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MACEIÓ - ALAGOAS
ANO XVI - Nº 776 - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014
BAR DA PATA COMEMORA 43 ANOS DE ATIVIDADE
P/22
STF DERRUBA APOSENTADORIAS MILIONÁRIAS EM ALAGOAS CAIU A LEI QUE APOSENTA SERVIDOR COM SALÁRIO DE SECRETÁRIO DE ESTADO
Juiz José Leite Lindote, do CNJ, coordenador da correição no TJ de Alagoas
CNJ INVESTIGA TJ POR ATRASAR PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS P/6 e 7
Mano, Luitgard, Margarida Procópio, Luciano Peixoto, Jayme Altavila e Antônio Holanda aposentados ilegalmente como secretários de Estado
PÁGINA P/9
OPOSIÇÃO HOMOLOGA BAIXO SÃO FRANCISCO HOJE RENAN FILHO, TERÁ INVESTIMENTO COLLOR E CANDIDATOS DE R$ 1,3 MI PARA PROPORCIONAIS SANEAMENTO BÁSICO P/8
P/16 e 17
2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014
COLUNASURURU
Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados
DA REDAÇÃO
Golpe petista
MP em férias O Ministério Público Estadual de Alagoas entrará em recesso a partir dessa sexta-feira (20) e seguirá até o dia 30. Retornará às atividades na terça-feira 1 de julho
A
revista Veja desta semana destaca o trabalho do presidente do Senado contra o decreto golpista, do PT, que pretende transformar o Brasil numa ditadura à moda soviética. Renan Calheiros considera “insano” o decreto 8.242, de inspiração bolivariana. “Quem representa o povo é o Congresso Nacional e, por este motivo, o ideal é que a proposta seja enviada ao Congresso através de projeto de lei”, disse Renan, ao condenar a iniciativa petista. “Renan Calheiros foi à tribuna reafirmar seu compromisso com a liberdade de expressão e a democracia, e disse; “Quem representa o povo é o Congresso”, escreve Veja em seu editorial “Carta ao Leitor”. A revista também destacou a posição do presidente da Câmara dos Deputados na luta para barrar o decreto golpista do PT: “Henrique Alves exigiu do Executivo a imediata revogação da medida, e, se isso não ocorrer, prometeu colocar em votação a proposta de anulação do decreto”. Veja, que sempre nutriu certo preconceito com os políticos nordestinos, destacou que a vida política pregressa de Renan e Henrique Alves “não macula os gestos de resistência de ambos - e, como disse o escritor inglês Graham Greene, “nada a temer dos políticos cujos pecados pertençam apenas ao passado”.
Agressor é demitido
ERRATA 1 Na matéria publicada na edição nº 775 (13 a 19 de junho de 2014) “Empresários suspeitos de dar golpe na Defensoria Pública”, di-ferentemente do que foi publicado na página 8, o nome correto do advogado que defende a VC Construções Serviços e Tecnologia Ltda. é Felipe Sarmento e não Fernando Sarmento.
ERRATA 2 Ainda sobre a mesma matéria e de acordo com Sarmento, Rodrigo Timóteo Bastos nunca foi sócio da VC Construções. Na realidade, ele firmou com a empresa de Vitor Cansanção, em dezembro de 2008,um contrato de três anos para arrendamento de equipamentos para provedor de internet, no valor de R$ 40.750,80.
Rui x Almeida 1 Sempre que pode o prefeito de Maceió, Rui Palmeira do PSDB alfineta o ex-prefeito Cícero Almeida. Na inauguração da nova avenida, o prefeito disse que a obra que deveria antes ter sido no valor de R$ 10 milhões, passou a ser de R$ 15 milhões. Palmeira responsabiliza Almeida pelos erros no projeto que não previa sequer um novo viaduto.
O prefeito Rui Palmeira exonerou o servidor Rafael Paranhos Catunda, da PGM, que se envolveu na covarde agressão ao músico Kako Almeida, filho do advogado Cláudio Vieira. Espera-se que a Defensoria Pública de Alagoas também demita o estagiário de Direito André Paranhos, outro integrante do bando que agrediu o músico. Afinal, o serviço público não é lugar para pessoas violentas.
Rui x Almeida 2
Tributo a Garrincha “Um tributo ao anjo das pernas tortas, meu grande ídolo”. É assim que o jornalista alagoano Mário Lima descreve seu livro “Garrincha, a flecha fulniô das Alagoas”, lançado quarta à noite no Museu da Imagem e do Som.
Por falar em herança maldita, a avenida que o ex-prefeito inaugurou que liga Jacarecica a Serraria está cheia de buracos e vai ter que ser reformada, a obra em questão vai ser o principal cavalo de batalha da oposição para derrotar o projeto de Almeida que pretende se eleger a deputado federal.
Origem alagoana
Complicado
Segundo Mário Lima, a obra versa, principalmente, sobre a origem de Garrincha. O grande ídolo do Botafogo nasceu em Pau Grande, no Rio de Janeiro, mas é filho de pai alagoano.
Aldeia fulniô Seu Amaro dos Santos é natural de Quebrangulo, interior do Estado, e foi criado na aldeia dos fulniôs, índios de origem pernambucana, mas que por conta de perseguições, vieram para Alagoas em 1860. Somente aos 26 anos, em 1914, Amaro e sua esposa, foram ao Rio de Janeiro, terra aonde o “Mané” veio ao mundo, 19 anos depois.
(Millôr Fernandes)
Cícero Almeida nos bastidores já disse que Rui Palmeira passou da hora de começar a administrar e de querer responsabilizá-lo por toda a incompetência da sua gestão.
Rui x Almeida 3
Em entrevista a um programa de rádio, no laboratório do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas(UFAL), Ronaldo Lessa teve dificuldade para explicar como no passado era amigo de Teotonio Vilela Filho e inimigo de Fernando Collor e hoje é inimigo de Téo e amigo de Collor. “Foi o Téo que me traiu e o Collor que me ajudou”.
Disputa de suplência Marx Beltrão e GG Sampaio disputam cabeça por cabeça quem vai ser o suplente do PMDB de deputado federal do partido. Os dois buscam apoio desesperado do pai e do filho Renan. Leia se apoio financeiro.
ERRATA 3 Também diferentemente do que foi informado pelo avogado da VC Construções, André Rodrigues Bastos, pai de Rorigo Timóteo, não possui qualquer vínculo com a Hidrotécnica Engenharia Ltda. empresa vencedora de várias licitações em Alagoas e no Rio de Janeiro. De acordo com o Departamento Jurídico da empresa, que tem sede no RJ, André Bastos apenas atuou como representante comercial da mesma em 2013. Atualmente, contudo, não existe qualquer vínculo profissional de pai e filho com a Hidrotécnica, assinala o advogado Kiev Santos Domingues.
DIREITO DE RESPOSTA1 Amparado no direito de resposta e respaldado pelas informações da própria Hidrotécnica, Rodrigo Timóteo afirma, sobre a matéria do EXTRA, “que foi informado maliciosamente condição econômica diversa do Sr. André Bastos e que após comprovado que o Sr. André Bastos não faz parte do quadro societário da empresa Hidrotécnica, entende-se, pelas informações contidas em seu contracheque que o mesmo se enquadra na Lei 1060 concernente à justiça gratuita”. E destaca que “a própria Defensoria tem meios de identificar e atuar contra quem tente se beneficiar irregularmente de sua assistência”.
DIREITO DE RESPOSTA 2 Pai e filho, aliás, afirmam que o título da matéria deveria ser “Empresário dá golpe em advogado e idoso”, pois, ao contrário do que afirmam Vitor Jatobá e Felipe Sarmento, “Rodrigo nada deve a empresa de Vitor ou ao próprio Vitor como alegou o escritório Sarmento e Albuquerque, o qual nunca apresentou nenhum documento de tal dívida. Já Rodrigo comprovou que entrou em insolvência por conta de valores a ele devidos por Vitor no montante de R$ 300.000,00 mais um imóvel avaliado em R$ 700.000,00 como consta na ação de obrigação de fazer impetrada contra Vitor por Rodrigo. Processo tombado sob o nº 0703743-89.2013.8.02.0001 no Fórum da comarca de Maceió-AL”.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 -
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JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com
Siga-me: @jorgearapiraca
Lula inflama o PT Rio – Senhoras e senhores, cuidado, muito cuidado! As falas de Lula em defesa do seu partido e da Dilma estão recheadas de ódio, revanchismo e vingança. Ele não suporta a idéia de perder o poder. E, como os generais da ditadura, não quer vestir o pijama da aposentadoria. No discurso que fez no lançamento da candidatura de Alexandre Padilha a governador de São Paulo, o ex-presidente voltou mais uma vez a acusar as elites e os “brasileiros que não têm calos nas mãos” pelas vaias à Dilma no Itaquerão. Acha que ainda vivemos na idade da pedra ou em um país selvagem, pré-industrial, onde as mãos calosas – e não a tecnologia - eram símbolos de trabalho e do desenvolvimento. Lula, porém, não pode mostrar as mãos calosas que cobra dos brasileiros: não sabe o que é trabalho há pelo menos 40 anos, desde que, num descuido, perdeu um dedo numa máquina que trabalhava. Critica a “elite” como se dela não fizesse parte desde que entrou para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, um dos mais ricos de São Paulo, onde deixou de ser operário para fazer carreira sindical e política. Preso pelos militares por alguns dias, tirou partido deles, como muitos outros gigolôs da ditadura, e hoje recebe uma bela aposentadoria de mais de dez salários mínimos. Aposentado também como presidente da república, embolsa outra bolada dos cofres públicos e ainda tem direito a carros, combustíveis e segurança 24 horas por dia. Aboletado no Instituto que fundou, administra suas palestras pelo país e no exterior a peso de ouro, amealhando uma fortuna com as suas conferências. O ex-operário hoje é um homem rico, mas continua disfarçando a fortuna ao atacar as elites, da qual faz parte, mas resiste a integrá-la por puro complexo de inferioridade. Lula subiu o tom do discurso em São Paulo. Voltou a atacar a imprensa, que, segundo ele, passou a ter ódio do seu partido. Questionou várias vezes o por quê dessa perseguição da mídia ao PT. Posso, se me permite, responder a Vossa Excelência. Primeiro: os jovens jornalistas que infestavam às redações há trinta anos atrás hoje são senhores grisalhos, responsáveis pais de famílias e menos sonhadores. Antes, militantes petistas , frustraram-se com o descaminho do Partido dos Trabalhadores e agora preferem a neutralidade. Os mais novos , contudo, só conhecem o partido pela prática da corrupção. Assim, o PT perdeu seus adeptos na imprensa e não conquistou outros novos que chegaram aos jornais. A segunda resposta ao questionamento do ex-presidente é mais simples: o povo brasileiro repudia a corrupção e os atos perniciosos dos petistas. Veem a incompetência materializada na presidente. Responsabiliza a Dilma pelo caos na economia e pela perda do poder aquisitivo. Incentivados a consumir, os trabalhadores estão endividados e sufocados pelos juros altos. Começam a perder os bens que compraram e se esforçam para manter pelo menos o básico na mesa. Além disso, não suportam saber que o país foi aparelhado e que milhares de petistas desclassificados ocupam as repartições públicos com altos salários para ocupar espaços e patrulhar os servidores independentes que não rezam na cartilha deles.
Idiotices
Vingança Em suma, Excelência, é isso o que está ocorrendo. Mas perder faz parte do jogo, coisa que o ex-presidente não quer admitir. Com seus discursos inflamados pelo país afora, Lula não está medindo as consequência dos seus atos que podem levar o país a uma crise política imprevisível se o PT perder as eleições este ano. Se isso de fato ocorrer, não se engane, os petistas, liderados por Lula, vão culpar as elites pela derrota e insuflar o povo contra o novo governo gerando uma crise institucional sem precedentes. Certamente, não é esse comportamento que o povo brasileira espera de um líder (?).
Xingamentos Equivocam-se aqueles que condenam as vaias e os xingamentos à Dilma no Itaquerão. Os protestos visavam mais à candidata com 61% de rejeição em São Paulo do que a figura institucional da presidente da república. Os puristas consideram que os torcedores exageraram quando mandaram a Dilma tomar no cu. Mas esquecem que em campo torcedores xingam até 1 minuto de silêncio e a Dilma não iria passar impune aos protestos pelo governo medíocre que faz. Até a organização da Copa tentou silenciar a torcida. Do total de 62.600 torcedores, apenas 26.636 compraram ingressos. Os outros foram distribuídos para convidados da FIFA e do governo, entre eles milhares de petistas. Mesmo assim, ao aparecer no telão do estádio comemorando o primeiro gol do Brasil, Dilma percebeu como anda sua popularidade no maior colégio eleitoral do Brasil.
Em casa Lula, prudente, depois das vaias na abertura do PanAmericano em 2007, fez bem. Assistiu ao jogo em casa, longe das manifestações dos torcedores contra o seu partido. Mas, como um boquirroto, não deixou de dar a sua opinião sobre as vaias à Dilma, numa agressão aos torcedores brasileiros: “Foi um ato de cretinice. Nossa vitória será a nossa vingança”. É assim, com essa sutileza paquidermiana, que Lula encara a campanha à reeleição da Dilma. Espera-se, portanto, que o eleitor não revide a tanta raiva e tanto ódio do líder petista e vá também para o tudo ou nada na campanha.
Os sociólogos de plantão já saíram da toca para se manifestar a respeito das vaias e dos xingamentos a Dilma. Alguns chegam ao delírio de dizer que se o presidente fosse um homem não teria sido xingado, esquecendo das vaias ao Lula no PanAmericano. Ana Thurler, socióloga, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), saiu-se com essa: “Temos uma elite despreparada para ter uma presidenta mulher. Humilharam a mulher brasileira na pessoa da Dilma”. Ela acha que o Fernando Henrique Cardoso não seria vaiado como “presidente homem”. Bobagem de quem torce pelo PT mas não assume para não se queimar diante da impopularidade do partido no país.
Disfarce Thurler nao percebe que é descabida esta discussão de gênero diante do fracasso do governo da Dilma. É a ineficiência e a incompetência da presidenta que estão em cheque e não a capacidade, a inteligência e o profissionalismo da mulher brasileira. A Dilma mostrou-se fraca ao aceitar o comando do Lula que lhe impôs uma administração de antigos aliados. Se formos analisar pelos estudos sociológicos da senhora Thurler, isto sim, é comportamento de submissão e de inferioridade da Dilma. Ao deixar que o ex-presidente dominasse o seu governo, Dilma subjugou-se as ordens do macho Lula. Concorda, senhora Thurler?
Teorias À parte essas teorias idiotas, o que se viu, na verdade, no Itaquerão foi uma manifestação de brasileiros contra a corrupção do governo do PT. Protestos contra as obras superfaturadas dos estádios, a falta de transporte público eficiente e as críticas a economia que corrói o salário do trabalhador. É democrático e saudável que as pessoas gritem e esperneiem contra um governo corrupto e manipulado por um partido, cuja cúpula assistiu a estreia do Brasil dentro do presidio da Papuda.
Os russos A organização da Copa preparou tudo para a Dilma não ser vaiada. Dias antes, a presidente fez na televisão o discurso da abertura dos jogos , distribuíram milhares de ingresso para os petistas e esconderam a presidenta no camarote, longe dos torcedores. Só esqueceram de falar para um modesto técnico de TV que a Dilma não poderia aparecer comemorando o gol do Brasil. Aí, deu
4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014
GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br
Alianças emboladas
Estranho
M
esmo com toda a movimentação política nos últimos dias, os partidos ainda não bateram o martelo e muita surpresa pode acontecer até o dia 30 de junho. O Biu já fez sua convenção cartorária, Renan Filho também a sua e o PPS e o PR também já definiram suas posições. Mas além de todos esses partidos, muitos ainda escondem o jogo. O PP, por exemplo, ainda não definiu quem será o candidato a vice de Biu de Lira e o Solidariedade, de João Caldas, mesmo anunciando apoio ao PP inicialmente, esconde o jogo, além de namorar com o PSDB do governador Téo Vilela. Na verdade o que existe mesmo é a máquina de calcular, onde os candidatos proporcionais fazem as contas de hora em hora e estudam para onde devem migrar para garantir o mandato. Sempre foi assim e assim será. Enquanto os partidos analisam quais as melhores chances dos candidatos proporcionais, a roda gigante vai girando, ora em sentido horário, ora em sentido contrário. Onde houve mais chances, as alianças partidárias tendem a crescer.
Força O senador Renan Calheiros mostrou que manda no Chapão. Escolheu Luciano Barbosa do PMDB para vice, e administrou para que o PT não chiasse, embora o Partido dos Trabalhadores quisesse figurar na chapa majoritária.
Acanhado O governador Téo Vilela tem se sentido só nesta campanha eleitoral, mas apostou que está no caminho certo. Vilela está com a síndrome de ter sido abandonado, mas esqueceu que ele mesmo construiu esta situação. Nem o Democratas, que inicialmente estava fechado com o PSDB, nem tampouco o seu candidato Eduardo Tavares estão satisfeitos com a atual situação.
Só mágoas É visível o desconforto do prefeito Rui Palmeira com as decisões isoladas tomadas pelo governador Téo Vilela, tucano como ele. O prefeito ficou isolado na escolha do candidato a governador pelo PSDB e não gostou nem um pouco de Biu de Lira ter sido alijado do processo sucessório, reconhecidamente um dos maiores parceiros das administrações municipal e estadual.
A Hyunday tem sido uma das montadoras que mais tem vendido seus produtos, inclusive em Alagoas. Mas deve explicar porque o HB-20 tem uma batida estranha no seu sistema dianteiro quando passa por quebrasmolas. Os técnicos da empresa dizem que isso é normal. Será?
Última hora
Briga feia Muitas lideranças de Arapiraca não estão nada satisfeitas com a decisão dos votos de Luciano Barbosa e Célia Rocha irem para o ex-governador Ronaldo Lessa, do PDT. Arapiraca, mais uma vez, ficaria sem um representante na Câmara Federal. Nos bastidores se comentam que Luciano e Célia deram as costas ao povo do município.
Briga feia 2 Os candidatos a deputado federal pelo Chapão estão trombando em Arapiraca. Todo mundo querendo a herança dos votos de Célia Rocha e Luciano Barbosa. Marx Beltrão e Ronaldo Lessa são os dois candidatos mais interessados no espólio político da dupla.
Rachado A presidente Dilma Rousseff garantiu o apoio do PMDB, mas o partido vai partir para as eleições praticamente rachado. Mesmo que os líderes peemedebistas queiram dissimular, a votação não agradou e nem era o esperado. Mesmo assim prevaleceu o voto da maioria.
Serviço prestado A ida do PSD para o Chapão não custou absolutamente nada para o bloco de oposição. Nem promessas futuras.
Em cima do muro
Existem pesquisas eleitorais no mercado para todos os gostos.
O deputado Givaldo Carimbão até a noite da segunda-feira ainda sapateava para onde ir. Não sabia se ia para o Chapão, para o tucanato ou mesmo para Biu de Lira. Cansou de fazer as contas e não havia encontrado ainda um caminho a seguir.
Mesmo filme
Pra baixo
O senador Biu de Lira garante que está acostumado a embates políticos em sua vida pública. E esse será mais um. Quem quiser, ele arremata, pode dizer que já ganhou, mas só depois de abrir as urnas. Lira foi o senador mais votado nas últimas eleições.
Até as noivas têm motivos para criticar a Eletrobras pelo péssimo serviço que tem prestado aos alagoanos. As casas que recepcionam os convidados recomendam a contratação de um gerador, normalmente pela bagatela de 700 reais e mais 70 por hora se for acionado. Ou seja, ninguém confia na Eletrobras.
Quem dá mais
O Democratas deixou para a última hora a realização de sua Convenção Partidária e isso tem preocupado os candidatos às eleições proporcionais. Jeferson Morais e Omar Coelho estão ansiosos por uma decisão do presidente do DEM, vice-governador José Thomaz Nonô.
Maceió agitada A cada dia que passa os boatos políticos tomam conta da cidade. No início da semana os comentários eram de que o PTdoB poderia sofrer uma intervenção, defenestrando do cargo a deputada Rosinha da Adefal.
Sem bater o martelo O PRTB ainda não sabe com quem irá se coligar na chapa majoritária. A discussão é grande dentro do partido. Já o PMN do deputado Francisco Tenório pode migrar para rumos diferentes.
Sem suplência Pelo menos até agora nem Fernando Collor nem tampouco Alexandre Toledo escolheram seus candidatos à suplência ao Senado. E parece que não está tão simples assim de encontrar pretendentes. Se de um lado os candidatos pensam em nomes eleitoralmente fortes, por outro pensam muito na força de recursos para uma campanha majoritária.
Vai começar A vereadora Heloísa Helena vai dar a partida na sua luta de conquistar a única vaga no Senado. Mesmo sem campanha aparente, HH tem surpreendido aos institutos de pesquisas pelos números apresentados até agora. Ela vai usar o mesmo estilo de campanhas anteriores, apenas administrando algumas velhas colocações que não pegaram bem no eleitorado. Heloísa é uma forte candidata e ninguém subestime o seu poder de fogo.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 -
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OPINIÃO
Acorda, jornalistas! FERNANDO LARA MESQUITA JORNALISTA
U
m golpe contra a democracia está em curso desde o último dia 26 de maio e a circunstância que o torna mais ameaçador do que nunca antes na história deste país é a atitude de avestruz que a imprensa tem mantido, deixando de alertar a população para a gravidade dessa agressão. O decreto nº 8.243, assinado por Dilma Rousseff, que cria um “Sistema Nacional de Participação Social”, começa por decidir por todos nós que “sociedade civil” deixa de ser o conjunto dos brasileiros e seus representantes eleitos por voto secreto, segundo padrão universalmente consagrado de aferição da legitimidade desse processo, e passa a ser um grupo indefinido de “movimentos sociais” que ninguém elegeu e que cabe ao secretário-geral da Presidência, e a ninguém mais, convocar para examinar ou propor qualquer lei, política ou instituição existente ou que vier a ser criada daqui por diante em todas as instâncias e entes de governo, diretas e indiretas, o que afeta também os governos estaduais e municipais hoje na oposição. Apesar da violência desse enunciado, a maioria dos jornais e televisões do país nem sequer registrou o fato. E mesmo os que entraram no assunto depois vêm diluindo o tema no noticiário como se não houvesse nada com que seus leitores devessem se preocupar. Prossegue a sucessão de manchetes em torno do golpe de 1964, mas para o de 2014 o destaque
é próximo de zero. Nenhum critério jornalístico justifica isso. Esse decreto é, na verdade, um excerto do Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que o PT já tentou impor antes ao país também por decreto – nas vésperas do Natal de 2009, no apagar das luzes do governo Lula –, mas que, graças à forte reação da imprensa e consequente mobilização da opinião pública, foi obrigado a abortar. INSTITUIÇÃO A SER DESMONTADA
O PNDH-3 contém 521 propostas que, além da revogação da Lei de Anistia, que passou “no tapa” depois que a imprensa comprou a ideia do governo de que a prioridade nacional é voltar 50 anos para trás e não correr 50 anos para a frente, institui “comissões de direitos humanos” nos Legislativos para fazer uma triagem prévia das matérias que eles poderão ou não processar; impõe a censura à imprensa; obriga a um processo de “reeducação” todos os professores do país; veda ao Judiciário dar sentenças de reintegração de posse de propriedades “rurais ou urbanas” invadidas, prerrogativa que se torna exclusiva dos “movimentos sociais”; desmonta as polícias estaduais para criar uma central única de comando de todas as polícias do país, e vai por aí afora. Ciente de que tal amontoado de brutalidades jamais será aprovado pelo Legislativo, o PT está tratando de fazer com esse Poder o mesmo que fez com o Judiciário. Os juízes não dão as sentenças que quere-
mos? Substituam-se os juízes por juízes “amigos”. Um Legislativo eleito pelo conjunto dos brasileiros jamais transformará essas 521 propostas em lei? Substituam-se os legisladores por “movimentos sociais” amestrados sob a tutela da Presidência da República... O argumento de que esse é o jeito de forçar o Congresso a reformas não é honesto. Para forçar reformas que o povo deseje, existem instrumentos consagrados tais como o do voto distrital com recall, que arma as mãos de todos os eleitores para demitir na hora os representantes que resistirem ou agirem contra a sua vontade. Este tipo de participação, sim, opera milagres estritamente dentro dos li-
mites da democracia. Substituir os representantes eleitos por “representantes” que ninguém elegeu tem outro nome: chama-se golpe. Depois da rendição do Judiciário com a renúncia de Joaquim Barbosa, só sobra a imprensa. E os feriados da Copa farão com que só haja pouco mais de meia dúzia de sessões legislativas completas em junho e julho somados. Depois é véspera de eleição. É bom, portanto, que ela desperte já dessa letargia, pois não haverá segunda chance: está escrito no PNDH3 que a imprensa é a próxima instituição nacional a ser desmontada. (Reproduzido da seção “Tendências/Debates” da Folha de S.Paulo).
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EDITOR: Fernando Araújo CHEFE DE REPORTAGEM: Vera Alves
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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 NA MIRA
CNJ faz correição no TJ-Alagoas por atrasar pagamento de precatórios Investigação está sendo comandada pelo juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, José Luiz Leite Lindote JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com
O
ministro corregedor nacional de Justiça, Francisco Falcão, encaminhou uma equipe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar possíveis irregularidades nos pagamentos dos precatórios em Alagoas. Desde segundafeira (16/06), o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, José Luiz Leite Lindote, está debruçado sobre uma série de documentos na sede do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Segundo a portaria número 22 do CNJ; a correição que vem sendo realizada sobre os precatórios em Alagoas está sendo realizada para “apuração de fatos determinados relacionados com deficiência graves dos serviços judiciais e auxiliares”. A portaria ainda é explicita ao citar: “a correição no setor de precatório pode se estender a outras unidades judiciais e administrativas se necessário”. Há anos o setor de precatórios do Tribunal de Justiça de Alagoas é alvo de críticas e acusações. Entre as mais graves estão: autoridades tendo seus créditos liberados sem respeitar o critério da ordem de chegada, advogados que exercem influência no setor, morosidade no pagamento, entre outras irregularidades. Em entrevista ao jornal EXTRA, ainda em 2013, o
Mesmo com 83 anos o delegado aposentado Carlomano de Gusmão ainda não recebeu o seu precatório; EXTRA denunciou a morosidade
delegado aposentado Carlomano de Gusmão Miranda falou com exclusividade sobre a representação que realizou contra o TJ/AL devido às ilegalidades que vinham sendo cometidas no setor de precatórios em Alagoas. Um dos casos mais emblemáticos do caos do pagamento dos precatórios em Alagoas é do delegado aposentado, que desde 2005 aguarda a liberação do seu precatório. Na entrevista concedida ao EXTRA, Carlomano foi taxativo: “Essa questão do pagamento do meu precatório é um ato de competência administrativa. Não é admissível tanto excesso de prazo
para uma coisa tão simples para ser resolvida”. Desde dezembro de 2011 que o Estado vem repassando mês a mês ao Tribunal de Justiça recursos para o pagamento de precatórios. A causa de Carlomano já foi avalizada até mesmo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atualmente ele é o quarto da lista do TJ, mas até hoje o delegado aposentado nunca recebeu qualquer parte da quantia a que tem direito. O precatório de Carlomano é referente a uma impactante redução salarial que perdurou por 10 anos de sua vida. No governo de Divaldo Suruagy, ele e ou-
tros dois delegados tiveram seus salários reduzidos quase à metade, assim como os demais servidores do Estado. Em entrevista ao EXTRA, dessa vez em 2011, Carlomano denunciou: “Eu era o quarto na lista para o recebimento do precatório e hoje me encontro na sexta posição. Algumas pessoas passaram na minha frente de forma misteriosa. Eu não sei, sinceramente, qual o nível de influência de um advogado que está milionário em Alagoas com esse negócio de precatório perante o Tribunal”. Com a aposentadoria do juiz Diógenes Tenório – que hoje comanda a Secretaria de
Defesa Social -, o juiz Roldão Oliveira Neto – que deixou a direção do Fundo Especial de Modernização do Judiciário (Funjuris)-, assumiu o cargo de juiz auxiliar da Presidência do TJ-AL e a gestão dos precatórios. O EXTRA tentou contato com o juiz Roldão Oliveira Neto para saber detalhes de como andam os trabalhos da correição do Conselho Nacional de Justiça no setor de precatórios e recebeu da assessoria de comunicação da Corte o seguinte recado: “O juiz mandou informar que devido à própria correição ele está sem tempo para falar com a imprensa”.
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MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 - 7
NA MIRA
Responsável por correição é tido como juiz linha dura
O
juiz José Luiz Leite Lindote, da Central de Precatórios Requisitórios do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, foi requisitado pelo ministro Francisco Falcão, corregedor nacional de Justiça, para atuar na instituição a partir de 22 de fevereiro de 2013. O magistrado é conhecido pela sua linha dura na atuação do pagamento dos precatórios. Mato Grosso, onde atuava José Lindote, foi o segundo Estado do país a ter uma central exclusiva para a conciliação de precatórios. A Central de Precatórios Requisitórios foi instalada em 23 de outubro de 2007, alicerçada na tríade acessibilidade, efetividade e transparência, objetivando estreitar a relação com os jurisdicionados e com os poderes constituídos. José Lindote assim como o TJ de Mato Grosso é conhecido pela eficiência em ralação ao pagamento dos precatórios. A ministra Eliana Calmon já elogiou a atuação da Corte, afirmando ser um exemplo a ser seguido “pelo trabalho realizado”. A reportagem do Extra apurou que além de Lindote, estão auxiliando o magistrado na correição que vem sendo realizada no TJ/AL os servidores do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Clóvis Nunes e do Tribunal de Justiça de Goiás, Uires Gomes Rodrigues. Promessas do presidente No início desse ano o presidente do TJ/AL, desembargador José Carlos Malta Marques, garantiu que até setembro pelo menos três a quatro precatórios seriam pagos todo mês. O presidente da corte garantiu: “Agora acreditamos que o pagamento deve deslanchar. Não há informação de que existam dificuldades em outros lotes de precatórios”. O desembargador José Carlos Malta também destacou na
época a importância do setor de precatórios do TJ/AL para a política de pagamento das dívidas do Estado e explicou que a demora ocorreu devido à burocracia brasileira. “Aconteceram todos os recursos possíveis até transitar em julgado. Em seguida encontramos entraves no lote de precatórios dos servidores do DER que tomou bastante tempo do setor de precatórios para resolver e atrasou o pagamento de todos os outros”, contou. Existem centaenas de servidores que esperam pelo pagamento de seus precatórios. Muitos deles em fim de vida, com doenças terminais. Em alguns casos, os valores não chegam nem mesmo a R$ 50 mil, o que tornaria as negociações e a venda dos créditos ainda mais fáceis e ágeis. Valer ressaltar que o montante repassado pelo Estado para quitação dos débitos já somam mais de R$ 200 milhões. Só em 2013 mais de R$ 50 milhões foram depositados na conta do judiciário alagoano. ENTENDA O QUE SÃO PRECATÓRIOS Quando alguém não consegue receber, administrativamente, uma quantia devida pelo pela União, Estados, Municípios, Autarquias ou Fundações Públicas de Direito Público, esta pessoa pode entrar com ação na Justiça para cobrar o que lhe é devido. Se o magistrado responsável pela demanda reconhecer a existência do direito, é emitida ordem de pagamento, chamada de precatório, para cobrança junto ao ente público devedor. O Tribunal de Justiça tem a função de receber estes valores, no caso de dívidas de instituições do âmbito estadual, e passa a fazer os pagamentos, na ordem em que os precatórios foram criados.
Juiz José Luiz Leite Lindote está em Alagoas para apurar possíveis irregularidades do Tribunal de Justiça
Com aposentadoria de Diógenes Tenório, o juiz Roldão Oliveira comanda o setor de Precatórios no TJ/AL
8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014
ELEIÇÕES 2014
Deputado federal Renan Filho e o senador Fernando Collor de Mello serão oficializados hoje como candidatos da oposição ao Governo de Alagoas e ao Senado Federal
Oposição oficializa Renan Filho, Collor e candidatos a deputado Coordernada pelo ex-governador Ronaldo Lessa, a Frente de Oposição é a que reúne o maior número de partidos políticos para as eleições de outubro próximo em Alagoas DA REDAÇÃO
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ortalecidos pela unidade com que definiram as candidaturas majoritárias e pela posição de liderança nas últimas pesquisas de intenção de voto, os partidos que integram a Frente de Oposição, realizam convenção nesta quintafeira, dia 19, para homologar suas candidaturas majoritárias e proporcionais. Para o governo do Estado já estão definidos os nomes de Renan Filho (para governador) e Luciano Barbosa (vice-governador), ambos do PMDB. Para o Senado, a chapa fechou com a pré-candidatura do senador Fernan-
do Collor (PTB). A última pesquisa do Ibobe, realizada no final de maio, confirmou a liderança de Renan Filho e Collor nas intenções de votos da capital e do interior, como já vinha sendo apontado em outras pesquisas. Na convenção desta quintafeira, além da homologação dos candidatos majoritários, serão apresentados e oficializados, também, os nomes dos candidatos a deputado federal e estadual. A Frente, coordenada pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), é a que reúne o maior número de partidos. A perspectiva é de que a coligação agregue entre 12 e 15 siglas partidárias entre
elas o PT, da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Lessa, devido ao clima de Copa do Mundo, a convenção do próximo dia 19 será apenas cartorial, devendo acontecer, em data a ser definida, o lançamento festivo das candidaturas. Bastante elogiado em todos os eventos da Frente, pela maneira equilibrada com que conduziu o processo de definições políticas, Ronaldo Lessa diz que, na verdade, todos pensaram na construção do consenso. “Estamos trabalhando nisso desde o início, com a integração de todos os partidos, e tudo indica que chegaremos inteiros, na convenção. Com
essa unidade, foi possível definir, com antecedência e sem traumas, as pré-candidaturas majoritárias, antes mesmo da convenção”, disse ele. “Todas as nossas decisões têm sido tomadas por consenso, respeitando todas as agremiações. E isso se deu, graças à condução equilibrada do exgovernador Ronaldo Lessa”, disse o senador Fernando Collor, lembrando que, além disso, a Frente conseguiu agregar todos partidos que fazem oposição ao governo de Alagoas e que atuam na base de sustentação do governo federal e que estarão unidos em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff. “É muito importante esse
alinhamento com o governo federal, porque é por esse caminho que passam as soluções para os problemas que afligem o nosso povo. É preciso continuar trazendo recursos e garantindo novos projetos para avançar mais na construção do desenvolvimento. E é fundamental, também promover a mudança na gestão estadual, elegendo um governador que também tenha afinidade com o governo federal. Alagoas é um Estado carente e não pode se isolar de Brasília. Senão, como garantir serviços decentes de saúde e educação de qualidade, sem o apoio do governo federal?”, concluiu Fernando Collor.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 -
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INCONSTITUCIONAL
Glmar Mendes, do STF, e três dos 31 servidores que se aposentaram ilegalmente com salário de seceretário de Estado: Jayma de Altavila, Luitgard e Margarida Procópio
STF acaba com supersalário de servidor aposentado como secretário de Estado Artigo da Constituição de Alagoas sobre isonomia de vencimentos é considerado inconstitucional VERA ALVES veralvess@gmail.com
E
m decisão da sexta-feira da semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) pôs por terra, definitivamente, a pretensão de 31 ex-secretários de Estado de Alagoas – alguns já falecidos – que queriam ter seus proventos de aposentadoria equiparados aos dos atuais secretários. A batalha jurídica completaria três anos em agosto deste ano e chegou a ter decisões favoráveis dos requerentes por parte do Tribunal de Justiça de Alagoas com base em um artigo da Constituição estadual considerado inconstitucional pelo STF. Os ex-secretários chegaram, inclusive, a ter seus vencimentos majorados no ano passado. O Estado foi obrigado a complementar os proventos dos mesmos sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 3 mil, imposta ao governador Teotonio Vilela Filho em decisão monocráticade julho de 2013 da desembargadora Elisabe-
th Carvalho Nascimento e na qual ela determinou que o governo cumprisse com um acórdão do próprio TJ, datado de 2011 e que reconhecia o direito de isonomia aos reclamantes. Em alguns casos, para cumprir com a determinação do TJ, o governo teve de aumentar em mais de 100% a aposentadoria que era paga. Foi assim, por exemplo, com a ex-secretária do Gabinete Civil do governo Fernando Collor (1987-1989), Margarida Maria Maia Procópio, cujos proventos eram de R$ 9.434,63 e o Estado teve de acrescentar mais R$ 10.683,92 para equiparar sua aposentadoria ao salário da época (setembro de 2013) dos secretários de Estado. A alegria dos ex-secretários, contudo, durou pouco. Em novembro do ano passado, uma liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou que fosse sustado qualquer tipo de isonomia até o julgamento do mérito da questão. A decisão final do Supremo foi tomada na sexta, 13,
nos autos do Recurso Extraordinário (RE) 759518 interposto pelo Estado em 28 de junho do ano passado contra o acórdão do Tribunal de Justiça que considerava justa a pretensão dos requerentes com base no artigo 273 da Constituição do Estado de Alagoas. Considerado inconstitucional no julgamento de mérito da questão pelo STF, o citado artigo permitia a servidor da administração direta, autárquica e fundacional pública que, por quatro anos consecutivos ou oito alternados, tivesse exercido cargos de comissão se aposentasse com proventos calculados com base na maior remuneração de estrutura do Poder a que servisse, sem prejuízo das vantagens de natureza pessoal a que tivesse direito. JURISPRUDÊNCIA Na liminar concedida em novembro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, relator do RE, destacou que a jurisprudência do STF não admite a paridade de proventos entre
categorias diversas ou entre servidores efetivos e agentes políticos, assim considerados os cargos de secretários de Estado. O entendimento de reconhecimento da repercussão geral da matéria – tema sobre o qual já exista jurisprudência — assinalado por Mendes foi aprovado por unanimidade do Plenário Virtual do Supremo na última sexta-feira. Além de Margarida Procópio, outros 30 ex-ocupantes de cargos de comissão nos últimos 30 anos, pediam a isonomia de seus vencimentos aos do atuais secretários, cujos vencimentos, hoje, são de R$ 18.279,14. São eles: Jayme Lustosa de Altavila, Edgar Saldanha Malta, Audálio Cândido dos Santos, Edson Gomes da Silva, Fernando Theodomiro Santos Lima, Gérson de Melo Argolo, João Ramalho da Silva Filho, José Torquato dos Santos Filho, Nelson Augusto do Nascimento, Pedro Ambrósio Porto Neto, Petrucio Araújo de Alcântara, Valdemir do Carmo Silva, Maria Cândida Madeiro de Oliveira, Antônio
Holanda Costa, Carlos Fortes Melro, João Tadeu Figueiredo Alves, José Eduardo Uchôa Lessa, José Luitgard Moura de Figueiredo, José Medeiros, José Ulisses Ávila Pereira, Luciano Jorge Peixoto, Manoel Gomes de Barros, Vinicius Furtado Maia Nobre, Antônio dos Santos, Edson Carvalho de Jesus, Douglas Apratto Tenório, Evilásio Soriano de Cerqueira, Beroaldo Maia Gomes Rego, José Ramalho da Silva e Hélio Nogueira Lopes. O EXTRA entrou em contato com o procurador-geral do Estado, Marcelo Teixeira, para saber se os ex-secretários terão de devolver os recursos pagos a mais em suas aposentadorias. Por meio de sua assessoria ele informou que o governo ainda não tinha conhecimento do inteiro teor da decisão do Plenário do Supremo e que qualquer posicionamento somente poderá ser externado após a publicação e análise da mesma. Adiantou, contudo, haver o entendimento de que os requerentes não agiram com má-fé.
10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 CARTÓRIOS
CNJ suspende concurso e repreende TJ de Alagoas Conselheiro afirma que falta controle da Corte sobre as serventias extrajudiciais VERA ALVES veralvess@gmail.com
C
obrado durante cinco anos e elaborado às pressas com o fito de livrar o desembargador José Carlos Malta Marques, presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, de uma punição, o edital para concurso público em 199 cartórios de Alagoas, lançado em abril último e com provas objetivas previstas para o dia 3 de agosto, terá de ser modificado para atender às regras estabelecidas desde 2009 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no que tange às serventias extrajudiciais. A decisão, inicialmente dada em liminar do conselheiro Paulo Eduardo Teixeira, foi referendada pelo colegiado do conselho durante sua 191ª sessão ordinária, realizada na última segunda-feira (16). O conselheiro Paulo Teixeira é o relator do Procedimento de Controle Administrativo (PCA) 00003242-06.2014.2.00.0000, instaurado a pedido de Djalma Barros Andrade Neto, um dos substitutos do titular do Cartório do Único Ofício de Porto de Pedras, Bruno José Lins Santos. Ao CNJ, o requerente pede a nulidade do anexo I do Edital20/2014 do TJ de Alagoas e no qual consta a lista das 199 serventias extrajudiciais consideradas vagas e, portanto, alvo do concurso público que tem como organizadora a Copeve, o Núcleo Executivo de Processos Seletivos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Em síntese, Djalma Barros pede a suspensão do concurso em virtude de, para as 199 serventias listadas no edital,
não estar especificado quais se destinam a preenchimento pelo critério de provimento e quais serão preenchidas pelo critério de remoção. O cartório em que ele atua como substituto, aliás, está entre os elencados pelo Tribunal de Justiça para terem sua titularidade definida através do concurso público. Mas o que chama a atenção no relatório do conselheiro Paulo Teixeira é a confirmação de que os cartórios em Alagoas atuam sem o controle efetivo que caberia ao TJ, mais especificamente à Corregedoria Geral de Justiça de Alagoas, que acabou sendo incluída como litisconcorte no PCA e sendo intimada a prestar esclarecimentos. AS FALHAS DO TJ Ao se decidir pelo acatamento do PCA, o conselheiro Paulo Teixeira levou em consideração o que se pode chamar de falhas do Tribunal de Justiça de Alagoas. Ao menos é o que se depreende de algumas considerações tecidas no parecer, como a de número 5, na qual, afirma: “Destaco, por oportuno, que dos autos constam dois documentos (IDs 1424483 e 1424484) posteriores à abertura do Concurso de Provimento e Remoção na Atividade Notarial e de Registro, no âmbito do Estado de Alagoas, que explicitam certo receio. O primeiro deles, Ofício nº. 19-325/2014, encaminhado pelo desembargador TutmésAiran, presidente da comissão do certame e que foi assim redigido, em: (...) Desta forma, com o intuito de fixar a real e mais atualizada `condição´ da unidade (vaga provida, sub judice), solicito o
Conselheiro Paulo Teixeira critica atuação do TJ sobre os cartórios
envio de correspondência registrada a todas as serventias extrajudiciais do estado para que informem, no prazo de 10 dias, com a devida comprovação, sua atual situação, seja ela provida, vaga, sub judice (STF) ou discutida administrativamente (CNJ e Corregedoria). Para atender ao pedido supra, o juiz-auxiliar da Corregedoria-Geral de Alagoas determinou aos delegatários de Alagoas, nos termos do Despacho no Processo n. 00477-8.2014.002, que provassem ‘que a natureza jurídica da serventia (vaga ou provida) está pendente de análise’. O despacho está datado de 2/5/2014. Ora, é certo que tais comunicações retratam, respeitados entendimentos diversos, certa desorganização no âmbito do TJ/Al, ocasionando insegurança jurídica aos pretensos participantes do certame”. Na sequência, afirma: “Por outro lado, o Anexo I (parte integrante do Edital 20/2014) trouxe a relação de serventias vagas, com os seguintes campos de informações: sequência, CNS, car-
tório – denominação, município, UF (fls. 31 – 42, do Edital). Ausentes, portanto, dados sobre quais serventias vagas serão destinadas à admissão e à remoção, conforme previsão das Resoluções 80 e 81 de 2009 (art. 9º e 3º, respectivamente)”. O artigo 9º da Resolução 80/09 diz o seguinte: “A Relação Geral de Vacância publicada pela Corregedoria Nacional de Justiça será organizada segundo a rigorosa ordem de vacância. § 1º As vagas serão numeradas na forma ordinal, em ordem crescente, considerando-se as duas primeiras como vagas destinadas ao concurso de provimento, e a terceira vaga ao concurso de remoção, e assim sucessivamente, sempre duas vagas de provimento e uma de remoção, até o infinito; § 2º A cada nova vacância que ocorrer o fato será reconhecido pelo juízo competente, que fará publicar o ato declaratório da vacância, no prazo de 30 (trinta) dias, mencionando ainda, na própria portaria, o número em que ela ingressará na relação geral de vagas e o critério
que deverá ser observado para aquela vaga, quando levada a concurso”. Já o artigo 3º da Resolução 81/09, afirma: “O preenchimento de 2/3 (dois terços) das delegações vagas far-se-á por concurso público, de provas e títulos, destinado à admissão dos candidatos que preencherem os requisitos legais previstos no artigo 14 da Lei Federal nº 8.935/94; e o preenchimento de 1/3 (um terço) das delegações vagas far-se-á por concurso de provas e títulos de remoção, com a participação exclusiva daqueles que já estiverem exercendo a titularidade de outra delegação, de notas ou de registro, em qualquer localidade da unidade da federação que realizará o concurso, por mais de dois anos, na forma do artigo 17 da Lei Federal nº 8.935/94, na data da publicação do primeiro edital de abertura do concurso”. O edital do concurso para os cartórios de Alagoas foi aprovado pelo Pleno do TJ em uma reunião extraordinária realizada no dia 11 de abril último, justamente o último dia apontado como prazo final pela Corregedoria Nacional de Justiça que, durante três anos, fez reiteradas cobranças ao TJ para que cumprisse com as determinações de 2009. Caso não o fizesse, o desembargador José Carlos Malta, presidente da Corte, seria processado por descumprimento ao artigo 236, parágrafo 3º da Constituição Federal, segundo o qual, o “ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses”. A Constituição Federal data de 1988, mas somente depois de seis anos, em 1994, o artigo 236 seria regulamentado através da Lei 8.935, a chamada Lei dos Cartórios. Em Alagoas, foram necessários mais 20 anos para que o Tribunal de Justiça adotasse alguma medida concreta no sentido de acabar com o sistema de “capitanias hereditárias” vigente nos cartórios do estado e ainda assim, quando o fez, incorreu em erros apontados como duvidosos pelo próprio Conselho Nacional de Justiça.
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ACELERAÇÃO
Nova etapa do Canal do Sertão levará água por mais 123 km Serviços na maior obra de infraestrutura hídrica do Estado estão adiantados em novos trechos; já estão funcionando 65 km em benefício dos sertanejos SARA MENDES
O
s trabalhos na maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas, o Canal do Sertão, continuam avançando. O terceiro trecho, que vai até o km 93, tem previsão de entrega para dezembro de 2014. Já o quarto trecho vai do quilômetro 93 ao 123 e a previsão de entrega é para o primeiro semestre de 2015.
Cerca de 1.350 homens trabalham nas obras do terceiro trecho, que foi dividida em duas etapas. A primeira etapa – km 65 ao 77 – está com 88% das obras concluídas. Já a segunda etapa – km 77 a 93 - está com 55% das obras executadas. Estas obras avançam até a cidade de Senador Rui Palmeira. O quarto trecho do Canal do Sertão passa pela cidade de São José da Tapera, e
Novo trecho do Canal está com 88% das obras concluídas
compreende do quilômetro 93 ao quilômetro 123. As obras já estão 15% executadas, com valor de R$ 592 milhões. O Governo de Alagoas já entregou, em 2013, os dois
primeiros trechos do Canal, alcançando o km 65. O secretário de Infraestrutura, Marcos Vital, ressaltou a importância da obra para Alagoas. “Ver a grandiosidade desta obra é
ver o compromisso do Governo do Estado com o povo sertanejo. O Canal do Sertão vem para dar melhores condições de vida à população da região e é extremamente gratificante fazer parte desta ação”, afirma Vital. A OBRA O Canal do Sertão Alagoano está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vai beneficiar 42 municípios da região do Sertão e Agreste do Estado e cerca de um milhão de alagoanos. A obra levará água para a população sertaneja anualmente atingida pela seca, melhorando a qualidade de vida da população e desenvolvendo a economia regional, contribuindo também para a redução do êxodo rural no Sertão. Quando estiver concluído, o Canal alcançará a marca de 250 quilômetros de extensão, ligando Delmiro Gouveia a Arapiraca.
14 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 JOGO POLÍTICO
Presidente de sindicato acusa diretor do IFAL de pensar apenas na reeleição Alexandre Fleming afirma que falta de estrutura no Instituto dificulta atividades dos professores CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com
A
briga entre professores, pais de alunos e dos próprios estudantes do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), vem ganhando contornos políticos. Segundo informações apuradas pelo EXTRA, o motivo por toda essa confusão, seria uma disputa interna entra a direção do Instituto e integrantes do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional de Alagoas (Sintietfal). Na semana passada, integrantes do sindicato foram à Polícia Federal para entregar um ‘dossiê’ com imagens e vídeos para provar que as agressões do dia 9 no Campus de Satuba contra os professores ligados ao sindicato teriam partido de dois alunos e dos pais deles. De acordo com informações passadas ao EXTRA, a briga teria sido organizada pela Direção do IFAL. A reportagem conversou com o presidente do Sintietfal, Alexandre Fleming, que falou sobre a confusão, que, para ele, foi iniciada pelos pais de alguns alunos. “As agressões partiram de dois pais dos alunos que chegaram no Instituto ao final da manifestação e foram agredir verbal e fisicamente os servidores em greve. Não é admissível pais e alunos agredirem educadores em seu livre exercício de manifestação, principalmente em Satuba que possui um gra-
ve histórico de violência contra educadores, como o caso do professor Paulo Bandeira em 2003”. Questionado se estaria havendo uma briga política entre a direção do IFAL e o sindicato, Fleming alegou que a greve era nacional, mas evidente que existia uma pauta local que buscava abrir diálogo para garantir melhores condições de trabalho e respeito aos servidores. “Esse conflito de interesses entre gestão e sindicato deveria ser tratado de forma dialogada, sem que fosse necessário a utilização de subterfúgios para atrapalhar o direito de greve dos servidores. Infelizmente, o diretor de Satuba (Anselmo Lúcio), preocupado unicamente com sua reeleição e tentando a todo custo evitar uma intervenção federal, pressionou os trabalhadores cotidianamente para voltarem ao trabalho sem atender a nossa pauta e sem respeitar a dinâmica da greve nacional”. O presidente do sindicato foi indagado sobre o foco da greve que no ínicio era o reajuste salarial e acabou se tornando uma disputa que gerou agressões. Para ele o foco segue sendo melhores condições de trabalho, reposição das perdas salariais, data-base, por uma expansão e interiorização de qualidade. “Alagoas representa a pior expansão da rede federal da EBTT, são 7 novos campi e apenas 2 em prédios próprios. Desde 2010 quando foram aber-
nossos alunos fosse mais prejudicado”.
Anselmo Lucio é o diretor do Campus de Satuba
Fleming diz que movimento da greve ainda continua forte
tos, 5 seguem funcionando em espaços improvisados como é o caso de Arapiraca, Murici, Maragogi, São Miguel dos Campos e Santana do Ipanema. É uma vergonha. Sem laboratórios, sem bibliotecas, sem extintores de incêndio e sem condições de desenvolver aulas práticas”. O EXTRA conversou também com Paulo Felisberto, professor do IFAL e que esteve no Campus no dia da confusão. Ele comentou o fato: “Estive no
campus, dando aulas, até por volta das 11 horas quando me retirei a fim de vir para casa para almoçar. Posso dizer que um grupo de 38 professores de um total de 64 (em efetivo exercício profissional em sala de aula) manifestaram seu interesse em voltar às atividades letivas para não haver mais prejuízos a nossos alunos. Não éramos, nem somos, contra greve, apenas não queríamos que, como já disse, o ano letivo de
REITOR E DIRETOR A reportagem entrou em contato com o reitor do Instituto, Sergio Teixeira, que também comentou sobre as informações de que a Direção do Campus de Satuba seria a responsável por ter convocado os pais dos alunos naquele dia. “Quem fez essa acusação terá de provar na sindicância; para mim não passa de acusação leviana. Na semana passada abrimos a sindicância que vai apurar toda a confusão, todos os envolvidos serão ouvidos e depois disso é que teremos uma posição concreta de quem iniciou toda a briga”. Citado na matéria pelo presidente do sindicato, o diretor do Campus onde ocorreu a confusão, Anselmo Lúcio, foi procurado pela reportagem através de contato telefônico, mas o mesmo não atendeu as ligações até o fechamento desta edição. STJ O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) vai entrar com recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar revogar a decisão pelo fim da greve dos servidores dos Institutos Federais de Educação Tecnológica. A categoria está parada há três meses e não vai retornar às atividades enquanto não houver acordo entre os sindicatos e fóruns. Em Alagoas, o sindicato vai seguir a orientação nacional e manter a paralisação. A greve hoje conta com participação em 19 estados e mais de 160 unidades de ensino.
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16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 INFRAESTRUTURA
Baixo São Francisco terá investimento de R$ 1,3 milhão para saneamento básico Iniciativa busca estimular os governos estaduais a financiarem planos municipais de saneamento DELANE BARROS
O
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) irá investir cerca de R$ 1,3 milhão na promoção de saneamento básico nos municípios de Belo Monte, Igreja Nova, Traipu e Feira Grande, em Alagoas, além de Telha, Ilha das Flores
e Propriá, em Sergipe. Os municípios fazem parte da região do Baixo São Francisco e foram contemplados por terem apresentado interesse no financiamento oferecido pelo Comitê. Os recursos para as obras são provenientes da arrecadação pelo uso das águas e devem ser investidos na preservação da bacia.
No últimao dia 10, em Penedo, foi assinado o termo de compromisso entre o Comitê e os municípios envolvidos. De acordo com o documento, os municípios têm, como contrapartida, a necessidade de criar e nomear uma comissão específica para acompanhar o andamento das obras, fornecer suporte técnico e disponibilizar informações e documentação necessárias à adequada execução dos trabalhos, indicar, por meio de decreto municipal, um comitê de coordenação do Plano, disponibilizar espaço físico e apoiar a realização das reuniões e
consultas públicas previstas e apoiar as ações de divulgação de todo o processo de elaboração do documento e deixa os municípios desobrigados de qualquer investimento financeiro. O repasse do dinheiro para a efetivação do trabalho é feito pela agência delegatária do Comitê, a Associação para a Gestão de Bacias (AGB) Peixe Vivo. Esse trâmite é necessário pelo fato de o CBHSF não ter personalidade jurídica própria, daí a necessidade de uma agência delegatária, como ocorre com todos os demais comitês de bacias hidrográficas, sejam eles
estaduais ou federais. Atualmente, estão em execução 27 planos municipais de saneamento básico, distribuídos em toda a bacia, cujo valor total a ser investido nas obras é de aproximadamente R$ 6 milhões. Estão licitados, desse total, 16 planos. Em fase de licitação, estão 6 no Alto São Francisco, 3 no Médio, outros 3 no Submédio e mais 7 no Baixo São Francisco. De acordo com o diretor técnico da empresa AGB Peixe Vivo, Alberto Simon, nos próximos dias serão publicados os documentos referentes a outras três obras no Submédio
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Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia do São Francisco, anuncia investimentos em obras de saneamento básico na região de Penedo
do Velho Chico e mais uma no Médio. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, explica que a iniciativa do co-
legiado é estimular os governos estaduais a financiarem os demais planos. “O Comitê recebeu 90 demandas para realizar esses planos municipais. Já financia 27
- MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 -
e espera que os governos assumam os outros 63 e que copiem o mesmo modelo de gestão, ou seja, com transparência e participação da sociedade”, afirma ele. Os planos de saneamento básico dos municípios recebem o financiamento do CBHSF após as prefeituras apresentarem interesse e enviar um projeto para a Câmara Consultiva Regional (CCR) que representa o município no Comitê. “Com isso, o Comitê do São Francisco sai do seu papel de mobilizador e parte para o financiamento de obras, cumprindo a legislação federal, que determina que os recursos arrecadados com a cobrança da água sejam revertidos em melhorias para a manutenção e preservação da bacia”, complementa Anivaldo Miranda. Após a contratação da empresa executora, o contrato tem prazo de validade de um ano e
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todos os termos do documento devem ser acompanhados pelos envolvidos no processo, ou seja, tanto as prefeituras atendidas quanto o Comitê da Bacia do São Francisco. A Bacia Hidrográfica do rio São Francisco abrange 639.219 km² de área de drenagem (7,5% do país) e vazão média de 2.850 m³/s (2% do total do país). O rio São Francisco tem 2.700 km de extensão e nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe. A Bacia possui sete unidades da federação – Bahia (48,2%), Minas Gerais (36,8%), Pernambuco (10,9%), Alagoas (2,2%), Sergipe (1,2%), Goiás (0,5%), e Distrito Federal (0,2%) – e 504 municípios (cerca de 9% do total de municípios do país).
18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 19 A 26 DE JUNHO DE 2014 CULTURA
Um cronista por excelência Sebastião Nery, um dos maiores e mais polêmicos jornalistas brasileiros, reúne seus melhores textos, revelações e reminiscências em “Ninguém me contou. Eu Vi” PRISCILA PASSARELI
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ebastião Nery, um dos maiores e mais polêmicos jornalistas brasileiros, reúne seus melhores textos, revelações e reminiscências em “Ninguém me Contou. Eu Vi” Houve um tempo em que os jornalistas brasileiros escreviam reportagens e artigos sobre o que viam e viviam — sem usar o telefone e o Google. Sebastião Nery, 82 anos, é um deles. Nery, com sua independência e vastíssima cultura, é observador e personagem da cena política brasileira há exatamente 60 anos. O novo livro traz artigos, ensaios e reminiscências de Sebastião Nery desde 1953 a 2013 — seis décadas de fatos sobre os quais escreveu não de ouvir contar, não apurou por telefone nem pesquisou na internet. Ele viu. De alguns, participou. Nascido na Bahia, sobrevivente de um parto difícil — quando criança recebeu o apelido de “defuntinho” — Sebastião Nery estudou em seminário católico, estudou Filosofia e Direito, aprendeu a pensar sozinho e engajou-se nos movimentos estudantis e nos principais levantes políticos que sacudiram o Brasil num tempo em que a democracia era bem mais frágil do que hoje e as chamadas “elites” chamavam os militares quando sentiam o “povo” chegar muito perto do poder. Quando Getúlio Vargas se matou, em agosto de 1954, Sebastião Nery estava lá. Dez anos depois, quando as tropas do general Olympio Mourão Filho saíram de Minas na direção
do Rio, para encantoar o presidente João Goulart, deflagrando o golpe militar de 64, Nery também estava lá. Assim como estava no centro dos acontecimentos quando Jânio Quadros renunciou ou, mais tarde, quando boa parte dos políticos e intelectuais de esquerda mais ativos deixaram o país, para não morrer. Nery tornou-se famoso pelos casos do folclore político que juntou numa série de livros transformados em best–sellers nos anos 1970; incendiou a vida nacional com seus artigos polêmicos no semanário Politika ou nos jornais Tribuna da Imprensa, Última Hora e Folha de S. Paulo; espantou os telespectadores com sua figura agitadíssima na televisão e surpreendeu a todos quando, no governo Collor, acabou adido cultural em Paris. Ele já havia sido, até então, além de jornalista, deputado e
fiel escudeiro do exilado Leonel Brizola, o incendiário cunhado do presidente deposto João Goulart. Seu estilo independente lhe rendeu processos, prisões, cassação de direitos políticos e perseguições, tanto pela polícia política quanto pelos chamados “patrulheiros ideológicos”. Foi e continua sendo o jornalista mais polêmico do país. Os textos deste livro, ao englobar seis décadas de história, formam um impressionante arquivo de biografias, fatos e revelações envolvendo os grandes nomes da política brasileira, desde a Era Vargas até os dias de hoje. Relidas agora, entrevistas
com verdadeiras lendas de nossa história política do passado nos fazem refletir sobre a mediocridade da cena atual. Infelizmente a história recente não nos deu muitos personagens à altura dos imponentemente trágicos Cordeiro de Farias, Luís Carlos Prestes, Oscar Pedroso Horta, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Carlos Lacerda, João Goulart, Leonel Brizola, Tancredo Neves. Ler as histórias de Sebastião Nery, agora reunidas neste livro, nos permite sorrir e ter saudade de um tempo em que era possível fazer história participando dela — como Sebastião Nery fez.
NINGUÉM ME CONTOU EU VI Autor: Sebastião Nery Gênero: Reportagem Acabamento: Brochura Edição: 1ª Formato: 15,6x23 cm Páginas: 528 Peso: 757g ISBN: 9788581302102 Selo: Geração Preço: R$ 54,90 E-book eISBN: 9788581302119 Preço: R$ 24,90
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AMEAÇA À DEMOCRACIA
Ameaçado, Barbosa se afasta da relatoria de todos os processos do mensalão Há duas semanas, o ministro anunciou aposentadoria do STF DIEGO ABREU/CB
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presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu na terça-feira (17/6) se afastar da relatoria das execuções penais relativas ao processo do mensalão. Em documento divulgado nesta manhã, o ministro acusa vários advogados de sentenciados da Ação Penal 470 de terem agido politicamente e, por isso, afirma que optou por se afastar do caso. Há duas semanas, Barbosa anunciou que se aposentará do cargo de ministro do Supremo até o fim deste mês de junho. Barbosa acrescentou que todo o processo será encaminhado ao vice-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, “para que proceda a livre redistribuição dos feitos˜. Na prática, ainda não se sabe se Lewandowski poderá tomar decisões pendentes ou se ele sorteará um novo relator para o caso. Ao longo do julgamento do mensalão, Joaquim Barbosa adotou postura rígida, votando pela condenação da maior parte dos réus. Em maio, revogou o direito ao trabalho externo da maior parte dos presos que cumprem pena em regime semiaberto e negou o pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para trabalhar fora do Complexo da Papuda. “Vários advogados que
atuam nas execuções penais oriundas da AP 470 deixaram de se valer de argumentos jurídicos destinados a produzir efeitos nos autos e passaram a atuar politicamente, na esfera pública, através de manifestos e até mesmo partindo para os insultos pessoais, via imprensa, contra este relator”, destacou Joaquim Barbosa, no ofício de apenas uma página. Ele também mencionou que, na última sessão plenária do Supremo, na última quarta-feira (11/6), “este modo de agir” de advogados culminou “em ameaças contra a minha pessoa”. O ministro se referiu ao defensor do ex-presidente do PT José Genoino, Luiz Fernando Pacheco, que subiu à tribuna do plenário do STF para pedir o julgamento de um recurso em que solicitava o direito de prisão domiciliar ao petista. Diante da insistência do advogado, Barbosa o expulsou do pleno. Na segunda-feira (16/6), o presidente do STF formalizou uma representação criminal contra Pacheco. Diante dos recentes acontecimentos, Joaquim Barbosa justifica sua decisão de se afastar do caso.”Assim, julgo que a atitude juridicamente mais adequada neste momento é afastar-me da relatoria de todas as execuções penais oriundas da AP 470, e dos demais processos vinculados à mencionada ação penal”, frisou o presidente do Supremo.
Barbosa explicou que todo o processo será encaminhado ao vice-presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski
BARROSO É O NOVO RELATOR O ministro Luís Roberto Barroso foi sorteado, na terça-feira (17/6), novo relator das execuções penais da Ação Penal 470, o mensalão. O sorteio foi feito pelo sistema eletrônico do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de agora, caberá a Barroso analisar os pedidos de trabalho externo dos condenados e levar os recursos apresentados pelos sentenciados para julgamento em plenário. Os benefícios foram cassados pelo presidente da Corte, Joaquim Barbosa. A redistribuição da relatoria das 24 execuções penais e da própria AP 470 ocorreu após ele ter anunciado que deixaria a função de relator do caso. Barroso estava nos Estados Unidos, onde participou de um evento da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o gabinete do ministro, a expectativa era de que ele retornasse ao país na manhã da quarta-feira (18/6). O magistrado participaria da sessão do STF, mas o gabinete adiantou que ele não levaria nenhuma questão sobre o mensalão para o plenário, pois ainda precisa se inteirar dos processos. Portanto, nenhum caso irá a julgamento nesta semana, por conta do feriado de Corpus Christi, nesta quinta-feira (19/6). REDISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO
Ministro Luiz Barroso assumirá os processos do mensalão
Após Joaquim Barbosa deixar a relatoria do mensalão, coube ao vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, fazer a redistribuição do processo. Nela, Barroso foi sorteado. No começo, o novo relator passará a receber os pedidos dos réus para depois encaminhá-los aos demais integrantes da Corte para julgamento.
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LEI
ARTIGOS
Filho pródigo e incorrigível PERCIVAL PUGGINA Arquiteto, empresário e escritor
N Idosos já podem andar de graça nos transportes intermunicipais de Alagoas
Decreto garante gratuidade que beneficia os que possuem renda mensal de até dois salários mínimos DA REDAÇÃO
O
governador Teotonio Vilela Filho assinou, nesta segunda-feira (16), no Palácio República dos Palmares, o decreto que garante gratuidade nos transportes intermunicipais para idosos que possuem renda mensal de até dois salários mínimos. O decreto assinado pelo governador faz entrar em vigor a lei estadual 7.503. Na oportunidade, o governador defendeu a garantia de direitos diferenciados para os idosos. “O idoso tem uma estrada percorrida, de trabalho, de labuta, pela família, por si próprio e para a sociedade de um modo geral. Depois dessa estrada já avançada, é importante que tenha direitos diferenciados dos demais”, afirmou. Teotonio também destacou a importância do papel das pessoas da melhor idade na sociedade. “Os idosos deram uma grande contribuição e continuam a dar, muitos trabalhando duro e outros fa-
zendo um papel que só a experiência de vida permita que a pessoa exerça: que é de orientar os mais jovens. Só quem já apanhou na vida, quem teve determinadas experiências pode passar para os outros”, ressaltou. Os deputados estaduais aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei (PL) de autoria do deputado Ronaldo Medeiros. Pelo projeto, 10% dos assentos serão gratuitamente destinados aos idosos com mais de 60 anos e, caso os lugares já estejam ocupados, os beneficiários terão descontos na tarifa. Após ser aprovado pela Assembleia Legislativa Estadual, o projeto seguiu para a análise do governador, a quem coube sancionar o projeto. O evento de assinatura do decreto também contou com a presença de presidentes de associações e cooperativas de idosos de todo o Estado e do presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), Waldo Wanderley.
o Evangelho de São Lucas, Jesus narra uma história que se tornou, provavelmente, a mais conhecida dentre todas as suas parábolas. Ela descreve a experiência de um filho que pede ao pai rico a antecipação de sua herança. Com a grana na mão, ele viaja para um país distante, cai na vida, afunda nos vícios, gasta tudo que tem e experimenta o sabor da mais irrecorrível miséria (vem daí o adjetivo pródigo, ou seja, esbanjador, gastador, associado a esse personagem). Gradualmente, porém, ele se arrepende, decide retificar sua conduta e retorna à casa do pai, a quem pede e de quem recebe efusivo perdão. Tem muita razão o jornalista Eugênio Bucci, em artigo publicado no Estadão no dia 12 deste mês. Segundo ele, embora a presidente Dilma e os governistas acusem a oposição de explorar politicamente o evento da FIFA, foram os governos petistas que confundiram futebol com política e eleição desde que se dispuseram a oferecer o país para a realização da Copa de 2014. É bom recordar. Logo no início, Lula faturou os abraços e as lacrimosas efusões de alegria perante a - assim proclamada - conquista. Depois, explorou as escolhas das sedes da Copa, aumentando em cinquenta por cento, sem necessidade alguma, os teatros em que ela se desenrolaria. Bastavam oito sedes, mas Lula quis 12 para faturar em mais quatro Estados os dividendos eleitorais que disso adviriam. Depois, junto com Dilma, aproveitou politicamente, anúncio por anúncio, as “obras da Copa” voltadas para mobilidade urbana, aeroportos e
infraestrutura. Custou a cair a ficha. Passaram-se seis anos inteiros, ao longo dos quais o governo petista reinou com a convicção de que poderia fazer o que bem entendesse no país. O PT se tornou o novo Príncipe de Machiavel, com a vantagem de estar com os cofres cheios de dinheiro para usos e abusos. O partido do governo se fundiu e confundiu com o Estado, com o governo, com a administração pública federal e com as empresas estatais. Como é fácil, na política, a vida dos endinheirados inescrupulosos! Foi em junho do ano passado, quando entramos na contagem regressiva para os jogos da Copa, que a ficha começou a cair e a nação passou a compreender o quanto haviam sido absurdos e abusivos os custos, os gastos, as exigências e as concessões feitas pelo governo petista. O escandaloso contraste entre o “padrão FIFA” e a realidade social do país, a tenebrosa situação do sistema de saúde e a péssima qualidade do ensino público, levou o povo às ruas nos protestos de junho de 2013. E produziu a impressionante reação popular ante a presença da presidente Dilma no jogo inaugural da Copa. No entanto, vale o alerta: no poder, o governo petista conta com o dinheiro de todos nós e nada - absolutamente nada! - sugere que vá arrepender-se, ou mudar de conduta. Para o PT, cair em si significa fazer mais do mesmo. E vem aí a outra “conquista” desse filho pródigo da ingenuidade nacional - os Jogos Olímpicos de 2016. O PT é um filho pródigo incorrigível, que precisa ser mantido a quilômetros de distância dos recursos públicos.
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ARTIGOS
A Copa e as eleições JORGE MORAIS Jornalista
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cenário político já está desenhado em relação às próximas eleições. Nacional, a queda nas pesquisas da presidenta Dilma Rousseff, candidata a reeleição, o crescimento de Aécio Neves, e a participação de Eduardo Campos dão uma demonstração clara que a eleição vai para o 2º turno e, caso isso ocorra, a campanha da Dilma não vai ser tão fácil como os petistas imaginam. Com quase cinco meses para a eleição, Dilma só ganha no 1º turno se Aécio desistir e Campos não empolgar e continuar com um discurso fraco, acreditando que Marina da Silva, sua candidata a vice, vai puxar os votos que conquistou na eleição passada, quando chegou a 20 milhões. Na época, Marina representava o novo e vinha de uma dissidência do próprio PT, onde contava com uma militância própria e defendia, e que ainda hoje defende um
projeto voltado para a preservação do meio-ambiente, seu primeiro e único discurso. Marina da Silva era na oportunidade, o voto de protesto de pequena parte do eleitor brasileiro de oposição ao Partido dos Trabalhadores, e cansado dos mesmos candidatos do PSDB, como o José Serra. Agora, o processo é outro. A presidente Dilma vem despencando nas pesquisas, o candidato do PSDB não é mais o Serra, e o terceiro candidato, o Campos, é quem vai garantir o 2º turno. É difícil ganhar, mais atrapalha os planos do governo em relação à conquista do voto para vencer no 1º turno. Como no 2º turno, todos os candidatos e partidos de oposição a Dilma Rousseff estarão juntos, a presidenta vive um momento ruim e, hoje, ninguém garante mais que a sua reeleição são favas contadas. Com isso, o PT já começa a criar um clima de terrorismo no país, e já está em campo a turma do ganhar a qualquer custo. Com certeza, os escândalos do mensalão, da Petrobras, da Eletrobrás e outros que devem estourar até as eleições, vão prejudicar
a campanha da Dilma, mesmo que ela continue fazendo assistencialismo com as muitas bolsas miseráveis distribuídas pelo governo. Além disso, o que poderia influir no resultado da eleição se o Brasil perder a Copa? Saindo do quadro nacional para a situação em Alagoas, a situação é um pouco diferente. Como na eleição para a Presidência da República, na eleição para o Governo do Estado também serão três candidaturas que despertam a atenção do eleitor. Benedito de Lira (PP), Renan Calheiros Filho (PMDB) e Eduardo Tavares (PSDB). Tanto para a presidência ou para o governo alagoano, os demais candidatos estarão, apenas, ocupando um espaço e oferecendo um palanque com outros objetivos, como é o caso do PSOL, com Mário Agra ao governo, e Heloisa Helena para o Senado da República. Hoje, as pesquisas apontam dois candidatos ao Governo de Alagoas com mais chances de vitoria: Renan Filho e Benedito de Lira. No entanto, não podemos desprezar a candidatura de Eduardo Tavares, o candidato do governador Teotônio Vilela Filho, que se
não contar com o apoio e os votos do funcionário público, deverá usar as ações do governo no interior para conquistar algum espaço político e levar a eleição para o 2º turno, onde apoiaria a candidatura de Benedito de Lira. A grande verdade é que os presidenciáveis Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos já estão com seus palanques montados, em Alagoas. Dilma no de Renan; Aécio no de Tavares; e Campos no de Lira, o Biu, que na convenção do seu partido, fechou acordo com o PSB, de Kátia Born e Alexandre Toledo, o PPS de Régis Cavalcante, e o PR do deputado Maurício Toledo, entre outros partidos menores, mesmo com a perda do PSD, de João Lira. Com a Copa do Mundo no meio do caminho, a campanha começa mesmo para valer depois das convenções partidárias e a copa, em julho. No momento só nos resta torcer pelo Brasil; que as manifestações de ruas virem “marolas”; mas é bom que fiquemos de olho, para que não se percam de vista os passos dos nossos e dos candidatos dos outros.
Em Alagoas há casos semelhantes: o dos Taturanas I e dentro em breve os Taturanas II. Até agora ninguém foi punido ou impedido de se candidatar. Os Deputados acusados do desvio do dinheiro público, receber altos valores de laranjas e comissionados, continuam soltos, inventando punições para ativos e inativos, tentando esconder o verdadeiro foco da questão. As eleições se aproximam e, até aqui, ninguém ouve falar que tais homens não vão poder se candidatar. Existe um que quer ser Conselheiro do Tribunal de Contas, onde irá fiscalizar as finanças do Estado e dos Municípios. Bela contradição: ¨quem já viu raposa tomar conta de galinheiro?¨ Em todos esses anos que convivemos com políticos, vimos fatos absurdos: pessoas que se candidatam e são pobres. Anos depois são ricos, donos de fazendas, frequentam restaurantes caríssimos, viajam para o estrangeiro sempre, levam a boa vida que o dinheiro oferece. Dizem que para se eleger Deputado Estadual, o candidato vai ter que gastar
3 milhões de reais. De onde virá tanto dinheiro? Quem vai fiscalizar a origem da ¨grana¨? O TRE verifica o que lhe é apresentado, mas nem sempre isso corresponde à verdade. No meio de tanta confusão, surge um maluco que recebeu dinheiro dos mensaleiros e resolve denunciar tudo: Roberto Jefferson ganhou um câncer e uma boa prisão. O STF tomou para si o caso dos mensaleiros (semelhante ao dos Taturanas) e Joaquim virou relator do processo. Lutou, gritou, esperneou e conseguiu condenar os culpados. Ainda mexeram, remexeram o caso, mas Barbosa venceu. Resultado: foi ameaçado de morte, perseguido por seus pares, por pessoas que tiveram seus interesses contrariados e não resistiu. Pediu para sair. Que pena! Já passei por tudo isto: fui rebaixada de cargo, tive meu salário cortado, recebi recadinhos para ficar quieta, mas enquanto puder, irei em frente. O Brasil só precisa de uma coisa: pessoas corajosas que queiram trilhar o caminho do bem. Fácil, não?
E lá se vão os Joaquins... ALARI ROMARIZ TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa.
A
notícia bombástica das últimas semanas é a aposentadoria precoce do Presidente do Supremo Tribunal Federal: Ministro Joaquim Barbosa. Li vários comentários e entrevistas narrando os fatos que levaram o moço a solicitar a inatividade onze anos antes da data fatal: a compulsória aos 70. Sentiu-se isolado entre os pares, recebendo ameaças de morte e entendeu que a sua luta seria inglória, isto é, ¨uma andorinha só não faz verão¨. Lembro-me de que quando Heloísa Helena foi Deputada Estadual, eu era Presidente do Sindicato da Assembleia e ela era praticamente, a única da oposição. Assisti, várias vezes, às manobras feitas pelos governistas para tirá-la de tempo. A jovem Deputada pedia vistas dos pro-
cessos, tentava evitar votações absurdas, mas perdia sempre. A maioria era esmagadora e obedecia fielmente ao Governador. Certa vez, havia um projeto de interesse da maioria e os Deputados ¨arranjaram¨ uma viagem para Heloísa. Quando ela voltou, percebeu a manobra, falou, gritou, mas era tarde demais. O idealismo no Brasil acabou, os políticos mudam de partido por puro interesse e quando aparece um Davi para lutar contra tantos Golias, percebe-se que é impossível. A luta do Ministro Joaquim como relator do processo dos mensaleiros e depois como Presidente do Supremo foi muito grande. Assisti a todas ou quase todas reuniões do STF no caso famoso dos políticos que se apropriaram do dinheiro público, formaram quadrilhas e outras coisas mais. Dava até dó ver alguns Ministros querendo reduzir penas, retirar acusações e ele lutando valorosamente para punir os culpados. O resultado não foi dos melhores, mas o Brasil nunca tinha visto políticos tão famosos irem parar na cadeia.
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GASTRONOMIA
Aos 43 anos, Bar da Pata é reconhecido pela mídia como um dos melhores de Maceió Além da famosa pata de uçá, Osvolúsia Pontes e Socorro Alves ampliaram o cardápio com o camarão da vó, receita herdada do Bar da Ostra MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com Dizem que a vida começa depois dos 40. Este adágio pode ser aplicado ao Bar da Pata que aos 43 anos vive um dos melhores momentos de sua existência. Mas nem mesmo sua fundadora, Osvolúsia de Andrade Pontes, a Lu, imaginava que aquele espaço, ainda sem nome, criado por sua mãe em 1973 para vender sorvete da Kibon e algumas cervejas se transformaria em um dos mais famosos e tradicionais bares de Maceió. O empreendimento não parou no tempo e está sempre inovando. Hoje, a tradicional pata de uçá divide espaço e fama com o camarão do bar da Ostra, inspirado na receita que é pastrimônio cultural de Alagoas, agora, batizado como camarão da vó em homenagem a Osvolúsia que ainda com 30 e poucos anos passou a ser chamada assim pelos clientes. As responsáveis pelo sucesso da dobradinha (caranguejocamarão) confessam que a receita de camarão servido por elas é a original e que precisaram usar lupa para decifrar os escritos. Com sorriso farto, se gabam que são as únicas a servirem o verdadeiro camarão do bar das Ostras. “Ás vezes surge um ciúme sadio quando um prato vende mais que o outro. A pata é o carro chefe da casa, mas o camarão vende bastante”, comemora Socorro, que é acompanhada por Osvolúsia. Natural de São Miguel dos Campos, Lu relembra que aos seis anos veio morar na capital, mas todos os
carnavais brincava na Terrinha. E foi nestas andanças que conheceu a também miguelense Socorro Alves que em 1976 veio trabalhar em seu bar e em seguida tempo depois se tornariam sócias. Tímida e de poucas palavras, Lu começou o bate papo um tanto retraída, mas ao falar de sua paixão pelo bar os olhos brilharam e a timidez deu lugar a uma mulher guerreira e orgulhosa do trabalho que abraçou. Prova disso é que mesmo sem ser sócia continua no bar. Aquilo ali é sua vida, seu tudo. Ele explica que o nome do estabelecimento foi sugestão dos clientes e que o carro chefe da casa, pata de uçá servida vinagrete ou ao molho da casa, surgiu por acaso. Ainda como uma sorveteria, um cliente tomava cerveja e ouviu o som de marteladas vindo de dentro da casa e quis saber do que se tratava. A mãe, dona Quitéria, disse que era a filha quebrando pata de caranguejo. O homem pediu para provar o crustácio, gostou e voltou no dia seguinte para repetir o feito. De lá pra cá não parou mais de frequentar o lugar, a notícia se espalhou e a fama da iguaria também. Sorridente e mais expansiva, Socorro fala da parceria e cumplicidade com Lú que se confunde com a criação do bar. Ela é só orgulho ao apresentar as diversas reportagens em que o bar da Pata foi a atração principal, os livros em que participaram e mostra várias molduras na parede com textos da Revista Veja onde foi eleito, por várias edições, como o lugar que tem a me-
Osvolúsia e Socorro se orgulham em servir desde 1971 a melhor pata de uçá de Maceió a uma clientela fiel que atravessa gerações
lhor patola de caranguejo. Foram notícia até na coluna do Anselmo Gois. “Finalmente, depois de tantos anos e batalha veio o reconhecimento”, comemorou Socorro. Ela fala do feito de duas mulheres tocarem o negócio há tanto tempo e conservar o ambiente limpo, acolhedor, com música de qualidade e uma clientela fiel que atravessa gerações. Ao assumir o negócio, Socorro diversificou o cardápio. Filé de agulha, codorna na manteiga, arroz de camarão, filé de camarão e salada figuram na lista dos mais pedidos. Parar, nem pensar. Elas dizem que estão cansadas, mas contam com a ajuda de colaboradores e familiares. E se falam que vão fechar as portas os clientes não deixam. Os boatos surgem, existem propostas de compradores, mas tudo não passa de conversa. Apesar do sucesso, elas se di-
zem triste com algumas mudanças no trânsito que vieram para causar transtorno. É que como a rua ficou sem estacionamento, muitos clientes sumiram por falta de espaço e até para não serem multados. Outra queixa é com a insegurança que por conta da violência trabalham assustadas e foram obrigadas a reduzir o horário de funcionamento. “Não temos mais medo porque a clientela nos protege”, desabafa. O diferencial da casa é que quando um cliente passa muito tempo sem frequentar o local, Socorro liga para saber o que aconteceu, diz das novidades e convida para retornar. Com tanto mimo não há quem resista. Não é a toa que o bar da Pata tem clientela fiel, das mais variadas profissões, que passa por várias gerações. Por este ambiente simples, acolhedor e de bom gosto já passaram milhares de pessoas. Anônimas ou
famosos todos levam a mesma impressão, além de voltar ainda trás outros clientes que terminam se apaixonando pelo bar e sua variedade de comidas e bebidas, recheados de uma boa música, todas da MPB. E fazendo um passeio pelo tempo, a proprietária relembra passagem das atrizes Tônia Carrero e Bruna Lombardi, o cantos Lindomar Castilho, entre outros. Mas durante as mais de quatro décadas de existências, o estabelecimento passou por vários processos. Em 2001elas resolveram acabar a sociedade e o bar do Bairro do Farol fechou suas portas, dando lugar ao Cantinho da Pata, na Jatiúca, sob a direção de Socorro. O novo espaço fez o mesmo sucesso, pois os clientes foram transferidos para lá. Em 2001/2002 Lu e Socorro resolveram voltar a sociedade e mais uma vez se fixaram no bairro do Farol. Tempos depois a sociedade acabou, mas a amizade não. No bar da Pata o cliente só tem o trabalho de degustar o caranguejo. É que as patinhas já vem quebradas, mas se o cliente preferir elas são servidas inteiras. O sucesso do prato é tanto que por semana são servidas até 1300 patolas. O segredo da especialidade da casa é guardado a sete chaves e as responsáveis pelo sucesso brincam que se desvendado perde a graça. Antes mesmo de vender seu peixe e convidar a mais pessoas para conhecer o estabelecimento, se enche de orgulho da clientela que tem e agradece aos amigos, é assim que os trata, por prestigiar o bar. Mas adianta que, como coração de mãe, sempre cabe mais um. Para conhecer a melhor pata de uçá de Maceió e o verdadeiro camarão do bar da Ostra basta se dirigir até o bar da Pata, na Rua Gonçalves Dias, 222, Farol- Maceió/AL. Aberto de terça a quinta-feira, a partir das 15h e sexta e sábado, das 11 até a madrugada. Telefone:(82) 3326-1024/9981-4396 e 8814-3596.
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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com
Segunda semana
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Copa do Mundo entra na segunda semana e os jogos acontecem com excelente nível técnico, conforme era esperado. No paralelo aos clássicos, ponto para o comportamento das torcidas e nota 10 para as Arenas construídas. O Brasil, apesar do empate na terça-feira, mantém as chances de alcançar a classificação.
Jogão de bola No clássico Brasil x México o placar de empate em 0x0 não era esperado pela torcida, mas uma vitória fácil também não. O empate foi um placar que não motiva desespero. O torcedor segue confiante em somar pontos contra Camarões, último rival da chave. E aí sim decidir a classificação para a fase seguinte.
Sem sentido É sem sentido a mídia jogar desconfiança agora sobre a qualidade da seleção. O México é como as demais que estão jogando a Copa. Está, a exemplo dos demais, taticamente bem montado e entre os 32 países que estão no Brasil. Torcer é importante, mas sem fanatismo.
Segundo sufoco Na terça-feira o Brasil voltou aos gramados. Foi jogo mais difícil que o da estreia contra a Croácia e placar favorável de 3x1. A seleção do México, veterana também neste torneio, foi adversário difícil.
Outro lado A Fifa liberou no sábado, 14, documento em que relata não ter solicitado nenhum pedido para isenção de impostos para patrocinadores e fornecedores. Esclareceu como sem sustentação também informações dando conta de não haver gasto nada nos preparativos desta Copa.
Sem expediente
Sem exigência Informação divulgada em caráter oficial pela entidade: “A Fifa não faz nenhuma exigência de isenção geral de impostos para patrocinadores e fornecedores, nem para nenhuma atividade comercial no país-sede.” Revela em sequência que cobriu todos os custos da Copa, montante em torno de R$ 2 bilhões. Conclui: “Não aceitamos nenhum dinheiro público para isso”.
E concluindo “ Rebate também informações envolvendo o nome dela na construção dos estádios. “A Fifa não exige que um país tenha de construir 12 estádios nem diz como eles devem ser projetados (...) cada país-sede tem de decidir se quer usar oito, dez ou 12 estádios. O Brasil optou por 12”.
Do torcedor Finda as primeiras semanas de Copa do Mundo, torcedores dizem não haver enxergado nesta Copa nenhuma seleção inocente. Referência teve a ver com o nível técnico dos jogadores de países que brasileiros, inclusive a mídia, se habituaram a tratar como “presas fáceis” no futebol.
“Gustavo Feijó agiu certo suspendendo as atividades na Federação Alagoana de Futebol até 14 de julho,” disse Carlos Oliveira em e-mail. Do argumento: “O Brasil não sediava uma Copa há 64 anos”. E concluindo lembra ser o futebol uma paixão nacional. “Assisto os jogos uniformizado”, disse.
Galo otimista
Em entrevista Felipão, após o empate com o México e que manteve o Brasil estável na classificação, definiu o clássico como bem disputado e que a seleção usou o mesmo sistema tático de jogos anteriores. Acrescentou: “Precisamos entender que o time mexicano tem qualidade técnica e um sistema de jogo muito bom”.
Outra definição Assembleia na sede da FAD, dia 6 último, manteve os jogos das semi-finais da 2ª Divisão pelo sistema eliminatório, as equipes divididas em duas chaves e o jogo final acontecendo entre as primeiras de cada grupo. Ou em miúdos, no mesmo estilo dos anos anteriores.
Segunda divisão Abertura do campeonato estadual da 2ª divisão está definida para acontecer no dia 13 de setembro. Estão inscritos 8 clubes divididos em duas chaves. Na A jogam Ipanema, Dínamo, São Domingos e Sete de Setembro. Na B: Santo Antônio, São Luiz, Palmares e Desportivo Aliança.
Na Pajuçara torcedores repõem a confiança no Galo para a reta final de classificação na Série C, onde já se posiciona no G-4. A reação após ter Ademir Fonseca no comando técnico está nos números da tabela de pontuação, jogos da primeira fase
Fim do descanso No ASA e no CRB as diretorias aprontaram agenda da trabalho para o retorno dos jogadores. visando jogos da Série C. Planejamento foi montado com base na agenda da CBF, de jogos a partir da segunda quinzena de julho. O Galo pega o Marabá em Cuiabá e o alvinegro o Treze da Paraíba em Arapiraca.
FRASES “Acho que o empate não foi mau resultado” Bernard, da seleção brasileira
“Foi o melhor jogo da minha vida” Ochoa, goleiro do México
“Não podemos tirar a qualidade do goleiro deles” Rafael Marques, do Brasil
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Aplicativos facilitam vida da população Ferramentas de interação por meio do colelular ganham cada vez mais adeptos em Alagoas em quatro meses por meio de consultas feitas pela população - o Ministério da Justiça lançou, na quinta-feira (24), esse novo módulo. A expectativa é que o serviço ajude a dar mais segurança à população e evitar a impunidade. Por meio do aplicativo, qualquer pessoa pode saber se um cidadão está sendo procurado pela justiça e pela polícia. Trata-se de um cadastro com 352 mil mandados de prisão, pelos mais variados delitos, que aguardam cumprimento. Para consultar, é só baixar o aplicativo Sinesp Cidadão, escolher o módulo Consulta a Mandados, e digitar dados de alguém. Pode ser o nome da pessoa, o nome da mãe dela (ou genitora, como o software sugere) e os números de algum dos seus
REDAÇÃO
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ada vez mais a conexão entre o mundo virtual e vida real é visível, graças a aplicativos que têm facilitado a vida da população. Um deles, lançado em Maceió foi o “Acolhedor”, que oferece informações sobre grupos de autoajuda, clínicas de reabilitação e comunidades acolhedoras para dependentes químicos. Mas há aplicativos para parar de fumar, a fugir das dívidas, a chamar taxi e até para dormir. Válido para todo o Brasil, o “Acolhedor” pode ser acessado em www.acolhedor.com.br. Segundo o idealizador da ferramenta, o administrador de empresa e estudante de jornalismo, Bispo Filho, “onde houver possibilidade de levar informação e conhecimento sobre ajuda, sobre prevenção às drogas e sobre oportunidade de tratamento, vamos atuar, vamos estar presentes”, garantiu. O aplicativo Acolhedor conta com a parceria de 16 estados brasileiros, mas a meta do idealizador é atingir todo o País. Já são mais de 2 600 comunidades terapêuticas filiadas no Brasil. Incluisve, na próxima semana a equipe terá uma reunião, em Brasília, com representantes da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça. “A ideia surgiu porque muitas pessoas com problemas de dependência química em casa não sabiam onde encontrar ajuda. Com o apli-
documentos: RG, CPF, título de eleitor, passaporte, certidão de nascimento ou casamento, carteira profissional, PIS PASEP, entre outros. No caso de nomes iguais ou semelhantes, é possível refinar a busca, com detalhes como órgão expedidor do documento consultado, ou o número do processo ou mandado referente àquela pessoa. Quando o nome é localizado entre a relação de mandados de prisão em aberto, o aplicativo informa mais detalhes, como apelido do cidadão procurado, sua nacionalidade ou data de nascimento. Ao identificar um mandado referente a alguém, é só acionar a polícia através do 190 para que ela localize a pessoa e cumpra o mandado de prisão.
Celulares oferecem facilidades para conseguir taxi, mandados de prisão e até sobre onde buscar ajuda contra drogas
cativo, muitas têm acesso, mas pedem para não divulgar o nome por medo de ter o parente identificado como dependente”, disse Bispo Filho que comemora o sucesso da ferramenta. E o que dizer do módulo do Aplicativo Sinesp Cidadão que permite consulta a mandados de prisão? É que depois do sucesso do módulo CheckPlaca - com mais de 1,2 milhão de downloads e 33 mil veículos recuperados
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MEIOAMBIENTE
O governo deve instituir em breve a Política Nacional de Florestas Plantadas no âmbito do Ministério da Agricultura. Entre as ações previstas estão investimentos em pesquisa, assistência técnica e extensão rural, além de crédito exclusivo para fomentar a prática.
Passeio Ciclístico
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Mudança climática As espécies de pinguins da Antártica, que no passado se beneficiavam da elevação as temperaturas, agora estão em declínio porque o aquecimento avançou demais, afirmaram cientistas na quinta-feira (12). Estudos científicos anteriores não haviam conseguido determinar o declínio das populações de pinguins-de-adélia e de pinguins-antárticos, enquanto a de pinguins-de-papua aumenta.No novo estudo, biólogos afirmaram que todas as três espécies se expandiram depois da última Era do Gelo, que terminou por volta de 11 mil anos atrás, mas as temperaturas em elevação vistas hoje estão ameaçando sua fonte de alimentos.
Ursos panda
Barreira de Corais A Austrália anunciou na quinta-feira (12) estar confiante de que a Grande Barreira de Corais conseguirá evitar um rebaixamento como local do Patrimônio Mundial, depois que um novo informe demonstrou que os poluentes que contaminam a água foram significativamente reduzidos. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tinha alertado que sem uma ação sobre a qualidade da água e com o desenvolvimento costeiro, o recife, que cobre uma área quase do tamanho do Japão, seria declarado “Patrimônio Mundial em Perigo”.
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Florestas Plantadas
ambiente@novoextra.com.br
elo menos duas toneladas de alimentos deverão ser doadas para instituições de caridade localizadas em Maceió. Eles foram doados pelos milhares de ciclistas que se inscreveram no Passeio Ciclístico realizado no ultimo domingo pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA). O evento faz parte do calendário de atividades do Mês do Meio Ambiente. Cerca de 2500 pessoas participaram do Passeio e deram um colorido especial ao domingo e à programação comemorativa ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Para fazer a inscrição e ganhar a camiseta e o boné do evento, a maioria dos ciclistas doou, cada um, um quilo de alimento não perecível para ser entregue para instituições de caridade. Em anos anteriores foram contemplados abrigos de idosos e de crianças, além de um casal que adotou mais de 20 crianças.
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As autoridades chinesas mostraram o cartão vermelho para a ideia de uma equipe de ursos pandas ser usada para prognosticar os resultados das partidas do Mundial do Brasil, informaram à AFP os cuidadores dos animais.”As autoridades impediram os prognósticos dos pandas”, indicou o porta-voz do centro chinês para pesquisa e preservação dos pandas gigantes, sem dar mais detalhes do por que desta decisão.
Salvar os oceanos O secretário de Estado americano John Kerry pediu na segunda-feira (16) o desenvolvimento de uma estratégia global para salvar os oceanos, dizendo que todo mundo tem uma responsabilidade compartilhada na proteção dos mares, que cobrem 75% do planeta.”Vamos desenvolver um plano para limpar os oceanos para as futuras gerações e proteger a vida no mundo”, afirmou Kerry ao inaugurar uma conferência de líderes mundiais, cientistas e industriais.
Poluentes de carros Uma nova edição do Inventário Nacional de Emissões de Veículos, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente, referente a 2012, apontou queda nas emissões de gases provenientes de automóveis, motos, caminhões e ônibus, como o monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (NOx), mesmo com o aumento da frota no país. Na comparação com o dado de 2009, ano da primeira edição do levantamento, a frota do país subiu de 38,4 milhões de veículos para 48,7 milhões.
Negociação climática As negociações da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima tiveram um pequeno progresso no sábado (14) em direção a um texto para um acordo em 2015 que una todos os países para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa. O debate, que estava se encaminhando para um desfecho neste sábado, atraiu cerca de 1.900 diplomatas de 182 países até Bonn, na Alemanha.
Reserva do Taim Um imenso banhado a perder de vista. A Estação Ecológica do Taim fica no extremo sul do Rio Grande do Sul, entre os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.A área de conservação funciona como um corredor para aves migratórias que vem sul do continente e do Hemisfério Norte, e é também a casa de muitas espécies como biguás, cisnes, tarrãs, carcarás.Ao todo são 230 espécies de aves que circulam ou vivem nessa planície. E elas não estão sozinhas. Capivaras, jacarés do papo amarelo, tartarugas tigre d’água e o graxaim são facilmente vistos pela área de preservação.
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S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO
Muita conversa
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Em Maceió piora a cada dia a segurança do pedestre ao caminhar pelas calçadas. A desatenção já é comum até em prédios públicos, com veículos chapa preta e branca estacionando também sobre calçadas ou sob placas proibitivas. Daí uma pergunta: “Quem na cidade cumpre lei?”
Na nova semana é aberta contagem regressiva para partidos decidirem coligações e agilizarem o registro de chapas na Justiça Eleitoral. Vencidas essas etapas ficam liberados para botarem blocos nas ruas antes do “Guia Eleitoral” na televisão e no rádio. Uma chatice.
Na calmaria Entre eleitores ainda não atrai interesse conversas sobre candidaturas às eleições de outubro, proporcionais principalmente. Do memo modo e longe de épocas anteriores, as convenções acontecem sem merecer atenção até da mídia. Prazo de realização expira no fim deste mês.
Perguntas
Eduardo Fernandes é o presidente da Associação dos Funcionários da Ativa na Assembleia Legislativa (ASSALA). Dione Camerino Câmara é a presidente da Associação dos Aposentados da ALE, cargo ocupado até recentemente por Manoel Lira.
Prenúncio A campanha de governador em Alagoas espalha entre eleitores uma dúvida: quem dentre os três candidatos lançados ao Governo de Alagoas pode ser visto como “cara nova” na política: Renan filho ou Eduardo Tavares?
Curiosidade O PMDB, liderado em Alagoas por Renan Calheiros, sinaliza que vai estar no palanque com Dilma Rousseff, candidata a reeleição. O PSDB de Eduardo Tavares fica com Aécio Neves como oposição ao Planalto. E Benedito de Lira, do Partido Progressista (PP) terá quem ao seu lado?
A Justiça Eleitoral elaborou manuais para orientar partidos e candidatos no uso financeiro nas eleições. Um é sobre aplicação financeira e outro uma cartilha para prestação de contas. Mais informações na Seção de Contas Eleitorais Partidárias (SCEP), na sede do TRE.
Abuso nas ruas
Reta final
Esclarecendo
Aida Barros de Brito lançou na primeira quinta-feira deste mês, solenidade no Espaço Cultura Pierre Chalita, o seu primeiro livro. Título: “De repente, no Céu.” Foi escrito em memória do irmão (Ricardo) e prefacio de Divaldo Suruagy. Quem tem o livro recomenda a leitura.
Cartilha de campanha
andidatos ao governo de Alagoas estão definidos. Vão ser Benedito de Lira, Renan Filho e Eduardo Tavares. Outro que aparecer poderá até se tornar zebra, mas acreditar nisso nos tempos de hoje e em uma eleição majoritária é acreditar em milagre.
O PP com Benedito de Lira e o PSDB tendo Eduardo Tavares como candidatos ao Governo de Alagoas, os partidos de suporte a Dilma Rousseff, o PT na frente, vão montar frente de campanha com uma candidatura majoritária “puro sangue”?. A curiosidade foi em conversa de eleitores.
“De repente no Céu”
Mesários O Tribunal Regional Eleitoral já deve começa a nomear voluntários para trabalho nas mesas receptoras para as eleições em primeiro turno e, em sendo necessário segundo turno também. A convocação está prevista na Resolução nº 21.726/2004 - Programa Mesário Voluntário.
Para se informar Para inscrição no Programa Mesário Voluntário o cidadão deve procurar o cartório eleitoral da sua cidade. Outra opção é se informar no site do Tribunal Regional Eleitoral do Estado em que mora. Pode também, querendo, ir para o site do TSE e entrar no “Canal do Mesário”.
Mais falatório Da armação dos palanques para outubro, na contenda dos grandes, puxa curiosidade também a divisão dos partidos denominados, mas de difícil identificação, de “esquerda, de direita” ou está em “cima do muro”.Questão foi levantada em uma conversa entre políticos.
Pauta de campanha Eleitores em conversa apontaram para Educação, Segurança Pública e Saúde como temas mais prováveis de uso na campanha das eleições de outubro. Mas dentre os que opinaram foi forte também contestadores citando frase de Chico Anísio: “Depois de eleitos o povo que exploda”.
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ALTARODA
FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br
Janelas oportunas
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ssa verdadeira novela em que se transformaram os acordos automobilísticos entre Brasil e Argentina dentro do Mercosul completou mais um capítulo. Agora, outra solução-tampão, por um ano, até julho de 2015. Foi renovado o estranho regime chamado de “flex”, imposto pelos argentinos, que condiciona os volumes de exportação e importação, em dólares, na proporção de 1,5 para 1, para ambos os lados. Antes era de 1,95 para 1, mais favorável ao Brasil pelo próprio mercado. Nos últimos anos, os carros brasileiros ocuparam de 45% a 50% do mercado argentino e os veículos provenientes de lá ficaram com algo entre 10% e 15% das vendas aqui. Se houvesse livre comércio, conforme previsto desde o início do Mercosul, há 23 anos, muitos desgastes de parte a parte teriam sido evitados. Já existe uma razoável complementação indus-
pitstop
trial, pois modelos compactos concentram-se no Brasil e os médios na Argentina, com raras exceções. Desequilíbrio existe na indústria de autopeças, mas isso tem a ver com as escalas de produção muito maiores no nosso caso. Tal cenário não vai mudar, apesar de todas as pressões do país vizinho. Devese notar que o Brasil também pratica, em menor escala, protecionismo regional: programa de isenção de impostos para taxistas começou em 1995 (Mercosul, 1991), porém sempre foi e continua vedado aos veículos da Argentina. Só recentemente pessoas com necessidades especiais, igualmente isentas de impostos, tiveram acesso a modelos argentinos. No entanto, abrem-se janelas oportunas. Neste segundo semestre o Mercosul deve, finalmente, assinar acordo com a União Europeia e estabelecer um prazo de 15 anos para
RODA VIVA eliminação gradual de todas as barreiras de cotas e impostos sobre veículos. Realmente uma grande notícia porque consolidará, em nossa região, o processo corrente de atualização tecnológica dos produtos. Segunda janela: encerra-se, em março de 2015, o período de três anos de cotas de importação do México, restabelecendo o livre comércio interrompido em 2012. Assim, ficaria insustentável tentar um novo adiamento de abertura incondicional das fronteiras de Brasil e Argentina, no próximo ano. Existe até possibilidade de estabelecer um regime industrial conjunto que tentaria melhorar as condições de exportação de ambos. A coluna acredita que dependerá de resultado das eleições, aqui e lá, pois caso as oposições vençam há visões diferentes sobre intervenções em excesso na economia.
Interessante observar a convergência de preços dos veículos nos dois países. Historicamente os impostos eram mais baixos na Argentina, porém um tarifaço recente (concentrado em modelos caros) acabou por contaminar todos os produtos. Basta ver que o VW up!, lançado esta semana na Argentina, parte do equivalente a R$ 30.900 contra R$ 27.000 aqui. Mesmo com IPI cheio, previsto só para o final do ano, ainda assim sairá mais caro lá porque motores de um litro têm imposto menor no Brasil. Já modelos com motores acima de um litro apresentam preços, hoje, praticamente alinhados. Dessa forma, conjugam-se os astros para que Brasil e Argentina parem de se desentender e façam funcionar, depois de mais de duas décadas, o almejado livre comércio sem desconfianças e rusgas.
TESE exposta em entrevista recente de Carlos Ghosn: “Abrir fábricas focadas em exportação é coisa do passado”. Para o executivo-chefe da aliança RenaultNissan, disputar participação nos países de mercado promissor, como os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), torna mandatório produzir localmente. Explica, de fato, o porquê de tantas fábricas aqui.
sil são altíssimos, o que leva a concluir que os preços mais baratos são resultado também de uma margem menor dos produtores e revendedores. A consultoria usou como comparação dos preços nos países o tanque da uma van Transit, da Ford. Encher o tanque da Transit com gasolina no Brasil custa US$ 102,73, quase a metade do preço na Dinamarca. Se o combustível for o diesel o custo de encher o tanque da Transit no Brasil é de US$ 89,60, representando
menos de metade do custo no Reino Unido, país onde o preço do diesel é o mais elevado. Para os analistas da UHY, o grande volume de petróleo produzido no Brasil ajuda a manter os preços do combustível baixos. Em muitos países os altos impostos são usados para estimular o uso de combustíveis alternativos, que podem ser uma opção comercial ao petróleo e também para reduzir as emissões de poluentes. Porém, também para o GNV - Gás Natural Veicular, uma alternativa mais ecológica à gasolina e ao diesel, o imposto no Brasil é menor que em outros países: 27,2%. Segundo o estudo, a maioria das economias emergentes tem níveis consideravelmente mais baixos de tributação sobre o combustível do que as economias desenvolvidas.
DEPOIS de três anos, Chevrolet Camaro conversível estreia por R$ 239.900. Mercado é pequeno: cerca de 10% das vendas de 100 unidades/mês do cupê. Capota aberta o deixa atraente, próximo do modelo original de 1996. Motor V-8/406 cv lida bem com 126 kg de reforços. Faltam bom isolamento térmico do console central e ar-condicionado digital.
Brasil tem um dos combustíveis mais baratos do mundo
Custo de produção e impostos são mais baixos que a maioria dos países desenvolvidos, mostra estudo da UHY consultoria.
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e você reclama dos preços altos dos combustíveis no Brasil, cuidado ao viajar ao exterior. Não estou falando da Venezuela, onde com “cinco moedas” você enche o tanque, mas da Europa, onde os preços da gasolina e do diesel são muito mais altos que no Brasil. Comparado com as principais economias do mundo, o Brasil tem um dos menores preços na bomba de gasolina e o custo do diesel chega a ser o mais
baixo de todos os países, conforme estudo divulgado pela consultoria UHY, com sede em Londres e presente em 87 países e representada no Brasil pela UHY Moreira. Os especialistas concluíram que o imposto dos combustíveis no Brasil é mais baixo que em outros países. Reino Unido, França e Alemanha cobram impostos de pelo menos 60% na gasolina, enquanto no Brasil é 35,6%. Observe que, mesmo assim, os impostos no Bra-
AVALIAÇÃO simultânea das duas versões do Audi A3 sedã (1,8 L/180 cv e 1,4 L/122 cv) convence: versão de motor menor apresenta ótimo equilíbrio entre preço (R$ 94.900), desempenho (torque elevado proporcionado pela combinação turbo/injeção direta) e nível de equipamentos de série. Espaço no banco traseiro é ponto fraco, mas prazer ao dirigir compensa. PROGRAMA Brasileiro de Etiquetagem Veicular tem pormenor importante. À medida que os carros melhoram consumo de combustível, em determinada classe de nota, é difícil não ficar para trás, se o fabricante deixar de agir. Assim, médias móveis impõem competição constante. No final do ano, novas exigências de emissões também poderão mudar classificações atuais.
PREVISÕES apontam 300 milhões de carros compartilhados no mundo em 15 anos. Algo em torno de 15% a 20% da frota global. Ao entusiasmo atual, porém, se somam tropeços que atrapalhariam as projeções. Na Inglaterra, por exemplo, o programa Car2Go, do pequeno smart, não deu certo e se encerrou.
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Os Deuses do futebol JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br
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u não sou nenhum bruxo, não sou profeta, espírita ou advinho, apenas, tenho os pés no chão e sou otimista sem exageros. Até os meus sonhos são possíveis de serem realizados, pois, conheço as minhas limitações. Rezo e nas minhas orações, tenho tido bons resultados, pois, não peço o que vejo como impossível ou até mesmo dificílimo. Nos últimos artigos que escrevi, falei nas decepções que já tive em Copas do Mundo, tudo por causa do otimismo exagerado nos nossos Técnicos, Cartolas, Jogadores e Comentaristas Esportivos. Depois de 19
Copas do Mundo que já tivemos, ganhamos, apenas, 5 Copas. Eu jogava futebol, porém, minhas qualidades de jogador, não eram das melhores. Cheguei a jogar na “seleção” de Mata Grande, como ponta-esquerda, por ser difícil encontra alguém que chutasse com o pé esquerdo, como eu. Mesmo com as minhas deficiências futebolísticas, sempre gostei de assistir às Copas do Mundo, com bandeiras, camisas, enfeites em casa, vinhos e cervejas. Hoje, é dia 17 de junho, quando às 18 horas, acabamos de assistir ao jogo do Brasil contra o México, quando houve o empate de zero a zero. Como já disse nas primeiras linhas acima, já sofri decepções e, esta última deixou uma grande lição, pela falta de humildade do Técnico, dos Jogadores, dos Comentaris-
tas Esportivos, dos Jornalistas, Radialistas e, até dos Brasileiros. Nesses artigos, vocês devem estar lembrados que eu falei nos 23 jogadores, dos quais, somente 4 jogam no Brasil, quando ganhando fortunas, sem nenhum patriotismo. Cheguei a chamá -los de “mercenários do futebol”. Falei no “Felipão” endeusado por todos e como se fosse o “deus dos técnicos”, o imbatível. Pois bem, parece que eu estava certo, com a falta de humildade, pois, só falavam na Copa das Confederações, no ano passado, quando o Brasil ganhou. Falavam nas vitórias que já tivemos contra o México, como se o futebol vivesse só do passado e como se cada minuto de uma partida fosse igual em todos os jogos. Ora, cada jogo é diferente dos demais, pois, se não fosse, só era repetir os Técnicos e os
Jogadores e em todas as partidas eles seriam vitoriosos. Os jogadores se deslocam nos gramados nas suas posições, segundos a segundos, portanto, se quisermos repetir uma jogada, elas sempre são diferentes em cada momento do jogo. Se não fosse assim, um Técnico jamais perderia uma partida. Lições de humildade serão necessárias. O Brasil já foi Campeão do Mundo por cinco vezes, porém, já voltou humilhado, também, várias vezes. Não vamos viver só do passado. Os outros países já aprenderam a jogar futebol como o Brasil e, às vezes mais do que nós, como temos assistido. Humildade........ Em tempo – Agradeço ao meu ex-aluno de Física, Petrônio Barbosa pelos elogios dados aos meus escritos.
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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com
Arapiraca
Direito de resposta
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rezado Roberto Baia. Cabe esclarecer que as informações publicadas na sua coluna, em relação ao meu nome, não são verdadeiras. A participação do vereador, Júlio Cezar, no impasse envolvendo as 22 famílias que residem na área pública onde será construído o polo industrial tem o objetivo de ajudar, integrando esforços e buscando uma solução compartilhada para esse problema. Também não procede que estou sendo usado pelo governo, como interlocutor, apenas tenho procurado manter a sociedade, as famílias atingidas e a imprensa informadas do trabalho da comissão parlamentar, formada pelos vereadores: Fábio Targino, Sérgio Passarinho, Sheila Duarte e Júlio Cezar, visando o acompanhamento e da mediação caso. A comissão parlamentar, criada após sugestão deste vereador, também pediu que a secretaria municipal de Infraestrutura realizasse o levantamento topográfico da área, bem como, a secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social realizar o cadastro social das famílias que residem naquela área. Demonstrando o nosso compromisso e preocupação, também provocamos e participamos de várias reuniões, inclusive com a participação das famílias. A Procuradoria Municipal e a Defensoria Pública de Alagoas também estão trabalhando no caso. Todavia, queremos e torcemos que seja encontrada uma solução para esse impasse, pois o município não pode prescindir do seu polo industrial, em função da importância dele para o desenvolvimento da cidade, geração de riqueza, emprego e renda. Quanto ao “falante”, vou continuar comunicativo, proativo e interagindo com a sociedade porque este é o caminho para tornar pública nossas ações e prestar contas à população.
Para dar mais incentivo no comércio e aquecer as vendas, a Prefeitura de Arapiraca lançou na segunda-feira (16), a 6ª edição do concurso “Minha Loja, Meu Arraiá”. O evento ocorreu no projeto Cultura na Praça, que acontece todas as segundas-feiras na Praça Luiz Pereira Lima, “antiga Praça da Prefeitura”, bairro do Centro. A entrega da premiação também será no local no dia 4 de julho.
Premiações Haverá premiações às lojas mais bem ornamentadas e também aos melhores vendedores nas categorias de microempresas e empresas de pequeno, médio e grande porte, estando até o fim do mês as inscrições abertas. Esta edição é uma realização da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Serviços (Semics) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Arapiraca, com patrocínio da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomercio/AL), Sindicato dos Lojistas de Arapiraca (Sindilojas), Colégio Monteiro Lobato e Grupo São Tiago.
Eleições 2014 O deputado federal Renan Filho (PMDB), pré-candidato ao governo de Alagoas pela Frente de Oposição, reuniu-se durante toda a manhã desta segunda-feira, 16, com as lideranças das pessoas com deficiência. Ouviu, no encontro, as principais demandas desse numeroso segmento da sociedade alagoana.
Convite Renan Filho atendeu a convite da deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB), e debateu com representantes de associações e outras entidades que representam pessoas com os mais diversos tipos de deficiência em Alagoas.
Olho no olho Conversando olho no olho com as pessoas, Renan Filho ouviu seus dramas e experiências. Surdos, autistas, cegos, pessoas com deficiência motora e demais explicaram ao pré-candidato a governador os problemas que cotidianamente sentem. Em Alagoas, de acordo com o IBGE, 27% da população tem pelo menos um tipo de deficiência.
Lideranças O procurador de Justiça Eduardo Tavares, pré-candidato do PSDB ao Governo do Estado, esteve reunido na noite de segunda-feira (16) com cerca de 300 lideranças do complexo habitacional Benedito Bentes, em Maceió, para debater propostas e sugestões de melhorias para a vida dos mais de 220 mil habitantes da região.
Grupos cuturais A II Oficina Comunitária de Lideranças de Maceió foi dividida nos temas Meio Ambiente, Saúde, Educação, Segurança Pública, Habitação, Mobilidade Urbana, Esporte Lazer e Cultura. Cada grupo de trabalho elaborou uma pergunta para ser respondida pelo précandidato. Também se apresentaram os grupos culturais que integram o Centro Cultural e Educacional do Benedito Bentes (CCEBB), como o grupo teatral LCD, o coco de roda Catolé e a Banda Fanfarra.
PELO INTERIOR ... O município de Penedo vai sediar, neste sábado (21), das 8h às 18h, no Colégio Diocesano, o Workshop One Day Coaching, evento destinado a pessoas que buscam uma melhoria na qualidade de vida, têm dificuldades nos seus relacionamentos, consideram que a vida está bem, mas que podia estar melhor e ainda querem desenvolver suas competências rapidamente. ... O evento vai proporcionar aos participantes experimentar ferramentas, técnicas e dinâmicas de Coaching, fundamentadas em diversas áreas de conhecimento como Programação Neurolinguística, Psicologia, Neurociência, Administração Estratégica, Pensamento Sistêmico, Linguagem Ericksoniana entre outras áreas comportamentais. ... O Prefeito de Anadia, José Augusto, entregou na última quinta-feira, 12, os certificados aos 123 vigilantes que fizeram a capacitação ofertada pelo município. Na solenidade, que contou com a participação de vereadores, secretariado municipal e autoridades, também foram entregues os novos fardamentos. ... Ministrado pelo tenente Maurício Xavier, o curso incluiu técnicas e táticas especiais para que os profissionais possam praticar no dia-a-dia de trabalho. ... “O Prefeito José Augusto viabilizou esta oportunidade, pois entende a importância de prepará-los para cuidarem do patrimônio da população. Os vigilantes puderam entender que a rotina é o inimigo número 1 de qualquer profissão, portanto, a capacitação tornou-se uma oportunidade para assimilar e repensar alguns conceitos”, disse. ... A “Carta de Palmeira” apontando as prioridades nas áreas da segurança e drogas para a cidade de Palmeira dos Índios, elaborada após audiência pública, realizada pelo vereador Júlio Cezar, no último dia 06 junho, com relatoria do vereador Sérgio Passarinho, foi lida durante sessão na Câmara Municipal para conhecimento e aprovação dos vereadores palmeirenses. ... O documento, que teve como relator convidado o vereador Paulo Sérgio, faz um apanhado das sugestões debatidas durante a audiência pública, tanto dos debatedores como dos participantes, além dos vereadores Joelma Toledo e França Junior. ... “Não podemos ficar em cima do muro, temos que tomar posição, logo, estamos do lado da sociedade” comentou, Júlio Cezar. ... Ainda de acordo com o vereador, Júlio Cezar “a ideia é promover uma grande mobilização a partir deste documento, mostrando de forma legítima as reivindicações da sociedade palmeirense que pede paz e ações efetivas para fortalecer o trabalho da polícia, combater a violência e o avanço das drogas”. ... Aos leitores da coluna desejamos um final de semana cheio de paz e saúde. Até a próxima edição. Fui!!!!
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REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com
Ganhando sem trabalhar
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empreguismo no serviço público é uma praga milenar. Vem da Idade antiga, passando pela média e chegando a contemporânea. É o “dando que se recebe” enraizado e onde todos querem tirar proveito da imensa maioria que paga seus impostos, sustentando a máquina pública em proveito de uns privilegiados. Por mais que se tente, o governo não consegue acabar, exatamente porque se elegem comprando votos e dando emprego aqueles que não querem trabalhar, só querendo mesmo receber o salário no final do mês. Isso é revoltante para os próprios servidores públicos que ingressaram através de concurso e muitas vezes, recebem menos do que aqueles que não dão expediente, mas possuem o poder da troca de favores ou são parentes dos políticos. A banalheira se expande a cada ano eleitoral nas três esferes da União, Estados e municípios. E mais: o dinheiro é desviado, indo direto para a conta bancária dos gestores públicos. Alguns chegam a perder o mandato ou cargo, chegam a ser presos, mas soltos em poucos dias. Infelizmente é assim e nunca vai acabar.
O outro lado Esquecendo essa vergonha nacional, os que realmente trabalham para ganhar seu salário, devem acima de tudo entender o verdadeiro significado de sobreviver economizando ao máximo, pesquisando preços e reservando uma parte do dinheiro para a caderneta de poupança. Agindo assim, terá uma vida digna, tranquila e sem endividamento.
Só à vista Quem já passou pelo constrangimento de sempre receber cobranças, quitando todo o débito, tem que jurar nunca mais comprar a crédito, sabendo que os juros cobrados são elevados, aliado ainda a taxas diversas e multas. Comprando só à vista, vai ter descontos, sobrando dinheiro para as despesas do dia a dia e o lazer. Tudo deve ser feito com cautela, sem pressa e consciente do verdadeiro valor do dinheiro que recebe.
Inflação Ela vem crescendo desde o início de 2014 e deve encerrar em mais de 7%, o que significa um porcentual elevado, levando em consideração os anos anteriores, desde o início do Plano Real, em 1994. Isso se deve a queda na produção industrial, a alta do dólar e os juros altos. Portanto, o consumidor tem que seus hábitos, procurando consumir o necessário e sempre pesquisar preços.
Evitando Cheque especial, cartão de crédito parcelado e compras pelo carnê, além é claro de empréstimos de longo prazo e os agiotas. Tudo que envolva crédito, simplesmente para consumir, é prejuízo. Compre só exclusivamente à vista e tenha uma reserva financeira, para quando quiser algo novo (eletroeletrônico, móveis, etc.) pagando em espécie e com um bom desconto.
Sem exageros Repito o que disse na edição antrior: não exagere nos gastos com a Copa do Mundo e os festejos juninos. Festeje com cautela e em casa mesmo. Nada de gastos em bares e usando cartão de crédito. Mantenha suas despesas fixas pagando tudo à vista.
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