” conta Natália. Foi criado pela artista depois de ouvir a reclamação de uma colega professora a respeito de um aluno. O Alberto é tão famoso entre as educadoras que Natália nem tinha um com ela no dia em que a reportagem a visitou. Outro famoso é o Caipira, que ensina as crianças a fazerem a escovação corretamente. Os dentes do fantoche são feitos de tampas de tubos de pasta de dente e o fio dental é feito com lã. “Foi um aluno que me sugeriu usar as tampas”, conta Natália. Cada um dos personagens tem uma história, algumas criadas pela própria artista. A do Moreco, por exemplo, fala da missão dele de levar amor por onde passa e incentiva as crianças a “praticar abraços”. Famosos também em festas infantis, os fantoches recebem até certidão de nascimento. “Faço oficina dentro das festas. Ensino a prática para as crianças, elas escolhem o material e criam o próprio fantoche, que é a lembrança da festa.” Depois as crianças escolhem um nome para o brinquedo e o pesam, com a ajuda de Natália, tudo para colocar na certidão. Ali também são incluídas informações como o dia em que “nasceu”, cor dos olhos, marca de nascença, tudo para ajudar a criança e entrar no mundo da imaginação. Natália explica que o pacote para festas vem com o fantoche, a história, a certidão e uma embalagem para guardar tudo.
Oficinas
O trabalho de Natália com as sucatas não se resume
Fale com Natália email lagartasucateira@hotmail.com telefones 11 9732.5430 e 4032.1932
Natália e o personagem Caipira. Ele ensina as crianças a escovarem os dentes corretamente
Exposição dos trabalhos da “Lagarta Sucateira”. Natália também participa de feiras
Crianças preenchendo as “certidões de nascimentos” dos fantoches criados por elas, em oficinas
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Casa & Reforma
Vantagem da tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) é pagar menos juros no total Muitos bancos já nem oferecem a opção da tabela Price, cujas mensalidades crescem no decorrer do tempo
por PATRÍCIA BASILIO/FOLHAPRESS
Na hora de comprar um imóvel, não basta pesquisar o preço do metro quadrado e a valorização da região. Para quem pretende financiar o bem, é igualmente importante analisar as formas de amortização da dívida e como será definida a cobrança de juros -se a taxa será pré ou pós-fixada. Existem duas tabelas de amortização: a Price (Sistema Francês de Amortização) e a SAC (Sistema de Amortização Constante). De acordo com bancos consultados pela reportagem, mais de 90% dos financiamentos no país são feitos usando a tabela SAC e a taxa de juros pós-fixada. “Na SAC, pagam-se parcelas altas no início, mas o valor cai conforme a dívida é amortizada”, explica Lúcio Delfino, diretor da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação). No caso da tabela Price, a parcela inicial é menor, mas ela aumenta no decorrer do financiamento. “A amortização do saldo devedor é pequena [pagam-se mais juros] e, por isso, as parcelas tendem a aumentar”, explica. Para Juliano Bello, especialista em negócios imobiliários da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), cada opção deve ser analisada de forma isolada. “Nem sempre a Price é ruim. Ela pode cair como uma luva no caso de um mutuário que tenha renda baixa para pagar prestações altas no início, mas sabe que vai receber um salário maior.”
Entretanto, os critérios para liberar financiamento pela tabela Price são mais rigorosos. Enquanto na SAC as parcelas podem comprometer até 30% da renda líquida, na Price o limite é de 15%.
Juros
A escolha da taxa de juros também deve ser ponderada. A pós-fixada varia conforme a TR (Taxa Referencial); a pré-fixada não pode ser alterada. Mas, para evitar riscos no caso de aumento brusco da TR, os bancos cobram juros maiores na pré-fixada. A psicóloga Fireley Ferreira Lopes, 35, ficou confusa ao fazer as simulações de financiamentos imobiliários há três anos. Antes de decidir pela tabela SAC e pela taxa pós-fixada, consultou amigos e administradores. “Os bancos me mostraram várias simulações enormes, mas não entendi o porquê dos números”, relembra.
Economia favorece uso de taxas pós-fixadas
Com a aplicação da tabela Price, crédito imobiliário costuma ser, em média, 40% mais caro que com a SAC. Com a abundância de crédito no país, obter um financiamento imobiliário está cada vez mais fácil. E, com a economia em ascensão, também é possível planejar o orçamento familiar e antecipar a quitação da dívida. Nesse cenário, a tabela SAC e as taxas pósfixadas se tornaram a melhor opção para
FOTO: ALESSANDRO SHINODA/FOLHAPRESS
o mutuário. Com parcelas decrescentes e juros menores, ganharam diferencial competitivo diante da tabela Price e das taxas pré-fixadas. No Bradesco, por exemplo, todos os negócios concretizados são pela tabela SAC com taxas pós-fixadas. “Com a SAC, o mutuário sabe que está amortizando a dívida. Na Price, ele paga menos no início, mas a cobrança de juros é 40% maior”, explica Cláudio Borges, diretor de crédito imobiliário do banco. Na Caixa Econômica Federal, a tabela Price já até deixou de ser oferecida. “O desuso da tabela Price é uma visão do próprio mercado dentro do atual cenário econômico”, destaca Nédio Henrique Rosselli Filho, gerente-geral de construção civil. Para facilitar a escolha do mutuário, no Santander só é possível optar pela taxa pré-fixada com a tabela Price. A pós-fixada é casada com a tabela SAC, modelo usado em 95% das negociações do banco, segundo Nerian Gussoni, superintendente de negócios imobiliários da instituição. O mesmo vínculo se dá no Banco do Brasil. “Enquanto na SAC o valor exato das prestações só é conhecido na data de seu pagamento, na Price [com taxas pré-fixadas] as prestações são fixas”, diz João Felcar, gerente-executivo de crédito imobiliário. O analista de projetos Bruno Gonzales, 26, financiou um apartamento há dois anos pela tabela SAC; porém, ao contrário da maioria dos compradores, ele optou pela taxa pré-fixada. “Queria a garantia de taxas mais estáveis. Como estava com casamento marcado e cheio de contas, achei que a opção seria ideal mesmo com o valor mais alto”, afirma. Apesar dessa estabilidade da taxa pré-fixada, Felcar assinala que o valor está sujeito a pequenas alterações. “Podem ocorrer mudanças da alíquota do prêmio de seguro de morte e invalidez à medida que a idade [do mutuário] avança”, especifica. Em relação à precaução, Gonzales é uma exceção entre os mutuários, ao menos na percepção de Gilmara dos Santos, gerente de negócios da Lello. Ela calcula que apenas 10% dos clientes da imobiliária analisam as formas de amortização antes de fechar o negócio. “Como eles ficam ansiosos com a compra, só atentam para os juros cobrados e fecham com a tabela SAC por conselho de colegas ou pela indicação do banco”, diz.
Vantagem relativa
O analista de projetos Bruno Gonzales, 26, em seu apartamento. Bruno comprou o apartamento antes de seu casamento e optou pela tabela SAC
O cenário econômico atual também relativiza a vantagem da previsibilidade do valor das parcelas na tabela Price com taxas pré-fixadas. De acordo com José Dutra Vieira Sobrinho, vice-presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo), a TR caiu 66,18% desde 2006, acompanhando a estabilidade e a alta da economia nacional. “A expectativa para este ano é a taxa ficar em 0,7% anual. Como o valor é baixo e não tende a aumentar, não vale a pena optar pela taxa pré-fixada e pagar mais.”
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Antenado
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Age de Carvalho transita bem entre forma e lirismo ‘Trans’, do autor paraense, dá à palavra a força para capturar o sagrado
por ROGÉRIO EDUARDO ALVES/FOLHAPRESS
Grande parte da poesia de hoje está marcada por uma dicotomia. De um lado, aqueles autores que procuram apenas expressar sentimentos. De outro, os decididos a fazer da forma do texto seu conteúdo. Não é uma divisão nova. Pelo menos desde a década de 1950, com a poesia concreta, as trincheiras ficaram definidas. Hoje chama a atenção que a combinação dos dois campos tenha se tornado o programa literário de alguns jovens poetas. Sem manifestos, Age de Carvalho transita de um lado ao outro fazendo uso do que ambos possuem de melhor. Basta abrir ‘Trans’, seu novo livro, para encontrar palavras que ladrilham o caminho para uma bela força lírica por suas características de som e sentido. A começar pelo título. Em versos precisos, as imagens do poeta abraçam o invisível, dando à palavra a força de capturar o sagrado. São as ‘palavras-mortalhas’ que envolvem um ‘Ser’ que carrega em si o maiúsculo de um Cristo e do poeta. ‘Tua verdade, tua dúvida / (...)/ é tudo que trazes contigo agora / sob essa palavra-destino / embrulhada em túnica.’ O sagrado, não necessariamente religioso, é encontrado no cotidiano. Nas pessoas que deixaram sua ausência, na vida registrada em pequenos gestos. Numa série de emaranhados, a profundidade do inaudito mistura-se com o comum numa explosão lírica construída pelas palavras medidas. Age de Carvalho faz da série de poemas uma espécie de álbum de retratos muito pessoal. As sólidas imagens muitas vezes esculpidas como enigmas esfarelam-se como
os acontecimentos biográficos.
FOTO: DIVULGAÇÃO
ESTRUTURA Como cada poema, o livro tem uma estrutura precisa. Começa com uma forte carga do sagrado que se esgarça pelos temas cotidianos, mergulha com a mesma intensidade pela biografia do autor até entregar-se definitivamente ao enigma, representado por Max Martins, poeta-mestre de Age de Carvalho, que, por sua vez, leva ao início da obra. É verdade que nem sempre é interessante considerar a biografia de um poeta para a leitura de seu livro. Mas a história desse autor de Belém do Pará, editor de poesia, que trocou sua terra natal pela Áustria, onde trabalha como artista gráfico, parece estar retratada nesse dinamismo de ‘Trans’. Embora mais acessível que seu livro anterior, ‘Caveira 41’, de 2003, a poesia de Age de Carvalho continua desafiando. Nada é linear. O poeta deixa suas marcas aparentemente sólidas para quem quiser entregar-se à busca do caminho incerto para o Ser, ‘manga brilhante se ofertando / entre ramas de ouro’. ROGÉRIO EDUARDO ALVES é coordenador editorial da Fundação Padre Anchieta e doutor em teoria literária e literatura comparada pela USP TRANS AUTOR Age de Carvalho EDITORA Cosac Naify QUANTO R$ 32 (87 págs.) AVALIAÇÃO ótimo
O escritor Age de Carvalho em Viena
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Comportamento
O amargo veneno do escorpião A vida real das garotas de programa de luxo passa longe do glamour das telas
por CARLOS MINUANO/FOLHAPRESS FOTO: RODRIGO CAPOTE/FOLHAPRESS
No cinema ou na literatura, a coisa até parece fácil e divertida. Mas, na real, a vida de uma garota de programa passa longe do clima de videoclipe do sucesso de bilheteria “Bruna Surfistinha”. Há duas semanas em cartaz, o filme foi assistido por mais de 1 milhão de pessoas. O longa é inspirado no livro “O Doce Veneno do Escorpião” (Panda Books), que relata as experiências de Bruna, codinome de Raquel Pacheco, 26, que viveu como garota de programa dos 17 aos 21 anos. O filme de Marcus Baldini, com Deborah Secco como Bruna, parece uma peça publicitária, mas traz um pouco do lado B da prostituição. Caso da passagem da personagem pelo chamado “baixo clero” dos bordéis, ou o famoso “vintão” -nome e preço do programa. O longa e a história real de Bruna mostram também como tudo pode começar a partir de uma brincadeira: na cena inicial, Deborah Secco encarna uma lolita que despe sua camisola via webcam. Pode ser o primeiro passo para um universo por onde transitam jovens (incluindo aí uma penca de adolescentes) que vendem o corpo para qualquer um que pague.
“Cárcere privado”
A jovem Drica*, 24, vive no circuito de luxo da prostituição. Seus clientes são empresários, advogados e “todo tipo de gente com dinheiro”. Ela conta que começou aos 21 anos, imaginando que ganharia altas cifras. Mesmo atendendo a “clientes vips”, ela vivia sob o que chama de “cárcere privado”. “Entrava às 21h e era obrigada a ficar até às 4h da manhã. Só podia sair se pagasse multa de R$ 100, mesmo se estivesse passando mal.” Já Valentina, 22, apesar de formada em fisioterapia e moda, decidiu vender o corpo quando sua família, no interior paulista, sofreu um revés financeiro. Para ela, a violência pesou. “Há clientes que agridem, há humilhação.” Depois de dois anos como garota de programa, ela hoje é hostess de uma boate de São Paulo e observa dramas até piores aos que viveu. “Há clientes hoje que querem uma parceira para o sexo e para se drogar em quantidades gigantescas”, diz.
Tráfico de pessoas
A cada cliente, existem novos perigos. Valentina tem amigas que desapareceram no exterior, aliciadas por redes de tráficos de pessoas. “Algumas são mantidas presas. Dificilmente voltam.” Assim como o preço do programa, o perfil da prostituição entre jovens varia de acordo com a região do país. “No Norte e Nordeste, o problema é a pobreza extrema mesmo”, afirma a promotora Laila Shukair, da Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e da Juventude. Famílias desestruturadas se tornam alvos fáceis de redes de tráfico de pessoas -a terceira atividade criminosa mais lucrativa no mundo, depois de drogas e armas. O dinheiro que as meninas ganham vai embora tão rápido como veio. “É uma compensação. Se você não torra com drogas, gasta tudo no shopping”, diz Valentina.
Raquel Pacheco, a ex-garota de programa conhecida como Bruna Surfistinha
Nas ruas desde os 20 anos, Ticiane diz que o pior é a solidão. “Não tenho mais vida pessoal, namorado ou amigos.” Ela também reclama da violência. “Saí com três rapazes que me levaram para uma rua deserta. Se não fosse um vigia noturno, acho que tinha morrido.” A promotora Shukair aponta três responsáveis. “A família falhou na educação. O Estado não garantiu o direito constitucional de essas adolescentes se desenvolverem sexualmente de forma saudável. E falhou a sociedade três vezes: na figura de quem explora, de quem paga e de todos que se omitem.” *Todos os nomes das meninas são fictícios “Não valeu a pena”, diz Bruna Surfistinha Por trás da personagem Bruna Surfistinha, a mulher de verdade, Raquel Pacheco, 26, diz que se arrepende da vida de garota de programa. “Não valeu a pena”, admite. Longe das piadinhas disparadas no Twitter, Bruna, ou Raquel, lamenta os estragos em sua vida. “Quase morri. Cheguei até a ter uma overdose”, diz. “Sem falar que não é nada fácil ter seis ou sete caras todos os dias em cima de você.” Da vida dura, porém, ela tirou um blog que logo bombou na rede. Depois veio livro e filme. Mas, apesar da grana, da fama e de um pacote de maluquices, ela conta que, no fundo, só queria amor. “Achava que meus pais não me amavam, mas hoje entendo que me amaram da maneira deles.” Filha adotiva, desde os 17, quando fugiu de casa por brigas familiares, ela nunca mais viu seus pais. Mas deixa claro que gostaria de revê-los. Por fim, com os olhos marejados, conclui: “Fui muito rebelde. Hoje não faria o que fiz. Família é muito importante.”
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Informática
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Tecnologia
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Cebit, principal evento de informática e telecomunicações do planeta por DIÓGENES MUNIZ/FOLHAPRESS
Tem perfil no Facebook? Guarda fotos e documentos na rede? Usa celular com frequência? Então fique esperto que você é um ciborgue! A tese é da filósofa digital norte-americana Amber Case, 24. Desde janeiro, quando deu uma palestra sobre o efeito das novas ferramentas de comunicação no comportamento humano, Case chamou atenção de internautas do mundo inteiro e conseguiu dezenas de milhares de espectadores. Um façanha, brinca ela, para quem se apresenta como ‘antropóloga ciborgue’. A noção de que a mente pode estar escapando de nossos cérebros por conta do armazenamento, na rede, de emoções e lembranças correu o mundo. Encontrou ecos na Cebit, maior feira de tecnologia do planeta, que terminou no último sábado e recebeu 339 mil visitantes. O lema do evento? ‘Viver e trabalhar na nuvem’. É uma referência à computação em nuvem, tecnologia que permite o armazenamento de dados em servidores geograficamente distantes de quem produziu ou possui as informações. Traduzindo: fotos, vídeos, textos, toda a nossa memória virtualizada. ‘É um mercado de bilhões de dólares e seus benefícios, como a diminuição dos custos e o aumento da eficiência, são grandes demais para ignorarmos’, definiu, em entrevista, o presidente da feira, Ernst Raue. ‘Informação é poder. A tecnologia em nuvem, em última análise, ajuda a dar poder às massas’, afirmou à reportagem o presidente da Microsoft Internacional, Jean-Philippe Courtois, que esteve em Hannover. Segundo relatório divulgado em fevereiro pela consultoria Gartner, a computação na nuvem está no topo do ranking de prioridades tecnológicas para empresas em 2011. São estimados investimentos de R$ 13 bilhões nesse setor até o fim do ano. Alcance espetacular para alguns, preocupante para outros. O sistema é mais barato e ocupa menos espaço do que armazenamento próprio. Por outro lado, são Gbytes e mais Gbytes de dados pessoais, profissionais e corporativos estocados em locais que nem sequer sabemos onde ficam. ‘Ainda há reservas consideráveis em relação à computação em nuvem, sobretudo na área de administração pública’, diz Linda Strick, do centro de pesquisas alemão Fraunhofer. Ainda neste ano o Google deve lançar comercialmente um sistema operacional que funciona em nuvem, o Chrome OS. Ele permitirá acessar a área de trabalho de qualquer computador.
‘Somos ciborgues mentais’
A nerd Amber Case prega que a tecnologia humaniza ao mesmo tempo em que nos dá status de ciborgues.
FOTO: REUTERS/MICHAEL DALDER
Queridinha dos pensadores digitais, a jovem lança seu primeiro livro neste ano e é descrita pela revista ‘Fast Company’ como ‘uma nativa digital do futuro que viajou de volta no tempo para nos ajudar a descobrir como pensar’. Palestrante no ciclo de conferências TED e no prestigioso MIT (Instituto de Tecnologia de Massachuesetts), Case afirma: ‘Não somos como o Robocop ou o Exterminador do Futuro, mas somos ciborgues toda vez que olhamos para uma tela de computador ou quando usamos os dispositivos dos nossos celulares.’ Somos ciborgues mentais, portanto. Em vez de usar pernas robóticas, temos supercelulares, extensões da nossa capacidade de ouvir e se locomover. Se precisamos ficar frente a frente com alguém que está do outro lado do mundo, basta pegar um smartphone e iniciar uma teleconferência. É o equivalente, diz Case, a uma viagem no tempo e no espaço. A maioria das pessoas não enxerga o tamanho da mudança comportamental que isso traz, afirma ela, porque os itens tecnológicos estão cada vez mais orgânicos.
Óculos futuristas acessam universo digital
Olha, Steve Jobs, sem as mãos! E num piscar de olhos. É dessa forma que se interage com as máquinas no futuro, de acordo com os projetos de vanguarda exibidos na Cebit 2011. O exemplo mais eloquente desse universo pós-touchscreen veio do instituto de pesquisas alemão Fraunhofer _de onde surgiu, entre outros, o algoritmo de compressão do MP3. Esse dispositivo, em forma de óculos, seria o sucessor das telas sensíveis ao toque, que usamos em iPhones e iPads. O aparelho revelado na Cebit mostra informações personalizadas de acordo com o que o usuário estiver observando. Chama-se iStar e funciona a partir de uma microtela bidirecional. Hoje, as telas de aparelhos são unidirecionais. Ou seja, apenas exibem imagens e menus conforme o comando manual de seus donos. O iStar pretende não apenas lançar imagens, mas processar o que está na frente da lente e rastrear o que está atrás (o movimento dos olhos, no caso). A partir daí, a interface traria informações relevantes para o usuário. ‘A gama de possibilidades para esse tipo de tecnologia é imenso’, diz Sascha Voth, pesquisador do instituto. Imagine, por exemplo, o uso de óculos que informam em que ponto da cidade você está e qual é o caminho mais rápido para determinado local _sem que seja preciso digitar qualquer endereço. Em uma projeção ainda mais futurista, com apetrechos biométricos,
Robô humanoide ORIO, da Sony, apresentado na Cebit
seria possível olhar para uma pessoa e automaticamente ver seu perfil no Facebook, por exemplo. Os pesquisadores não descartam o uso militar e para segurança, no caso do controle de missões à distância. O projeto é desenvolvido desde abril de 2008 pelo Fraunhofer. Segundo Voth, o maior desafio dos pesquisadores tem sido descobrir qual é o nível saudável de informação que se pode receber em uma tela que estará praticamente presa ao rosto do usuário, sem atrapalhar sua visão do mundo real. O instituto espera enviar, até o fim do ano, kits de desenvolvimento para parceiros selecionados da indústria, que poderão decidir se é o momento ou não de construir um produto a partir da tecnologia para o consumidor final. Retomada Mesmo sendo a maior feira de tecnologia do planeta em número de expositores e volume de visitantes, a Cebit vinha de duas edições magras. Em 2011, conseguiu brecar a queda de público
(339 mil visitantes) e aumentou o número de expositores (mais de 4.200). Aparentemente, funcionou a estratégia de dividir o evento em quatro temas (‘pro’, ‘lab’, ‘gov’ e ‘life’). iPolícia Com mais de 60 mil down- loads, a polícia da Renânia do Norte-Vestfália comemorou na Cebit o sucesso de seu aplicativo para celulares. A plataforma divulga, por exemplo, fotos de criminosos procurados. Também dá para mandar recados de emergência em caso de assalto _isso se o celular do usuário não for levado, naturalmente. Enxurrada de tablets Com 3D, realidade aumentada ou à prova d’água, o evento recebeu uma enxurrada de tablets. Na esteira do anúncio da Apple nos EUA, empresas de vários países, como França e Alemanha, embarcaram na ‘semana do iPad 2’ e mostraram suas novas pranchetas digitais. Quem roubou os holofotes em Hannover foi a Archos, com um tablet que vai custar na Europa o equivalente a R$ 295.
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Conflito separa amigas Brasileira e líbia não se veem há um mês por causa dos protestos
por MARIA PAULA AUTRAN/FOLHAPRESS
A brasileira Marina Roche, 16, e a líbia Nourhan Zada, 15, se encontravam diariamente na escola europeia de Benghazi, na Líbia. Com a eclosão dos protestos do povo líbio contra o ditador Muammar Gaddafi, há um mês, as melhores amigas Nina e Noni agora só se falam por telefone, já que a internet foi cortada naquele país. Filha do funcionário de uma construtora, Marina morou quase dois anos na Líbia e, há duas semanas, voltou às pressas ao Brasil. Após o início das manifestação, Marina e sua família se mudaram para uma casa com outras 50 pessoas, entre brasileiros e portugueses. “Quando meu pai viu a milícia armada na frente de casa, disse para sairmos de lá”, conta. “Os cinco primeiros dias de protestos foram os piores. Ouvíamos os barulhos de tiros. Hoje, me assusto com fogos de artifício.” Apesar de querer fugir dos conflitos, Marina não queria deixar os amigos para trás. “No início, eu detestava a Líbia. Mas depois fiz amigos e me apaixonei pela escola.” A brasileira tinha um grupos de amigos menos ligado à religião, em que meninos e FOTO: PAULA GIOLITO/ FOLHATEEN
meninas andavam juntos, e outro mais rígido, do qual Noni fazia parte. Mas, para ela, as diferenças não eram um problema. Quando contou para a amiga líbia que havia “ficado” com um garoto, ouviu que aquilo era “contra a religião”. Um pouco de conversa e as duas se entenderam. Marina lamenta o modo comodeixou o país.“Nãome despedi de ninguém.” Do outro lado do mundo, Noni se sentiu impotente quando soube da partida da amiga. “Foi um choque. Soube pelo Facebook.” Para a líbia, o país será melhor depois da revolução. “As pessoas terão a cabeça mais aberta”, avalia. Noni conta que as redes sociais tiveram papel fundamental nos levantes, antes de a internet ser cortada pelo ditador. Ela mesma conseguiu postar fotos dos protestos no Orkut. Para ela, que já nasceu sob o regime de Gaddafi, os jovens líbios demonstram que podem fazer algo pelo país.
FOTO: JOEL SILVA/FOLHAPRESS
Saiba mais
Marina, 16, morava na Libia com o pai e chegou ao Brasil ha duas semanas
Os protestos no mundo árabe começaram na Tunísia e, em janeiro, derrubaram Ben Ali, no poder desde 1987 No Egito, a onda atingiu Hosni Mubarak, que renunciou depois de 30 anos no governo Na Líbia, as manifestações são contra o ditador Muammar Gaddafi, há 41 anos no comando
Rebeldes em direção a cidade de Brega, onde a Força Aérea da Líbia leal ao ditador do país, Muammar Gaddafi, bombardeou área do deserto próximo a cidade
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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista
Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 30 de março a 5 de abril de 2011 foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:
Protocolo: 484/2011 - RENATO SANDOVAL FRANGINI e MIRNA BARRETO. Ele médico, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 16/06/1979, res. e dom. à Rua Abel Benedito de Oliveira Filho, 175, Jardim Santa Helena III - Bragança Paulista, filho de RENATO REGINALDO FRANGINI e de VERA LUCIA SANDOVAL FRANGINI. Ela bancária, solteira, natural de São José dos Campos-SP, nascida no dia 23/12/1982, res. e dom. à Rua Abel Benedito de Oliveira Filho, 175, Jardim Santa Helena III - Bragança Paulista, filha de ANTONIO CARLOS BARRETO e de MARIA MIRCE CHIOVATTO BARRETO Protocolo: 485/2011 - JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA LIMA e LUCIMAR LIMA DA SILVA. Ele eletricista, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 10/02/1966, res. e dom. à Rua Açu da Torre, 35, Vila Medeiros, 36º Subdistrito Vila Maria - São Paulo, filho de AUDAHE TEIXEIRA LIMA e de ANTONIA ALVES DE LIMA. Ela professora, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 26/10/1971, res. e dom. à Rua Humaitá, 335, Jardim Santa Rita de Cássia – Bragança Paulista, filha de OSWALDO LIMA DA SILVA e de MARIA APPARECIDA DE MORAES SILVA Protocolo: 486/2011 - FELIPE ANDRADE DE LUCA e ÉRICA SOLIANI. Ele engenheiro mecânico, divorciado, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 02/12/1967, res. e dom. à Rua Professor José Nantala Badue, 682, Jardim Santa Helena - Bragança Paulista, filho de FLAVIO CAMPELLO DE LUCA e de REGINA ANDRADE DE LUCA. Ela publicitária, solteira, natural de CampinasSP, nascida no dia 01/06/1979, res. e dom. à Rua Padre Bernardo da Silva, 572, Bairro São Bernardo - Campinas, filha de FAUSTO SOLIANI e de DELZIRA SILOTTO SOLIANI Protocolo: 491/2011 - WAGNER RIBEIRO TRINDADE e RENATA DE OLIVEIRA DORTA. Ele gerente industrial, divorciado, natural do Rio de Janeiro-RJ, nascido no dia 10/02/1972, res. e dom. à Rua Sidney Chiovatto, 106, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de HENRIQUE FERNANDES TRINDADE e de ELIETE RIBEIRO TRINDADE. Ela gestora de RH, divorciada, natural de Santo André-SP, nascida no dia 15/10/1985, res. e dom. à Rua Sidney Chiovatto, 106, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de PAULO DE OLIVEIRA DORTA e de DELCI APARECIDA COUTINHO DORTA Protocolo: 501/2011 - IVAN RODRIGO CIANFARANI CENTELHAS e TERIKE TASI NACHILUK. Ele médico, solteiro, natural de São Bernardo do Campo-SP, nascido no dia 02/03/1979, res. e dom. à Rua Professor Milton Improta, 120, Caixa 22, Jardim Santa Helena - Bragança Paulista, filho de ANTONIO CARLOS CENTELHAS e de JUÇARA LIA CIANFARANI CENTELHAS. Ela psicóloga, solteira, natural de Sorocaba-SP, nascida no dia 01/12/1984, res. e dom. à Rua Edissa Pacheco Carvalho, 62, Parque Campolim - Sorocaba, filha de ANDRÉ NACHILUK e de TEREZA TASI NACHILUK Protocolo: 502/2011 - WELLINGTON GERALDO DA SILVA e MARIA ESPERANÇA SILVA FRANCO RODRIGUES. Ele vigilante, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 18/09/1981, res. e dom. à Rua João Franco, 205, Cruzeiro - Bragança Paulista, filho de FRANCISCO DA SILVA e de LOURDES DE GODOI DA SILVA. Ela cabeleireira, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 20/03/1990, res. e dom. à Rua da Fraternidade, 35, Vila Batista - Bragança Paulista, filha de JOSÉ MAURICIO FRANCO RODRIGUES e de MARIVANE APARECIDA SILVA Protocolo: 503/2011 - LUIS EDUARDO DE OLIVEIRA SIMIONI e GRACIELE APARECIDA DE SOUZA. Ele advogado, divorciado, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 20/07/1958, res. e dom. à Rua Julieta Leme Siqueira, 538, Santa Luzia - Bragança Paulista, filho de EUZEBIO SIMIONI e de ELIZA APARECIDA VIEIRA DE OLIVEIRA SIMIONI. Ela artesã, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 18/01/1979, res. e dom. à Rua Julieta Leme Siqueira, 538, Santa Luzia - Bragança Paulista, filha de LUIZ DAMAS DE SOUZA e de MARIA APARECIDA DOMINGUES DE SOUZA Protocolo: 504/2011 - RANIERI PIORINI e ELISA ARLETE PEREIRA DE TOLEDO. Ele representante comercial, divorciado, natural de Pindamonhangaba-SP, nascido no dia 17/09/1966, res. e dom. à Avenida São Francisco de Assis, 91, Jardim São José - Bragança Paulista, filho de ROBERTO PIORINI e de IRACEMA MONTEIRO PIORINI. Ela metalúrgica, solteira, natural de Tuiuti-SP, nascida no dia 03/08/1965, res. e dom. à Avenida São Francisco de Assis, 91, Jardim São José - Bragança Paulista, filha de GENEZIO PEREIRA DE TOLEDO e de OCTAVIA FERREIRA VIDAL PEREIRA DE TOLEDO Protocolo: 505/2011 - KLÉBERSON JULIANI DE OLIVEIRA e ELIS REGINA DOS SANTOS BARRETO. Ele assistente de operador de máquina, solteiro,
natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 27/11/1984, res. e dom. à Rua Vicente Talamino, Bloco 14-B, Apartamento 34-B, Uberaba - Bragança Paulista, filho de JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA e de FLORIPES DE FATIMA JULIANI OLIVEIRA. Ela estudante, solteira, natural de Camamu-BA, nascida no dia 13/02/1986, res. e dom. à Rua Virgilio Rubin Toledo, 295, Vila São Caetano - Bragança Paulista, filha de ADENILTON DOS SANTOS BARRETO e de REGINA DOS SANTOS Protocolo: 506/2011 - RICARDO APARECIDO DE SIMONI e RENATA APARECIDA TAFFURI. Ele balconista, solteiro, natural de Bragança PaulistaSP, nascido no dia 19/11/1986, res. e dom. à Rua Benedito Chiovatto, 30, Jardim São Miguel – Bragança Paulista, filho de ANTONIO DE SIMONI e de ANA MARIA DE CAMPOS SIMONI. Ela operadora de máquinas, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 18/04/1990, res. e dom. à Rua Antonio La Salvia, 27, Jardim São Miguel – Bragança Paulista, filha de CLAUDIO TAFFURI e de DARCI MARIA DA SILVA TAFFURI Protocolo: 507/2011 - RENATO DE OLIVEIRA e CAMILA BERTOLOTTI. Ele motorista, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 07/09/1971, res. e dom. no Sítio São José, Bairro Marina - Bragança Paulista, filho de JOSÉ OCTAVIO DE OLIVEIRA e de JOANNA SANTECHIA DE OLIVEIRA. Ela empregada doméstica, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 12/05/1988, res. e dom. à Rua Marinópolis, 12, Bairro Marina - Bragança Paulista, filha de JAIR BERTOLOTTI e de BENEDICTA BORTOLO BERTOLOTTI Protocolo: 510/2011 - SANDRO LOPES DE MORAES e FERNANDA APARECIDA DE SOUZA. Ele encarregado de departamento, divorciado, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 14/02/1973, res. e dom. à Rua Antonieta Tomazini Lonza, 2070, casa 2, Parque Brasil - Bragança Paulista, filho de JOÃO LOPES DE MORAES e de HELENA APARECIDA DE CAMPOS MORAES. Ela analista de qualidade, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 22/06/1977, res. e dom. à Rua Antonieta Tomazini Lonza, 2070, casa 2, Parque Brasil - Bragança Paulista, filha de JOÃO RAUL DE SOUZA e de MARIA ALOCA DE SOUZA Protocolo: 511/2011 - ADILSON PEREIRA DA SILVA e SARA SIQUEIRA. Ele pedreiro, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 16/01/1980, res. e dom. à Rua Santa Amélia, 898, Lavapés - Bragança Paulista, filho de ROMILDO PEREIRA DA SILVA e de ODILA RODRIGUES DA SILVA. Ela operadora de caixa, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 21/01/1986, res. e dom. à Rua Santa Amélia, 898, Lavapés - Bragança Paulista, filha de GILBERTO APARECIDO SIQUEIRA e de ANGELA MARIA DE OLIVEIRA SIQUEIRA Protocolo: 515/2011 - MARCONÍCIO DOS SANTOS CAMPOS e ÁGNA OLIVEIRA SOUZA. Ele auxiliar de produção, solteiro, natural de Bom Jesus da Lapa-BA, nascido no dia 28/05/1982, res. e dom. à Rua Argemiro Pierotti, 75, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filho de PEDRO CAMPOS e de IZABEL DOS SANTOS CAMPOS. Ela manicure, solteira, natural de Paratinga-BA, nascida no dia 11/03/1987, res. e dom. à Rua Argemiro Pierotti, 75, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filha de ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA e de IVANILDE BASTOS OLIVEIRA SOUZA Bragança Paulista, 5 de abril de 2011 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br
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