881 Edição 30.12.2016

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Braganรงa Paulista

Sexta

30 Dezembro 2016

Nยบ 881 - ano XIV

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Editorial Um ano que não será esquecido 2016 foi um ano como poucos, um ano como há muito tempo não se via. Crise econômica em nível mundial, crise política em nível nacional, indefinição política em nível municipal. Seria um ano para não ser lembrado, no entanto será mesmo dif ícil de ser esquecido. 2017 também não será um ano fácil, mas virá com a sensação de mudança que a passagem do tempo proporciona. Sensação de que o novo ano que se inicia guarda muitas surpresas - positivas e que nos 365 dias seguintes muitas coisas - boas - poderão acontecer. Mas, mesmo que a insegurança e a incerteza ainda pairem no ar, terminado o ano, conseguimos refletir sobre os acontecimentos passados e percebemos que é justamente em meio à crise que surgem os desafios que conseguem nos mostrar do que realmente somos capazes. É a partir dos problemas que saímos da zona de conforto e descobrimos potenciais que ainda estavam escondidos. Enquanto há quem apenas se indigne e espere que as coisas melhorem reclamando pelas redes sociais, há aqueles que promovem a mudança que tanto procuram com ações pontuais ou projetos a médio e longo prazo, como muitas matérias publicadas em nossas páginas no decorrer do ano mostraram. Exemplos a serem seguidos Das doze matérias relembradas nesta retrospectiva, sete falam de projetos ou ações que visam melhorar a vida das pessoas e, consequentemente da sociedade como um todo, das mais variadas formas possíveis. Vão desde a inclusão social de jovens e crianças com algum tipo de deficiência, como as atividades que acontecem no Centro de Convivência Casulo, idealizado por Rita Leme e também no Instituto Daniel Dias, que leva o nome do nadador e medalhista paralímpico, até o grupo de Mães Empreendedoras, que promove a união e fortalecimento de mulheres que realizam trabalhos fora do mercado formal. Mostramos 30 Dezembro 2016

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também as atividades desenvolvidas junto com os jovens que fazem parte da entidade paramaçonica Ordem DeMolay, que visa o aperfeiçoamento do caráter de garotos com idade entre 12 e 20 anos, por meio de estudos filosóficos e ações de filantropia. O aprimoramento do ser humano e da sociedade também é a preocupação do projeto de educação ambiental e troca de cartas promovido pela Diretoria de Ensino Regional, nas escolas da rede estadual. As ações, realizadas de acordo com a realidade de cada instituição de ensino, apresentam como resultado a conscientização da comunidade escolar em questões relacionadas ao meio ambiente. Falamos também do Coletivo Feminista Rosa não Cala, que levanta o debate da violência de gênero, promovendo ações e manifestações pela cidade, engajando cada vez mais mulheres na causa. Apresentamos também o resultado da pesquisa científica realizada pela nutricionista Daniela Magro, que contribui, e muito, para a melhora na qualidade de vida de pacientes com a Doença de Crohn. E, claro, não podemos esquecer da ação conjunta dos comerciantes do centro da cidade a fim de enfeitar a cidade para o natal. Todas essas matérias mostram o quanto o ser humano tem a capacidade de melhorar a própria realidade e daqueles que estão ao seu redor. Além de todos esses assuntos ainda contamos sobre a realização do Inventário Parcial do Patrimônio Arquitetônico de Bragança, que coloca a cidade à frente de muitas outras no que diz respeito a preservação histórica, destacamos a vida e obra do escritor e jornalista bragantino Oswaldo de Camargo, conversamos com a responsável por postular o processo de canonização de Santa Paulina e de Frei Galvão, a Irmã Célia Cadorin e ainda falamos sobre a primeira turma de Krav Magá da cidade. Outros destaques Outras matérias não entraram nesta retrospectiva, mas merecem ser

lembradas neste editorial, Entre elas está a que contou sobre a reforma da Catedral e explicou as referências históricas que podem ser encontradas nos murais pintados pelo artista Sebastião Justino de Faria, o Mestre Justino. Outra foi a que falou sobre moradores de Bragança que iriam participar dos Jogos Olímpicos, o treinador Igor Russi e o ex-boxeador Lúcio Grottone, que foram condutores da tocha olímpica e os fisioterapeutas Lucas de Lima e Eduardo Henrique de Oliveira, que trabalharam como voluntários. Falamos ainda do projeto Rotas das Artes - Arte e Convivência na Serrinha que leva a arte para a zona rural da cidade, utilizando-a como ferramenta para o empoderamento e a expressão humana. E ainda contamos sobre ações de jovens realizadores, o Espaço Comunidade Sorriso, que oferece cursinho e feira populares, o Projeto Filhos, ação de 12 jovens missionários que dedicam a vida em prol das crianças e adolescentes do bairro Vila São Caetano, na periferia da cidade e o grupo de proteção animal Morus Nigra, formado por três jovens garotas de 18 e 20 anos, que se dedicam a resgatar, castrar e encaminhar cães e gatos de rua para lares seguros. Expectativas Uma mudança que pode ser considerada importante para Bragança é a chegada do novo shopping. Depois de décadas à espera, finalmente a cidade tem um centro de compras para chamar de seu. Que o empreendimento possa cumprir com as expectativas do público, atendendo as necessidades de mercadorias e serviços e que também consiga movimentar a economia da cidade, com novas ofertas de emprego. Sobre isso, é preciso falar sobre a preocupação que a cidade sempre teve em como reagiria o comércio local com a chegada do shopping. Certamente o desejo da população é que a concorrência seja propulsora

Exp e d i e n t e Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61. 321/SP) Redação das matérias: Shel Almeida As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

para ambos, a fim de que invistam tanto em qualidade e diferencial de produtos quanto em relação à qualificação profissional dos trabalhadores da área. Se feito de maneira correta, com planejamento e respeito, é possível a coexistência dos dois, o que fará com que a cidade se fortaleça e possa gerar benef ício para todos. No entanto, a mudança mais significativa que cidade terá a partir de 2017 é a troca de prefeito e vice, e de algumas cadeiras na Câmara Municipal. Definido quem estará frente do comando do executivo às vésperas do Natal, começaremos o ano sem o risco de novas eleições. Depois de receber a grande maioria dos votos e terem as candidaturas deferidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, Jesus Chedid e Amauri Sodré irão definitivamente assumir as cadeiras de prefeito e vice-prefeito de Bragança. Esperamos que eles, assim como os vereadores eleitos ou reeleitos, cumpram um bom mandato, que possam trazer melhorias e crescimento para a cidade e que a população receba de volta toda a confiança que depositou nas urnas. Sigamos caminhando, apesar da crise, e que possamos aprender com ela. Feliz 2017


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FELIZ ANO NOVO! Mons. Giovanni Barrese

Chegamos ao final de mais um ano. Iniciamos um novo ano. Tempo de revisões e projeções. De verificar lucros, perdas, danos. Sucessos e insucessos. Quanto se andou em conquistas. Quanto houve de retrocesso. Quais os bons propósitos que chegaram a termo. De saber se foi “um ano bom ou ruim”. Para os mais velhos o ano passou depressa. Para os mais jovens muito devagar. Cada um de nós, enfim, tem um modo de avaliar o tempo que passa. E até de pensar que a bondade ou maldade de um ano seja coisa independente das atitudes pessoais e coletivas. Toda vez que escuto a frase - “Esperemos que o Ano seja Bom” - tenho a impressão que se espera que haja uma intervenção externa para que a bondade prevaleça. Ouço mesmo a expressão “Tomará que Deus abençoe o Novo Ano!”- como se Deus deixasse de abençoar algum dia. Os que têm fé creem que tudo é benção. E não há milésimo de milésimo de segundo que não esteja sob o olhar terno e amoroso de Deus. Mas, no geral, teima-se em fazer de conta que o seu Amor é que tem que curar as dores. Não queremos perceber que os acontecimentos da vida, dos dias, meses e anos dependem daquilo que fazemos de bom ou ruim. Fazemos tanta questão de ser “donos do nosso nariz” naquilo que nos interessa. Quando as coisas exigem de nós mudanças e sacrifícios aí o

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melhor é invocar um poder do Alto! Ao vivermos a realidade de um ano que termina e de outro que se inicia devemos ter claro que o que aconteceu e o que acontecerá terá sido e será sempre obra nossa. Neste rumo quero refletir estas linhas que encerram, neste ano, o espaço que me é oferecido e a bondade dos leitores faz perdurar. Ano Novo bom dependerá sempre das atitudes construtivas. Nas coisas mais simples. Que refletem educação recebida em casa. E vivida, também fora dela. Quando surgem noticiários de coisas mais graves a razão sempre estará na fonte pequena dos anos de infância a juventude. O desmazelo e o descuido com aquilo que é de todos é excelente alicerce para o desrespeito aos valores maiores. O desprezo das coisas pequenas leva ao desprezo dos valores fundamentais. Daí o “salve-se quem puder” e o “... tando bom prá mim o resto que se dane...”! Muitos podem até dizer que não há muito que fazer. Eu creio que não é o modo correto de abordar a situação. É preciso investir, paciente e perseverantemente, no aprimoramento das pessoas. Partindo das famílias, das escolas, das comunidades e grupos religiosos, das associações de classe, dos clubes, etc. Somos um todo, querendo ou não. Se não agirmos juntos formar-se-á um monstrengo social fadado à destruição. E não é isso que queremos quando começa o ano novo. Os votos que damos e

recebemos nos apontam desejo de melhores dias. Que virão pelo nosso trabalho. Com as bênçãos de Deus sim. Mas como nosso empenho. Benção de Deus é como chuva que cai. Fecunda sempre a terra. Mas se abrirmos o guarda chuva!... O grande drama dos nossos tempos é que tiramos a Deus das nossas vidas. Queremos viver e tomar decisões sem escutá-lo. Fazemos e agimos de acordo com aquilo que julgamos o mais oportuno. Não querendo ouvir o Senhor. Ele, cavalheirescamente, sai de cena. Deixa-nos agir segundo nossa vontade. O desleixo em trabalhar, com as novas gerações, os valores fundamentais da dignidade de cada ser humano e a necessidade de ter sempre diante dos olhos o bem comum, produzem os gestos de violência, de descaso. Não devemos, todavia, desanimar. Há sempre a possibilidade de retomar o caminho. Os cristãos são portadores da Esperança. Virtude que nos convoca a fazer aquilo que sonhamos e a contagiar, pelo testemunho, a todas as pessoas para que desejem engajar-se também. Aliada à Perseverança nos ajudará a não perder de vista a realidade que sonhamos e a colocar mãos a obra no caminhar de todos os dias. Com os pés no chão. E o olhar no horizonte. Feliz Ano Novo!


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Janeiro

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Em nome de

Santa Paulina Irmã Célia Cadorin foi a responsável por postular a canonização da santa que viveu em Bragança Em janeiro tivemos a oportunidade de conhecer e conversar com a Irmã Célia Cadorin, responsável por postular o processo de canonização de Santa Paulina. Seu trabalho de investigar, pesquisar e organizar toda a documentação necessária para que a Madre pudesse se tornar Santa começou em 1982 e só terminou em 2002. Referência no que diz respeito à causa dos santos na Brasil, Irmã Célia também foi a postulante de Frei Galvão, canonizado em 2007 e trabalhou em mais de 28 processos que hoje estão em andamento com outros postuladores. Graças ao seu empenho, Irmã Célia conseguiu o feito de ter dois santos canonizados com apenas cinco anos de diferença. Outro feito foi o de ser a única mulher postuladora, até então. “No dia da Canonização do Frei Galvão, que aconteceu em São Paulo, havia mais de 600 homens juntos ao Papa Bento XVI, cardeais, bispos, padres. E eu era a única

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mulher ali. Mas o que me deixou surpresa foi que o Papa veio até mim e me abraçou. Eu realmente não estava esperando”, recordou. Adora entrevistas Em conversa por telefone com o Jornal do Meio, a Irmã Maria Menestrina, da casa São Luiz, conta que Irmã Célia gostou muito da matéria. E que o jornal circulou muito fora de Bragança. “O jornal foi para São Paulo, para os colégios por onde ela passou. Enviamos para toda a nossa congregação e também para a família dela em Santa Catarina. Ela adorou, gostou muito da matéria e da conversa. Ela adora ser entrevistada”, brinca. De acordo com Irmã Maria, Irmã Célia, de 89 anos, se mantém lúcida, mas fisicamente fragilizada. O que não a impede de continuar acompanhando outros processos de canonização como colaboradora.

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Fevereiro

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Centro de

Convivência Casulo Centro desenvolve atividades com foco em crianças com necessidades especiais. Aproximação de mães dentro do projeto faz com seja um centro de convivência para elas também Em fevereiro contamos sobre o primeiro ano de atividade do Centro de Convivência Casulo, local com finalidade de atender crianças e jovens com necessidades especiais. De acordo com Rita Leme, coordenadora do projeto, “o Casulo é onde esses jovens adultos se reúnem para participar de atividades diversas, como artesanato, música, dança, relaxamento, passeios. O objetivo é que, por meio da convivência social, esses jovens possam adquirir autoestima e qualidade de vida. Esse é um projeto cuja a perspectiva de futuro é muito grande e de muito valor, devido à necessidade e a quantidade de pessoas que precisam desse apoio”. Natal Inclusivo Solidário “As mães amaram a matéria. Para elas, poder falar sobre o trabalho que desenvolvemos aqui é a esperança de coisas ainda melhores para as crianças. O Casulo se tornou um centro de con-

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vivência para essas mães também. Muitas delas participam das atividades como voluntárias”, fala. Depois de finalizado mais um ciclo, Rita conta que o encerramento anual foi celebrado com uma festa especial, o Natal Inclusivo Solidário. “Fizemos uma almoço na Igreja de Santa Maria com participação das crianças e familiares do Casulo, com o grupo Amadas, de mães de autistas, e também com as crianças da comunidade. Foi uma interação muito importante entre as crianças com e sem necessidades especiais, um momento de respeito e compreensão do diferente. Ainda conseguimos arrecadar e distribuir 410 cestas de natal, graças a ajuda de muitos colaboradores”, conta. O Centro de Convivência Casulo fica na Rua da Glória, 135, no bairro do Cruzeiro, ao lado da Igreja de Santa Maria. Atualmente atende cerca de 40 crianças e jovens.

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Março

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Pesquisa científica Daniela Magro recebe novo prêmio por trabalho desenvolvido a respeito de doença de Crohn No mês de março o Jornal do Meio conversou com a nutricionista e pesquisadora Daniela Magro, que havia recebido o Prêmio Jovem Pesquisador durante o Congresso Americano de Doença Inflamatória Intestinal, realizado nos Estados Unidos. Aluna de pós-doutorado da Faculdade de Ciência Médicas da Unicamp, ela recebeu o reconhecimento pelo trabalho “Evaluation of GLP-2 levels in Crohn’s disease” que avalia os níveis dos hormônios GLP-1, GIP e GLP-2 em pacientes com a doença de Crohn, uma inflamação crônica do intestino associada à diarreia e desnutrição. “Com a pesquisa concluímos que as deficiências nutricionais dos pacientes com a doença de Crohn não estão apenas relacionadas às alterações inflamatórias que a enfermidade ocasiona no trato gastrointestinal, mas também, à secreção dessas substâncias. Existiam poucos estudos em relação a isso e a pesquisa conseguiu elucidar, um pouco, sobre o porquê desses pacientes

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serem tão emagrecidos”, explicou. Novo prêmio O trabalho de Daniela continua sendo reconhecido. Em outubro, a mesma pesquisa premiada nos Estados Unidos foi premiada no Congresso Brasileiro de Coloproctologia. “Estamos dando continuidade às pesquisas, participamos novamente do congresso americano com três novos trabalhos. Dessa vez não trouxemos prêmio, mas foi muito importante para darmos seguimento ao que vem sendo produzido”. Sobre a matéria, Daniela analisa que, mais do que o reconhecimento, é necessário fazer com que pacientes com doença de Crohn saibam que podem ter acesso ao tratamento no HUSF, com Dr. Martinez, que também falou ao jornal na época da matéria. “Ele comentou comigo que recebeu pacientes procurando pelo tratamento depois de lerem a matéria. Isso é muito importante”, fala

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Abril

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O melhor ataque

é a defesa Krav Magá chega a Bragança e forma a primeira turma

Em abril falamos sobre a primeira turma de Krav Magá de Bragança, luta israelense trazida este ano para a cidade pelo professor de educação f ísica João Custódio. A filosofia da luta, que é a união de várias técnicas, é a neutralização de ameaça e manobras de defesa. Por ter o foco na defesa pessoal é ideal para mulheres, pois consiste em respostas simples, diretas e rápidas para situações de violência urbana. “Não há defesa sem ataque. Na nossa formação, aprendemos que, se um indivíduo vem atacar, ele tem 10% de força, enquanto você tem 6%. A partir do momento em que você se defende e contra-ataca, ele passa a ter 3% e é aí que você consegue ter o controle da situação”, explicou. Turma formada De acordo com João, essa primeira turma

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passou recentemente pela graduação, no começo de dezembro, em Botucatu, e fez a primeira troca de faixa. “Nesse evento, que contou com a presença do Grão Mestre Yaron Alexander Lichtenstein, foram graduados nove alunos de Bragança Paulista, entre eles dois adolescentes e uma mulher. Essa é a primeira turma primeira de faixa amarela da cidade pela escola Bukan”, conta. Sobre a matéria, ele diz que a repercussão conseguiu fazer com a luta ficasse conhecida na cidade. “Muita gente procurou a academia depois de ver o jornal. Até hoje o pessoal fala a respeito, que foi importante saber que agora também é possível aprender Krav Magá sem precisar sair de Bragança”. João aproveita para avisar que está em novo endereço. “Mudamos para a Academia Pantera Negra, que fica na Av. Antonio Pires Pimentel, 1.314”, fala.

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Maio

Reconhecimento

de causa

Trabalho da Ordem DeMolay começa a ser conhecido em Bragança Em maio o Jornal do Meio falou sobre as

base, que são a liberdade civil, a liberdade

atividades da Ordem DeMolay, entidade

intelectual e a liberdade religiosa,” contou

paramaçonica formada por jovens do sexo

Paulo Henrique Rodrigues Filho, integrante do

masculino, de 12 a 20 anos de idade, que tem

Capítulo Danilo Edmir Trevisan, de Bragança.

fim de preparar melhores cidadãos e futuros

Melhor do que o esperado

líderes, visando sempre o aperfeiçoamento do

Na época da matéria, a Ordem DeMolay iria

caráter e, consequentemente, da sociedade

realizar um Almoço Beneficente, para arre-

como um todo. Os estudos filosóficos da or-

cadação de fundos. De acordo com Paulo, o

dem são baseados nas sete virtudes cardeais,

evento foi um sucesso. “O que arrecadamos foi

que são o amor filial, a reverência pelas coisas

o suficiente para as filantropias do ano todo.

sagradas, a cortesia, o companheirismo, a

Fizemos todas as atividades que planejamos e

fidelidade, a pureza e o patriotismo. “Há

ainda mais um pouco. Acredito que a matéria

também as atividades de caráter filosófico,

contribuiu para confirmar a causa. Ajudou

com ensinamentos passados pela própria

a desmistificar o que é a Ordem DeMolay e

ordem, buscando sempre moldar o jovem

fazer as pessoas entenderem do que se trata

para o bem, com a intenção de formar líderes

exatamente. Percebemos que nossa página

sociais. Além das sete virtudes, existem mais

no facebook recebeu mais visitas depois

três ensinamentos que também temos como

disso” conta.

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como objetivo aprimorar potencialidades a

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Junho

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Em prol do

meio ambiente Projeto desenvolvido pela Diretoria de Ensino promove troca de cartas e educação ambiental Em junho contamos sobre o projeto de educação ambiental desenvolvidos pela Diretoria de Ensino de Bragança nas escolas estaduais da região. O projeto consiste em estimular o desenvolvimento de trabalhos relacionados ao meio ambiente dentro das instituições de ensino, de acordo com a necessidade de cada uma. Posteriormente, as escolas trocam cartas entre si, contando sobre o processo que está sendo desenvolvido. Dessa forma é possível promover o trabalho em equipe e resgatar com as novas gerações o costume de trocar correspondências. “A maioria dos alunos não tinha noção de como funcionava, até por ser algo manuscrito. A expectativa deles foi muito boa, ansiosos pela carta da outra escola, sensação bem diferente da troca de e-mails ou mensagens ao qual estão acostumados”, contou Hercimary Bueno de Oliveira, Professora Coordenadora do Núcleo Pedagógico da Diretoria Regional de Ensino.

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Saldo positivo De acordo com Hercimary, o projeto teve um resultado bastante positivo. “No decorrer do ano, o projeto teve continuidade e funcionou com estímulo dentro das escolas. Agora, no final do ano, tivemos o fechamento, junto aos grêmios estudantis, com a apresentação de tudo o que foi desenvolvido. Todo mundo gostou muito do reconhecimento que o jornal proporcionou ao trabalho. Entregamos exemplares para as 64 escolas, dos doze municípios que compõem a nossa Diretoria de Ensino e também para a Secretaria da Educação do Estado”, conta. Para a população, também é fundamental poder conhecer trabalhos importantes que são realizados dentro das escolas públicas. Ainda mais quando um projeto que proporciona tanta integração e promoção do bem comum é criado e desenvolvido exclusivamente em nossa região, tornando-se também referência no que diz respeito à discussão da questão ambiental.

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Julho

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Em terras

bragantinas Escritor Oswaldo de Camargo recebe, enfim, o reconhecimento de sua obra na cidade em que nasceu No mês de julho apresentamos a história do escritor e jornalista Oswaldo de Camargo, cidadão bragantino de nascimento e infância, mas que ainda se mantinha anônimo por aqui. Ele voltou à cidade para falar de seu livro “Raiz de um Negro Brasileiro”, em um evento na USF, e concedeu entrevista ao Jornal do Meio posteriormente. “Eu era um molequinho solto em Bragança, não existia, ninguém sabia de mim. E, como eu digo em meu livro, para quê saber de mim? Eu era mais um pretinho filho de um apanhador de café e de uma lavadeira”, falou. O livro tem grande importância histórica, não apenas para Bragança, já que se trata de memórias do tempo em que o escritor passou na cidade. Mas, principalmente, porque pode ser considerado um marco para a literatura negra. As recordações transcritas nas páginas aumentam de proporção porque carregam a

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história de um indivíduo, mas também uma história coletiva, de muitas crianças como Oswaldo, nascidas em um país cuja memória escravocrata ainda é recente. Reconhecimento De acordo com Seu Oswaldo, para seus amigos próximos, o fato de um jornal bragantino ter dedicado a capa e uma matéria de página inteira para falar tanto de sua vida quanto de sua obra é um reconhecimento importante. “A opinião geral foi de que, enfim, recebi o merecido reconhecimento da cidade onde nasci. No Museu Afro Brasil, onde sou conselheiro, foi apreciado também o arranjo fotográfico para a apresentação de meus livros. Essa matéria veio somar em relação ao reconhecimento que venho recebendo como autor, desde 2014, quando recebi o título de cidadão paulistano”, fala.

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Agosto

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março

Poder feminino Garotas do Coletivo Rosa Não Cala agitam a cidade com manifestações contra o sexismo Em agosto as ações do Coletivo Feminista Rosa Não Cala foram tema de matéria no Jornal do Meio. Formado por mulheres com idade média entre 17 a 25 anos, o grupo agitou a cidade com manifestações engajadas que visavam combater o sexismo e a violência de gênero. Primeiro panfletaram em um farol que fica em frente a uma escola em apoio a uma professora que teve o corpo fotografado por um dos alunos e, segundo o coletivo, o fato foi minimizado pela direção. Posteriormente saíram pelas ruas do centro com cartazes e palavras de ordem contra as publicações repletas de discurso de ódio e apologia aos crimes de pedofilia e estupro veiculadas no folhetim Joaninhas do Toró. “Ouvimos muitas palavras de apoio nas manifestações. As mulheres estão cansadas de serem tratadas com desrespeito. Alguns homens também se

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manifestaram a favor, vários pedindo desculpa ou por terem rido desse tipo de piada que é publicada no folhetim ou por simplesmente ignorarem esse tipo de atitude”, contaram. Destaque Segundo Aline Zarur, integrante do coletivo, a matéria ajudou a fazer com o grupo ficasse mais conhecido na cidade. “Antes da matéria, quando íamos participar de alguma atividade, precisávamos primeiro explicar sobre o que se tratava o coletivo. Depois da matéria, quando chegávamos, as pessoas já sabiam quem éramos e conheciam as ações do coletivo. Esse destaque proporcionado pelo jornal contribuiu muito para o nosso trabalho, as meninas adoraram o reconhecimento. A matéria do Jornal do Meio tem um lugar especial em nosso clipping”, diz.


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Setembro

Preservação

da história Inventário resgata a memória de Bragança

Pré-tombamento “O retorno que eu tive das pessoas que leram a matéria foi de que normalmente as que falam de patrimônio, falam do assunto de um modo geral. Essa falou de algo bem específico, aproximou para a realidade do leitor. Quem é de fora e ficou sabendo do inventário ficou impressionado pelo fato de uma cidade do interior tenha desenvolvido um trabalho assim, com esse tipo de levantamento que fizemos. Bragança é um diferencial nesse sentido e abre caminhos para que outras cidades pequenas realizem trabalhos similares”, fala Roberto. De acordo com Gustavo, com o inventário em mãos, o CONDEPHAC já deu prosseguimento ao trabalho de pré-tombamento de alguns imóveis. “Dos mais de 300 inventariados, selecionados 160 imóveis para passar por todo o processo, até chegar ao tombamento”, conta.

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Em setembro, falamos com o historiador e arquiteto Roberto Pastana Teixeira Lima, responsável por produzir o Inventário Parcial do Patrimônio Arquitetônico de Bragança solicitado pelo CONDEPHAC - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade. “Embora a área inventariada seja restrita, fizemos um levantamento geral. O fato de não estar sendo levado em conta apenas o monumental, mas também os pequenos edif ícios, os conjuntos de casas pequenas. Isso significa que não está se preservando apenas a memória das grandes famílias mas sim a memória da população como um todo”. Para o arquiteto Gustavo Picarelli, presidente do CONDEPHAC, “inventário dá amplitude e ambientação para o nosso trabalho. As fichas funcionam como um parâmetro, falam como os estilos arquitetônicos foram evoluindo ao longo do tempo na cidade”, explicou.

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Outubro

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Esporte e

inclusão social Nadador Daniel Dias trabalha para que mais crianças com deficiência descubram a natação

No mês de outubro, conversamos com o nadador e medalhista paralímpico Daniel Dias, que contou a respeito do trabalho que desenvolve para a inclusão de crianças com deficiência no esporte. “O mais importante no esporte paralímpico é mostrar para essas crianças que elas são capazes. Possivelmente, muitos dos que estão nadando hoje, nunca irão conseguir chegar no alto rendimento. Mas, o grande detalhe, é a gente olhar para a arquibancada e olhar para dentro da piscina e poder ver crianças e pais realizados. Com o esporte, elas vão conseguir se incluir na escola, no trabalho, no que escolherem fazer na vida. Quando decidimos abrir o Instituto Daniel Dias aqui em Bragança foi justamente para podermos usar mais ainda essa ferramenta que é o esporte, a fim de trabalhar a inclusão. Porque se fala tanto em inclusão mas ainda se

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faz tão pouco. Antigamente era comum que as pessoas com deficiência não saíssem de casa. A evolução, a visibilidade e os resultados que estamos alcançando no esporte paralímpico, ajudaram muito a trazer mais informação”, falou.. Redes Sociais De acordo com Marcos Rojo Prado, técnico de Daniel Dias e um dos responsáveis pelos treinos para crianças com deficiência na Piscina Maria Astrid Dubard, o grupo de treinadores e alunos gostou do reconhecimento proporcionado pelo Jornal do Meio. “Foi muito bacana. Os pais adoraram, o Daniel e o Andrey também gostaram. Coloquei nas nossas redes sociais e o comentário geral foi de nos parabenizar pelo trabalho. Para gente foi muito bom esse reconhecimento”, fala.

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Novembro

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Natal iluminado Comerciantes se uniram para enfeitar as ruas do centro da cidade Em novembro falamos sobre a iluminação

de iluminação. Estão localizadas na frente

de natal das ruas do centro da cidade, pela

do Mercado Municipal e na Praça Raul

primeira vez patrocinada pelos comerciantes

Leme, em frente à Catedral.

da região. De acordo com Gerson Teixeira, um dos coordenadores do projeto, a adesão

Reflexo positivo

dos lojistas foi acontecendo aos poucos.

“A população gostou muito, principalmente

“No começo tivemos uma certa dificuldade,

das árvores. A repercussão foi grande,

mas depois as pessoas foram contando umas

os lojistas estão sendo parabenizados

para as outras e adesão foi aumentando.

pela iniciativa de se unir para deixar a

Para facilitar, dividimos por quarteirão, cada

cidade bonita para o natal. Houve um

um com o seu coordenador responsável.

reflexo positivo e um bom retorno para

Conforme os lojistas foram percebendo

o comércio. Várias pessoas comentaram

que o quarteirão ao lado estava aderin-

que ficaram sabendo que era uma ação

do, também quiseram participar, e isso

patrocinada pelos comerciantes porque

foi fortalecendo o grupo como um todo.

viram a divulgação na imprensa. O jornal

Conseguimos contar com a participação

atinge um bom número de pessoas, e o

da grande maioria dos empresários do co-

deu para percebermos pelos comentários

mércio”. Além dos enfeites nas ruas, duas

é que elas gostam de matéria relacionadas

árvores também fizeram parte do projeto

à cidade”, diz.

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Dezembro

grupo Trabalho em

União fortalece o trabalho das Mães Empreendedoras No último mês do ano apresentamos o grupo Mães Empreendedoras de Bragança Paulista, criado com a finalidade de divulgar os trabalhos e serviços que realizam individualmente e fortalecer umas às outras. A primeira ação do grupo foi o Bazar de Natal, que aconteceu no Jardim Público até o dia 23 de dezembro. “Esse contato entre mães, de conseguir juntar o seu trabalho com o trabalho de outras, facilita muito, abre portas no sentido de conhecer mais pessoas, descobrir novas oportunidades e, principalmente, de fortalecimento Eu vi tanta coisa diferente e interessante quando estive morando fora da cidade que quando voltei, me assustei que por aqui as coisas continuavam do mesmo jeito. Quando cheguei, passei por algumas entrevistas de emprego, mas a pergunta chave para eu

não ser contratada era sempre se eu tinha filhos pequenos. Foi então que eu percebi que Bragança precisava ter um grupo de mães, nós tínhamos que unir forças”, contou Graziela Silva Leme, idealizadora do grupo. Novas integrantes “A matéria ajudou muito na divulgação do bazar. Muita gente participou, veio conhecer. Deu tão certo que nos finais de semana tivemos que começar mais cedo, as 14h ao invés das 16h, a pedido do público. Todas as atividades aconteceram, nem a chuva afastou as pessoas. E, depois que saiu o jornal, a adesão ao nosso grupo no facebook aumentou muito, chegamos a mais de 100 integrantes. Foi muito importante para que a cidade conhecesse a nossa proposta”, fala.

Jornal do meio 881

30 Dezembro 2016


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30 Dezembro 2016

Jornal do meio 881

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