Braganรงa Paulista
Sexta
28 Fevereiro 2014
Nยบ 733 - ano XII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
11 4032-3919
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Para pensar
Jornal do Meio 733 Sexta 28 • Fevereiro • 2014
É Carnaval! por Mons. Giovanni Baresse
Quando se fala em carnaval
“carrum navalis”, que designava
dias está na exploração sexual e
a pena ser sonhador! A grande
sempre se buscam suas
os barcos adornados para a festa
nas diferentes drogas oferecidas.
capacidade que o ser humano
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
origens. Elas são múltiplas
de Baco-Dionísio. Para outros a
Em muitos lugares o carnaval
tem é a de compreender que pode
e bem variadas. Hoje ficou mais
origem seria derivada do costume
tornou-se ocasião para expor o
ser melhor. E aquilo que realiza
fácil buscar notícias no Google,
da Igreja católica de preparar a
corpo humano para satisfação
também. Por que não começar um
Wikipedia, etc. Normalmente
festa da Páscoa com um sinal
única e exclusiva do instinto se-
trabalho de formiga para mudar
os historiadores vão buscar a
penitencial. Assinalado um tem-
xual. Os corpos tornam-se objetos
a tônica do tríduo momístico?
origem do Carnaval nas fontes
po simbólico de quarenta dias,
do desejo. Entra-se num clima de
Tenho certeza que a maioria dos
da nossa civilização. Suas raízes
a “quaresma”, os cristãos eram
“liberou geral” com os excessos do
pais gostaria de ver filhos e filhas
estariam nos ritos de fertilidade
convidados a “deixar a carne”.
álcool e de outras “mercadorias.
inteiros e felizes durante e depois
e das colheitas celebrados no
Fazia-se uma festa que servia de
Não existe mal em festejar. Aliás,
do carnaval. Por que não começar
Egito e no Crescente Fértil. Mais
despedida desse alimento. Essa
é necessário festejar. São as festas
uma valoração diferenciada nos
proximamente, na Grécia antiga,
quaresma servia para preparar a
que nos mostram a beleza que a
diálogos escolares? Por que não
dispendioso e será pago também
o carnaval seria uma expressão
celebração que fazia memória do
vida pode ser quando os encontros,
falar daquilo que pode dignificar
com o dinheiro do contribuinte.
nova dirigida a Dionísio, deus do
sofrimento e da morte de Cristo
os gestos de afeto, as presenças
o viver da alegria, do encontro,
No raciocínio raso isto tem senti-
vinho, de algum modo também
até desembocar no glorioso dia
das pessoas fazem experimen-
da festa, do descanso que o car-
do. Numa visão mais ampla seria
ligado à vida agrícola. Da Grécia
da sua Ressurreição. Como se vê
tar o quanto é bom conviver! O
naval pode oferecer? Por que não
importante que na “empolgação”
para Roma a festa era feita ao deus
há teorias para todos os gostos!
risco está em limitar a “alegria”
mostrar que não vale a pena de
nunca se tomassem decisões ou
Baco (nome latino de Dionísio).
Ao falar do Carnaval muito se fala
ao que se possa consumir de
confundir liberdade com liberti-
se usassem gestos (como a relação
Posteriormente a celebração
se vale à pena, se é coisa boa, se
humano e de outros “produtos”.
nagem? Creio que é uma questão
sexual) que exigem consciência e
das Saturnais (Saturno, deus
é elemento forte para incentivar
Esse tipo de atitude escraviza
de escolha! E é melhor escolher
responsabilidade. Parece, contudo,
do Tempo) tomou totalmente
o turismo, se o Poder Público
e destrói. Muita gente exorciza
certo! Neste campo há muito que
que uma campanha educativa
o espaço revestindo-se da festa
deve subvencionar as Escolas de
o carnaval pelos seus abusos. E
fazer. Mais uma vez o Ministério
que levasse as pessoas a ter visão
pela liberdade e igualdade entre
Samba, se é pecado, etc. Penso
é justo. Creio, todavia, que uma
da Saúde, sob o sofisma de que
mais profunda sobre comporta-
as pessoas. Há ainda quem diga
que as expressões culturais, fes-
ação educativa de largo espectro
é melhor prevenir que remediar,
mento e sexualidade e diversão
que existe certa ligação com a
tivas fazem parte de nossa vida.
poderia redimensionar essa festa
se coloca como distribuidor de
(independentemente de uma
deusa do amor Afrodite (Vênus
Naturalmente que não pode
dando-lhe ou devolvendo-lhe as
preservativos. A tal camisinha
determinada visão religiosa) não
para os romanos). Uma teoria mais
haver aprovação quando a coisa
características construtivas de
será distribuída de graça. Com o
interessa muito. Resta esperar
próxima a nós coloca a palavra
se encaminha para atitudes que
momento de confraternização
seu, o meu, o nosso dinheiro! O
que não tenhamos acréscimo
carnaval na Idade Média surgi-
não dignificam ninguém. O grande
alegre e “spensierata”, como di-
Ministério diz que o tratamento
de infectados e de filhos
da, possivelmente, da expressão
desafio do carnaval dos nossos
zem os italianos. Penso que vale
das DST, AIDS, etc. é muito mais
da empolgação!
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
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Mais espaço
no banheiro
Drible a pequena metragem dos banheiros com alguns truques simples e charmosos por Giuliano Leite
Com a valorização das áreas sociais nos novos
resultado final do banheiro. Não adianta comprar uma
talar prateleiras no lugar do tradicional gabinete,
projetos arquitetônico, tem restado ao banheiro
cuba bonita sem ter certeza de que ela é adequada ao
revestir as portas de eventuais armários acima da
o desafio de ser charmoso, confortável e útil
espaço que você tem disponível.
bancada da pia com espelho e apostar em vidros
mesmo quando restrito a espaços mínimos .
Outras soluções simples e de grande efeito na hora
transparentes no box.
Para ajudar nessa mágica, vale a pena apostar em al-
de deixar o banheiro mais bonito e espaçoso é ins-
guns truques de decoração e arquitetura. O primeiro passo é optar por cores claras tanto nos revestimentos quanto nos móveis, para ganhar sensação de amplitude. Trazer a iluminação natural ou investir em um bom projeto luminotécnico também é uma saída poderosa. Utilizar revestimentos claros para rebater a luminosidade é uma boa dica.
Portas de correr Substituir as portas tradicionais por um modelo de correr também é uma alternativa interessante e moderna para economizar alguns metros. Com elas, muitas vezes podemos ganhar mais espaços nas bancadas por exemplo. Essa não é a única mudança para otimizar o espaço. Na parede do box, é possível abrir um nicho para colocar o xampu e o sabonete. A abertura pode ser revestida com pastilhas coloridas para dar um toque diferenciado frente aos azulejos e gabinete brancos. Mas antes de criar um buraco na parede ou pendurar qualquer estrutura, é importante descobrir a posição exata do encanamento para não ter pro blemas de vazamento.
Atenção aos formatos e posicionamentos O formato das louças sanitárias também influencia no
Fonte: IG-SP
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Jornal do Meio 733 Sexta 28 • Fevereiro • 2014
por Shel Almeida
Mesmo sendo conhecido como o país do carnaval, o Brasil não atrai todos os brasileiros para a folia. Muita gente não gosta de samba, não gosta de desfiles ou blocos de carnaval, ou não gosta da agitação que toma conta das cidades nessa época do ano. Em geral, essas pessoas buscam alternativas mais leves e sossegadas para o feriado, como viagens e passeios com a família ou mesmo ficar em casa e aproveitar para colocar a leitura ou qualquer outra atividade em dia. É nessa época do ano, também, que as igrejas normalmente aproveitam para promover retiros para os fiéis, em especial os jovens. Para saber como funcionam e qual a proposta dos retiros, o Jornal do Meio conversou com alguns líderes religiosos da cidade. A Pastora Tânia Laface Abreu e o marido, Pastor Marcos Antônio Abreu, da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil da Vila Garcia, o Pastor Josias Falcão da Igreja Adventista do Sétima Dia e o Padre Orestes de Oliveira Preto, da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, no Parque dos Estados, além de explicarem sobre os retiros, contam como cada congregação vê o carnaval e como isso afeta a vida dos fiéis.
Meditação e comunhão
um momento social, de lazer e recreação, mas que algumas vezes vai além do que é normal, com o uso drogas e bebidas. No carnaval as pessoas se libertam do que não podem fazer no resto do ano. A nossa filosofia é contrária do que se realiza, não só pelo exagero, mas pelo uso mesmo. Temos que nos abster e nos afastar”, fala Pastor Josias, da Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Os próprios jovens da nossa Igreja veem que não é ambiente para eles. E o retiro, que chamamos de Acampamento de Verão, é um refúgio para a comunidade, em que criamos condições e alternativas para que o jovem se retire do ambiente facilitador. É um período de aprendizado e meditação. Mas também criamos uma programação interativa, com gincanas, em que todos são envolvidos nas atividades. É o momento máximo de relacionamento com a comunidade, onde podemos passar a ideia bíblica principal, zelar pela parte espiritual, alicerçar melhor o que aprendemos e ensinamos, é estreitamento de uma aliança com Deus e a comunidade, um momento de convívio”, fala. Para atrair os jovens à Igreja, Pastor Josias explica que é preciso criar ações que contemplem cada idade, com projetos que atinjam cada um diretamente. “Nossa comunidade tem programas específicos para cada faixa etária, desde as crianças menores. Para os jovens temos os cultos e eventos específicos, como intercâmbios entre congregações de outras cidades. A música na nossa Igreja também é um ponto forte, que atrai, com conjuntos e corais formados por jovens. O jovem quer desafio e tentamos criar opções para que façam coisas que se tornem relevantes. Eles precisam de atenção maior porque têm muitos questionamentos, querem provar de tudo. Precisamos ajudá-los no sentido de serem criativos e direcionar essa energia que eles têm de sobra”, analisa.
“O carnaval é bom enquanto expansão cultural, mas tem se perdido nesse sentido. Nessa época o que se vê é aumento da criminalidade, do consumo de álcool, de acidentes de carro e aumento do uso das drogas ilícitas. Os jovens ficam perdidos, não entendem a que se destina o carnaval. Não é mais uma coisa cultural, é a festa da carne, como diz o nome, que se afastar do que é transcendente. É a desumanização da humanidade, em que se passa o ano todo reprimindo para se soltar no carnaval”, analisa o Pastor Marcos. “O nosso retiro acaba sendo, também, uma maneira de se separar da festa mundana. A proposta para quem participa é a de buscar a Deus, em um momento de meditação e comunhão. O retiro abrange Para o Padre Orestes, é possível conciliar todas as idades, mas o foco acaba sendo a vida na Igreja com a vida fora dela. “O maior nos adolescentes e jovens, porque Carnaval é uma festa popular. Podendo estão em formação, aprendendo sobre o participar de forma mais saudável, dá pra que é a vida. Eles encaram o retiro com conciliar. Temos a nossa espiritualidade e bastante expectativa. Não é obrigatório, temos a vida social, O mundo todo é de só participa quem está a fim, mas todos Deus e a Igreja está inserida nesse munna igreja respondem com bastante satis- do, não tem como fugir disso, fugir de si fação. O retiro não é apenas um momento mesmo. E também não dá pra comparar religioso, mas também um momento para carnaval e Igreja, colocar no mesmo pase agregar valores. O que percebo é que tamar, porque são valores diferentes. Às os jovens que participam não sentem vezes um ou outro jovem chega carregado necessidade de ir ao carnaval, porque de informações que lhe dizem que tudo é os momentos de louvor já os suprem. pecado. Mas não adianta você querer ser Aconteceu algumas vezes de acolhermos bom numa ilha deserta. É preciso aprender jovens que não são da nossa Igreja, que a lidar com esses dramas, perceber que estão passando por uma fase difícil da você é o diferencial. Não é possível fazer vida e pedem para vir junto com o amigo, uma cisão do mundo, os valores precisam que é da congregação. O retiro é aberto a transparecer. Os jovens estão suscetíveis quem quiser participar e acompanhar a a muitas propostas, que podem ser um proposta”, fala Pastora Tânia. perigo se não tiverem um projeto de vida. Entre as atividades do retiro promovido A juventude tem seus sonhos, tem seus pela Igreja de Deus Pentecostal do Brasil projetos, tem qualidades e potenciais. da Vila Garcia, estão os estudos bíblicos, Eu costumo dizer que o jovem é uma flor atividades recreativas e indefesa, porque muitas programas como cinema A juventude tem seus sonhos, vezes não tem ninguém gospel e debates sobre o instrua. O jovem tem seus projetos, tem que assuntos atuais. “Também precisa de apoio para usar temos períodos de oração qualidades e potenciais. O a energia para investir em pelo país, pela cidade e jovem precisa de apoio para algo certo. Nos retiros tepelas autoridades consmomentos de oração usar a energia para investir mos tituídas. Levamos jornais e também momentos para para podermos debater o em algo certo falar sobre afetividade país socialmente, economie sexualidade. Vamos Padre Orestes camente e politicamente, receber a visita de uma assim conseguimos ensipsicóloga e uma sexóloga, nar o jovem a pensar. O que explicamos é pra que eles possam se abrir, perguntar, que eles não são do mundo, mas estão no questionar, debater. Essa é a diretriz da mundo. Não queremos que sejam cristãos Pastoral da Juventude, criar espaços paalienados, que pensem que é errado se mis- ra o jovem ser jovem e ajudar a mostrar turar. Esperamos que sejam a influência que a Igreja não é “quadrada”. O pano de benéfica. Durante todo o ano temos uma fundo para o retiro é a própria Quaresma, programação de atividades voltadas para que representa a experiência de Jesus, é o encontro de fé, visando o crescimento do uma encontro consigo mesmo, para que indivíduo e do material espiritual. Nosso se possa lidar com as sombras, entender cultos são sempre voltados para a espiri- os pecados, renovar a vida espiritual. Todo tualidade. O retiro é uma continuidade do o tempo da Quaresma é um grande que trabalhamos o ano todo. Procuramos retiro”, explica. ser uma Igreja que caminha junto com a comunidade. A juventude de hoje quer Para saber mais mudança e tem potencial para fazer isso. Igreja de Deus Pentecostal do Brasil: O que tentamos é dar uma opção aos www.idpbvilagarcia.com/ jovens”, explica. Igreja Adventista do Sétimo Dia: www. iasdbp.com.br/ Paróquia Nossa Senhora da Esperança: “Vejo o carnaval como um momento da www.paroquianossasenhoradaesperanca. história, do povo, uma tradição em que webnode.com.br as pessoas se reúnem para extravasar,
Pastora Tânia e Pastor Marcos, da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil. “A proposta do retiro é a de buscar a Deus, em um momento de meditação e comunhão”.
Encontro consigo mesmo
Pastos Josias, da Igreja Adventista do Sétima Dia. “Criamos condições para que o jovem se retire do ambiente facilitador. É um período de aprendizado e meditação”.
Refúgio para a comunidade
Para o Padre Orestes o jovem é uma flor indefesa, porque muitas vezes não tem ninguém que o instrua.
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Reflexão e Práxis
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O Carnaval por pedro marcelo galasso
Julgar se as pessoas podem ou não
descumprir todas as regras, algo praticado,
que participam hoje desta grande festa.
aqui todos os que participam da festa.
gostar do carnaval ou se o carnaval
habitualmente, somente pelas classes mais
Consolidando as ideias acima deve ser
Estranho, entretanto, é que o Estado abra
é uma festa alienante e que cumpre
abastadas para as quais o cumprimento
observada a estética do exagero presente
mão de suas atribuições e permita que
a função de ocultar ou mascarar nossa
das leis é um mero detalhe usado segundo
na dimensão da festa, nas roupas, nos
suas leis sejam postas de lado e aberta-
realidade social é sempre difícil e, porque
as vontades e sua conveniência.
comportamentos, nas bebidas e no sexo.
mente desrespeitadas. Imaginem como
não, injusto já que a escolha na participação
Além disso, fica no ar uma ideia correlata,
O perigo social desta prática estética é
seria fácil conter os foliões que irão abusar
desta festa é pessoal e muito subjetiva.
a permissividade. Tudo podemos e tudo
que ela vem carregada de irresponsabili-
do consumo de bebida alcoólica e, ainda
Entretanto, as considerações sociais e po-
devemos no carnaval, pois poder fazer
dade disfarçada sob o mantra – nada irá
assim, vão conduzir seus automóveis; ou
líticas sobre a festa podem ser enumeradas
tudo que queremos é sedutor e um desejo
acontecer comigo – e que pesa sobre o
como seria fácil prender os foliões que
e tratadas de forma objetiva. É evidente
inerente a todos nós, ainda mais quando a
Estado, pois é este que arca com todas as
portarão drogas; ou prever os locais mais
que a maior festa popular brasileira e
permissividade vem acompanhada do perdão
despesas geradas pelo excesso de bebidas
visados pelos ladrões. Não deveria o Es-
uma das definidoras de nossa identidade
tipicamente religioso, ou seja, pequemos,
alcoólicas, pelos acidentes de automóveis,
tado se ocupar destas questões ou deve
cultural, abre um campo de discussões
abusemos, façamos tudo o que queremos
pelas mortes resultado de roubos ou atos
ele também abraçar o desregramento, a
infindáveis, fruto de posições diversas e
já que seremos perdoados, desde que nos
de violência gratuita, dentre outras conse-
permissividade ou a lógica do tudo posso
que alimentam cada vez mais as leituras
arrependemos na quarta-feira.
quências sociais. E antes que esta posição
e ainda assim serei perdoado?
possíveis sobre a função social e política
Curioso pensar que uma festa de origem
seja condenada com antecedência, os
Importante é lembrar o seguinte – o quão
do carnaval.
pagã, sobre a qual temos milhares de versões,
números fornecidos pelo próprio Estado
popular ainda é a festa? O quão popular e
O carnaval traz consigo uma ideia de des-
que era utilizada, por exemplo, como um
justificam tal leitura. E, para os amantes
acessível ainda é o carnaval?
regramento, ou seja, a ideia de que não há
momento caracterizado pelo descumpri-
e defensores da festa, podemos citar o in-
E assim fica a pergunta – a sociedade bra-
o que respeitar nos quatro dias de festa.
mento das leis medievais e para ofender a
certo incremento da economia em algumas
sileira tudo pode e tudo deve no carnaval?
Esta visão deve ser contextualizada com
todas as autoridades, fossem elas terrenas
regiões nos dias de festa.
nossa realidade cotidiana e marcada por
ou religiosas, carregue consigo o perdão
Caberia ao Estado que arca com estes
Pedro Marcelo Galasso - cientista po-
injustiças que seriam esquecidas pelo aban-
religioso cristão elevado a possibilidade
gastos manter a ordem e a unidade, bem
lítico, professor e escritor. E-mail:
dono das regras ou pela possibilidade de
de redenção absoluta de todos aqueles
como a segurança de todos, incluindo
p.m.galasso@gmail.com
Casos e Causos
Juro que é verdade por Marcus Valle
JURO QUE É VERDADE XCV
Claudio Moreno era o radialista e me apresentou o pessoal da “Parada” no estúdio,
Marcelo Perrone Ribeiro é produtor rural, ministrou vários cursos sobre
dizendo a eles que eu era o mais votado.
agricultura e é Secretário dos Agronegócios de Bragança Paulista. Semanas
Eles começaram a me pedir para arrumar som, segurança e um caminhão da Pre-
atrás nos andávamos de bicicleta e paramos para colher e comer frutas de uma
feitura, para a Parada Gay.
goiabeira. Eram goiabas brancas. Nisso me ocorreu tirar uma dúvida que sempre
Eu disse a eles, justo quando a moça da rádio trazia o café:
tive, e ele me pareceu ser a pessoa correta para esclarecer. Perguntei: CHEGANDO
CALMA, EU AINDA NÃO ASSUMI, GENTE.
NUMA GOIABEIRA, COMO É QUE EU
Vi que a moça arregalou os olhos e achei melhor explicar:
SABEREI SE É DE FRUTA BRANCA OU VERMELHA?
NÃO ASSUMI O MANDATO DONA... O MANDATO!!!!
A resposta dele foi muito esclarecedora: VOCÊ ABRE A GOIABA E VÊ
JURO QUE É VERDADE XCVIII Outro dia telefonei no escritório da Dra. Sabrina Oliveira, que foi minha aluna, para
JURO QUE É VERDADE XCVI
que ela me desse uma orientação de Direito Trabalhista, que é sua área de atuação.
Uma moça me procurou para acompanhá-la no fórum local. Fazia uns quinze anos
Eu estava ansioso e embora a conheça bem, eu a chamei de Samanta ao invés de
que eu não a via, mas a reconheci imediatamente, pois ela permanecia bonita,
Sabrina, e ela me corrigiu. Dai para justificar, eu disse que o nome Samanta ficou
embora um pouco mais encorpada. Aliás, ressalte-se, era considerada uma das
na minha cabeça por causa do filme A Feiticeira, que é famoso. Dai ela riu, e me
mais lindas da cidade, e, portanto era inesquecível. Quando chegamos ao fórum,
lembrou que era o dia das Bruxas. Distraído respondi: É MESMO.....PARABÉNS.
nos encontramos com um médico, Dr. Arnaldo, que prontamente a reconheceu, e
Ainda bem que ela sabe que eu sou atrapalhado, quando estou ansioso.
a cumprimentou efusivamente. Ela contou que havia se casado, mudado de Bragança, mas que agora estava de volta. Ele ressaltou que ela continuava bonita, o
JURO QUE É VERDADE XCIX
que era verdade, e quis completar o elogio: - VOCÊ GRÁVIDA FICA AINDA MAIS
Um conhecido resolveu inovar em seu aniversário e combinou com vários casais de
BONITA......SÓ QUE NÃO PODE TER PREOCUPAÇÕES...
amigos, que a comemoração seria numa casa noturna de encontros, que antigamente
Ela respondeu como um raio: EU NÃO ESTOU GRÁVIDA
a gente chamava de ZONA. Vários casais toparam o convite, e foram até o local, que funcionava normalmente. O grupo ficou junto numa grande mesa, e as mulheres só
JURO QUE É VERDADE XCVII
iam ao banheiro acompanhadas pelos maridos, ou em grupo, para evitar confusão com
Quando em Bragança foi anunciada A 1ª Parada Gay em 2008, houve injusta resistência.
os clientes normais da casa. Uma delas, passou em frente a dois fregueses da casa, e
Os organizadores foram à rádio FM para anunciar o evento. No mesmo dia eu fui
um deles falou pro outro: PARA ESSA AI EU PAGO ATÉ R$ 250,00.
convidado para ir a rádio, já que eu tinha sido o candidato mais votado. Eu não
Segundo pesquisa que fiz junto a frequentadores desses locais......... para Bra-
era vereador, e fui eleito para assumir em Janeiro de 2009.
gança a cotação dela tá altíssima...
SPASSU da Elegância
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Noiva de Luvas Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão
O outono se aproxima e a temperatura vai caindo... Esse momento também pode ser lindo para quem é noiva e as tão cobiçadas luvas vão sair do armário e entrar em ação. As luvas além de aquecer, são também para dar mais glamour ao look de cada noiva. Com uma infinidade de modelos, elas também podem ter tecidos variados também como cetim, renda, organza, gripir, tule... A imagem 1, é uma luva longa feita de cetim com um efeito enrugado. A imagem 2, é uma luva curta feita com renda gripir. A imagem 3, é uma luva curta feita com tule francês. Porém, as luvas não são indicadas para noivas que tenham o braço muito gordinho, senão poderá chamar a atenção para algo que gostaríamos de esconder. Mande suas sugestões para nosso e-mail, spassuplazanoivas@yahoo.com. br Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontas para atendê-los.
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Honda CBR 500R, segundo modelo da linha 500, tem visual agressivo e desempenho tranquilo e suave por Eduardo Rocha/Auto Press
Ao apresentar sua nova CBR 500R, a Honda fez o que sempre faz: traçou uma trajetória e seguiu à risca. O objetivo da marca com a linha de 500 cc é estimular o mercado de motocicletas de alta cilidrada no Brasil, segmento que reúne, segundo a associação de fabricantes Abraciclo, todos os modelos acima de 450 cc e que atualmente vende em torno de 20 mil unidades por ano. No caso da versão 500R, a ideia é que seja a porta de entrada para as motos esportivas de faixa superior do mercado. Exatamente a mesma função da CB 500F – com quem divide motor, suspensão e chassi – em relação às naked. Para isso, se apoia em três características básicas: preço atraente, visual de superesportiva e um comportamento dinâmico que exige pouco de quem pilota. O modelo chega aos 2 mil pontos de venda da marca no país por R$ 25 mil na configuração básica e R$ 26.500 na equipada com ABS. Esse valor deixa a moto em um ponto intermediário na progressão entre os segmentos do mercado. Ela fica 50% mais cara que a massa dos modelos médios – em geral, de 250 ou 300 cc, que custam em torno de R$ 15 mil – e oferece o dobro da potência – a CBR 500R tem 50,4 cv. E serve de “escada” para o degrau seguinte, onde estão as esportivas de 600 ou 650 cc, que têm preços médios 50% mais altos e potência dobrada – custam perto de R$ 35 mil e têm cerca de 100 cv. O segundo ponto de atração é a estética. O visual é propositadamente inspirado na superesportiva mais forte da marca, a CBR 1000RR. Desde os faróis duplos até o desenho da carenagem em duas camadas. Basicamente, é nessa roupagem que a 500R se diferencia da 500F. Até mesmo o escape se manteve, em nome da economia de escala. Mas há ainda uma diferença importante, que é a troca do guidão inteiriço da 500F por dois semiguidões presos diretamente nas bengalas da suspensão dianteira. A condução mais esportiva, no entanto, pouco tem a ver com as capacidades mecânicas da 500R. Como qualquer veículo com uma relação peso/potência inferior a 4 kg/cv, o novo modelo da Honda acelera bem e retoma com competência. Mas a principal caraterística da motocicleta é cumprir uma função “didática” de iniciação do motociclista entre os modelos de maior cilindrada. Tanto que o potencial de ampliação de consumidores que a marca japonesa enxerga nesse nicho de entrada para a faixa superior do mercado gira em torno de 1 milhão de pessoas – incluídos aí todos os consumidores de modelos médios dos últimos cinco anos. Com a linha 500, que será completada este ano com a trail 500X, a Honda espera chegar em 30 mil unidades anuais até 2016, o que significaria 50% do mercado de alta cilindrada até lá. Dessas, 6 mil unidades anuais seriam da 500R.
Primeiras impressões
Mogi-Guaçu/SP – Para a imagem que a Honda está querendo formar para a CBR 500R, o Autódromo Velo Cittá, no interior de São Paulo, é bem adequado. Mas para o verdadeiro espírito do modelo, é um pouco exagerado. A versão esportiva da linha de 500 cc da marca japonesa não traz nenhuma mudança mecânica em relação à 500F, que a princípio é uma versão urbana. A alteração mais importante é na posição de pilotagem, proporcionada pelos semiguidões instalados diretamente nos telescópicos dianteiros. Isso faz com que o piloto fique mais inclinado para a frente, o que redistribui o peso, com maior carga na dianteira, e induz a uma “tocada” mais forte. Ainda assim, o reposicionamento não chega a ser forçado, como acontece nas esportivas. O resultado é que o modelo é confortável e cansa pouco o condutor. A potência máxima do propulsor de 471 cc e 50,4 cv aparece a 8.500 giros – relativamente cedo para uma esportiva. Isso porque, de fato, a agressividade do modelo está mais presente no visual. Essas linhas, muito bem desenhadas, vão alimentar o desejo “aspiracional” por um modelo esportivo, sem colocar em grande risco os consumidores oriundos de modelos médios, com potência bem inferior. Na dinâmica, a CBR 500R é uma moto obediente, equilibrada, suave e de reações bastante previsíveis. Uma verdadeira escola para quem pretende ingressar nos segmentos de cilindradas maiores. E, como sempre ocorre em situações de transição, é melhor fazer tudo com bastante calma.
Foto: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias
Foto: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias
Ficha Técnica
Honda CBR 500R Motor: A gasolina, quatro tempos, dois cilindros, quatro válvulas por cilindro, 471 cm³, duplo comando no cabeçote e arrefecimento líquido. Injeção eletrônica. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: 50,4 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 4,5 kgfm a 7 mil rpm Diâmetro e curso: 67,0 mm x 66,8 mm. Taxa de compressão: 10,7:1. Suspensão: Dianteira com garfo invertido telescópico com 120 mm de curso e traseira com braço oscilante Pró Link e 119 mm de curso. Pneus: 120/70 R17 na frente e 190/50 R17 atrás. Freios: Disco de 320 mm na frente e disco de 240 mm atrás. Não oferece ABS. Dimensões: 2,07 metros de comprimento total, 0,78 m de largura, 1,41 m de distância entre-eixos e 0,78 m de altura do assento. Peso seco: 181 kg (183 kg com ABS). Tanque do combustível: 15,7 litros. Produção: Manaus, Brasil. Lançamento: 2014. Foto: Caio Mattos/Honda
Foto: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias
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veículos
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Fixa o (?) West, preço do atriz dos petróleo EUA no Brasil Sistema de cor usado na TV dos EUA O Amazonas (bras.) Incolor
Asteroide que possui satélite natural
A maior do mundo é a harpia
Altar-(?), mesa da igreja Camareiro
Conjunção adversativa (Gram.)
Grupo separatista basco que depôs as armas em 2011
Delonga; atraso Acanhamento
“(?) the rocks”: o uísque com gelo
A
Cunhambebe, por sua tribo Versos
Rádio (símbolo)
Tolos (fig.) Temperamento
(?) Berners-Lee, o criador da web
O Brasil, na Copa das Confederações
I O O antigo território do Guaporé (sigla)
Cantora do grupo Tribalistas
Central Geral dos Trabalhadores (sigla) Conjunto de medidas econômicas (pl.)
Órgão que regula a pressão (?)-folhas, arterial doce em Guerreiro camadas do Japão feudal Triste, em inglês
Característico Museu carioca
O herói da Revolução Mexicana Esfera
Uso original de Guantánamo 1.000, em romanos Necrópole de faraós, nas montanhas de Tebas
O chantili, por sua consistência Arco, em francês Município de SC
Posição de largada dos carros na F1 Jazida (Geol.) Verbo de ligação
(?) drive: possui memória flash (Inform.) Sóror (síncope) Outorga; concede
Vantagem; conveniência
Participo da caminhada Meio de propagação do vírus da gripe
Sereia do folclore brasileiro
Aluguel • Prédio Comercial Centro – A/C 1.200m ² – R$ 30.000,00 Excelente para agência bancária (35 vagas de estacionamento ) Venda • Casa Euroville – Alto padrão – R$ 950.000,00 Aceita imóvel -valor • Casa Ros. de Fátima – Alto padrão – R$ 2.100.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. América - Alto padrão – R$ 750.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. Primavera – R$ 350.000.00 • Apartamento D. Pedro I (Taboão) – R$ 530.000,00 • Apartamento Jd. Nova Bragança – R$ 320.000,00 Oportunidade
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Jogos que você já conhece em um
1
A A V E R B M A R
BANCO
Érbio (símbolo) “(?) em Teto de Zinco Quente”, peça de Tennessee Williams
C R E M O S O
Número um – Técnico do Chelsea, o português José Mourinho conseguiu deixar seus jogadores cheios de inveja. Mourinho será a primeira pessoa do Reino Unido a
Menos dois – Responsável por toda a gama importada da Hyundai no Brasil, o grupo Caoa anunciou que suspendeu, ao menos temporariamente, a vinda do Veloster para o país. O motivo da paralisação é a grande oscilação nas vendas do modelo. De fato, para o visual arrojado e imponente que tem o cupê, seu motor 1.6 litro, de apenas 128 cv – o mesmo do HB20 – soa inadequado e é alvo frequente de críticas dos consumidores. Outro veículo riscado da lista de importações é o sedã Sonata, que ficou sem mercado por aqui diante das vendas mais expressivas dos também três volumes Elantra e Azera – posicionados abaixo e acima do Sonata, respectivamente.
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A A N T S P I N M O A S I O O N T E C G T A R I T A T A G A P R R E I A N D
Último suspiro – Às vésperas de ter sua produção encerrada na fábrica em São Bernardo do Campo, São Paulo, o Volkswagen Polo já pode ser encontrado com descontos significativos em diversas concessionárias da marca alemã. Sua versão de entrada com motor 1.6 litro, que na tabela custa R$ 49.150, chega a sair das lojas por quase R$ 5 mil a menos, na faixa dos R$ 44.500. Para substituí-lo, a montadora alemã promoverá uma reestilização no Fox ainda este ano, que inclui nova traseira e lista de equipamentos, além da opção de motor 1.6 16V de 120 cv.
Transmissão de novidade – O Chery Tiggo quebra um jejum no Brasil: é o primeiro chinês com transmissão automática comercializado no país. O utilitário já se encontra à venda por R$ 56.990. Mas esse valor se aplica apenas às unidades fabricadas em 2013 e, portanto, livres do aumento do IPI. Por enquanto, a marca não confirma o preço dos modelos produzidos em 2014, mas a configuração nova, de quatro marchas, ficou R$ 5 mil mais cara que a versão manual, de cinco, que é vendida por R$ 51.990. Ambas trazem o motor 2.0 litros 16V a gasolina de 135 cv. Apesar da comercialização já estar ocorrendo, o Tiggo automático será apresentado de forma oficial no mês que vem.
A cor do luto, no Declarar Ocidente em nota, à margem de um registro Peça musical como “La Donna è Mobile”
P M R I A E D E R A T A I C A M O R T A M O R I S A M I M R O M I L A D T P S E M I L Z A P A B M I N O S C O L E D O S A R A
Anti-Civic – A nova geração do Toyota Corolla será apresentada no Brasil nos próximos dias 11 e 12 de março. O três volumes já começou a ser produzido em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e será praticamente idêntico à versão europeia, sem os traços esportivos da configuração americana. O carro ganhou oito centímetros em comprimento e 1,5 cm em largura, além de 10 cm a mais no entre-eixos que o modelo atual. Os motores continuam sendo o 1.8 litro com 144 cv e o 2.0 litros de 153 cv. A novidade é a introdução de uma nova transmissão automática do tipo CVT, que irá simular sete velocidades.
Libera geral – Se hoje o mercado chinês já é difícil para suas fabricantes nativas, a situação deve piorar ainda mais em breve. O governo pretende liberar fábricas estrangeiras para atuarem livremente no país, sem a necessidade de um sócio chinês com 50% de participação de capital – condição imposta atualmente. Se for mesmo instituída, essa medida pode fazer com que boa parte das marcas 100% nacionais se retirem da China. As que permanecerem precisarão investir mais em qualidade, marketing e redes de concessionárias.
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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S B A M U R V A I
Passou para trás – A Renault inovou no projeto da nova geração do compacto Twingo ao colocar motor e tração na parte traseira do veículo. No entanto, essa não é uma ideia pioneira. A Fiat já usou a mesma tática em seus modelos 500 e 600 e a Volkswagen, no Fusca e no primeiro conceito do Up, de 2007 – mas não foi viável para a produção em massa do compacto lançado este mês no Brasil. Até agora, a Renault ainda não informou os detalhes técnicos do novo Twingo, como suas medidas, motorização e capacidade de carga.
possuir o novo e cobiçado Jaguar F-Type Coupé, apresentado simultaneamente nos salões de Tóquio e Los Angeles. Isso porque o treinador do clube inglês foi nomeado embaixador global do modelo e, com isso, será presenteado com a versão topo de linha, que vale 85 mil libras esterlinas cerca de R$ 341 mil. O cupê “top” traz um motor V8 5.0 litros de 550 cv debaixo do capô. De qualquer forma, Mourinho vai ter de esperar um pouco para poder se gabar a bordo do carro. Isso porque só receberá o “possante” em meados de março.
2/on. 3/arc — ida — pen — sad — tim. 4/grid. 11/base militar.
Pensando pequeno – A Peugeot apresentou a nova geração do subcompacto 108. O carro parece uma miniatura do hatch médio 308 e, na versão Top Convertible, ganha teto retrátil com capota de tecido, com 76 cm de comprimento e 80 cm de largura. O “carrinho” tem luzes diurnas e faróis com leds e deve ser equipado com os motores 1.0 de três cilindros de 68 cv e o 1.2 de 82 cv, em versões com transmissão automática e manual.
veículos eículos
Jornal do Meio 733 Sexta 28 • Fevereiro • 2014
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Para frente por AUGUSTO PALADINO/autopress
Primeiro BMW de tração dianteira, o Série 2 Active Tourer foi revelado oficialmente pela marca alemã pouco antes da sua estreia, agendada para o Salão de Genebra, na Suíça, que acontece em março. A minivan será lançada na versão de cinco e sete lugares e não se parece em nada com o cupê de tração traseira Série 2. Sua plataforma é a mesma da nova geração do Mini, mas o Active Tourer é maior, com 4,34 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,55 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. Na versão 218i, o motor será um 1.5 litro de três cilindros, capaz de gerar 138 cv. Já para a 225i, a escolha é pelo 2.0 litros turbo de 170 cv.
Foto: Divulgação
BMW Série 2 Tourer
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veículos
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Foto: Márcio Maio/Carta Z Notícias
Hyundai apresenta a linha 2014 do hatch i30 e do sedã Elantra e o novo SUV Grand Santa Fe por Márcio Maio/Auto Press
A Hyundai descobriu o Brasil – e, aparentemente, o brasileiro descobriu a Hyundai. O desempenho da marca coreana no mercado nacional é de preocupar a concorrência. Se em 2007 sua participação se resumia a apenas 1%, esse percentual chegou a 6% em 2013, somente um ano depois da inauguração de sua fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo. Na primeira quinzena de fevereiro, passou a Renault e ficou em quinto lugar, com 7.955 unidades e 7% de participação. É claro que essa explosão nas vendas se justifica, principalmente, pela linha HB20, que fechou o ano passado como o sétimo carro mais vendido por aqui. Mas os importados também não fazem feio. Em 2013, foram comercializados 213 mil carros da marca, 56 mil deles importados pela distribuidora Caoa – que também produz, na cidade goiana de Anapólis, os SUVs ix35 e Tucson e os “caminhõezinhos” HR e HD78. Para impulsionar ainda mais esses números, acaba de chegar ao Brasil a linha 2014 do i30 e do Elantra. E também o novo Grand Santa Fe, apontado pela Hyundai como substituto do utilitário esportivo Vera Cruz, que era o maior da marca. No hatch i30, a principal mudança está no novo motor 1.8 litro, com 150 cv e 18,2 kgfm de torque a 4.700 rpm. O propulsor é mais potente que a versão anterior, de 2.0 litros, que atingia 5 cv a menos e torque de 19,0 kgfm a 4.600 rpm. Além de menor, a unidade de força é mais leve graças ao bloco de alumínio, o que ajuda a reduzir o consumo de gasolina. O trem de força é completado pela transmissão automática de seis marchas, que permite trocas manuais para uma direção mais esportiva – e que está presente nos três lançamentos da marca. A direção elétrica do i30 – assim como do novo Grand Santa Fe – conta com três ajustes para que o motorista selecione o ideal. O Comfort é indicado para uso na cidade, o Normal, para percursos mistos, e o Sport, para tráfego rodoviário – esse último é recomendado também para uma direção esportiva. Já o sedã Elantra continua com o mesmo 2.0 flex trazido para o Brasil no início do ano passado, que desenvolve 178 cv e tem torque máximo em 21,5 kgfm. As mudanças na nova linha foram principalmente no design, mas bem sutis. O para-choque ganhou nova grade e faróis de neblina com moldura em “L” e na cor preta. Frisos cromados na parte inferior dos vidros laterais dão mais requinte ao perfil do carro, que traz uma nova roda de liga leve em alumínio, com 16 polegadas. No interior, destaque para a tela multifuncional de sete polegadas sensível ao toque e com câmara de ré – presente também no i30. Quem opta pela cor branca pode ainda escolher o acabamento interno em bege, que cria uma atmosfera mais sofisticada para o habitáculo. As famílias grandes são o foco do novo utilitário esportivo Grand Santa Fe. Com 22,5 cm a mais no comprimento total, o modelo ganhou 10 cm no entre-eixos se comparado ao Santa Fe “convencional”. O objetivo é ampliar o conforto dos ocupantes, principalmente da última fileira. Além disso, os assentos traseiros são rebatíveis total ou parcialmente e possibilitam o transporte de objetos mais longos, como pranchas de surfe e tacos de golfe, mesmo com cinco passageiros. O ar condicionado é dual zone e tem saídas de ar laterais para beneficiar os ocupantes de trás. Esteticamente, além
do tamanho, a grade dianteira com quatro barras horizontais dá um ar mais imponente ao carro. O motor dos dois modelos é o mesmo 3.3 litros V6 de 270 cv e 32,4 kgfm de torque. Já o sistema multimídia do novo SUV ganha na versão Grand uma tela maior, de oito polegadas, com Bluetooth, CD, GPS e câmera traseira. Na disputa por mercado, a concorrência é grande sobre o hatch médio. Principalmente pelo preço. O i30 parte de R$ 71.900 e ultrapassa os R$ 90 mil em sua configuração 1.8 Top. Tem como principais rivais o novo Volkswagen Golf, o Chevrolet Cruze Sport6, o Citroën C4, o Peugeot 308 e, principalmente, o Ford Focus, que na versão SE 2.0 PowerShift com ar condicionado digital sai por R$ 73.990, com 178 cv. Já o Elantra, que custa R$ 83.400, tem preço que se equipara às versões de topo do Chevrolet Cruze, que sai por R$ 85.890 e entrega apenas 144 cv com seu motor 1.8 litro, do Honda Civic, que atinge 155 cv com o propulsor 2.0, do Renault Fluence, que em sua versão de topo GT 2.0 Turbo entrega 180 cv com 30,6 kgfm de torque e custa R$ 87.299, e do Citroën C4 Lounge Turbo THP 165 cv, oferecido por R$ 80.490. O Grand Santa Fe, vendido por R$ 187 mil, está R$ 23 mil mais caro que o Santa Fe de sete lugares, que sai por R$ 164 mil. Como a principal mudança entre os dois está na diferença no comprimento, é possível que um acabe se tornando rival do outro. Outro concorrente forte é o Chevrolet TrailBlazer 3.6 V6 a gasolina, que desenvolve 239 cv e tem seu preço iniciado em R$ 142.990. O SUV da Chevrolet tem um entre-eixos quatro centímetros maior que o da Grand Santa Fe.
Já no que diz respeito ao seu motor, a história é outra. O 2.0 flex entrega 178 cv e mostra sua força já a partir da primeira acelerada. Nas retas, sua potência evidente dificulta a vontade de controlar o peso nos pés. Se antes o modelo pecava por ser barulhento, agora o ruído não chega a se destacar e as vibrações do propulsor são praticamente imperceptíveis. Um ponto que desfavorece o sedã em comparação ao i30 é seu comportamento nas curvas em alta velocidade. Apesar de contar com controle eletrônico de estabilidade de série, o carro não se mostra tão equilibrado quando o hatch. Mas nada que chegue a comprometer o veículo – que, na verdade, não foi planejado para uma direção mais esportiva e sim para priorizar o conforto de seus ocupantes. E isso ele faz com eficiência. Hyundai Grand Santa Fe 3.3 V6 A demanda para os SUVs no mercado nacional é cada vez mais crescente. E o Grand Santa Fe se destaca pelo espaço interno e, mesmo esbanjando luxo, a praticidade evidente. Suspender a terceira fileira de
assentos é tão simples quando guardá-la para ampliar o porta-malas – que possui a capacidade de 383 litros mesmo com todos os bancos levantados. O espaço para os ocupantes dos últimos lugares é semelhante ao do Vera Cruz. Os dois modelos têm, inclusive, uma diferença de apenas meio centímetro no entre-eixos, maior no modelo substituído. Os bancos dianteiros são largos e, além do ajuste elétrico, têm duas memórias disponíveis para o motorista. Aliado à coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, torna muito fácil encontrar uma posição confortável para viagens mais longas. Chama atenção também a cor do couro utilizado, um marrom avermelhado. O carro ainda conta com aquecimento dos bancos dianteiros, mas esse é um ponto que só os consumidores de regiões mais frias do Brasil conseguirão usufruir. Para puxar as quase duas toneladas do Grand Santa Fe, o motor é o mesmo 3.3 litros V6 270 cv do Santa Fe convencional. O desempenho é animador e as trocas das seis marchas são precisas, sem se Foto: divulgação
Primeiras impressões
Hyundai i30 1.8 Top Basta abrir a porta do novo i30 1.8 Top para perceber a preocupação com acabamento e conforto da fabricante coreana no hatch médio. E apesar de se tratar de um carro com diversos recursos e, por isso, muitos botões na cabine, tudo se mostra de fácil uso e acesso, bem à mão do motorista. Desde o ajuste totalmente elétrico dos bancos dianteiros e dos espelhos retrovisores externos à regulagem de altura do volante, tudo favorece a vida de quem pilota. E pilotar parece mesmo ser o verbo certo para ser aplicado ao i30. As respostas do novo motor 1.8 às pisadas no acelerador são bem satisfatórias e dão um comportamento esportivo ao veículo. Isso apesar do isolamento acústico, que permite que se ouça muito pouco do ronco do propulsor quando se está no interior. A transmissão automática é feita de forma precisa. Mas o bom desempenho do novo motor instiga o motorista até a abrir mão desse conforto para experimentar a opção de trocas manuais, feitas facilmente a partir da alavanca. E é nesse momento de direção mais esportiva que o i30 se mostra um carro firme e bem “fincado” ao chão. Mesmo nas manobras mais fechadas e em velocidade alta – o teste foi realizado em um circuito delimitado por cones e cheio de curvas –, o hatch esbanja segurança e credibilidade. Hyundai Elantra 2.0 Flex O interior do Elantra é bem próximo do i30, mas passa a impressão de um acabamento mais simples e não tão agradável ao tato. A posição de dirigir dos dois carros é bem similar, se não igual. E a visibilidade é comparável à de outros sedãs médios, sem grandes peculiaridades.
Foto: divulgação
veículos eículos alongar demais. Mas o utilitário esportivo perde um pouco a aderência nas curvas mais fechadas e em velocidade ligeiramente alta.
Fichas técnicas
Hyundai i30 1.8 Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1797 cm³, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 150 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 18,2 kgfm a 4.700 rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: Não divulgado. Velocidade máxima: Não divulgado. Diâmetro e curso: Não divulgado. Taxa de compressão: Não divulgado. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores pressurizados a gás de dupla ação. Traseira por eixo de torção, com molas helicoidais e amortecedores a gás de dupla ação. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 225/45 R17. Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Hatch médio em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,30 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,5 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série. Peso: 1.250 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 378 litros. Tanque de combustível: 53 litros. Produção: Ulsan, na Coreia do Sul. Lançamento mundial: 2007. Lançamento no Brasil: 2009. Itens de série: Airbags frontais, freios ABS, rodas de liga leve 17 polegadas, direção elétrica, computador de bordo com sete funções, sistema de navegação com tela sensível ao toque de sete polegadas com rádio, MP3, DVD, Bluetooth e comandos no volante, piloto automático, sensor de estacionamento traseiro com câmera de ré, sensor de chuva, alarme e vidro anti-esmagamento do motorista. Preços: Entre R$ 71.900 e R$ 92 mil. Hyundai Elantra 2.0 Flex Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1999 cm³, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Jornal do Meio 733 Sexta 28 • Fevereiro • 2014 Potência máxima: 178 cv com etanol e 169 cv com gasolina a 6.200 rpm. Torque máximo: 21,5 com etanol e 20,0 com gasolina a 4.700 rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: Não divulgado. Velocidade máxima: Não divulgado. Diâmetro e curso: Não divulgado. Taxa de compressão: Não divulgado. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores a gás de dupla ação. Traseira semi-independente por eixo de torção, com molas helicoidais e amortecedores a gás de dupla ação. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 205/60 R16. Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Três volumes com quatro portas e cinco lugares. 4,53 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,44 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série. Peso: 1.194 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 420 litros. Tanque de combustível: 56 litros. Produção: Ulsan, na Coreia do Sul. Lançamento mundial: 1990. Itens de série: Airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS, rodas de liga leve de 16 polegadas, direção elétrica, ar con-
dicionado digital dual zone, computador de bordo com quatro funções, sistema de navegação com tela sensível ao toque de sete polegadas com rádio, MP3, DVD, Bluetooth, câmera de ré e comandos no volante, piloto automático, bancos em couro, auxílio de frenagem de urgência, sensor de estacionamento, sensor de chuva, alarme e vidro anti-esmagamento do motorista. Preços: A partir de R$ 83.400. Hyundai Grand Santa Fe 3.3 V6 Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 3342 cm³, com quatro cilindros em linha e 24 válvulas. Injeção eletrônica multiponto e acelerador com controle eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma atrás. Possui controle de tração. Tração integral sob demanda. Potência máxima: 270 cv a 6.400 rpm. Torque máximo: 32,4 kgfm a 5.300 rpm. Taxa de compressão: 10,6:1 Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores pressurizados a gás de dupla ação. Traseira independente, do tipo Multi-Link com molas helicoidais e amortecedores pressurizados a gás de dupla ação. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série. Pneus: 235/60 R18.
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Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Utilitário esportivo com quatro portas e sete lugares. Com 4,91 m de comprimento, 1,88 m de largura, 1,69 m de altura e 2,80 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série. Peso de marcha: 1.832 kg. Ângulo de ataque: 17,1º. Ângulo de saída: 20,5º. Capacidade do porta-malas: de 383 a 2.265 litros. Tanque de combustível: 71 litros. Produção: Ulsan, na Coreia do Sul. Lançamento: 2013. Lançamento no Brasil: 2014. Itens de série: Airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS,rodas de liga leve de 18 polegadas, direção elétrica, ar condicionado digital, computador de bordo, sistema de navegação com tela sensível ao toque de oito polegadas com rádio, MP3, DVD, Bluetooth, câmera de ré e comandos no volante, piloto automático, bancos em couro, bancos dianteiros com ajuste elétrico (duas memórias de posição para o motorista), auxílio de frenagem de urgência, sensor de estacionamento, sensor de chuva, alarme e vidro anti-esmagamento do motorista. Preço: R$ 187 mil. Foto: divulgação
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