933 Retrospectiva 2017

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Braganรงa Paulista

Sexta

29 Dezembro 2017

Nยบ 933 - ano XIV

jornal do meio

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Editorial Um ano difícil

Exp e d i e n t e

Dando continuidade ao ciclo anterior,

instituições assistenciais ou ações sociais

curado se adaptar às consequências

2017 também foi um ano de crises. O ano

que o Jornal do Meio vem publicando ao

da crise, com uma versão impressa

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919

não apenas continuou o que começou

longo dos anos. Em 2017, começamos

mais enxuta e, também, às mudanças

E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br

em 2016 como ainda intensificou. Crise

o ano contando do programa “Amor

impostas pela tecnologia. Por isso, tem

financeira, crise política, crise mundial,

Exigente” que trabalha com foco na

investido na produção de um novo

crise nacional. Crise provavelmente foi

família de dependentes químicos.

site que tem a intenção de se tornar

a palavra mais usada do ano. Outra

Depois falamos da experiência do

um portal, para atender a demanda

palavra que se falou muito, mas que

designer Eduardo Kosovicz, que esteve

das gerações que não tiram os olhos

também não levou a lugar algum até

na Índia para um projeto de construção

da tela do celular, sem deixar de lado

agora, é reforma. Reforma trabalhista,

de uma escola cujo objetivo é fomentar

quem ainda prefere manusear um

reforma da educação, reforma da pre-

o desenvolvimento social. Contamos,

jornal de papel.

vidência, reforma política. Polêmicas

também, da ação Churras Bode, que

O site chega para atender e também

à parte, o fato é que a crise afetou a

angaria fundos que são revertidos em

fazer uso da tecnologia, com mais

todos (e as reformas, invariavelmente,

prol de entidades. E falamos, ainda, do

interação e participação do público

afetarão também, para o bem ou para

trabalho realizado pela Casa de Jesus -

leitor, que poderá, inclusive, enviar

o mal, dependendo do ponto de vista).

Sociedade Espírita, que atende famílias

vídeos pelo what’s app. Essa nova

crise nos obriga a aprender é que não

No entanto, apesar da conotação nega-

na região do Jardim do Cedro.

proposta pode significar uma mudança

precisamos de tanto, que podemos ser

estrutural para o Jornal do Meio, mas

felizes com pouco e que esse pouco,

tiva de ambas as palavras no contexto

Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61. 321/SP) Redação das matérias: Shel Almeida As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

em que vivemos atualmente, elas nos

Reinventando-se

sem perder a credibilidade e a vontade

quando bem administrado, se multi-

remetem à outra, que também foi

Outro elemento negativo trazido por

de buscar assuntos para as matérias que

plica ao entendermos que é possível

bem lembrada durante o ano, mas que

2017, mas que também estamos sendo

sejam tanto de interesse de quem lê,

fazer o bem e ajudar quem tem menos

ajuda a ressignificar o sentido, não das

resilientes para reverter a situação, é a

quando de valorização de quem conta.

que a gente.

palavras, mas da forma com que elas,

proliferação das fake news, ou notícias

Trabalhar com a informação é saber dosar

Que possamos aprender que o que

ou o que elas representam, afeta cada

falsas. Em um mundo em que grande

a demanda do leitor e do entrevistado,

verdadeiramente importa é o que car-

um de nós: resiliência.

parte das pessoas se informa online,

contar aquilo que é interessante e que

regamos no coração e não no bolso.

Resiliência é a capacidade de se recuperar

os jornais impressos estão perdendo

seja capaz de atrair a atenção.

Que estejamos atentos às necessidade

ou se adaptar às mudanças negativas.

espaço e se adaptando e migrando para

E isso nós fizemos bem. Mesmo com

a internet. Se por um lado é ruim pois,

Otimismo

lado e saibamos ser gratos pelos momen-

os gastos mais apertados, com o Natal

conforme os costumes vão mudando, as

Esperamos que 2018 seja um ano de

tos que passamos com essas pessoas.

mais simples, com a falta de perspectiva

coisas, aos poucos, desaparecem, esse

mudanças positivas e significativas, que

Porque a crise vem, e pode levar muita

de uma solução a curto prazo, estamos

é um risco que a mídia impressa pode

agreguem e sejam capazes de manter a

coisa embora. Mas as alegrias vividas e

enfrentando, seguindo em frente. Claro

enfrentar futuramente. Por outro lado,

esperança de que dias melhores chegarão.

os sentimentos compartilhados, esses

que a crise e as reformas afetam mais

com a migração de jornais tradicionais

Se em 2017 aprendemos o significado

permanecem sempre conosco.

uns do que outros. Principalmente a

para a versão digital, se torna um avanço

de resiliência na prática, que 2018 nos

população das classe sociais mais baixas

contra a propagação das notícias falsas,

ensine a cultivar o otimismo, e a sermos

que, via de regra, acabam sendo as que

assim que os leitores forem aprendendo

gratos pelos desafios, pois são eles que

Obrigada a quem nos acompanhou neste

mais sofrem. Porém, uma coisa que os

e buscando confirmar a veracidade do

nos mostram o quanto somos fortes e

ano difícil, esperamos continuar juntos

bragantinos sempre souberam fazer é

que é divulgado pelas redes sociais.

persistentes. Que o novo ano também

revelando e valorizando as histórias

ajudar o próximo. Prova disso são as

O Jornal do Meio, como diversos outros

nos ensine a valorizar a simplicidade

da cidade. Que 2018 seja um ano bom

inúmeras matérias sobre o trabalho de

veículos de mídia, também tem pro-

da vida. Pois, se tem uma coisa que a

para todos nós.

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de quem escolheu caminhar ao nosso


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Feliz Ano Novo! Mons. Giovanni Barrese

Este é o tempo dos balanços. De verificar lucros, perdas, danos. Sucessos e insucessos. Quanto se andou em conquistas. Quanto houve de retrocesso. Quais os bons propósitos que chegaram a termo. De saber se foi “um ano bom ou ruim”. Para os mais velhos o ano passou depressa. Para os mais jovens muito devagar. Cada um de nós, enfim, têm um modo de avaliar o tempo que passa. E até de pensar que a bondade ou maldade de um ano seja coisa independente das atitudes pessoais e coletivas. Toda vez que escuto a frase - “Esperemos que o Ano seja Bom” - tenho a impressão que se espera que haja uma intervenção externa para que a bondade prevaleça. Ouço mesmo a expressão - “Tomara que Deus abençoe o Novo Ano!” - como se Deus deixasse de abençoar algum dia. Nós que cremos, sabemos que tudo é benção. E não há milésimo de milésimo de segundo que não esteja sob o olhar terno e amoroso de Deus. Mas teimamos em fazer de conta que o seu Amor é que tem que curar nossas dores. Não queremos perceber que os acontecimentos da vida, dos dias, meses e anos dependem daquilo que fazemos de bom ou ruim. Fazemos tanta questão de ser “donos do nosso nariz” naquilo que nos interessa. Quando as coisas exigem de nós mudanças e sacrif ícios, aí o melhor é invocar um poder do Alto! Ao vivermos a realidade de um ano que termina e de outro que se inicia devemos ter claro que o que aconteceu e o

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que acontecerá terá sido e será sempre obra nossa. Ano Novo bom dependerá sempre das atitudes construtivas. Nas coisas mais simples. Que refletem educação recebida em casa. E vivida, também fora dela. Quando surgem noticiários de coisas mais graves a razão sempre estará na fonte pequena dos anos de infância a juventude. O desmazelo e o descuido com aquilo que é de todos é excelente alicerce para o desrespeito aos valores maiores. O desprezo das coisas pequenas leva ao desprezo dos valores fundamentais. Daí o “salve-se quem puder” e o “... tando bom prá mim o resto que se dane”! Muitos podem até dizer que não há muito que fazer. Eu creio que não é o modo correto de abordar a situação. É preciso investir paciente e perseverantemente no aprimoramento das pessoas. Partindo das famílias, das escolas, das comunidades e grupos religiosos, das associações de classe, dos clubes, etc. Somos um todo querendo ou não. Se não agirmos juntos formar-se-á um monstrengo social fadado à destruição. E não é isso que queremos quando começa o ano novo. Os votos que damos e recebemos nos apontam desejo de melhores dias. Que virão pelo nosso trabalho. Com as bênçãos de Deus sim. Mas como nosso empenho. Benção de Deus é como chuva que cai. Fecunda sempre a terra. Mas se abrirmos o guarda chuva!... O grande drama dos nossos tempos é que tiramos a Deus

das nossas vidas. Queremos viver e tomar decisões sem escutá-lo. Fazemos e agimos de acordo com aquilo que julgamos o mais oportuno. Não querendo ouvir o Senhor. Ele, cavalheirescamente, sai de cena. Deixa-nos agir segundo nossa vontade. O desleixo em trabalhar, com as novas gerações, os valores fundamentais da dignidade de cada ser humano e a necessidade de ter sempre diante dos olhos o bem comum, produzem os gestos de violência, de descaso. Não devemos, todavia, desanimar. Há sempre a possibilidade de retomar o caminho. Os cristãos são portadores da Esperança. Virtude que nos convoca a fazer aquilo que sonhamos e a contagiar, pelo testemunho, a todas as pessoas para que desejem engajar-se também. Mãos à obra e o Ano Novo será feliz! E redobro meu desejo de que a frase do Papa Francisco, em sua viagem a Colômbia, fique ecoando em nós: “Não se deixem roubar nem a alegria nem a esperança”! O Ano Novo nos traz a possibilidade de dar preciosa colaboração nos rumos do nosso país: as eleições de outubro! Enorme chance para retomar o poder de decidir a quem se quer confiar o serviço de cuidar do bem comum! Incentivemos nossos jovens a participar! Não busquemos “salvadores da Pátria”! Busquemos pessoas com quem possamos discernir caminhos! Feliz Ano Novo!


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Janeiro

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Viagem à Índia Designer bragantino desenvolve projeto de bioconstrução na Índia No comecinho do ano, ainda em janeiro, contamos a história do designer Eduardo Kosovicz que chegou à Índia depois de uma viagem ao redor do mundo em busca de novas experiências, Lá, conheceu o arquiteto Mohan Patel, com quem fez uma expedição pelo norte da Kashmira, região restrita para turismo, mas com acesso permitido para indianos de determinadas castas. Nessa viagem teve acesso a templos e construções criadas pelo princípio da Vastu Shastra e aprendeu com o amigo o que lhe foi passado pela ancestralidade de uma família que há sete gerações faz o mesmo tipo de trabalho. A parceria funcionou tão bem que, posteriormente, Eduardo retornou à Índia à convite de Mohan, para atuarem juntos na ampliação da escola Saraswati Vidya Mandir localizada em Himachal Pradesh. “Com a globalização, não apenas a paisagem foi sendo modificada, mas também as questões culturais que estavam enraizadas há mais de 3 mil anos na região. Os moradores das vilas estavam sendo obrigados a migrar para grandes centros em busca de

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trabalho e, neste processo, as novas gerações estavam deixando para traz muito dos trabalhos artesanais, danças e costumes, adotando uma nova cultura mais artificial, proveniente da mídia que se instala na Índia atualmente. Propomos construir um campus escolar utilizando materiais locais, além de estimular a mão de obra da região e, ainda, aplicar métodos construtivos tradicionais como o “Kath Khuni”, contou. Foco sensível e humano “Eu traduzi a matéria e enviei ao Mohan, ele ficou muito contente. Quem acompanha o Jornal do Meio sabe que as histórias apresentadas sempre têm um foco mais sensível e humano. Não apenas a minha foi assim, mas todas trazem uma valorização da comunidade local. Isso que é o bacana, valorizar as pessoas da cidade que fazem o que gostam e acreditam. Assim que saiu o jornal recebi mensagem de algumas pessoas querendo saber mais sobre o trabalho, o que foi muito bom em relação a portfólio”, fala.

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Fevereiro

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Conquista

internacional Nadadora máster Regina Aguiar participa de mundial de natação

No mês de fevereiro, o Jornal do Meio reencontrou a nadadora máster Regina Aguiar, depois da sete anos da primeira publicação sobre ela em nossas páginas, em 2010. Do início da carreira na natação à consolidação, nesse período ela participou de provas em campeonatos regionais, estaduais e nacionais, além de ter competido em dois Pan Americanos e em cinco Sul Americanos. Quebrou recordes, ganhou incontáveis medalhas, diversos troféus. E nesse ano, participou pela primeira vez, de um mundial. “Poder estar lá é uma grande conquista. Tudo acontece como tem que ser. Se eu não tivesse ganhado os campeonatos interioranos, não teria ido para o brasileiro. Se não tivesse ido para o brasileiro, não teria ido para o sul americano e pan americano. E agora, com esses resultados todos, estou animada para ir para o mundial”, contou, à época da matéria.

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Melhor do que esperava Regina voltou de Budapeste com resultados além do esperado. Conseguiu melhores colocações do que imaginava nas provas individuais e, ainda, contribuiu para a quebra de dois recordes sul americanos nas provas de revezamento em equipe, conquistando o 4º lugar no 4x50 medley e o 5º lugar no 4x50 livre, ambos na categoria 280+. “É uma história que vou guardar pelo resto da minha vida. Foi uma experiência única. A matéria ficou muito interessante pela maneira como contaram, em uma espécie de retrospectiva, desde quando me entrevistaram pela primeira vez. Quando saiu, várias pessoas vieram falar com comigo na rua, muitas delas não sabiam que eu nadava. E depois do mundial também vinham me perguntar como foi estar lá. Também tive a oportunidade de participar de um projeto da Escola Alegretti, para falar aos alunos sobre minha carreira, como incentivo e motivação a eles. Levei vários exemplares do jornal para verem”.

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Março

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Colete

essa ideia Alunos do curso de Engenharia de Produção da USF desenvolvem projeto de carro para coleta que prioriza o fator humano

Em março, o Jornal do Meio contou sobre o projeto “Carro Coletor de Lixo Reciclável” desenvolvido pela turma do curso de Engenharia de Produção do turno noturno da USF. O trabalho trata de um dos maiores desafios enfrentados pelos grandes centros urbanos brasileiros: a coleta e destino ambiental, menos impactante, de resíduos sólidos recicláveis. Se enquadra na etapa de transporte, associada com a fase de coleta e acondicionamento. De acordo com a equipe desenvolvedora, a adoção de veículos motorizados, além de aumentar a capacidade de carga e também a produtividade no transporte de resíduos, evita a fadiga do esforço humano e/ou animal, promovendo o conforto dos envolvidos. Além disso, design do carrinho foi pensado de forma que o espaço seja aproveitado integralmente. No caso da direção, foi projetada de maneira que garanta ao condutor desempenhar movimentos simples e precisos. O peso total

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do carrinho também foi minimizado para não interferir no desempenho. Ainda foram levados em consideração parâmetros de segurança para evitar que acidentes com o condutor ou terceiros. Melhorias “A matéria do Jornal do Meio foi um divisor de águas para o nosso projeto. Nos abriram várias portas após a publicação. Estivemos na rádio 102 FM para falar do trabalho e também conseguimos uma matéria na revista ‘Ensino Superior’, que é um meio de comunicação muito importante no meio universitário”, conta o aluno Kleber Ohira, integrante da equipe do projeto. A primeira versão do carro coletor foi apresentado em maio, durante feira realizada dentro da USF. De acordo com Kleber, o projeto terminou o ano com melhorias e a intenção que novos ajustes continuem acontecendo em 2018.

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Abril

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Atleta bragantina é convocada para equipe de futebol feminino na

Surdolimpíada Participação teve de ser cancelada por conta de lesão

Na edição nº 896, o Jornal do Meio contou sobre a convocação da atleta Barbara Rossi para integrar a equipe de futebol feminino na 23º edição da Surdolimpíadas, evento internacional multiesportivo que reúne atletas surdos e é organizado pelo Comitê Internacional de Desportos para Surdos. De acordo com a mãe, Angela Rossi, a aproximação dela a outras pessoas com deficiência auditiva pelas redes sociais contribuiu para que fosse convidada a participar dos jogos. “Ela está muito entusiasmada porque, pela primeira vez, vai viver em um mundo só de surdos. Toda a equipe técnica e de apoio do evento também e formada por surdos. Se eu fosse acompanhá-la seria a situação oposta do que ela sempre viveu”. Angela explica que existe uma competição específica para os surdos, eles não participam das paralimpíadas, por conta de que esses

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atletas demandariam um grande número de intérpretes de línguas de sinais, além de diversas outras adaptações para as competições. “Nos Jogos Surdolímpicos, os atletas são capazes de competir e interagir entre si livremente, sem necessidade de intérpretes de língua de sinais”. Lesão “Todo mundo amou a matéria, compraram o jornal para guardar, comentaram pelo facebook, foi muito legal. Mas, no final, tristeza por causa do tornozelo quebrado” lamenta, Barbara. Durante a preparação para a competição, a atleta sofreu a lesão que a impediu de participar do Jogos Surdolímpicos. A viagem para a Turquia teve que ser cancelada, mas ela agradece todo o apoio que recebeu de quem conheceu e se sensibilizou com sua história, a partir da matéria no Jornal do Meio.

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Junho

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Ativar os espaços

públicos

Exposição // PARALELA cria circuito de ocupação na cidade

O assunto da edição de 30 de junho foi a // PARALELA, exposição de arte que esteve espalhada pela cidade durante o mês de julho e aconteceu em paralelo ao Festival Arte Serrinha. A idealizadora foi Helena Ribeiro Ruschel, designer e produtora cultural da Casa Lebre, que explicou sobre a ação: “Enfeitar a cidade com exposições e ocupações artísticas é uma iniciativa para nos aproximar da arte e inserir ‘poesia’ e reflexão no nosso cotidiano. A ideia era a de ativar alguns espaços com exposição dos trabalhos. A escolha foi tanto para chamar a atenção das pessoas para esses lugares quanto criar novas possibilidades para a arte. Minha

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visão da cidade é de quem veio de fora, o olhar é outro. Acho que isso também faz a diferença na hora de propor a questionar”, analisou. Visibilidade De acordo com Helena, o resultado foi gratificante, o público bragantino recebeu muito bem a proposta. “A publicação na imprensa repercutiu de forma que o assunto ficou na mente e na boca das pessoas, que ficaram atentas e comentavam umas com as outras a respeito, o que ajudou a atrair mais visibilidade e entender o porquê das obras espalhadas pela cidade”, comenta.

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Julho

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Amor História de

70 anos de união e de companheiros

No meio da ano, a matéria que mais comoveu os leitores do Jornal do Meio foi a que contou a história de amor e companheirismo do casal Mathilde Muñoz Gutierrez e Antônio Gutierrez Garcia, juntos há 70 anos. No dia 25 de junho, os senhores que hoje têm 88 e 92 anos, respectivamente, comemoraram Bodas de Vinho de uma casamento que começou em 1947. Hoje, Dona Mathilde e Seu Antônio têm cinco filhos, dezesseis netos e onze bisnetos, que prepararam para eles uma festa especial para comemorar a data. “Agradeço a família que tenho e também por ter chegado à essa idade junto com ele. A família toda estava lá, amigos mais próximos e afilhados também. As irmãs dele que ainda estão vivas também vieram. Temos uma família muito boa, que organizou tudo isso para nós”, contou dona Mathilde, que lembrou, também, do início da união. “Tanto a minha família quanto a dele sempre quiseram que nos casássemos. Mas naquele tempo não era como hoje, não.. Não pegava nem na mão. Andava junto, conversava, Depois de uns

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meses é que a gente pegava na mão, não abraçava e nem beijava. A minha mãe falava assim: ‘para aparecer na frente de Nossa Senhora, no dia do casamento, para estar de vestido branco, véu e coroa, tem que ser pura.’ Então eu segui o exemplo dela. Fui no altar em frente de Nossa Senhora e São José do jeitinho que minha mãe falou, pura. Casamos na Catedral. Ele sempre foi um bom pai, um bom marido, sempre foi uma pessoa honesta e trabalhadora”. Romantismo Simone Gutierrez, nora do casal que acompanhou a entrevista, conta que as pessoas de forma geral mas, principalmente a família, adoraram e se emocionaram muito com a matéria. “Foi um trabalho muito bem feito, digno da história deles. As pessoas vieram comentar como acharam tudo tão romântico, o ensaio que preparamos para as Bodas e que o jornal publicou, a maneira como a história foi contada. Eles já eram uma inspiração para a família e tornaram para muitas outras pessoas que não os conheciam”, diz.

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Agosto

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março

II Jornada de Infecção em

Ortopedia e Traumatologia Evento promoveu aprimoramento profissional e da troca de saberes entre profissionais da área. No começo do segundo semestre, aconteceu a II Jornada Bragantina de Infecção em Ortopedia e Traumatologia e o Jornal do Meio falou sobre o assunto. Promovida pelo Centro de Estudos Ortopédicos Ulisses Vasconcelos Diniz teve como público alvo médicos ortopedistas, graduados e residentes. De acordo com um dos coordenadores, Dr. Alexandre Moreira, a jornada foi a atividade inicial do centro de estudos em ortopedia que leva o nome do primeiro ortopedista de Bragança. “A primeira jornada, que aconteceu em 1991, foi mais tímida e aconteceu na Universidade São Francisco, para médicos locais. Desta vez programamos mais amplo, para promover a participação de médicos ortopedistas de toda a região”. A primeira jornada ficou marcada na história da cidade por ter contado com a presença do médico russo Dr. Gavriil Abramovich Ilizarov, responsável pela criação do fixador circular externo em aço inoxidável utilizado em fraturas expostas ou alonga-

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mentos de ossos, popularmente conhecido no Brasil como “gaiola”. “Dr. Ilizarov veio ao Brasil com a intenção de passar por várias cidades a fim de difundir o método que havia criado e Bragança foi uma das cidades que teve a honra e a oportunidade de recebê-lo. A partir daí houve um avanço no tratamento de fraturas tanto no Brasil quanto aqui na cidade. Foi um aprendizado e troca de experiência muito importante para os profissionais da área e é isso que quisemos promover novamente a partir do aprimoramento profissional e da troca de saberes”, contou Dr. Alexandre. Oportunidade “Várias pessoas, amigos, pacientes, colegas de profissão, vieram falar sobre a matéria, saber mais sobre a Jornada, que aconteceu no Hotel Santo Agostinho. Foi uma oportunidade muito importante para a divulgação do trabalho e só temos a agradecer”, fala.


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Setembro

Do baú

Antiquários geram curiosidade para quem busca sobre o passado de cadeiras e poltronas convidativas, mas também pela recepção das responsáveis, Geny Mestre Silveira e as filhas Ieda Gomes Carneiro e Maria Zilda Silveira Santos. “As pessoas que nos procuram querem peças únicas. Acontece, por exemplo, de procurarem uma poltrona que temos aqui, mas de outra cor. Aí reformamos para deixar como a pessoa deseja. Outras mandam mensagem dizendo que procuram uma cristaleira de determinado modelo. Apresentamos as que temos no mesmo estilo, porque idêntica nunca vai ser. As peças de antigamente eram realmente feitas para durar, e eram todas feitas à mão, por isso, exclusivas”, explica Ieda. Positivo “A matéria foi muito positiva, muitas pessoas procuraram o antiquário e nos parabenizaram pelo jornal ter falado da loja”. conta Antônio. “A repercussão foi muito boa, o pessoal comentou bastante. Os conhecidos que assinam o jornal já nos ligaram a noite, quando receberam em casa, para comentar”, diz Ieda.

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Em setembro visitamos dois antiquários localizados no bairro da Santa Luzia e contamos aos nossos leitores sobre as semelhanças e diferenças dos locais. Enquanto um tem a desorganização como atrativo decorativo, o outro parece uma exposição de design de interiores. No Antiquário Bacana, a bagunça organizada do espaço é o que mais gera curiosidade dos clientes. São objetos amontoados, pendurados, acumulados e misturados. E esse é o charme. Quem chega fica perdido sem saber para onde olhar primeiro e, segundo o proprietário Antônio Ferreira dos Santos, as pessoas gostam que seja assim para poderem ter o prazer de garimpar. “Tem gente que chega aqui procurando por uma coisa e acaba encontrando outra que nem imaginava. Gente de fora da cidade vem até aqui, porque viu alguma coisa pela internet. Já aconteceu de objetos que saíram daqui irem parar em cenário de novela ou filme”, contou. Já no Arco da Velha, a primeira sensação é de aconchego. Não só porque espaço é repleto

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Outubro

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Valorizando a

tradição Mercado Municipal completa 130 anos e emociona quem lembra da história do local No dia 15 de outubro, o Mercado Municipal completou 130 anos de existência e, para saber mais sobre a história do local, falamos com a historiadora Lilian Godoy, autora do trabalho “Do Toucinho a Café: O Mercado Antigo de Bragança (1884 - 1887). “Os Mercados Municipais foram construídos para serem espaços para educar uma sociedade não escolarizada, ou seja, onde a pessoa que sempre trabalhou com a enxada vai aprender a lidar com o peso e medida das coisas, a lidar com dinheiro. É a modernização da época, que começa na arquitetura monumental e continua com o que é chamado de ‘educação pela sensibilidade”, explicou. Maria Inês Olivato, dona de uma das bancas do espaço, contou: “Meu pai começou aqui na época em que se ainda usavam carroças e no piso inferior vendiam animais vivos e sacarias. É um trabalho que ultrapassa gerações”. Sua sobrinha, Andreia Olivato Azzi também proprietária de uma banca, completou: “Meu avô é da época em que colocavam os bornais com as mercadorias em pedras. Ele dizia ‘se for plantar alguma coisa, plante algo que gere frutos. Foi o ensinamento que ele passou para toda a família, ele nos ensinou a plantar e a trabalhar”. Já Cássia Alves veio trabalhar no armazém da família depois do falecimento do pai, Geraldo Alves. “Muitos conhecidos passam por aqui e dizem ‘seu pai ficaria muito feliz em ver você dando continuidade. O Mercado é uma referência para a cidade e pensar que hoje eu tenho a possibilidade de estar aqui me deixa emocionada”, fala.

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Gratificante “Foi muito importante ter trazido um pouco da minha pesquisa para o campo jornalístico. Muitos professores e amigos comentaram comigo que leram e quiseram saber mais sobre a história do mercado. Eu acredito que foi um primeiro passo para desenvolver a questão da tradição dentro do espaço público para que seja possível caminhar dentro dos projetos de valorização do comércio do centro da cidade”, diz Lilian. Depois que saiu a matéria no Jornal do Meio, Maria Inês foi surpreendida com o presente de um cliente, Marcelo, que levou para ela a página da publicação em um quadro. “Ele chegou aqui com um embrulho e quando abri era o jornal. Foi muito gratificante, poder contar a história do mercado e também da nossa família” diz. “Quando li a matéria me emocionei, é tudo aquilo que está lá, sem mais e sem menos. A matéria o pessoal pensar nas prioridades do mercado, por ser algo tradicional na cidade. E foi bacana também para as pessoas conhecerem mais sobre nosso trabalho, que não é fácil”, fala Andreia. “O jornal foi muito fiel com tudo o que contei. Me emocionei ao falar com vocês e depois me emocionei novamente lendo a matéria. Foi a única homenagem em relação ao aniversário do mercado que realmente lembrou dos que são daqui, que é quem está aqui no dia-a-dia fazendo a história do local”, comenta Cássia.

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Dezembro

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Complemento à

à saúde Técnicas orientais que agregam à medicina convencional

Em dezembro, falamos sobre métodos de manutenção da saúde e bem estar, complementares à medicina tradicional, que contribuem para a qualidade de vida. Conversamos com o Educador Físico e Psicólogo Marcelo Martinelli, que se dedica ao ensino do Tai-Chi Chuan e com a Terapeuta Corporal Jéssica Álana Zenorini, que oferece tratamento por meio do shiatsu. “O Tai-Chi Chuan faz parte das técnicas psicossomáticas dentro do universo da medicina chinesa e conquistou o mundo ocidental por conta dos inúmeros benef ícios que pode trazer a saúde. É uma prática com filosofia, pois integra o homem à natureza e pode ser praticada por pessoas de qualquer idade, por utilizar movimentos lentos, suaves e sem impacto. Há, inclusive, indicação médica para tratamento de estresse e ansiedade, por exemplo, pois trabalha a respiração”, explicou Marcelo. “O shiatsu atua no equilíbrio do fluxo energético. A prática melhora a circulação sanguínea e dos vasos linfáticos, alivia o estresse, e melhora a circulação e ainda previne doenças, pois, já que ajuda a fortalecer e regular os órgãos,

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contribui para a imunidade, cumprindo um papel preventivo. Além disso, auxilia no tratamento de problemas de saúde já estabelecidos, desde os respiratórios, circulatórios e musculares, até os de bloqueios emocionais, como ansiedade e medo. O que eu acho mais interessante de tudo isso é que é uma técnica que ajuda a manter a saúde sem ter nenhum efeito colateral”, contou falou Jéssica. Contatos “A repercussão da matéria foi muito positiva. Algumas pessoas me ligaram para saber do curso. As alunas também gostaram muito, comentaram que a matéria foi muito bem escrita, que o conteúdo foi fiel tanto ao que eu ensino em aula quanto ao que contamos na entrevista”, diz Marcelo. “Foi bem bacana ter o registro sobre a prática em uma mídia da cidade. A partir da matéria, dois senhores entraram em contato. Achei bem interessante pois esse não é o perfil público que chega até mim por meios convencionais, como a indicação de alguém, por exemplo”, fala Jéssica.

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Especial

Retrospectiva 2017

Dezembro

Quase 90 anos de

atividade

Mudança de endereço visa atender as necessidades do cliente Finalizamos o ano contando da mudança de endereço e ampliação de espaço da Farmácia Central, que saiu do nº 580 da Rua Cel. João Leme e foi para o nº 604. A mudança parece pequena, mas foi significativa. “O espaço ficou limitado tanto para as pessoas chegarem até a farmácia, por causa do trânsito, quanto para expormos os todos produtos disponíveis. Com a mudança de endereço pudemos ampliar o atendimento a partir da atenção farmacêutica. Saímos de duas salas pequenas para três salas de tamanho maior. Além disso, temos agora dois estacionamentos, um para vagas especiais, na frente da loja, e outra com entrada lateral, com disponibilidade de

15 vagas. Dessa forma oferecemos mais conforto e praticidade para que nossos clientes cheguem e possam permanecer o tempo que precisarem dentro da loja”, contou Pablo Oliveira Almeida, filho de Luzia de Oliveira Almeida e Ernesto Porto de Almeida (Neto). Mudança aprovada De acordo com Cecília Fanucci Almeida, esposa de Pablo e nora de Luzia, a repercussão da matéria entre o público foi excelente. “Muitos clientes vieram comentar conosco e elogiar. A mudança foi maravilhosa. Nossos clientes ficaram muito satisfeitos e vibraram conosco!”, conta

Jornal do meio 933

29 Dezembro 2017


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