Jornal do Mercado Público de Florianópolis
Distribuido na Grande Florianópolis/ SC - Outubro/2013 - Ano 4 - Nº 38 História e Cultura ao Alcance de Todos
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
ESPECIAL
Ribeirão da Ilha: o berço catarinense do cultivo de ostras e mariscos
FAZENDO ARTE
O balcão mais democrático do Brasil The most democratic balcony of Brazil
Foto: acervo Restaurante Ostradamus
tarcília dos Santos
Foto:
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Três anos de Resgate da História e da Cultura!
O
Jornal do Mercado Público MUNICIPAL DE Florianópolis Nipa de Oliveira Editor
Edição nº 38 - Ano 4 Outubro de 2013 DIREÇÃO DE ARTE E EDIÇÃO
NIPA DE OLIVEIRA Tel.: (48) 9107-3227 / 3039-2122
nipadeoliveira@hotmail.com
utubro é o mês no qual acontece um importante evento gastronômico em Florianópolis: a Fenaostra. Festa realizada para promover a cultura da ostra, molusco cultivado em larga escala na cidade. Assim, para compor a edição nº 38 do Jornal do Mercado Público de Florianópolis, destacamos, entre outras matérias, uma entrevista especial com Ademir Dário dos Santos, um dos pioneiros no cultivo da maricultura em Florianópolis, projeto que foi idealizado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Conforme nos relatou Ademir, a princípio, os pescadores da região não acreditavam que fosse possível cultivar ostra; todavia, após muita insistência dos pesquisadores da universidade, eles deciriram apostar nesse projeto, que mudou as suas vidas e transformou o Ribeirão da Ilha em referência gastronômica. Confira mais detalhes dessa entrevista nas páginas nº 10, 11, 13 e 14. Desejamos-lhe, uma ótima leitura!
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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Em estabelecimentos comerciais, Assembleia Legislativa, prefeituras municipais e bibliotecas públicas dos municípios de Florianópolis e São José. PERIODICIDADE Mensal ACERVO FOTOGRÁFICO Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Arquivo Fotográfico da Imprensa Estadual e Casa da Memória de Florianópolis. FOTOGRAFIAS Vitor de Oliveira e Nipa de Oliveira. REPRESENTANTES COMERCIAIS LUIZA DE OLIVEIRA luhdeoliveira_@hotmail.com (48) 9628-8158 NIPA DE OLIVEIRA nipadeoliveira@hotmail.com (48) 9107-3227 COLABORADORES Álvaro Penedo, Clovis Medeiros, Cleusa Iracema Pereira Raimundo, José Isaltino da Rosa Filho (Neno) e Marcelo Copello. REVISÃO Cleusa Iracema Pereira Raimundo JORNALISTA RESPONSÁVEL Clóvis Medeiros - (SC-00081/JP)
PROJETO GRÁFICO Divulg Propaganda e Editora Gráfica Ltda. São José - Santa Catarina - Brasil Telefones: 55 (48) 3039-2122 55 (48) 9107-3227 nipadeoliveira@hotmail.com
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Fan page RESGATE DA MEMÓRIA CULTURAL
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CHEF & GOURMET (por Daniel Fernandes) NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA (por Cleusa I. P. Raimundo) FAZENDO ARTE (com Trecília dos Santos)
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GENTE NO MERCADO Pessoas que frequentam e fazem a história do Mercado Público de Florianópolis. SALADA SOCIAL (por Nipa de Oliveira) Acontecimentos da sociedade
CAPA - MATÉRIA ESPECIAL: Ribeirão da Ilha: o berço catarinense do cultivo de ostras e mariscos Foto: acervo Restaurante Ostradamus
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CABELOS, INOVAÇÕES E SOLUÇÕES (por Álvaro Penedo) SAÚDE É O QUE INTERRESSA (por Fernanda de Souza)
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FURACÃO DA ILHA (por Neno) Comentarista do Figueirense AONDE IR (guia de compras e serviços)
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FanPage www.facebook.com/jornaldomercadopublico onde encontrar? *FLORIANÓPOLIS: Centro: Assembleia Legislativa, Casa do Vime, Galeria de Arte Helena Fretta, Mercado Público de Florianópolis, Câmara dos Vereadores, Casa da Memória, Biblioteca Pública Municipal, Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Pão Italiano (Beira-Mar Norte), Papelaria Speck. Abraão: Bar do Cao e Mercearia do Abraão,Mercearia Ori. Barra da Lagoa: Ponta das Caranhas e Fedoca do Canal Bom Abrigo: Rest. Galeto da Mamma. Coqueiros: AABB, Ass. Atlética Banco do Brasil, Confeitaria Krauss, Empório do Trigo, Conveniência da Ilha, Pappatore Forneria, Lelo’s Restaurante, Rest. Rancho Açoriano, Bar do Moca, Bar e Rest. Recanto das Pedras, Atelier do Pão, Magazino di Massa, Bar Conversa Fiada, Bar do Bolha. Estreito: Biblioteca Pública Municipal, Secretaria do Continente. Capoeiras: Biblioteca Pública Municipal. Carianos: Aeroporto Hercílio Luz: Bulebar Café. Lagoa da Conceição: Café Cultura, Rest. O Barba Negra, Loja Ponto de Vista, Loja Mormaii, Café da Lagoa e Rocambole Café. Ribeirão da Ilha: Porto do Contrato, Rest. Ostradamus, Rest. Rancho Açoriano. Santo Antônio de Lisboa: Arte Rattan, Sacos dos Limões: Armazem Vieira. *SÃO JOSÉ: Centro Histórico: Bar do Toninho, Pão Por Deus, Padaria Engenho Velho, Biblioteca Pública municipal, Secretaria de Educação e Cultura; Kobrasol: Armazém Burguer, Café Paris, Bar do Silveira, Prática Papelaria, Prefeitura Municipal de São José, Pequenos Detalhes, Padaria Big Pan 24 Horas, Bar do Cristovão, Emporium Vida Natural; Ponta de Baixo: Rest. Ponta de Baixo, Rest. Ponta do Mar. *PALHOÇA: Shopping Via Catarina: Bulebar Café. *BOM RETIRO: Churrascaria Janaina I e II.
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Nossa Língua
Chef & Gourmet
Portuguesa
Revisora: Cleusa Iracema Pereira Raimundo
Por Daniel Fernandes - Divino Crepe Av. Afonso Delanbert Neto, 885, Lagoa da Conceição, Florianópolis/SC. E-mail: divinocrepe@gmail.com- Tel.: (48) 3238-4476
Crepe de Rúcula
Pegadinhas do Português
(Rende em média 2 porções)
Ingredientes Massa
Mandato ou mandado? O Tribunal Penal Internacional emitiu um ____________ de prisão. O ____________ dos senadores é de oito anos, e a cada quatro anos há uma eleição, por meio da qual são renovados 1/3 e 2/3 da Câmara, alternadamente.
1 e 1⁄4 de xícara (chá) de leite integral 1 xícara (chá) de farinha de trigo peneirada 2 ovos grandes 4 colheres (chá) de açúcar Uma pitada de sal
Modo de preparo
Fotos: Nipa de Oliveira
Recheio
150 g de queijo muçarela ralado 2 bolinhas de queijo muçarela de búfala no soro fatiado Folhas frescas de rúcula Tomate seco em conserva de óleo, escorrido e picado Orégano Azeite de oliva
Tel.: (48) 8412-9599 - cleusaipr@gmail.com
Massa: Ponha no liquidificador o leite, a farinha, os ovos, o açúcar e o sal e bata até obter uma massa homogênea. Transfira a massa para uma tigela média e deixe descansar por 30 minutos.
Crepe
Em uma Chapa: preaqueça a chapa a 150 °C, unte com um pouco de manteiga e retire o excesso com um pedaço de papel toalha. Despeje uma concha de massa sobre a chapa e espalhe com o auxílio de um rodinho. Aguarde a massa assar. Com o auxílio de uma espátula, solte as bordas e, cuidadosamente, vire a massa. Deixe assar. Desvire a massa e adicione os recheios no centro dela nesta ordem: queijo muçarela ralado, queijo muçarela de búfala fatiado, folhas de rúcula, tomate seco, orégano e azeite de oliva. Depois dobre as bordas da massa sobre a parte recheada e aguarde o queijo derreter. Em uma frigideira: aqueça uma frigideira antiaderente de 20 cm em fogo médio baixo e unte com um pouco de manteiga, use um pedaço de papel toalha para retirar o excesso. Ponha três colheres (sopa) da massa no centro da frigideira e gire-a para cobrir o fundo com uma camada fina de massa. Cozinhe até as bordas da massa ficarem ligeiramente marrons. Com o auxílio de uma espátula, solte as bordas e, cuidadosamente, vire a massa. Deixe assar. Desvire a massa e adicione os recheios no centro dela nesta ordem: queijo muçarela ralado, queijo muçarela de búfala fatiado, folhas de rúcula, tomate seco, orégano e azeite de oliva. Dobre as bordas da massa sobre a parte recheada. Cozinhe até que o queijo derreta – cerca de 1 minuto.
Mal visto ou malvisto? Pesquisa aponta que chefes são _____________ pelos funcionários. Xeque ou cheque? A democracia brasileira está em ______________. Os bancos devem cobrir ___________ sem fundos. Meio/meia? Estudei até meio-dia e ________. A janela está __________ aberta. Duzentos/duzentas? Comprei _____________ gramas de queijo. Foram arrecadadas _____________ latas de leite em pó. Os/as? O cantor acenou para_____ milhares de pessoas que estavam no show. Respostas: 1) mandado: ordem escrita por autoridade judicial ou administrativa. 2) mandato: poder político outorgado pelo povo a uma pessoa. 3) malvisto: que tem má fama, malconceituado. 4) xeque: situação que representa ameaça. 5) cheque: ordem de pagamento à vista. 6) meia: concordando com a palavra ‘hora’, que está subtendida. 7) meio: advérbio, que significa “um pouco”. 8) duzentos: concorda com ‘gramas’, que, na acepção de unidade de peso, é substantivo masculino. 9) duzentas: concorda com latas. 10) os: ‘milhares’ é palavra masculina, com a qual o artigo deve concordar.
Dica:
Para fazer vários crepes e mantê-los aquecido, preaqueça o forno a 90 °C, transfira os crepes para uma assadeira e cubra com papel-alumínio. Leve ao forno enquanto você faz os outros crepes.
Cleusa Iracema Pereira Raimundo é formada em Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa Catarina e atua como revisora de textos.
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Tarcília dos Santos
Fotos: Nipa de Oliveira
Fazendo Arte
T
ercília dos Santos, 60 anos, artista autodidata, natural de Piratuba/SC, realizou sua primeira exposição individual em 1990 e é apontada hoje pela crítica como a grande revelação da pintura naïf em Santa Catarina. Seus quadros, através de figuras totalmente coloridas, em acrílico sobre tela, registram o colorido rural do estado de Santa Catarina.
Novas pinturas de Tercília dos Santos
Tercília recria pinturas em acrílico sobre tela que aludem às situações por ela presenciadas ou vivenciadas na sua infância. Os motivos de Tercília são justapostos na superfície da tela, de modo nem sempre são localizados no tempo e no espaço de uma pintura narrativa convencional. As relações da artista obedecem antes à ordem de sua memória afetiva, mas a pintura de Tercília não se justifica na sua totalidade pelo aspecto narrativo e
iconográfico, sendo extremamente importante e elaboração formal e seus variados desenvolvimentos. É no sensível encontro de sua pincelada (cor, textura, gesto) com a figura descrita que a sua obra ganha dimensão e importância. O que leva Tercília a iniciar um
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trabalho tanto pode ser uma evocação temática quanto a vontade de experimentação plástica. No desenvolvimento da obra, o aspecto complementar ao elemento inicial surge e estabelece o diálogo, estrutura de sua linguagem. A pintura de Tercília caminha à
A estampa da poltrona pintada pela artista
posição da transcendência da sua classificação “ingênua”, elaborando questões de interesse da pintura, especificamente em seus questionamentos essenciais, sem abandonar suas características particulares e individuais. Por Fernando Lindotte (artista Plástico)
Novos Horizontes
‘‘Tercília recria pinturas em acrílico sobre tela que aludem às situações por ela presenciadas ou vivenciadas na sua infância”.
A exuberante paisagem de Santa Catarina, a sua diversidade étnica, bem como a forte presença da cultura popular, são alguns dos fatores que propiciaram o surgimento de um número significativo de
artistas naïf no estado. Entre eles destaca-se a obra personalíssima de Tercília dos Santos. Sua pintura distingue-se da dos demais artistas não só pela temática rural diversa das habituais cenas praieiras, mas principalmente pelo tratamento que confere aos elementos de seus trabalhos. Depurando cada motivo dos detalhes e pormenores desnecessários, transforma-os em signos plásticos, singelas construções rurais, casas, escolas e capelas reduzem-se a formas geométricas puras. Esses blocos criam planos estáveis de cor que servem de fundo para a movimentação ordenada das figuras humanas e dos animais no pasto. Crianças, bois e cavalos são tratados como módulos gráficos, simplificados, sem preocupações naturalistas inúteis. Alternando as cores e as texturas que se contrapõem às superfícies planas, Tercília obtém um ritmo dinâmico e feérico. Os grafismos delicados das cercas, flores (girassóis), árvores e pontilhões acrescentam sua leveza a uma estrutura espacial basicamente geometrizante. O clima telúrico dessas cenas campestres complementa-se com o sopro cósmico das pinceladas de cor que flutuam sobre o azul
Técnica: Acrílica sobre tela
ensino superior, assim como oficinas de arte Naïf para crianças. Técnica: Acrílica sobre tela Em 2006 passou novamente pelo crivo dos críticos de Arte para participar de uma coletiva Internacional no Centro Cultural de Chicago, sendo a única catarinense selecionada para a mostra. Nesse mesmo ano ganhou um comentário sobre sua obra do crítico e jornalista Oscar D’Ambrósio, membro da Associação Internacional de Crítico de Arte (AICA – Seção Brasil). Em 2007 participou do 3º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, sendo capa da divulgação. Em 2007 a sua obra foi selecionada para a estampa da grife Boby Blues. Em 2008 participou de uma mostra na galeria Tabatinga, na suíça, representando Santa Catarina ao lado de grandes artistas como José Sabóia, Iracema Arditi, Antônio Poteiro entre outros. Em 2010, completando 20 anos de arte, foi convidada para uma mostra individual no museu Histórico Cruz e Souza, em Florianópolis, na escola Cevantes e na Câmera dos vereadores. Em 2012 deu um voo mais alto: que merece ao lado dos melhores participou da feira mundial de Arezzo representantes da pintura primiti- na Itália, sendo a única represenvista brasileira. tante da arte naïif. Também participou da coletiva de brasileiros em Roma, na Galeria Tartaglia Artes Cronologia e do maior mural do mundo, conEm 1994 recebeu um Prêmio de vidada pelo crítico de artes Oscar Aquisição na então Bienal Interna- D’Ambrósio, em São Paulo e saiu no cional de Arte Naïf de Piracicaba e livro os Destaques de Piratuba. menção honrosa no 1º Salão Santos Dumont, de Florianópolis – SC. Técnica: Acrílica sobre tela Em 1998 recebeu prêmio divulgação (cartaz) na Bienal Naïfs do Brasil, no SESC Piracicaba – SP. Em 2000 foi novamente selecionada na V Bienal Naïfs do Brasil, no SESC Piracicaba –SP. Em 2001 aceitou o desafio de fazer uma temática – Trabalho e Lazer – e participou de uma itinerante no estado de São Paulo. Em 2003 é novamente convidada pelo Clube de Criação São Paulo, onde participou com a criação de uma obra para o livro Anunciantes do Ano. Em 2004 foi mais uma vez selecionada para VII Bienal de Piracicaba/SP. Em 2005 passou a fazer parte do projeto cultural do SESC com o título “A Dama da Pintura em Santa Catarina”, viajando então por CONTATOS COM A ARTISTA várias cidades e proferindo pales-
intenso do céu. Composições assimétricas bem solucionadas, ritmos plásticos dinâmicos, esquema de cores sensuais e vibrantes, e síntese formal admirável fazem de Tercília uma das mais expressivas artistas naïf de Santa Catarina. Não é por acaso que sua pintura começa a extrapolar os limites de tras sobre sua vida, a Arte e a Arte Santa Catarina e a ocupar o lugar Naïf, para professores e alunos do
E-mail: terciliaartenaif@gmail.com Tel.: (48)3357-3780 / 9971-7324
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Gente No Mercado Silvio Trendo e Raquel Damian
Roana Danielly, Pablo Matheus e Ernesto Almeida
Marlo Salva e Angélica Oliveiraor
Hipólito, Ana Maria Pereira, Inez Pereira, Paulo e Bianca do Vale Pereira
Júlia Ma Dalla Nora e Tiago Salles Freitas
Carlos Bazzan e Karla Richa
Graciela e Carlos Gaedtke
Fotos: Vitor de Oliveira
O lugar mais democrático de Florianópolis
Débora Rodrigues e Helton Santos
Lara e Tereza
Noronha e Marinho Vieira Giovanna Haberli, Beatriz Figueira, Ilse Magrin e Agostinho (Bar do Arantes/Pântano do Sul).
Rebeca , Ademir e Roziane Fantuzze
Anne e Sérgio Abrhan
Turistas de Jaraguá do Sul em Floripa: “Isso que é Felicidade!”
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Gabriela R. Matte e Emiliano A. Veiga
Denise Kahlbaum e Arthur Luz
Renata Naturdade e Adelsa Oliveira
Equipe Café Vidal do Mercado
Leone, Mariana de Castro Borges, Silvana Borges e Paulo Borges
Lorival de Sousa Jr.
Edinho Schmidt
Salada Social
14ª FENAOSTRA de 16 a 20
por Nipa de Oliveira
Segundo a Secretária Municipal de Turismo, Maria Cláudia, para a realização da Fenaostra serão investidos R$ 300 mil, vindos do Ffundo deo Tturismo, e R$ 447 mil da prefeitura municipal. Na semana anterior ao evento, de 10 a 13 de outubro, o Festival da Ostra será realizado no Ribeirão da Ilha, com organização dos maricultores. Entre as atrações culturais, estão confirmadas oficinas de pipa, apresentação de boi de mamão e stand-up comedy com figuras tipicamente açorianas. Para as crianças, será montado um espaço kids com muitas brincadeiras. A estrutura será semelhante a das edições anteriores, com estande de gastronomia e palco no centro. O ingresso custará R$ 5,00, mesmo valor do estacionamento. As ostras terão preços tabelados: in natura saem a R$ 9,oo, ao bafo R$ 8 e as gratinadas serão vendidas a R$ 14. Doze restaurantes já confirmaram presença. DIVULGAÇÃO
nipadeoliveira@hotmail.com
Loucos; só um pouco
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Diferentes! Essa é a proposta de um grupo de amigos, estudantes do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Anhanguera em São José, que, com uma dose de criatividade, construíram uma página no Facebook nomeada Garagem Criativa. A fan page tem como objetivo abordar temas relacionados à publicidade e curiosidades em geral, sempre com uma boa pitada de humor. Além de entreter o público, a equipe também presta assessoria e manutenção para empresas nas redes sociais e faz criações de layouts. Para conhecer a página, acesse www.facebook.com/garagemcriativa.
30ª OKTOBERFEST
(Blumenau), de 03 a 20 Informações: Georgia Rublesch, tel.: (47) 3381-7700 www.oktoberfestblumenau.com.br
35ª OKTOBERFEST
(Itapiranga), de 5 e 20 na Linha Becker, de 11 a 13 na Cidade Informações: Elis Rother, tel.: (49) 3677-3040, www.itapiranga.sc.gov.br
28ª FENARRECO
Recanto das Pedras: happy hour, vista panorâmica e ostras o ano inteiro
(Brusque), de 02 a 13 Informações: Gabriela, tel.: (47) 3396-6718 www.pmbrusque.com.br Nipa de Oliveira
Numa cidade como a nossa, cercada pelo mar, não faltam opções de lugares que servem ostras, as quais são preparadas das mais diversas maneiras. No entanto, existem estabelecimentos que têm muita fama, mas, além de magras e pequenas, as ostras por eles servidas possuem pouco sabor, são as “famosas ostras pra turista ver, experimentar e inevitavelmente se sentir enganado”. Eu, como apreciador dessa iguaria, já me decepcionei muitas vezes. Por isso, a grande dica é o Bar Recanto das Pedras, localizado em Florianópolis, Coqueiros, na Praia de Itaguaçu. No meu ponto de vista, as ostras servidas no local estão entre as melhores da cidade. Nesse sim você sente os sabores das ostras, grandes e selecionadas a dedo, procedentes do Ribeirão da Ilha. Happy Hour, vista panorâmica e ostras, no Recanto das Pedras você encontra o ano inteiro. É show!
Festas de outubro/2013 Santa Catarina
25ª SCHÜTZENFEST
(Jaraguá do Sul), de 10 a 20 Informações: Mariana Pires, tel.: (47) 2106-8700 www.schutzenfest.com.br
24ª KEGELFEST
(Rio do Sul), de 11 a 13 Informações: Marcus Bauermann Costa, tel.:(47) 3521-1233 www.kegelfest.com.br
23ª OBERLANDFEST
(Rio Negrinho), de 18 a 20 Informações: José Osni de Lima, tel.:(47) 9206-9298 www.oberlandfest.com.br
23ª FESTA DO IMIGRANTE (Timbó), de 10 a 13 Informações: Inês Klaumann, tel.: (47) 3382-4170 www.festadoimigrante.com.br
80ª TIROLEFEST
(Treze Tílias), de 04 a 13 Informações: Manoela Rodrigues, tel.:(49) 3537-0997 www.tirolefest.com.br
21ª FESTA DO PRODUTO COLONIAL (São Martinho), de 25 a 27 Informações: Maria Crystina, tel.: (48) 9645-9019 www.facebook.com/ festadoprodutocolonial?fref=ts
6ª HEIMATFEST
(Forquilhinha), de 04 a 13 Informações: André Zanoni, tel.: (48) 3463-8100
1º FESTIVAL DO CAMARÃO (Porto Belo), de 11 a 13 Contato: Patrick Klabunde, tel.: (47) 3369-5638 www.portobelo.sc.gov.br/turismo
19ª EFAPI
(Chapecó), de 04 a 13 Infor.: Américo N. Junior tel.: (49) 3321-8439 www.efapi.com.br
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Gente Que faz
Ribeirão da I Catarinense do Cultivo
por Nipa de Oliveira
Hoje, Ademir, presta assessoria a Amplosul, Associação dos Maricultores e Pescadores Profissionais do Sul da Ilha.
Fotos: Nipa de Oliveira
A
demir Dário dos Santos (58 anos), história viva da Ilha de Santa Catarina, há mais de 20 anos na maricultura e pioneiro na implantação da maricultura na Ilha e em vários estados brasileiros, presidente da AMPROSUL Associação de Maricultores e Pesacadores Profissionais do Sul da Ilha, sendo também nomeado delegado da Fundação AVINA no Estado, uma ONG Internacional que tem como foco as questões ambientais, conta-nos a importância que a implantação da maricultura no Ribeirão da Ilha representou em sua vida e na de seus colegas pescadores.
preparando para pescar quando um pessoal da Universidade Federal de Santa Catarina chegou em um dos nosVocê está envolvido com a mari- sos ranchos de pesca e nos convidou a cultura há quanto tempo? plantar mariscos e ostras, ou seja, a – Eu posso me considerar um dos pio- implantar a maricultura aqui no Ribeineiros da maricultura aqui do Ribeirão rão. Ficamos espantados e, ao mesmo da Ilha, participei ativamente do início tempo, olhamos um para o outro e codesse projeto, há aproximadamente meçamos a rir. Um colega indagou com duas décadas. o linguajar típico do manezinho da ilha: “oh! isso não existe né, tax tolo, plantá Conte-nos como foi a implan- marisco e ostra? Endoidasse?” Depois tação dessa nova cultura aqui da insistência da turma da universidano sul da ilha? de, resolvemos apostar, fui até o Morro – Aqui no Ribeirão da Ilha, antes da das Pedras pegar as sementes de mamaricultura, nós vivíamos da chamada risco e plantamos 50 pencas. Fizemos “pesca da corcoroca”, peixe da nossa uma parreira bem rústica e tradicioregião. Colocávamos a canoa na água nal, e aquilo ali pra nós era um sonho, e pescávamos ou com caniço ou com com a esperança de que tudo aquilo tarrafa. Um belo dia, estávamos nos se transformasse em realidadee. Lem-
[10] www.facebook.com/jornaldomercadopublico
bro muito bem que todos os dias nós pegávamos a canoa, não para pescar, mas para olharmos como estavam as sementes de mariscos. Passados oito meses, tempo estipulado pelos pesquisadores da universidade, fomos verificar e, ao levantarmos a penca, ficamos todos boquiabertos, olhamos um para o outro e constatamos que os nossos sonhos se transformaram em realidade, com os mariscos bonitos e grandes. Nós nunca imaginávamos que iria dar mariscos grados iguais àqueles.
Qual foi a importância da implantação da maricultura para a sua região? – Mudou para melhor a economia aqui de todos nós pescadores. As plantações trouxeram o equilíbrio do ecos-
‘‘Um pessoal da Universidade Federal de Santa Catarina chegou em um dos nossos ranchos de pesca e nos convidou a plantar mariscos e ostras, ou seja, a implantar a maricultura aqui no Ribeirão. Ficamos espantados e, ao mesmo tempo, olhamos um para o outro e começamos a rir. Um colega indagou com o linguajar típico do manezinho da ilha: “oh! isso não existe né, tax tolo, plantá marisco e ostra? Endoidasse?”
Qual foi o papel da ex-prefeita Ângela Amin nesse processo?
– A Ângela foi uma grande incentivadora dessa nova cultura. Ela foi a mãe da maricultura, criou um evento para promover a ostra nacionalmente, a Fenaostra. Ela investiu nos produtores levando-os a outros países para conhecer as atividades e se aperfeiçoarem na maricultura. Eu mesmo, eu que nunca tinha viajado de avião, manezinho que sou, fui para La Rochelle, na França, e lá fiquei por 30 dias. Trouxemos bastante informações que foram implantadas aqui, o que colaborou muito com nossa atividade.
Ilha: o Berço o de Ostras e Mariscos
Você vê a gestão do atual prefeito de Florianópolis, César Souza Júnior, como positiva para a atividade da maricultura? – Sim! Eu estou muito contente porque, no governo dele, foi criada agora a Secretaria Municipal de Pesca e Maricultura (SMPM), que por sinal está sendo muito bem-vinda, e tivemos a honra de sermos convidados a participar dela. Acreditamos que ela vai fazer a diferença. No mês passado, o prefeito esteve aqui, andou na nossa balsa, e eu falei pra ele: “César, a mãe da maricultura foi a Ângela Amin, e o filho da maricultura és tu, César, és tu e o João Amim, vocês dois têm esse grande compromisso de dar seguimento e apoiar essa atividade.
Qual é a sua produção hoje?
Ademir colhendo ostras na sua fazenda
‘‘De um simples e humilde pescador, fui transformado em um responsável patrão, comandando pessoas nesse processo. A própria gastronomia se transformou, o Ribeirão da Ilha passou a ser uma forte referência gastronômica, tanto na ilha como no Estado’’.
sistema. O mais incrível foi quando puxamos a nossa primeira penca de marisco. Com ela vieram peixes agarrados, como cocoroca, marimbal, garoupa, canhanha, robalinho; peixes que não tínhamos mais visto em nossa região, tinham desaparecidos. Só nos restou ficarmos impressionados, os peixes começaram a se alimentar e a desovar nas plantações, fazendo assim o papel de um parcel artificial. Com a implantação da maricultura, houve uma grande revolução aqui na nossa região, as pessoas que saíram do Ribeirão em busca de emprego acabaram retornando às suas origens, criando assim mão de obra local, direta e restaurantes. O problema de esgoto indireta, geração de emprego e renda. acabou, o maricultor, preocupado com De um simples e humilde pescador, fui sua atividade, uma verdadeira tomada transformado em um responsável pa- de consciência, passou a fiscalizar os trão, comandando pessoas nesse pro- esgotos e detritos, que hoje já não são cesso. A própria gastronomia se trans- mais jogados ao mar. Antigamente, há formou, o Ribeirão da Ilha passou a 20 anos, o turista vinha a Florianópolis ser uma forte referência gastronômica, para comer camarão, hoje ele atravestanto na ilha como no Estado. Inicia- sa a ponte e diz: “Eu vou até o Ribeirão -se o processo de instalação de novos da Ilha comer ostras.
– A minha produção chega em torno de 350 mil ostras. Foram colocadas as sementes em março e devo colher a partir de setembro. Isso vai gerar em torno de 25 dúzias de ostras e 30 a 40 toneladas de mexilhoes/mariscos. A capacidade da minha fazenda é considerada de médio porte, dá para plantar um milhão de sementes, que produzem cerca de 50 mil dúzias de ostras e aproximadamente 80 E quando a ostra foi implantada? a 100 toneladas de mariscos. Depen– Foi logo em seguida, após essa ex- dendo do produtor e do manejo, ela fica periência com os mariscos, se o primei- graúda e bonita o ano todo, mas a mero deu certo, ficou fácil para a nossa lhor época do plantiu é de fevereiro em turma aderir ao segundo experimento. diante, pegando, assim, uma água mais Nós aqui do Ribeirão só conhecíamos fria. Naturalmente aqui na nossa região as ostras agarradas na pedra, nunca no inverno ela está mais graúda; no veimaginamos criar ostra no saco. Lem- rão, com águas mais quentes, ela força bro muito bem que colocamos 1.100 a desova e emagrece, depende muito da sementes de ostras, passaram-se mais corrente d’água. oito meses e colhemos mais um bom resultado. Inicia-se então o processo de criação de ostras e mexilhões no Ribeirão da Ilha.
Então, a grande mudança na vida dos pescadores do Ribeirão da Ilha consolidou-se com a implantação das ostras?
– Sim! Eu digo isso baseado na mudança da minha vida, dentro da minha casa. Antes disso tudo, ganhava-se muito pouco, para se ter uma ideia, na minha mesa de café tinha só uma margarina e um pãozinho, hoje já tem dois ou três tipos de queijo, suco de caixinha e geleia. Até mesmo os filhos já começam a se vestir melhor e chegam a ter condições de comprar um carro.
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Nipa de Oliveira
E
ntrevista com o diretor de Pesca e Maricultura do município de Florianópolis, Henrique da Silva (46 anos), que, há quatro anos envolvido com a maricultura, viu na ostra um futuro fantástico e bastante promissor.
O
manezinho Jaime Barcelos, (48 anos), proprietário do Ostradamus, restaurante localizado no Ribeirão da Ilha, contou-nos sobre a exclusividade da casa que são as ostras depuradas. Trecho da entrevista cedida, a 17ª edição do Jornal do Mercado Público de Florianópolis.
O que são as ostras depuradas e como surgiu esse projeto?
- Bastante, nós temos vários problemas hoje, por exemplo, com a demarcação das áreas. Foi feita uma licitração em 2010 e até agora não foi feita a mudança do parque. A partir do momento que as fazendas forem reassentadas, toda a programação visual que está na água vai mudar, ela vai estar reogarnizada, vamos ter os corredores de navegação, as fazendas irão estar dentro do seu polígono predeterminado. Nós fizemos a solicitação para a Secretaria de Pesca e tentamos construir uma sede da nossa associação, mas foi embargada, pois não temos essa legislação que permita a regularização da atividade. Então tem todo esse processo, nós temos o patrimônio da União, na pessoa da dona Isolde, superintendente, uma grande parceira da atividade, só que temos que dar passo a passo. Essa secretaria não é voltada só para a maricultura, mas para a pesca também. Nós temos hoje problemas com ranchos de pesca. O Ministério Público tem uma série de processos. Acontecem casos de tráficos de drogas, jogos de azar e até mesmo prostituição dentro de ranchos de pesca. Como não tem uma pasta, uma secretaria específica voltada pra isso, acaba passando de secretaria em secretaria e, no final da fritada, ninguém quer assumir. Então o prefeito César matou no peito, nos chamou e disse: “Eu quero que você resolva”. Chamou a atenção nossa e, graças a ele, paulatinamente estamos conseguindo resgatar essas comunidades que estão com esse problema, e fazendo um levantamento para saber quem é realmente pescador.
Seria uma regulamentação das áreas aqui na Ilha?
Os saborosos mariscos do Ribeirão da Ilha.
Nipa de Oliveira
– Exatamente. Por exemplo, o canto sul dos ingleses, só ali são 54 ranchos de pesca. Hoje eles estão numa área considerada invadida, mas em 1930 não se falava em terra invadida em Florianópolis, e acreditamos que esse povo tem o direito de trabalhar ali. Fizemos uma força-tarefa junto com a Floram e descobrimos que, desses 54 ranchos, 23 pertencem realmente a pescadores. Estivemos há pouco em Brasília com Crivella, ministro da Pesca, e ele garantiu recursos para podermos remanejar esses ranchos, padronizando-os, porque hoje infelizmente lembram uma favela. A Floram vai determinar os espaços, e a associação fará um comodato direto com o próprio pescador e se responsabilizará pela gestão desses espaços. A cadeia produtiva não era organizada, nós temos três empresas que enviam pra fora e elas, mesmo assim, não dão conta da demanda. Hoje estamos chamando as entidades representativas para discussão.
— Num certo momento, quando estávamos com um cardápio legal de ostra e a ganhar um certo volume, começamos a ganhar mais experiência e fomos em busca de melhorias no seguimento, aprendendo como fazer um corte de peixe e a técnica utilizada para fazer um peixe à milanesa. Nessa busca, descobrimos que, na Nova Zelândia, costuma-se depurar a ostra através de um equipamento próprio. Então pensei que um dia iríamos colocar esse equipamento. Depois houve um trabalho na UFSC de um professor que desenvolveu a ideia partindo da ideia da Nova Zelândia, ninguém acreditava na ideia, achavam que era um certo exagero, mas nó acreditamos e investimos nela.
Qual é o papel da depuração?
— Imagine nós neste ambiente aqui, agora, e passam uma vassoura, nós estaríamos respirando todo o excedente de poeira. O mesmo acontece num vendaval: o mar se agita, e todos os patogênicos ficam expostos. Todo aquele material acentado no fundo do mar fica em suspenção, misturando-se às microalgas, à areia e à lama. A ostra acaba filtrando tudo isso. O que for microalga fica no organismo do animal, e o que não for ficará depositado no interior da concha e no entorno dela. Quando há muita matéria contraída, ela não consegue expelir. Por outro lado, quando as ostras são colocadas dentro do equipamento, elas não correm o risco de filtrar impurezas, pois elas ficam em um tanque de água corrente, salgada, limpa, filtrada e tratada permanentemente com luz ultravioleta. Isso combate as bactérias e garante uma ostra extremamente limpa, mais saudável, sem contaminação, sem poluição e sem risco para a saúde do consumidor. Todos os pratos da casa são elaborados com muito carinho, paixão e profissionalismo, afinal, por mais que evoluamos, nunca esqueceremos que o nosso grande patrimônio é, e sempre será, sem sombra de dúvida, os nossos colaboradores e a nossa querida e estimada clientela.
Foto: acervo Restaurante Ostradamus
A Secretaria Municipal de Pesca e Maricultura terá muito trabalho pela frente?
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Fotos: Nipa de Oliveira
O
manezinho Dário Gonçalves, (52 anos) proprietário do Restaurante Rancho Açoriano, localizado no Ribeirão da Ilha e Coqueirosconta-nos que a evolução veio através da implantação da maricultura no Ribeirão da Ilha?
Trecho da entrevista cedida, a 20ª edição do Jornal do Mercado Público de Florianópolis.
Produção própria. No ano de 2000, Dário já começou a colher a suas primeiras ostras como maricultor.
- Sim! A partir do interesse pela maricultura acabei me aprofundando nesse assunto. Participei da primeira Fenaostra aqui em Florianópolis mesmo com pouquíssima experiência, pois tínhamos apenas um ano de restaurante, mas deu tudo certo. Nosso pequeno restaurante havia sido montado para receber os amigos mais chegados, mas o negócio foi crescendo, as pessoas exigindo cada vez mais e, em oito meses, começamos a perceber que o negócio era bom e que tinha um grande futuro pela frente, então resolvemos focar nisso.
Acervo Rancho Açoriano
Então o pontapé inicial foi dado com a implantação da maricultura no Ribeirão da Ilha?
Saberia precisar a quantidade de ostras consumida nos dois restaurantes?
FENAOSTRA
- No ano passado, trabalhamos com a produção de um milhão e quinhentas mil ostras e nesse ano pretendemos produzir mais de dois milhões, pensando que cada ano consomem-se mais ostras.
A
Festa Nacional da Ostra e Cultura Açoriana – Fenaostra – surgiu há 15 anos com o objetivo de divulgar o molusco catarinense e ampliar o mercado para os produtores. O festival é um verdadeiro resgate da gastronomia e da cultura açoriana da Ilha de Santa Catarina, tornou-se um atrativo para brasileiros e estrangeiros movimentando o setor turístico e a cada edição recebe um número maior de visitantes. Consolidada como a única promoção do gênero no país a reunir em um mesmo espaço atividades nas áreas gastronômica, técnico-científica, econômica e cultural, o evento já faz parte do calendário de festas de outubro de Santa Catarina.
Acervo Rancho Açoriano
A Fenaostra é realizada pela Prefeitura de Florianópolis, neste ano será realizada de 16 a 20 de outubro/ 2013, por meio da Secretaria de Turismo, Secretaria de Cultura, Instituto de Geração de Oportunidades, Secretaria de Educação, Secretaria de Pesca, Guarda Municipal, além da Polícia Militar e ainda conta com o apoio do Funturismo.
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Ostra em SC
A ostra produzida em Santa Catarina é referência em todo o país e domina 95% do mercado brasileiro. Florianópolis é responsável por quase 69% da produção nacional e só o Ribeirão da Ilha representa mais de 60% da produção estadual. Em 2012 foram comercializadas 2.468 toneladas do molusco, o que representa um aumento de 8% em relação à safra 2011, segundo a Epagri. O setor gera 800 empregos diretos e 4.000 indiretos.
P
orto do Contrato, o mais importante do Ribeirão da Ilha, já era conhecido desde a estada de Sebastian Cabotto em 1526, que foi quem batizou a localidade com um nome Ribeirão e também deu nome à Ilha de Santa Catarina. O Porto passou a ser reativado só a partir da chegada dos imigrantes açorianos e africanos em 1760. Na década de 1940, podíamos ainda presenciar os últimos trabalhos comerciais realizados no seu cais, o mar perdia a função de caminho, pois as estradas estavam sendo abertas e um pretenso progresso estava chegando. Temos agora aqui, um estabelecimento gastronômico que tenta dar visibilidade à memória do Porto do Contrato, permitindo-nos fazer uma nova leitura do porto que foi responsável pela transformação econômica do Ribeirão. Atualmente não temos mais pesca e nem a agricultura como alicerces econômicos da localidade, mas temos a gastronomia inspirada nos frutos do mar e nos valores históricos deixados pelos açorianos e africanos. A tônica deste ambiente, o Restaurante Porto do Contrato, é valorizar os vestígios do antigo porto, proporcionando confabulações degustativas e materializando a história da economia ribeironense nos antigos pilares e trapiches da memória portuária.
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SAÚDE
CABELOS
É O QUE INTERESSA
Excesso de Calor, Muita Atenção!
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Nipa de Oliveira
Álvaro Penedo - Consultor Técnico Capilar Tel.: (48) 9975-0877 - penedofilho@gmail.com
ecador, prancha, modelador, sol e água muito quente danificam os fios de cabelo. Assim, para proteger os seus cabelos dos danos causados pelo excesso de calor, você precisa ter sempre à mão um bom protetor térmico. Os produtos termoativados, ou protetores térmicos, são hoje um dos produtos mais usados nos salões de beleza. Indispensáveis nas finalizações, eles mantêm a integridade da fibra capilar. Os fios do nosso cabelo são formados de várias camadas, sendo a camada externa, ou cutícula, a responsável pela proteção das outras camadas. O excesso de calor provoca a evaporação da umidade natural, causando ressecamento, porosidade e quebra da fibra. Constituídos de silicones especiais, resistentes a altas temperaturas, os protetores térmicos criam um filme protetor em torno da fibra, evitando a destruição da sua camada externa. Além disso, possuem, em sua fórmula, ceras e manteigas que proporcionam brilho e maciez aos fios, reduzindo consideravelmente o frizz e aumentando a sedosidade dos cabelos. Os protetores térmicos podem ser fabricados em gel, óleo, spray, creme, loção e líquido, e sua utilização vai depender da textura capilar, porosidade e densidade dos fios de cabelo. Geralmente são aplicados nos cabelos úmidos. É preciso também saber qual é o efeito que se quer dar aos cabelos (com ou sem volume, com ou sem movimento), para que a escolha do produto seja feita acertadamente. Por isso, é importante a avaliação de um profissional.
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Fernanda de Souza - Tel.: (048) 9607-5205 / e-mail: fesouzafitness@gmail.com
Os Benefícios da Atividade Física Regular
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Nipa de Oliveira
Inovações e Soluções
tualmente, muito se tem falado e divulgado a respeito do tema. Apesar disso, muitas pessoas ainda desconhecem os benefícios que a atividade física proporciona à saúde.
Pesquisas e estudos na área do comportamento humano revelam que a pessoa só terá uma atitude positiva se tiver conhecimento sobre o tema. Com a rotina diária estressante, trabalho, faculdade, trânsito, atividades domésticas, é difícil encontrar tempo (uma das causas de impedimento para a prática de atividade física) e motivação para seguir um programa de exercícios físicos regular. Porém, tendo a informação acerca dos benefícios da atividade física regular para a saúde e a qualidade de vida, cria-se uma motivação para a prática continuada. A adoção de um estilo de vida que contemple a prática de atividade física regular reduz o risco de desenvolver diversas doenças crônicas, principalmente as cardiovasculares – principais causas de morte e de incapacidade funcional no Brasil e em todo mundo. Em resumo, as pesquisas mostram que a atividade física regular pode: reduzir o risco de morte por doenças cardíacas; reduzir o risco de desenvolver diabetes e hipertensão; auxiliar no controle do peso corporal; ajudar na manutenção da pressão arterial em pessoas hipertensas; auxiliar na manutenção de ossos e articulações; ajudar no desenvolvimento de músculos; manter a autonomia e independência do idoso; ajudar a reduzir a sensação de depressão e ansiedade; promover o bem-estar psicológico e a autoestima.
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Furacão
Apimentada
O NASCIMENTO DO FIGUEIRENSE O PRIMEIRO CAMPEÃO
1921 – A cidade de Florianópolis se mobiliza para prestigiar um dos maiores eventos da região. Com a recente aprovação da construção de uma ponte que se iniciaria no ano seguinte, esse evento prometia expandir seu público e acirrar sua competitividade com a participação de outras cidades e até mesmo estados. O grande clássico de Florianópolis, Avaí e Figueirense? Não, mas um clássico triplo entre o Clube Náutico Riachuelo, Clube Náutico Francisco Martinelli e Clube de Regatas Aldo Luz. O remo era o esporte mais popular da capital catarinense. Enquanto isso, no mesmo ano, em pleno centro da cidade, na rua Padre Roma, o jovem Ulisses Carvalho Tolentino recebia vinte e um amigos em uma reunião que transformaria seu pequeno grupo de praticantes do “recém-chegado” futebol em Figueirense Foot Ball Club, e João dos Passos Xavier, funcionário do grupo Hoepcke e líder sindical, é escolhido, em votação, para ser presidente do clube. O nome Figueirense foi escolhido em homenagem ao local de sua fundação, o bairro da Figueira, onde encontramos como vias centrais as ruas Felipe Schmidt e Conselheiro Mafra. Doze de junho – dia dos namorados. Essa data ficou definida como sendo a da “assembleia de fundação”, e os jovens não perderam tempo: em nove de outubro realizou-se a primeira partida – ainda não oficial por se tratar de um amistoso – contra o Rio Branco de Coqueiros, vencida pelo próprio Figueirense por dois a zero. Em 1921 não existia uma liga de futebol oficial ainda. Várias equipes surgiam pelo Estado, e as disputas se resumiam a jogos entre si, os amistosos, no quais não se conquistam títulos ou troféus. A emoção dos jogos era limitada aos 90 minutos de uma partida ou a um pequeno “torneio de final de semana” entre clubes da mesma cidade. Com a fundação da Liga Santa Catarina de Desportos Terrestres (LSCDT) em 1924, é criado, neste mesmo ano, o “Torneio Início”, no qual o Figueirense sagra-se primeiro campeão.
Memorial do Figueirense
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Foto: acervo Figueirense
Maurício Santiago Assumpção – Professor de História
Ao conquistar três vitórias consecutivas, o alvinegro sinaliza chances de prosperar entre os quatro classificados para a Série A do ano que vem; porém, tropeçou no jogo contra o Atlético Goianiense, realizado no Orlando Scarpelli. Infelizmente, a cada jogo há uma formação diferente, por motivos de contusões, cartões, ausência de atitude da diretoria ou por incoerência técnica. Acredito que este seja o fator mais determinante a ser considerado que conduz o alvinegro para tamanha instabilidade. As decisões, “loucuras”, do técnico Adilson Batista influenciaram negativamente no desempenho da equipe, e parece que esse fator persiste no comando do técnico Vinicius Eutrópio. A ausência de coerência continua, e isso ficou muito evidente no jogo contra o Atlético Goianiense. A não escalação de Rodrigo Souto, Lucas Sotero e Arthur (recém-contratado), para o início da partida, é prova incontestável de que o alvinegro também está passando por uma crise técnica. Essa seria a razão mais óbvia para explicar a campanha irregular do clube neste certame.
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Comentarista Esportivo / neno1208@gmail.com
Foto: acervo Figueirense
Neno
O ALVINEGRO AINDA RESPIRA
APROVADO O REGULAMENTO
DO CAMPEONATO CATARINENSE DE 2014
Por causa do evento da copa do mundo, em 2014, no Brasil, o Campeonato Catarinense terá tiro curto. Não esquecendo que esse regulamento só poderá ser alterado em 2016. A 1ª etapa será de turno único, todos se enfrentarão entre si em jogos de ida, e os quatro primeiros colocados disputarão o título em um quadrangular de turno e returno, enquanto os seis últimos também disputarão um hexagonal de turno e returno, para determinar o rebaixamento de dois clubes. O melhor colocado desse hexagonal terá vaga na Copa do Brasil e, consequentemente, vaga no Campeonato Brasileiro da Série D. No quadrangular, os dois primeiros colocados decidem o título e garantem vagas na Copa do Brasil. A equipe que obtiver melhor campanha nesse quadrangular decide o título em casa. Na decisão, quem somar mais pontos será o campeão. Persistindo o empate em pontos, será considerado o saldo de gols, e, persistindo esses critérios de empate, a equipe mandante, ou seja, aquela que jogar a segunda partida da decisão em casa, será a campeã. Observo que o futebol catarinense tem cinco equipes que se destacam: Figueirense, Avaí, Criciúma, Joinville e Chapecoense, com certeza uma delas vai disputar o hexagonal, para evitar o rebaixamento. Qual será?
O MAIS QUERIDO DE SANTA CATARINA Acredito que muitos torcedores alvinegros desconhecem o motivo pelo qual o Figueirense é considerado o clube MAIS QUERIDO DE SANTA CATARINA. Tudo começou em 1973, quando a Revista Placar, em edição especial, promoveu o concurso “O MAIS QUERIDO”, em todas as federações do país, com a finalidade de anunciar ao torcedor o clube com a maior torcida em cada Estado. A Revista Placar reconheceu a força popular do FURACÃO DO ESTREITO. Portanto, “o Mais Querido” quer dizer o clube de maior torcida.
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Alvinegro
Aonde Ir? Lazer, gastronomia, compras e serviรงos.
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