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ANO 15 • EDIÇÃO#118 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA




EDITORIAL Assim como no final, o começo de ano é uma época nostálgica. Foi inevitável aproveitar e fazer uma retrospectiva de 2013, com todos os seus desafios e vitórias. Ao mesmo tempo, aqui em Santa Catarina começa aquela correria louca da temporada. 2014 chegou e com ele o verão, sol, dias mais longos e surf até mais tarde, muitas vezes com a presença da lua.

Ano 15 - Edição#118 Fundador: Luis Felipe Machado Fernandes Editora: Caroline Lucena editorial@jornaldrop.com.br Redação: João Ricardo Lopes jrlopes@jornaldrop.com.br

Na edição#118 juntamos de tudo um pouco. São informações sobre o esporte e os últimos acontecimentos do surf e skate por aqui. Floripa voltou a ser palco de disputas importantes, e neste exemplar estão registrados os melhores momentos do HD World Junior Championship, numa abordagem jornalística diferente. Este evento coroou Gabriel Medina como o novo campeão mundial sub-21 da ASP nas ondas da Joaquina.

Fotografia: Marcio David - mdavidisn@ig.com.br

O destaque principal da edição ficou para a matéria do fotógrafo Marcio David. Ele foi para Indonésia e trocou uma ideia com alguns surfistas catarinenses que também estiveram por lá.

Colaboradores: André Luiz, Pete Frieden, Pedro Albano, Basílio Ruy, Rafael Castro, Osvaldo Pok Junior e João Brinhosa.

Na seção Na Cara, a entrevista é com Yago Dora. Um dos atletas da nova geração que está em ascensão. Além de um excelente surfista, é um cara determinado em busca de progressão em sua carreira.

*Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos autores.

Embarque no clima do conteúdo que preparamos para você. A edição#118 é resultado do nosso último trabalho em 2013, e fruto de muita dedicação. Em 2014 o nosso veículo completa 16 anos, e reafirmamos nossa responsabilidade de divulgar o esporte aqui no estado. Foi com essa proposta que chegamos até aqui é por isso que nossa equipe continua mandando ver, caprichando no conteúdo, fotos e idéias. Uma versão online do Jornal Drop também está disponível no site www.jornaldrop.com.br com matérias exclusivas, interatividade e muita mais informação. O Jornal Drop deseja vibrações positivas e bons drop em 2014! Aproveitem, é verão! Aloha!

Criação: Gustavo Egidio Colunistas: David Husadel, James Santos, Norton Evaldt, Marcio David e João Ricardo Lopes. Depto. Comercial Rafael Castro – bocadusurf@hotmail.com João R. Lopes – joão@jornaldrop.com.br

Jornalista Responsável: Caroline Lucena – CNC 4551028

Essa é uma publicação bimestral com distribuição gratuita em Santa Catarina. Errata: Na edição#117 foi esquecido de creditar as fotos da festa de 15 anos do Jornal Drop para Jovani Prochnov. Rua Prefeito Acácio São Thiago Garibaldi, nº 300, Joaquina Florianópolis (SC) - CEP 88062-600 Fone: (48) 99470596 CAPA: Julio Terres iluminado. Foto: Marcio David Drop na rede Site: www.jornaldrop.com.br Facebook: Jornal Drop Twitter: @JornalDrop Edição online: issuu.com/jornaldrop

A onda. Indonésia por Marcio David





Na cara

Yago Dora de backside e com estilo.

YAGO DORA Por João Ricardo Lopes

Se existe um surfista desta nova geração expoente do sul, que teve uma evolução meteórica em suas performances, foi Yago Dora. Com leveza e velocidade nos movimentos, Dora alia o surf moderno e dinâmico em seus ataques fulminantes nas ondas, e vem passo-a-passo (ou seria remada-a-remada) em busca de seu lugar ao sol. Apesar de garoto, já sabe muito bem o que quer, e segue firme as orientações de seu pai e técnico Leandro Breda rumo ao objetivo traçado. Ser filho de um ex-surfista profissional te motivou a pegar onda e competir? Acho que pode ter sido uma grande influência, mas na verdade, até os 10 anos, eu só queria jogar futebol. Depois meu pai começou a treinar alguns atletas e entrei na pilha de evoluir, parei de jogar futebol e fui pegar onda. Como avalia sua evolução nas ondas? Eu acho que tive uma evolução bem rápida. Um dos principais motivos foram meus amigos, que já quebravam nas ondas. Tive que correr atrás para alcançar o nível deles e me dediquei muito para isso. Já tinha em mente seguir a carreira como atleta nas competições de surf? No começo eu só queria curtir, ainda mais que meu nível de surf era pior que os outros. Quando comecei a fazer algumas viagens internacionais, as coisas começaram a mudar, eu evoluí e comecei a pensar nos campeonatos. Na primeira competição que participei fiquei em segundo lugar, no circuito paranaense amador, que rolou em Matinhos. Esse resultado me incentivou a continuar querendo mais.

Até que ponto você credita as ondas internacionais na evolução de suas performances? Foi o principal fator da minha evolução até hoje. Surfar ondas de linha, perfeitas, com bancadas rasas de coral ou pedra, ajudou muito a desenvolver uma leitura de onda no surf. No Brasil não temos ondas com espaço para executar o que quiser em termos de manobras. É totalmente diferente e por isso, as viagens são muito importantes para se ter a abordagem certa no mar. Como descreve seu estilo de surf e manobras? Eu dou o meu melhor para ter um estilo agradável, e sei que ainda tenho muita coisa para evoluir. Sigo o processo na maneira certa, sem atropelar as etapas da evolução. Tenho o objetivo de evoluir e me dar bem nas competições, mas sem esquecer as manobras acrobáticas e manobras de impacto, que gosto muito de fazer. Comente como foi executar o back flip. Foi muito bom ter completado o back flip. Já estava tentando há um tempo. Passava noites sonhando que eu tinha acertado. No dia que completei o movimento, pensei que seria só mais um sonho, só que desta vez foi verdade. Foi um dia muito especial. Quais seus próximos planos em curto prazo? Pretendo competir o circuito WQS pelo mundo, para ter cada vez mais pontos, fazer um seeding bom para competir os eventos Primes durante os próximos anos, visando uma futura entrada no WCT. Esse é o objetivo de todo surfista que cai na estrada no circuito mundial.


FICHA TÉCNICA

Yago na técnica.

Nome: Yago Abbas Dora Idade: 17 anos Natural de: Curitiba (PR) Mora em: Florianópolis (SC) Patrocínios: Volcom, Monster, Sticky Bumps, Arenque Surf Designs. Quiver: 5’7’ até 7’0’ Arenque Designs Melhor onda: Desert Point (Indonésia) Viagens: Hawaii - Indonésia Peru - Chile - México e El Salvador Ídolos: Dane Reynolds, Julian Wilson, Jonh Jonh e Ricardinho Santos.

Também foco o Mundial Pro Junior, pois ainda tenho três anos de tentativas para vencer este evento.

Até que ponto ele contribui na evolução de seu surf? Ele sempre esta me filmando e dando os toques para eu fazer cada vez melhor o que a onda proporciona. Acho que a coisa mais importante para a evolução de um atleta é ver suas imagens surfando e tentar melhorar a cada dia, além da dedicação diária atrás do objetivo. Nesse tempo de surf que você tem, destaque algum momento marcante em que viveu dentro do esporte? Foram muitos momentos marcantes, mas para mim foi vencer o VQS Mundial sub 17 na Califórnia, em 2012. Foi a primeira vez que participei deste evento e estava planejando ir bem, mas não esperava vencer. Qual sua expectativa para esta temporada havaiana de 2014? As expectativas são sempre boas, eu amo o Havaí e mal posso esperar para chegar. Um lugar que realmente o surfista sente a evolução dia-a-dia em ondas potentes, das mais variadas formas e tamanhos.

Fotos. Marcio David

Como é sua relação com seu pai, Leandro Breda, surfista que já foi competidor e surfa muito bem até hoje? Nossa relação e a melhor possível. Em casa ele é meu pai e, na praia, ele é meu treinador, sabemos distinguir bem isso. Eu também gosto muito quando ele surfa junto comigo e sempre fazemos uma bateria na água. Ele não me dá mole, são poucas as vezes que eu ganho.

Quem são seus principais companheiros de surf, trips e treinos e como é esse dia-a-dia entre vocês? Meus principais parceiros de trips são meu pai e o Lucas Silveira, que foi o primeiro atleta que meu pai treinou. O Ricardo Dos Santos também surfa bastante com a gente. É muito bom ter eles surfando comigo, porque ambos são muito bons em ondas pesadas e tubulares, e é justamente esse tipo de mar que mais tenho a evoluir, então eles estão sempre puxando meus limites.


do mês

Essa foi minha primeira onda, pois tinha acabado de entrar na água. Um dos melhores dias da temporada em Padang Padang, considerada a Pipeline de Bali. Neste momento todos os elementos se encaixaram para que tudo saísse perfeito, e saiu! Foi uma conexão muito especial com oceano!

Foto: Arquivo Pessoal/Pete Frieden.





Dropando de letra

A mídia pode ser tendenciosa? Por João Ricardo Lopes

Tem certas coisas que muitas vezes passam despercebidas para muitos, mas transmite uma mensagem “entre linhas” e com forte simbolismo, principalmente na mídia. Quando se trata de uma das principais revistas de surf no mundo, com grande poder de opinião e alcance mundial, podemos tirar certas conclusões de que os “yankes”, no alto de sua já conhecida prepotência, fazem para se manter sempre no topo. Uma matéria em uma das mais tradicionais revistas especializadas do mundo, com mais de 50 anos de publicações, me chamou a atenção. Na capa, uma foto sensacional do jovem Conner Coffin, novo queridinho da América, numa rasgada com muito estilo numa das direitas mais espetaculares e perfeitas do mundo: Jeffrey’s Bay. Uma onda grande, limpa, onde se via a linha perfeita da manobra, aliada o estilo clássico do garoto. Já tinha visto essa mesma matéria no site Waves, mas tive contato com a revista e pude entender mais, pelo menos no meu ponto de vista, o intuito final e objetivo da matéria. Sem essa de teoria da conspiração ou “complexo de viralata” que os brasileiros muitas vezes são tachados, mas se tratando dos americanos, sabemos que nada é de graça. Todos sabem que Kelly Slater está na regressiva para sua aposentadoria. Um surfista que se manteve no topo por duas décadas ditando todo rumo do surf em manobras e abordagem nas ondas. Os americanos ficaram mal acostumados com essa hegemonia da “era” Slater com seus onze títulos mundiais. Há tempos que eles tentam emplacar um substituto a altura, mas não conseguem. Tentaram com Dany Reynolds, Kolohe Andino e agora apostam tudo em Conner Coffin. Vamos aguardar e ver se vinga. A campanha já começou. As manobras aéreas fora do convencional foram o grande diferencial de Slater. Ele comandou essa revolução que virou quase regra em se tratando de pontuações altas nas baterias de campeonatos, sempre alinhado com as manobras tradicionais. O Brasil sempre teve grandes surfistas no WCT desde o início, mas nunca tiveram tanto destaque em manobras aéreas e suas variantes. Isso pesava muito para nossos atletas e nos resultados finais.

Foto. Basílio Ruy.

Alejo Muniz nas alturas.

Neste século o Brasil chegou forte no cenário e tem uma das melhores gerações de surfistas do mundo. Um esquadrão de elite, encabeçados por Gabriel Medina e Felipe Toledo que comandam as ações, principalmente nos aéreos. O que antes era uma certa deficiência nossa hoje virou virtude. Os brasileiros chegaram ditando os padrões de radicalidade de forma impressionante e a tendência é dominar a cena nos próximos anos, caso não haja nenhum percalço. Voltando a matéria da revista gringa. No título, dizia: “De volta as origens”. No lead da reportagem ainda dizia: Taylor Knox comanda uma equipe de jovens americanos com intuito de resgatar a essência perdida do estilo e das manobras de linha que ficaram pra trás com o surf moderno de aéreos. Nada mais emblemático colocar o “Capitão América” Taylor Knox, um dos estilos mais bonitos e polidos que já se viu, a frente de uma geração nova de americanos em J’Bay. Os aéreos e o surf acrobático ficaram em segundo plano pra eles nesta trip. Seria uma forma de desmerecer essa abordagem aérea nas ondas, justamente quando temos um grupo forte entre os melhores do mundo nessas manobras? Logo quando Slater está prestes a sair de cena e não deixar um sucessor a altura de seu surf espetacular? Posso estar enganado (como disse no início do texto, tudo depende do ponto de vista de cada um), mas me soa como um certo desespero americano de não ficar pra trás no cenário competitivo do circuito mundial. Esse surf radical, antes tão valorizado por eles no início e que de certa forma os brasileiros tinham dificuldades, para eles já não tem tanto valor como antes. Justamente agora que dominamos essa técnica com total facilidade. A urgência de colocar algum talento americano que faça frente a essa geração de brasileiros e australianos fica evidente. Com ajuda da poderosa mídia que possuem ao seu lado, a matéria da revista parece ignorar a radicalidade, as manobras acrobáticas de alto risco e que por coincidência ou não, os brasileiros são mestres nessa arte. Passa a impressão de imposição a respeito de tendências nessa “nova” leitura de onda nas competições. Enfim, como já foi mencionado no texto, tudo é uma questão de ponto de vista na compreensão dos fatos, mas uma coisa é certa: o Brasil continua incomodando.


dragonalliance.com

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SHERMAN

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SHERMAN


Só surfar Por David A. Husadel

Como é bom se jogar na água, dar uns mergulhos e correr ondas. Chegamos ao final de mais uma temporada. O Jornal Drop está em suas mãos, e isso prova que, o veículo impresso de surf de maior abrangência em Santa Catarina continua firme em sua missão. Como em toda retrospectiva de final de ano, precisamos contar os acontecimentos mais importantes dos atletas catarinenses, dos eventos da Fecasurf e das atividades agregadas. Então lá vai: • Alejo Muniz continua na elite da ASP. Um enorme parabéns para o atleta; • Willian Cardoso bateu na trave mais uma vez, muitos podem menosprezar, mas ser faixa preta é para os 32 melhores do mundo, Willian é faixa marrom há vários anos e também está de parabéns; • A Fecasurf teve um ano difícil. Começou com poucos campeonatos, mas neste final de ano se reinventou, usou a máxima moderna de que “menos é mais”, e proporcionou vários campeonatos das associações locais, assim os atletas competiram e se integraram. O surf catarinense manteve-se em alta. Então, veja só: Circuito Catarinense Amador e Profissional, Mundial Pro Junior da ASP, Campeonato Inter Associações, Circuitos Locais, Circuito Ilha, Surf Treinos, Estudantil do Maurio Borges, que parecia um Festival de Rock, Surf, Skate & Brotos; • De Olho no Mar do Raposa & 360º; • Maurio informando o surf diariamente. Também sua rádio S365 pela internet, com programação diferenciada, surf music de primeira e o programa RAD, de esportes radicais, antes apresentada pelo Maurio, e agora o jornalista do Jornal Drop, João Lopes, a frente do projeto; • Guga Arruda também segue firme nos boletins; • O skate do RTMF está bombando para o mundo; • Os atletas Masters de Santa Catarina, mais uma vez fizeram frente no Mundial Master da ISA e na CBS. Roni Ronaldo, Mickey Hoffman e Junior Maciel infernizaram os outros; • Saulo Lyra é o Campeão Brasileiro Kahuna da Abrasp; • Everaldo Teixeira, o Pato, e família continuam em destaque; • Os juízes catarinenses seguem presentes na ASP, sem falar na quantidade de ondulações de qualidade que lamberam nosso litoral durante o ano;

Swell clássico

Com tantos eventos e a tantos anos em Santa Catarina, é natural que surjam muitos competidores, alguns talentos natos, outros construídos, mas sempre atrás dos prêmios e do glamour. Mas esta coluna chama-se Tubo do Tempo, então precisamos ter a consciência que o tempo passa para todos. Um dia o garoto é campeão Mirim, depois Junior, depois Open, alguns se tornam profissionais, poucos depois do profissional continuam vivendo do surf na Master ou como Freesurfer, mas como é que as praias estão tão cheias de surfistas de todas as idades e todos os dias? Porque a maioria destes surfistas só quer surfar? Despertaram o sentimento puro de correr ondas, de estar molhado ao vento, envolvidos pelo oceano. Concordo que ter uma foto, fazer um vídeo ou postar nas mídias sociais é bem legal, eu gosto e faço estas coisas, é como se esticássemos bons momentos, mas isto não precisa ser o principal. Quando descobrimos que o surf ou skate que praticamos é para nós, é algo interno, ele começa a ficar bem mais harmonioso e valioso. Ter tanta dedicação por algo que não vai te dar dinheiro, nem glamour, só a sensação de alegria e paz de espírito é algo místico, talvez um bom exemplo de comunhão com a natureza e com si próprio. Quem chega neste astral, evita por tudo no mundo um atrito dentro d’agua, não existe razão sensata de brigar por uma onda, se alguém te rabear, tudo bem, pega-se outra. É estar em um padrão zen que não se admite intrigas, mas sim alegria. Quando atingimos este estado de espírito, temos no surf uma verdadeira religião. Mas não confunda religião com o que é pregado há mais de 2.000 anos. Religião no sentido de transcender os limites mesquinhos, interesseiros e egoístas. Quando interagimos em harmonia com o mar, estamos em um templo e rezamos no sentido mais visceral da religiosidade. Assim, desejo que em 2014 a turma do surf e do skate continuem dando seus drops e roles. O desenvolvimento de tantas emoções é algo que não acontece de um dia para outro, quando percebemos o Tubo do Tempo em que vivemos, começamos a ter a chance de interagir, e é muito bom mergulhar neste imenso mar divino. Aloha!

Foto. Marcio David.

Tubo do Tempo



Ale Chacon - Floripa. Foto: Marcio David

Moments

Gustavo Ramos - Praia Grande - S達o Chico. Foto: Marcio David.


Ramiro Rubim Riozinho - Floripa. Foto: Marcio David

Yan Daberkow Prainha - S達o Chico. Foto: Marcio David.


Dark Side

Câmera e ação Por James Santos

Como a fotografia entrou na sua vida? Comprei uma câmera simples, semiprofissional (Canon T1i) aos 17 anos de idade e logo comecei a fotografar meus amigos, andando de skate ou pegando onda, em nossas viagens.

Você não é surfista. Porque escolheu o surf como foco do seu trabalho? Ganhei uma prancha de bodyboard da marca BZ quando tinha 12 anos, até os 18 anos eu pegava onda e frequentava as praias de Santa Catarina, Por motivos de saúde tive que abandonar o esporte por alguns anos, mas nem por isso perdi o gosto pelos esportes e tudo que abrange. Tive a oportunidade de voltar, mas já estava apaixonado pela fotografia neste seguimento. Quem são suas referências? Gosto muito do trabalho do Marcio David e James Thisted. Nunca esqueço em um WQS, no Farol de Santa Marta, eu trabalhava como STAFF e tive a oportunidade de ficar nos aposentos com eles.

Fotos: Arquivo Pessoal.

Fotografia e surf sempre caminharam juntos. Um completa o outro, e a foto traz em seus clicks a história. Nesta edição vou falar sobre um dos grandes destaques da fotografia catarinense, Osvaldo Pok. Nascido em Criciúma, radicado em Balneário Camboriu, Pok vem ganhando espaço e destaque nas principais revistas do seguimento, além de produzir sua própria revista online POKMAG http://issuu.com/pok_mag. O fotógrafo já está em ação há 3 anos, um período pequeno, porém seu esforço é grande. Está sempre na beira da praia procurando um novo ângulo e explorando olhares que fazem a diferença. Na entrevista a seguir vamos conhecer um pouco da sua história.


U M D O S M A I O R E S Q U I V E R S D O B R A S I L , C O M P R A N C H A S P A R A Q U A L Q U E R T I P O D E O N D A ! V E N D A S O N L I N E : W W W . R O C K C I T Y . C O M . B R

C O N T A T O : ( 4 8 ) 3 4 3 7 0 0 2 5 C R I C I Ú M A

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S A N T A

C A T A R I N A


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Paraiso Espiritual Por Marcio David


Em uma manhã de sexta-feira de primavera, recebo uma ligação que mudou todos os meus planos naquele mês. Do outro lado da linha, surgiu o convite para fazer uma viagem e registrar um dos paraísos mais cobiçados pelos surfistas de todo o planeta: a Indonésia. Mesmo com todas as dificuldades, voltar para a Indonésia era como um sonho. A qualidade das ondas e a oportunidade de fazer boas imagens é muito atraente, a emoção acabou tomando parte da minha decisão final. Embarquei com a missão de registrar um grupo de surfistas, em uma rota de 10 dias percorrendo os melhores picos de Mentawai. Para qualquer surfista, o prazer de estar em Mentawai é fenomenal, e com o grupo não foi diferente. O paranaense Marlon Bezrutchka, nosso comandante, é um dos sócios do barco Star Koat e já tem muita experiência nas ondas. Depois de alguns dias de mar flat e ondas fracas, o swell chegou e rolaram alguns mares clássicos, em lugares como Lances Right, Macaronis, Gren Bush, Thanders e Bintang. Ondas de 6 a 8 pés fizeram a cabeça da galera, que não decepcionou. O ápice do swell foi em Green Bush. Um dia de chuva e ondas potentes.

Os dias passaram voando e depois de um árduo e desgastante processo de edição no barco, segui meu rumo em direção a Bali. A ideia era passar alguns dias em terra firme e na companhia de bons amigos. Degustar uma Bintang em cima do clife de Uluwatu foi um prazer! Bali é diferente de tudo que já conheci na vida, a cultura do povo, o clima, o visual e as ondas perfeitas transformam a ilha em um dos locais mais alucinantes do mundo. Fiquei dez dias em Bali. Foi pouco, mas o suficiente para poder ter o prazer de fotografar as perfeitas esquerdas de Padang Padang e Uluwatu. Tive a grande recepção e companhia dos meus amigos de Floripa: Marcelo Cathcart, Dimitry e Gabriel Fuca. A galera deu total apoio e conheci os melhores lugares. Também encontrei outros amigos que estavam curtindo a temporada e vivendo no paraíso. De todos os sortudos que foram para Indonésia, selecionei quatro atletas que vão contar sobre sua temporada no paraíso.


Marlon Bezrutchka O Catarinense Marlon Teixeira, surfou tubos clássicos em Lances Right, Mentawai (foto acima). Um dos proprietários do Star Koat, Marlon Bezrutchka tem experiência de sobra na Indonésia. Na foto, em Greenbush, ele mostra porque é considerado um dos melhores surfistas brasileiros no arquipélago.


Pedro Husadel Dimitry Awdziej Estar na Indonésia é a realização de um sonho. A cultura, humildade e alegria que o povo transmite chama a atenção. Passar essa temporada na Indonésia foi como eu imaginava, ou melhor, um lugar muito lindo e com uma grande variedade de ondas. Fui acolhido pelo povo local e surfei uma variedade imensa de mares tubulares e com alta performace. O melhor swell que eu presenciei foi em outubro, com 6 pés e formação excelente, nas ilhas de Mentawai. Onda: Secret, em Bali; Comida: Nazi Goren; Role: Praias de Padang Padang e Uluwatu.

Sempre tive o sonho de ir para a Indonésia, concretizar esse desejo me faz um sujeito feliz e abençoado. O que mais me fascinou foi olhar para os lugares mágicos e visualizar como eles deveriam ser no passado, quando eram virgens e simples. Sempre soube do potencial das ondas, porém elas ultrapassaram minhas expectativas e me fizeram ter certeza de um retorno. Hoje em dia, nesta era globalizada e cosmopolita, é saudável vivenciar refúgios culturais e algumas partes da Indonésia ainda oferecem isso. Segundo todos que viveram na Indonésia durante a temporada, setembro e outubro foram os melhores meses de ondas, justamente os meses que estive por lá. Resumindo, os deuses do surf estavam ao meu lado. Uma das sessões inesquecíveis foram em Wu’s Left e Xi’s Right, onde ondas foram surfadas e sorrisos foram compartilhados entre amigos. Minha trip superou qualquer expectativa, surfei as melhores ondas de minha vida e com meus melhores amigos. Ondas: Wu’s left e Xi’s Right; Comida: Em Maluk tem uma barraca quem vende pastel e uma panqueca de susu que nos deixou bem alimentados durante nossa estadia; Role: Quem me conhece sabe que viagem de surf não sobra muito espaço para outras coisas. Não fui em nenhum templo, mas fui na caverna do Dragão várias vezes, recomendo.


Marcelo Cathcart

Já me perguntei algumas vezes porque nunca consigo explicar como é estar na Indonésia, talvez porque o sentimento seja indescritível. Não são só as ondas, mas a cultura e o povo carismático. As ondas realmente são impressionantes, iguais as dos cadernos de escola. O clima quente, agradável e a cultura, vão além de nossas expectativas. O melhor swell que dropei foi em outubro, tive a oportunidade de ir para Mentawai junto com Dimitry e, com certeza, Kandui foi a melhor em minha opinião, com ondas de até 6 pés. Durante a viagem, acabei sofrendo um acidente de moto em Bali, que me deixou longe da água por um mês. Além de Bali, tivemos a oportunidade de visitar outras ilhas como: Sumbawa, Lombok e Mentawai. Onda: Kandui; Comida: Sushi; Role: Desert Point.


Netto Moura

Estar na Indonésia é irado, muita vibe e cultura. Ondas perfeitas, sol e água quente. Tudo de bom! Fiquei hipnotizado pelas perfeitas e tubulares direitas de Nias. Essa é minha terceira temporada na Indonésia, já estou acostumado com a cultura e o clima. Mas quando fui pela primeira vez, fiquei impressionado com a perfeição de ondas como Padang Padang, Sanur, Keramas, Canggu e Uluwatu. A cultura das ilhas: Timor e Simeulue, também chamaram minha atenção. Bali é o lugar onde a força e cresça da cultura Hindu é muito forte e contagiante. Também tem uma coisa muito louca que é a mescla de turistas de vários lugares do mundo. O melhor swell que eu presenciei foi em Nias, em Sumatra. Fiquei um mês, e nesse período peguei ondas de 6 a 8 pés clássico e sólido. Uma perfeição incrível e uma adrenalina contagiante de entubar a todo o momento. Descrever esse mar é como um sonho de criança. A viagem foi irada, pois já havia combinado de encontrar meu amigo Pedro Barros para pegar umas ondas e andar de skate em Bali. Ficamos cerca de 20 dias na batida do surf e skate, comemorando o seu quarto título mundial consecutivo, com boas festas no Sky Garden. Onda: Nias; Comida: Nazi Goren; Role: Bar do Deus, em Canggu. O pico é um restaurante bem decorado, com música ao vivo e um mini ramp animal. Comida boa e barata, gente bonita e europeias maravilhosas.

Agradecimento: Jornal Drop, OCEANO Surf Wear, Welcome Surf Trip e Mentawai Surf Chartes


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EM SÉRIE

Surfista: André Luiz - Pico: Padang Padang - Foto: Arquivo pessoal

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GUIA DE SHAPERS Skull Surfboards

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Shaper: Rafael Simões

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Floripa estava com saudade Por João Ricardo Lopes

Fazia anos que Floripa não recebia um evento que mexesse com a rotina dos moradores, a economia local e os amantes do surf. Uma ilha com vocação para os esportes aquáticos, em especial o surf, e que desde os anos 80 entrou na rota dos eventos mundiais, ficou por alguns anos fora dos holofotes que fizeram sua fama. Assim foi a volta da cidade em grande estilo no HD World Junior Championship, mundial sub 21, que definiu os campeões mundiais das categorias na praia da Joaquina. Gabriel Medina e Ella Willians saíram consagrados de Floripa. Os melhores surfistas do mundo até 21 anos selecionados nos rankings dos sete escritórios da ASP pelo planeta estiveram medindo forças em Floripa. O que se viu nas ondas da Joaquina pode ser considerado uma prévia do que está por vir num futuro próximo dentro do circuito mundial. Nomes que já brilham, e outros que poderão vir a brilhar simplesmente quebraram no evento que, digase de passagem, lotou as areias da Joaca, principalmente nos últimos dias. A troca de guarda está sendo feita. Dentre os principais nomes que eram cogitados antes da competição com status de favoritos, os brasileiros Gabriel Medina e Felipe Toledo, ambos já na elite, e o americano Conner Coffin, este postulando ainda sua vaga, eram os mais comentados. Apenas Medina assinou a lista de presença e compareceu. Toledo sofreu uma contusão dias antes e Coffin preferiu seguir direto para o Havaí após perder feio de Jadson André na final e ficar em segundo lugar no Prime de Portugal. O americano foi para o tudo ou nada na Tríplice Coroa Havaiana atrás de sua vaga no WCT, mas acabou falhando no objetivo. A Joaca fez a serventia da casa. Após anos esquecida como palco dos grandes eventos mundiais (a última vez foi durante um dia no WCT em 2003), posição essa que sempre

esteve acostumada, um swell persistente quebrou de terça a sábado, não precisando usar todos os onze dias da janela de espera. As ondas variaram de 1 metro a um pouco mais de 2 metros, com boa formação, recebendo os aplausos dos competidores pela qualidade do mar para competição. O nível do surf feminino é algo a se destacar. Performances sólidas, com belas manobras e estilo fizeram parte das atuações das meninas. A neozelandesa Ella Willians pode ser considerada a famosa “comendo pelas beiradas”. Se alguém apontasse uma lista de favoritas ao título antes das baterias começarem, com certeza Ella não estaria cogitada. A vice-campeã mundial foi a havaiana com sangue brasileiro Tatiana Westton Web, filha da bodyboarder Tanira Guimarães que se mudou para o Havaí ainda nos anos 80. Tatiana está classificada para o WCT em 2014 e é uma das novas caras no circuito mundial. Um ponto que chamou a atenção foi o “fair play” da havaiana após a final. Com a vitória de sua rival, erguida pelas companheiras, Tatiana gentilmente carregou a prancha da neozelandesa, feliz pela segunda colocação. No masculino o que se viu foram novos países surgindo no cenário e revelando atletas de ponta. Marrocos, Costa Rica e Japão, que apesar de já estar a mais tempo inserido no cenário internacional, parece que chegou forte com essa geração. Os “samurais” vieram em peso ao mundial e conseguiram resultados expressivos. O seis surfistas representantes da terra do sol nascente conseguiram vaga para o terceiro round. Nas oitavas foram quatro atletas e culminou com a excelente terceira posição de Hiroto Ohara, que ficou na semifinal, superado com folga por Medina. Foi o melhor resultado de um japonês num mundial pro junior.


Praia da Joaquina

Por falar em Gabriel Medina, ele confirmou as expectativas com sua presença e arrematou um título de peso para seu cartel. Faltava a Medina ser campeão mundial pro junior e ele veio obstinado atrás deste objetivo. O prodígio brasileiro correspondeu toda tietagem e atenção que recebeu em Floripa com atuações avassaladoras em suas baterias até a final. Ele praticamente massacrou seus oponentes, exceto no terceiro round, quando encontrou um australiano chamado Jacke Sylvester, que entrou na água com a “faca nos dentes” pro combate. Sylvester mostrou personalidade e manobras fortes pra enfrentar a estrela da competição. Faltando 3 minutos para o final, Medina encontrava-se na incomoda situação de precisar de um “highscore” de 9,51 pontos para classificação. Foi quando o garoto brasileiro incorporou o “Super Medina”, apelido que lhe fez jus as suas atuações fantásticas no circuito mundial. Com um aéreo reverse “no hands” muito alto, “linkando” com outro de menor intensidade na junção, Medina arrancou 9,57 e avançou de fase. Sangue frio nas horas cruciais é um dos diferenciais do campeão. O australiano, ao cumprimentar Medina fora da água, agradeceu pela disputa e se mostrou satisfeito por seu desempenho. Na final ele não deu chances a outro grande nome do evento, o marroquino Ramzi Boukihiam, que impressionou desde o início da competição com seu power surf . Medina executou todo seu arsenal aéreo, mesclado com manobras de linha e força, para neutralizar qualquer ação de Ramzi. Praia em êxtase, Medina nos braços do público com o título mundial em punhos. Um desfecho apoteótico, que seguiu o roteiro que todos esperavam para a volta da Joaquina e Floripa numa etapa sancionada pela ASP de nível mundial.

Sequência espetacular de Medina rumo ao título mundial Pro Junior

Fotos. Marcio David

Floripa volta a respirar surf Depois de alguns anos fora da cena, Floripa resgatou sua essência! Campeonatos grandiosos, surfistas internacionais, festas, todo glamour que a cidade sempre esteve acostumada foi revivida durante a semana do HD World Junior Championship. Não adianta: Floripa é sinônimo de surf e campeonatos mundiais. Acompanhe algumas opiniões sobre esse resgate da essência da praia da Joaquina e de Florianópolis. “Muito importante a iniciativa do Governo do Estado de Santa Catarina e da Prefeitura Municipal de Florianópolis, juntamente com o apoio dos patrocinadores HD e Devassa em trazer novamente para o Florianópolis, esta etapa decisiva do ASP World Junior Championship, campeonato que decidiu o título mundial sub-21 da ASP. Bom também ver a praia da Joaquina receber de braços abertos os melhores atletas juniores do mundo, com altas ondas e uma excelente infra-estrutura montada para esta competição.” Roberto Perdigão - Diretor executivo da ASP South America e diretor de prova do Mundial Pro Junior

“Foi uma honra receber em Florianópolis a competição Pro Junior ASP. Voltar a sediar mundiais de surf movimenta não só o turismo e a economia da cidade, mas também abre portas para um novo público, que talvez nunca tivesse a oportunidade de visitar nossa Ilha.” Maria Claudia Evangelista - Secretária de Turismo de Florianópolis SETUR/PMF


Foto. Marcio David

“A volta da HD ao mercado, trouxe também à cena a pró-atividade da marca, ícone dos anos 90, investindo no esporte por meio de patrocínio de atletas e de eventos esportivos. E não poderíamos ficar de fora da maior competição que promove o futuro do esporte, o HD World Junior Championship, que vai de encontro com a nossa campanha publicitária ‘Viva o sonho’. É isso que nos move!” Monica Rentroia – Coordenadora de Comunicação do Grupo Eixo

“Florianópolis não pode ficar sem eventos internacionais. Após um ano em branco, Santa Catarina, em especial Floripa, resgatou sua posição com um evento internacional de alto nível que foi o HD World Junior Championship. A Fecasurf sempre fará de tudo para realizar junto com seus parceiros evento internacionais de alto nível e se Deus quiser ano que vem tem mais.” Frederico Leite – Presidente da Fecasurf

“Após alguns anos sem receber uma etapa de nível mundial, a Joaquina foi honrada em receber o mundial pro junior, que fez revivermos os eventos anteriores que por aqui passaram com grande sucesso. Foram seis dias de boas ondas, grande público e show de surf, provando

que a Joaquina é “o grande palco” dos campeonatos. Espero que essa rotina volte com tudo em nossa praia.” Cristiano Melo - Presidente da ASJ (Associação de Surf da Joaquina)

Apesar de uma semana com ondas consistentes, as condicões do mar se mostraram difíceis para a maioria dos atletas devido à direção da ondulação e o forte vento que soprou em alguns dias. O fator sorte foi primordial em alguns momentos. As quartas de final contaram com atletas de sete nações. Isso demonstrou um nivelamento geral, mas também o quanto as condicões influenciaram nas performances de alguns dos pricipais nomes que ficaram pelo caminho. Dentre os atletas brasileiros, destaque para Michael Rodrigues que acabou na 5a colocacão. Apesar das condicões difíceis, os dois melhores surfistas da semana fizeram a final. Ranzi Boukihian do Marrocos mostrou o surf mais power da nova geração e que está pronto para uma vaga no WCT. Já Gabriel Medina acelerou o ritmo no último dia e não deu chance para ninguém. Foi muito legal ver um mundial voltando para Santa Catarina, em especial na Joaquina, que merece ter um grande evento anual para que a sua bela história continue sendo escrita. Luli Pereira- Head Judge do Mundial Pro Junior e integrante do quadro oficial de juízes da ASP


GUIA DE SURF SHOPS


Rainhas da série Mais uma sequência de belas, dentro e fora do mar. Fotos: Basílio Ruy

CORPO CONSCIENTE Saúde & Movimento



Triagem Fecasurf

Retrospectiva 2013 Por Norton Evaldt

Rip Curl Grom Search A Fecasurf abriu a temporada 2013 realizando o Rip Curl Grom Search na praia da Ferrugem, em Garopaba, e contou com a presença dos principais atletas as sub 16 do país, além da participação especial do fenômeno do surf brasileiro Gabriel Medina.

Circuito Ilha Surf – Taça Fábio Bola O Circuito Ilha Surf – Taça Fábio Bola, agitou a ilha da magia durante a temporada 2013 reunindo a molecada numa competição muito divertida, que passou pelas principais praias de Florianópolis.

Fotos: Basílio Ruy.

Circuito Oceano Em fevereiro foi dada a largada no Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador 2013, considerado um dos melhores e mais competitivos do país, responsável pela revelação dos principais talentos do surf catarinense. O Circuito começou na Prainha, em São Francisco do Sul, como é de tradição, depois o evento foi de norte ao sul do estado, passando pelas principais praias como em Florianópolis, Santinho, e na sequência em Balneário de Barra do Sul, depois Laguna, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú e finalizando na praia da Vila em Imbituba.

Campeões Catarinenses Fecasurf 2013, Etapa Final, Circuito Catarinense Oceano Surf Amador 2013, Praia da Vila, Imbituba(SC) Campeões Catarinenses do Circuito Oceano 2013 Open - Fábio Carvalho 7.776 pontos Junior - Gustavo Ramos 7.994 pontos Mirim - Gustavo Ramos 9.112 pontos Iniciantes - Giovani Picaski 9.400 pontos Infantil - Lucas Vicente 9.400 pontos Feminina - Marina Resende 7.882 pontos D. Auditivos - André Menezes 6.000 pontos Master - Álvaro Bacana 8.858 pontos Oakley Pro 2013 Em Março, foi a vez do Oakley Pro 2013 começar suas disputas pelo título catarinense profissional da temporada, na Praia da Joaquina, em Florianópolis, A competição reuniu os melhores surfistas profissionais do Brasil e finalizou com a vitória do catarinense Tomas Hermes, numa final histórica, realmente de perder o fôlego, contra Ricardo Wendhausen que fez uma nota dez nos últimos segundos da bateria, num aéreo muito alto, para delírio da galera, mas que não foi suficiente para conseguir a virada, ficando com a segunda colocação. O Oakley Pro 2013 também passou por Balneário Camboriú e finalizou na praia do Mar Grosso, em Laguna, definindo o título brasileiro e catarinense de surf profissional da temporada 2013. O catarinense Tomas Hermes sagrou-se bicampeão catarinense de surf profissional e o paulista David do Carmo, que venceu a etapa de Laguna, garantiu também o título de campeão brasileiro de surf profissional.

Sustentabilidade Em 2013 a Fecasurf apostou forte na sustentabilidade agregando projetos como o Keep the Ocean Blue da Oceano e o Projeto Prancha Ecológica ao Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador buscando a conscientização da molecada para a preservação do meio ambiente. Acidentes Fatais O surf catarinense também perdeu duas grandes pessoas neste ano que se passou. O surfista local da praia do Matadeiro (Florianópolis), Alcir de Souza, 41 anos, competidor na Fecasurf nos estaduais da década de 1990, e o surfista gaúcho Jorge Vivan, 53 anos, que sofreu um acidente dentro da água, quando surfava, e acabou morrendo afogado. Prata da Casa O catarinense Willian Cardoso, 27 anos, ex-competidor do circuito catarinense de surf amador, no início de sua carreira, hoje entre os melhores surfistas do mundo, conseguiu um feito e tanto na terceira rodada da etapa de Bells Beach do Circuito Mundial de Surf, ao eliminar ninguém menos que Kelly Slater, 11 vezes campeão do mundo. Catarinenses no topo do pódio do WQS Prime Dois catarinenses venceram etapas Prime do WQS em 2013. Alejo Muniz foi campeão do Vans US Open, no píer de Huntington Beach, Califórnia (EUA), e Tomas Hermes garantiu título do Sata Airlines Azores Pro, etapa Prime do WQS disputada em setembro na ilha de Açores, Portugal, Dobradinha no ALAS Outros dois catarinenses também fizeram bonito no ALAS Tour - Circuito Latino Americano de Surf. Os amigos do sul da ilha Irvin Ravi que ficou na segunda colocação do ranking final na categoria Pro Junior, e Luan Wood que finalizou o circuito na terceira posição no ranking. Decisão do título Mundial Junior ASP na Joaca O título mundial da categoria Pro Junior, para atletas com idade até 20 anos, foi definido na praia da Joaquina, em Florianópolis, no Floripa ASP World Junior Championships, com a vitória do novo ídolo do surf brasileiro, o paulista Gabriel Medina. Vida Marinha Surfing Games A ASBC – Associação de Surf de Balneário Camboriú foi a grande campeã do Vida Marinha Surfing Games Interassociações 2013, maior competição de surf por equipes do Brasil realizado no Costão dos Náufragos, em Barra Velha, reunindo associações de todo estado numa verdadeira olimpíada do surf. Agradecimento Fecasurf Mais uma vez gostaríamos de agradecer muito aqueles que nos ajudam a manter o surf catarinense em ascensão. Um agradecimento especial aos nossos patrocinadores, copatrocinadores, apoiadores, atletas, equipe técnica, imprensa e todos que de alguma forma contribuíram para o grande sucesso de mais uma temporada da Fecasurf. Obrigado e Feliz 2014, com muita saúde, paz e muitas ondas.Valeu galera!



Drop Skate

Skatistas esbajam estilo O tempo chuvoso na cidade de Florianópolis não conseguiu adiar a 3ª e última etapa do Circuito ASGF de Skate Street 2013, que foi transferida para o Trio Skate Park Indoor, em São José. Os 106 atletas inscritos entre as categorias Mirim, Iniciante, Feminino e Amador mostraram para os juízes Fernando Miranda Gomes, Oscar Mad e Roberto Poleão como a nova geração do skate esta afiada. Na categoria Mirim Ruderson Gonçalves não deu vez para seus companheiros e levou o 1º lugar. No iniciante, o local Aurio Franco, venceu com muitas manobras técnicas, já na categoria Feminino, Emily Antunes, com sua base vinda do bowl, garantiu o 1º lugar.

Junto ao evento rolou um best trick só para os amadores na hubba e na double set do skate park, onde o local de Florianópolis Victor Sussekind venceu, dando um wallride to bs nose grind. Mirim 1º) Ruderson Gonçalves 2º) Marcio Perninha 3º) Henrique Igi 4º) Gabriel Souza 5º) Miguel Lema

Iniciante 1º) Aurio Franco 2º) Gustavo Xavier 3º) Iago Pavan 4 º) Gustavo Lima 5º) Luiz Felipe

Fotos. João Brinhosa

O momento mais esperado foi a final do Amador onde todo o público presente pode ver o alto nível da competição. Luiz Neto, que vem se recuperando de uma grave lesão no tornozelo, esbanjou uma linha técnica e com o seu flip bs lipslide venceu a categoria. Luiz Neto Ollie transfer

Feminino 1º) Emily Antunes 2º) Bruna Longo 3º) Rafaele Fell 4º) Miriam ARL 5º) Andreza Vivian

Amador 1º) Luiz Neto, Florianópolis 2º) Wiliam Leandro Flash 3º) Victor Süssekind 4º) Alexandro Correra 5º) Thales Prate Best Trick 1º) Victor Süssekind

Victor Sussekind Bs blunt

Willian Leandro “Flash” - Flip 360 tail grab


Freestyle

Lucas Sachs Manobra: Handplant Pista: Loja Itararé / Shoreline Fotógrafo: Rafael Boca

AGORA EM FLORIANÓPOLIS A PRIMEIRA LOJA CONCEITUAL DE SKATE...

...COM PISTAS ANEXAS E MUITO MAIS

ITARARÉ FLORIPA SKATE POINT LOJA E ESCOLA DE SKATE SC 403, n. 6.278 – Térreo – Desterro Business Center Ingleses, Florianópolis, SC Tel: (48) 3733-4126 ITARARÉ LOJA E ESCOLA DE SURF Estrada Dom João Becker, 334 lj 04 Centrinho dos Ingleses, Florianópolis, SC Tel: (48) 3269-4198


Drop Skate

Explorando a Europa

Foto. Otávio Marotti

Por Marcos Gabriel

Quatro amigos, um trailer, 10 mil quilômetros e 10 países. Esse é o resumo da viagem D’mala & Board, com o skatista Marcos Gabriel, a surfista Bárbara Müller, o artista Miguel Silveira e o videomaker Otávio Marotti. A intenção foi explorar picos de skate, surf e arte. Descubra o que rolou pelos caminhos da Europa, nas palavras de Marcos. O ponto de partida foi Milão. Com o trailer estilizado e os destinos traçados, era hora de encarar a viagem de 45 dias. Partimos para Marselha, na França, onde aconteceu o Marseille Skate Cup. O campeonato foi alucinante, cheguei na final e garanti o 10º lugar, também encontramos os amigos e desbravamos a cidade. Depois da diversão, lá fomos nós, agora para Basiléia, na Suíça. Atravessar a França não foi muito fácil. Nos perdemos mas encontramos bons locais para andar de skate. Paramos em Lyon e, ainda perdidos, encontramos Dijon. Finalmente no caminho certo, chegamos em Basiléia, fomos atrás do bowl que eu conhecia, mas ele foi destruído. Os locais construíram uma nova pista chamada Portland. Foi bom ver a paixão que Basiléia tem pelo skate. Como os dias eram programados, estava na hora de ir para Praga, República Tcheca. Praga é sede do Mystic Skate Cup. O campeonato de bowl pegou fogo, com 40 skatistas do mundo. Fiquei em 8º lugar, arrisquei um frontside crail slide reverse na extensão, e acabei deslocando o ombro, há sexta fez este ano. No momento de descansar, fomos roubados. Perdemos alguns pertences, mas nada nos fez parar. Pé na estrada! Era hora de conhecer Amsterdã, na Holanda. Nossa primeira parada foi em Dortmund, uma cidade com a cultura tradicional alemã. Depois de um dia bem típico, chegamos mais tarde em Amsterdã. Fomos buscar a próxima integrante do grupo D’Mala & Board, Ambra

Feeble over, em The Hogue, Holanda.

Castelli, uma italiana que ajudou a bolar a viagem. Saímos para conhecer alguns coffee shops. Quando voltamos, a porta do trailer estava arrombada. Levaram documentos, computador, celular e dinheiro. Saímos imediatamente para The Hague (Den Haag), um lugar tranquilo com a vibe do surf. Curtimos o bastante para ter boas lembranças, e novamente pegamos estrada. Nosso destino era Antuérpia, na Bélgica. Chegamos em Antuérpia com a melhor das recepções! Tenho familiares que residem lá, e nos receberam com boa comida, banho e cama. Rolou tarde de autógrafos e artes em camisetas pintadas à mão pelo Miguel. A prancha de Bárbara também ganhou uma pintura irada de Gideon (meu primo). Gideon também bolou um desenho style para eu tatuar. E novamente, é hora de partir! Dessa vez, para a cidade romântica, Paris. Em Paris rolou uma session pesada no bowl de La Muette e, no fim da tarde, um solo com a torre Eiffel de fundo. Saímos empolgados para a próxima jornada, mas na autoestrada, o pneu estourou. Depois de horas tentando arrumar, conseguimos dormir em um posto. Rumo a Bordeaux, o pneu que trocamos estourou novamente, e dessa vez foi feio! Graças ao Otávio e sua rapidez no volante, nada de grave aconteceu, mas não tínhamos outro reserva. Um guincho nos levou para o interior, onde ficava a mecânica. Como perdemos um dia de viagem, fomos direto para Hossegor, mas o mar estava totalmente flat. Depois seguimos para Biarritz, e o mar também estava flat. Então fomos até um novo bowl, em Saint Jean de Luz. No dia buscamos pelas ondas, alguns locais nos guiaram até Marbella, onde rendeu um surf. Queríamos mais, por isso decidimos partir para Espanha. Nossa primeira parada foi em Bilbao, cidade localizada no País Basco. Conhecemos a arquitetura, o museu


Nose pick, em The Hague, Holanda.

Marseille.

“Guggenheim” e a cidade, que nos impressionou pela organização, artes nas ruas e pela sua beleza. Foi bom ter um toque de cultura antes de chegarmos a San Sebastián. Rolou mais um surf de manhã e partimos para um skatepark. Já estava tarde e paramos em Sopelana, onde rolou mais ondas. Mas o dia não parou por aí e deu para conhecer “La Kantera”, skatepark clássico espanhol. Partimos novamente em busca de aventuras, a próxima parada foi em Portugal. Tínhamos quatro dias para explorar, por isso nos familiarizando com o país e buscando placas sinalizando Peniche. Frio e água gelada, mas com as melhores ondas que encontramos. Depois nosso rumo era Ericeira, mais

Dijon França.

Foto. Otávio Marotti

Fotos. Bárbara Müller

Blunt nose grab, na Holanda.

um pico clássico de surf. Entramos imediatamente na água e depois de uma boa sessão, procuramos o skatepark. Finalizamos passando por Lisboa, andamos pela cidade e conhecemos o antigo skatepark, na frente da ponte. Na sequência, começamos a voltar para Milão e resolvemos parar em lugares para aproveitar. Com mais de 600 km percorridos, chegamos em Madri. Passamos o dia desbravando a linda cidade, com sua arquitetura ousada. Depois de 650 km, paramos para um banho de mar em Barcelona e, finalmente, retornamos à Milão! Foi uma ótima jornada, tudo que vivemos estará marcado na cabeça. Momentos de felicidade, estresse, aflição e tranquilidade, Uma viagem que iremos guardar para vida inteira! Qual será o próximo destino?


GUIA DE SERVIÇOS


MERCADO NEGRO

A

A

driano de Souza firmou acordo de três temporadas com a HD, uma das marcas de surf mais conhecidas do país. Essa é uma parceria de gente grande e de quem sabe bem onde quer chegar. Por um lado, uma marca genuinamente brasileira que voltou com tudo, mostrando o seu potencial e força, apostando no esporte e nos atletas brasileiros acima de tudo. Por outro, um cara de bom moço e sorriso permanente, porém, um talentoso e guerreiro atleta que acredita muito na HD. “Esta será mais uma parceria longa, dessa vez com a maior empresa de surfwear do Brasil, a HD”. Foto: Paulo Barcellos.

marca Freesurf está invadindo as telas nas produções globais, fazendo parte do figurino de personagens em diversas tramas da emissora. Com um mix de produtos de primeira linha, a Freesurf pode ser encontrada em diversos pontos do litoral brasileiro, em especial no catarinense. Para você conferir todos os picos da Freesurf Land, acesse www.fresurf.com.br/ilha.

O

verão não seria tão divertido sem muita cor e estampa. Por isso, a marca Goofy convida você para sair do básico e dar uma injeção de alegria no visual. Onça Pop é uma das estampas favoritas e também entrou no clima “cor e calor”. Isso mesmo, divertida até no nome, a onçinha POP deixou os detalhes da Coleção de Verão ainda mais lindos!

A

oitava edição do Encontro de Gerações, pela primeira vez realizou uma competição de equipes. Dentre as 12 equipes que disputaram a prova, o time liderado por Saulo Lyra foi o vencedor. O evento aconteceu no sábado e o domingo rolou a tradicional festa no Figra, com mais de 4 mil latas de cerveja, brindes e pranchas que foram sorteadas.

catarinense Tomas Hermes sagrouse bicampeão catarinense de surf profissional de 2013 em Laguna. Tomas surfa com as pranchas Snapy, do shaper Alexandre, de Balneário Camboriú.

N

o final de 2013, a marca O’neill realizou o coquetel de lançamento da sua coleção de verão 2014, em Florianópolis. A confraternização reuniu a galera do surf na loja Reefifi, que fica no centrinho da Lagoa da Conceição. A coleção está incrível, foi testada e aprovada pelos amantes do surf. Para mais informações sobre a marca, acesse www.oneill.com.

Q

uem assumiu o programa Rad na rádio on line S365 [O]MUNDO foi o jornalista João Ricardo Lopes, do Jornal Drop. O programa é de esportes radicais, com bandas alternativas de surf music em seus seis blocos e entrevistas com personalidades e atletas.

M

agnet Wax é a nova parafina no mercado, que tem a assinatura do top surfista Teco Padaratz. Com uma fórmula que gruda nas condições mais adversas, a Magnet pode ser encontrada nas melhores surf shops do mercado.

Q

uem está surfando com as pranchas MLS do shaper Cecéu, do litoral sul catarinense é Marco Polo. O surfista colocou os foguetes em ação e gostou muito. Polo esteve envolvido em seu projeto que explorou os lugares inóspitos pelo planeta. Já a MLS também conta com André Luiz, de Itapirubá, que arrebentou na última temporada indonesiana.

O

A

Tropical Brasil é uma empresa brasileira e administrada por surfistas. Uma das maiores deste segmento na indústria, exportando para vários países e sendo reconhecida pela qualidade e performance dos seus produtos e equipamentos. Para conferir a linha completa de pranchas, SUP e demais produtos, Tropical Brasil, acesse o site: www.tropicalbrasil.com.br. Para garantir o seu produtos você também pode visitar a loja que fica na Rua Maria Madalena Bilk, 26, em Florianópolis/ (048) 3237-4127.



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