848 Edição 13.05.2016

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Braganรงa Paulista

Sexta 13 Maio 2016

Nยบ 848 - ano XIV jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


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Para pensar

Jornal do Meio 848 Sexta 13 • Maio • 2016

Expediente

A culpa é da serpente... por Mons. Giovanni Baresse

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

Estamos nos dias em que

continuo reclamando a lentidão

e do ruim. Na linguagem bíblica

e devolve a quem pertence. Isso

o Senado da República

das medidas a serem discutidas

apoderar-se do fruto era desejar

deveria ser normal. Há poucos

decidirá se a presidente

e tomadas. Parece que mais

assumir o lugar do Criador. To-

dias foi apresentada uma ação de

deve ser afastada do seu cargo para

interessa garantir seu lugar do

mando do fruto proibido Adão e

uma pequena empresa que vende

verificação de responsabilidades

que o bem do povo. Olhando

Eva começam a buscar alguém

sorvetes. Junto à geladeira havia

que lhe são imputadas de ter mal

as consequências desses fatos

como bode expiatório: sobra para

um cartaz que dizia, para quem

gerido recursos econômicos da

todos vem à pergunta: de quem

a serpente. Passa-se para o outro

quisesse comprar, que se pegasse

Nação. O presidente da Câmara

é a culpa? Naquilo que os meios

aquilo que foi decisão pessoal.

o sorvete e se colocasse o dinheiro

dos Deputados foi afastado, por

de comunicação nos mostram

Creio que o quadro bíblico pode

numa caixa. Sabe-se que houve

medida judicial, porque estaria

é um jogar no colo do outro a

servir de molde para a situação

“apenas” 16% de gente que não

impedido de assumir a presidência

razão da intranquilidade que se

política atual: cada um dizendo

pagou! Causou admiração. Mas

com a retidão devida. Porque a

da Nação, dependendo daquilo

vive. Isso me fez lembrar a cena

que a culpa é do outro! O mesmo

admiração deveria ser se alguém

tentação de receber um benefício,

que acontecerá na situação que

do livro do Gênesis. Diz-se, no

acontece conosco, cidadãos co-

roubasse! Pois é! Situações como

mesmo que com prejuízo dos

envolve a presidente e o vice (e

texto, que Eva foi incentivada

muns, na base da pirâmide social.

essas são vividas às pencas. E

outros, é sempre forte. Tomara

porque tem processo a que deve

pela serpente a provar o fruto da

Tudo o que acontece de ruim é

não percebemos que as coisas da

que a crise política que estamos

responder). O vice-presidente em

árvore do bem e do mal. Dessa

culpa de quem está mais acima!

base possibilitam os desmandos

vivendo – e que está levando a

exercício decide anular decisão

árvore ela e Adão não deveriam

É bom refletir sobre isso. Tenho

mais graves. Além disso, fica

reboque a crise da economia –

da Câmara. De madrugada volta

se aproximar por ordem divina.

assinalado, em outras ocasiões, a

sempre a decisão de aproveitar a

nos mova a buscar os caminhos

atrás. Afirma-se, também, que boa

Sabe-se que em diversas culturas

tristeza daquilo que acontece em

situação. Ouço, de vez em quan-

da honestidade pessoal. Para

parte dos parlamentares federais

antigas a serpente era um deus

nosso agir diário: o ser esperto,

do, aqui e ali, que nem todos os

podermos escolher melhor quem

está marcada por processos em

a que se atribuía a ciência, a

o levar vantagem. Criticamos

inscritos no projeto Bolsa Família

nos representa nos poderes. Para

andamento. Na decorrência de

sabedoria. E o quadro do Para-

aqueles que estão nas esferas

deveriam recebê-la. Ouço que

termos moral para cobrar o seu

tudo isso se vê a economia ba-

íso mostra, de forma poética, a

superiores, mas agimos da mesma

nos projetos de casas populares

trabalho. E para deixar de colo-

lançando: desemprego, comércio

ânsia que o ser humano carrega

forma. Parece que a honestidade é

acontece manipulação. Não te-

car a culpa nos outros. Afinal a

em retração, juros astronômicos,

no coração: ser autossuficiente!

qualidade não comum. Não é raro

nho elementos para afirmação

serpente sugeriu. É que, como

o real sendo desvalorizado, etc.

Tornar-se o critério do bem e do

vermos notícias que dão destaque

categórica, mas creio que nem

diz o Papa Francisco, “a

Diante dessa realidade ainda

mal, do justo e do injusto, do bom

a quem encontra algum dinheiro

sempre as coisas são efetuadas

tentação é doce”!

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


Reflexão e Práxis

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

A alegria

irresponsável

Primeiro personagem criado por Maurício de Sousa (HQ) Neste Pedido comum por lugar parte das CPIs

© Revistas COQUETEL

Secreção intensa durante a malhação

(?) Belt: a região do milho, nos EUA Os dois dias do final de semana

Espécie de omelete com recheio Prêmio do primeiro colocado olímpico

Número, em inglês Monte de areia Veículo ferroviário

O brado do povo, no Hino Nacional

Órgão mais comum da doação inter vivos

por pedro marcelo galasso "Point" da boemia Março, em espanhol

De situação financeira modesta (fem.)

A frase com mais de um sentido

"(?) Amarelo", sucesso sertanejo "As Vinhas da (?)", romance Curandeira comum no interior

Não, em francês

Efeito do álcool, após a euforia O vocábulo "vinagre", por sua formação

Que não sofreu perda Formato da cantoneira Disposto; inclinado

Monograma de "Ester"

Princípio negativo no Maniqueísmo

Artigos de contrato

Deus, em inglês Invento de Dunlop

Atividade do guardanoturno

Sem o devido castigo Cidade da Itália onde Zico morou (fut.)

(?) contínuo: imediatamente Carocinho que é indício de infecções

Letra enfatizada no sotaque caipira Posição do prêmio no pau de sebo

BANCO

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Solução R

A B C R A

Q U E B R A D E S I G I L O

P

E

B U I S U D UN A T U M B A R B A R E M E D I M A R O R E N Z E D E O O O N I M P L U T I N N D E N E I N G U N S O

T

O

A A M B I G U A C O R N

F R I M T E A D D A A L H R A O D N E D O A U R P O

Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

P

esquerda brasileira. É possível, portanto, tirar algumas conclusões sobre este horrível e confuso momento político brasileiro. O provável impeachment da presidente Dilma não trará as melhoras que todos esperam. A manutenção da presidente no poder também não trará conforto ou confiança. As ações dantescas dos deputados federais em defesa do fim da corrupção praticada por eles é falaciosa, mentirosa e irresponsável. As ações dos senadores que podem ser vistas como ações espelhadas nas vergonhosas posturas dos deputados federais aumentam a certeza de que nada irá melhorar. A impostura do vice-presidente, Michel Temer, e a nomeação absurda de seus prováveis ministros, escolhidos por critérios politiqueiros, é sintomática da piora, caso ela seja possível, do futuro governo. As delações premiadas que põem em dúvida as investigações, por transformar o processo em uma grande barganha, fecham o quadro de terror que sofremos. Além disso, quais foram as ações apresentadas pela presidente Dilma ou pelo vice-presidente Temer para nós, pessoas comuns? Quantos pronunciamentos foram feitos para nos indicar os próximos passos? Enfim, a alegria pelo afastamento tão é irresponsável quanto as ações que conduzem políticos como Eduardo Cunha ao poder ou tão irresponsáveis quanto o silêncio paulista com relação aos desmandos de nosso governador e da violência gratuita que ele pratica todos os dias, direta ou indiretamente.

3/god — non. 4/bidu — corn. 5/marzo — udine. 6/camaro — indene — number. 10/aglutinado.

O afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara de Deputados foi comemorado tal qual uma vitória da sociedade brasileira sobre uma figura política que praticou o pior da Política com ameaças e desmandos constitucionais que embaraçaram a qualquer pessoa com o mínimo de decência e de honestidade. No entanto, a alegria provocada pelo afastamento oculta questões centrais sobre a nossa vida pública e reforça esteriótipos políticos nos impedindo de responder a única pergunta que realmente nos interessa – como podemos suportar e eleger uma classe política tão suja e corrupta? Caso esta pergunta não seja o centro de nossas preocupações, de nada vale o que assistimos. Caso esta pergunta não seja capaz de mobilizar a sociedade civil, nada disso importa. Atos desesperados da direita, tal qual a defesa irresponsável e perigosa que clama por uma intervenção militar constitucional, um absurdo tão grande que expressa, de forma incontestável, a ignorância política de setores sociais diversos e que mostra como a Política é vista, por uma ampla gama social, como uma atividade restrita a grupos políticos ou institucionais que tiram da sociedade civil a possibilidade de cria uma atmosfera de consciência política e histórica. Por outro lado, as demonstrações vexatórias da dita esquerda que se expressam em pedidos de cusparada e afins em imagens de políticos são tão nojentas e perigosas quanto as práticas que ela pretensamente quer combater, sem se dar conta que as cusparadas são ações de dominadores sobre os dominados e não uma alternativa política que provoque reflexão e transformação social. Uma ação inócua que somente aumenta a incompreensão social e política da dita

Casas em Condomínio

Jd. das Palmeiras..................................................................................................................R$ 650 mil Florestas de São Vicente (nova)..............................................................................................R$ 580 mil Euroville (nova).....................................................................................................................R$ 950 mil Portal de Bragança (nova)................................................................................................R$ 1.3 milhões Village Santa Helena....................................................................................................R$ 1.490 milhões Portal Bragança Horizonte (nova)..........................................................................................R$ 770 mil Villa Real (nova)....................................................................................................................R$ 900 mil Rosário de Fátima ( Ac imóvel – valor)............................................................................R$ consulte-nos

Terrenos em Condomínio

Portal Bragança 450m².........................................................................................................R$ 290 mil Villa Real 428m²...................................................................................................................R$ 150 mil Colinas de São Francisco 616m².............................................................................................R$ 290 mil Terras de Santa Cruz 600m²...................................................................................................R$ 120 mil Portal Bragança Horizonte 341m²..........................................................................................R$ 200 mil

Apartamentos

Ed. Piazza de Siena................................................................................................................ R$ 950 mil Apto. Jardim do Lago............................................................................................................. R$ 300 mil Apto. Centro (novo)................................................................................................................R$ 255 mil Ed. Don Pedro I...................................................................................................................... R$ 650 mil Apto. Jd nova Bragança ( Alto Padrão 230m² 3vagas)...................................................... R$ Consulte-nos

Diversos

Casa Jd. Europa.....................................................................................................................R$ 530 mil Terreno Jd do Lago Comercial 600m²..................................................................................... R$ 600 mil


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Jornal do Meio 848 Sexta 13 • Maio • 2016

por LUIZA FRANCO/FOLHAPRESS

Sozinha em casa com a filha recém-nascida, Monique Renauro, 29, passava os dias pensando em uma forma de se matar. Já Janice Mascarenhas, 21, chegou a pensar em matar a sua filha. São pensamentos que acometem mulheres que sofrem de depressão pós-parto. Cerca de uma em cada quatro brasileiras tem sintomas da doença –mais precisamente, 26,3% delas. O dado vem de um estudo da pesquisadora Mariza Theme, da Ensp (Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca), ligada à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio. Esse é o primeiro estudo sobre o tema a apresentar um retrato nacional da prevalência de sintomas da doença entre as brasileiras. Foram entrevistadas 23.896 mulheres no período de 6 a 18 meses após o nascimento de seus bebês. O resultado foi publicado na edição de abril da revista ‘Journal of Affective Disorders’. Mascarenhas, que já havia tido depressão na adolescência e não participou da pesquisa, diz que sua depressão começou quando soube que havia engravidado sem querer do ex-parceiro e pai de seu primeiro filho. Quando a filha nasceu, foi rejeitada. ‘Não queria amamentar, tinha raiva do leite que meu corpo produzia. Eu ouvia o choro dela e não reconhecia como se fosse de uma filha minha’, diz ela. ‘Só quando Julieta fez um ano foi que eu consegui reconhecê-la como minha. Só aí entendi que sou responsável por ela’, diz Mascarenhas, que ainda está se tratando com antidepressivos. As mulheres que participaram da pesquisa foram enquadradas na Escala Edimburgo de Depressão Pós-Parto, método usado para mensurar o grau da doença. Ela consiste em dez perguntas com quatro níveis de resposta cada (veja ao lado). Segundo o estudo, a doença acomete sobretudo mulheres da cor parda, de baixa condição socioeconômica, com antecedentes de transtorno mental, hábitos não saudáveis –como abuso de álcool–, muitos partos e que não planejaram a gravidez. ‘Embora a depressão pós-parto possa acometer qualquer mulher, as de maior vulnerabilidade social têm mais chance de desenvolver esse quadro’, diz Theme. Joel Rennó, psiquiatra e diretor do programa de saúde mental da mulher do Instituto de Psiquiatria da USP, diz que não há uma explicação comum para esse fenômeno. ‘Há gatilhos que incidem mais sobre essa população e que, dentro do cenários de oscilações hormonais, acabam levando a pessoa a desenvolver um quadro depressivo.’ Theme achava que fatores obstétricos, como complicações na gravidez e no parto, teriam impacto relevante, mas o estudo não mostrou isso. ‘Os fatores obstétricos perdem impacto quando ajustados pelas variáveis sociais.’ Para ela, a situação poderia ser amenizada com políticas públicas mais efetivas. Segunda ela, não há rastreamento específico para depressão pós-parto nas rotinas do SUS. ‘O manual pré-natal do Ministério da Saúde diz que o profissional de saúde tem que estar atento a questões físicas e emocionais, mas não temos isso estruturado. Uma coisa é um manual, outra é a prática.’ Joel Rennó concorda. ‘Os quadros são subdiagnosticados e as consequências são drásticas, tanto para a mãe quanto para a criança, que pode ter atraso no desenvolvimento psicomotor e neurocognitivo.’ Em janeiro deste ano, um painel influente

de especialistas ligado ao governo dos EUA recomendou que as mulheres sejam avaliadas para depressão durante a gravidez e depois de dar à luz. A indicação veio junto de novas evidências de que as doenças mentais na maternidade são mais comuns do que se pensava e que muitos casos de depressão pós-parto na verdade começam já durante a gestação. ‘Não queria amamentar. Eu ouvia o choro dela e não reconhecia como se fosse de uma filha minha. Só quando a Julieta fez um ano foi que eu consegui reconhecê-la e entendi que sou responsável por ela janice mascarenhas, 21 Depressão pós-parto caiu 6,4% em dois anos, diz Ministério da Saúde O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que seus manuais e protocolos ‘contêm orientações sobre o acompanhamento pré-natal e puerperal e determinam quais sinais e sintomas devem chamar a atenção da equipe para quadros de sofrimento mental ou emocional, incluindo a depressão’. Segundo o ministério, os profissionais da Unidade Básica de Saúde estão capacitados para identificar casos de depressão e para dar início ao tratamento. ‘Pacientes com quadros graves ou com resposta insatisfatória ao tratamento são encaminhadas para serviços especializados que sejam referência para este atendimento.’ A pasta afirma que o Brasil conseguiu reduzir em 6,4% o número de atendimentos em depressão pós-parto no Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos dois anos, passando de 421 atendimentos em 2014 para 394 no ano seguinte. Cita ainda a Nova Caderneta da Gestante, uma cartilha que possibilita o registro dos dados clínicos (exames e consultas) e fornece informações e orientações sobre os processos considerados normais no ciclo gravídico-puerperal e sobre como identificar sinais de que é necessário buscar ajuda médica em uma unidade de saúde.

2- Sim, algumas vezes 3- Sim, muitas vezes Você tem se sentido assustada ou em pânico sem um bom motivo? 0- Não, nenhuma vez 1- Não muitas vezes 2- Sim, algumas vezes 3- Sim, muitas vezes Você tem se sentido incapaz de lidar comas tarefas e acontecimentos do seu dia-a-dia? 0- Não. Eu consigo lidar com eles tão bem quanto antes 1- Não. Na maioria das vezes consigo lidar com eles 2- Sim. Algumas vezes não consigo lidar bem como antes 3- Sim. Na maioria das vezes não consigo lidar bem com eles Você tem se sentido tão infeliz que tem tido dificuldade de dormir?

0- Não, nenhuma vez 1- Não muitas vezes 2- Sim, algumas vezes 3- Sim, na maioria das vezes Você tem se sentido triste ou arrasada? 0- Não, de jeito nenhum 1- Não muitas vezes 2- Sim, muitas vezes 3- Sim, na maioria das vezes Você tem se sentido tão infeliz que tem chorado? 0- Não, nenhuma vez 1- De vez em quando 2- Sim, muitas vezes 3- Sim, quase todo o tempo A ideia de fazer mal a você mesma passou pela sua cabeça? 0- Nenhuma vez 1- Pouquíssimas vezes,ultimamente 3- Algumas vezes nos últimos dias 4- Sim, muitas vezes, ultimamente Foto: Ricardo Borges/Folhapress

Escala de depressão pósparto Questionário foi usado na pesquisa A pesquisa somou os pontos de cada mulher e considerou que aquelas que pontuaram a partir de 13 demonstram ter sintomas de depressão Você tem sido capaz de rir e achar graça das coisas? 0- Como sempre fez 1- Não tanto quanto antes 2- Sem dúvida, menos que antes 3- De jeito nenhum Você sente prazer quando pensa no que pode acontecer em seu dia-a-dia? 0- Como sempre sentiu 1- Talvez menos do que antes 2- Com certeza menos 3- De jeito nenhum Você tem se culpado sem necessidade quando as coisas saem erradas? 0- Não, nenhuma vez 1- Não muitas vezes 2- Sim, algumas vezes 3- Sim, na maioria das vezes Você tem se sentido ansiosa ou preocupada sem uma boa razão? 0- Não, de maneira alguma 1- Pouquíssimas vezes

A jovem Janice Mascarenhas, 21, que teve depressão após o nascimento da segunda filha.


Comportamento

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Ilusão óptica

Técnica de maquiagem que brinca com sombras deixa de ser usada só para afinar bochechas e redesenha músculos e até seios maiores por JULIANA CUNHA/FOLHAPRESS

Popularizado por exemplos exagerados como o da maquiagem que Kim Kardashian usa até para ir à padaria (se lá fosse), o “contorno” deixa de aparecer apenas nas bochechas, para afiná-las, e começa a ser usado para redesenhar o rosto, os músculos do corpo e até para dar a impressão de seios maiores. A técnica consiste em usar truques de luz e sombra para realçar e disfarçar certas características. Em maquiagem, isso significa escolher bases de tons diferentes –maquiadores chegam a usar cinco cores numa mesma pessoa–, em um intrincado jogo de claro e escuro que faria inveja a pintores renascentistas. Os efeitos mais comuns são afinar a face e diminuir testas e narizes proeminentes, mas no mercadão do contorno tem tutorial para tudo, incluindo afinamento de nuca e pescoço e desenho de orelha, esse último endossado por fundamentalistas da maquiagem como a socialite Kylie Jenner, irmã de Kim. A técnica, que em princípio sempre foi usada tanto na moda quanto em cabelos e maquiagem, virou assunto a partir de 2011. Foi nesse ano que Stella McCartney apresentou sua coleção de inverno repleta de vestidos superjustos em que uma moldura preta nas laterais dava a impressão de uma silhueta mais enxuta. No mesmo ano, começaram a surgir no YouTube tutoriais em que mulheres mudavam de feições com mapas das regiões que deviam ser escurecidas e iluminadas. “Tudo que você escurece, retrai visualmente, parece menor. Já o que você ilumina, avança e parece maior. Isso pode ser aplicado no cabelo, na maquiagem ou na roupa, é o mesmo truque de ilusão de óptica”, explica a consultora de estilo Fernanda Resende, da Oficina de Estilo. Uma pessoa que queira parecer mais magra, por exemplo, pode usar uma camisa mais clara com uma terceira peça (terno, cardigã ou colete) mais escura por cima. “Além de criar uma verticalidade no centro do corpo que dá uma impressão de alongamento, isso faz com que o olho da gente descarte as laterais e se concentre naquela faixa estreita e iluminada que está chamando mais atenção”, explica Resende. Do mesmo modo, usar bronzeadores para escurecer as laterais das pernas ou da barriga e iluminar o centro faz com que essas regiões pareçam mais magras. “Em maquiagens cênicas, desenhamos os músculos dos bailarinos para destacá-los. Desfiles de moda praia também usam esse truque para dar volume ao corpo das modelos”, explica a maquiadora Chloé Gaya, do salão Jacques Janine. Para dar uma impressão de seios maiores, por exemplo, basta aplicar uma camada de base iluminadora na parte superior dos seios e um pó bronzeador no centro, formando um “v”. Outro truque corriqueiro na maquiagem corporal é destacar as clavículas para parecer mais magro. Já para afinar o rosto é possível bronzear a lateral ou fazer luzes. “Mechas mais claras pouco abaixo da raiz deixam a face mais alongada”, explica a visagista Débora

Gotlib, do salão Casa Júpiter. Embora haja diferentes níveis de contorno, essa não é, de modo geral, uma técnica para quem busca um resultado “natural”. “Claro que dá para fazer algo mais sutil, só com pó bronzeador e um iluminador, mas não dá para conciliar um efeito radical com uma maquiagem imperceptível”, diz Gaya. Para ela, contorno vem na esteira das maquiagens que se opõem à aparência “natural”. “De um lado vemos pessoas

buscando bases cada vez mais leves, tudo muito discreto, de outro temos aqueles que assumem o artifício e resolvem de divertir com ele.” Passar horas desenhando músculos e feições pode parecer uma futilidade para muitos mas, na roleta da vaidade, não é tão diferente de passar horas esculpindo músculos na academia e menos agressivo do que apelar para bisturis. Uma coisa que horas de vídeos de contorno no YouTube

podem ensinar é que beleza é uma equação intrincada que envolve tempo livre, luz certa e gosto. Só evite tocá-la. Maquiadora Chloé Gaya ensina a fazer contorno folha.com/no1764499 “O que você escurece parece menor. Já o que você ilumina, aumenta. Isso pode ser usado no cabelo, na roupa e maquiagem FERNANDA RESENDE Consultora de estilo Foto: Marcus Leoni/Folhapress

Com um bronzeador, maquiadora destaca as clavículas da bailarina Priscila Guedes. Foto: Marcus Leoni/Folhapress

Interseção dos seios é escurecida para dar sensação de profundidade.

Foto: Marcus Leoni/Folhapress

Finalização é feita com iluminador para fazer o decote parecer maior.


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Implante dentário é dividido

em três fases e leva até 8 meses por REGIANE SOARES/FOLHAPRESS

Quem pretende colocar um implante dentário precisa ter paciência. Todo o procedimento, desde a avaliação clínica até a prótese definitiva, pode demorar de seis a oito meses, dependendo da quantidade de dentes a ser implantado e da estrutura óssea do paciente. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o implante dentário é dividido em três partes principais: a instalação do pino de titânio, a colocação de um parafuso para fixar o pino ao dente e, finalmente, o dente, chamado de coroa. Antes de realizar o procedimento, é necessário fazer exames de sangue e uma tomografia para saber a situação do paciente. O implantodontista Alexandre Bussab, da Clínica Brasil Smiles, explica que o implante é a instalação de um pino de titânio, que é parafusado no osso do paciente. Este pino vai substituir a raiz. “O titânio é um metal compatível como nosso organismo. Para que a integração entre titânio e osso ocorra por completo, demora de quatro a seis meses”, disse. Bussab explica que, após esse procedimento, o paciente recebe uma prótese provisória do dente, que pode ser fixa ou móvel. A cirurgiã-dentista Carla Moruzzi, da Clínica Sorridents, ressalta a importância do repouso absoluto nas primeiras 48 horas após o procedimento. “A alimentação precisa ser pastosa e o paciente não pode forçar a mastigação no local do implante”, afirmou. Após a fixação do pino no osso, será necessário abrir novamente a gengiva para instalar um novo parafuso para fixar o pino de titânio ao dente. O tempo de cicatrização varia de paciente para paciente e pode demorar de três semanas a dois meses. Somente após a cicatrização do segundo procedimento é que será instalada a prótese definitiva do dente. (Regiane Soares) É preciso ter cuidado com prótese barata Pacientes devem ficar muito atentos à escolha do profissional e ao tipo da prótese a ser utilizada pelo especialista -desconfie de serviços muito baratos, que podem não estar usando materiais recomendados. Em média, um pino e um dente custam entre R$ 1.500 e R$ 4.000.

ARTE: FOLHAPRESS


Comportamento

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Parafitness

Pessoas com deficiência fazem cada vez mais sucesso nas redes sociais ao compartilhar sua rotina de exercícios físicos com milhares de seguidores por GIULIANA MIRANDA/FOLHAPRESS

Aos 20 anos, o estudante mineiro Vítor Dourado marca presença na academia diariamente e não descuida da alimentação. O resultado –muitos músculos e uma barriga “tanquinho”– é frequentemente compartilhado com seus quase 80 mil seguidores nas redes sociais. Ele é um dos saradões do Instagram que têm alguma deficiência física e que, cada vez mais, fazem sucesso mostrando a agitada rotina fitness e inspirando outras pessoas a praticar exercícios. Vítor precisou amputar as duas pernas após um acidente de carro quando tinha 17 anos. Foi no processo de reabilitação que ele passou a ter contato com o esporte. Primeiro com a natação, modalidade pela qual chegou a competir, e depois com o vôlei e o jiu-jítsu. Mas foi no fisiculturismo, há dois anos, que ele diz ter encontrado sua paixão. Patrocinado por uma marca de suplementos, ele já participou de dois campeonatos e está fase de preparação para vários outros neste ano. A parte mais difícil, explica Vítor, está na prática de exercícios aeróbicos, necessários para manter seu percentual de gordura baixo. “As minhas próteses não são feitas para quem tem uma vida tão ativa. Elas vivem quebrando porque eu exijo demais delas. Como eu não consigo correr, treino sempre na bicicleta ergométrica, que me machuca”, detalha. Apesar das dificuldades, Vítor diz que não desanima e que recebe bastante incentivo nas redes sociais. Chegou a distribuir autógrafos durante um dos maiores eventos de fisiculturismo do Brasil, o Arnold Classic, no Rio. A modelo Paola Antonini, 21, também compartilha sua rotina fitness nas redes sociais. Só no Instagram ela tem quase 700 mil seguidores. Após ser atropelada em dezembro de 2014, ela teve a perna esquerda amputada acima do joelho e agora usa uma prótese. Além de não fazer questão nenhuma de escondê-la, Paola não deixou de lado as atividades físicas. Frequenta a academia, faz aulas de dança e já se aventurou no skate. Acompanhado por quase 170 mil pessoas nas redes sociais, o paulistano Fernando Fernandes, 35, é outro que ostenta na internet uma intensa rotina de treinos na academia e em diferentes esportes ao ar livre. Uma das principais apostas de medalha do Brasil nos Jogos Paraolímpicos no Rio, ele é tetracampeão mundial de paracanoagem. “Acho que as redes sociais deram mais visibilidade para a prática de esporte pelos deficientes. Muitas vezes é preciso adaptar os exercícios para a nossa realidade. Mas agora as pessoas veem que não é preciso mais ter vergonha disso, de ser diferente”, conta ele. A cada compartilhamento em seus perfis, Fernando, Paola e Vítor colecionam elogios e palavras de motivação.

Internacional

Não é só no Brasil que atletas fitness com deficiência física estão rompendo barreira e fazendo sucesso. No ano passado, a edição britânica da revista “Men’s Health”, uma das mais tradicionais publicações dirigidas ao público masculino, trouxe na capa o personal trainer e modelo fitness Jack Eyers. Eyers nasceu com um problema congênito e precisou amputar uma das pernas ainda na adolescência Isso não o impediu de ter formação em educação física e de praticar esportes como natação, boxe e musculação.

Um ano antes, a edição americana da revista “Men’s Health” já havia estampado o ex-soldado Noah Galloway, que perdeu parte de um braço e de uma perna na Guerra do Iraque. Além de ter continuado com a prática de exercícios –e com o corpo saradíssimo–, Galloway iniciou uma bem-sucedida carreira como modelo. Antes de chegarem às capas de revista, os dois fizeram muito sucesso em vídeos e fotos compartilhadas na rede.

Vantagens

Independentemente da modalidade, quem tem alguma limitação física deve praticar

esportes sob orientação de um médico e de um profissional de educação física, para diminuir o risco de sobrecarga ou lesões. Mas os exercícios são altamente recomendados: há benefícios comprovados para o corpo e para a mente. “A pessoa com deficiência, quando vai buscar o esporte, alia a superação dos limites físicos da deficiência e também aquilo que é natural do esporte, que é de superar os próprios desafios. Nesse processo, ela própria vai trabalhando seus pensamentos e derrubando suas próprias crenças de limitação”, diz a psicóloga Sílvia Deschamps, doutora em educação física e preparadora de atletas com e sem deficiência. Foto: Divulgação

O estudante mineiro Vítor Dourado, 20.


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