719 Edição 22.11.2013

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Braganรงa Paulista

Sexta

22 Novembro 2013

Nยบ 719 - ano XII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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Para pensar

Jornal do Meio 719 Sexta 22 • Novembro • 2013

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Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli

por Mons. Giovanni Baresse

Há pouco se encerrou famosa feira de moda em São Paulo. Diversos estilistas apresentaram suas criações. Modelos deram vida à criatividade. E instala-se, como sempre, uma nova necessidade: temos que nos vestir conforme os ditames dos arautos das tendências. As cores devem ser as que são apontadas. Os padrões não devem ser quebrados. Já vi cores cítricas virem e irem. Já vi tons deverem ser mais fortes ou não. Já escutei que tecidos em xadrez são “brega”. Ora temos que usar camisas lisas, ora listradas. Não se devem usar meias brancas. As cores dos sapatos devem combinar com os cintos. Admitem-se meias que não combinem com os sapatos desde que sejam da mesma cor das calças. Estas, ora têm a boca larga, ora estreita. Nosso biótipo deve se esforçar para caber nas propostas. Há uma ditadura do corpo perfeito. E não é por razão de saúde. Os padrões devem ser obedecidos senão ficamos “out”. A última que li

são que os óculos “vintage”, de uma determinada artista de novela, estão com tudo! Já paramos para questionar quem é essa mente oculta que comanda nosso vestir, nosso modo de ser e, por que não, até o nosso pensar? Quem é esse poder invisível que vai nos convencendo a achar que se usamos ou não determinadas coisas seremos mais bem aceitos? Não é desconhecido que o mundo do consumo sobrevive pela criação de necessidades. É essa razão de comércio que impulsiona a movimentação do dinheiro e que nos leva à cultura do supérfluo, do descartável. Se ficasse no plano das coisas materiais seria um mal menor. O problema é que a coisa avança para os nossos relacionamentos envolvendo família, mundo do trabalho, política, etc. A provocação da moda em largo espectro, ao propor que sejamos diferentes nos faz, na verdade, todos iguais. Porque posso ter a roupa tal posso considerar-me de acordo com o padrão vigente. Porque malho, para manter

as linhas corporais definidas como fundamentais, sinto-me acolhido. Porque me disseram que preciso agir e falar nos esquemas do “politicamente correto” devo renunciar ao que penso e não posso defender minha opinião! Que sistema é este que nos tira o direito de viver como gostamos? Por que devo aceitar comportamentos que contrariam minha consciência? Lembro que o respeito pelas pessoas é norma fundamental. O direito de expressão de ideias também. Mas não devo ter medo de buscar as raízes de determinadas posturas que, de repente, se arvoram detentoras da verdade definitiva. Não se deve nunca fechar o caminho do diálogo. Deve-se, todavia, ter clareza das convicções. No artigo passado abordei algumas questões sobre família a partir de um questionário que visa colher o modo de pensar mais variado possível. Ele será base para que bispos da Igreja Católica, junto com o Papa Francisco, ofereçam pistas de reflexão e atualização

para nossos tempos. Uma das perguntas apontava a existência das chamadas uniões experimentais. Trata-se de pessoas que vão viver junto para ver se “vai dar certo”. Se der, se casam. Se não der, partem para outra. Outra questão apontava o fato de existirem pessoas que nem sequer se preocupam com uma possível celebração religiosa do casamento. Simplesmente ou descartam ou ignoram. Sem falar das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. O posicionamento dos que se dizem cristãos tem a conotação do respeito irrenunciável às pessoas, quaisquer que sejam as suas escolhas. Ao mesmo tempo exige clareza para saber se determinadas posturas respondem à adesão ao Evangelho ou não. Temos o direito de não concordar com escolhas que não se coadunam com aquela que é a concepção antropológica que a Revelação e a vida da Igreja nos apresentam. Ninguém pode impingir a ninguém valores que não se tornem pessoais de

Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

forma convicta. O Magistério da Igreja nos chama a atenção e nos propõe a forma de agir. Não usa dos mecanismos da propaganda e marketing para nos convencer. Ela anuncia e propõe. Não cria um mundo ilusório e facilitador. O que é preciso é que cada pessoa procure ter um conhecimento mais sólido da proposta da Fé que deve iluminar o comportamento. No fundo se trata de coerência: não questionamos muito o que os modismos de vestuário e comportamento desejam induzir. Mas estamos sempre prontos a achar que aquilo que nós é anunciado como caminho de fidelidade Jesus Cristo é “careta”.


Comportamento

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Contra a gravidade Subir no poste se despe da função sedutora para virar exercício intenso para homens e mulheres nas ruas e nas academias

Por GIULIANA MIRANDA /FOLHAPRESS

O alto gasto calórico e os movimentos que aceleram a definição dos músculos estão transformando o pole dance performática mistura de resistência e requebrado em uma barra vertical em uma modalidade cada vez mais procurada para turbinar os resultados da malhação. Conhecido como pole fitness, o pole dance idealizado para manter a forma conta com uma federação que agora quer o reconhecimento da modalidade como esporte. Quem se esforça no vai e vem em volta do poste queima até 400 calorias por aula. “Logo depois de começar já deu para sentir diferença na definição do corpo. Nos braços e no abdome fica perceptível rapidamente”, diz a professora de educação física Valéria Castro, 32, que faz aulas há um ano e meio. O pole fitness começou nos estúdios especializados, mas já divide espaço com o spinning e a ginástica localizada nas academias comuns. Em São Paulo, a rede Competition começou as aulas no mês passado na unidade da Oscar Freire. O objetivo é testar a receptividade dos alunos antes de expandir. “As mulheres chegam com cara de assustadas. Mas não demora muito e elas se soltam e já percebem que é preciso mesmo pouca roupa para se equilibrar na barra”, diz Mahu Biorochafaske, instrutora da academia. O sucesso da modalidade também chegou às redes sociais, que têm uma

enxurrada de fotos de gente orgulhosa com os novos músculos e as acrobacias no poste, demonstradas na rua mesmo. Da avenida Paulista ao metrô de Tóquio, uma busca rápida por #polefit, #polefitness ou #polestreet no Instagram (rede de compartilhamento de fotos) encontra milhares de retratos de quem se equilibra no poste. A sequência intensa de exercícios já descaracterizados da conotação sensual da dança também tem atraído os homens, ainda que em menor número. “Tem poucos homens, mas eu não fico intimidado. Não tenho vergonha nenhuma”, diz, rindo, Alan Makoto, 22, que começou a fazer aulas de pole fitness na academia há um mês. Ele diz que já notou ter mais firmeza e facilidade nos movimentos. “Mas não é fácil. A barra escorrega.” Por ser uma atividade intensa, é recomendado fazer uma avaliação médica e um teste físico antes de começar. “Pessoas com tendinite e problemas na articulação e na coluna precisam de muito cuidado. A atividade não é recomendada para quem tem labirintite”, diz o conselheiro do Confef (Conselho Federal de Educação Física) Marcelo Miranda. O começo é difícil. Três dias após a primeira aula, a estudante Julia Ribeiro, 20, sentia dores. “É bom porque sei que está trabalhando [a musculatura]. Mas mal consigo levantar o braço.” Segundo a professora de pole dance Renata Wilke, que dá aulas na Vila Foto: Arquivo Pessoal

Renata Alfinito mostra acrobacias de pole dance na praia de Copacabana, no Rio

Madalena, as dores vão diminuindo e a atividade vai ficando cada vez mais prazerosa. “A diversão e o relaxamento são parte muito importante. É por isso que o pole fitness conquista muita gente que não gosta de academia.” Foi assim com a carioca Renata Alfinito, 22, que sempre acabava desestimulada com os exercícios. Além de ter incorporado o pole fitness como principal maneira de manter a forma, ela agora participa de campeonatos. “Quando digo que faço pole dance, muitos olham torto até que eu explique. Faço questão de falar da luta pelo reconhecimento [da modalidade] como esporte.”

Velho está na moda O mercado é voltado para as jovens magras e exclui quem não se enquadra no padrão . Muitas mulheres de mais de 40 anos dizem que são ignoradas pelo mercado. Além de se sentirem invisíveis, pois não são mais olhadas ou elogiadas como quando eram mais jovens, dizem que não encontram roupas adequadas para a idade. Uma nutricionista de 47 anos contou: “Tenho um corpo bonito. Fui comprar um jeans de uma marca famosa e a vendedora me olhou dos pés à cabeça como se dissesse: ‘Não temos roupas para velhas. Não queremos nossa etiqueta desfilando na bunda de uma velha ridícula e sem noção’.

Saí arrasada”. Outras querem se diferenciar das adolescentes, mas não querem se vestir como velhas. Uma professora de 41 anos disse: “Não posso usar os mesmos jeans das minhas alunas. Tento encontrar um que não seja colado e de cintura baixa, mas é impossível. Não quero parecer uma garotinha, mas não quero parecer uma velha. As opções para a minha idade são horrorosas”. A dúvida é como se adequar à idade sem abrir mão de roupas bonitas. O mercado está voltado para as jovens e magras e exclui aquelas que não se enquadram no padrão. Uma arquiteta de 56 anos afirmou: “Sempre usei biquíni e minissaia. Agora não posso mais? Adorei quando a Betty Faria, depois de ter sido chamada de ‘velha baranga’ por usar biquíni aos 72, disse: ‘Querem que eu vá à praia de burca, que me envergonhe de ter envelhecido?’”. Em um congresso internacional de moda, afirmei que o mercado reproduz as imagens dos velhos do século passado e não vê os “novos velhos” que têm projeto de vida, saúde, amor, felicidade, liberdade e beleza. Convoquei o público a mudar essas representações e participar da campanha que lancei aqui com o artigo “Velho é lindo”. De biquíni ou maiô, minissaia ou jeans, somos mais livres para inventar nossa “bela velhice”. E para mostrar aos velhos de hoje e de amanhã que “velho é lindo!” e que “velho está na moda!”.


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Incentivo à leitura Autores bragantinos falam das delícias e dificuldades de atingir o público infantil

Shel Almeida

Nunca uma geração esteve tão Jardim da Luz, a Pinacoteca do ligada à tecnologia quanto a Estado, o SESC Pompeia, o Museu atual. Hoje as crianças peque- Paulista da Universidade de São nas brincam de pintar e desenhar Paulo, o Mercado Municipal Pauem tablets e notebooks, ao invés listano, o Estádio do Pacaembu, o de usar os tradicionais papel e lápis Parque da Água Branca, o Museu de cor. As mais velhas passam o dia de Arte de São Paulo (MASP), o vidradas em videogames e jogos Parque do Ibirapuera e os bairros de computador e muitas sequer do Bixiga e da Liberdade. “A ideia já tiveram contato com um livro do livro é despertar nos pequenos fora do ambiente escolar. Fazer a consciência em torno do tema com que se interessem pela leitura de uma forma divertida. Por ser acaba se tornando uma tarefa mais um livro de fácil entendimento e complicada do que o normal, mas com muita ilustração a leitura é não impossível. Cabe aos adultos, dinâmica”, fala Vanessa. pais e professores em especial, “São Paulo é Legal” procura fugir incentivar a leitura e promover o do estilo de enciclopédias e livros acesso aos livros. Mesmo o Brasil de história, adaptando o tom da sendo um país de poucos leitores, linguagem para comunicar com o público infantil nos as editoras continuam publicando Se os pais não leem, a criança mais diversos níveis de leitura. “O texto e para todas as faixas não vai ler também a ilustração tinham etárias e existem Merka que se complemendiversas opções infantis no mercado, basta procurar. tar, ora falando em conjunto, ora Dois exemplos são os livros “São individualmente. Quisemos mostrar Paulo é Legal”, de Vanessa Sobrino o patrimônio como uma história e “Assim Nasce um Bicho-Papão”, viva, em permanente construção, de Hilton Mercadante, o Merka, que se faz presente no dia-a-dia ambos de escritores Bragança. da cidade”, diz. Ela, que também Conversamos com eles para saber é professora, conta que percebeu quais são as dificuldades e delícias respostas muito positivas tanto de alunos quanto de colegas. “O livro de se escrever para crianças. traz uma proposta nova e surpreendeu por ser de uso educativo. Ele Patrimônio “São Paulo é Legal” introduz o que pode ser um guia cultural e ajudar é patrimônio histórico para crian- na relação entre pais e filhos, que ças, com textos leves e ilustrações podem fazer um passeio juntos pedivertidas. Idealizado e produzido los lugares indicados, trás noções pela historiadora Vanessa Sobrino de história e pode também ser um e pelo ilustrador Bernardo França, livro de memórias. Uma aluna veio o livro traz noções de patrimônio me contar que fez um passeio pela sobre 12 lugares tombados que fazem cidade com os pais, usando o livro parte do cotidiano e da memória como guia e que foi muito divertido. afetiva da cidade de São Paulo. O Uma outra criança, de Taubaté, garoteiro começa pela Estação da Luz nhou o livro e ficou louca para e passa por pontos como o Parque ir a São Paulo andar de metrô”,

“O pessoal lê pouco no Brasil, mas os roteiros dos quadrinhos produzidos aqui têm melhorado muito”, fala Merka.

A história de Assim Nasce um Bicho Papão é contata em quadrinhos e tenta desmitificar a figura do bicho papão .


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conta. O livro foi lançado em março em São Paulo e Vanessa pretende fazer um lançamento em Bragança ainda este ano. “Ainda não sei a data, mas vamos fazer um lançamento aqui sim. Temos também o projeto de fazer um livro sobre outras capitais, como o Rio de Janeiro. E quero também fazer um sobre Bragança, pois eu tenho uma relação afetiva com a cidade”, fala.

Bicho Papão Merka começou a carreira de ilustrador desenhando para crianças. Foi da saudade de criar para esse público que surgiu “Assim Nasce um Bicho-Papão”. “Eu tinha feito um roteiro despretensioso, quando a editora Lê Quadrinhos entrou em contato comigo depois de ver meu portfólio, procurando algo para crianças. Mostrei o que eu tinha e adoraram”, conta. “Esse livro fugiu completamente do que estou acostumado a criar, que é sobre folclore. É uma história urbana, mas que ainda usa o elemento fantástico. A ideia é desmitificar o mito do bicho papão”, fala. Para ele, as grandes responsáveis pelo estímulo a novos leitores são as escolas. “Se os pais não leem, a criança não vai ler também. Eu já vi pai dizendo que é um desperdício comprar livro para criança, que preferem comprar eletrônicos. Mas eu não vejo isso como uma competição. Geralmente quem gosta muito de game, por exemplo, gosta do combo todo: seriado, quadrinhos. E hoje também tem um público adulto muito ligado em coisa de criança, por resgate ou nostalgia”, diz. Escrito e ilustrado por Merka “Assim Nasce um Bicho Papão” é um livro em formato de quadrinhos e foi todo produzido manualmente, com aquarela e lápis de cor. “Fiz um lançamento na Viverde, onde dou aula, e o livro foi muito bem recebido. Uma criança que ganhou o livro leu 10 vez e quis me conhecer, pra dizer que adorou”, conta. O lançamento oficial do livro, pela editora, acontecerá a partir de janeiro e chegará as cidades de São Paulo e Belo Horizonte, entre outras. “A Lê Editora é de BH e está preparando um lançamento em algumas cidades para ano que vem. Já estão me cobrando outros livros. Tenho quatro projetos para crianças e dois para adultos. Estou esperando conseguir tempo para fazê-los”, brinca.

Vanessa pretender estender o projeto do livro para outras cidades. Os próximos serão “Rio de Janeiro é Maneiro” e “Bragança Paulista é Incrível”

São Paulo é Legal traz a noção de patrimônio para crianças, por meio de ilustrações e texto dinâmico

São Paulo Legal ainda não está sendo vendido em Bragança, mas pode ser encontrado nas melhores livrarias da capital e também no site www.bernardofranca.com Assim Nasce um Bicho Papão pode ser encontrado em Bragança, na livraria Leriver, que fica na Rua Cel. Leme, 371. Pontos como a Estação da Luz e o MASP são retratados no livro. “Quisemos mostrar o patrimônio como uma história viva, em permanente construção, que se faz presente no dia-a-dia da cidade”


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Casos e Causos

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juro que é verdade Por Marcus Valle

JURO QUE É VERDADE XXXI

Dai ele explicou:

Jango, ex vereador e prefeito de Bragança, sempre gostou de andar

LÁ NÃO PODE BEBER NO SALÃO, EU TIVE QUE SAIR PRA TOMAR UM

pelas ruas, fazer o chamado corpo a corpo, visitar casas. Normal-

UISQUE. A MENINA QUE TAVA COMIGO ACENDEU UM CIGARRO E

mente as pessoas se sentem contentes quando recebem uma autoridade

NÃO PODIA FUMAR NO SALÃO. SAIMOS E ESTAVAMOS DANDO UNS

na residência. Logo que assumiu a primeira vez a Prefeitura, houve uma

BEIJOS, E OS SEGURANÇAS DISSERAM QUE NÃO PODIA.

tempestade seguida de vendaval na cidade, e num bairro da periferia várias

CARNAVAL NO VATICANO.....NUNCA MAIS.

casas foram destelhadas. Jango foi ao local, bateu palmas e já foi entrando na casa mais afetada. A família estava toda reunida na sala, desolada. To-

JURO QUE É VERDADE XXXIV

dos olharam pro prefeito, mas ninguém disse nada. O silêncio tomou conta

Às vezes eu ando de bicicleta com o Marcelo Perrone que é Secretário da

do ambiente. Dai, pra quebrar o gelo, Jango olhou e falou: NOSSA.....MAS

atual administração. Uma vez fomos fazer de speed (pneu fino) o trecho

COMO VENTA...NÃO?

Tuiuti até Morungaba. Na época, as bermudas de bicicleta eram só aquelas de lycra coladas ao corpo (hoje tem umas mais másculas). Na hora que vol-

JURO QUE É VERDADE XXXII

tamos de Morungaba (fizemos ida e volta), passamos pelo bairro do Passa

Nas décadas de 70, 80, o forte das campanhas políticas eram os comícios,

três, e quando nós estávamos em frente a uma venda cheia de gente bêbada,

que reuniam milhares de pessoas, e grandes pérolas devido ao improviso

ouvimos vários assobios tipo fiu fiu.

da fala dos oradores. Na Santa Luzia, o apresentador, eufórico, anunciava

Na outra vez que fomos andar, notei que o Marcelo botou um short de futebol

os candidatos, mas sempre com elogios. Chamou um dos candidatos mais

por cima da bermuda de ciclismo.

populares, e para realçar, resolveu fazer uma espécie de acróstico; COM VOCÊS UM HOMEM DO POVO... UM HOMEM DO BEM... BAUNA...

JURO QUE É VERDADE XXXV

B de bondade, A de amizade U de (h)umildade.....

Um amigo meu, advogado, certa vez encontrou-se por acaso com uma garota bonita que ele já estava de olho. Convidou-a para tomar um sorvete, e ela foi.

JURO QUE É VERDADE XXXIII

Sugeriu uma volta de carro, e ela foi. Tomou direção da estrada, e em frente

O carnaval de salão do Clube Literário era famoso, bem animado e avan-

um motel, deu a idéia de entrar, e ela topou. Escolheu um quarto com hidro

çado. Foi por isso que ficamos surpresos quando o QUEXÃO Russomano

e entraram. Abriu a porta do quarto e ela disse: JÁ VOU AVISANDO....VIM

disse que estava enjoado e naquele ano iria passar as 4 noites de carnaval

AQUI SÓ PRÁ CONHECER. Com medo de implicações jurídicas e irritado,

no Tanque do Moinho. E foi. Só que no Domingo ele já tava de volta no

ele respondeu: VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA OU CICERONE DE

Literário, e a turma perguntou por que ele não tinha ficado no outro clube.

MOTEL? e ....foram embora sem trocar uma só palavra.


Reflexão e Práxis

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Filosofia da Política Por pedro marcelo galasso

O pensar a Política no momento pelo qual passamos no Brasil significa, dentre outras coisas, dar relevância aos aspectos políticos frente as demais questões da sociedade brasileira, pois experimentamos no país uma efervescência participativa e um otimismo com relação a possíveis e desejadas mudanças sociais, políticas e jurídicas. Significa, portanto, a tentativa em assumir uma postura valorativa e ideológica, ainda que com o cuidado de não nos tornarmos apolíticos ou partidários, para não cairmos na tentação ou no interesse de defendermos o que julgamos correto para um grupo ou um partido específico. Cabe, então, a defesa de uma forma consciente de pensar e de defender nosso posicionamento político além dos interesses particulares, sejam eles individuais ou não. O que estamos assistindo no Brasil pode ser visto como a construção de novos valores em nosso quadro político, ainda que esta construção não tenha se transferido para o quadro político partidário devido

a distância entre a participação política e as instituições políticas, por mais contraditório que isto possa parecer, mas facilmente identificável quando pensamos nas ações de grupos específicos nas manifestações populares que se tornaram frequentes. Digo isto, pois as manifestações realizadas pelos políticos presos na última semana, em um dia desprovido de significado que vá além do feriado, com os punhos levantados nada mais é do que uma das inúmeras formas que este processo de conotação pode tomar. E até a fuga de um dos condenados, em busca de um local “isento” para seu julgamento é parte deste processo. Ainda que seja irônico o pedido de um julgamento justo em um país com tantos problemas jurídicos e políticos como a Itália. Impressionante como a realização da Política como arte suprema do bem viver ou como a arquitetura da convivência humana, palavras frequentes nos dicionários de Política, é complexa e rica em manifestações que estão acima do

Bem e do Mal, domínio maniqueísta que reduz e, aparentemente, explica tudo para todos. Talvez seja exagerado dizer que caminhamos a passos largos para as mudanças e é incerto afirmar que tomamos a direção correta, mas a mudança, se tomada com cuidado, é salutar, não digo benéfica, pois os instrumentos modernos de manipulação de massas, bem como a ignorância coletiva acerca da História, nos sirvam como parâmetros quando a tomada de consciência e a análise deste momento forem necessárias. O peso da decisão sobre o agir humano é sempre uma tomada de postura e de decisões, tal qual o manifesto de artistas, de pensadores e de pessoas comuns quanto a ilegalidade da prisão dos condenados pelo Mensalão. Entretanto, em um país que adota a corrupção como prática comum e necessária fica difícil não vislumbrar tais ações. Mais estranho é ver o partido em questão celebrar a prisão de suas figuras históricas por acre-

ditar que estas irão ajudar na reeleição presidencial. Exemplo maior de pragmatismo político é improvável que encontremos. E o silêncio do partido envolvido é um sinal claro de um pragmatismo político aterrador, incluindo aqui a cidade de Bragança Paulista. Além é claro, das usuais tentativas de justificar os atos de corrupção utilizando casos similares dos adversários políticos. Sério e terrível é imaginar que os dois partidos em questão são os mesmos que irão se enfrentar nas próximas eleições. Portanto, se a Política envolve opções de valores e promove ações cheias de consequências, além de indicar diferentes visões de mundo e de concepções acerca de nossa vida social, podemos ou devemos ser otimistas ou imparciais? Qual o grau de consciência para a nossa tomada de decisões? Enfim, mais uma vez, só o “tempo” dirá. Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com


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Foi com muita alegria e descontração que fotografei esse ensaio “Trash the

Dress” do lindo casal Evelin e Rodrigo. Tudo aconteceu num domingo, um dia depois do casamento deles. Ainda estávamos no clima do casamento o que ajudou bastante na descontração das fotos. Pegamos o barco do Rodrigo e fomos dar uma volta pela ilha Anchieta em Ubatuba. Durante o percurso já comecei a fazer as fotos. Queria aproveitar todos os cenários possíveis. Os dois não paravam de comentar a festa do casamento, que por sinal foi maravilhosa (já vimos as fotos deles numa coluna anterior). É interessante como a cerimônia e a festa do casamento marcam profundamente as pessoas. Foi muito legal! E foi neste clima, relembrando os bons momentos, que fomos clicando e compondo as fotos que ficaram simplesmente maravilhosas. No final, coloquei os dois na água para fazer um brinde ao por do sol que rendeu uma linda sequencia. Mais um momento inesquecível que guardo com muito carinho.


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Na Fenatran 2013, setor de transporte de cargas mostra disposição para crescer no Brasil por LUIZ HUMBERTO MONTEIRO PEREIRA/AUTOPRESS

São Paulo/SP - Num mundo de gigantes, todos pensam grande. Planos de expansão e exibições de força deram o tom da Fenatran 2013. Realizada de 28 de outubro a 1º de novembro no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a 19ª edição do salão internacional do transporte reuniu 376 expositores de 15 países. Todos dispostos a impressionar um número estimado de 60 mil visitantes – em grande parte formado por empresários do setor de transportes. Mais uma vez, os extrapesados são a grande vedete do evento – afinal, o segmento promete movimentar mais de R$ 14 bilhões em vendas no Brasil em 2013. Cifras que atraíram novas marcas – como a holandesa DAF e a chinesa MetroSchacman –, que prometem tornar o confronto dos extrapesados cada vez mais duro. Se o negócio é partir para a briga, exibir alguma “musculatura” pode ajudar a intimidar os adversários. Talvez por isso, alguns fabricantes deram destaque na Fenatran a modelos que poderiam ser chamados de “hiper-extrapesados”. São caminhões com capacidade para mover até 250 toneladas, destinados ao transporte de cargas grandes, pesadas e indivisíveis – como peças de hidrelétricas ou de plataformas petrolíferas, por exemplo. Torque e potência hipertrofiados são características comuns a esse gênero de caminhão Para atender esse subnicho, a Mercedes-Benz importou da Alemanha o Actros 4160 AK SLT, com tração 8X8, enquanto a sueca Scania valorizou a produção nacional do R Highline 620 8X4 na sua fábrica em São Bernardo do Campo. Já a Volvo pegou – literalmente – pesado. Trouxe da Suécia o FH16 750 – simplesmente o caminhão mais potente do mundo, com seu motor de 16 litros e 750 cavalos. Também no segmento extrapesado, mas sem tanto exagero, as marcas MAN, Iveco e DAF exibiram suas novidades. Na marca alemã, o TGX 29.480 surgiu para mostrar como será o caminhão mais potente da linha, com seus 480 cv. A Iveco colocou as luzes mais fortes sobre o estiloso Hi-Way, o último lançamento da fábrica mineira de Sete Lagoas. E os holandeses da DAF comemoraram a apresentação do extrapesado XF 105 “made in Brazil”, o primeiro produto da unidade industrial de Ponta Grossa, no Paraná – é a primeira fora da Europa. Mas, apesar de seu inegável prestígio, nem só de extrapesados vive o setor de transportes. Veículos menores é que dão capilaridade ao sistema de entregas, principalmente nas grandes cidades. O VUC – veículo urbano de carga – HD 78 e o furgão HR, produzidos em Goiás, foram os destaques da Hyundai. Nesse conceito urbano, além de mostrar os caminhões leves Cargo 816 e Cargo 1119, a Ford fez a “avant première” do novo furgão Transit, que será lançado no Brasil em 2014. Irá encarar a nova Sprinter, que acaba de ser lançada pela Mercedes. A Fiat apresentou os compactos de carga Uno Furgão e Fiorino, enquanto a Renault mostrou versões do furgão Master e comemorou as primeiras seis unidades vendidas no país da furgonete elétrica Kangoo Maxi Z.E. – adquiridas pela filial brasileira da FedEx. Além de novos produtos, alguns aproveitaram para anunciar investimentos. A mais ambiciosa foi Mercedes, que avisou que pretende investir R$ 1 bilhão até 2015 em suas unidades industriais brasileiras, destinados a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e a nacionalização da linha de caminhões extrapesados Actros. Tudo com o assumido objetivo de retomar a liderança das vendas no Brasil, perdida há mais de uma década para a compatriota MAN/Volkswagen. Disputando espaço com os fabricantes de veículos, muitos implementadores também rentabilizaram a Fenatran. A paranaense Noma apresentou quatro novas linhas de carretas: basculante em alumínio, basculante meia cana vanderleia, tanque inox e silo rodoviário. Já a gaúcha Randon expôs a sua Linha R, constituída de graneleiro, sider, frigorífico, furgão, carrega-tudo e basculante. A Temakeria Móvel, apresentada pelo Grupo VIC, e o Estúdio-Cozinha Móvel, da Truckvan, juntaram gente na hora do lanche. No setor de logística, um dos destaques foi a BgmRodotec. A empresa paulistana exibiu novas integrações do software para gestão de transportes Globus, que oferece acesso através de smartphones e tablets. Afinal, no setor de transportes, só a força bruta não resolve – é preciso haver inteligência

por trás do negócio.

Destaques da Fenatran 2013

DAF XF 105 - Controlada pelo grupo norte-americano Paccar, que é o quarto maior fabricante de caminhões do mundo, a holandesa DAF exibiu orgulhosamente várias unidades do seu primeiro modelo produzido na fábrica da cidade paranaense de Ponta Grossa. O extrapesado XF105 pretende disputar o segmento de extrapesados “premium”, que incorpora mais conforto e itens tecnológicos. De quebra, estavam no estande os dois próximos produtos da fábrica paranaense: o semipesado CF e o médio LF. “Pretendemos atingir 10% de market share em cinco anos”, avisou Marco Antonio Davila, presidente da DAF Brasil. Fiat Fiorino - A Fiat é líder há 11 anos no mercado brasileiro de comerciais leves, principalmente por conta da “best seller” picape Strada, que acaba de adicionar uma terceira porta à versão Cabine Dupla. Para tentar reforçar a liderança, a marca italiana aproveitou o evento paulistano para apresentar os novos Uno Furgão e Fiorino. O novo Fiorino recebe design na atualizado versão 2014 e será lançado no final de novembro no mercado brasileiro com motorização 1.4 EVO Flex, que prioriza torque em baixas rotações e baixo consumo de combustível. Havia algumas versões do Fiorino no estande da Fiat, inclusive um transformado em ambulância. Ford Transit - A marca norte-americana escolheu a Fenatran para fazer a pré-estreia da nova Transit, exibida na versão furgão. O modelo – produzido em Kocaeli, na parte asiática da Turquia – é líder de vendas na Europa há décadas. Nessa nova geração, será lançado também nos Estados Unidos e deverá atender 116 mercados nos seis continentes. Ou seja, irá se tornar um produto global – atual obsessão da Ford. A nova Transit ganhou um design mais moderno e, segundo o fabricante, incorpora tecnologias focadas no desempenho e economia. Hyundai HD 78 - Para valorizar a versatilidade de seu VUC – veículo urbano de carga –, a sul-coreana Hyundai expôs na Fenatran quatro unidades do HD78, com os implementos verdura/fruta, unidade médica móvel, loja e tela de leds – uma espécie de “cinema ambulante”. Exibiu até uma versão conceitual 4X4 do modelo, que é produzido na fábrica da CAOA Montadora de Veículos, na cidade goiana de Anápolis. Segundo o fabricante, o HD78 é ideal para implementação e pode ser utilizado, entre outras coisas, como baú de carga seca, plataforma de veículos, prancha, caçamba, basculante, ambulância, transporte de lixo, baú para congelados, mini hospital, gabinete dentário móvel e caminhão oficina. O preço do HD 78 parte de R$ 95 mil. Iveco Hi-Way - A fabricante italiana, que produz no Brasil na unidade industrial da cidade mineira de Sete Lagoas, deu destaque em seu estande à característica de ser “full liner”. Ou seja, oferece desde os comerciais leves da linha Daily ao caminhão off-road Trakker, passando pelo blindado militar Guarani e pelos ônibus CityClass. Mas o “xodó” da marca – com direito a pedestal e tudo – era mesmo o novato Hi-Way. Eleito em votação da imprensa especializada internacional como “Truck of the Year 2013”, o extrapesado para cargas acima de 45 toneladas é oferecido no Brasil com três opções de potência para o motor de 13 litros da FPT Industrial: 440, 480 e 560 cv. MAN TGX 29.480 6X4 - Líder de vendas de caminhões no mercado brasileiro, a MAN/ Volkswagen aproveitou a Fenatran para fazer a primeira apresentação do cavalo mecânico MAN TGX 29.480 6X4, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2014. Produzido na fábrica de Resende, no Sul do estado do Rio de Janeiro, o TGX 29.480 já incorpora o novo design das cabines da MAN e é focado em operações rodoviárias de transporte de cargas de médias e altas densidades com PBTC de 57 a 74 toneladas, para longas distâncias. É equipado com eixos traseiros sem redução nos cubos da roda e com capacidade máxima de tração de 80 toneladas. Com seus 480 cv, será o caminhão mais potente da linha no Brasil. Mercedes-Benz Actros 4160 AK SLT - Produzido na Alemanha, o caminhão extrapesado gigante para 250 toneladas foi o destaque da Mercedes-Benz na Fenatran. Com tração 8X8 e movido por um motor V8 de 598 cv, o Actros 4160 AK SLT é indicado para transporte de cargas indivisíveis e foi adquirido

pela paulista Megatranz, maior empresa da América Latina no segmento de transporte terrestre de cargas com peso superior a 100 toneladas. “Com esse veículo, reafirmamos a posição da marca como geradora de soluções para todas as demandas do mercado”, afirmou Joachim Maier, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz do Brasil. A empresa também anunciou que a plataforma Fleetboard, para gerenciamento de frotas, agora é de série em toda a linha de caminhões da marca. Renault Kangoo Maxi Z.E. - Além de mostrar algumas das múltiplas possibilidades de utilização da renovada linha Master de comerciais leves, a marca francesa aproveitou o evento para fazer um pouco de marketing ecológico. Deu destaque no estande a um dos seis modelos furgão Kangoo Maxi Z.E., movidos a eletricidade, comercializados com a filial brasileira da FedEx, a maior empresa de transporte expresso do mundo. O modelo tem capacidade de transportar até 650 kg de carga e autonomia aproximada de 120 km. Scania R 620 8X4 - A maior novidade era a linha Streamline das cabines rodoviárias G, R e R Highline, com foco na economia de com-

bustível e na oferta combinada de serviços. Mas quem chamou a atenção mesmo foi o “forçudo” R Highline 620 8X4. O extrapesado off-road para cargas indivisíveis é equipado com motor V8 de 620 cv de potência e torque de 306 kgfm – é o mais potente produzido no Brasil. Tem capacidade máxima de tração de 250 toneladas e conta com caixa automatizada Opticruise e freio Retarder. Volvo FH 16 750 - O caminhão mais potente do mundo não poderia deixar de ser um dos destaques da Fenatran 2013. Importando da Suécia, o FH 16 750, com seu motor de 16 litros de 750 cavalos e configuração 8X4, entrega brutais 362 kgfm já em 1050 rpm e é capaz de tracionar até 250 toneladas. “Essa força toda possibilita manter velocidades médias mais altas, mesmo nas subidas, para garantir mais produtividade”, explica Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo. O FH 16 vem com câmbio I-Shift, câmara auxiliar de ré, teto solar, direção elétrica, freios EBS com VEB e Retarder, que alcançam 1.180 cv de potência, suspensão eletrônica traseira ECS, geladeira e lanternas traseiras de leds. Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias


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veículos

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Notícias

automotivas por Augusto Paladino/autopress

Tubo de risco – A Chevrolet irá chamar 43.971 unidades da S10 fabricadas entre junho de 2010 e outubro de 2013 com motor flex para um recall. O problema está nas tubulações de combustível, que podem entrar em atrito com as presilhas que separam o componente de itens como chicotes elétricos e dutos de ar. Uma faísca provocada pela movimentação do conjunto pode ser capaz de gerar um incêndio. Segundo a marca, a solução está no reposicionamento das presilhas e trocar a tubulação de combustível por uma mais resistente. Para maiores informações, a Chevrolet disponibiliza seu site, ou o telefone 0800-702-4200.

dois colecionadores locais estão entre os 499 selecionados para adquirir uma unidade do hiper-carro. No Brasil, pelo menos uma unidade do modelo deve ser exibida em abril de 2014 para virtuais candidatos à compra. Causa própria – A Opel decidiu que irá fazer sozinha a próxima geração do Corsa. Apesar de ter firmado um acordo para utilizar a plataforma modular EMP2 da PSA, a divisão alemã da GM abortou a ideia. A Opel fará uma base própria, também modular, para seus compactos e utilitários pequenos. Com isso, o compartilhamento da plataforma

EMP2 entre as fabricantes ficará restrito às minivans compactas e médias. No caso, as próximas gerações de Meriva e C3 Picasso e as futuras C4 Picasso e Zafira. À moda antiga– Tudo indica que a Alfa Romeo vai manter uma postura mais purista em relação a equipamentos de segurança ativa em seus modelos. Isso significa que seus modelos se limitarão a usar apenas itens básicos, como airbags, freios ABS e controle de estabilidade ESP. Nada de controladores de velocidade sensíveis, monitores de ponto cego ou detectores de pedestres. Segundo Alberto Cavaggioni, chefe de marketing da

empresa, os clientes procuram os carros da marca com um olhar mais emocional, em busca de diversão. Nas mãos da eletrônica – Para a Google, os carros autônomos já são mais seguros que os conduzidos por humanos. A afirmativa é baseada nos dados coletados pela empresa durante os testes realizados com a tecnologia desde 2010. Além disso, gastam menos combustível graças a acelerações mais suaves do sistema automático. Nenhum dos acidentes ocorridos nas pesquisas foram causados pela direção autônoma, que ainda está em fase de desenvolvimento. Fotos: Divulgação

Caixote fechado – Junto com a nova geração da Fiorino, a Fiat mostrou na Fenatran – Salão Internacional do Transporte, em São Paulo, o novo Uno Furgão. O pequeno hatch ganhou vidros traseiros escurecidos, grade protetora nas laterais de trás e uma outra que separa a cabine da área de carga, localizada atrás dos bancos dianteiros. A capacidade é de 400 kg ou 1000 litros de volume. Sob o capô, as duas opções de motor já conhecidas das versões “civis” do Uno: 1.0 litro com 75 cv ou 1.4 litro de 85 cv. O modelo havia sido apresentado como conceito na edição de 2011 do evento e agora chega à versão de produção. Sede contida – A Ford conseguiu emplacar o segundo lugar em economia entre os carros não híbridos nos Estados Unidos. O modelo em questão é o Fiesta com motor 1.0 Ecoboost, novidade naquele mercado. O hatch conseguiu uma média de 15,7 km/l nos testes da agência de proteção ambiental EPA. Em ciclo rodoviário, a marca chega aos 19,2 km/l. A Ford ainda não divulgou os números oficiais de potência do três cilindros para os Estados Unidos, mas estima-se que ele mantenha os 123 cv e 20,4 kgfm de torque da versão europeia. O primeiro lugar é do Mistubishi Mirage, que atingiu 17 km/l de média.

Chevrolet S10

Front oriental – A Fiat quer usar a Jeep para crescer na China. A marca está prestes a fechar um acordo com a Guangzhou Automobile Group para produzir o novo Cherokee por lá. O movimento é para tentar diminuir a dependência da Jeep em relação ao mercado norte-americano e equilibrar as finanças do grupo Fiat. Até hoje, o único modelo do conglomerado montado na China é o Dodge Journey. Exclusividade – Mesmo com a crise, parece que ainda há espaço para novidades de alto luxo na Argentina. Pelo menos é o que acha o Gruppo Modena, representante de Ferrari e Maserati por lá. Além da 458 Speciale e os novos sedãs Maserati Quattroporte e Ghibli, a importadora vai oferecer em 2014 duas unidades da exclusiva LaFerrari. Segundo o grupo,

Fiat Uno Furgão


veículos eículos

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Parada obrigatória por AUGUSTO PALADINO/autopress

Os proprietários de 3.416 BMW da séries 1, 3, 5 e modelos X1, X3 e Z4 vendidos no Brasil vão enfrentar um recall. Segundo a marca alemã, a unidades fabricadas entre junho de 2012 e agosto de 2013 podem ter problemas no servofreio, que acarretaria uma gradual perda da capacidade de frenagem. Mesmo com o problema, ainda seria possível frear por completo os carros, mas numa distância maior. Por isso, a BMW indica que os donos mantenham distâncias maiores dos carros da frente e mais atenção durante frenagens até que as unidades sejam reparadas.

Foto: Divulgação

BMW X3


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