Braganรงa Paulista
Sexta
31 Maio 2013
Nยบ 694 - ano XI jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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para pensar
Jornal do Meio 694 Sexta 31 • Maio • 2013
Expediente
Corpus Christi por Mons. Giovanni Baresse
Escrevo esta reflexão às vésperas da Festa de Corpus Christi. Festa de antiga tradição entre nós, trazida para nossa terra pelos colonizadores. Vale a pena recordar suas origens. Ela remonta ao século XIII. Movimentos negavam a presença real de Jesus no pão e no vinho. Essas idéias desembocaram, depois, na afirmação protestante da presença simbólica. O Magistério da Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. O papa Urbano IV, na época o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège, na Bélgica, recebeu o segredo das visões da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que afirmava ter tido visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. A Festa foi aos poucos se estendendo
para toda a Igreja. Se a festa teve origem como resposta à negação ou imcompreensão da herança deixada pelo Senhor na celebração da Ceia que precedeu sua prisão, tornou-se cada vez mais consciencia de que a Igreja viveu e vive da Eucaristia, como nos recordava o Papa João Paulo II numa carta enviada para a Quinta Feira Santa, há alguns anos. A celebração da Eucaristia é o centro e o ápice da vida cristã, ensina o Concílio Vaticano II. São Lucas no livro “Atos dos Apóstolos” nos recorda que a primeira comunidade reunia-se no Dia do Senhor para celebrar o que Jesus disse que deveria ser feito em sua memória. Temos como afirmação de fé que a celebração da Eucaristia é o memorial da Redenção do Senhor Jesus sobre todo o criado. A categoria de memória (zikarón) na Bíblia não quer dizer renovação. Quer
dizer tornar presente. Uma coisa é renovar (fazer de novo) outra coisa é entrar na categoria do tempo eterno de Deus (onde tudo é presente). A missa não renova a morte de Cristo, o seu sacrifício. Ele morreu uma vez por todas. De uma vez por todas ofertou o sacrifício perfeito, como fala a carta aos Hebreus. Por isso mesmo a celebração eucarística é sempre a celebração da Páscoa do Senhor. Não é celebração da sua morte. È celebração da vida dada e repartida. Isso nos deve fazer pensar a todos sobre a maneira como participamos do nosso culto. Celebrar a Eucaristia não é um dever legal. É um dever de amor derivado do mandato de Jesus. Faz parte dos sinais que identificam os discípulos do Senhor chamados a segui-lo e a formar comunidade. Penso que a dificuldade de muitos cristãos em relação à Eucaristia é a de não se
preocuparem em conhecer mais e melhor o sentido desse sinal da Graça de Deus para nós. Há uma enorme responsabilidade em buscar uma participação ativa, frutuosa e consciente para superar o risco da mera assistência ao culto. Já houve época que a celebração era mais dos ministros ordenados do que da comunidade. Mas já faz muito tempo que o Magistério da Igreja redirecionou caminhos e comportamentos. A celebração da Festa da Eucaristia é ocasião para testemunhar o que cremos e o que procuramos viver. Ao recebermos o Corpo e Sangue de Cristo mostramos nosso desejo de que sua vida seja nossa vida, de que seus gestos sejam nossos gestos, suas palavras nossas palavras. Se a Eucaristia é necessariamente participação, a sua festa deve manifestar esse desejo de compartilhar
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As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
nossa vida com todos, sem exceção. E ao fazer nossa demonstração pública de fé, que se possa ver o empenho em tornar este mundo melhor a partir de uma vida alicerçada na presença de Jesus Cristo em nossas vidas e comunidades. Quem bom que tenhamos recebido a herança da fé na presença real de Jesus na Eucaristia! Isso nos conforta. Nos dá coragem. E nos deve fazer testemunhar que desejamos a mesma vida para todos. E que nos empenharemos para que todos tenham vida e vida plena.
comportamento
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A sombra da vigorexia Adolescentes pegam pesado na musculação arriscando a saúde mental e física
Por AMANDA LOURENÇO /FOLHAPRESS
A rotina do estudante carioca M.V., 15, inclui musculação seis vezes por semana e pesquisa diária na internet sobre exercícios e suplementação alimentar. Tudo para ficar maior e mais forte. O adolescente pesa 78 quilos e tem 1,81 m. “Não acho que 15 anos seja muito cedo para malhar. Quanto mais eu treinar, mais facilmente chegarei à meta.” A meta, no caso, é aumentar o diâmetro do seu braço de 39 cm para 55 cm. A página de M.V. no Facebook é igual a de muitos meninos dessa idade: cheia de fotos de corpos musculosos, frases motivacionais e chacotas com “frangos” ou “filés de borboleta” (jovens sem os músculos estufados, típicos de quem vive em academia). Estudo feito com 1.307 adolescentes e publicado no jornal americano “Pediatrics”, em novembro de 2012, constatou que 90% deles se exercitam para ganhar músculos. A enquete foi feita em Minesota (EUA), mas os dados podem ser extrapolados todo o país, diz a pesquisa. Até aí, tudo bem. A questão, mostram estudos internacionais e locais, é que a insatisfação dos meninos com seus corpos está em alta e, é claro, ligada à malhação exagerada. Exemplo: em pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina com 641 jovens de 11 a 17 anos, 54,3% dos garotos se declararam insatisfeitos com sua imagem. O educador físico Marcus Zimpeck observa a tendência em academias paulistanas: “Vários adolescentes que querem ganhar corpo exageram, mas nem se dão conta”.
NO ESPELHO
O hebiatra (médico especializado em adolescência)Alberto Mainieri, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concorda: “Há um crescente exagero não só na frequência do esforço muscular como na intensidade. Não são mais casos isolados”. Segundo ele, o excesso de treinamento nessa fase da vida é perigoso e pode caracterizar vigorexia. “É um vício que vai aos poucos interferindo na vida social”, afirma Zimpeck. O instrutor acha que o transtorno está subdiagnosticado. Quem tem o distúrbio nunca se satisfaz com o corpo que tem e treina obsessivamente. “Muitos pesquisadores consideram a vigorexia um subtipo de dismorfofobia”, diz o psiquiatra Celso Alves dos Santos Filho, do Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares da Unifesp. A dismorfofobia é uma alteração na autoimagem. No espelho, a pessoa se enxerga de forma negativa, o que não condiz com a realidade. É o que relata o estudante G.P., 17: “Todo mundo diz que estou bem assim: ganhei 12 quilos de músculos em oito meses, mas, quando me olho, não gosto do que vejo. Em algumas fotos até me acho mais forte, mas depois olho melhor e vejo que ainda falta muito”. Ele pesa 70 quilos e quer chegar aos cem. “Mas, se ainda estiver ruim, subirei a meta para 109 quilos”, diz. G.P. admite que pensa nos treinos em tempo integral e que os amigos reclamam do seu novo hábito. Ele se sente culpado se não puder malhar. “Se falto, penso que vou perder muito peso e não vou atingir nunca minha meta.” A vida social de G.P. também foi alterada pelos treinos: “Só volto para as baladas quando ficar mais forte”. O surgimento do transtorno nessa faixa
etária é favorecido pelas alterações físicas e psicológicas que ocorrem. “Adolescentes sentem necessidade constante de aceitação, até da aparência. Não é à toa que dismorfofobia e vigorexia têm início nessa fase”, diz o psiquiatra. A psicanalista Dirce de Sá Freire, membro do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, vê nessa dedicação ao físico uma demonstração de autodomínio: “O adolescente abraça a teoria de que o corpo pode ser moldado numa tentativa de controlar a própria vida, já que não pode controlar seu entorno”. O diagnóstico de vigorexia é difícil. A fisiatra Isabel Chateubriand, coordenadora da Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês, diz atender pacientes com lesões causadas por excesso de musculação em um quadro claramente vigoréxico: “Explico ao jovem que está treinando errado e tem transtorno de imagem, mas ele não aceita. O máximo que faz é mudar temporariamente o treino até resolver o problema específico da lesão que o fez buscar ajuda”. As consequências desses excessos são difíceis de prever. “A curto prazo não identificamos os malefícios no corpo, pois aos olhos da sociedade o paciente é saudável, faz esporte. Se não fizermos os exames certos, nem saberemos que há alterações, já que adolescentes têm uma reserva de energia muito grande”, diz Chateubriand. D. D., 15, montou uma academia em casa e prepara suas séries sozinho: “Não preciso de instrutor. Qualquer dúvida, consulto a internet”, argumenta ele, que treina há um ano, quatro vezes por semana, mas só exercita a parte superior, por causa de uma cirurgia para retirar um tumor na tíbia, feita aos 11 anos. A mãe de D. D. diz se preocupar com o filho: “Os jovens de hoje querem ficar muito musculosos. Acho perigoso ele tomar suplementos, mas D. não me ouve”. A dieta proteica que ele segue foi escolhida com base em informações recolhidas da internet.
METROS DE TÓRAX
Alguns dos adolescentes entrevistados para a reportagem pretendem participar de campeonatos de fisiculturismo, como I.C., 17, que acabou o segundo grau e quer estudar educação física. Ele treina os sete dias da semana e conta que seus pais não aprovam isso: “Eles dizem que se eu ficar maior vou ficar feio, mas discordo. Ficarei como me sentir bem; meu objetivo é chegar aos dois metros de tórax”, provoca. O desejo de ganhar músculos em pouco tempo, passando por cima da genética, leva jovens a recorrerem a anabolizantes, é lógico apesar de o tema ser tabu, mesmo para entrevistados protegidos pelo anonimato: “Desculpe, não falo sobre isso”, diz I.C. Zimpeck alega que a maior parte dos adolescentes que diz querer ser atleta de “bodybuilding” não sabe onde está se metendo: “Desconhecem como é difícil ser fisiculturista, ainda mais no Brasil, onde não se ganha para isso”. G. P. nunca pensou em ser fisiculturista. Seu interesse é ficar mais atraente mesmo: “Acho legal chegar na escola bem grande e os colegas comentarem. Eu me sinto mais seguro. É um sacrifício, mas acho que vale a pena”. Para Chateubriand, adolescentes obcecados por músculos cumprem o papel social imposto a eles: “São fruto das nossas crenças, estão sendo coerentes. É preciso mudar o conceito de exercício, de estética para saúde”.
Foto: Edson Lopes Jr./Folhapress
Guilherme Perez, 17, ganhou 12 kg de músculo em oito meses de musculação e ainda pretende ganhar mais massa muscular. Foto: Ze Carlos Barretta/Folhapress
Danilo Dias Teixeira, 15, e viciado em musculacao. Treinava muito mas por causa de uma doenca (tumor no figado) precisou ficar internado para tratmento e chegou a perder 20 kilos. Ele pretende voltar a treinar assim que for liberado pelos medicos.
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colaboração SHEL ALMEIDA
Carolina Ribeiro Leme nasceu precisava engatinhar. Minha mãe criou em uma família que sempre va- um espécie de tubo com aros e tecido e lorizou a arte. Com o incentivo a gente passava por dentro. Uma coisa da mãe, Neuci, ela e o irmão, Marcelo, que era par ser chata, minha mãe fazia desde cedo tiveram contato com tra- ser divertido”, riem. Marcelo sempre balhos manuais e de artesanato. Hoje esteve presente na vida da irmã. Com Marcelo cria peças em marchetaria, a expectativa do novo ofício, ele vai que o leitor conheceu na edição 689 semanalmente até a casa de Cacá lhe do Jornal do Meio. ensinar o que sabe sobre mosaico, Carolina demorou um pouco mais arte com a qual trabalhou por anos, para se decidir, mas agora também antes de descobrir a marchetaria. dedica seu tempo ao ofício artísti- “Eu e minha mãe trabalhamos com co e cria peças em mosaico. Quem isso por um bom tempo. A Cacá está acabou convencendo a garota foi a dando continuidade ao trabalho da tia, Andrea Leme, também artista, família”, orgulha-se. quando a convidou a participar das “Eu faço mosaico há três anos, Faço aulas que ministrava. Cacá, como é caixinha, porta-chaves, porta-retratos, carinhosamente chamada pela família já fiz moldura de um espelho. Minha e pelos amigos, nasceu com Síndrome tia Andrea ensinou e hoje ainda faço de Down. Para ela, o mais importante aula com o Marcelo, pra aprender mais. em seu desenvolviEu vejo um desemento foi o apoio e nho que eu gosto Eu e minha mãe trabalhamos em uma revista, eu a dedicação familiar. “Eu já trabalhei em com isso por um bom tempo. A guardo pra usar de fábrica, mas não diz. A Cacá está dando continuidade inspiração”, gostei, tinha que maioria das peças ao trabalho da família levantar muito cecriadas por Cacá do, de madrugada. ela vendeu para Marcelo Trabalhei também amigos e familiaem buffet e vendendo as bolachinhas res. Nesse período ela fazia apenas que minha tia faz ”, conta. “Ela sempre peças por encomenda. Agora está quis e sempre gostou de trabalhar criando novas unidades para vender e nós sempre incentivamos, nunca na feirinha, assim que regularizar a colocamos barreira Ela descobriu nas autorização para montar uma barraca. aulas com a minha tia que gostava de “É gostoso trabalhar com isso, a gente criar peças em mosaico e decidiu que fica calma. E é bom ter o meu próprio era isso que queria fazer, que queria dinheiro também, dá pra comprar se dedicar ao artesanato”, fala Mar- as coisas que eu quero. Meu celular celo. “Minha mãe está correndo atrás eu comprei com o dinheiro do meu para montar pra ela uma barraca nas trabalho”, fala. feirinhas do Lago e da Praça também. Ela já está criando peças para expor, minha mãe já está tratando da parte Cacá se sente feliz por estar criando burocrática. Logo ela estará nas fei- algo seu, algo que ela mesmo desenrinhas”, avisa. volveu, assim como sua mãe já fez e assim como seu irmão e sua tia fazem. Para ela, o mais importante é fazer o O desenvolvimento de pessoas com que gosta e ter a chance de mostrar Síndrome de Down, assim como o de isso a outras pessoas. “Estou animada qualquer indivíduo, é influenciado pela pra vender na feirinha, pra mostrar qualidade do cuidado, pela educação o meu trabalho. Vai ser gostoso, vou que recebem e pelas experiências conhecer mais gente, fazer novos que lhes são passadas. A vida dos amigos”, empolga-se. “Ela faz amizade indivíduos com síndrome de Down é com todo mundo, vai adorar. E vai influenciada pelas atitudes das pes- ser bom pra ela ter mais autonomia e soas que vivem com eles, com quem também pra perceber que o trabalho convivem em comunidades, quem os dela é bom, que não é só a família que ensina. As necessidades de um adulto gosta. Quando uma pessoa que você com Down, como Carolina, são as mes- não conhece gosta, você acaba acremas necessidades sociais, emocionas ditando mais”, diz Marcelo. O tipo de e de realização como qualquer outro trabalho em mosaico com pastilhas adulto. Desejam privacidade, indepen- que Cacá desenvolve ainda é pouco dência, amigos, parceiros e um papel conhecido e encontrado por aqui, útil dentro da sua comunidade. Cacá segundo Marcelo. A proposta é que sempre estudou em escola regular, esse diferencial atraia interessados mesmo quando ainda não se falava em em conhecer o trabalho de Cacá e integração entre alunos comuns e os que isso a incentive a aprender nocom necessidades especiais, em uma vas técnicas e novas formas de criar época em que ainda não se falava em mosaicos. “Sempre que pode meu pai inclusão. “Minha mãe sempre foi atrás leva ela pra comprar material. Ela disso. Mas também aconteceram mo- está descobrindo novos desenhos e mentos difíceis, de ela ter que insistir novos tipos de pastilhas pra desenpara que aceitassem a Cacá,” lembra volver as peças. Eu faço questão de Marcelo. Quando eram crianças, Cacá vir aqui ensinar o que sei, mas só fico passou por um tratamento, no Rio coordenando, ajudando a ter ideia, a de Janeiro, que criava exercícios que inventar coisas novas. O importante estimulavam a coordenação motora é que ela mesmo faça, que ela mesma e o desenvolvimento cerebral. Ela e escolha os desenhos, que monte Marcelo se lembram da época com as peças. É o trabalho dela e por alegria. “Tinha um exercício que ela isso é especial”, afirma Marcelo.
Carolina tem 25 anos e trabalha criando peças em mosaico há três. Incentivo veio da família.
Cacá mostra como trabalha com as pastilhas para formar um mosaico. Ela usa inspiração de revista para criar os desenhos.
Especial
Autonomia
Cacá mostra algumas das peças que já criou. A sua preferida é um quadro que criou junto com a tia.
SPASSU da Elegância
Jornal do Meio 694 Sexta 31 • Maio • 2013
A vez do chapéu no
Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão
O chapéu é um acessório muito elegante e uma ótima opção para casamentos diurnos, cabendo ele tanto para a noiva como para as madrinhas e convidadas. Mas, para que ele esteja realmente em harmonia com todo o contexto da celebração, é preciso levar em consideração alguns critérios para, então, escolher o modelo mais adequado. O material, o modelo, a cor e até o formato do seu rosto pode fazer com que o acessório combine muito ou nada com você. A primeira dica é observar bem o estilo e o horário da cerimônia, pois o modelo do chapéu para um casamento de manhã pode ser diferente de um que vai ser usado à tardinha. Quando o sol começar a se pôr, é hora de guardar o acessório. Além disso, em dias nublados e se estiver chovendo a sugestão é dispensá-lo. E quem acha que o chapéu precisa ser da mesma cor do vestido está enganado. A tendência está cada vez mais inclinada aos tons e cores distintas. Você pode usar tanto uma cor completamente diferente do vestido, quanto um tom mais escuro ou mais claro! Outra dica importante, para quem está pensando em usar chapéu em algum casamento, é que ele só combina com vestidos curtos ou saias até altura da canela. Usar vestido longo com chapéu é uma gafe. Se a recepção do casamento for num local fechado e ao sentar à mesa, a regra é tirar o acessório. O único local fechado que se pode usar o chapéu é na igreja. O vestido também precisa ser estudado e analisado antes da escolha do chapéu. É necessário que exista
Casamento uma sincronia entre os elementos do vestido e do chapéu, sobretudo, para que não seja cometido nenhum exagero. O sapato e acessórios como brincos, colares e pulseiras não devem ter muito brilho. As pérolas, na maioria das vezes, são as que melhor combinam com chapéu. Os acessórios que vão no chapéu darão o charme e a originalidade a cada um. Flores, fitas lisas ou estampadas e laços são os acessórios mais usados para dar um up no chapéu. Eles são recomendadíssimos para quem tem um vestido liso de uma cor e o chapéu de outra, porque é possível escolher um acessório que seja da mesma cor do vestuário ou com elementos em tons semelhantes. O que não é indicado é a repetição de elementos no chapéu e no vestido, ou seja, se você usar flores em um, não utilize no outro. Mande suas sugestões para nosso e-mail, spassuplazanoivas@yahoo. com.br Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontas para atendê-los.
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Seu sorriso COM saúde
Jornal do Meio 694 Sexta 31 • Maio • 2013
Mau hálito
informe publicitário
A halitose é um tema muito delicado de se tratar. No Brasil, pelo menos 50 milhões de indivíduos apresentam algum grau de halitose. A literatura relata que 90% das halitoses são causadas na cavidade oral, sendo principalmente na língua, e cerca de 10% apresentam causas sistêmicas. Por possuir diversas papilas gustativas, a língua torna-se um meio perfeito para a retenção de resíduos de alimentos, que começam a fermentar, liberando um odor desagradável, geralmente no dorso da língua em sua região mais posterior. Os principais sinais e sintomas do mau hálito são: um gosto desagradável na boca e um depósito branco -amarelado no dorso da língua. Geralmente o indivíduo que apresenta este problema não percebe que o têm por estar adaptado à sua condição. As causas sistêmicas originárias da halitose estão relacionadas com algumas doenças como câncer, diabetes, estresse, problemas com o fígado e rins. Outro fator importante é a ingestão excessiva de alimentos gordurosos, cebola, alho, bebidas alcoólicas e o fumo. Sabemos que ao acordar o odor matinal é mais forte, mas por quê? Durante a noite há menor produção de saliva e, portanto, maior fermentação dos resíduos alimentares com aumento na liberação de odores de enxofre.
No decorrer do dia a salivação se normaliza afetando diretamente na diminuição deste odor. Mas e a relação do mau hálito e o estômago? Existem duas situações em que o mau hálito decorre do estômago: a primeira é o popular arroto, que nada mais é do que a liberação de gases acumulados na cavidade estomacal; e a segunda que é uma disfunção conhecida como refluxo gastroesofágico, consistente em deficiência no funcionamento da válvula que separa o esôfago do estomago. Nestes casos o tratamento consiste na solução da disfunção anterior, tendo por conseqüência a normalização do hálito. Na próxima vez que você for escovar seus dentes, vá ao espelho e observe sua língua, sua gengiva e seus dentes. A resposta pode estar na sua frente, veja a coloração e textura da língua e veja se há um excesso de placa bacteriana ou cálculo dental em volta dos dentes e gengivas. A dica mais valiosa que podemos dar é escovar seus dentes e língua com muita atenção e, se for preciso compre um limpador de língua, há diversos modelos no mercado. Caso persistam os sintomas procure um profissional. Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP: 80.173 Especialista em Dentística Restauradora e Estética Dental
COM - Centro Odontológico Martins Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP 80.173 Dra. Mariana Martins Ramos Leme CRO/SP 82.984 Dra. Maria de Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Dr. Luis Fernando Ferrari Bellasalma CRO/SP 37.320 Dr. André Henrique Possebom CRO/SP 94.138
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teen
Escola de rock Jack White, Sonic Youth e Clash renascem em bandas de meninos que despontam no Sul do Brasil
por LÚCIO RIBEIRO /FOLHAPRESS
Há alguns anos, a “Ilustrada” usou o título “Escola do Rock” para falar de três destaques adolescentes: Mallu Magalhães, Stephanie Toth e a banda Pop Armada, todos fazendo músicas e shows de “gente grande” mesmo sem ter idade para frequentar bares e clubes em que tocavam. A primeira virou estrela da nova MPB, a segunda tocou no festival South by Southwest, ainda indie, e o grupo virou outro (Inky) e já abriu para o LCD Soundsystem. Agora, sob o mesmo título, o “teen” saúda a chegada à essa cena de bandas com adolescentes talentosíssimos. São as bandas gaúchas Dis Moi e Garage Monsters e a curitibana Wack. O Dis Moi é a que foi “mais longe” dessas muito novas formações. Tocou no palco de crianças do Lollapalooza Brasil, em março. Mas já têm a promessa da produção do festival paulistano que no ano estarão em um palco grande. A banda foi formada pelo impressionante Erick Endres, gaúcho de Porto Alegre que tem uma ascendência francesa no sobrenome e no nome da banda, que em português significa “Diga-me”. Aos 15 anos, ele é um verdadeiro “guitar hero”. Jack White e John Frusciante (ex-Red Hot Chili Peppers) são influências declaradas e isso não é uma mera citação. Com o instrumento na mão, ele se porta como os ídolos. Erick diz que toca desde os 4, por causa do ambiente familiar. O pai é o DJ e produtor Fredi Chernobyl, conhecido na cena underground como integrante da banda Comunidade Nin-Jitsu e trabalhar com o Bonde do Rolê. Erick tem uma parceira na banda, Bela Leindecker, que canta com asas de anjo nos shows e tem voz rouca personalíssima. Ela tem 13 anos. Segundo ela, eram “coleguinhas de escola”
e perderam o contato, mas depois que passou a postar vídeos no Youtube com músicas próprias, que a mãe gravava, se reencontraram. Os dois formaram a banda com amigos para participar de um concurso. Depois de alguns ensaios, descobriram que a competição era para maiores de 18 anos... Mas seguiram com o Dis Moi. “Já me perguntaram se a relação com a música atrapalha meus estudos. Acho que é o contrário”, diz Erick. Você vê o Dis Moi tocando o single “Forget”, no soundcloud.com/dis-moi-band. E fazendo cover de “Level”, do Racounteurs (de Jack White), em tinyurl.com/bk8xwlj. GARAGE MONSTERS Pode chamar o incrível Garage Monsters, de Porto Alegre, de “o novo Clash”. Ou “o novo Libertines”, porque, além do parentesco sonoro com o Clash, o GM se assemelha à banda de Carl Barat e Peter Doherty no aspecto brodagem. O Garage Monsters é a banda de Nick, 16, vocal e guitarra, e Kim, 17, segunda voz e baixo. Eles se conhecem desde bebês. Para combinar música e escola, obedecem uma regra: se vão à escola de manhã, podem ir ao estúdio à tarde. Nunca mais faltaram às aulas. Já abriram show do CJ Ramone (“Nosso primeiro cachê”). Fazem músicas e as lançam na internet. Confira no YouTube o clipe de “Twenty Three”. Caseiro, mas emocionante. WACK É a banda-projeto de um garoto de 17 anos, Ian Joe (“É assim, mesmo. Pode ver minha identidade. Sei lá, minha mãe gosta de nome gringo”), afeiçoado por um barulho distorcido de garagem. Não precisa dizer, ele canta em inglês de internet. Ian Joe começou o Wack sozinho, aos 13 anos, porque ninguém queria tocar com ele. Aí, gravou solitário o incrível EP
“Bad Vibes Forever”, de cinco músicas, fez a capa e soltou na internet. Depois, chamou a baixista Tami Taketani, também 17. O Wack então virou um “novo Sonic Youth”: um garoto que solta do iPhone
uma base pré-gravada de bateria e toca guitarra distorcida por cima e uma japonesa loira para acompanhar no baixo estourado. Para ouvir: www. facebook.com/wackx. Fotos: Divulgação
Banda gacha de rock Des Moi
Banda de rock Wack, de Curitiba
Reflexão e Práxis
Jornal do Meio 694 Sexta 31 • Maio • 2013
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Características
Por pedro marcelo galasso
fundamentais do Estado
O Estado moderno teve sua origem no século XVI devido a uma série de mudanças que ocorreram após a ascensão da classe burguesa e do desenvolvimento comercial que permitiu a concentração dos poderes nas instituições estatais recém criadas, tais como a burocracia estatal e o exército permanente. Portanto, vemos que o Estado foi criado por um grupo específico que disputava o poder político com grupos opositores, notadamente a Igreja Católica e nobreza oriunda da Idade Média. Tais considerações são importantes para que o fenômeno histórico chamado Estado seja compreendido e para que possamos entender suas características fundamentais. A característica mais notória do Estado é a sua exterioridade, ou seja, ele está fora dos indivíduos e é sempre maior que a soma destes mesmos indivíduos. Para que fique clara esta ideia basta pensarmos o uso do nosso idioma. O idioma oficial é uma instituição estatal que pretende tornar mais ágil e fácil a comunicação entre os membros de um mesmo Estado e, portanto, todos que estão submetidos ao Estado devem obedecer as mesmas regras gramaticais, ou seja, não podemos
utilizar o idioma sem um mínimo de observância de suas regras básicas. É lógico que os regionalismos criam uma gama linguística enorme, mas do ponto de vista estatal todos nós devemos obedecer as mesmas regras. Outra característica é objetividade do Estado. Ele é uma realidade palpável, como, por exemplo, no papel exercido pelo aparato repressivo do Estado, realizado pelas polícias civil e militar, além das Forças Armadas, quando temos ações que desrespeitam ou ignoram aquilo que as leis do Estado julgam corretas. E, complementando a objetividade do Estado, temos uma atuação simbólica quando regulamos nossas ações individuais ou coletivas segundo as práticas educacionais ou ideológicas promovidas pelos instrumentos estatais. Um papel necessário dentro da instituição estatal é a coercitividade ou o papel impositivo e repressor que tem como função pressionar os indivíduos a observar suas regras ainda que estas contrariem interesses particulares ou de grupos restritos para impedir a desagregação de sua organização. É justo dizer que esta característica quando mal utilizada é a fonte maior de uma série de abusos e o
ponto de partida dos regimes ditatoriais ou de exceção. Para fazer-se sempre presente é necessário que a pressão exercida pelo Estado vá além de seu aspecto físico, pois o Estado deve se fazer sempre presente e, para tanto, ele deve reforçar sua autoridade moral a todo o momento, ou seja, ele deve criar uma pressão tão grande sobre o indivíduo que mesmo quando ele não seja percebido possa, ainda, atuar e nortear as ações deste mesmo indivíduo. O Estado é um regulador de práticas e de ações mesmo quando não se faz fisicamente presente. A reflexão que nos cabe é a seguinte: Por que uma instituição que foi criada historicamente e que tem como papel principal regular nossas ações, gerir nossos recursos e aplicar as leis que garantam a nossa segurança e a continuidade do próprio Estado, pode ser a responsável por uma enormidade de atos vis e desonestos? Se a resposta for a presença dos homens em seus quadros, chagaremos a um beco sem saída, pois o Estado foi criado pelos homens e para os homens. Se a resposta for a aplicação injusta de leis, por vezes, injustas, então a correta aplicação e a criação de leis mais justas é suficiente
para a resolução de nossos problemas. Se a resposta for a predominância de interesses de grupos políticos e econômicos que tomam o Estado como sua instituição e, portanto, a utilizam ao seu bel prazer, então cabe a sociedade civil, base de sustentação de razão de ser do Estado, se organizar e tomar medidas que garantam que este Estado deixe de atender a poucos e passe a atender a maioria de seus membros. Entretanto, surge mais uma pergunta: Haveria alguma razão para que as eleições presidenciais ocorressem no mesmo ano da Copa do Mundo? Haveria uma razão para que as eleições ocorressem a cada dois anos com toda a tecnologia que utilizamos no processo eleitoral? Haveria a necessidade de criar um Estado que promovesse o debate político consciente e responsável, além dos interesses partidários, empresariais e econômicos? Sem respondermos isso as características fundamentais do Estado permanecerão, tão somente, como elementos de um discurso político vazio e irresponsável. Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Nossas Escolhas
por Felipe Gonçalves
O poder da mudança
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro colocaram uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água gelada nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas, batiam sem cessar. Passado mais algum tempo, nenhum macaco tentava subir mais a escada, apesar de ser tentadora a visão da sua fruta predileta que vislumbra com abundância tão próxima de seus olhos. Então, os mesmos cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que o pobre macaco novato fez foi subir a escada para colher as belíssimas bananas, sendo retirado de lá imediatamente pelos outros sob forte chuvas de pancadas, surrando-o sem dó nem piedade. Depois de algumas surras, o novo integrante assimilou a idéia do
grupo e não tentou mais subir a escada, apesar de continuar lambendo o beiço para pegar as bananas. Um segundo macaco foi substituído, e o mesmo aconteceu, tendo o primeiro macaco substituído participado com alegria e entusiasmo do corretivo que o grupo impôs ao segundo integrante substituído, o pobre novato. Um terceiro macaco foi trocado, e repetiu-se o fato. E assim fizeram com o quarto, e, finalmente com o quinto e último dos veteranos, sendo assim todos do grupo inicial tinham sido substituído. Os cientistas ficaram então, com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele novato que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui.” Isso é um verdadeiro paradigma !
Segundo James C. Hunter que escreveu no livro O Monge e o Executivo, Paradigmas são simplesmente padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida. Nossos paradigmas podem ser valiosos e até salvar vidas quando usados adequadamente, mas podem se tornar perigosos se os tomarmos como verdades absolutas, sem aceitarmos qualquer possibilidade de mudança, e deixarmos que eles filtrem as novas informações e as mudanças que acontecem no correr da vida. Agarrar-se a paradigmas ultrapassados pode nos deixar paralisados enquanto o mundo passa por nós. Os paradigmas existem para serem quebrados, e podem ser classificados, não genericamente, como tabus, preconceitos, atrasos de vida, falta de atualização e treinamento, e algumas vezes levam a erros que são simplesmente explicados assim: “Sempre foi feito assim, então, não vejo porque mudar!”
Durante muito tempo os filhos viram seus pais voltarem para casa acabados, como se estivessem voltando da guerra. O filho perguntava.: Pai, onde você estava?” No trabalho, filho!, Respondia o Pai, muitas vezes irritado, estressado, sem forças para que pudessem fazer qualquer coisa, quanto mais dar atenção aos filhos. E vendo isso, qual a imagem que se criava na cabeça das crianças: a de que o trabalho era um lugar aonde as pessoas iam e voltavam infelizes, cansadas demais! E essa imagem vem sendo carregada por gerações, até os dias de hoje. Muitas pessoas ainda vivem isso, pois diretores, gerentes, demais executivos e empresários são pessoas que trazem consigo essa imagem de trabalho conflitante com o bem-estar. Porém, as mudanças estão ocorrendo, muitos jovens profissionais da geração Z já começam a ingressar no mercado, e esta é a grande preocupação por parte
das empresas, como receber essas pessoas e como sua chegada impactará nos processos internos e no público consumidor. Diferente da geração X, que teve que se adaptar à chegada das novas tecnologias, e da Y, que cresceu juntamente com o desenvolvimento da modernidade, este novo grupo de profissionais cresceu e se desenvolveu com o advento da tecnologia totalmente ao seu favor, a habilidade e intimidade com os eletrônicos, a velocidade da informação, conectados, aberto ao diálogo, veloz, global e diferente, eles chegam ao mercado esperando por um mundo semelhante ao seu. Tenha uma boa vida ! Felipe Gonçalves Graduado em Química, MBA em Supply Chain, Especialização em Desenvolvimento de Líderes, Mestrando em Engenharia Química, Profissional Corporativo e Professor Universitário. E-mail: felipe.goncalves@usf.edu.br
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Romance
Vencedor de Pulitzer dá voz ao inconsciente de todo um povo Por JOCA REINERS TERRON /FOLHAPRESS
Diretriz da ficção da modernidade, a máxima “eu é um outro”, de Rimbaud, tem sido extrapolada por autores recentes. Dave Eggers, por exemplo, especializou-se em conceder voz aos desfavorecidos. Qual ventríloquo, Eggers falou pelo jovem sudanês Achak Deng em “O Que É o Quê” e pelo sírio que dá título a “Zeitoun”, uma vítima do furacão Katrina. Adam Johnson, porém, exacerbou tal premissa: em “Jun Do”, romance ganhador do Prêmio Pulitzer de ficção de 2013, anunciado nesta semana, o escritor de San Francisco dá voz ao inconsciente de todo um povo, mimetizando literariamente as patologias nacionais da Coreia do Norte. O destaque dado pela premiação é pontual, com a República Democrática Popular da Coreia dividindo manchetes com as explosões ocorridas
em Boston. Fato é que a saga de Jun Do, ou o filho do chefe do orfanato, reproduz o funcionamento da máquina fabular que movimenta (ou, mais apropriadamente, congela) a capacidade de pensar e sentir de uma população cuja realidade é manipulada há mais de 50 anos, desde a chegada de Kim Il-sung (1912-1994) ao poder, em 1948. A ideologia “juche” formulada pelo “Querido Líder”, que prega a autossuficiência do país a todo custo, é provavelmente a obra literária de maior êxito em afetar planos da existência desde o “O Livro Vermelho” escrito por Mao Tsé-Tung, e a célebre transmissão radiofônica feita por Orson Welles de “A Guerra dos Mundos”, de H.G. Wells, em 1938. A rádio oficial norte-coreana, aliás, transmitida através de alto-falantes distribuídos por todos os lugares, está entre os hábeis recursos
narrativos utilizados por Johnson na obra. Com sua voz ubíqua, a locução procura “abafar” a consciência dos cidadãos, promovendo a difusão dos bons sentimentos e da produtividade entre a massa operária através de capítulos que relatam episódios edulcorados da vida do “Querido Líder” e seus heróis, camarada Buc, comandante Ga e Sun Moon, “a maior atriz do mundo”.
EVOLUÇÃO
Jun Do, entretanto, um azougue criado em condições adversas (era maltratado pelo pai, que temia ser penalizado por favorecimento), torna-se soldado especializado em lutar na escuridão, depois sequestrador de oponentes e de mulheres japonesas para satisfazer líderes. Premiado com aulas de inglês, transita com nova identidade por uma sociedade cuja
maior característica é a intransitabilidade. Assim, sai do subterrâneo e da rotina de comer serragem (como seus concidadãos nas temporadas de miséria) e chega à capital Pyongyang. Sua evolução sugere a inversão do lema moderno de Rimbaud, pois, nascido da fábula mentirosa do credo ideológico “juche” que iguala a todos, renasce em sua integral subjetividade. Nota dissonante à formidável obra de Johnson, contudo, é a edição brasileira, repleta de erros de revisão e totalmente equivocada.
foto: EFE
Joca reiners terron é autor de “Do Fundo do Poço se Vê a Lua” (Companhia das Letras), entre outros. Jun do Autor: Adam Johnson Editora: Lafonte Tradução: André Gotlieb Quanto: R$ 44,90 (544 págs.) Avaliação: ótimo
O escritor Adam Johnsone.
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Foi com muita alegria que fotografei o ensaio pré-wedding desse lindo casal Ingrid e Bruno. Duas pessoas sensacionais e muito queridas. O ensaio aconteceu num haras em Atibaia num clima bem descontraído e muito divertido também. O lugar era maravilhoso o que combinado com a disposição do casal saíram fotos belíssimas. Ingrid foi quem escolheu a locação porque parte da sua vida ela passou lá. Aliás, ela se mostrou bem à vontade com os lindos cavalos do haras. Tiramos alguns animais das baias para compor um clima mais campal. Embora Bruno seja de uma “pegada” puxando mais para o estilo surfista, ele mandou muito bem e se entregou aos gostos da amada. Em breve os dois estarão ilustrando essa coluna com as fotos do casamento deles que, certamente será maravilhoso.
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Jaguar XFR Jaguar injeta doses generosas de esportividade no requintado sedã XKR por Rodrigo Machado/AutoPress
A Jaguar é uma marca com relação íntima com a velocidade. Lá em 1948 fez o XK120, o carro mais rápido do mundo em sua época. Muito tempo depois, em 1992, fez o icônico XJ220, um superesportivo que realmente impressionava pelo desempenho. Entretanto, tirando este último exemplo, a capacidade dos carros da Jaguar em acelerar com fúria servia quase como uma reserva de emergência. Era como se o aristocrata inglês estivesse atrasado para o chá das cinco ele poderia pisar fundo e chegar com tranquilidade no destino. Nada exagerado ou que comprometesse o conforto ou estilo. Mas a Jaguar mudou seu “modus operandi” recentemente. Viu a esportividade como algo que pudesse ser explorado para ganhar mais mercado. Daí surgiu em 1995 a linha R, uma espécie de preparadora oficial da marca. E se tem um carro atual na gama da fabricante que junte a atual “obsessão” com a velocidade com o inequívoco luxo e status de um Jaguar, é o XFR. Um sedã médio-grande que deixa muito esportivo para trás. A saída da Jaguar para transformar seu executivo sedã em um carro que pode encarar um autódromo passa por duas partes. A principal, é claro, é o motor. Hoje já bem difundido na Jaguar Land Rover, o 5.0 V8 supercharged foi “inaugurado” em 2010 no próprio XFR. O propulsor é sobrealimentado e desenvolve 510 cv entre 6 mil e 6.500 rpm e 63,8 kgfm de torque entre 2.500 e 5.500 giros. Ele trabalha aliado a uma transmissão automática de oito marchas da alemã ZF. Os números são suficientes para levar o sedã de 1.875 kg de zero a 100 km/h em 4,9 segundos e à máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. O outro ponto essencial que separa o XFR dos outros XF é o controle dinâmico. Para melhorar o comportamento, a Jaguar usou um diferencial eletrônico no sedã. De acordo com a marca, um tradicional diferencial mecânico tiraria o refinado equilíbrio do carro. Um computador monitora o quanto de aderência cada roda traseira está recebendo. A partir disso, joga mais ou menos força para cada uma. Isso melhora tanto a capacidade em curvas quanto a aceleração em ambientes de baixa aderência. Ainda há o sistema adaptativo da suspensão. Outro item que estreou no XFR em 2010 e hoje já está em outros carros da parceria Jaguar Land Rover, inclusive nos XF comuns. Nele, os amortecedores são preenchidos com um líquido magnético, que altera o grau de viscosidade quanto submetido a uma carga elétrica. A reação à carga, liberada eletronicamente, deixa o carro mais duro ou mais macio. Dessa forma, a engenharia da Jaguar nao precisa modificar tanto a suspensão original do XF e nem deixá-la rígida a ponto de comprometer o conforto. A linha XF, por sinal, tem sido o carro chefe da Jaguar desde que a empresa tomou o controle das operações da marca no Brasil das mãos do Grupo SHC, antigo importador da marca. Desde então, a média de carros vendidos por mês subiu de menos de 5 para 23 unidades mensais. Para aumentar ainda mais este alcance, a Jaguar lançou uma nova versão de entrada do XF por R$ 224.900 , com motor 2.0 turbo de 240 cv – o mesmo que equipa o Range Rover Evoque e também o Fusion, da Ford, que é a fornecedora do propulsor. O XFR é bem mais exclusivo. Custa R$ 440 mil, mas tem equipamentos e disposição para justificar a etiqueta de preço.
Impressões ao dirigir
São Paulo/SP - As três variantes do XF lado a lado pouco diferem. As duas primeiras, com motor quatro cilindros turbo e V6 supercharged, são de fato idênticas. O XFR é diferente, mas de forma discreto. As rodas pretas e os ressaltos no capô não são exagerados e servem apenas para ornamentar o belo desenho do sedã. Por dentro, a historia é semelhante. Apliques em fibra de carbono dão o tom, mas sem tirar a elegância do aspecto e o requinte do acabamento. Atrás do volante, a impressão muda radicalmente. O tal ressalto no capô, relativamente discreto por fora, é bem perceptível na posição do motorista. Os bancos abraçam mais os ocupantes e o volante tem a inscrição “R”. E assim que o botão de partida é acionado, a principal diferença aparece. O V8 5.0 grita alto do lado de fora. Se um XFR passar a 2 km de distância, dá para ouvir. Dentro da cabine, a situação, obviamente, é mais tranquila. O barulho é grave, mas o isolamento acústico consegue abafar boa parte do “urro”. A “patada” ao pisar fundo, no entanto, é inevitável. O motor é extremamente potente e alavanca o suntuoso sedã sem qualquer hesitação. A ótima transmissão é uma de oito marchas feita pela alemã ZF. Dentro do autódromo de Interlagos, na capital paulista, o XFR mostrou que também sabe se virar frente ao “S do Senna”. A direçao é muito precisa e replica com fidelidade o que as rodas dianteiras estão fazendo. Na hora de entrar forte em uma curva, o sedã se mostra equilibrado e neutro. Rodas e discos maiores dão às frenagens um controle muito maior que nas configurações de entrada. Mas se o ânimo extrapolar a capacidade de resposta da suspensão, a eletronica entra em cena e “esvazia” o motor. Nas versões mais mansas, este intrometimento é menos sentido. Mas apenas porque os motores mais fracos têm menos capacidade de levar o portentoso sedã ao limite. Mas apesar da mão invisível da eletrônica, explorar os limites do XFR é bem divertido.
Ficha técnica
Jaguar XFR Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 5.000 cm³, oito cilindros em V, supercharger, quatro válvulas por cilindro e comando duplo no cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de oito velocidades à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência: 510 cv entre 6 mil e 6.500 rpm. Aceleração 0-100 km/h: 4,9 s. Velocidade máxima: 250 km/h limitada eletronicamente. Torque máximo: 63,8 kgfm entre 2.500 e 5.500 rotações. Diâmetro e curso: 92,5 mm x 93,0 mm. Taxa de compressão: 9.5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo double wishbone com amortecedores magnéticos. Traseira independente do tipo multilink com amortecedores magnéticos. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série. Pneus: 285/30 R20. Freios: A discos ventilados. Oferece ABS e EBD. Carroceria: Sedã em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,96 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,47 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. Oferece airbags duplos frontais, laterais dianteiros e
do tipo cortina. Peso: 1.875 kg. Capacidade do porta-malas: 500 litros. Tanque de combustível: 70,1 litros. Produção: Birmingham, Inglaterra. Itens de série: Diferencial eletrônico, suspensão adaptativa, start/stop, teto solar elétrico, rodas de 20 polegadas, faróis bixenon, acabamento
interno em fibra de carbono, bancos tipo concha, sensor de obstáculos, câmara de ré, sistema de som Meridian com tela de sete polegadas, GPS, adaptive cruise control, ar-condicionado dual zone, controle de tração e estabilidade e sensor de ponto cego. Preço: R$ 440 mil. Fotos: Rodrigo Machado/Carta Z Notícias
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Triumph Speed Triple Naked Street Triple chega ao Brasil no início de junho para reforçar plano de expansão da Triumph por MICHAEL FIGUEREDO/Auto Press - Fotos: Divulgação
A Triumph voltou a operar no Brasil em outubro do ano passado. Desde então, já oferece uma gama de seis modelos. A próxima motocicleta a chegar à única loja brasileira da marca, em São Paulo, é a Street Tripple, apresentada em 2007 e que foi atualizada pela marca inglesa no ano passado. A moto é uma espécie de “versão reduzida” da Speed Triple, de 1050 cc, já disponível para vendas por aqui. A nova naked, de 675 cc, será lançada na segunda quinzena de maio e começa a ser vendida no início de junho. O preço ainda não foi confirmado oficialmente. Mas, segundo um representante da concessionária, deverá ficar em cerca de R$ 34 mil. Quando a Triumph decidiu lançar a Street Triple, a primeira impressão era de apenas uma releitura menos potente da Speed Triple. No entanto, as alterações da marca na ciclística deixaram a nova naked com personalidade própria. Da versão anterior para a moto renovada, apresentada no Salão de Colônia do ano passado, a principal diferença está no novo chassi, concebido para baixar o centro de gravidade. A peça tem novos componentes, como um sub-chassi, que aumenta a rigidez e a agilidade. O motor, de três cilindros, 12 válvulas e refrigeração líquida, gera 105 cv de potência na faixa das 11.850 rpm e torque máximo de 6,9 kgfm, presentes aos 9.750 giros. A substituição de alguns materiais, incluindo partes do motor, deixou a Street Triple 2013 6 kg mais leve – agora, com 183 kg em ordem de marcha e 167 kg de peso seco. Para frear a Street Triple, a Triumph empregou discos duplos flutuantes de 310 mm nas rodas dianteiras e um disco de 220 mm atrás, além de ABS. A renovada Street Triple tem no escapamento a principal mudança estética. A atualização levou o cano triplo para baixo, o que influencia ainda no comportamento da moto, já que também reduz o centro de gravidade. Na frente, apenas pequenos detalhes, como as novas caixas dos retrovisores e uma nova carenagem nas laterais. O desenho do assento também foi renovado, o que dá à
moto um perfil mais robusto. A Street Tripple, logicamente, tem papel estratégico no plano de expansão da Triumph no Brasil. Desde o lançamento, em 2007, a naked assumiu o posto de modelo mais vendido da marca em todo o mundo. O plano da fabricante é de expandir a rede de concessionárias para mais 11 lojas até dezembro deste ano – antes, a meta era ter 12 lojas apenas no final de 2014. A Triumph também vai ampliar a linha de montagem das motos “brasileiras”, em Manaus, e aumentou a expectativa de vendas para este ano. Antes eram previstas 2.000, agora a marca já fala em 2.500 unidades.
Impressões ao pilotar por Carlo Valente do InfoMotori.com/Itália exclusivo para Auto Press Roma/Itália – A Street Triple
conquistou já nos primeiros metros. A moto fica extremamente à vontade nas ruas e a altura de 0,80 metro do assento não é problema. Embora haja espaço para um passageiro, ele não é bem tratado pela moto. Porém, a posição ade pilotagem, com o tronco levemente inclinado para a frente, agrada e ajuda a lidar com os 105 cv da naked. A sensação de controle da Street Triple é reconfortante. Desde o início, a condução é simples e o motor de três cilindros acaba rapidamente com as dúvidas. Depois de alguns quilômetros na cidade, onde a moto se sai muito bem, ao ganhar a estrada, a progressão empolga. A transmissão não deixa “buracos” em qualquer situação. O principal aspecto negativo, comum à maioria das motos do segmento, é a exposição ao calor do motor, o que incomoda bastante após algum tempo de pilotagem. O trabalho realizado no chassi deu resultados e a estabilidade, de fato, melhorou. Ao frear, a moto para rapidamente e praticamente sem transferência de carga. Esteticamente, a Street Triple não chama muita atenção. Porém, a naked não é para ser olhada, mas guiada. E esse papel ela cumpre muito bem.
Ficha técnica
Triumph Street Triple 2013 Motor: A gasolina, quatro tempos, 675 cm³, tricilíndrico, quatro válvulas, comando duplo no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: 105 cv a 11.700 rpm. Torque máximo: 6,9 kgfm a 9.100 rpm Diâmetro e curso: 70,0 mm X 52,3 mm. Taxa de compressão: 12,65:1. Suspensão: Dianteira com garfos telescópicos invertidos com 41 mm de diâmetro e 110 mm de curso. Traseira com monoamortecedor de 125 mm de curso. Pneus: 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás. Freios: Discos duplos flutuantes de 310 mm na frente e disco de 220 mm atrás. Oferece ABS. Dimensões: 2,03 metros de comprimento, 1,25 m de altura, 0,73 m de largura, 1,39 m de distância entre-eixos e 0,80 m de altura do assento. Peso: 183 kg. Tanque do combustível: 17,4 litros. Produção: Hinckley, Inglaterra. Lançamento mundial: 2012. Preço: 8.190 euros, o equivalente a R$ 21.500.
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automotivas por Augusto Paladino/autopress
Estilo “fashion” – A Yamaha lançou uma edição especial inusitada para a Crypton. Batizada de Penélope Charmosa, a versão limitada chega às concessionárias da marca esse mês com preço de R$ 5.550 e é resultado de um acordo de licenciamento com a Warner Bros. A moto esbanja a cor rosa metálica e traz o desenho da silhueta da personagem na carenagem. A parte mecânica permanece intacta, com o motor monocilíndrico de 113,7 cm3 e 8,2 cv de potência. Tá na área – Cerca de um mês depois de confirmar a chegada do novo Sorento ao mercado nacional, a Kia agora começa a de fato vender o utilitário esportivo por aqui. O SUV ganhou um leve face-lift, com novos faróis de led, para-choque e lanternas traseiras. A versão de entrada sai por R$ 114.900 e vem equipada com motor 1.4 de 174 cv e tração dianteira. A topo é bem mais “salgada”. Custa R$ 149.900, mas ao menos traz um V6 de 278 cv e tração integral. Nos dois casos, há sete assentos na cabine. Luxo com caçamba – Picape nos Estados Unidos está longe de ser um instrumento para trabalho – pode ser considerado em muitos momentos um carro de luxo. E foi isso que a Chevrolet buscou realçar com a versão High Country da Silverado, sua picape grande. Por fora, a configuração adiciona detalhes cromados na grade, rodas e maçanetas. Na cabine, o modelo recebeu rádio com tela sensível ao toque de oito polegadas, banco de couro marrom e monitor de vídeo para os ocupantes traseiros. Os motores são dois V8 – um de 5.3 e outro de 6.2 litros, ambos a gasolina. Trabalho manual – Na tentativa de tornar a Hilux mais atrativa – leia-se, mais barata –, a Toyota mostrou durante a Agrishow, feira de agronegócios na cidade paulista de Ribeirão Preto, uma nova versão da picape. É a Standard 4X4 flex manual. Antes, a motorização bicombustível só poderia ser acoplada com a transmissão automática. O propulsor de 2.7 litros desenvolve 163 cv e 25 kgfm a 3.800 rpm. O modelo sai de fábrica com ar-condicionado, direção
Foto: Divulgação
hidráulica, airbag duplo e sistema de som por R$ 90.090. Suave aclive – O mercado de motocicletas brasileiro vai mostrando aos poucos sinais de recuperação. Em abril, foram vendidas 140.876 unidades, aumento de 13,7% em relação a março e de 6,5% quando comparado ao mesmo mês de 2012. No acumulado, no entanto, há uma retração de 14,2%, com 493 mil emplacamentos. Mesmo com a atual queda, os fabricantes e distribuidores projetam um crescimento na ordem dos 3% para 2013. Previsão – Até 2020, a Audi espera que um em cada três de seus modelos vendidos seja um utilitário. A informação foi revelada pelo presidente da marca, Rupert Stadler, à publicação “Automotive News”. No ano passado, 40% do que a Audi vendeu nos Estados Unidos foram SUVs, o que significou crescimento de 53% do segmento naquele mercado, enquanto a alta geral de vendas de automóveis foi de 1%. Tourada à italiana – Depois de revelar um Aventador especial, a Lamborghini promoverá o Grand Tour Lamborghini, mais um evento comemorativo aos 50 anos da marca. Na ocasião, uma carreata passará por várias cidades da Itália até chegar à fábrica do touro em Sant’Agata Bolognese. Ao todo serão 1.200 km percorridos e mais de 350 veículos e proprietários de todas as partes do mundo. Dentre os modelos que participarão do evento está o primeiro modelo da fabricante italiana, o 350 GT. A potência combinada de todos os carros ultrapassa os 190 mil cv. Elétrico e esportivo – A Land Rover confirmou para o Salão de Frankfurt, em setembro deste ano, na Alemanha, a apresentação da versão híbrida do Range Rover Sport. O conjunto mecânico será formado pelo tradicional motor diesel V8 e um propulsor elétrico. A potência não foi divulgada, mas o torque deve passar dos 71,3 kgfm. As baterias de íons de lítio serão colocadas embaixo dos bancos e não afetarão o espaço interno e o conforto do veículo.
Chevrolet Silverado High Country Seat Leon Cup Racer
Kia Sorento
Yamaha Crypton Penélope Charmosa
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Espanhol nervoso por AUGUSTO PALADINO/autopress
A Seat vai apimentar o hatch Leon e transtormá-lo em um carro de competição. Previsto para estar nas pistas em 2014, o Leon Cup Racer fará sua primeira aparição no Volkswagen GTI Meeting – evento anual do Grupo Volkswagen, na Áustria. O Cup Racer é baseado no modelo quatro portas e tem pintura cinza fosca com detalhes alaranjados. O carro ficou mais robusto com o pacote aerodinâmico que inclui novos para-choques, arcos das rodas – de 18 polegadas – e um spoiler traseiro. O motor é um quatro cilindros 2.0 turbo de 330 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão DSG de seis relações e dupla embreagem.
Foto: Divulgação
Seat Leon Cup Racer
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