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Braganรงa Paulista

Sexta

22 Fevereiro 2013

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jornal do meio

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para pensar

Jornal do Meio 680 Sexta 22 • Fevereiro • 2013

Expediente

A política na

eleição do Papa por Mons. Giovanni Baresse

“Nada do que é humano me surpreende”. Esta frase é atribuída a Publio Terêncio Afro, nascido escravo na segunda metade do século dois a.C., autor de comédias, das quais seis se conservaram e foram muito apreciadas na Idade Média e no Renascimento. Com ela quero lembrar que onde há gente temos ações de heroísmo e de fragilidade; de gratuidade e de interesses menores; de grandiosidade e de pequenez. Com isto iniciar passos de reflexão com os leitores sobre a renúncia do Papa Bento XVI e o conclave que escolherá seu sucessor. O Código de Direito Canônico, que rege a disciplina da Igreja Católica, prevê que aos 75 anos os bispos apresentem sua renúncia ao governo de suas dioceses. Os padres que desempenham cargos de párocos são também convidados a fazer isso. Por que o bispo de Roma, que exerce o ministério de ser ponto de união para todos os bispos e para todos os membros da Igreja, tem que morrer no cargo? Só porque era costume e renúncia era rara? Nada

mais sábio que, percebendo dificuldade em desempenhar bem seu serviço, o Papa tenha resolvido deixar sua missão. Não por medo, nem por fraqueza de ânimo. Por sentir que não tinha condições de continuar a cumprir bem seus deveres. Ele não está “abandonando” o encargo recebido. Muito menos “descendo da cruz” segundo dito, a meu ver infeliz, de um prelado. Penso que todos tem um relativo conhecimento do que significa a missão do Papa. E como deve ser a sua rotina. Como deve ser a sua agenda diária de receber pessoas, grupos. De falar a cada acontecimento. De ter relacionamento com os diversos dicastérios (os ministérios de governo para toda Igreja). Por que exigir que faça aquilo que sente não poder fazer? O Papa Bento XVI deu uma lição de sabedoria. Reconheceu que seus limites tinham chegado! Com o fim de sua missão começaram as especulações. É surpreendente como a agitação se deu em todo canto. Não vivem falando que a igreja está perdendo fiéis, que está em crise, que é instituição

falida? Por que a notícia está em todos os meios de comunicação, ocupando espaços e mais espaços? Entre tantos temas levanta-se a hipótese de “briga política” para a eleição do novo Papa. Como se isso fosse novidade! Vamos voltar no tempo e chegar até Jesus. O que narram os evangelhos? Em Mateus 20,20ss. a mãe de Tiago e João pede que os dois se assentem à direita e à esquerda de Jesus em seu reino. Os outros dez, ao saberem do pedido, ficaram indignados (porque todos almejavam o poder). Jesus diz que entre eles não deveria ser assim. O maior deve ser aquele que serve os outros. Costumo dizer que uma grande pedra no caminho da Igreja foi o reconhecimento do Cristianismo como religião oficial pelo imperador Constantino, no século quarto. Aí começou a mistura entre poder temporal e autoridade na Igreja. Muitos viram em seus ministérios a ocasião para mandar em vez de servir. E sabemos dos dramas vividos ao longo dos séculos quando a ganância maculou a vida dos cristãos justificando guerras, perseguições, mortes.

Não podemos esquecer que a Igreja foi e é querida por Jesus. Por isso ela é divina. Mas ela é humana porque constituída por nós do jeito que somos: pecadores chamados a ser santos. O lado humano da Igreja é aquilo que somos. Sempre podendo e devendo ser melhores. Na atuação humana, em qualquer setor, nós deveríamos agir sempre em busca do bem. Não só para nós, mas para todos. Nas ações na Igreja também deve ser assim. A escolha do Papa sempre será marcada pela humanidade dos seus eleitores. Cada um tem o seu modo de ver. Tem a sua visão de Igreja (a sua Eclesiologia). Na Igreja existem diversas tendências, diversas visões de mundo. E cada uma das tendências pensa ter o melhor caminho. Cada cardeal analisará o perfil daquele que julga apto a exercer o ministério de sucessor de São Pedro. Isso não nos deve escandalizar. Certamente os cardeais amam Jesus Cristo, a Igreja, a Humanidade. Votarão de acordo com sua consciência para o bem de todos. Os cardeais conversarão entre si? Farão conchavos? For-

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As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

marão blocos? Fecharão sobre algum candidato? Não temos razão para descartar isso. Esse é o lado humano! Acontece que os bispos são sucessores dos Doze. Eles, cardeais, estarão reunidos para eleger o homem que terá a missão de Pedro (confirmar os irmãos na fé). E farão isso sob o sopro do Espírito Santo. Deverão estar abertos à sua ação. E a gente sabe que Deus age através de nós, por mais limitados e pobres que sejamos! Uma coisa é certa: o escolhido será aquele que o Senhor aceitou por meio daqueles que ele constituiu como Apóstolos! O resto vale pra gente conversar... Voltarei ao assunto!


comportamento

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Monja por dez dias

Silêncio absoluto, isolamento e disciplina monástica atraem 120 pessoas para curso de meditação; repórter conta sua experiência Por LAURA CAPRIGLIONE /FOLHAPRESS

Viver de esmola em absoluto silêncio, em total disciplina, meditando em posição de lótus durante 12 das 24 horas do dia, sem qualquer contato físico com outra pessoa, em respeito a todos os seres -inclusive baratas, escorpiões, cobras e sapos!-, lavando sua própria roupa, seus pratos, arrumando sua cama. Sem poder ler, sem poder escrever, sem usar um tocador de mp3 ou CD, sem computador, iPad, e-mail, Facebook. Sem telefone. A reportagem participou do Curso de Meditação Vipassana, um retiro espiritual de dez dias. Baseado em tradição de 2.500 anos, o Vipassana, diz o site, deriva de ensinamentos deixados pelo próprio Buda, transmitidos de geração em geração até hoje. Dez dias sem saber se o Corinthians sagrou-se campeão mundial de clubes, se o José Dirceu foi preso, se a mãe comprou seu presente de Natal, se o mundo acabou como previram os maias. Dez dias para viver como um monge ou uma monja, praticando os ensinamentos de Buda. Atrás da promessa da “erradicação das impurezas mentais, da suprema felicidade e da erradicação essencial do sofrimento” (é pouco?), 60 homens e 60 mulheres aterrissaram no dia 12 de dezembro na fazenda Dhamma Santi, área rural de Miguel Pereira (120 km do Rio). Foram todos logo orientados a deixar objetos de valor (dinheiro, documentos, celulares e câmeras) na portaria. Quem imaginava um spa de extração orientalista para relaxar em meio a nuvens de incenso, relicários de Buda e bandeiras de oração coloridas ao vento, à moda tibetana, tomou o primeiro susto. Zero incenso, zero imagem de Buda, zero bandeira colorida. E zero pagamento (os organizadores só aceitam doações, em qualquer valor, de quem passar dez dias lá). As paredes de tijolo aparente não contêm um só adereço. Das lindas trilhas abertas nas montanhas recobertas de mata atlântica só podem ser percorridos menos de cem metros que separam os dormitórios do salão de meditação e do refeitório. O restante está interditado por placas que avisam: “Limite”. Dali não se passa. É claro que fumar não pode, como também não pode beber, usar calmantes “ou qualquer tipo de intoxicante”. Então, fica-se assim: das 24 horas do dia, 12 horas serão dedicadas à meditação e 12 horas servirão para dormir, alimentar-se, descansar, cuidar da higiene. “Não tem milagre ou mágica. Não adianta focalizar a mente em uma imagem, em uma cor, em um som” [refere-se àquele “ommmm” pronunciado com os olhos

fechados], avisa o professor birmanês Satya Narayan Goenka, 88, principal mestre de Vipassana hoje em atividade. A voz de Goenka gravada em CDs é a única que se ouve no curso. Ele canta, recita ensinamentos em páli (a língua falada no norte da Índia no tempo de Buda), explica em inglês (tudo com tradução). A ideia da meditação Vipassana é transformar a mente em um scanner que percorre cada parte do corpo, localizando as sensações agradáveis, desagradáveis, fortes e tênues que se manifestam. Então, usando de “equanimidade” (sem avidez ou aversão), vê-se como elas, impermanentes, efêmeras e mutáveis (“Anicca”, em páli), dissolvem-se por si mesmas. Segundo Goenka, “o autoconhecimento baseado na observação resulta numa mente em equilíbrio, cheia de amor e compaixão”. Mas haja força de vontade. Nos dois primeiros dias, é o próprio Goenka quem avisa: “A coluna dói, a cabeça dói (muito), pensa-se em desistir”. Tem mais: o tempo não passa, a claustrofobia pega, a chuvarada deixa o retiro às escuras durante dois dias, aparecem pelo menos três sapos, uma cobra coral (megavenenosa), duas baratas, um escorpião e um caramujo, fora os pernilongos. Duas mulheres não aguentam e “fogem”, depois de crises de choro (há testemunhas), dores nas costas (nem precisa) e talvez fome. A reportagem emagreceu 3,5 kg nos dez dias de saborosa alimentação vegetariana. Ainda não sabe se está com a mente mais equilibrada, “cheia de amor e compaixão”. Ninguém se fala, ninguém se olha ou se toca A decretação do fim do “nobre silêncio”, no último dia do Curso de Meditação Vipassana, encheu de blá-blá-blá, sorrisos e histórias as instalações sóbrias do retiro. Logo se soube que o sapo do banheiro, um anfíbio safado que parecia se divertir assustando as moças que iam tomar uma ducha, foi removido de lá corajosamente pela meditadora Claudete Sarapu, professora de Santo André. Ela o pegou usando um pano de chão como luva. Ou que a consultora de sustentabilidade Gabrielle Lopez, 26, uma experiente frequentadora de retiros (já fez em Bali e na Costa Rica), a partir do sétimo dia não conseguiu mais acompanhar as meditações, o pensamento vagando disperso. “E por que você ficou?”, quis saber a reportagem. “Tinha esperança de que melhorasse”, afirmou. O “nobre silêncio” não se limita a um “cala a boca”. Significa “abster-se totalmente da comunicação com outros, verbal ou física, mesmo que por intermédio de gestos ou olhares”, em busca do “silêncio mental”. Pesa.

fOTO: Marlene Bergamo/Folhapress

Copos usados pelos participantes do retiro espiritual Durante toda a vigência desse silêncio em sentido amplo, ninguém sorriu para ninguém. Acabou também a gentileza, que exige interação entre viventes. Noite fechada, sem luz (a chuvarada havia derrubado a rede elétrica), quem tinha lanterna fez facilmente o percurso entre os dormitórios e a sala de meditação. A quem não tinha, restou torcer para não pisar em uma cobra. Ninguém ofereceu ou pediu carona no facho de luz. A mesma coisa aconteceu com os portadores de guarda-chuvas. Quem tinha, tinha. Quem não tinha, tivesse. Muitos chegaram à meditação pingando. Nada favorecia a interação. No refeitório, as pessoas sentavam-se como se fosse em bancos de igreja. Todos voltados para o mesmo lado, de modo que ninguém se encarasse. Mas o “nobre silêncio” acabou também com a histeria coletiva. Incrivelmente, a aparição de baratas, escorpiões, sapos e cobras não ocasionou um tsunami de gritos. Na verdade, nenhum grito se ouviu, nem mesmo quando uma barata cismou de voar sobre as meditadoras concentradíssimas. Seria esse o caminho da iluminação? Em absoluto silêncio, uma jovem levantou-se calmamente e pegou o chamado “kit salva inseto”, que consiste em uma vasilha de plástico transparente e uma

cartolina. A vasilha, emborcada, imobilizou a barata, impedindo-lhe a fuga. Então, a cartolina foi enfiada por baixo. E levou-se a barata aprisionada para um matinho, onde ela foi de novo libertada. Fiel ao princípio budista de respeito a todos os seres, ali não se matam animais -nem os peçonhentos. Entre as mulheres houve aquelas que, exasperadas pela disciplina rígida, levaram ao extremo o que era possível. Já que era possível lavar roupas, lavava-se roupas todos os minutos de descanso. Esfrega aqui, torce ali, pendura no varal. E de novo, de novo. Também podia-se limpar o banheiro, então limpava-se o banheiro compulsivamente. Ou varria-se o quarto. E a varanda. Os dias duram muito -demais- quando não se pode falar, assistir à televisão ou passear na internet. O professor Goenka prometeu em várias de suas palestras (sempre ministradas à noite) que o final do curso viria acompanhado por semblantes felizes, típicos de pessoas maravilhadas com as possibilidades abertas pelos ensinamentos recém-adquiridos. De fato, no final, mesmo todos sendo obrigados a fazer uma última faxina nas instalações, os semblantes estavam exultantes. Havia felicidade no ar.


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colaboração SHEL ALMEIDA

Quando se pensa na tragédia de

justiça é lenta no Brasil. A percepção da

vamente acontecesse a própria população

que você denuncie e pare de freqüentar o

Santa Maria, a primeira coisa que

própria culpa e responsabilidade também

deveria fazer sua parte, mas não faz. A

lugar. Tragédias como a de Santa Maria e

se vem à cabeça é: Por quê um in-

são. A justiça, para as famílias das vítimas

mobilização precisaria deixar de ser virtual

tantas outras que acontecem anualmente,

cêndio naquelas proporções e com tantas

de Santa Maria, quando chegar - se chegar

e momentânea e começar a se tornar real

como inundações e desabamentos, mos-

vítimas fatais assusta e revolta? E faz com

– será em forma de indenização. Mas qual

e constante. É preciso parar de reclamar

tram o colapso de um país que funciona

todo mundo passe a prestar atenção em

valor em dinheiro é o suficiente para calar

na internet e começar a agir, cobrar, exigir,

por inércia. Que espera o pior acontecer

normas de segurança?

a dor da perda de um filho, de um irmão?

denunciar os estabelecimentos que não

para tomar uma atitude, até que a próxima

E isso remete a outra pergunta: por que

Não existe isso. O que aconteceu nunca

seguem as normas. É preciso sair da zona

festa chegue e o assunto seja esquecido. O

só agora? Por que é preciso acontecer algo

será superado nem recompensado. Então,

de conforto, arregaçar as mangas e fazer

carnaval já passou, mas a Festa do Peão já

terrível para que notemos o que está errado?

quando passar pela sua cabeça proprietário

sua parte, por você mesmo. Não adianta

se aproxima. Esperamos que o momento

Porque somos acomodados, acostumados

que “não vai acontecer nada”, pense que

achar que nunca vai acontecer com você

sirva como oportunidade para que o poder

a achar que tragédias só acontecem com

sim, tragédias acontecem, são reais. E a

ou com alguém que você ame. Os jovens de

público, os órgãos de fiscalização, e a popu-

os outros? A grande verdade é que muita

melhor maneira de evitá-las é prevenir,

Santa Maria também não esperavam pelo

lação de Bragança coloquem em prática o

tragédia só acontece por total irresponsa-

pensar em quais seriam as conseqüências

perigo. Seus pais achavam que os filhos

que aprenderam com a triste experiência

bilidade de pessoas como nós, que acham

se um incêndio acontecesse em seu esta-

retornariam para casa como em um final

de Santa Maria. O momento é de utilizar,

que tudo pode ser deixado pra depois, que

belecimento. Dificilmente você suportaria

de semana comum. E o que aconteceu foi

de maneira positiva o acontecimento para

não existe pressa para consertar o remendo

essa culpa. Portanto, evite-a. Burlar normas

o 3º maior incêndio da história, em número

aprimorar a segurança de camarotes, ar-

porque, afinal, se não aconteceu até agora,

de fiscalização ou deixar pra depois para

de vítimas.

quibancadas, parque de diversões, arena e

não vai acontecer. “Não vou gastar dinheiro

economizar dinheiro, hábito muito comum

à toa pra consertar um defeito que ninguém

entre os brasileiros, gera uma economia que

Jeitinho

vai perceber e que nem está atrapalhando

não justifica a vida de ninguém. Adequar-

Como na carta que circulou pela internet,

não “jeitinho”. Os governos só se tornarão

tanto assim”. Todos os dias saímos de casa e

-se corretamente a todas as normas tal-

endereçada à Presidenta Dilma, que pede

eficazes na medida em que deixarem de

entramos em estabelecimentos sem verificar

vez não faça tão bem ao bolso, mas faz à

que ela “engula o choro” e, ao invés de

trabalhar em benefício próprio e passarem

se o local segue as normas de segurança,

algo bem mais importante: a consciência.

chorar pelos mortos de Santa Maria, faça

a trabalhar em benefício da população. E

porque confiamos que haja fiscalização. E

Aproveite essa chance, use o que aconte-

alguma coisa para que novas tragédias não

com o comodismo brasileiro, tudo sempre

porque nós mesmos cometemos os mesmos

ceu em Santa Maria como exemplo para

voltem a acontecer, é preciso que todos nós,

continua como está. Atualmente a cidade

erros, burlando as normas de segurança que

mudança de comportamento, e não apenas

de alguma forma, façamos alguma coisa. É

possui 19 vereadores, que na realidade são

deveríamos ter também em casa, quando

reflexão momentânea. Mas certamente

preciso que o “jeitinho” dê lugar à prevenção

19 fiscais do executivo, 19 representantes

poderíamos simplesmente consertar ou

logo ninguém mais falará nisso, pois, como

e que ela, sim, se torne um hábito. É preciso

do povo. Que eles façam valer os votos que

apenas fazer de maneira correta. Um dos

tudo mundo sabe, brasileiro tem memória

deixar a omissão e a passividade de lado e

receberam e realmente cumpram o papel que

motivos de a tragédia em Santa Maria ter

curta, simplesmente esquece depois de

reclamar, pedir para que o estabelecimento

lhes cabe que é de legislar em beneficio da

deixado tantas vítimas foi a falta de saída de

alguns meses, até que tudo volte como era

que você costuma frequentar crie saídas de

população. E que a população faça

emergência na boate Kiss. E é exatamente

antes. Ou até que nova tragédia aconteça.

emergência e, caso não atenda ao seu pedido,

valer seu poder de reivindicação.

assim nos lugares em que freqüentamos:

Aí todo mundo se manifesta. Nas redes

casas noturnas, bares, restaurantes, super-

sociais, claro. Porque poucos são os que

mercados, escolas, ginásios, academias. Se

saem às ruas para reivindicar melhorias. A

algo similar acontecesse em algum desses

maioria acha que “não adianta nada, não

lugares é bem provável que as proporções

muda nada, o país é assim mesmo”. Claro

seriam as mesmas. E a cidade não estaria

que é. E se você continuar pensando assim

preparada para atender tantas ocorrên-

é exatamente desse jeito que continuará

cias, nem os hospitais para atender tantas

sendo pelos próximos 500 anos. Afinal,

vítimas porque nunca esperamos que algo

faz parte do “jeitinho” de ser do brasilei-

assim aconteça, mesmo com tantos erros

ro ser imediatista, se preocupar só com

e irresponsabilidades pelo caminho. E

o momento, até que chegue o próximo

quando acontece, mais do que lamentar,

feriado. Em várias cidades, inclusive em

a hora é de cada um assumir a própria

Bragança, ocorreram vistorias em casas

culpa. Culpa por aquilo que poderia ter

noturnas logo após a tragédia. Porém, a

sido evitado, culpa por acreditar que algo

vistoria poderia e deveria ser estendida

assim nunca pudesse acontecer, culpa por

a outros tipos de estabelecimentos que

deixar a segurança em segundo plano. Se a

atendem o público diariamente. Aliás,

própria fiscalização, em qualquer instância,

vistorias em casas noturnas seriam mais

atendesse a todos os critérios exigidos,

eficazes se acontecessem em hora de maior

com mais rigor e menos “jeitinho”, muitos

movimento, como um sábado a noite e

dos estabelecimentos que você conhece

não em uma tarde de um dia de semana

provavelmente estariam fechados ou, ao

qualquer. Assim como vistorias em vans

menos, multados. Tragédias como a de

escolares deveriam acontecer durante

Santa Maria nos fazem pensar em como

o percurso para a saída ou entrada das

estamos, todos, completamente vulneráveis

crianças na escola. Em países como os

e apáticos ao que nos atinge diretamente.

Estados Unidos as escolas têm o costume

E nem nos damos conta disso.

de promover treinamento contra incêndio

Normas

praça de alimentação da Festa do Peão. E que a segurança se torne norma eficiente e

rotineiramente. Para as crianças que participam dessas simulações, a preparação

Normas existem para serem seguidas, mas o

torna-se um hábito tão comum que, caso

brasileiro sempre dá um “jeitinho”, sempre

realmente ocorra um incêndio, elas estarão

encontra uma maneira de burlar a segu-

tão preparadas que nem perceberão que

rança, porque, afinal de contas, nunca vai

o perigo é real. Já as crianças no Brasil

acontecer com ele. Até que acontece. “Não

estariam totalmente despreparadas para

vou fazer meu filho usar cinto de segurança

a mesma situação, sem sequer saber como

no banco de trás do carro porque ninguém

reagir em situação de perigo. Todos nós

usa e, além disso, eu dirijo bem”. Mas é o

depositamos confiança nos órgãos de

hábito de seguir as regras que permite que

fiscalização e acreditamos que estaremos

tragédias sejam evitadas. Não apenas a

protegidos. No entanto, para que isso efeti-

Normas existem para serem seguidas, mas o brasileiro sempre dá um “jeitinho”, sempre encontra uma maneira de burlar a segurança, porque, afinal de contas, nunca vai acontecer com ele. Até que acontece.


olho vivo - dicas de segurança

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Dos direitos e

Por valmir aristides

Deveres dos condôminos

Prezados leitores, após vários e -mails solicitando maiores informações sobre os direitos e deveres do condômino, resolvi desenvolver essa matéria em conjunto com meu departamento jurídico, mesmo não tendo relação direta com o assunto de segurança. Uma opção que cada vez tem se tornado mais comum no seio da população é a opção de passar a residir em condomínios principalmente pela segurança que teoricamente é oferecida, porém esta é também a principal questão de desentendimento e decepção entre os condôminos, pois a grande maioria destes condomínios oferecem uma “pseudo” segurança, que inclui desde erros de projetos de infra-estrutura, regras de acesso para visitantes ou fornecedores, até falta de um projeto para implementação de equipamentos que possam auxiliar ou até substituir a presença de porteiros, gerando inclusive reduções drásticas de custos a médio/longo prazos. Portanto, se faz necessário que os engenheiros/síndicos/subsíndicos, procurem orientação em empresas especializadas que já desenvolvam projetos sérios de segurança para condomínios. Porém lembre-se de pesquisar sobre as empresas antes de contratar. Uma opção que cada vez tem se tornado mais comum no seio da população é a opção de passar a residir em condomínios. No condomínio, entretanto, a convivên-

cia social se torna mais forte, pois nesse tipo de moradia há o domínio sobre a propriedade, de forma que todos os condôminos possuem um percentual sobre toda a propriedade. Sendo assim, por conta desse fenômeno, tornou-se necessário inserir normas específicas para regular as relações entre os condôminos. Ocorre que, por falta de interesse, pessoas que, embora residam em condomínios, não demonstram afinidade com os direitos e deveres que envolvem esse tipo de relação social. A título de esclarecimento, elucidaremos aqui alguns dos direitos e deveres dos condôminos. Direitos: •Dispor da sua unidade e das áreas comuns, sem infringir as normas do Regulamento Interno, da Convenção e da legislação vigente; •Desde que esteja quite com as despesas condominiais, votar em assembleias, participar de suas deliberações, candidatar-se a cargos administrativos e a eles ser eleito. O voto tem peso proporcional à fração ideal da unidade, salvo disposição diversa da Convenção; •Participar da decisão do que é feito com o dinheiro comum, em assembleia. A previsão orçamentária anual deve ser aprovada em assembleia ordinária, e alterações (aumentos de condomínio) devem ser submetidas a assembleia extraordinária. A prestação de contas

do ano anterior também é obrigatória. E obras devem ser pré-aprovadas pela assembleia, com o quórum previsto no novo Código Civil; •1/4 (um quarto) dos condôminos, juntos, podem convocar uma assembleia, sem intermédio do síndico; •A maioria absoluta (metade mais um) dos condôminos pode destituir o síndico, em assembleia especificamente convocada; •Votar sobre alterações nas áreas comuns do condomínio, na Convenção e no Regimento Interno; •Pagar as despesas de condomínio na proporção de sua fração ideal, e apenas no que diz respeito aos gastos de que desfrute. Por exemplo: um condômino que não tem vaga na garagem não paga pela manutenção do portão da mesma; •Alugar sua vaga na garagem, de acordo com o critério previsto no Código Civil: têm preferência os proprietários, em seguida os inquilinos, e finalmente pessoas estranhas ao condomínio; •Vender a vaga de garagem a outro condômino. A comercialização só pode ser feita com não-condôminos se assim o permitir a Convenção do condomínio. Deveres: •Contribuir em dia para as despesas do condomínio, na proporção de sua fração ideal; •Respeitar as disposições do Regulamento Interno, da Convenção e da legislação vigente;

•Não realizar obras em sua unidade que comprometam a segurança da edificação ou alterem sua fachada; •Pagar as multas e os juros previstos no Código Civil, na Convenção e no Regulamento Interno, no que diz respeito a atrasos no pagamento de despesas, e a infração de normas de convivência. Além disso, os condomínios, através de suas convenções, poderão criar novos direitos e novos deveres aos condôminos. Lembrando que faz parte do dever de cada condômino reportar aos responsáveis toda e qualquer irregularidade dentro das dependências do condomínio, assim como tem o direito de levar para as reuniões idéias ou projetos que possam melhorar qualquer item inclusive a segurança do local. Até a próxima! Valmir Aristides, consultor de segurança e fundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda- Empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança. Formado em Eletrônica, tendo atuado na área técnica nas Empresas IBM-International Business Machines e ITT-International Telegraphs & Telecomunications, foi o Fundador-Presidente da REB-PM - Rede de Emergência Bragantina na Polícia Militar e atuou por 2 anos como Diretor do SPC – Serviço de Proteção ao Crédito na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bragança Paulista (CDL).


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Reflexão e Práxis

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A instituição social Por pedro marcelo galasso

A renúncia do papa Bento XVI surpreendeu a comunidade internacional, mas podemos supor que esta decisão foi discutida nos bastidores do Vaticano devido a importância da Igreja Católica e por toda a comoção dado o seu peso político e por tudo o que ela representa, principalmente, nos países de maioria católica como o Brasil. Entretanto, a ideia não é discutir as questões que levaram à renúncia, mas sim aproveitar este momento para pensar o que é uma instituição social. Eventos como este tornam mais visíveis os papeis e as atribuições que o padrão de controle social, expressos nas instituições sociais, impõe aos indivíduos. As instituições sociais tem a função de impor as normas de conduta que os indivíduos devem seguir, segundo os costumes e os valores que as pessoas devem obedecer para que o arranjo social funcione de forma harmônica. Até mesmo os conflitos e as mudanças, como a renúncia do papa Bento XVI, são pensados nestes arranjos sociais.

Acima de tudo, as instituições sociais aparecem como algo que plaina sobre todos nós e que parecem lideradas por pessoas ou grupos excepcionais, portadores de uma visão mais ampla e profunda do que aquela encontrada nas pessoas comuns, visão que é unilateral, pois a instituição social é formada e alimentada por todas as pessoas que compõem a sociedade, por mais imperceptível que seja o papel de alguns destes autores. Para ilustrar esta visão basta pensarmos que a linguagem é a primeira instituição social com a qual nos confrontamos já que não podemos falar de qualquer forma e precisamos seguir as normas de linguagem que existem antes e acima de todos nós. Outra característica da instituição social é a sua objetividade, o que significa dizer que todos nós, concordando ou não, admitimos que ela exista independente da nossa vontade. Se pensarmos a renúncia do papa notamos que católicos e não católicos admitem que a Igreja Católica exista e que a decisão do

papado vem carregada de peso religioso e político por sugerir perguntas, tais como qual será a orientação da mesma igreja segundo o papa que será escolhido? O caráter coercitivo também é típico das instituições sociais, ou seja, ela exerce um poder sobre os indivíduos, quer eles o aceitem ou não. Alguns hábitos culturais brasileiros exemplificam a influência católica no nosso imaginário coletivo e em nossa história, como, por exemplo, a localização das igrejas católicas nas regiões centrais das cidades mais antigas. Porém, no caso da Igreja Católica a autoridade moral, um dos componentes mais significativos das instituições sociais, tem um peso muito grande, pois as pessoas não seguem e não aceitam as normas de controle social tão somente pelo seu caráter coercitivo. A crença e a fé na instituição social chamada Igreja Católica cumpre um papel social importante, pois serve como um “cimento social”, ou seja, ela tem a função de sedimentar valores e agregar as ideias que compõem o nosso

imaginário desde as questões típicas como as campanhas da fraternidade, até as questões mais controversas. Pensando, portanto, no que foi exposto, a renúncia de Bento XVI não enfraquecerá a instituição Igreja Católica que continuará importante independente da figura escolhida para representá-la, ainda que os estudiosos da Igreja Católica sinalizem inúmeros desafios surgem no seu horizonte no início do século XXI. Dentre eles temos a presença da imagem do papa João Paulo II e o final do seu papado que ainda permanecem no imaginário católico, outro desafio é o avanço do protestantismo brasileiro na África, o que pode inclusive motivar a escolha de um papa africano, direção já apontada pela mídia e vista como uma forma de diminuir a perda dos fieis, e levar, em futuro próximo, a escolha de um papa brasileiro pelo mesmo motivo. É ver para crer. Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com


informática & tecnologia

Sony erra e acerta com

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touchscreen em laptop Por GIULIANA MIRANDA /folhapress

O ultrabook Sony Vaio Série T (modelo SVT13127CBS) é mais uma opção de laptop para quem deseja usar o Windows 8 da maneira mais apropriada: com os dedos na tela. E a touchscreen responde bem aos comandos, facilitando o uso do sistema da Microsoft. No resto, porém, o painel de 13,3” é medíocre. Sua resolução (1.366 pixels x 768 pixels) deixa a desejar -rivais como o Samsung Série 9 oferecem 1.600 pixels x 900 pixels, o que resulta em imagens com mais definição. Como a maioria dos notebooks, o Série T tem uma tela com superfície brilhante, ângulo de visão limitado e nível de contraste mediano. Sua estrutura seria melhor se incluísse uma dobradiça mais firme -para a tela balançar menos ao ser tocada- e com ângulo de abertura maior. No geral, porém, o design é robusto, com materiais aparentemente resistentes, e atraente, com alumínio escovado e detalhes cromados. O Série T é mais grosso e pesado do que outros ultrabooks -consequência, em parte, da inclusão das portas Ethernet e VGA, ausentes em muitos laptops modernos. A primeira, para conexões a redes com fio, pode ser útil porque elas costumam ser mais rápidas e estáveis do que as sem fio. A saída de vídeo VGA é conveniente para ligar o laptop a projetores ou monitores que não tenham conectores modernos como o HDMI. O teclado e o touchpad têm elementos comuns a vários ultrabooks: o primeiro é muito raso, e o segundo tem superfície contínua, sem botões separados para cliques. A baixa profundidade das teclas é um problema: pode atrapalhar a digitação. A falta de botões no touchpad, por sua vez, não compromete, pois a resposta aos comandos é boa. O Série T oferece o desempenho que se espera de um aparelho com as suas especificações, ou seja, o suficiente para tarefas básicas -navegação na web, uso de programas de escritório, edição leve de imagens. O armazenamento híbrido, com disco rígido e drive de estado sólido, ajuda principalmente na inicialização do sistema, bem rápida. Ele não é recomendável para situações que demandam hardware mais poderoso, como uso de games com gráficos 3D sofisticados, execução simultânea de aplicativos pesados e edição profissional de conteúdo multimídia. O mercado brasileiro tem poucas opções de laptop com tela sensível ao toque. A melhor é o IdeaPad Yoga 13, da Lenovo, cujo painel pode ser aberto em um ângulo de 360º. Lançado por R$ 8.999, já é vendido por cerca de R$ 5.500. Uma alternativa mais barata (R$ 1.999) é o Vivobook X202E, da Asus, com tela de 11,6” e hardware modesto. Entre eles fica o Série T, que, apesar das limitações, é um bom notebook para quem busca touchscreen e desempenho razoável. Com preço sugerido de R$ 3.899, pode ser encontrado por menos de R$ 3.500.


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Delícias 1001

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10 Dicas para um bolo perfeito Por deborah martin salaroli

Sempre me perguntam sobre dicas na cozinha. Pensei em iniciar essa ‘maratona’ com dicas em ‘como preparar um bolo perfeito’. Assim, seus bolos vão ficar sempre fofinhos e deliciosos! A arte de fazer um delicioso bolo pode e deve ser muito simples, basta seguir precisamente a receita e as seguintes dicas: 1.Pré-aqueça o forno na temperatura indicada na receita. Assim o bolo será assado de maneira uniforme, desde o início. 2.Unte a assadeira com margarina ou manteiga e polvilhe com farinha de trigo ou açúcar. Isso evita que o bolo grude ao ser desenformado. 3.Deixe os ingredientes em temperatura ambiente antes do preparo iniciar. Os resultados serão certamente melhores. 4.Coloque toda massa do bolo no centro da assadeira e espalhe com uma colher para as laterais. Bata suavemente a assadeira na pia para que as bolhas de ar subam à superfície. 5.Nunca coloque mais massa que a metade da altura da assadeira. 6.Posicione a forma do bolo no centro do forno. Isso irá garantir uma boa circulação de ar ao seu redor durante o cozimento. 7.Não abra a porta do forno antes da metade do seu tempo de cozimento. Antes disso, o bolo certamente afundará. 8.Para verificar se um bolo está assado, introduza um palito no centro. Se ele sair limpo, o bolo está pronto; se há algo preso nele, continue a assar por mais alguns minutos e repita o processo depois. 9.Deixe o bolo esfriar ainda dentro do forno desligado, mas com a porta meio aberta. Depois coloque-o sobre uma gradinha para que termine de esfriar em

Fotos: Delícias 1001

toda sua volta. Assim, ele continuará fofo. 10.Para remover o bolo facilmente da assadeira passe uma faca ou espátula em torno do bolo e, em seguida, coloque-o sobre um prato e vire-o rapidamente.

Bolo de abacaxi

(ou do que você quiser) Um jeito muito simples e fácil para saborizar um ‘bolo de nada’, desses sem graça. Usando um pacotinho de suco em pó tudo se transforma. Neste caso, usei o sabor de abacaxi, mas pode ser qualquer um. Fiz assim: Dissolvi ½ pacotinho de suco em pó em 1 xícara de leite e reservei. Bati na batedeira 4 claras em ponto de neve e também reservei. Voltei uma outra tigela na batedeira com as 4 gemas e 2 xícaras de açúcar, formando um creme clarinho. Adicionei a xícara de leite reservado e 2 xícaras de farinha de trigo, até ficar uma massa bem lisa. Retirei da batedeira e acrescentei aos poucos, mexendo (com movimentos leves de baixo para cima) as claras em neve, com toda delicadeza do mundo. Juntei 1 colher (sopa) de fermento em pó. Acomodei numa forma untada com margarina e enfarinhada. Levei ao forno pré-aquecido por 30 minutos. Simples assim. Esse bolo fica bem macio e molhadinho! Sensacional! Depois de assado, o bolo pode ser cortado em quadrados e banhado numa calda fria com 2 xícaras de leite com a outra metade de suco em pó mais 1 lata de leite condensado e passado em coco ralado. Embrulhado, então, em papel alumínio.

bolo de abacaxi Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br Queridos amigos Tenho o prazer de divulgar o ‘nascimento’ do “Delícias 1001 - Gastronomia cria-

tiva, eventos especiais”, que tem como idéia inovar, com novos pratos e opções de serviço criados a partir da culinária habitual, mesclando sabores, aromas e apresentação inusitada. Opção ideal para quem deseja reunir e surpreender pessoas com praticidade e elegância, em cardápios personalizados, cada evento é elaborado de acordo com seu perfil, sugerindo um menu criativo e sofisticado, ousado e saudável. Para organizar um evento com comidinhas diferentes em casa, é só me chamar (99401.7003)

antenado

O auge da rainha Elizabeth 2ª Recém-lançado pela Taschen, livro de fotografias “Her Majesty” mostra época de glamour da monarca britânica

por BERNARDO MELLO FRANCO

Olhando hoje, nem parece, mas aquela senhorinha de aparência pacata, com óculos arredondados e cabelos de algodão, já foi a mais perfeita tradução do glamour e do jet set internacional. Aos 86 anos, Elizabeth Alexandra Mary, a rainha Elizabeth 2ª, voltou ao noticiário no papel de bisavó do futuro herdeiro da coroa, filho de William e Kate. Na Inglaterra, um livro de fotografias recém-lançado pela Taschen relembra tempos mais agitados, quando ela era o centro das atenções e desfilava a fleuma da monarquia britânica pelos cinco continentes. “A rainha era a pessoa mais famosa do mundo. Todos, conhecidos ou anônimos, sonhavam em um dia estar com ela”, resume o fotógrafo Reuel Golden, organizador de “Her Majesty” (sua majestade, em inglês). As imagens não o deixam mentir. Numa das grandes fotos do livro, Marilyn Monroe tenta disfarçar o nervosismo numa fila à espera do aperto de mão real, em 1956. Sem nunca ter se destacado pela beleza, Elizabeth foi uma espécie de precursora da era das celebridades. Perto dela, durante boa parte do século 20, toda estrela voltava a se sentir uma mera súdita. “Não existia Madonna, Lady Gaga. Ela viajava para os cantos mais remotos e as pessoas saíam de casa para se aglomerar nas ruas e vê-la passar”, diz Golden.

Foto: Harry Benson/Divulgação

O inglês, que hoje mora nos Estados Unidos, dedicou 15 meses à busca pelas imagens que recheiam o livro. A procura fez surgirem fotos inéditas há décadas, como um registro da monarca sorridente ao fim de uma visita às antigas Índias Ocidentais, em 1966. O clique estava esquecido nos arquivos de Harry Benson, famoso por fotografar os Beatles em turnê. “Como hoje tudo é digital, muita coisa estava destinada a se perder em velhos negativos. Esta imagem provavelmente nunca seria revelada”, comenta Golden.

Sucesso britânico Numa ilha onde o retrato da monarca impassível ainda é onipresente, das notas de libra esterlina aos selos postais, têm feito sucesso imagens de uma Elizabeth mais despojada e informal. Nessa linha, “Her Majesty” traz cenas curiosas, como a rainha dirigindo um Daimler, lendo jornais com o marido ou gargalhando no convés do Britannia, o iate da realeza. Diana, a princesa que se tornou mais popular que toda a monarquia, aparece em apenas três cliques da biografia fotográfica. A rainha não sorri em nenhum deles. Na sequência, em uma boa sacada da edição, ressurge na tela de uma televisão, no histórico pronunciamento pela morte da ex-nora, em 1997. O livro traz galeria de vestidos de gala e

A rainha Elizabeth 2ª e o príncipe Philip acenam da porta do avião real ao fim de uma visita às antigas Índias Ocidentais, no Caribe. Esta foto foi tirada pelo fotógrafo oficial da realeza e estava perdida até agora num negativo não revelado. Imagem de divulgação do livro “Her Majesty”, da editora Taschen, sobre o jubileu de 60 anos da rainha

chapéus exóticos, marca do guarda-roupa real, e uma retrospectiva de como a imprensa britânica e mundial retratou seu reinado, que já chega a 60 anos. No fim, retratos de fotógrafos contemporâneos, como a americana Anne Leibovitz, mostram uma rainha serena, que se afastou das multidões e parece preparar em silêncio a própria sucessão.

“Her Majesty” é vendido em Londres a cerca de R$ 33). Numa edição de luxo, chega a 550 (mais de R$ 1.830). Her majesty Organizador: Reuel Golden Editora Taschen (importado) Quanto R$ 510 (306 págs.) nas livrarias brasileiras


Seu sorriso COM saúde

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Criança e sua

primeira visita ao dentista informe publicitário

É comum observarmos adultos temerosos quando se fala em tratamento odontológico. Muitos não sabem explicar como esse medo se iniciou, outros relatam ser o barulho do “motorzinho” a causa de tudo. Mas na maior parte das vezes observa-se que alguma experiência odontológica no passado, provavelmente na infância, faça com que a pessoa carregue por toda a vida, consequências que influenciam o seu comportamento tais como afastamento ou então um grau de desconforto e ansiedade muito grande ao enfrentar o tratamento odontológico. Pensando nisto é importante que os pais fiquem atentos à primeira visita de seus filhos ao odontopediatra, que é o profissional habilitado ao atendimento odontológico à criança. A criança não é um adulto em miniatura. Ela está em crescimento e desenvolvimento e todas as áreas de sua vida devem ser trabalhadas adequadamente por profissionais especializados, inclusive suas emoções. Elas são observadoras e notam quando seus pais ou responsáveis demonstram, por exemplo, medo de ir ao dentista ou então de levá-las ao dentista. Muitos pais ficam apreensivos com o que acontecerá na cadeira do dentista e dão muitas explicações, prometendo passeios e presentes e então a criança sente que deve ter alguma coisa de errado na situação. Ela se sentirá insegura. Se imaginarmos uma situação em que a

criança ouve um comentário como este: - “Aquela injeção doeu tanto”! - “Fiquei tanto tempo de boca aberta”! Como ela se sentirá? Ao escutar estas expressões, que muitos adultos usam, a criança vai assimilando e quando precisa de cuidados odontológicos desenvolve uma ansiedade que dificulta a execução do tratamento. Prevenção então é a palavra chave. E prevenção também em relação ao comportamento da criança durante o tratamento odoontológico. Por isso o melhor é que a primeira visita ao odontopediatra seja quando ela está ainda sem dor, para que este primeiro contato ocorra de forma tranquila. Ao levar a criança pela primeira vez ao dentista os pais devem dizer que irão levá-la para conhecer alguém que a ajudará a cuidar de seus dentinhos. Não devem ser dadas muitas informações para a criança. Deixe que o profissional faça isso. Sabemos porem que nem sempre isso é possível e os pais precisam levar seus pequenos numa situação em que a dor e o sofrimento estão presentes. Nestes casos o odontopediatra se ocupará em resolver o caso da dor, sem trauma para a criança e em consultas subsequentes irá adapta-la ao tratamento de uma forma serena para que ela não leve para sua vida adulta traumas do passado. Dra. Maria Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Especialista e mestre em odontopediatria

COM - Centro Odontológico Martins Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP 80.173 Dra. Mariana Martins Ramos Leme CRO/SP 82.984 Dra. Maria Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Dr. Luis Fernando Ferrari Bellasalma CRO/SP 37.320 Dra. André Henrique Possebom CROSP 94.138

Dra. Juliana Marcondes Reis CRO/SP 70.526 Dra. Helen Cristina R. Ribeiro CRO/SP 83.113 DR. Luis Alexandre Thomaz CRO/SP 42.905 Praça Raul Leme, 200 – salas 45/46/49 Edifício Centro Liberal. Telefones: 11 4034 – 4430 ou 11 4034 – 1984

saúde

iBobagem

Aplicativos de smartphone afirmam ter efeito contra acne e até depressão, mas poucos funcionam

por GIULIANA MIRANDA/ FOLHAPRESS

Fim da acne, aumento dos seios e alívio da depressão são só alguns dos serviços oferecidos pelos mais de 40 mil aplicativos “médicos” disponíveis para celular. Embora boa parte deles seja inofensiva e desempenhe tarefas como lembrar o usuário de tomar um remédio, há uma parcela cada vez mais ambiciosa que promete a cura ou uma melhora significativa para diversos males. Sem testes ou evidências científicas, esses apps entraram na mira de associações médicas, grupos de pesquisa e até da toda-poderosa FDA (agência que regula alimentos e remédios nos EUA). A organização deve emitir nos próximos meses regras para fiscalizar e controlar a circulação desses softwares. O Centro de Jornalismo Investigativo da Nova Inglaterra, ligado à Universidade de Boston, fez um levantamento indicando as maiores lorotas tecnológicas prometidas pelos aplicativos. A lista contém 1.500 apps. Quando não apresentam conceitos errados, os programas se aproveitam da falta de informação dos usuários. É comum também que um determinado aspecto de um tratamento seja deturpado e usado de maneira simplista. É o caso do AcnApp, que era vendido por US$ 1,99 para iPhone. Segundo o fabricante, o usuário deveria segurar o visor perto do rosto por alguns minutos todos os dias. Ele emitiria luzes vermelhas e azuis que matariam as bactérias que favorecem a acne, melhorando a pele. “O tratamento com luz vermelha e azul já é muito consolidado para tratar a acne”, explica Gabriela Casabona, dermatologista do Hospital Samaritano. “Mas a luz que tem esse efeito é própria para isso. Tem um comprimento de onda, um tempo de exposição e uma distância muito específicas”, completa. O app teve quase 15 mil downloads e despertou a atenção das autoridades, que conseguiram removê-lo da lista da loja de aplicativos da Apple. O fabricante precisou pagar uma multa de US$ 14.294, mas não teve nenhum problema com a Justiça. A decisão, porém, não impediu que outros dispositivos seguissem a mesma linha. O iSAD promete tratar a Desordem Afetiva Sazonal, a depressão que atinge as pessoas com baixa exposição à luz solar, como as que vivem em países nórdicos. O app promete usar a luz do visor do iPhone para,

em sessões de cerca 30 minutos por dia, tratar essa depressão. O serviço custa US$ 9,99. “É improvável que a intensidade do visor e o uso dessa maneira sejam capazes de ter algum efeito”, diz Elko Perissinotti, do IPq (Instituto de Psiquiatria) da USP. No aplicativo Breast Augmentation, são os sons que prometem fazer efeito. Ele trabalha com a ideia de que mulheres amamentando têm seios maiores. A partir daí, o aplicativo diz que ouvir alguns minutos de choro de bebê por dia estimula o organismo a aumentar os seios. Esses e outros aplicativos podem ser comprados no Brasil, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que não há projetos de regulamentação do setor. Oficialmente, qualquer app que se proponha a curar uma doença precisa de autorização do órgão.


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Foi com grande alegria que fotografei o ensaio Pré-wedding desse jovem casal. Najara e Felipe, duas pessoas que tive o prazer de conhecer há pouco tempo e já deu pra perceber o quanto um foi feito para o outro. Eles têm uma linda história de amor que já dura há anos! Logo logo estarão realizando o sonho do casamento e estarão abrilhantando novamente esta coluna. Enquanto isso, vamos curtir essas belas imagens do casal. Até semana que vem!


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por Michael Figueredo/Auto Press

O Civic é a “cara” da Honda no Brasil, desde que a fabricante japonesa decidiu entrar no mercado brasileiro de automóveis. Além disso, o modelo sempre esteve posicionado como um dos sedãs médios de maior sucesso por aqui. Os bons números, no entanto, não bastam. O carro precisa apresentar novidades constantemente para manter-se competitivo, principalmente com a crescente concorrência do segmento. Por isso, a marca decidiu aumentar a gama de motores do modelo e se apressou para já lançar a linha 2014, com a introdução de um motor 2.0 e a atualização da versão 1.8, que passa a contar com câmbio manual de seis velocidades. Por fora, o Civic não apresenta novidades. Há novos faróis de neblina, mas disponíveis apenas nas versões LXR e EXR. A diferença está mesmo sob o capô. O motor 2.0, capaz de gerar 155 cv, também é exclusivo das variantes intermediária e topo. Em ambas, a transmissão é uma automática de cinco velocidades. Outra mudança sutil é a ausência do subtanque de combustível do motor, que era usado para partidas a frio. A fabricante introduziu um sistema que dispensa a necessidade do tanque extra. O mecanismo, chamado pelo marketing da empresa de Flex One, é acionado pelo botão que destrava as portas e aquece previamente o combustível através de um conjunto de resistências. Na versão de entrada, LXS, que mantém o motor 1.8, o velho “tanquinho” da partida a frio continua. Nesta configuração, porém, a transmissão manual de seis velocidades garante, segundo a fabricante, maior economia de combustível. De acordo com os engenheiros da Honda, as relações da quarta e da quinta marchas foram encurtadas. A sexta cumpre o papel de manter o sedã em velocidade de cruzeiro, o que permite que o Civic rode com o giro mais baixo. O propulsor entrega ao sedã 140 cv de potência às 6.500 rpm. O interior do Civic 2014 é praticamente o mesmo da versão anterior. Na de entrada, a única novidade é o forro na tampa do porta-malas. Todas as opções contam com o botão Econ, que programa o carro para uma condução mais econômica. O sistema Bluetooth também está disponível desde a versão de entrada, assim como os comandos no volante para a central inteligente i-Mid, que inclui o sistema de entretenimento e o computador de bordo. Nas LXR e EXR, há também borboletas para troca manual de marchas. No que diz respeito à segurança, todas as versões do sedã contam com airbags frontais – na topo há também a bolsa lateral –, freios a disco nas quatro rodas, ABS e EBD. Não é difícil entender o objetivo da Honda com a renovação da oferta. Os principais rivais – Toyota Corolla, que lidera as vendas entre os sedãs médios, e Chevrolet Cruze, o terceiro colocado – já contam com motores 2.0. No entanto, o Civic 2014 é o mais potente entre os rivais. Perde apenas para as versões esportivas. Embora a marca japonesa jure que a intenção é reduzir o consumo, a movimentação da concorrência mostra que o sedã da Honda precisa mostrar serviço para continuar entre os “best sellers”.

Primeiras impressões

Sob medida Campinas/São Paulo – Ao chegar perto do Honda Civic 2014 é difícil se desfazer da certeza de que nada mudou. O design é absolutamente o mesmo. A impressão de estar diante de um carro conhecido é

inevitável. No entanto, há o lado positivo. O conforto continua o mesmo. O sedã tem bastante espaço para o motorista e o passageiro. No banco traseiro também não há apertos. Logo ajusta-se o volante – em altura e profundidade –, gira-se a chave e o Civic apresenta sua boa dirigibilidade. O motor 2.0 move o carro com boa desenvoltura. O Civic não demora para ganhar agilidade. Antes dos 2.500 giros, boa dose de força já está disponível. O problema está nas respostas da transmissão automática, que não são das mais rápidas. Além disso, deixa o carro um pouco “bobo” nas trocas. Mas as borboletas atrás do volante permitem que as mudanças de marchas fiquem mais intensas, o que deixa o sedã um pouco mais animado. E, se por acaso, no auge da “animação”, for preciso frear repentinamente, o ABS e o EBD entram em ação e não há desvios na trajetória. A Honda também fez um bom trabalho no acabamento interno do Civic 2014. Os couros usados nos assentos aparentam boa qualidade e deixam a vida a bordo mais confortável. Também há porta-objetos espaçosos no console central e nas portas. As partes acabadas em plástico apresentam boa textura e agradam aos olhos. De dentro do sedã ouve-se pouco do barulho externo. O isolamento acústico é eficiente e o ruído do motor invade o habitáculo apenas em tocadas mais agressivas, após os 4.500 giros. A versão 1.8 também recebeu novidades mecânicas. E, mesmo com 15 cv a menos, o sedã mostra-se mais “esperto” que o 2.0 em algumas situações, principalmente nas saídas mais rápidas, devido ao câmbio com relações mais curtas. Na sexta marcha, o carro roda com maior suavidade, o que proporciona mais conforto ao motorista.

Ficha Técnica

Honda Civic 2014 LXR 2.0 Motor: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, quatro cilindros em linha, comando simples no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas. Injeção multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio automático com cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 155 cv e 150 cv a 6.500 mil rpm. Torque máximo: 19,5 kgfm a 4.800 e 19,3 kgfm a 4.700 rpm. Diâmetro e curso: 81 mm X 96,9 mm. Taxa de compressão: 10,6:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira independente do tipo multilink. Oferece controle eletrônico de estabilidade na versão EXS. Pneus: 205/55 R16. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco com quarto portas e cinco lugares. Com 4,52 metros de comprimento, 1,75 m de largura, 1,45 m de altura e 2,67 m de distância entre-eixos. Tem airbags frontais de série. Peso: 1.230 kg. Capacidade do porta-malas: 449 litros. Tanque de combustível: 57 litros. Produção: Sumaré, São Paulo. Lançamento: 2013. Itens de série: Câmara de ré, ar-condicionado digital, banco do motorista com regulagem de altura, sistema de entretenimento com tela de 5 polegadas, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, cruise control, bancos em couro, rádio/CD/MP3 com quatro alto-falantes, trio elétrico, airbags frontais e ABS com EBD. Preço: R$ 74.290.

Fotos: Michael Figueredo/Carta Z Notícias


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por Raphael Penaro/Auto Press

O Salão Bike Show tem uma proposta simples. O evento de motocicletas, que acontece todo início de ano no Rio de Janeiro, pega carona na charmosa atmosfera do verão carioca para aproveitar a cidade cheia e atrair um público cada vez maior. Na prática, tal estratégia parece dar certo. Prova disso é que, em sua terceira edição, o Bike Show reuniu mais de 57 mil pessoas – 12 mil a mais que 2012 – entre os dias 24 e 27 de janeiro no pavilhão do RioCentro, Zona Oeste carioca. Os visitantes tiveram a oportunidade de ver mais de 100 expositores espalhados em uma área de 13.000 m² e ainda puderam acompanhar apresentações de rock, globo da morte, fazer tatuagens, comprar equipamentos e ver exibições de “freestyle” comandadas pelo experiente piloto Jorge Negretti – além de ver muitas motos, é claro. Tradicionais no mercado nacional, Honda, Suzuki, Yamaha, BMW e Harley-Davidson exibiram seus mais recentes lançamentos. Além delas, as estreantes inglesas Triumph e Royal Enfield também disputaram bastante a atenção de quem passou pelos estandes. A Triumph estreou em uma feira do setor em solo brasileiro – havia anunciado as operações no país no final do ano passado. E fez bonito. Em um dos estandes mais visitados, o público pode ver todos os seis modelos da marca inglesa comercializados no país: a Tiger 800XC, a tradicional Boneville T100 e a naked Speed Triple são montadas na fábrica em Manaus. Os outros três modelos são importados: a Tiger Explorer, Rocket III Roadster e Thunderbird Storm. A fabricante ainda prepara a chegada de mais dois modelos em julho deste ano: uma versão mais potente da Street Triple e a esportiva Daytona. Ambas também serão montadas no Brasil. A marca pretende abrir nove concessionárias no país. Já a Royal Enfield ainda não se estabeleceu no Brasil, mas está no caminho. A tradicional marca inglesa, que começou vendendo bicicletas em 1893, realiza ostensivos testes no território brasileiro, visando a homologação e fabricação das suas motocicletas também em Manaus. Quem passou pelo evento pode ver três motos com ares retrô da fabricante como a Classic Chrome Royal Garnet, a Classic Black acompanhada do “side-car” e a Classic Desert Storm. Já familiarizada com o mercado local, a japonesa Kawasaki também levou seus mais recentes lançamentos, incluindo a Ninja ZX-14R. O “foguete verde” desbancou a Suzuki GSX1300R Hayabusa e se tornou a moto mais rápida do mundo. Grande parte disso se deve ao renovado motor de quatro cilindros que cresceu das antigas 1.352 cc para 1.441 cc e ainda ganhou novos pistões,

mais leves, novas medidas de válvulas, tanto na admissão como no escape, e uma taxa de compressão diferente. Com isso, a potência subiu de 193 cv para 200 cv a 10 mil rpm e torque de 15,7 kgfm a 7.500 giros. Outra novidade é a nova Ninja 300, que substitui a 250, agora com 296 cc, 39 cv e 2,8 kgfm. A caçula da família Ninja foi redesenhada e parece uma mini ZX-10R. A marca japonesa também levou a robusta Z1000, estreando a roupagem 2013. A moto tem 1.093 cc e desenvolve 138 cv a 9.600 rpm. Outra japonesa, a Yamaha, teve como destaque a Fazer 250 Blueflex, lançada ano passado. O modelo é a primeira moto do segmento de 250 cc a receber a tecnologia bicombustível. Segundo a fabricante, a nova street pode ser abastecida por qualquer mistura de etanol e gasolina. Equipada com um motor monocilíndrico, a street pode entregar até 21 cv a 8.000 rpm, com torque de 2,1 kgfm. Além da Fazer 250 Blueflex, a Yamaha levou a Fazer 250 Racing Blue e outras motos de seu portfólio como a XJ 6 N, XTZ 250 Ténéré, XTZ 600Z Ténéré e XVS 950 Midnight Star. A ausência ficou por conta da esportiva YZF-R1. Fechando o trio nipônico, a Honda teve um espaço relativamente grande para mostrar suas motos, mas o destaque ficou para a Transalp 700 pintada na cor cobre e as importadas Fireblade e 600RR. A alemã BMW levou para o Bike Show 2013 a nova S1000RR. As mudanças porém, não foram no visual, mas na mecânica. No total foram 22 alterações em relação ao modelo anterior, entre elas a nova rabeta e a balança. Já a norte-americana Harley-Davidson não levou ao evento as quatro motos comemorativas de seus 110 anos que lançou no Brasil no final de novembro. O destaque ficou apenas para a nova cor “Candy Orange” da tradicional Fat Boy. Um estande que atraiu muita curiosidade das pessoas que visitavam o RioCentro foi o da Can-Am. Afinal, os bonitos triciclos Spyder RS e RT não são muito comuns de ser ver nas ruas brasileiras. Os veículos de três rodas são equipados com motor de 998 cc, que nas versões RT, é calibrado para passeio. O Spyder RS tem sua variante RS-S, que vem com algumas diferenças como rodas de seis raios duplos em raios – ao invés de três –, cores diferentes para a carroceria, spoiler e um grafismo especial. Já o mais robusto RT possui quatro versões: RT, RT Techno, RT-S e a topo de linha RT Limited. As diferenças são basicamente de equipamentos e acabamentos. Todos vêm, de série, com ABS, controle de tração, controle de estabilidade e direção dinâmica assistida. Em 2014, o Salão Bike Show está confirmado novamente no Rio de Janeiro entre dos dias 23 e 26 de janeiro.

Fotos: Raphael Panaro/Carta Z Notícias

BMW S1000RR

Kawasaki ZX-14R

Can-Am Spyder


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Bagagem de requinte por Augusto Paladino/autopress

A Bentley já con-

Foto: Divulgação

firmou a aparição da linha 2014 do Mulsanne no Salão de Genebra, em março deste ano, na Suíça. A nova versão do sedã de luxo passa a contar com novos bancos mais confortáveis e iPad a bordo, além de teclado sem fio, mesa escamoteável nas costas dos encostos dianteiros e telas de LCD, de oito polegadas, nos apoios de cabeça. Além de todo o aparato, entre os opcionais, estão DVD, disco rígido de 20 gb e fones Bluetooth. Outra novidade é um jogo de malas produzidas especialmente para o sedã, assinadas pela marca italiana Schedoni.

Bentley Mulsane 2014


veículos

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automotivas por Augusto Paladino/autopress

DEstilo fashion – A Mini não cansa de lançar edições especiais para seus modelos. O da vez é o Clubman, que acaba de receber a série Bond Street, nome de uma famosa rua da cidade inglesa de Westminster, conhecida por abrigar diversas lojas de grife. O modelo é preto e recebe uma pintura especial em tom champanhe, que aparece no teto, nos retrovisores e nas colunas traseiras. As rodas de 17 polegadas e o acabamento interno também recebem detalhes na cor. A motorização inclui um 1.6 litro a gasolina, com 122 cv, uma versão de mesma cilindrada, dotada de turbo, que gera 184 cv, e dois turbodiesel – 1.6 de 112 cv e 2.0 de 143 cv. O câmbio pode ser manual ou automático, sempre com seis marchas. Pauta empepinada – Um jornalista está em sérios apuros na Inglaterra. O britânico Mark Hales, profissional do setor automotivo, fundiu o motor de uma réplica do Porsche 917, que valia aproximadamente R$ 4 milhões, em um testdrive. Hales fazia um comparativo entre o Porsche 917 e a Ferrari 512S – que pertencia ao baterista da banda Pink Floyd e aficionado por carro, Nick Mason – quando o motor explodiu. O fato aconteceu em abril de 2009, mas só agora a justiça deu ganho de causa ao dono do carro, David Piper. Trata-se de um ex-piloto de Fórmula 1, que pede US$ 176 mil – mais de R$ 350 mil – para cobrir as despesas com o conserto do bólido. O jornalista afirmou que vendeu tudo que tinha para pagar os advogados e não possui a quantia pedida pelo colecionador. De acordo com o repórter, uma das marchas “escapuliu” enquanto ele trocava da segunda para a terceira. O motor explodiu ao girar acima do limite de 8.200 rpm – não poderia ter passado das 7 mil rpm. Parafuso frouxo – A BMW Motorrad convocou os proprietários das motos do modelo S1000RR, fabricadas entre outubro de 2011 e agosto de 2012, para um recall. A medida tem como objetivo a limpeza das roscas e da área de fixação do cavalete central, além da substituição dos respectivos parafusos. O afrouxamento dos parafusos pode provocar

a queda da motocicleta quando estacionada, sob o risco de causar danos físicos a quem estiver por perto. Ao todo, 777 motos estão envolvidas. No entanto, segundo a BMW Motorrad, não houve qualquer incidente registrado no país. Quatro por quatro – Quatro unidades do Range Rover Evoque vendidas no Brasil precisarão passar por um recall. Os veículos chamados pela Land Rover foram fabricados entre agosto e setembro de 2012. O motivo é um problema nas fixações de apoio da caixa de direção. Segundo o comunicado da marca, há a possibilidade de ocorrer o desgaste das fixações de apoio da caixa de direção. Caso o problema aconteça, nas piores hipóteses, o carro perde a dirigibilidade, podendo provocar uma colisão. De acordo com a Land Rover, nenhum acidente foi registrado. Plataforma vizinha – A PSA Peugeot-Citroën confirmou que irá fabricar a nova plataforma EMP2 – Plataforma Modular Eficiente – em El Palomar, na Argentina. A arquitetura será usada em diversos modelos de menor custo, incluindo o sucessor do hatch 308, que deve chegar à América do Sul em 2016. A nova base é feita com aço de alta resistência e alumínio, entre outros materiais. Segundo a PSA, entre os resultados obtidos com a plataforma, estão a redução de peso dos veículos – ficarão pelo menos 70 kg mais leves – e a possibilidade de instalação de alguns itens tecnológicos, como assistência elétrica à direção e sistema start/stop. Foco oriental – A Ford fechou o balanço de vendas na China e o Focus foi o modelo mais vendido no país asiático em 2012, com 296.360 unidades comercializadas. A marca norte-americana alcançou um recorde de vendas no maior mercado automotivo do mundo, com 626.616 veículos entregues, um aumento de 21% em relação a 2011, segundo a consultoria IHS Automotive. A marca espera que em 2013 os números se elevem ainda mais, com o reestilizado Kuga e o EcoSport, que devem ampliar o mercado de SUVs segmento que registra maior crescimento na China.

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Jornal do Meio 680 Sexta 22 • Fevereiro • 2013

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