ANO 16 • EDIÇÃO#120 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
EDITORIAL
E
m suas mãos está o exemplar 120 do Jornal Drop. Fruto de um trabalho que envolve uma identidade com a cultura dos esportes de ação. A adrenalina que movimenta os esportistas é a mesma que nos impulsiona a publicar mais uma edição. Na redação, reunimos histórias, fotos e pessoas que protagonizam alguns dos principais momentos do cenário catarinense, sempre com o intuito de levar o melhor aos nossos leitores. Santa Catarina merece ter um veículo especializado, que sempre se manteve fiel a sua essência surf, mas se adequando e abrindo espaço as tendências e outros esportes. Registrar tudo e a todos que se destacam tem sido uma grata missão de todo staff. Sabendo de todas as dificuldades, é ainda mais satisfatório documentar 16 anos de um período importante de nosso esporte, ainda mais na eminência de um possível e inédito título mundial de surf para o Brasil. O Jornal Drop é a terceira
Husadel, João R. Lopes e Eduardo H. Vasconcellos. Ano 16 - Edição#120 Fundador: Luis Felipe Machado Fernandes Editora: Caroline Lucena editorial@jornaldrop.com.br Redação: João Ricardo Lopes jrlopes@jornaldrop.com.br Fotografia: Marcio David mdavidisn@ig.com.br; Ricardo Alves - oceanofotos@hotmail.com; Basílio Ruy - basiliofotos@hotmail.com Criação: Gustavo Egidio Colunistas: James Santos, David
Depto. Comercial João R. Lopes – jrlopes@jornaldrop.com.br Colaboradores: Gabriel Varalla GUEL. Varella, Manuela D’Almeida, Chantalla Furlanetto, Tulio Koerich, Cristiano Melo, Thiago Furtado, Gabriel Vanini, Adenor Gouvea, Ricardo Pena, Mauro Roxo, Alcides Aguiar, Everton Mirando, João Brinhosa, ASGF, Rafael Bridi, Niklas Winter, Pablo Vaz. Jornalista Responsável: Caroline Lucena – CNC 4551028 *Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos autores.
mídia especializada com maior duração em suas atividades. Estar fora do eixo Rio-São Paulo por um lado pode ser complicado, mas é uma tarefa encarada com seriedade pela nossa equipe, pois em nosso estado as pessoas respiram o surf, e esportes como skate, alavancam um estilo de vida que movimenta até o turismo. Muitas novidades estão programadas para o Jornal Drop, que visa fortalecer suas plataformas virtuais e assim, tornar todo conjunto da mídia forte e compacto. O surf catarinense sempre será destaque em seus editoriais, e forte enquanto o Jornal Drop existir, valorizando seus atletas, freesurfers, eventos e todo lifestyle do mercado que o rodeia. Nosso conteúdo não acaba por que é produzido junto com uma galera que não amarela na hora de encarar um novo drop. É para os leitores que preparamos as matérias de surf, skate, cultura e comportamento que você acompanha a seguir. Divirta-se e boa leitura!
Essa é uma publicação bimestral com distribuição gratuita em Santa Catarina. Rua Prefeito Acácio São Thiago Garibaldi, nº 300, Joaquina, Lagoa da Conceição, Florianópolis (SC) – CEP 88062-600 CAPA: William Cardoso. Foto: Ricardo Alves. Errata: Na matéria Um por todos e todos por um, da edição#116, foi publicada uma foto sem o devido crédito. A imagem é do fotógrafo Gabriel Varalla GUEL.
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O’NEILL INC. 2014 | ONEILL.COM
JORDY SMITH
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O N E I L L S H O P . C O M . B R
Na cara
Quando está no Brasil. William não dispensa os tubos.
Willian Cardoso Por João Ricardo Lopes
Willian Cardoso não está para brincadeira, principalmente quando se trata de alcançar suas metas no surf competição. Um dos surfistas brasileiros mais emblemáticos da escola “power surf”, o popular “Panda” mostra que jogar água para cima nas manobras é com ele mesmo. Suas atuações no circuito mundial tanto no WQS, quanto nas etapas do WCT surfando como convidado, o credenciam como um dos principais atletas brasileiros da atualidade. Os resultados e suas performances falam por si só. Como anda sua motivação competitiva para 2014? Esse ano fiz coisas diferentes, me preparei melhor, viajei para surfar, e estou deixando os resultados aparecerem. Sinto-me muito bem em relação ao surf e meu corpo. Estou tendo acompanhamento de uma equipe médica do Dr. Franz Burini e preparação física em São Paulo, com os preparadores, Daniel Uesugi e Eduardo Takeuchi, Personal Boards e Personal Lab. Como se sentiu após o final dessas temporadas, chegar tão perto de se classificar para elite mundial e não ter alcançado seu objetivo? Senti-me bem, fiz ótimas campanhas, resultados expressivos. Faltou alguma coisa para chegar
lá, acho que um pouco de paciência em certos eventos. Como foi o ano competindo como wild card na temporada 2013 do WCT? Foi mais um ano de experiência, procurei extrair o máximo de coisas boas, para quando entrar no circuito mundial, já saber ter a leitura em ondas como Bells, Fiji e Taiti. Qual a principal diferença em relação aos eventos WQS, Prime com o WCT? A quantidade de baterias disputadas, a espera por onda de qualidade. Por exemplo, Huntington já tinha um cronograma pronto há dias, e isso acaba dificultando um pouco as disputas. O WCT prioriza muito mais o surfista, e acredito que um dia os eventos Primes chegaram nesta mesma fórmula.
Quais foram as principais dificuldades que você teve durante o circuito? Tive dificuldade em surfar ondas mais pesadas e tubulares, como Fiji, Taiti e Pipeline. Outro ponto foi manter o meu peso o ano todo, algo que sinto muita dificuldade, pelo meu faro apurado para a comida. Pode destacar momentos que ficaram marcados para você disputando etapas do WCT? O primeiro foi a disputa com o Shane Dorian em Pipeline, com ondas acima de 12 pés, ainda mais que nunca tinha surfado um mar daqueles. Segundo foi a campanha no evento de Bells Beach e a vitória sobre o Kelly Slater no round 3, além de o fato de estar voltando de uma lesão séria no tornozelo. O que você acha que poderia ter faltado para conseguir melhores resultados nessas etapas da elite em que disputou? Sorte! Competi contra o Julian Wilson na repescagem no Taiti, e tínhamos uma onda parecida, quando entrou uma onda vinda do oeste bowl. Miguel e Adriano sinalizaram para ir, e a onda me esmagou na saída. Em Keramas contra o Gabriel, acabei escolhendo as maiores ondas, onde era para surfar as menores, mais dentro do pico. São coisas que
Fotos. Ricardo Alves
Perfomances como esta comprovam o porquê de William ser considerado um power surf.
vamos aperfeiçoando participando de eventos seguidos nos mesmos lugares. Faça uma análise bem subjetiva daquela bateria que venceu Kelly Slater em Bells Beach, um dos templos sagrados do surf competição. Foi uma das melhores baterias da minha vida, em questão de surf e tática de competição. Consegui estar na frente, e no lugar certo, com prioridade quando as melhores ondas apareciam. Fui ganhando confiança, quando avancei no primeiro round direto, e com as performances que tinha feito. Quando chegou o momento da bateria e entrei na água, esqueci de tudo e procurei surfar o meu melhor. Depois de vencer o Kelly, não ficou aquela sensação de que poderia ter ido mais longe? Tive mais uma bela apresentação no round 4, indo direto para as quartas. No outro dia, o mar subiu um pouco, e senti minha prancha um pouco pequena, e o Nat Young soube escolher as melhores ondas da bateria, sempre me deixando atrás. Poderia ter trilhado o mesmo caminho que o Nat, e chegado a final e ter incomodado o Adriano. Em 2014 começou mais uma temporada e você novamente na luta. Como foi o seu início de ano em termos de motivação para as competições, e planos traçados para conquistar a vaga definitivamente? Procurei evoluir meu surf, treinar mais a parte física, e deixar as coisas acontecerem, sem pressão. Foi o que
aconteceu até a metade do ano, não tive nada de resultados, quando as coisas voltaram para o meu lado. Tudo começou a fluir, o surf encaixou, as notas boas saíram e o resultado apareceu. Sobre o evento na Califórnia em que terminou em segundo, em uma dobradinha brasileira, comente como foi sua participação na competição? Foi alucinante, me marcou muito, pela frieza e capacidade de reverter resultados. Tive muita sorte na primeira bateria, virei sem prioridade e com 40 segundos para acabar. Tive ótimos momentos durante o evento todo, e fiz minha melhor onda na final do campeonato que me deixou favorável a virar o resultado em qualquer momento. Muitos comentaram que foi a valorização do “power surf” em relação ao surf de manobras aéreas, ainda mais em condições pequenas. O que você tem a comentar sobre essas observações? Antes do evento começar, olhei os vídeos e resultados de 2013. Nas quartas tinha Bede, Jordy surfando na borda, e o Alejo que ganhou do Kolohe, surfando muito forte. Imaginei que poderia fazer o mesmo, e coloquei isso na minha cabeça. A onda de Huntington é fácil para quem é especialista em mandar aéreos, e muito difícil conseguir encaixar manobras na sequência com força e velocidade. Você sendo um cara forte, esperava seguir longe com belíssimas
atuações no US Open, campeonato geralmente caracterizado por ser em ondas pequenas? Meus resultados nunca foram expressivos nesse campeonato, sempre tinha uma ótima primeira bateria, e competia em um mar ruim na segunda. Nesse evento as coisas se encaixaram para mim, mesmo quando faltavam ondas, as coisas deram certo. Como anda sua vida hoje em dia, já que vive mais fora do Brasil? Anda muito bem. Casei no final do ano, estou em uma fase nova, com compromissos, contas para bancar, mas estou bem feliz. Como será esse segundo semestre de 2014 para o Willian Cardoso? Igual o primeiro: concentrado, surfando, procurando sempre evoluir. Curtir ótimos momentos que o esporte me proporciona, e deixar os resultados aparecerem, sempre lutando.
FICHA TÉCNICA Nome: Willian Cardoso; Idade: 28 anos; Patrocínio: Rusty, Rusty Surfboards, Rider Sandals, SurfTrip, Surfers Paradise, Banana Wax; Melhores resultados: 1º WQS 6*Newcastle 2012 / 5º WCT Bells Beach 2013; Melhor onda: Jeffreys Bay – Marambaia (BC) - Praia Brava (Itajaí); Melhor campeonato: Bells Beach, pela tradição.
Moments Por Marcio David
#1 — Gustavo Santos desfrutando o que tem de melhor no quinta de casa. Foto: Gabriel Varalla GUEL #2 — Alan Marcos prova que Balneário Camboriú tem sim ondas de responsa. Foto: Ricardo Alves #3 — Lucas Silveira finaliza a sua perfomace em grande estilo. Foto: Marcio David #4 — Espaço é tudo que Zé Machado precisa para ser feliz nesse tubo, no litoral norte catarinense. Foto: Ricardo Alves
Dark Side
Por James Santos
No decorrer da vida encontramos muitas referências, começando dentro da nossa família. Nossos pais nos mostram a realidade e aconselham a seguir alguns caminhos, sempre indicando os que podemos tomar e outros que devemos evitar. Conselho de quem já viveu muitos anos e tem experiência. Mesmo assim,as vezes temos que ser sensitivos ao que realmente nos importa, por mais difícil que seja, é preciso tentar. Levar a vida fazendo o que se gosta traz longevidade e torna tudo mais leve e fácil. Quando encontrei o surf, minha vida ganhou um sentido muito forte. Eu realmente encontrei o que estava procurando. Na época tinha 10 anos de idade, era novo demais pra saber se aquilo iria virar algo mais sério, mas a única certeza era que nunca mais deixaria de surfar. Morando em Camboriú, tudo ficou fácil, pois a praia era nosso parque de diversões. Enquanto alguns queriam brinquedos, vídeo games e carrinho de controle remoto, eu queria uma prancha, parafina e tempo pra ficar jogado na praia. Passado alguns anos comecei a participar de campeonatos locais, e na época ouvíamos falar muito de Teco Padarataz e Fabinho Gouveia, que eram referências no esporte, abrindo as portas do circuito mundial. Os dois foram os primeiros brasileiros a fazerem o circuito completo, trazendo ótimos resultados e colocando definitivamente nosso país no cenário internacional. Lembro de ficar sentando na frente da TV esperando a hora do programa Realce, que era um dos meios de comunicação dá época. Era muito legal ver as baterias e vitória desses dois caras que revolucionaram o esporte, abriram caminho para todos os outros brasileiros que estavam por
Foto. Ricardo Alves
A saga de um Padaratz
Foto. Arquivo pessoal
Neco Padaratz em ação.
vir. Eles merecem todo nosso respeito e admiração, foram nossas primeiras referências. Lembro de ver os três irmãos Padaratz em Balneário Camboriú, onde começaram a surfar. Com o tempo conheci o Percy Padaratz, naquela época com 12 anos. Ele já era uma promessa e seu talento se destacava entre todos, era aquela pessoa que nasceu para surfar sem dúvida alguma. Sua expressão e modo de surfar eram únicos e muito a frente para a sua época. Sem dúvida foi o primeiro ídolo da nossa geração. Tínhamos a mesma idade, porém ele estava muito acima, com o surf inovador se destacando a nível nacional de maneira incrível e rápida pra um garoto que tinha 13 anos. A nossa turma daqui de Camboriú dividiu muito pão doce na padaria depois do surf, e essa é uma das muitas lembranças engraçadas que me vem à tona, especialmente quando estamos juntos em alguma viagem. Neco sempre me faz recordar essa história do passado com aquele sentimento de alegria e feliz por estarmos juntos em qualquer lugar do mundo surfando, e no final acabou dando certo. Conseguimos vencer, conquistamos nossa felicidade com a nossa maior paixão. Neco sempre teve bons mentores desde o início, porém nunca deixou ser comandado por ninguém. Tinha seu foco e sabia o que estava fazendo,sabia que tinha pessoas importantes do seu lado, mas sempre soube onde poderia chegar com elas ou sozinho. Sempre intenso em tudo, vivendo a flor da pele cada momento e cada oportunidade como se fosse a última, isso era instigante! Além de talento, tem garra de sobra, e a soma dessas duas fórmulas fazem um campeão. Foi isso que levou ele longe, conquistando feitos inéditos e confirmando seu espaço e respeito entre os melhores do mundo por muito tempo.
Ele era um rebelde atrás do seu futuro, lutando por dentes e unhas a cada oportunidade, sempre foi lindo ver o Neco competindo e vestindo a camisa do nosso país, trazendo muitas alegrias! Nos dias de hoje é difícil ver outros atletas com tanto patriotismo,poder, força e estilo. Por onde passa deixa sua marca registrada de uma pessoa incrível e um grande amigo! Nos últimos dois anos, Neco voltou a morar aqui na Brava, onde fomos vizinhos. Eu acompanhei a luta dele atrás de algum patrocinador para dar continuidade ao que ele realmente sabe fazer, um ídolo não se resume a campeonatos, resultados ou uma fase ruim, se resume sim, ao que ele representou por todos esses anos. Quem conhece sabe a pessoa incrível e especial que ele é. Fico triste em ver que nós brasileiros somos pessoas sem passado e sem memórias. O que vale é oque esta acontecendo, o que foi feito não é mais lembrado. Com a vida difícil aqui no Brasil, Neco e sua família voltaram a morar na Califórnia. No ultimo mês estive por lá e nos encontramos pra surfar juntos como nos velhos tempos. Fiquei amarradão de ver que em três meses ele mudou bastante, está surfando como nunca. Fomos surfar em Trestles, e ele chocou todos que estavam na área. Parecia um criança com aquela vontade e garra que sempre estiveram com ele. Também tive a oportunidade de ver seu filho Zion, com 5 anos, já instigado com seu pai. É aquele velho ditado: a fruta não cai longe do pé. Acredito que em alguns anos vamos ter mais um Padaratz representando essa história criada por uma família que é referência e nos deixa orgulhosos de ser catarinense!
do mês
Guga Arruda é um habitue em nossas páginas. Por proporcionar momentos como este, o surfista catarinense ratifica o merecimento junto ao fotógrafo Marcio David para estampar o Tubo do mês da edição 120 do Jornal Drop. Foto: Marcio David
Com apelo fashion, o tênis Bali é versátil possibilitando deixar à mostra ou esconder os prints estilosos que embelezam o cano alto do modelo. O mix de estampas disponíveis traz ainda as versões étnica, tropical e animal print. A linha Goofy Everyday traduz o lado urbano da marca, com diversos modelos de tênis que oferecem o conforto, maciez e resistência necessários para o dia a dia feminino. Para conferir os outros modelos da marca acesso o site http://www.goofy.com.br/
Bate papo com Chantalla Furlanetto
Por Caroline Lucena
Óculos H-Bomb HB está trazendo mais um belíssimo modelo para quem procura estilo, beleza e qualidade. H-Bomb possui diversas combinações de cores, que seguem as tendências mundiais. O nome é em homenagem a prancha que revolucionou o surf na década de 70, criada pelo fundador da HB. Acompanhe as novidades da marca HB através do site http://www.hb.com.br/
Regata San Francisco
Dupla regata com amarração nas laterais e silk skate shoot + um top preto lindo para você usar por baixo. A regata San Franciso e a parceira perfeita para os dias de sol. O produto é confeccionado em meia malha Tanger e Visco Thirty Plus, uma versão bem fresquinha para os dias de verão. Disponível nas cores amarelo, azul, branco e cereja. Para conferir a coleção completa da Riu Kiu acesse o site: http://www.riukiu.com.br
Chantalla é umas das inspirações para as meninas que curtem surfar aqui em Santa Catarina. Uma das mais belas representantes do nosso esporte manda bem nas ondas e também esbanja simpatia. Em um bate papo, a surfista conta sobre sua rotina, compromissos e desejos com relação à vida e o esporte. Conta como é a rotina de uma mulher surfista? Quando estou em Floripa, a minha rotina é tranquila. Surfo sempre que tem onda, faço yoga, natação e também treino funcional na praia Mole. Como você vê o cenário do surf feminino competição? Eu vejo o surf feminino passando por uma fase de transformação, as coisas parecem que vão melhorar em relação a campeonatos e isso motiva as meninas novas a se prepararem e acreditarem em uma carreira no esporte.Vejo algumas surfistas talentosas vindo por aí, o sul do país sempre foi um berço de atletas, mas também vejo muitas nordestinas surfando bem. Além de pegar onda você protagoniza algumas campanhas publicitárias bem bacanas para os seus patrocinadores. Você gosta deste lado mais fashion que envolve o surf feminino? Eu amo moda, e aprendi muito sobre isso fazendo as campanhas para meus patrocinadores. Esse lado fashion não invadiu só o surf e sim todos os esportes, você vê muitas atletas inspirando meninas de uma maneira positiva, não só na maneira de se vestir, mas também no comportamento e estilo de vida. Quais os projetos que você já desenvolveu neste sentido de criar coleção ou opinar sobre a qualidade e confecção dos produtos? Tenho um calçado com minha assinatura desde 2011, com a Goofy, que é um dos meus patrocinadores. Eles sempre pediram minha opinião sobre as coleções, até
que no ano passado aproveitei que não tinha campeonatos profissionais feminino no Brasil e fui morar alguns meses na Califórnia para estudar inglês e treinar. No fim das contas, eles resolveram fazer a coleção de verão 2015 com o tema Califórnia e participei de toda a criação, foi uma experiência e oportunidade incrível, e me motivou querer ter minha marca de biquínis! Desde de 2009 eu tenho minhas modelagens diferentes nos modelos de biquínis da Onbongo, pois não sou muito chegada em modelos muito pequenos. Também tenho parceria com a marca de óculos HB. Quando me visto penso em conforto em primeiro lugar! Você gosta de se cuidar? O que você faz para se manter em forma? Eu gosto de me cuidar, mas gosto mais de ser feliz. Então as dietas e os treinos em busca do corpo perfeito não me fazem tão feliz assim. Mas sempre estou me exercitando, fazendo yoga, natação, surfando, comendo bem e de tudo, mas faço isso pela minha saúde e, claro, por que sou uma atleta. Deixe algumas dicas para as leitoras de como se manter bonita e ainda se dar bem nas ondas. Meninas, se sentir bonita para si mesmo é algo super importante e valioso, mas esqueçam padrões, vocês são lindas como são. Exercitar o corpo e comer bem faz bem para a saúde e isso vai resultar no seu corpo e aparência. Passem muito protetor solar e a evolução no surf é só dentro dá água, quanto mais você surfar, mais vai sentir a diferença, e não desistam, pois a prática leva a evolução!
FICHA TÉCNICA Idade: 25 anos; Natural de: Criciúma (SC); Mora em: Florianópolis (SC); Uma onda: Lowers, Trestles (Califórnia); Um sonho: Ter minha marca de biquínis; Um som: Gary Clark Jr, The Neighborhood, Frank Ocean; Um desejo: Fazer uma road trip no Canadá.
Foto. Manuela D’Almeida.
Modelo Bali
Chantalla representa a beleza das surfistas catarinense.
Sereias no surf
Tubo do Tempo
Admirando o tempo passar
Leash MLS
A série dos leashs MLS possui o conjunto giratório de aço inoxidável exclusivo, produzido com matéria prima de alta qualidade, trazendo desempenho, conforto e durabilidade. Desenvolvido com testes rigorosos para maior resistência. Uma engenharia desenvolvida com combinação de cabo poliuretano termo moldado. Carcaça com alça de polipropileno. Tornozeleira de neoprene de borda macia. Base caneleira de poliuretano flexível para evitar a pressão sobre o tornozelo.
Por David A. Husadel
A coluna Tubo do Tempo parece que é coisa de velhos, e com esse título, fica com a cara e o corpo inteiro. Mas conseguir admirar os elementos do tempo é coisa de quem já tem uma respiração mais pausada e tranquila. Ao contrário, os jovens sempre estão com pressa, remam forte em qualquer mar, fazem três quedas por dia, e depois ainda vão para a noite. Admirar é contemplar, só olhar e registrar na eternidade. As pessoas mais velhas conseguem entrar no mar e surfar no ritmo da natureza e sempre saem de cabeça feita. Não existe aquela situação de ficar de mau humor por não ter conseguido surfar bem e ficar reclamando de tudo e de todos, é a prancha que está ruim ou culpa do outro surfista que atrapalhou. O bom humor é garantido só pelo fato de ir surfar, estar na água em contato com a natureza. Cada dia de vida é uma dádiva e não deixar que algo venha a perturbar e estragar os sentimentos é prova da maturidade, coisa de velhos. A maioria das pessoas que estão lendo esta matéria aqui no Jornal Drop é ligada ao surf e ao litoral catarinense. De alguma forma tem contato com estes dois elementos, uma atividade que originalmente era dos Reis Polinésios e uma costa dos Caciques Carijós. Dois tipos de pessoas que, pelo que conta a história, eram muito gente boa. Com este devaneio histórico podemos chegar ao entendimento que viver no litoral catarinense e surfar é coisa de pessoas do bem, pessoas que conseguem ter paz de espírito para admirar o tempo passar. Sentir o vento, sentir o cheiro das flores e o barulho do mar. Elementos metafísicos que começam a se tornar perceptíveis às pessoas com mais idade, mas ao perceber, entendemos que demorou, pois a vida é para ser boa e cada vez melhor.
Foto. Marcio David.
Desejo que as boas energias dos Reis Polinésios e dos Caciques Carijós vibrem sobre aqueles que ainda não entenderam direito como é bom admirar o tempo passar. Mas para os imunes a estas vibrações, não há problema, apenas não são do surf e nem daqui, pertencem a outro lugar.
Por João R. Lopes
Atitude e técnica são fatores importantes que cada surfista deve carregar consigo na hora que estiver sendo colocado a prova em ondas que exijam respeito. Para se chegar a este estágio pleno, são muitos anos de dedicação, compreensão do mar e todos os riscos que envolvem. Nesta última temporada em Santa Catarina, os tubos se fizeram presentes das mais variadas formas e tamanhos de norte a sul do estado, atiçando os mais atirados e experientes atletas nos principais points do litoral.
Gui Tranquilli Descontração, curtição e atenção. Três ingredientes que fazem parte da leitura desse tubo que Guilherme Tranquilli desfruta calmamente. Em ondas com força extrema e lips pesados, experiência e preparo remam juntos com o surfista, que tem que estar preparado para os dois lados da moeda: a glória ou o caldo cabuloso.
Foto. Marcio David
Dentre tantos momentos registrados, a árdua tarefa de selecionar o material com as melhores performances foi um capítulo a parte, que mostrou toda intensidade dos swells e seus protagonistas. Cinco direitas tubulares dissecadas em uma narrativa particular, direcionada a cada surfista que não mediu esforços para garantir sua passagem por dentro dos cilindros que fizeram mais um capítulo épico do surf catarinense.
Foto. Marcio David
FRONTSIDE ATAQUE
Gustavo Schlickmann Joelhos juntos, base aberta e centro de gravidade ajustado é a maneira que Gustavo Schlickmann usou para se envolver em mais um cilindro ilhéu, dentre tantos já surfados por ele. A superfície límpida e translúcida desta direita convida a uma aceleração controlada por parte de Schlickmann, que comprova que não é só pelo alto da onda que o garoto da Lagoa sabe explorar, mas também por dentro dela.
Miro Borges
Foto. Marcio David
Crescer surfando determinado tipo de onda é um forte ingrediente para tornar o surfista especialista naquilo que faz. Tubos e cracas não são novidades para Miro Borges, que desfila toda sua destreza adquirida em muitos anos aprendendo a lidar com todos os fatores do pico em que surfa. Ele mostra que não é qualquer um que “chega e dalhe” na hora que a ela encrespa lá fora, arma e joga pra frente.
Para James Santos, quanto mais profundo nas entranhas oceânicas, melhor o desafio. A técnica apurada do Morcego nesses muitos anos surfando e competindo ao redor do mundo em diversos tipos e calibres de onda, lhe dá esse know how de especialista em condições extremas. Isso tudo, aliado a seu estilo peculiar de surfar e se colocar nos tubos, adiciona uma plasticidade única e dramática a momentos eternizados como este.
Foto. Marcio David
James Santos
Marco Polo O instinto de descobrir condiz com o nome Marco Polo, famoso mercador italiano que descobriu que existia vida no Oriente e chegou até a China pela Rota da Seda no século 13. Para o Marco Polo surfista, seu principal objetivo é saber que existe uma dimensão tubular que lhe faz feliz, sendo uma das razões de sua vida. Explorar os tubos espaçosos são sempre emoções diferentes, em que ele pode utilizar tudo que aprendeu nesses anos de vida dedicadas ao surf em suas andanças mundo a fora.
Foto. Ricardo Alves
Foto. Marcio David
Greg Cordeiro Deixar a placa cair e ver o que vai dar. Esse foi o lema adotado por Greg Cordeiro quando foi colocado na situação de risco de numa potente direita catarinense. A classe nos tubos exibida por Greg já é bem conhecida e ele fez jus a fama de andar sempre no limite interno, de olho no resultado positivo de sua ação. Manter o drive da prancha bem encaixado na parede faz toda diferença pra quem gosta e sabe entubar .
Drop Aventura
Tulio Koerich mostra devoção e respeito no templo azul de G-land.
Templos azuis Por Tulio Koerich e Cristiano Melo Ir para Indonésia é um sonho para quem surfa. O lugar é de clima quente, água azul e as ondas mais perfeitas do planeta. Um arquipélago com centenas de lugares e ondas de todas as qualidades imagináveis. Um mês parecia suficiente para a surftrip e foi isso que Tulio Koerich e Cristiano Melo, uma dupla de juízes da Fecasurf fez. Partiu em busca de surf e aprendizado de vida no Oriente. A rota traçada da trip era passar por Bali, ficar na região de Uluwatu e depois seguir para ilha de Java, para surfar em G-land, uma das melhores ondas da Indonésia. Ainda iríamos ter tempo para surfar em outra ilha e explorar bem o arquipélago. Bali é uma das 13.667 ilhas da Indonésia, e a ilha abriga a quase totalidade da pequena população hindu da Indonésia. Uluwatu, região sul de Bali, seria o ponto de partida para explorar outros lugares. Uluwatu esteve sempre com ondas boas e começamos a esquentar os motores. Porém, conferir as previsões das ondas nos sites especializados ajuda muito a você prever uma lugar para ir. Com um swell a caminho, planejamos ir para Sumbawa, um voo de uma hora e meia, para surfar as ondas da região de Leaky Peak, onde acertamos em cheio, pegando ondas de 6 pés tubulares. Três bancadas diferentes foram muito bem aproveitadas De frente estava Leaky Peak, com uma onda para direita e esquerda, muito boa e tubular. Ao lado estava Leaky Pipe, com uma onda rápida e tubular para esquerda.
Na bancada do outro lado estava Nangas, onde encontramos a onda mais longa da trip. E logo em seguida, na próxima curva da praia, surfamos Perescope, diversão garantida nas direitas. De volta a Bali As ondas estavam grandes em Uluwatu e rolou um big surf. O lugar mostrou seu poder e beleza. Impressionante como aparecem todos os tipos de pessoas, de cinqüentões a novatos, despencando nas morras. O surf rendeu belos drops e uma boa experiência de como entrar e sair do mar. A bancada seca no final da tarde exige que a saída por cima dos corais tem que ser certeira. Nesta semana em Bali fomos conferir Keramas, o pico de direita onde rolou a etapa do WCT, o mar estava pequeno e com os locais não dando chance. As direitas encaixadas na bancada mostraram seu potencial. Ir de Uluwatu à Keramas de moto foi o ponto alto, pudemos respirar a energia de Bali, as lojas de decorações, os templos e o trânsito com a nova ponte de Bali. A força de G-Land Mais uma conferida na previsão e tudo indicava que nossa ida para G-Land estava chegando. A baía de Grajagan, na ilha de Java, é uma área verde isolada há 25 quilômetros da vila mais perto. Nesta baía está a tão desejada onda de G-land. No local existe três surf camps, um ao lado do outro, todos com infraestrutura preparada para receber o contingente de surfistas de todo o mundo para surfar a onda que fica em frente.
Fotos. Arquivo pessoal
Para chegar lá, existe a opção de carro, que é muito cansativo, indo de ilha em ilha por balsa e estrada de terra. A melhor opção é de fast boat, onde se chega em duas horas e meia, saindo de Bali. As ondas realmente são boas e pegamos ondas de 4 e5 pés bem manobráveis, e na hora da maré seca já aparecia alguns tubos. O dia G estava por vir e veio. No dia 27 de maio as ondas estavam com 8 pés plus, sendo o melhor dia de toda a trip, com ondas grandes, tubos abertos e muito perfeitos. Tudo aconteceu neste dia. O mar mais azul e terral, os tubos rodando até o final, as melhores fotos, a crowd se respeitando e o surf rolando o dia inteiro. No dia seguinte ainda tínhamos ondas de 5 pés com muita qualidade, e assim continuamos a aproveitar desse paraíso do sudeste de Java. Cerimônias locais, macacos xeretas, mergulhos ao cair da tarde e o pôr do sol em Grajagan Bay marcaram essa passagem inesquecível pela Indonésia. Aprendizado para uma vida Dentro d’água se constrói uma maneira de interagir com todos que estão ali, gente de todo o mundo, sentado lado a lado, todos com vontade de surfar, mas que ao mesmo tempo respeita ao próximo na hora de se posicionar para achar uma onda. Os locais dos picos são diferentes de todo o resto do mundo, e por isso tem o respeito unanime dentro d’água. Eles mostram as melhores linhas das ondas, aliado a um surf diferenciado. Uma nova geração da Indonésia com surf moderno e arrojado nos tubos vem despontando a cada temporada e isso fica evidente em suas performances e conhecimento dos picos. Ainda nos restava alguns dias em Bali, e comprar as lembranças da cultura local são programas imperdíveis para quem está por lá. Esta trip foi um grande aprendizado no sentido pessoal e como surfista. Viver num lugar onde as ruas cheiram a incenso, onde as pessoas todos os dias celebram e agradecem em seus templos, onde o sorriso e a gentileza são os cartões de visita, isso tudo é um aprendizado para se trazer ao mundo ocidental. E foi com todo esse aprendizado que retornamos para casa, com a certeza que este sonho nunca vai morrer. O sonho de voltar para Indonésia.
Tulio Koerich segura na borda e espera o lip grosso de G-land rodar.
Cristiano Melo estica a curva de ataque visando o caminho por dentro.
Cristiano Melo nas ondas potentes de G-land.
rainhas
da série Por Basílio Ruy
Três momentos da beleza feminina para alegrar nossas páginas e os leitores do Jornal Drop.
guia de shapers
ALVARENGA SURF, KITESURF & STAND UP BOARDS Shaper: Rodrigo Alvarenga (48) 99650250/ 33714787 site : www.alvarengasurfboards.com.br facebook: Alvarenga Surfboards e-mail : alvarengasurfboards@hotmail.com
DAVILLA SURFBORADS Shaper: Clรกudio Freitas (48) 9908 2170 facebook: Claudio Freitas e-mail: davillasurf@gmail.com
ZINABRE SURFBOARDS Shaper: Elton Martinhagno/ Arnaldo Dalmolim Junior (48) 99646282 / 99588117 facebook: znbsurfboards e-mail arnaldodmk@hotmail.com
FISHBOARDS Shaper: Kxo (48)96991110 Site: www.kxosurfboards.com.br facebook: kxo glass e-mail: glassbycaxo@hotmail.com
Triagem Fecasurf Acompanhe os principais eventos da Fecasurf que agitaram de norte a sul o nosso litoral e suas ondas perfeitas. Fotos: Basílio Ruy Pódio da categoria Open, da quarta etapa do Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador, em Balneário Arroio do Silva. Vitória do surfista do Campeche, Floripa, Ramiro Rubin. O garoto Vinícius Barcelos feliz da vida sendo carregado e aclamado sob chuva após sua vitória na terceira etapa do Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador nos Molhes do Mar Grosso, Laguna.
O experiente Álvaro Bacana em ação durante a final da categoria Open, em Balneário Arroio do Silva, quando terminou na segunda colocação.
Equipe da ASI (Associação de Surf de Imbituba) larga na frente e comemora a vitória no Vida Marinha Surfing Games Interassociações 2014, vencendo a etapa na Joaquina. Até o fim do ano, está programada mais duas etapas para se conhecer a associação campeã deste ano.
O surfista de Navegantes Derek Adriano foi até Laguna para ficar com o título Open da terceira etapa do Circuito Oceano de Surf Amador.
Dezesseis associações do estado se reuniram na praia da Joaquina para a primeira etapa do Vida Marinha Surfing Games Interassociações.
Drop Arte
Inspiração que vem do mar
Por Caroline Lucena
Thiago Furtado, mais conhecido como Valdi-Valdi, é um artista amante da cultura, mar e mulheres. Apreciador do surf e natural de Florianópolis, Valdi cria belos desenhos em movimento, muitos com temas marinhos. De forma criativa e sem pressão, ele vai trilhando o seu caminho dentro da arte. Descubra mais sobre o artista na entrevista a seguir. Conte como arte entrou na sua vida e como é o “feeling”entre vocês? Desde pequeno tive influência dos meus pais, que são grandes apreciadores das artes e culturas. Meu pai me levava em galerias de arte em uma época que eu queria brincar de lego. Mas com o tempo, essa paixão passou para mim. Além disso, meu pai sempre foi um exímio desenhista, e essa habilidade me chamava atenção. Eu cresci e nunca parei de desenhar. Hoje eu me conheço melhor por causa da arte. Percebi desde cedo que a arte não é apenas um hobby ou uma brincadeira, mas sim uma necessidade de vida e um compromisso. Hoje ela tem seu espaço reservado no meu dia a dia. Com 18 anos eu decidi ser empresário, e um dos motivos foi para eu ter uma estabilidade financeira que me proporcionasse liberdade na arte. Eu não espero nada da minha expressão artística, eu apenas tenho prazer em fazer o que faço. Quais os tipos de técnicas que você usa? Minha origem foi com desenho. Desenhei anos em papel A-4 com caneta e lápis, sem colorir. Toda a base da minha arte veio de rascunhos rápidos e traços soltos. Depois que conheci o graffiti em 2006, comecei a colorir meus desenhos. Hoje trabalho diversas técnicas, spray, tinta acrílica, recortes, colagens, stickers, etc. Ainda busco técnicas novas, gosto de experimentar. Com relação ao seu trabalho com grafitti, em que momento você achou que era hora de começar a expor na rua? Essa é uma boa pergunta. Lembro que quando comecei eu era burro o bastante para sair pintando na rua, mas depois a ficha cai e você percebe que está fazendo algo ruim, sem técnica e estilo. Você começa a sentir vergonha do próprio trabalho. Mas isso é importante, fez com que eu parasse e buscasse evoluir em todos os sentidos, técnica, habilidade, tema, etc. Foi depois de uma viagem para o exterior que realmente comecei a buscar algo próprio. Depois que voltei para o Brasil, fiquei meses sem fazer nada na rua, e fiquei literalmente isolado. Depois com mais confiança e sabedoria, soube que era hora de mostrar quem realmente era o Valdi-Valdi. Até onde você quer que o seu trabalho chegue? Tenho grandes sonhos com a arte, mas não penso exatamente onde posso chegar, mas como posso ir mais longe, eu penso no caminho. Tenho o objetivo de criar uma arte além do meu próprio ego, desprendida da moda e das tendências.
Quero criar uma arte na qual as pessoas se identificam e se apropriem dela. Quero que a minha arte seja sua. Você lembra quais os lugares que você deixou sua marca? Tive a oportunidade de pintar em vários locais com diversos artistas de fora. Esse intercâmbio de ideias e estilos é extremamente importante para o artista. Um dos últimos locais que deixei minha marca foi em Barcelona, em um novo empreendimento que estava abrindo por lá. Fiz uma pintura gigantesca em apenas três dias, um clássico Valdi-Valdi com temas marinhos e mulheres exuberantes. Você pinta muitas sereias e temas marinhos. O mar é a sua maior inspiração? Sim, o mar é a minha maior inspiração. Ele é vasto e profundo. Olhando para o mar sentimos admiração e medo. Ele clareia nosso horizonte, nos acalma, pode trazer ventos fortes ou brisas suaves. Perto do mar nenhum homem consegue se sentir grande, talvez essa seja uma das coisas que eu mais admiro. São por esses motivos, que em minha obra eu comparo o mar com a mulher. (Sim, sou um grande fã das mulheres.) Para mim a mulher é linda e enigmática, faz nós homens sonharmos e contemplarmos suas águas por horas a fio. Somos pequenos marinheiros navegando na beleza das mulheres. O que mais te deixa satisfeito nesse processo das criações artísticas? O resultado de ser um artista é que você acaba se conhecendo cada vez mais. Hoje eu faço arte para tentar ser uma pessoa melhor. Mais paciente, mais organizado, mais tolerante, mais objetivo, etc. A arte de se expressar requer a arte do autoconhecimento. Recentemente você desenvolveu uma parceria com o Jornal Drop e pintou uma prancha que será sorteada. Conte sobre essa vontade de unir sua arte com o esporte? Antes de ser artista eu já surfava, comecei com 13 anos e nunca parei. Quando recebi o convite do Jornal Drop, com a ideia da prancha de surf, foi algo muito oportuno. Eu tinha planos para unificar mais o Graffiti com o Surf, porque as duas coisas aqui em Floripa são muito importantes, e essa oportunidade foi excelente. A cultura urbana e a cultura praiana são coisas que fazem parte de mim também, e poder criar uma obra de arte com esse conceito foi muito especial.
Foto. Gabriel Vanini
Foi bacana desenvolver esse projeto? Incrivelmente! Criei uma estética mais urbana e suja, justamente para levar um pouco das ruas para dentro do mar. O formato da obra também foi pensando para alguém que irá surfar com a prancha, e durante um aéreo bem executado, será possível ver o contraste da prancha super colorida com o fundo azul do mar. Como está a cena da arte de rua em Floripa. Rola um respeito e integração entre os artistas? A cena da arte urbana em Floripa surgiu por meio de dois caras (Vejam e Rizo) e ela terá uma enorme importância na arte local no futuro. Atualmente temos grandes artistas e diversos estilos, e isso tende a ficar ainda melhor. Essa ideia do respeito e integração fez que a cena urbana funcionasse como uma escola. Todos aprenderam e cresceram muito, tudo em questão de poucos anos. Hoje, nosso nível de
Fotos. Gabriel Vanini
Para participar é só você enviar um vídeo com uma manobra de surf que você executou em alguma praia de Santa Catarina, em 2014. Mande o link do vídeo até 10 de novembro de 2014 para o e-mail promocao@jornaldrop.com.br
arte urbana não perde para nenhum local do mundo, e isso me orgulha demais. Moramos em uma pequena ilha que conseguiu não só absorver o graffiti, mas também criar algo novo. Você vive da arte? Não, eu vivo para a arte. Porque Valdi-Valdi. É assim que você assina os seus trabalhos? Valdi-Valdi é um apelido carinhoso que recebi ainda no colégio, lá pela 5ª série. O fato foi quando eu deixei crescer meu cabelo e ele ficou tipo “cachopa”, disso alguém falou: “Tá parecendo o Valderrama”. Valderrama para que não conhece é um antigo jogador de futebol da Colômbia, que tinha um cabelo enorme, e logo pegou. Mas para melhorar a história, um dia uma menina disse que Valderrama era um nome muito feio, e carinhosamente sugeriu Valdi-Valdi. Esse pegou mais ainda! Uma coisa curiosa para complementar. Eu nunca achei ruim ter apelidos, na verdade eu deixei esse antigo apelido de infância justamente para viver sem pretensões. Recentemente eu descobri algo que me fez gostar ainda mais do nome. Valdi, em um idioma nórdico, significado poder, energia, aquele que guia. É tranquilo conciliar a vida pessoal com a identidade artística? No início não era. Eu sempre fiz questão de separar as coisas. Durante os trabalhos na empresa eu sequer tocava no assunto arte, e durante os graffitis eu nunca falava da minha empresa. Mas isso mudou e hoje eu sou mais completo com a união desses universos. Todos na minha empresa sabem que eu faço arte e nas ruas o pessoal me respeita também por ter um trabalho e uma empresa. No final das contas acabei me conhecendo melhor, assumindo as duas coisas. Tranquilo vou dizer que não é. Eu tenho menos tempo para me dedicar a arte. Mas isso eu já sabia desde o começo. O que eu aprendi a fazer foi pintar com o corpo e alma 110% focados na arte, isso é difícil, porque se eu tenho apenas 4 horas de graffiti, elas devem render como 8 ou mais. Isso me fez evoluir muito como artista. Hoje eu vejo arte de uma forma totalmente diferente, é algo mais de estado de espírito, tipo um duelo, você deve estar preparado. Para conferir mais sobre o trabalho do Valdi, acesse: www.valdivaldi.com.br. https://www.facebook.com/valdivaldi
TOMAS HERMES. Foto. Ricardo Alves
Perfomance em alta
TOP- APERFEIÇOAMENTO DO TREINO Muitos atletas reclamam que, apesar de treinar bastante, não melhoram seu rendimento. Somente a quantidade não é suficiente para gerar evolução, é necessário um planejamento constante. Existe o mito de que se o atleta treinar mais, evoluí proporcionalmente, mas o que ocorre é que o desempenho atingirá um patamar, estacionará e logo começará a piorar. A única forma de evoluir e trabalhar as diferentes necessidades do esportista. Variabilidade é o conceito que diz que devemos treinar diferentes qualidades físicas e emocionais do indivíduo para melhorarmos o desempenho. Isso é feito através de treinos de preparação física, técnico, tático, emocional. A duração e intensidades serão de acordo com os objetivos pré-determinados no planejamento inicial e replanejados ao longo do processo. Mas atenção: somente um profissional de educação física está capacitado para prescrever e controlar os diferentes treinamentos. Em termos simples: se você mudar as quantidades de ingredientes na receita de um bolo, vai mudar bastante o gosto do prato final. O mesmo acontece com seus treinos. Acreditamos que um volume moderado, mas com qualidade, em treinos inteligentes e adequados é a melhor maneira de se atingir níveis superiores de desempenho. Veja algumas dicas que contribuirão para o seu aperfeiçoamento no esporte: 1 - Comprometer-se a atingir objetivos: Talvez seja o mandamento mais complicado para alguns, principalmente os mais jovens, quando têm que renunciarem a um determinado estilo de vida para melhorarem o seu rendimento.
2- Treine moderadamente: O corpo tem limites, não tente encontrá-los muitas vezes. Não queira acabar todos os dias exausto.. 3- Treinar consistentemente: O corpo humano necessita também de rotina nos esquemas de treino para conseguir uma melhor adaptação ao esforço. Isso é possível com um padrão de treinos que seja estruturamente igual, durante várias semanas. A variedade também é importante. 4- Descanse adequadamente: O descanso é mais importante que o treino. É durante o descanso que o corpo se adapta ao trabalho anteriormente realizado. E quanto maior a carga, maior e melhor terá que ser o descanso. 5- Treinar em grupo esporadicamente: Treinar em grupo obriga a andar rápido quando precisar de recuperação ou fazer mais ou menos horas do que o grupo decidiu fazer. No entanto, treinar em grupo melhora a habilidade e a destreza para sentir-se competitivo. 6- Treinar com objetivos: Crie objetivos. Treinar sem objetivos é como andar à deriva ou navegar sem rumo, nunca sabemos onde vamos parar. 7- Trabalhar os seus pontos fracos: A maioria dos esportistas investe demasiado tempo a trabalhar aquilo em que já são bons. O segredo de um bom esquema de treinos está na diversificação do trabalho, é claro, sempre levando em conta a especialidade esportista. 8-Confiar nos seus treinos/ treinador: dependendo da dureza dos treinos efetuados anteriormente , são necessários de 10 a 21 dias para o organismo estar totalmente recuperado e iniciar uma competição exigente.
Por Eduardo H. Vasconcellos (dudadrop@hotmail.com). Formado Em Educação Física UFRJ/92. Especialista Atividade Física Para Saúde - UFSC/95. Cref: 3680G/ SC
Foto. Adenor Gouvea
Quiver
BETO MARIANO • Cavada Medida: 6’0 Rabeta: Squash Modelo: Black Cross Essa prancha funciona muito bem para aqueles dias onde as ondas estão mais cavadas. • Competição Medida: 5’11 Rabeta: Swalow Modelo: DS3 Prancha ideal para ondas de até 1 metro, muito boa para as performances na hora de competir. • Intermediária Medida: 6’1 Rabeta: Squash Modelo: R4 Essa é uma prancha maior, que encara ondas de até 1 metro e meio. • Oldschool Medida: 5’6 Modelo: Retro Uma prancha bem grossa, que segue aquele estilo meio antigo. Ideal para os dias menores. Sua linha lembra um pouco como era o surf antigamente. Shaper: Rodrigo Silva – SRS Surfboards.
Foto. Divulgação
The Black Keys.
One Drop Por Ricardo Pena Quando fui convidado para escrever aqui no Jornal Drop a respeito de música pensei que seria uma ótima oportunidade para expor meu ponto de vista sobre o atual momento do rock no Brasil e no mundo.
QUAL A SUA
PRAIA? WEB RÁDIO www.radios365.com.br
No Brasil estamos atravessando um período de total desprezo da grande mídia com as bandas de rock nacionais e gringas também. Parece que não existe mais nada de interessante acontecendo além do sertanejo, pagode, axé, funk, etc. Enquanto o rock cresce no mundo todo ele está cada vez mais underground no Brasil e para mim é muito estranho que isso aconteça, pois o público do gênero é imenso por aqui, prova disso são os festivais ou grandes shows internacionais que sempre estão lotados. A turma que escuta rock hoje em dia está concentrada na internet aonde existem milhares de bandas excelentes espalhadas pelo mundo. Bandas novas e consagradas pela galera pipocam pelas rádios web do mundo todo que são uma ótima opção para ouvir música de qualidade. Se você não tem saco para pesquisar na internet procure uma rádio web que ofereça uma seleção musical atual que te agrade e pronto você já está conectado com o mundo. Em Floripa a rádio web www.s365.com.br se propõe a fazer essa pesquisa para você e coloca no ar uma programação eclética com muita música boa 24 horas por dia. Na rádio você pode escutar bandas novas ou pouco conhecidas como os canadenses do Metric, o garage rock do Beware of Darkness, o rock alternativo do Graffiti 6, o trio britânico 20-20s, a banda americana The Republic Tigers, o indie rock do The Silver Seas, o quarteto americano Blonde Acid Cult, o electro-punk sueco do Teddybears, o quarteto de Boston (EUA) Guster, a dupla Magic Wands, o folk rock de Elvis Perkins, os irlandeses do Silple Kid ou caras consagrados como o genial Jack White com seu último álbum Lazaretto e a espetacular dupla de Ohio (EUA) The Black Keys, com seu mais recente trabalho Turn Blue, entre muitas outras. A rádio também destaca as melhores bandas catarinenses e brasileiras além de um pouco de Reggae e outros gêneros. Pois bem, fica o convite para vocês conhecerem a S 365 que também tem esportes radicais, ecologia e muita informação.
Foto. Marcio David
SUP
Remada com estilo
Por Mauro Roxo
Na coluna SUP desta edição falaremos das diferentes modalidades do Stand Up Paddle. Atualmente, o esporte já abrange várias categorias: Wave, Race, Race Técnico (Slalom / Cross), Sprint, River SUP (Sprint / Slalon), LongDistance (Downwind/ Maratona), SUP Fish e SUP Yoga. Isso comprova todo o espaço que o esporte vem ganhando e adeptos que a cada dia entram na onda do SUP. Não é novidade que o SUP conquistou seu espaço dentro dos esportes praticados ao ar livre, em total contato com a natureza. Muitos dos praticantes sabem de seus benefícios e preferem se exercitar desta maneira ao invés de se trancarem numa academia, naquela rotina cansativa de exercícios. Abaixo está descrito todas as modalidades que se incluem no SUP para que os ainda leigos sobre os detalhes deste esporte, e que tem interesse em praticar, possam ter idéia dos detalhes sobre cada modalidade. -Stand Up Paddle Wave Tem como objetivo fundir as habilidades e possibilidades de desempenho do surf clássico e moderno, sempre utilizando o remo. Desta forma, pretende-se que as potencialidades e características do equipamento prancha e remo sejam usadas em uma onda. Assim, somente surfar a onda sem o auxilio do remo não é o pretendido pelo Stand Up Paddle Wave. • Race. Tem como objetivo creditar como vencedor o atleta com o maior potencial de rendimento da prancha com o remo, capaz de realizar o percurso estabelecido para prova em menor tempo. A finalidade ao término dessa modalidade é ultrapassar assim a linha de chegada a frente de seus oponentes. A classificação geral é estabelecida por ordem de chegada. • Freestyle. Tem como objetivo avaliar a variedade de manobras realizadas sobre a prancha de Stand Up Paddle apenas com a mobilidade do corpo e auxilio do remo. • SUP (rafting). Tem como objetivo descer corredeiras sobre a prancha de Stand Up. • SupFish. Nada mais que um campeonato de pesca realizado em cima do Sup. Pode variar sobre numero de peixes pescados ou maior peixe pescado. È uma categoria que tem a previsão de crescimento nos próximos anos. • Sup Yoga. Aulas de yoga que são ministradas sobre a prancha. Isso permite uma dinâmica maior com os exercícios, além de uma sensação de interação total com a natureza. Independente de qual das modalidades o praticante se intere ou prefira, o mais legal é simplesmente remar e se divertir sem compromisso de chegar na frente ou ganhar medalha. Pegue seu remo, sua prancha e divirta-se! Aloha!
Drop Skate
XX Urussanga Skate Park
Redação Jornal Drop Foto e edição: Alcides Aguiar e Everton Miranda
Nos dias, 09 e 10 de agosto, a cidade de Urussanga (SC) ferveu durante a realização de um dos campeonatos de skate mais tradicionais do Brasil. O evento contou com atletas do Brasil inteiro, com idade entre 8 e 55 anos, nas categorias Mirim, Feminino, Iniciante, Amador e Old School. Essa 20ª edição foi histórica, com recorde de público nos dois dias, somando mais de 1200 pessoas passando pelo Skate Park. Uma bela premiação motivou os atletas a andarem o seu melhor para garantir o lugar mais alto do pódio. Conseqüentemente o nível das manobras ficaram ainda mais elevadas. Na categoria Mirim o destaque foi Gustavo Picaski. No Iniciante, categoria essa que chamou a atenção pelo ritmo puxados das manobras e de uma excelente geração se formando, o primeiro lugar ficou para skatista Ian Poleto. A categoria OldSchool foi dividida em duas: Master e Gran Master. Na Master o vencedor foi Lindino Benedett, que além de excelente surfista, é professor de oceanografia e arrebenta em cima do carrinho. Mauricio Boff, local de Urussanga levou a categoria Gran Master. A categoria amador foi com certeza a mais disputada. Quem andou demais e levou o campeonato foi o curitibano Iago Magalhães.
Durante o evento, que estava lotado em seus dois dias, pois fazia parte da programação da 15ª Festa do Vinho de Urussanga, também rolou o Air Simulator Lost, que premiava o aéreo mais estiloso e quem levou foi Micael dos Passos. O astral como em todos os anos, é um caso a parte. O bowl, que fica localizado dentro do parque de eventos de Urussanga, cercado de muito verde é um convite a conhecer todos os pontos do lugar. Muitas crianças se divertiram nos mini-ramp disponibilizada pela Green Ramps. Paralelo ao evento, muita gente bonita, cerveja rolando, Bar Boca Seca representando com sua já tradicional costela, e as bandas N13, Piñacolada e o Mundo Analógico embalaram o público, enquanto os skatistas detonavam com performances estarrecedoras. Esta edição teve o patrocínio da Lost e Rock City, que sempre movimenta a cena do esporte na região. Confira o resultado: Feminino 1º) Vitoria Bontempo (Florianópolis) / Taiara Da Rossi (Criciúma) Mirim 1º) Gustavo Picaski (Imbituba) 2º) VicenzoDamasio (Florianópolis) 3º) Gabriel Martens (Porto Alegre) 4º)Kioma dos Santos (Porto Alegre) 5º) Antônio Carlos Marques (Urussanga)
Iniciante 1º) Ian Poleto (Florianópolis) 2º) Gabriel Penteado(Florianópolis) 3º) Solano Sampaio (Tubarão) 4º)AngeloRosso (Urussanga) 5º) Alex Ferreiro (Tubarão) Amador 1º) Iago Magalhães 2º)Micael do Passos (Estancia Velha) 3º) Hericles Fagundes (São Leopoldo) 4º) Pedro Volpi (São Paulo) 5º) Mateus Guerreiro (Florianópolis) Master 1º)LindinoBenedett (Criciúma) 2º) Affonso Muggiati (Florianópolis) 3º) Rafael Nascimento (Florianópolis) 4º) Carlos Alberto Schimitz (Florianópolis) 5º)Alinsson Jorge (Urussanga) Grand Master 1º) Mauricio Boff (Criciúma) 2º)Fernando Gomes (Florianópolis) 3º)JhonnyDrews (Itapema) 4º) Marco Aurelio Jeff (São Bernardo do Campo) 5º) Jorge Zunga (Rio de Janeiro)
Fotos. João Brinhosa
Circuito ASGF de Skate Street 2014 Por ASGF. Fotos: João Brinhosa O estacionamento do Continente Park Shopping abriu suas portas para uma invasão de skatistas na realização da 2ª etapa do Circuito ASGF de Street Skate 2014. Cento e cinquenta atletas foram divididos em 4 categorias: Mirim, Iniciante, Feminino e Amador. Os skatistas esbanjaram estilo e com muita técnica garantiram o show de manobras para o público que esteve presente no evento. Confira o resultado: Amador 1º) Murilo Marques (Curitiba) 2º) Alexsandro Correa (Floripa) 3º) Lucas Alves (Curitiba) 4º) Guilherme Rodrigues (Floripa) 5°) Deyvison Guedes (Curitiba)
Iniciante 1º) Lucas Xuxu (Porto Alegre) 2º) Ruderson Gonsalves (São José) 3º) Caio Oliveira (Floripa) 4º) Daniel Henrique (Curitiba) 5º) Emerson Guedes (Floripa)
Feminino 1º) Raphaele Fell (São José) 2º) Emyli Antunes (Floripa) 3º) Ohana Ramos (Floripa) 4º) Sofia Araujo (Floripa) 5º) Bruna Longo (Floripa)
Mirim 1º) Marcio Perninha (Floripa) 2º) Gabriel Souza (Imbituba) 3º) Raul Onofre (Floripa) 4º) Artur G Martins (São José) 5º) Junior Porfilho (Floripa)
R. JOSÉ HENRIQUE VERAS, 125 - LAGOA DA CONCEIÇÃO - FLORIPA
48 3269 3427
EDUARDO ANDRADE 9667 0280 RICA ANDRADE 9654 5308
Drop Tudo - Slackline
Rafael Bridi praticando highline.
Drop nas alturas Por Rafael Bridi
Foto. Niklas Winter
A seção Drop tudo é reservada para todos os amantes dos esportes. Aqueles que encaram os desafios sem medo de errar, pelo simples fato de que sempre vale a tentativa de se aventurar. Nesta edição abrimos espaço para o Rafael Zugno Bridi se apresentar. O Rafael é nascido em Florianópolis e realiza uma atividade incrível que é o slack line, inclusive ele pratica de uma maneira bem radical, pois em alguns casos é feito nas alturas. Conheça um pouco mais sobre a modalidade, como está o cenário aqui na região e a sensação de encarar esse drop perto do céu, no relato do próprio Rafael. Eu agradeço muito ter nascido nessa bela cidade. Ao longo dos anos tenho conhecido mais e melhor seus encantos. Foi aqui que eu comecei a praticar slackline. No início eu utilizava a fita de um amigo, em um belo local em frente a Lagoa da Conceição, a brincadeira foi ficando cada vez mais divertida e desafiadora. Sempre fui incentivado a praticar esportes, passei por natação, triathlon, snowboard e cheguei ao slackline. Essa modalidade é ótima para o ser, traz todo um incentivo muscular
sadio, com um intenso desafio mental. Equilibrar-se é possível? A sensação do desequilíbrio ativa uma concentração, um estado presente que preenche nossos pensamentos por completo. Neste caminho que tomei do tricklining que são as manobras em uma fita mais tensionada, o longline quando alcançamos distâncias maiores que 40 metros, sobre a água o waterline que é bastante difícil, e o desafio mental maior highline nas alturas e com muita exposição, é ali que desafiamos a vertigem. Meu contato com o esporte foi sempre muito lúdico, e eu tive até momentos nestes três anos de prática que eu abri mão de praticar para me dedicar a outras coisas. Eu sabia que eu queria chegar na altura, experimentar essa sensação e ver como meu corpo iria reagir, e principalmente o que a minha mente ia aprontar comigo. Essa é uma visão bem pessoal, todos temos nossa expressão. Hoje em Florianópolis, o slackline já tem um número grande de praticantes, é um local onde o esporte vem crescendo aos poucos em diversas áreas da cidade. É possível encontrar praticantes em todos os cantos, existe um pessoal que frequenta o Morro das pedras, o pitoco,
na Lagoa, é um local com bastante praticantes. Temos também a galera do Rio Tavares, Beira mar, Parque da Luz, Jardim Anchieta. O local que eu pratico com mais frequência é no Jardim Anchieta, lindo local e com ótimo gramado, atmosfera familiar e todas as distâncias favorecendo os diferentes praticantes. Recentemente organizei um encontro para juntar os praticantes e entusiastas, mas o clima não estava muito favorável. Deve acontecer novamente perto do verão. Já para o Highline a cidade não tem uma característica muito favorável, a não ser pelos costões rochosos frente ao mar. Hoje os locais mais frequentados com estas características, são a praia da Galheta e o costão da praia da Lagoinha. Existe um grupo no facebook chamado Slackline Floripa, onde é possível ver alguns encontros e combinar com outras pessoas de usar nossas áreas públicas de maneira divertida e consciente. Também me disponibilizo a sanar dúvidas, e recentemente coloquei em meu site www.rafaelbridi.com um link com um mapa mostrando alguns dos locais da cidade, e assim as pessoas podem se organizar melhor.
Foto. Pablo Vaz
MERCADO NEGRO
A
O’neill e a Mitsubishi lançam Pajero TR4, série limitada que une a tradição, força e resistência de mais de 30 anos da família Pajero com a criatividade, inovação e pioneirismo da O’Neill, uma das referências mundiais do estilo de vida do esportista e do amante da natureza. O Pajero TR4 O’Neill vem com uma série de itens que deixam este SUV ainda mais 4x4. A começar pela exterior, que recebe o robusto para-choque de impulsão, garantindo ainda mais praticidade para enfrentar os trechos off-road.
S
anta Catarina volta a rota do circuito mundial de surf. A praia da Joaquina recebe o Oceano Santa Catarina Pro 14 dos dias 18 até 25 de outubro, evento é válido para o WQS, com peso de 6 estrelas no ranking da divisão de acesso à elite do surf mundial. Palco de grandiosos eventos a nível internacional, a Joaquina está pronta para receber os surfistas e o público do estado. Para você que estava com saudade de grandes competições deste porte, se prepare porque será uma semana de surf de alto nível, festas e atividades que irá sacudir a Ilha, como nos velhos tempos.
A
L
ocalizada em Laguna, no sul do Estado, a By Chelo Surf Shop já tem disponível a coleção verão 2015. Produtos de primeira linha, com as marcas South to South, Vans, Violações, New Era e muito mais, tudo com a facilidade do pagamento no crediário em até 10 x no cartão. A By Chelo Surf Shop é do ex-surfista profissional dos anos 80 e 90 Marcelo Chelo, que arrepiava nas competições, e fica localizada no centro histórico de Laguna.
lvarenga High Performance Surfboards, apresenta SK8 MODEL (tradicionais e epóxi) entre seus novos modelos 2014/15 como a melhor opção para quem quer arrepiar neste verão. Este modelo pode ser configurado para Surf, Kitesurf ou StandUp de alta performance e também esta disponível na opção MIX para Surf e Kitesurf reunidos em uma só prancha com peso, performance e resistência ideais, devido a fabricação com resina epóxi, tecidos importados de alta resistência e de fibra de carbono; aprovada por campeões. Podem ser configurados para biótipos leves e até 100 quilos, de todas as idades, sexo e nível de surfe, proporcionando facilidade de remada e execução de manobras radicais. Desenvolvidas por quem se dedica a evolução do surfe no Brasil, desde 1976, fabricadas com matérias primas importadas e mais resistentes, testadas nas melhores ondas do planeta por surfistas e kitesurfistas de nível internacional. PROMOÇÃO: Quem nunca encomendou uma prancha mágica com o shaper Rodrigo Alvarenga, tem 10% de desconto na encomenda de sua prancha personalizada, levando um exemplar desta edição até final de Novembro. Fale mais rapido e direto com o shaper pelo Facebook: Alvarenga Surfboards.
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