908 Edição 07.07.2017

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Braganรงa Paulista

Sexta 7 Julho 2017

Nยบ 908 - ano XV jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


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Para pensar

Jornal do Meio 908 Sexta 7 • Julho • 2017

Expediente

Perseverar quando

perseguidos! por Mons. Giovanni Baresse

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão.

Por volta doo ano 620

ça! ”

A resposta de Deus: “

(Jeremias 20,7.10.14-15). Num

só é possível vencer a maldade

antes de Cristo o profeta

A quem eu te enviar, irás, e o

texto do Evangelho de Mateus,

se aprendermos a agir e viver

Jeremias é enviado para

que eu te ordenar, falarás. Não

escrito para a comunidade

como comunidade. Na lingua-

alertar autoridades e povo sobre

temas diante deles, porque eu

cristã que vivia a perseguição

gem religiosa chamamos a isso

a destruição que se aproximava.

estou contigo para te salvar”

pelo império romano nos anos

“Igreja”. Quando Jesus quis a

Para garantir poder, reis come-

(Jeremias 1 6-8). A história de

80-90, o evangelista recordava

igreja foi para nos fazer ver que

çaram a alinhavar alianças com

Jeremias pode muito bem ser

as palavras de Jesus àqueles que

o caminhar do Reino de Deus

onde nos voltarmos parece não

povos pagãos. A convivência

comparada a todos quantos

o seguiam: “Não tenham medo

se faria como novo povo com o

haver nenhum ponto firme onde

significava um grave risco para

buscam viver a fidelidade a Deus

daqueles que matam o corpo,

qual Deus fez aliança enviando

se possa ancorar o renascer da

a identidade do povo eleito.

diante do mundo conturbado

mas não podem matar a alma.

o seu Filho. A possibilidade de

confiança e a certeza da verda-

Outros deuses, materializados

pela ganância, pela violência,

Pelo contrário, temei aquele que

vencer a estrutura de vida que

de. Penso que todos estamos

pela visualização de figuras

corrupção e desvios de toda

pode destruir a alma e o corpo

não quer saber de Deus e dos

atônitos diante de tudo o que

humanas e de animais e aves,

ordem. O profeta é marcado

no inferno” (Mt.10,28). Todo

valores do seu reino é o cami-

acontece. E com a clara visão

facilitavam a necessidade de

pela incompreensão também

crente em Deus, todo discipu-

nho feito como povo. Não há

que a necessária harmonia do

tocar o sobrenatural. Outros

dos familiares e amigos. Sua

lo de Jesus Cristo é chamado

lugar nem sucesso para franco

quotidiano não será resolvida

usos e costumes colocavam

pregação era incômoda. É preso,

a denunciar o Mal. Faz parte

atiradores! Parece que devemos

por uns poucos. É preciso firmar

em cheque as tradições dos

xingado, escarnecido, vilipen-

da fé em Deus, da fé em Cristo

formar consciência que somente

consciência que o caminho para

antepassados. Mas não havia

diado. Deve esconder-se. Fugir.

a rebelião contra a maldade.

caminhando juntos poderemos

a normalização da vida nacional

interesse das elites em preservar

Num determinado momento,

Mas como enfrentar essa hidra

criar as possibilidades para

passa pelo envolvimento de

a si e ao povo. Nesse quadro está

diante da perseguição vem a

poderosa e, aparentemente in-

que a Justiça e Paz que tanto

todos. A tarefa é árdua. Não há

situada a vocação do Jeremias.

queixa: “Tu me seduziste, Javé,

vencível? Todos os dias vemos o

almejamos se firmem cada vez

dúvida que até o medo do que

Sua missão é denunciar as con-

e eu me deixei seduzir...Sirvo

vicejar das falcatruas e a enorme

mais. Nesta perspectiva devemos

fazer nos atinge. O recomeçar

sequências do afastamento da

de escárnio todo dia... Eu ouvi

dificuldade em eliminar atitudes

olhar a situação entristecedora

do país está nas mãos de todos.

fidelidade devida a Deus. Ele

a calúnia de muitos... Maldito

que menosprezam a honestidade.

que vivemos em nosso país.

É preciso que nossa crença em

tenta se esquivar: “Ah! Senhor

o dia em que nasci... Maldito o

Parece que somos tão fracos e

Nossas autoridades maiores

Deus e nos valores humanos nos

Javé, eis que eu não sei falar,

homem que deu a meu pai a boa

impotentes! A chave da questão

se encontram envolvidas num

mova a fazer a parte pessoal

porque sou ainda uma crian-

nova: nasceu-te um filho homem”

se encontra na descoberta que

emaranhado de acusações. Para

e social! Assim seja!

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


Reflexão e Práxis

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Expedição típica às savanas africanas País sul-americano, ex-Guiana Holandesa Impulso, em francês Sufixo: inflamação

Que age às escondidas e pelas caladas

Juntar Traço que define uma rota

(?) Holanda, humorista brasileiro

(?) juris: direito autônomo, em latim

500, em romanos A mulher alcoolizada

Ramalho Ortigão, escritor português

“Sempre (?)”, lema escoteiro Penhoar Conjunto de esposas do sultão

Planta da qual se extrai o óleo de rícino

Tempero do refogado Sintetizador de cocaína

A lebre, por sua destreza Borda do chapéu Criada; governanta

Raquel, em relação a Ruth em “Mulheres de Areia” A chegada da viagem aérea Local da bagagem, no carro

BANCO

Que infunde medo Tonelada (símbolo)

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Solução

SE

e não com as leis no trato com amigos e iguais. Segundo o ditado popular, o pau que bate em Chico não bate em Francisco. Consequências desta postura vergonhosa e irresponsável são inúmeras, desde a certeza da impunidade para a classe política até a impossibilidade de defesa de um Estado democrático e de direito, pois a existência de duas Justiças, uma carregada de privilégios e de interesses e outra para as pessoas comuns e desamparadas, cria, por si só, a impossibilidade de construção de uma sociedade justa e honesta pela corrupção e inconsequência de quem deveria prezar pelo interesse público, ou seja, o Estado ideal, justo correto e abstrato, se contrapõe a um Estado real, tal qual ele é, ou seja, falso, injusto e mentiroso. O mais assustador é imaginar que algumas pessoas creem no espetáculo das investigações em curso e que se esquecem do caráter protetor da Justiça frente as amizades políticas ou aos interesses partidários. Réus e ministros, juízes e procuradores, políticos e empresários são amigos, companheiros, iguais. Como ficam, nestes casos, a imparcialidade e a aclamada objetividade do Direito? Como ficam isentos aqueles que julgam e seus réus? Na verdade, como ficamos nós que assistimos a tudo sem poder fazermos nada? Esperamos que o Estado cumpra o Bem Comum, razão maior de sua existência, e vemos que o Estado brasileiro usa a autoridade, o poder e a força que lhe damos em nome de uma minoria de privilegiados, acima das leis e de todos nós, impondo sua autoridade, seu direito de mandar e dirigir, e seu poder e força obrigando-nos a aceitar e acatar decisões injustas sem possibilidade de reação ou de resposta. Tal qual escreveu Aristides Lobo, “assistimos a tudo bestializados”.

Tribunal militar (sigla) Machuca

D C O R D E R E O S T M F A R I E L A N R I G E I R O V D R O B E O E R A B A A G E M M I D O A L A S

O que pensar ou dizer? Como entender ou aceitar o que a dita Justiça brasileira fez, na última semana? Como justificar ou explicar, diante das regras do bom senso ou do Bem Comum, características enterradas e, por isso, distante das instâncias maiores da Justiça, as ações tomadas em suas salas? Como dizer a uma pessoa honesta que a Justiça brasileira é confiável? Diante de questões cujas respostas já conhecemos, retornamos ao velho debate entre a legitimidade e a legalidade. No entanto, desta vez, vale pensar somente a questão da legalidade. Em termos gerais, a legalidade significa tudo aquilo que as leis e a Constituição dizem ser aceitos no arranjo político e social para o funcionamento correto e seguro do Estado, mas sabemos que a distância entre o que é correto com relação ao que é legal é imensa e sempre, invariavelmente, favorece os estratos sociais mais poderosos, sejam os poderes econômico e/ou político em detrimento da maioria que não é dotada de poderes. Exemplos disso, são historicamente conhecidos e noticiados. O Estado brasileiro ideal, aquele sonhado por muitos, aquele que aparece nas propagandas oficiais ou aquele que surge nas frases empoladas e rebuscadas de nossos magistrados, senhores dotados da mais alta sapiência, título que por si só já é de uma arrogância ímpar, usa de seus artifícios legais para praticar atos condenáveis do ponto de vista moral e que jogam no lixo a crença diante do espetáculo vazio e midiático das investigações com seus nomes infantis, dando a impressão de que a Justiça será feita no Brasil. A pergunta Justiça para quem?, entretanto, permanece sem resposta clara. Na verdade, a nossa História, desde o Brasil colonial e os atos recentes da injusta e interesseira Justiça brasileira, mostra o que todos sabemos, ou seja, a Justiça no Brasil é um privilégio de classe, seja ela social, política ou econômica, coisa de amigos, de membros de famílias importantes e contando com a benevolência

Rio que corta Paris

Espinha Festa cristã (?): coluna na semana vertebral anterior à Contrair Páscoa

M C T E R E N T I A T A R S A N S E U N I R R A T U I E MO N A A L H E M E A T E R R E T E R T A M

por pedro marcelo galasso

Duas emissoras de TV Míssil (?): arma militar de defesa Santa (abrev.) Creme (?), precursor do condicionador

Estado natal de Tom Cavalcante

S B A S T R I Ã S O S M A L G A D P O

e a desconfiança

Explosivo usado em pedreiras

© Revistas COQUETEL

Tiro de (?): saída de bola pelo goleiro

3/stm — sui. 4/élan. 5/rinse. 6/bêbeda. 8/suriname. 9/antiaéreo.

A vergonha

Fotógrafo mineiro de “Gênesis” e “Êxodos”

Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

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por SARAH MOTA RESENDE/FOLHAPRESS

Num piscar de olhos, eles apareceram. Em bancas, lojas de brinquedos, anúncios on-line, na escola, na mão de alguma criança ou adolescente na sala de espera do dentista. A fórmula dos spinners é simples: basta encaixar um deles entre os dedos polegar e indicador e girar. Um rolamento no centro permite o movimento, enquanto pesos iguais equilibram as pontas. Intuitivamente, você gira de novo, de novo, resmunga quando o objeto cai e comemora quando gira mais do que o esperado. Num ciclo vicioso, você roda mais uma vez... Se algum dia você já rodopiou um caderno sobre a a ponta de uma caneta, já entendeu como funciona. A terapeuta ocupacional Ana Luiza Andreotti explica que o spinner é um “fidget toy”, brinquedo manipulável indicado para quem é inquieto, que não consegue organizar o comportamento ou se manter atento. O brinquedo, que é febre no mundo todo, chegou ao Brasil com a mesma promessa com que é vendido lá fora: auxiliar crianças com deficit de atenção ou do espectro autista. Há quem diga também que ele pode combater a ansiedade e o estresse. “De todos os ‘fidgets toys’ que existem, ele não é o melhor. Não mexe muito com as mãos nem usa outros estímulos sensoriais. É um objeto da moda, como foi o ‘beyblade’ (tipo de pião, originado a partir de um desenho de mesmo nome, com lançadores, hastes de plástico e pista de combate). Não é um brinquedo que faz uma grande diferença no comportamento de uma criança, que a deixa menos ansiosa, menos estressada ou mais atenta em determinadas situações”, diz Andreotti. A ideia do “mecanismo de ação” do objeto é dar um destino à inquietude das mãos. “Se você dá um estímulo sensorial para uma criança ou para um adulto, isso canaliza aquela ‘porta sensorial’, o que permite que as capacidades tensional e motora melhorem”, diz Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da criança da Universidade de São Paulo (USP). Algo semelhante acontece quando se utiliza uma música de fundo para ajudar na concentração no trabalho ou em alguma leitura. “A gente presta atenção na música. Ela nos dá um estímulo sensorial e, com isso, conseguimos desempenhar a tarefa com mais facilidade”, diz Polanczyk. ORIGEM Sem patente, o spinner é fabricado e comercializado por diversas empresas, muitas sem o registro do Inmetro, que não o recomenda para crianças com menos de 6 anos. Mas, mesmo sem registro oficial, esse recente “boom” fez emergir uma possível criadora do artefato. A americana Catherine Hettinger, que tem miastenia grave, doença autoimune que causa fraqueza muscular, diz ter criado o objeto em 1993 para interagir com a filha Sarah, hoje com 30 anos. Ao jornal britânico “The Guardian”, Hettinger diz que está satisfeita com o sucesso e que o fato de não ganhar dinheiro com o que seria sua invenção não a entristece. “Estou emocionada. Talvez, se fosse algum tipo de produto de exploração e minha única motivação fosse fazer dinheiro, eu teria uma atitude diferente.” As tais propriedades benéficas à saúde seguem como incógnita. Sem qualquer estudo científico que esmiúce as promessas, muitos especialistas consultados pela Folha se recusaram a falar sobre o assunto alegando desconhecimento ou que o brinquedo não tem aval para tal. “Não tem como concluir, de forma categórica, se eles funcionam ou não. Mas a ausência de evidência não é evidência de que não tem efeito”, pondera Polanczyk. A explicação de Enio Roberto de Andrade, psiquiatra do Hospital Sírio-Libanês, segue a mesma linha. “Vendem como um produto para tratar estresse, ansiedade, deficit de atenção e hiperatividade e autismo, mas não há estudo científico na literatura médica que valide isso. É um modismo sem respaldo, mas pode ser que, no futuro, surja alguma evidência.” Para Andreotti, o spinner fracassa no principal objetivo, que é mexer a mão e ativar a musculatura. “É um brinquedo muito passivo.” diversão Mas, como um passatempo qualquer, o

spinner cumpre sua função de entreter e ainda agrada pais que se sentem aliviados de verem os filhos se divertindo com uma brincadeira que não seja virtual. É o caso de André Luiz Silva Santos, 7, que, desde que conheceu o brinquedo com um amigo da escola, não o largou mais. Em uma oficina organizada pela Oficina Mundo Maker no Lar das Crianças,

instituição beneficente m São Paulo (SP), acompanhada pela reportagem, ele aprendeu a fazer seu próprio spinner com madeira e parafusos. “É muito legal e eu gosto de deixá-lo girar no nariz”, diz. Por isso é necessário supervisionar a brincadeira. Crianças gostam de empiná-los nas extremidades do rosto, no joelho, nos pés e

nos cotovelos, entre outras manobras. Se não houver cuidado, as hélices do objeto podem atingir os olhos e demais partes sensíveis do corpo. Para pais de crianças com deficit de atenção ou autismo, o cuidado deve ser redobrado. O tiro pode sair pela culatra se a criança se irritar facilmente com o movimento. Arte: Folhapress

Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Noaha Kabane, 6, participa de oficina sobre a confecção e o funcionamento dos spinners.


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O poder das agulhas Técnica que usa pequenas agulhas melhora o aspecto da pele, rejuvenesce e vira a queridinha das famosas

Por LAÍS OLIVEIRA/FOLHAPRESS

Um rolinho com centenas de agulhas pequenas e finas passa pelo rosto, em vai vém, em direções diversas. A ideia pode parecer uma sessão de tortura, quando,na verdade,é um tratamento estético que faz sucesso entre as famosas, como Luciana Gimenez e Kim Kardashian: o microagulhamento. A técnica promete rejuvenescer a pele, tirar manchas, cicatrizes de acne, estrias e até agir na queda de cabelo. “Quando o rolinho é passado na pele, com movimentos específicos para cada região, as agulhas causam nela microlesões, que estimulam as células a produzirem colágeno e elastina para regenerá-la”, explica a cirurgiã plástica Karina Gilio. É possível usar um aparelho manual ou um automático. São semelhantes a uma caneta e têm a ponteira com agulhas acoplada. “O trauma, invisível aos olhos, gera a formação de novos vasos. Então, mais nutrientes chegam à pele e vários

benefícios são obtidos”, diz a dermatologista Ana Lucia Récio, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O tratamento também pode incluir a aplicação de clareadores, ácidos, antioxidantes ou outros produtos com ativos, que têm maior eficácia por conta do processo de regeneração da pele. “O rolinho aplicado sozinho tem uma ação, mas, associado ao medicamento, potencializa o resultado. Especialmente se o objetivo é a sustentação e o viço da pele”, diz Karina. A autônoma Gabriela de Jesus, 40 anos, passou pelo procedimento e aprovou o resultado. “Fiz para tirar as marcas de acne e realmente diminuiu 80% dos buracos no meu rosto. Foi uma transformação, estou com outra pele”, diz ela, que passou por três sessões. A quantidade de aplicações depende do problema de cada paciente. “São, no mínimo, três sessões, com intervalos de cerca de 30 dias entre elas. Quanto mais jovem a pele, Foto:Rivaldo Gomes/Folhapress

Gabriela de Jesus, 40 anos, fez microagulhamento para tirar marcas de acne na pele.

melhores os resultados, já que maior é a capacidade de regeneração e de formação de um novo colágeno”, afirma a dermatologista Anelise Ghideti, da clínica A e Skin Center. Antes do procedimento, é passado um creme anestésico e, segundo Gabriela, a dor é suportável. “No dia fica um pouco vermelho e,no dia seguinte, descama um pouco. Precisa usar protetor solar”, relata. O sorifícios provocados pelo tratamento fecham naturalmente e não deixam nenhuma marca. O comprimento das agulhas varia de 0,2 cm a 2 cm e é preciso técnica para definir a profundidade correta e a forma de passar o equipamento, para que não provoque machucados, manchas ou cicatrizes. Tentar reproduzir a técnica em casa, então, está proibido. “Pode desenvolver infecção de pele localizada ou até mesmo generalizada”, alerta Ana Lucia.


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Pau para toda obra

Inspirados no ‘faça você mesmo’, empreendedores montam espaços coletivos que oferecem cursos de marcenaria Por BRUNO LEE/FOLHAPRESS

Arte: Folhapress

Empreendedores estão investindo em espaços de colaboração, em São Paulo, com cursos voltados principalmente para a marcenaria como meio de propagar a cultura do “faça você mesmo”. Há dois anos, os arquitetos Alex Uzueli, 36, e Daniel Sene, 36, fundaram a Oficinalab, na Barra Funda, zona oeste da capital. “O espaço tem a pretensão de unir e ser uma escola, onde a gente ensina as pessoas a construírem seus próprios móveis, como hobby ou profissionalmente”, diz Uzueli. Eles calculam que cerca de 2.000 alunos já passaram pelo local. No início, diz Sene, eram oferecidos três cursos, incluindo um básico, de marcenaria, projeto e construção, que está em sua 17 ª edição. Atualmente, são 30 opções. Há programas de curta duração de construção de hortas, cadeiras e luminárias. Os preços variam de R$ 200 a R$ 1.800. Seguindo a linha da colaboração, a grande maioria dos cursos é oferecida por parceiros. “Também somos uma incubadora”, diz Sene. Com a diversificação dos cursos, veio uma mudança no perfil dos alunos. “Inicialmente, tinha uma conexão forte com profissionais ligados às artes”, afirma Uzueli. Hoje, o espaço recebe “tudo quanto é tipo de gente”, de arquitetos e designers a advogados. “A premissa básica do curso é instigar o aluno a pensar em algo que faça a diferença, um móvel que resolva um problema real”, diz Sene. personalizado Formado em ciências da computação, Djalma Ladim, 40, deixou uma carreira construída em multinacionais para abrir, em fevereiro de 2016, o Galpão 85, idealizado como um coworking voltado para o faça você mesmo. Os cursos de marcenaria oferecidos hoje, de acordo com Ladim, nasceram de uma demanda das pessoas que circulavam pelo espaço, também na Barra Funda. “Muitos não tinham habilidade nenhuma.” O carro-chefe do Galpão 85, no entanto, é o “personal trainer do faça você mesmo”. “A pessoa vem para cá com uma habilidade de marcenaria mínima, mas quer, por exemplo, montar uma peça que exige uma técnica específica. Ela, então, contrata esse profissional para auxiliá-la”, diz Ladim. O público-alvo do espaço, segundo o empresário, é “gente que busca o prazer de mexer nas coisas”. “A alma do galpão é analógica. E os frequentadores buscam isso, o mundo real.” Para Sérgio Lage, coordenador do MBA de gestão da experiência do consumidor da ESPM, o “faça você mesmo” tem um componente terapêutico, “um detox digital e uma maneira de romper com o tédio do dia a dia”. Mas é também uma transformação socio-

cultural inserida no contexto da economia de compartilhamento. “Mais do que ‘do it yoursefl’ [faça você mesmo], é preciso falar em ‘do it together’ [faça junto]”, afirma Lage. “Tende a não ser passageiro, já se incorporou, faz parte da economia e do comportamento não só de jovens, mas de milhões de pessoas no mundo”, acrescenta. Também pensado originalmente como um coworking, o LAB 74 começou a oferecer, há quatro anos, cursos de marceneira para ajudar a pagar as contas do espaço, segundo o fundador, o arquiteto Bruno Lima, 36. No meio do caminho, passaram a dar aulas de costura, joalheria, coquetelaria e fotografia. Um curso rápido de joalheria custa R$ 420, e um semi-intensivo de projeto e marcenaria básica, R$ 1.700. Lima diz faturar R$ 60 mil por mês. “A ideia é passar autonomia. Qualquer pessoa consegue produzir um objeto com as próprias mãos.” oba-oba Há, no entanto, receio quanto ao fato de o movimento estar em voga. “É sempre uma questão. Às vezes, a pessoa vem só para se sujar, tirar uma selfie e está pouco se lixando para o que está fazendo”, diz Lima. “Há um receio, sim, de ser uma onda. A gente não consegue brigar com a moda. O que eu tento é criar uma cultura em volta do ‘faça você mesmo’”, completa.

Foto: Adriano Vizoni/Folhapress

Alex Uzueli,um dos fundadores da Oficinalab, em São Paulo. Foto: Bruno Santos/ Folhapress

Alunos no Galpão 85, na barra Funda, zona oeste de São Paulo.


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Roncar

Roncar à noite é apenas um dos transtornos da apneia do sono, se não for tratado, distúrbio piora a qualidade de vida e pode acarretar doenças do coração por EMERSON VICENTE/FOLHAPRESS

Na semana passada, foram divulgados os laudos sobre a causa da morte da atriz norte- americana Carrie Fisher, a eterna princesa Leia da saga “Guerra nas Estrelas”. A causa relatada foi uma apneia do sono, acarretada por outros fatores, como doenças cardíacas e uso de drogas. Esse diagnóstico mostra que a apneia não é apenas o incômodo do ronco. É um distúrbio que precisa ser levado a sério. “Apneia é uma parada respiratória temporária. A obstrutiva está relacionada a alguma falha da chegada do ar aos pulmões. Já a central ocorre quando a pessoa tem algum distúrbio neurológico”, diz Fausto Nakandakari, otorrinolaringologista do Hospital Sírio Libanês. “No caso dela [Carrie Fisher], houve uma parada respiratória, o coração parou de funcionar. Mas alguns quadros mais graves de apneia acabam levando a doenças graves, como infarto, AVC, hipertensão.” A apneia obstrutiva é mais comum. A central, por sua vez, está relacionada a problemas neurológicos. “Ela ocorre quando o cérebro para de mandar os sinais aos músculos respiratórios”, diz o neurologista Fabio Porto, do Hospital das Clínicas. São vários os fatores que podem acarretar uma apneia obstrutiva, mas grande parte deles está relacionada à qualidade de vida. “Uma pessoa que é obesa tem uma tendência maior a roncar. Estressada, com noites mal dormidas, tende a roncar mais. Bebida alcoólica também contribui para o ronco”, diz Nakandakari. O tratamento ideal para a apneia, além de uma melhor adequação aos hábitos saudáveis, é o uso do CPAP, que é uma sigla em inglês para uma máscara que auxilia a respiração durante o sono. “Tanto para a central quanto para a obstrutiva, o tratamento é feito com o CPAP. Dependendo do caso da obstrutiva, é necessário um tratamento neurológico”, diz Porto. Distúrbio pode atingir as crianças Crianças também podem sofrer com apneia do sono. Mas, no caso delas, o distúrbio costuma ser ligado a problemas na garganta, como a inflamação nas amígdalas. “A apneia ocorre em crianças. O mais comum em crianças é quando elas têm uma hipertrofia de adenoide [glândula da garganta aumenta]. Se for essa a causa, a indicação é cirurgia para retirar amígdalas”, diz o otorrino Fausto Nakandakari.

Arte: Folhapress


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