825 Edição 11.12.2015

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Braganรงa Paulista

Sexta

4 Dezembro 2015

Nยบ 825 - ano XIV jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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Para pensar

Jornal do Meio 825 Sexta 4 • Dezembro • 2015

Refletindo sobre as indulgências por Mons. Giovanni Baresse

Costuma-se dizer (brincando) que o grande “azar” do cristianismo foi ter sido tornado religião oficial do Império Romano. O imperador Constantino, no início do século IV, assim determinou. A Igreja deixou de ser perseguida. Apoiada nas estruturas do Império começou a organizar-se. E ninguém desconhece: a sua extraordinária força de avanço e de estruturação capilar teve a experiência prática da organização imperial. Consequência prática: para ser agradável ao imperador era importante converter-se à “nova religião”. E muitos dos potentados, nobres, senhores de terra, etc. “converteram-se” porque as circunstâncias assim o exigiam. Não é difícil entender porque cada região, cada cidade, cada reino queria ter um santo. E, naturalmente, as suas relíquias. Isso seria garantia de prestígio e... poder. Daí, a proliferação de relíquias. E não é preciso fazer grande análise para perceber que, naqueles tempos, não era tão fácil garantir a veracidade de tudo o que se afirmava. Convém recordar sempre que a análise histórica exige, para ser etica-

mente correta, que tenhamos em mente os parâmetros das diferentes épocas. Não para justificar o que aconteceu. É para poder compreender porque aconteceu. Feitas estas observações, passo a segunda vertente que originou o surgimento das indulgências: a práxis penitencial da Igreja. Os primeiros cristãos logo se confrontaram com as questões dos desvios pessoais em relação à fé que professavam e para a qual se tinham convertido. O que acontecia àquele que pecava? Converter-se a Cristo, fazer parte da Igreja e agir contrário à fé era gravíssimo! Haveria perdão? O que o pecador deveria fazer? A história da evolução do Sacramento da Penitência é interessantíssima. Existiram tendências de todo tipo. Desde as que achavam que tendo pecado não havia nenhum jeito na terra de obter o perdão até os que propunham as mais variadas atitudes penitencias. Que podiam durar anos. A pessoa era afastada do convívio eclesial e depois, tendo dado provas de arrependimento e conversão, passando por rito penitencial público, era reintegrada. Com o passar do tempo começou a

surgir a prática de comutar penas temporais longas por alguma prática que abreviasse o tempo, mas não perdesse a característica do rigor da penitência a ser feita. Daí surge o que costumamos chamar de “penitência tarifada”, isto é, estabelecia-se para determinado pecado uma prática que substituiria o prazo em que o pecador deveria ficar afastado da comunidade. De tal modo que não havia afastamento, mas a pessoa devia cumprir a penalidade imposta (romarias, jejuns, esmolas, orações). É neste contexto que, nos primórdios do século XI, começam a surgir os primeiros testemunhos sobre as indulgências. Diante de um pecado cometido e que acarretaria uma determinada penalidade, a pessoa poderia fazer determinada ação que compensaria o rigor daquilo que seria imposto. Façamos um exemplo: um adúltero deveria passar vinte anos afastado da Igreja, fazendo penitência pública. Para que ele não corresse o risco que nos vinte anos afastado a situação ficasse ainda pior, o afastamento era transformado em fazer uma romaria até um grande santuário. Lá seria sub-

metido ao ritual penitencial, receberia a comunhão, e sairia perdoado (claro está que não estão excluídas as providências a serem tomadas em relação a possíveis danos causados). Convém lembrar que a confissão perdoava (e perdoa) o delito, mas, com o disse no artigo anterior, o pecador fica com o dever de manifestar, de alguma forma, uma satisfação que se materializa num gesto, numa atitude de reparação. Repito, como disse anteriormente, que está é uma necessidade que brota dentro de cada um. Penso que todo mundo já passou por uma situação de ter que pedir perdão, desculpas e, posteriormente, sentiu-se na obrigação de fazer algum gesto que preenchesse, de alguma forma, a atitude incorreta. Não esqueçamos que somos todos de carne e osso. As indulgências são, pois, um modo de cumprir uma obrigação moral que temos como dever de amor diante de Deus e da Igreja (entendida, na expressão de São Paulo, como corpo místico de Cristo). O meu pecado ofende ao amor de Deus e ofende aos meus irmãos e irmãs. Sou perdoado, mas devo

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

reparação. Seria muito simplório pedir perdão e não sentir-se na obrigação de manifestar a alegria pelo perdão com alguma atitude reparadora. Continuaremos a reflexão sobre esta riqueza que são as indulgências.


ReflexĂŁo e PrĂĄxis

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Educação

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atende a quais interesses? Elitiza o ensino superior, principal e ironicamente, o ensino superior pĂşblico, nĂŁo oferece uma educação de qualidade a uma parcela enorme de estudantes, afasta as camadas menos favorecidas das universidades pĂşblicas; mas isso atende a quais interesses? E mais – nĂŁo hĂĄ melhora na qualificação dos professores; nĂŁo resolve os problemas relacionados Ă qualidade das condiçþes materiais oferecidas, desde a merenda atĂŠ o banheiro das escolas, aos alunos; nĂŁo melhora a remuneração dos professores e dos funcionĂĄrios das escolas; nĂŁo resolve os problemas de segurança; nĂŁo estimula os alunos a se interessarem pelas aulas, pois hĂĄ uma diferença entre as manifestaçþes, justas e mais que legĂ­timas, com a postura da maioria dos alunos ao longo das aulas; nĂŁo estimula a participação dos pais na vida escolar; mas isso atende a quais interesses? A busca pela Educação de excelĂŞncia, com Ăłtimos professores, boas escolas, alunos interessados ĂŠ uma das polĂ­ticas mais importantes dos paĂ­ses mais justos e desenvolvidos, pensemos no JapĂŁo, na Coreia do Sul e na SuĂŠcia, ĂŠ a obsessĂŁo destes Estados e das famĂ­lias nestes locais, pois a Educação justa e de qualidade ĂŠ definidora do futuro, sem os idealismos sem sentido e sem razĂŁo de ser, se tornando de fato uma polĂ­tica estatal de futuro, com altos investimentos em capacitação de professores, em prĂŠdios escolares que nĂŁo lembrem prisĂľes, na aproximação das famĂ­lias Ă realidade escolar e na busca incessante pela diminuição dos problemas que possam ameaçar as escolas. É, portanto, assustador assistir o desmonte de um quadro educacional, que jĂĄ esta longe do ideal ou do esperado, no maior e mais rico Estado do Brasil, SĂŁo Paulo; mas isto atende a quais interesses?

3/ice. 4/gaia — soap. 5/poeta. 6/osmose. 8/gregårio.

Muito ĂŠ dito, de forma hipĂłcrita, sobre a importância da Educação na construção de um paĂ­s, na formação de pessoas, na manutenção de valores, mas a realidade dos fatos expressa algo bem diferente desta visĂŁo idealizada e propagandeada sobre a Educação. Com isso, vale pensar que a Educação envolve gastos que o Estado nĂŁo julga mais como necessĂĄrios, ainda mais em uma Ăłtica elitista e de mercado que busca lucros ou a diminuição dos gastos pĂşblicos no que se refere as demandas ou necessidades sociais, em outras palavras, o Estado nĂŁo vĂŞ com bons olhos gastar sua arrecadação com algo tĂŁo “improdutivoâ€? quanto a Educação. Curiosa e assustadora a relação entre a idealização da Educação e o desrespeito escancarado com os professores, os alunos e a ideia de construção de um paĂ­s. As velhas crĂ­ticas ao descaso com a Educação continuam sendo vĂĄlidas – pessoas esclarecidas podem mudar o paĂ­s, votar melhor e agir de forma mais consciente com relação aos desmandos polĂ­ticos – e devem ser lembradas. No entanto, hoje a questĂŁo se aprofunda. É lĂ­cito pensar que as prĂĄticas defendidas pelo Estado de SĂŁo Paulo, absurdas e injustificĂĄveis, servem para a manutenção perversa do status quo, algo que nĂŁo ĂŠ novidade para ninguĂŠm jĂĄ que o Brasil nĂŁo vĂŞ como positiva qualquer mudança em seus quadros sociais. EntĂŁo, qual ĂŠ a diferença dos fenĂ´menos antigos para os fenĂ´menos atuais? Parece que o Brasil e, em especial, o Estado de SĂŁo Paulo sabotam seu prĂłprio futuro ao abrir mĂŁo de garantir a formação de jovens, nossa futura força de trabalho, para os desafios do mercado de trabalho deixando de preparar as pessoas para as novas dinâmicas sociais, em um quadro econĂ´mico cada vez mais injusto e competitivo, no qual o Brasil ainda ĂŠ um fornecedor de matĂŠrias primas e de mĂŁo de obra barata. Diminuir, frente a tudo isso, o nĂşmero de salas, aumentando o nĂşmero de alunos por sala, pois na essĂŞncia ĂŠ isso o que irĂĄ ocorrer,

Comportamento

Botox, JĂĄ?

por Suzana herculano-houzel/FOLHAPRESS

Linhas de expressĂŁo ao lado do olho, na testa ou no cantinho da boca jĂĄ sĂŁo usualmente tratados nos consultĂłrios dermatolĂłgicos com toxina botulĂ­nica, popularmente conhecida como botox, hĂĄ bastante tempo. Mas pacientes jovens, com idades entre 25 e 30 anos e que ainda nĂŁo tĂŞm rugas profundas, estĂŁo aplicando a toxina. É o caso da empresĂĄria Daniella Padovan, 26. Ela conta que começou a reparar em fotos que a testa nĂŁo estava mais tĂŁo lisinha quanto antes. “Mas nĂŁo tinha me incomodado atĂŠ começarem a comentar comigo. DaĂ­ eu pensei: nossa, 26 anos e jĂĄ com ruga nĂŁo dĂĄâ€?. Ela tentou amenizar o problema com cremes. Como nĂŁo estava satisfeita com o resultado, testou a toxina. “Quando vocĂŞ acaba de fazer, depois que passa o inchaço, a pele fica bem lisinha. Minha testa nĂŁo franze mais. Achei que fiquei com cara de descansadaâ€?, afirma. A analista de relaçþes internacionais Natalia Cordone, 29, tambĂŠm estava preocupada com marcas no rosto. Vendo suas prĂłprias fotos, percebeu que tinha linhas na testa. “Eu nem percebia, mas as pessoas comentavam que eu franzia muito a testa. AĂ­ foi ficando marcada.â€? Segundo a dermatologista Valeria Campos, a toxina pode ser aplicada atĂŠ de forma preventiva, mas ĂŠ preciso ter cautela. “A pele começa a envelhecer aos 25 anos. A partir dessa idade, quando vocĂŞ tira uma foto e percebe alguma ruguinha ali na regiĂŁo dos olhos, na testa, e estĂĄ incomodada, pode aplicarâ€?, afirma. “Mas uma paciente mexeu tanto no supercĂ­lio, a sobrancelha dela ficou tĂŁo levantada, que o filho dela de quatro anos ficou com assustado quando viu.â€? O dermatologista do Hospital SĂ­rio-

-LibanĂŞs Reinaldo Tovo lembra, por outro lado, que a aplicação ĂŠ temporĂĄria –seu efeito ĂŠ de atĂŠ seis meses. Cada uma custa cerca de R$ 1.500. “Mas eu acho que quem ĂŠ nova e nĂŁo tem rugas fortes nĂŁo deve fazer. Existem outras formas me tratar o problema, como filtros solares.â€? relaxamento A toxina botulĂ­nica, produzida pela bactĂŠria Clostridium botulinum, ao ser aplicada no corpo age na regiĂŁo entre o nervo que libera estĂ­mulos responsĂĄveis pela movimentação dos mĂşsculos. Ele diminui a liberação da acetilcolina, um neurotransmissor responsĂĄvel pelas contraçþes musculares. O estĂ­mulo de contração para, e o resultado ĂŠ o relaxamento do mĂşsculo, que nĂŁo se contrai mais –assim como a pele que estĂĄ por cima desse mĂşsculo. “Costumo dizer que a toxina funciona como um cabide para a roupa. Assim como o cabide evita que a roupa fique amassada, a toxina, por impedir a contração do mĂşsculo, deixa a pele esticadinha e assim vinca menosâ€?, diz Valeria. Gabriel Gontijo, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diz que a questĂŁo da idade ideal para a realização do procedimento ĂŠ relativa porque a idade da pele nem sempre ĂŠ compatĂ­vel com a idade cronolĂłgica. “Os hĂĄbitos influenciam bastante. Exposição ao sol e fumo sĂŁo fatores que contribuem para o envelhecimento da peleâ€?, diz ele. “NĂŁo sou contra prevenir, mas me preocupo com o exagero. Percebo que nossos valores estĂŁo centrados na vaidade, as pessoas estĂŁo com pavor de envelhecer. NĂŁo ĂŠ por aĂ­. Se alguĂŠm muito novo, com 20 anos, me procura para fazer, eu digo para voltar daqui hĂĄ uns 20 anos.â€?

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Jornal do Meio 825 Sexta 4 • Dezembro • 2015

por Shel Almeida

Há 10 anos, na época da fundação da Faros D’Ajuda, o Jornal do Meio escrevia pela primeira vez sobre a instituição. De lá para cá foram inúmeras as vezes em que destacamos o trabalho realizado pelas voluntárias que dedicam suas vidas para dar dignidade à centenas de animais doentes e abandonados pelas ruas de Bragança. E, agora, na comemoração de 10 anos da ONG que ajudou a mudar a maneira como a comunidade bragantina encara a proteção animal, não poderia ser diferente. Conversamos, mais uma vez, com a Sócia Fundadora Presidente Voluntária e Protetora Márcia Davanso, que faz uma análise do que melhorou - ou não - em relação ao direto animal na última década. Aproveite e anote na agenda: no próximo domingo, dia 6 de dezembro, a partir das 13h, a Faros D’Ajuda realiza mais um Bincão a fim de arrecadar fundos. As cartelas podem ser adquiridas na Clínica Beneficente que fica na Rua Santa Clara, 154.

Animal não é pensado como detentor de direitos

“Eu olho para trás e não sei como chegamos até aqui. Foi preciso muito persistência, muita vontade de fazer. No cenário da proteção animal, dá para ver que houve bastante evolução, muito mais envolvimento por parte da população. As pessoas começarem a entender um pouco melhor o que é bem estar animal. As próprias protetoras independentes se organizaram, as ONGs cresceram e se estabeleceram de uma forma adequada, melhoraram as formas de atuação, cada uma em uma linha específica. Então, nesse sentido de mobilização, de querer disseminar o que é bem estar e também sobre qual é a responsabilidade do dono perante o animal, eu acho que cresceu muito, de uma forma geral, no país inteiro. Só que eu ainda não vejo mudança significativa para o animal. Boa parte das pessoas continuam abandonando por motivos fúteis, essa cultura, infelizmente, não mudou. O perfil do abandonador não mudou, isso permanece. E, ao mesmo tempo que a população se mobilizou, se fortaleceu e evoluiu, o Estado em si, não. Porque o animal, na Constituição Federal, continua sendo aquele ser inferior que é de responsabilidade do Poder Público. O ser humano ainda é superior ao animal em todas as situações. Não existem políticas públicas para se fortalecer essa mudança que vem acontecendo. Um exemplo, aqui na cidade, é que com esse conjunto habitacional que foi entregue recentemente, muita gente se mudou e abandonou os animais. O que a gente ouviu foi que ‘as pessoas têm direito à moradia’. Mas, e os animais? Eles não são considerados como parte daquele núcleo familiar. E, com uma política dessas, não se avalia o impacto que esses abandonos terão na saúde pública. Esse animal que não está castrado, que não está vacinado, vai disseminar doença e se multiplicar na ruas. O animal nunca é pensado, nunca é feito um plano em relação a ele. Ele tem direito, pela lei, a ser bem tratado mas, em uma hora dessa, ele é só um objeto, o direito do ser humano se sobressai ao dele. Isso perante as leis brasileiras. E, enquanto isso prevalecer, enquanto o animal for encarado dessa forma, essa cultura do abandono nunca vai mudar. Porque, enquanto o Estado for responsável pelos animais e enquanto o direito do ser humano prevalecer perante o direito do animal, teremos sempre esse respaldo para que as pessoas abandonem e não se responsabilizem pelos seus atos”. Ou seja, cria-se uma Lei Municipal contra maus tratos aos animais. Mas o direito à moradia se sobressai, então de que vale a lei? Não é levado em consideração que, se a família muda de residência, o animal deve ir junto, não só porque é o correto moralmente, mas porque existe uma lei para isso, porque sim, o abandono de um animal é considerando maus tratos.

Avanços no município

Mesmo que, em Bragança, as coisas venham acontecendo de forma contraditória, pelo fato de que, como Márcia explicou, o direito do ser humano prevalecer ao do animal, a cidade vem conquistando alguns avanços e já está à frente de outros municípios. Mas, me arrisco a analisar, isso acontece muito mais pelo trabalho que a Faros D’Ajuda e demais protetoras independentes realizam e pelo apoio e comoção pública que conseguiram angariar ao longo dos anos do que, efetivamente, pela ações governamentais. Existe sim, empenho de alguns setores do poder publico em realizar projetos em defesa dos animais. Mas, até onde esses projetos seriam viabilizados sem o respaldo de todas as protetoras e caminhos que elas, por muito tempo sozinhas, percorreram em relação à conscientização da população? Se hoje o Poder Público consegue realizar ações em prol do animais é porque alguém começou e cobrou para que esse trabalho tivesse continuidade. O trabalho da Faros D’Ajuda, assim como o de tantas ONGs da cidade, independente da área de atuação, é prova de que a mobilização da comunidade é capaz de melhorar a realidade para todos, inclusive para os animais. “Muita coisa ainda precisa ser feita e melhorada em Bragança, mas a cidade também não está estagnada. Estamos no meio do caminho. O município tem uma lei muito boa a respeito dos animais domésticos. Foi criada a Divisão de Bem Estar Animal, da Secretaria do Meio Ambiente que, mesmo com toda a demanda, realiza ações importantes, como resgates e o programa de castração contínua. Mas eu consigo enxergar que, nesses 10 anos, a Faros D’Ajuda influenciou muito nessa mudança de visão. No começo, a pessoa não queria mais o animal, eles buscavam e levavam para o canil. Quando eles entenderam que isso não tinha sentido, que a pessoa tem que se responsabilizar pelo animal, começaram a identificar os donos e levar para eles, para que cuidassem de seus animais. Foi uma transformação até chegarmos na lei municipal, que coloca a responsabilidade no dono. Hoje os animais quando castrados, já recebem o microchip de identificação. A cidade tem um demanda muito grande de resgates, mas o foco disso não é o abandonador, que é o grande vilão da história e o causador de todo o problema. O foco ou é a Faros ou a Prefeitura que, segundo quem critica, não fazem o trabalho direito. Isso está errado. O abandonador, aquele que não tem a menor consideração nem com o animal, nem com o vizinho, nem com o município em que vive, ele que provoca toda essa problemática, fica invisível. Eu acho que tanto os protetores, quanto o Poder Público e a população precisam se voltar contra o abandonador. E o grande papel do município nisso tudo é castrar, microchipar para identificar os donos e fazer valer a lei contra o abandono”, enfatiza.

Giullia Biaseto e Márcia Davanso. Faros D’Ajuda se renova com a nova geração de protetoras.

Apesar da pouca idade, Giullia é voluntária da Faros há um bom tempo. Todos os dias ela ajuda os veterinários nos cuidados com os animais que chegam na Clínica Beneficente.

A campanha de adoção acontece todos os sábados na Praça Raul Leme e já é bem conhecida na cidade.

Gatos

No começo da Faros D’Ajuda a grande demanda era de cães. Com a chegada da protetora voluntária Cristiane Meneghetti Carmignotto, os gatos foram ganhando cada vez mais espaço. Recentemente o abrigo recebeu a instalação do Gatil Clara de Assis, com telas por todos os lados, para que os animais estejam sempre seguros. “De uns anos para cá, quando pudemos contar com o conhecimento e todo o amor que a Cris tem pelos gatinhos e, a partir disso com tantos outros voluntários gateiros que ela acabou agregando, aí conseguimos estruturar esse atendimento também. A proporção que isso tomou fez com que mudássemos nosso logo, para incluir o gato e fazer jus ao trabalho dela. Hoje, a doação de gatos é quase igual a de cães. Aumentou o acolhimento e a doação de gatos, graças ao trabalho da Cris. Isso foi uma muito significativa na Faros”, fala.

Para Márcia, o abrigo só é solução para o animal que está doente e na rua, precisando de socorro e sem ninguém olhando por ele. Para os animais que têm dono, o abrigo é solução apenas para a pessoa, e não para o animal


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Novos Rumos

Jornal do Meio 825 Sexta 4 • Dezembro • 2015

Alertas e precauções! por José J. B. Freire

O que existe de essencial no Natal de 2015 não mudará em relação aos anos anteriores, nem será diferente do ano que vem, afinal o Natal é uma data religiosa, que celebra o nascimento de Jesus e quando, com ele, renascemos também. Mas do ponto de vista comercial, o Natal será diferente, afetado diretamente pelo aumento do desemprego e da inflação. O desemprego no Brasil está em 7,9%. No ano passado, nesta mesma época, esse número era de 4,7%. Já a inflação chegou a 9,93% nos últimos doze meses. Os gastos das pessoas neste ano se equipararão aos gastos de 2012 em volume de dinheiro, porém com preços de 2015, isso significa que menos pessoas irão às compras e, as que forem, comprarão menos. O índice de confiança dos consumidores, medido pela FGV, caiu mais um ano, foi para 75,7 pontos. Considerando sua série histórica, é o pior resultado desde o início da medição, e em comparação com o ano passado, a queda é de 25%. Crédito, que é outro motor do consumo, está escasso e caro, reduzindo ainda mais o poder de compra dos consumidores. Para muitas empresas, principalmente as comerciais, estarem preparadas para este Natal é uma questão de sobrevivência. Isso significa tomar precauções que garantam rentabilidade no Natal e possi-

bilidade de arcar com as despesas extras desta época, como o décimo terceiro e a provisão para impostos, entre outros. Diante da queda esperada no consumo, o que o lojista pode fazer para minimizar os efeitos da crise neste Natal e manter sua empresa minimamente saudável? 1-Reduzir os estoques de produtos em relação ao período natalino do ano passado, algo entre 5 e 15%. 2- Dos produtos a serem estocados em maior volume, entender a tendência do mercado consumidor, buscando saber quais produtos venderão mais. Uma das tendências mais fortes é a substituição de produtos similares mais caros e de grife reconhecida, por outros mais baratos com qualidade equivalente. Para isso, conheça e estude seus clientes, analise

quais mudanças os mesmo tiveram durante o ano. 3- Considerar a idéia de centralizar esforços de vendas em menos linhas de produtos. Direcionar a venda atrai os clientes que já sabem exatamente o que irão comprar. 4- Divulgar mais pode ser um diferencial importante para garantir mais vendas em relação a concorrentes que não apostarão em marketing. 5- Definir uma política de descontos para pagamentos à vista. 6- ‘Desovar’ a preço de custo os produtos de maior valor que estão estocados há mais tempo do que a média. 7- Manter a margem de lucro acima do equilíbrio operacional (margem que garanta pagamento dos custos fixos e

variáveis). Ainda existem as famosas liquidações pós natal, que acontecem em meados de janeiro, mas a tendência para este ano é que durante o mês de dezembro as lojas já estejam praticando preços menores, portanto não deverá existir espaço para muitos descontos adicionais em janeiro. Avaliando os dados e as perspectivas, o presente de Natal mais esperado dos empresários é um 2016 de melhores negócios. Todos os dados estatísticos / econômicos apresentados neste artigo foram extraídos do IBRE - FGV e do IBGE. José J. B. Freire Coluna de Negócios - Novos Rumos Contato: rroe@rroe.com.br 11 97372-0111

7,9% 9,93% 25% Desemprego

Inflação

Piora na confiança

O amor na maturidade

Comportamento

Mesmo depois de ficar velho e de perder as esperanças, é possível encontrar um grande amor

por MIRIAN GOLDENBERG /FOLHAPRESS

Tenho buscado compreender o significado do amor nas diferentes fases da vida. Muitos homens e mulheres, após inúmeras experiências afetivas e sexuais, afirmam que encontraram o amor quando já tinham desistido de viver essa experiência. Uma médica de 65 anos disse: “Eu já não acreditava mais no amor. Fui casada quatro vezes e sofri muito com cada separação. Mas, sem procurar, encontrei o grande amor da minha vida depois dos 60 anos. Temos um amor com reciprocidade, respeito, admiração e muita intimidade. Ele me estimula a ser a melhor versão de mim mesma.

Nunca fui tão feliz.” Ela afirmou que o mais importante no casamento é o fato de conversarem sobre tudo e darem muitas risadas. “Sempre quis ter uma relação como a nossa: leve, gostosa, sem complicações. Acho que é porque somos mais maduros. Não gastamos tempo brigando por bobagens, com disputas de poder e joguinhos de dominação. Nosso tempo é um bem precioso e queremos curtir cada momento. Saboreio cada beijo como se fosse o primeiro. Precisei ficar velha para ter um amor de verdade”. O marido, um engenheiro de 69 anos, disse que todas as suas ex-mulheres

queriam mudar tudo nele, desde a forma de se vestir até o modo de se relacionar com a família. “Quando nos encontramos eu já tinha filhos adultos e netos. E eu queria uma mulher exatamente como ela é: inteligente, independente, compreensiva, carinhosa, atenciosa, apaixonada pelo que faz, e, principalmente, muito divertida. Estava cansado de mulheres infantis, reclamonas, exigentes, insatisfeitas, chatas, pesadas. Todo mundo diz que tem muito mais mulher do que homem, mas só agora eu consegui encontrar uma mulher que me faz realmente feliz”.

E mais: “Muita gente é mesquinha no amor, economiza demais nas demonstrações de carinho, tem medo de se entregar e levar um fora. Não tenho mais tempo para só dar e receber migalhas, para viver uma relação mequetrefe, onde tudo parece ser um sacrifício. Cansei de ser censurado, criticado, de viver com alguém que só enxerga meus defeitos e não reconhece o meu valor”. Ele conclui: “Com tantos preconceitos associados aos velhos, como eu poderia imaginar que iria encontrar o amor verdadeiro justamente nesta fase da minha vida?”.


Momento Pet

Jornal do Meio 825 Sexta 4 • Dezembro • 2015

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A importância da vacinação canina por Dr. André Alessandri

Bom dia, meus queridos leitores!! Hoje vou falar de um assunto de suma importância para todos aqueles que possuem cães: a vacinação. Você já verificou a sua carteirinha de vacinação dele esse ano? Em geral, a aplicação da vacina serve para imunizar o seu animal através da estimulação da produção de anticorpos. Em nossa clínica, só trabalhamos com vacinas importadas de alta qualidade, fornecidas pela Pfizer, uma das maiores indústrias farmacêuticas mundiais. Amplamente aplicada, a vacina déctupla, também conhecida como V10, deve ser aplicada a partir dos 45 dias nos filhotes, sendo repetidas por mais duas vezes, em intervalos de 21 dias. Nos adultos, a dose de reforço deve ser anual. Essa vacina protege seu cão contra 7 doenças, por meio de 10 antígenos de 10 vírus distintos. São eles: Cinomose – inicialmente causa diarreia, vômito e falta de apetite. Pode evoluir para o pulmão, causar pneumonia e em sua última etapa, atingir o sistema neurológico, causando convulsões e alterações neurológicas, como tiques e espasmos. Parvovirose – causa crises de diarreia e de vômito muito intensas, com perda

de sangue. Destrói agressivamente a camada interna do intestino, fazendo com que os animais desidratem rapidamente, exigindo cuidado urgentíssimo. Coronavirose – causa diarreia em forma de jatos, vômito, perda de apetite, lacrimejamento, febre e letargia. A diarreia geralmente possui coloração alaranjada, no entanto, sem odor fétido. Adenovirose – o adenovírus tipo 1 provoca um quadro de hepatite infecciosa. O adenovírus tipo 2 provoca infecção respiratória. Parainfluenza – causa problemas respiratórios, podendo se agravar em filhotes e animais debilitados. Hepatite Infecciosa Canina – causa vômito, diarreia e aspecto amarelada na pele, na mucosa da boca e nos olhos. Pode ocorrer de forma hiperaguda e requer cuidado emergencial. 4 tipos de Leptospirose – causa diarreia, vomito, emagrecimento e a urina pode ficar mais escura. Afeta principalmente fígado e rins provocando lesões importantes. Esta doença é facilmente transmitida para outros animais e para o homem. Infelizmente, temos encontrado re centemente vários casos Parvovirose e Cinomose por descuido com a vacinação, tanto em cães adultos como

filhotes, doenças que podem ser fatais ou deixar sequelas. Além da vacina déctupla, nosso protocolo inclui a vacinação contra a Traqueobonquite (tosse dos cães), Giárdia (protozoário que causa doença intestinal) e Raiva, que abordaremos num próximo Momento Pet. Então, que tal conferir a carteirinha de vacinação do seu pet ?? Em caso de dúvidas, procure um veterinário para que ele informe sobre as atualizações das vacinas. Um forte abraço a todos, e até o próximo Momento Pet!!

Filhore de Pastor Alemão para segunda dose da V10

Filhote de Shi Tzu em nossa loja

Filhotes de Boxer aos 45 dias para tomar a primeira dose da V10


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Jornal do Meio 825 Sexta 4 • Dezembro • 2015


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