ELEIÇÕES
Pleito de 2024 servirá de prévia para eleição majoritária de 2026
Com a cadeira de governador do Estado e duas vagas de senador em jogo, o pleito de 2026 será o mais disputado da história de Alagoas. Arthur Lira, Renan Calheiros e JHC serão os principais protagonistas. 2
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RIO LARGO
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1- As eleições municipais do próximo ano servirão de prévia para o grande embate eleitoral a ser travado em 2026. Com a cadeira de governador e duas vagas de senador em jogo, o pleito terá tudo para ser o mais disputado na história de Alagoas.
2- Com Fernando Collor fora de combate, a disputa pelo comando político do estado se dará entre o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, e o senador Renan Calheiros. Outros candidatos entrarão na arena, mas na condição de figurantes.
3- Impedido de pleitear a reeleição, Paulo Dantas comandará a sucessão com apoio da Assembleia Legislativa sob a liderança do deputado Marcelo Victor, aliado dos Calheiros. Mas o peso eleitoral do governador dependerá do sucesso de sua gestão.
O deputado Arthur Lira mal teve tempo de comemorar a decisão do STF que o tornou ficha limpa. Seu nome é manchete diária na imprensa nacional por sua ligação com os personagens envolvidos no golpe do Kit Robótica que lesou os cofres públicos. As investigações da Polícia Federal ainda não atingem diretamente o presidente da Câmara dos Deputados, mas a cada dia chegam mais perto de Arthur Lira.
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4- Com a escassez de novas lideranças, é de bom alvitre acreditar que as eleições majoritárias de 2026 serão disputadas pelos mesmos personagens da cena política atual. Sobretudo aqueles com alguma chance de vitória.
5- Nesse árido universo se destacam o deputado Arthur Lira, os senadores Renan Calheiros e Renan Filho, e o prefeito JHC, se for reeleito. Não se deve esquecer Rodrigo Cunha, mas por sua pífia atuação até agora, é forte candidato a senador de mandato único.
6- Renan Calheiros já está em campanha pela reeleição ao Senado e com duas vagas em disputa, tem tudo para emplacar seu quinto mandato consecutivo. Renan Filho, atual ministro dos Transportes, não descarta entrar em campo para governar Alagoas pela terceira vez. Sem a presidência da Câmara Federal, Arthur Lira deve brigar pela vaga de Rodrigo Cunha no Senado, com chances de vitória.
O Porto de Maceió, que já opera um terminal de combustíveis, vai dobrar os riscos de acidentes com a instalação de uma unidade de recebimento e estocagem de ácido sulfúrico.
O alerta é do consultor ambiental Alder Flores, que vê sérios riscos para a população dos bairros próximos ao porto e não descarta a possibilidade de uma nova tragédia ambiental.
Além das preocupações com o envolvimento de assessores e aliados no golpe do Kit Robótica, Arthur Lira não consegue calar a ex-mulher que o acusa de vários desvios éticos e morais. Em novas declarações às redes sociais, Jullyenne Lins diz ter guardado a 7 chaves um dossiê com várias acusações ao ex-marido. Revelou que vai abrir a caixa preta com todos os esquemas de corrupção de Arthur Lira.
Quem já passou pelo problema, sabe que briga de ex-mulher é para sempre.
Com boa gestão no seu segundo mandato, o prefeito de Marechal Deodoro, Carlos Roberto Ayres, deve fazer o sucessor e manter o comando político do município. Cacau, como é conhecido, deve apoiar o vereador André Bocão, presidente da Câmara, uma das novas lideranças de Marechal Deodoro. Liderada por Júnior Dâmaso, a oposição pode se unir ao ex-prefeito Cristiano Matheus e disputar a sucessão do prefeito Cacau com chances de vitória.
O problema é definir qual dos dois será cabeça de chapa.
Com idade avançada, doente e fazendo uma gestão pífia, o prefeito Biu de Lira dificilmente disputará a reeleição. Seu vice, Floriano Melo, rompido com a família do prefeito, é um forte candidato à sucessão. Por lá quem manda agora é a primeira dama e dois sobrinhos.
O badalado balneário de outrora hoje é uma cidade abandonada. As obras de infraestrutura que o município tanto carece ficaram nas promessas de campanha e os recursos do orçamento secreto enviados por Arthur Lira não se sabe onde foram parar.
O vice-prefeito Cleber Malta, de Barra de Santo Antônio, declarou guerra à prefeita Lívia Carla, acusada de entregar a administração do Município ao marido Antônio Veríssimo.
Mesmo com a cidade abandonada e denúncias de corrupção por todos os lados, a prefeita aposta na reeleição, mas tudo indica que o município deve voltar para o comando da ex-prefeita Emanoella Moura, que perdeu a reeleição para sua vice Lívia Carla.
“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados” (Millôr Fernandes)CÂMARA DOS
Chegou ao auge a disputa entre governo do Estado e Prefeitura de Maceió por mais alianças políticas visando as eleições do próximo ano. Se em um dia existe favoritismo de um, no outro a situação ocorre com a mesma velocidade. Vereadores que estavam em cima do muro aos pou-
cos vão definindo suas preferências, dependendo do que foi oferecido pelas partes que parecem não ter economizado esforços para alcançar seus objetivos. A eleição para Prefeitura de Maceió é o termômetro de como serão as eleições de 2026, já correndo por fora a todo o vapor.
Como é um jogo de profissionais e com dificuldades de apresentar um candidato forte, o governador Paulo Dantas adia, ninguém sabe até quando, o nome do seu candidato a prefeito de Maceió, depois, evidentemente, de acertar os ponteiros com o MDB.
Como não deseja se enfraquecer com as eleições de 2026 já no tabuleiro das apostas, o governador Paulo Dantas prefere aguardar pacientemente a escolha do seu candidato para enfrentar JHC. É uma escolha difícil, convenhamos.
Se depender das pesquisas eleitorais o prefeito JHC tem melhores chances de ser reeleito nas próximas eleições, ao contrário do governo que ainda não tem um nome forte para disputar o pleito de 2024.
O nome de um candidato a vice, por exemplo, é que vem dando dor de cabeça aos interessados. No caso de JHC, por exemplo, vários nomes já foram ventilados, mas até agora nada. Estão escolhendo um personagem que possa, realmente, dar sustentação ao prefeito e somar eleitoralmente.
As forças políticas na Assembleia Legislativa, além da Câmara de Vereadores, estão sendo acionadas com cuidado, planejamento e prudência. Um passo em falso e o caldo pode entornar. No comando, além de outros, o deputado Arthur Lira, o prefeito JHC, o senador Renan Calheiros e o governador Paulo Dantas.
Pelo andar da carruagem o deputado Arthur Lira e o senador Renan Calheiros darão uma trégua na discussão pública que têm mantido nos últimos meses. Devem entender que isso não é nada bom para o confronto político do próximo ano, tampouco para o estado de Alagoas.
A cada novo embate o desgaste bate à porta e isso não é interessante para nenhuma das partes, que lutam pelos seus candidatos. Um pelo JHC o outro ainda a discutir sobre quem vai à luta no próximo ano.
Depois da última operação da Polícia Federal o sentimento é de que novas investidas estão por vir em muitas situações, o que tem colocado muita gente com as barbas de molho.
O Dia de Corpus Christi comemorado na última quinta-feira, pelo menos para o Tribunal de Justiça, foi transferido, ficando para a sexta. O Tribunal de Justiça, neste final de semana, funciona em regime de plantão atendendo apenas demandas emergências.
A projeção do governo federal de oferecer descontos para o carro popular entre R$ 2 mil a 8 mil, parece não ter agradado muito a população. Pelo preço, salgado, R$ 8 mil não representa quase nada.
Tanto na capital como no interior a dança das cadeiras anda a mil por hora, com novas alianças mudando o panorama político objetivando as eleições do próximo ano. Maceió e Arapiraca são os dois redutos que estão tendo uma atenção mais apurada das administrações públicas.
Ao cobrar judicialmente uma dívida de R$ 27 milhões, a Prefeitura de Maceió, de acordo com informações do governo de Alagoas, parece ter esquecido que deve R$ 300 milhões ao Estado. Um relatório pormenorizando a situação deverá ser dado a conhecer esta semana.
De acordo com dados do governo, a dívida do Município reside nos serviços de home care, equoterapia, convênios com hospitais e a gestão financeiras das UPAs do Tabuleiro, Jaraguá, Cidade Universitária, Chã da Jaqueira e Jacintinho.
Como a tropa não está para brincadeira, vai ser fogo de cá e de lá a partir de agora. O objetivo é desgastar a imagem do governo e consequentemente da Prefeitura de Maceió. O jogo é esse e ganha quem tiver mais competência.
De redação em redação e nos contatos de grupos e pessoais, o jornalista Alexandre Lino vai forrando sua candidatura à presidência do Sindjornal. Ele garante que vai retomar o protagonismo “de nossa profissão”, numa alusão direta ao esquecimento que a categoria presenciou nos últimos anos.
ODILON RIOS
Especial para o EXTRA
quebrada” e usava “recursos do não-pagamento da dívida pública e do empréstimo de R$ 800 milhões para saldar despesas até da folha do funcionalismo estadual”. E a Secretaria da Fazenda, ainda sob George Santoro, anunciava alteração na alíquota do ICMS, de 17% para 19% e no caso das bebidas alcoólicas, de 25% para 27% valendo a partir de abril de 2023.
mizar R$ 2,5 milhões/mês. Não parou por aí.
Propôs pagar reajuste cobrado pelos servidores públicos no ano que vem, dizendo que a despesa bruta de pessoal saltou de R$ 5,4 bilhões em 2021 para pouco mais de R$ 6,4 bilhões em 2022, “ano em que diversas carreiras públicas foram reestruturadas beneficiando os servidores”.
ção feita no dia 5 de junho.
Tecla bastante batida por Dantas é que o Governo Jair Bolsonaro (PL) excluiu Alagoas do orçamento da União “porque nos posicionamos favoráveis ao que ele era contra” e “mesmo assim, depois da pandemia, tivemos a capacidade de ser um dos estados que mais investe com seus próprios recursos”.
O governo prepara uma virada no segundo semestre, atrelada às ações da União. Quer lançar um programa para zerar a fome, junto ao governo federal. Também o propósito é diminuir a desigualdade social. Este programa será ligado à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, de Kátia Born.
No propósito de combate à fome, o maior programa anunciado até agora e de caráter mais imediato é a construção de restaurantes populares pelo Estado. Estes restaurantes oferecem comida a preço mais acessível, a baixo custo.
Mas os desafios são maiores e precisam de uma rede mais complexa para chegar a todas as pontas. Há duas semanas, o EXTRA publicou, com exclusividade, estudo assinado por pesquisadores do Cesmac e da Uncisal e divulgado no Brazilian Journal of Health Review mostrando que houve redução da desnutrição infantil nos últimos 10 anos em Alagoas, mas é preciso intervenção contínua da saúde pública para o acompanhamento dos índices nutricionais considerados necessários para o desenvolvimento das crianças, sanando casos de morbidade e mortalidade.
apagar das luzes do ano passado, o governador Paulo Dantas (MDB) determinou um pente fino em todos os processos de licitação acima de R$ 350 mil. O decreto incluía: licitações na modalidade pregão para aquisição de bens e contratação de serviços (incluindo os de engenharia), contratos de concessão de serviços públicos, parcerias público-privadas e alienação (venda) de imóveis.
Naquele momento, 28 de dezembro de 2022, um fantasma assombrava o governo: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), insistia que “Alagoas estava
Para exorcizar os fantasmas do calote, Santoro mostrava as 400 obras tocadas pelo governo, cronograma seguido até hoje apesar de fornecedores reclamarem, aqui e ali, de atrasos, e Dantas vestiu uma camisa com slogan “Governo Trabalhando”. A agenda invadiu os finais de semana; prefeitos, vereadores e parte da bancada federal marcam presença nos eventos, reafirmando apoio também às medidas que o governo vai, aos poucos, revelando explicitamente ou nas entrelinhas.
Existe uma ordem geral para cortar gastos. Em 24 de maio, Paulo Dantas admitiu a revisão dos contratos. Justificou a demissão de vigilantes em unidades de saúde mantidas pelo Estado para econo-
Nesta semana, ao entregar 32 certificados do Prêmio Excelência Acadêmica, revelou que o Estado gasta R$ 195 milhões para manter hospitais e recebe R$ 18 milhões em contrapartida do governo federal. A saída, revelou o governador, é credenciar estes hospitais junto à União. Revelou também que conversou com a saúde, pedindo economia: “Eu fiz uma reunião com os servidores da Secretaria de Saúde justamente para a gente evitar qualquer tipo de desperdício e para a gente ter a condição de usar os recursos escassos dessa área”, disse o governador. “Temos que ter uma despesa que caiba na receita, mas também de levar um serviço de qualidade para o cidadão e a cidadã alagoana”. Declara-
Apesar da melhoria nos índices, todas as 10 regiões pesquisadas apresentam alta prevalência de desnutrição infantil, principalmente no Sertão: são crianças entre 0 e 5 anos que estão abaixo do peso para a idade, situação que leva a deficiência intelectual ou cognitiva entre aqueles que sobrevivem, sequelados pelo resto da vida.
“(…) as questões da fome e da desnutrição são resultantes da falta de acesso aos alimentos ou até mesmo da insegurança alimentar, decorrente do baixo poder aquisitivo de milhões de brasileiros. Assim, uma parcela significativa da população ainda sofre por questões alimentares, seja pela ausência do alimento ou pela má qualidade da alimentação, como também pelas condições de vida e de saúde que impedem o aproveitamento adequado do alimento disponível”, relata a pesquisa.
Prefeitura ampliou para 22 o número de unidades de saúde com atendimento até às 22 horas
ODILON RIOS
Especial para o EXTRA
Oprefeito de Maceió JHC (PL) monta estratégia para estender os atendimentos na saúde, blindando as críticas do governo do Estado quanto à cobertura da atenção primária – a pior do Nordeste, segundo números do mês de março divulgados pelo Ministério da Saúde no Sistema E-Gestor.
De acordo com o MS, a capital teve cobertura de 31,05%. Comparando esta porcentagem com dezembro de 2021 – primeiro ano de Jota na gestão municipal – houve pouca alteração: 29,33%.
A melhor cobertura da atenção básica na região é em Teresina: 95,86%, seguida de Aracaju (92,49%), Fortaleza (91,83%), João Pessoa (81,18%), Salvador (55,46%), São Luís (53,8%), Natal (51,16%) e Recife (48,58%).
Há um entendimento diferente no município sobre estes números. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, “a Saúde de Maceió segue se consolidando como uma das melhores do Brasil. A prova do bom trabalho desempenhado pela Atenção Primária da capital é a premiação concedida pelo Ministério da Saúde por meio do programa Previne Brasil, atual modelo de financiamento da Atenção Primária. O reconhecimento
levou em conta os bons indicadores da Saúde de Maceió”
E continua: “Um dos avanços alcançados e que permitiram esse bom desempenho foi o credenciamento de novas equipes de Atenção Primária [eAPs] que faz a capital saltar de 27% para 52% de cobertura. Esse resultado faz Maceió ficar em primeiro lugar na qualidade da Atenção Primária à Saúde no Nordeste e 4º lugar no país. O objetivo é que até o final do ano, Maceió alcance 70% de cobertura”
A Secretaria Municipal de Saúde teve a indicação política dividida entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o
rar os atendimentos na atenção primária. O Saúde da Gente (com 415 mil atendimentos), o Corujão da Saúde (22 postos abertos até às 22 horas, somando 130 mil atendimentos) e o Brota na Grota, 32 mil consultas. Houve ainda a reforma de 30 postos, de um total de 68, segundo dados publicados pelo prefeito nas redes sociais.
“Fizemos muito e ainda tem muito mais para fazer. Sei que o desafio é grande, mas o resultado é melhor: o povo bem cuidado”, disse o prefeito.
Só que as cobranças batem à porta do prefeito. Nota conjunta assinada pelo MPT, MPE, DPE, DPU e MP de Contas pede que a Prefeitura de Maceió adote providências ou elabore uma agenda resolutiva na política de combate ao trabalho infantil e incentivo à aprendizagem profissional.
A provocação leva em conta os gastos da Prefeitura na contratação de bandas para as festas juninas (R$ 8.845.000,00) e o previsto nas políticas sociais acima referidas (R$ 1.674.870,00).
Esta não é a primeira vez – e pelo visto não será a última – que festas milionárias do poder público levantam as prioridades dadas a elas e os problemas de uma cidade como Maceió.
deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil). Foi escolhido o médico Luiz Romero Farias. Lira prometeu ao prefeito grandes investimentos na área. Até agora só chegou dinheiro para o Hospital Veredas, cuja direção financeira é da prima de Lira, Pauline Pereira, ex-prefeita de Campo Alegre.
Semana passada, em Rio Largo, o senador Renan Calheiros (MDB) acusou Lira de desviar recursos do hospital, através da prima. A direção do Veredas não se pronunciou nem Arthur Lira.
Voltando a JHC, a gestão lançou três programas para melho-
Há ainda a crise silenciosa envolvendo os cemitérios públicos, piorada após afundamento dos bairros por causa das atividades de mineração da Braskem. Famílias que tinham jazigos no cemitério de Bebedouro foram proibidas de realizar novos enterros porque o cemitério está na área de risco. Assim, os enterros foram redistribuídos para os outros cemitérios públicos, já superlotados.
Segundo números da Agência Tatu, “das 1.065 pessoas enterradas em 2023 nos oito cemitérios administrados pela prefeitura da capital alagoana, 861 foram sepultadas de forma precária diretamente na terra. Ou seja, 8 em cada 10 mortos não tiveram um enterro digno”. No Cemitério de São José os enterros são feitos em espaços entre as covas.
Um caldeirão fervendo para ser derramado nas eleições. Aliás, a disputa já começou. E a briga para quem tem a melhor narrativa continua.
BRUNO FERNANDES
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AOperação Hefesto, deflagrada pela Polícia Federal no dia 1º, abalou os alicerces políticos de Alagoas. Porém, além das investigações em si, chamou a atenção a postura de Jullyene Lins, ex -esposa do deputado federal Arthur Lira, que aproveitou a ocasião para fazer provocações e lançar graves acusações ao parlamentar através do Twitter.
A Polícia Federal, ao mirar um grupo suspeito de desviar R$ 8 milhões em um esquema fraudulento ocorrido entre 2019 e 2022 que se estendeu por quatro estados e o Distrito Federal, também deu um prato cheio para Jullyene Lins expor alguns fatos que vivenciou enquanto foi casada com Lira.
Jullyene Lins não perdeu tempo e usou as redes sociais como um verdadeiro palco para expressar sua indignação em relação aos “aliados” de Arthur Lira. Em uma série de tuítes incisivos, ela os acusou de tentarem encobrir a corrupção do ex-marido, destacando a falta de vergonha e respeito à população brasileira. Em suas palavras, os aliados do deputado foram rotulados como chantagistas que, ironicamente, acabaram se tornando vítimas de seus próprios crimes.
“Não pude esperar até segunda-feira, fico impressionada como esses ‘aliados’ do condenado, ainda tentam passar pano para a corrupção. A falta de vergonha e respeito a população brasileira faz com que esse tipo de chantagista se torne vítima dos seus próprios crimes”, publicou.
A ex-esposa de Lira fez questão de expor sua tristeza em ter sido casada com um político que ela descreveu como covarde e agressor. Jullyene ressaltou que os anos se passaram, os filhos do casal cresceram e tomaram suas próprias decisões, mas lamentou que tenham
esquecido quem os criou e que, em algum momento, enfrentarão as consequências de suas ações.
Horas após o início da operação, ela continuou. “Ser mulher e mãe, é uma benção Divina, mas ser ex mulher de político covarde e agressor é triste”. Ela foi além ao pedir intervenção no judiciário alagoano nos processos vinculados a Arthur Lira, reivindicando ter sido testemunha de acusação no maior desvio de dinheiro público já ocorrido em Alagoas, enfatizando a semelhança das digitais e dos padrões envolvidos.
“Quando falo sobre os modos operante do ‘agressor’, eu me refiro a casos diversos: não só sequestra as instituições e pessoas em benefício próprio, persegue, fragiliza, silencia, faz tudo isso, em nome da
sua sobrevivência política e o seu projeto de poder”, finalizou. É importante lembrar que, em março de 2022, a Justiça Eleitoral determinou a remoção de publicações em que Jullyene fazia críticas a Arthur Lira e reafirmava acusações contra o parlamentar. Além disso, ela foi multada por suas declarações públicas. A ex-esposa também acusa o político de violência doméstica, lançando uma sombra ainda mais densa sobre sua reputação.
Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em Maceió, Brasília, Gravatá, São Carlos e Goiânia. A Polícia Federal não divulgou oficialmente os nomes dos
alvos da operação, mas Luciano Ferreira Cavalcante, então funcionário da Câmara dos Deputados e principal assessor de Lira, foi um dos alvos.
Outro alvo da operação seria a empresa Megalic, que tem como sócio Edmundo Leite Catunda Junior, pai do vereador por Maceió João Catunda (PP), aliado político de Arthur Lira.
Em uma sala de edifício comercial em Maceió, foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro em espécie dentro de um cofre, estimada em mais de R$ 4,4 milhões. Também foram apreendidos carros importados, cada um avaliado em mais de R$ 200 mil. Os automóveis foram encaminhados para a sede da Polícia Federal em Maceió.
Twitter foi usado como palco para expor situações vividas durante seu casamento e cobrar justiça
definida.
diretoria da Federação do Comércio de Alagoas (Fecomércio) será obrigada a deixar seus cargos para dar lugar a uma junta governativa que administrará a entidade. A determinação é do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT-19) Laerte Neves de Souza, no bojo de um recurso impetrado no ano passado pelo empresário Adeildo Sotero da Silva.
Eleito presidente da Fecomércio em maio do ano passado, o empresário desde então tem travado uma batalha judicial para assumir o cargo. A vitória de Sotero chegou a ser anunciada pela própria entidade, por meio de sua assessoria de comunicação, que divulgou uma nota à imprensa alagoana informando sobre a vitória da nova diretoria.
No entanto, a posse foi impedida pelo então presidente da Fecomércio, José Gilton Pereira Lima, que, juntamente à sua assessoria jurídica, argumentou que a chapa vencedora não havia cumprido os requisitos necessários para participar do pleito, uma alegação que a chapa “União e Progresso”, encabeçada por Sotero, nega veementemente.
Segundo Pedro Leão, advogado do empresário eleito presidente, com a decisão do desembargador, a gestão da federação será conduzida por uma junta governativa neutra, o que refletiria em uma eleição limpa e sem vícios. Vale ressaltar que em abril, a 2ª Turma do TRT anulou a eleição polêmica por fraude, determinando a realização de um novo pleito, que será conduzido pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas. A data para essa nova eleição ainda não foi
A junta governativa poderá ser formada pelos presidentes ou representantes do Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas) de União dos Palmares, de Penedo, de Palmeira dos Índios e de Arapiraca, além do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), Sindicato dos Representantes Comerciais no Estado de Alagoas (Sirecom), Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado de Alagoas (Sincadeal) e Sindicato da Habitação de Alagoas (Secovi). De acordo com o advogado, a decisão deverá entrar em vigor na próxima segunda-feira, dia 12 de junho. “Mas acredito que eles [a atual diretoria] irão recorrer”, afirmou Leão ao EXTRA.
Conforme a decisão do desembargador, o atual mandato deveria ter sido encerrado em 19 de junho de 2022, e desde então a direção da Fecomércio tem sido ocupada de forma irregular pelos membros da chapa “Unidos por Alagoas”. “As atitudes da comissão eleitoral, com os sucessivos atrasos nas decisões, impediram a livre concorrência entre os interessados, o que tornou necessário acolher as medidas urgentes neste caso, uma vez que não é possível verificar se os membros da Chapa Unidos por Alagoas preencheram os mesmos requisitos exigidos dos candidatos cujas candidaturas foram indeferidas, uma questão que só pode ser apurada pelo órgão administrativo competente, ou seja, o Conselho de Representantes”, reforçou o magistrado em sua decisão proferida na terça, 6 de junho.
A chapa “União e Progresso”, liderada pelo empresário Adeildo Sotero, foi eleita com cinco dos oito votos. A chapa “Unidos por Alagoas”, representada pelo ex-presidente da Federação, Gilton Lima, foi derrotada. Atualmente, a entidade é presidida pelo empresário
Nilo Zampieri Júnior, que assumiu o cargo deixado por Lima. O EXTRA entrou em contato com a assessoria da diretoria atual da Fecomércio, mas não recebeu nenhum posicionamento sobre a decisão judicial até o fechamento desta edição.
A Fecomércio faz parte, em nível nacional, do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio (Sicomércio), cujo órgão máximo é a Confederação Nacional do Comércio (CNC),
uma entidade sindical patronal de primeiro grau à qual a Fecomércio Alagoas é filiada. Cabe às federações representar a categoria em todos os níveis e instâncias perante os poderes públicos, sindicatos patronais e de empregados, participar de debates e atuar na condução de assuntos de interesse das classes produtoras. Também é responsabilidade das federações do comércio em cada estado administrar as entidades Sesc - Serviço Social do Comércio e Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
OMinistério Público do Estado de Alagoas (MPAL) foi acionado no início do mês de maio para intermediar, junto ao município de Delmiro Gouveia, uma ação de desapropriação de um terreno onde será construída a Estação de Tratamento de Água (ETA) no povoado Sinimbu. O apelo, feito ao procurador-geral de Justiça, Marcelo Roberto Tenório de Albuquerque, é da Codevasf, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba, através da 5ª Superintendência Regional, com sede em Penedo. O documento foi assinado pelo superintendente substituto na época, Ricardo Alexandre Lisboa Vieira.
O pedido da intermediação do MP é uma prática comum no âmbito da administração pública envolvendo uma grande diversidade de assuntos, já que o órgão é responsável, perante o Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses indisponíveis da sociedade e pela fiel observância da Constituição e das leis.
Um aspecto contudo causa estranheza no caso em questão: apesar de sequer ter sido iniciada a primeira fase de implantação da obra – já que a desapropriação da área até hoje não foi providenciada pelo Município de Delmiro Gouveia – o contrato com a empresa construtora da ETA, firmado pela Codevasf em 2020, já recebeu três aditivos somente no ano passado, fazendo o valor original pelo serviço passar de R$ 25.710.132,67 para a significante fortuna de R$ 40.545.939,10 com adequações de planilhas orçamentárias. São R$ 14.835.806,43 a mais do que o valor originalmente licitado.
O contrato entre a Codevasf e a Construtora S & V Ltda, com sede no Ceará, foi assinado pelo
atual superintendente da companhia, João José Pereira Filho, e o representante da empresa, Sebastião Cordeiro de Oliveira Júnior. Nele, uma das primeiras cláusulas determina que a construtora tem direito ao reajuste de valores a cada ano de aniversário da apresentação da proposta, o que vem ocorrendo desde então, apesar de nenhum prego ter sido cravado no local que vai sediar a estação de tratamento de água.
Na prática, a Codevasf reajusta o valor do contrato para execução da obra hídrica sem que o primeiro e mais importante passo tenha sido dado, que é a disponibilidade da área para implantar os sistemas adutores para abastecimento de água em comunidades
A título de reequilíbrio financeiro do contrato, em fevereiro de 2022 o superintendente da Codevasf em Alagoas, Joãozinho Pereira [como é conhecido o primo do deputado e presidente da Câmara Federal, Arthur Lira], autorizou junto com a diretoria da companhia o primeiro termo aditivo ao documento (Processo nº. 59550.000523/2020-24). Foram acrescentados na ocasião R$ 3.222.221,77, elevando o valor pela implantação da obra de R$
25,7 milhões para R$ 28,9 milhões.
O termo aditivo também convalidou [restabeleceu a validade] da nota de empenho 2021NE550535 no valor de R$ 4.624.662,50 (peça 47) do processo, além de outras alterações. O segundo termo aditivo para readequar a planilha orçamentária do contrato com inclusão de novos serviços, acrescentou mais R$ 4.132.267,71, correspondendo a 14,28 % e com decréscimo de R$ 429.234,48 passando o valor de R$ 28,9 milhões para R$ 32,6 milhões em junho do ano passado.
Por fim, sem precisar dar “um muro numa broa” na fase da construção da ETA, como dizem os moradores de Delmiro Gouveia que aguardam a obra para ter acesso a água tratada para consumo, a construtora foi beneficiada com um terceiro aditivo que acrescentou outros R$ 2,6 milhões ou 9,15% ao valor contratado originalmente.
Com a alteração, o valor total da obra subiu dos R$ 32,6 milhões para R$ 35 milhões em novembro do ano passado, chegando a R$ 40,5 milhões com acréscimos referentes a notas fiscais. Essas despesas correm à conta do Programa de Trabalho nº 18.544.2221.14.
VI.0001, referente à Implantação de Infraestrutura para Segurança Hídrica - Nacional, PTRES nº 195520 e 172079, Categoria Econômica 4, sob gestão orçamentária de crédito da 5ª Superintendência Regional da Codevasf.
No ofício encaminhado ao Ministério Público, a Codevasf informa ao procurador-geral da Justiça em Alagoas que no ano passado realizou duas reuniões com a prefeita Eliziane Ferreira Costa e que ela teria se comprometido com a desapropriação da área solicitada, o que não aconteceu.
A Codevasf não informa, porém, detalhes sobre a área em questão, como metragem, mas, em que pese a importância da obra para sobrevivência das comunidades rurais que convivem com a falta de água potável, apenas um ofício foi enviado pela companhia à empresa, no dia 9 de fevereiro deste ano, solicitando as providências e explicando que o atraso na desapropriação da área causa atraso no cronograma da obra e pode gerar danos ao erário. A Codevasf não questiona as cláusulas do contrato da obra, que elevou de R$ 25 milhões para R$ 40 milhões o investimento que será realizado no Município.
BRUNO FERNANDES
bruno-fs@outlook.com
OConselho Nacional do Ministério Público (CNMP) está exigindo respostas da 2ª Promotoria de Justiça de Rio Largo diante da aparente inércia em relação a denúncias de corrupção envolvendo gestores municipais. O caso está sob relatoria do conselheiro Rogério Magnus Varela Gonçalves que, no último dia 30, no bojo de uma representação por inércia ou excesso de prazo apresentada por Alex Fernandes dos Santos e outros cidadãos, deu 15 dias de prazo para que o Ministério Público Estadual forneça vários esclarecimentos sobre uma sequência de acontecimentos qualificados como preocupantes.
Conforme a representação, diversos vereadores e alguns prefeitos que passaram por Rio Largo nos últimos 20 anos foram presos ou afastados devido a sucessivos casos de corrupção, a exemplo de Gilberto Gonçalves, o GG, preso no ano passado no âmbito da Operação Beco da Pecúnia.
Os requerentes afirmam ainda terem contribuído com os órgãos ministeriais, fiscalizando as contas do município e denunciando irregularidades. Além disso, eles se colocaram à disposição como testemunhas para auxiliar no esclarecimento dos fatos.
A representação também aponta a existência de várias denúncias enviadas à 2ª Promotoria de Justiça de Rio Largo, mas que, ao serem submetidas à análise do então titular, o promotor de Justiça Magno Alexandre Ferreira Moura, acabaram sendo arqui-
vadas na maioria das vezes ou resultaram em acordos com as autoridades municipais sem que a devida apuração das irregularidades fosse promovida.
O mesmo padrão teria sido adotado nas representações direcionadas à Procuradoria-Geral de Justiça de Alagoas, culminando em arquivamentos sem a devida investigação dos fatos. Ao todo são listados processos referentes em sua maioria a prevaricação por parte da Câmara de Rio Largo, improbidade e a existência de funcionários fantasmas.
Um ponto destacado pelos representantes é a cassação do atual chefe do Poder Executivo Municipal ainda 2017 pela Câmara Municipal de Rio Largo. Embora essa decisão tenha sido confirmada em primeira instância judicial, foi liminarmente suspensa pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) Tutmés Airan, com análise de mérito ainda pendente.
Diante desses fatos, o Conselho Nacional do Ministério Público ressaltou o fato da existência de procedimentos iniciados em 2014 e 2018 que aparentemente ainda não foram concluídos, “circunstância a merecer especial atenção deste Conselho para análise de eventual omissão, desídia ou excesso injustificado de prazo.”
O relator também pediu a cópia integral dos oito procedimentos investigativos listados pela atual titular da 2ª PJRL, a promotora de Justiça Louise Maria Teixeira da Silva, que foram instaurados com base em denúncia dos autores da representação.
Segundo o promotor Magno Alexandre, as alegações feitas pelos denunciantes não são procedentes, acrescentando que, durante sua atuação na 2ª Promotoria de Justiça de Rio Largo, de outubro de 2015 a agosto de 2021, todas as denúncias feitas por eles foram devidamente apuradas. “Aquelas que apresentaram fundamentos foram encaminhadas para o âmbito judicial, enquanto as que não tiveram embasamento foram arquivadas”, disse.
Ainda segundo Magno, os denunciantes foram notificados sobre esses arquivamentos e nunca recorreram, aceitando assim a posição do promotor. “O trabalho foi realizado, os fundamentos das decisões nos procedimentos foram lançados, e não houve recurso. Não há o que se questio-
nar, pois, passados mais de anos do procedimento já decidido para querer atacá-lo”.
O promotor ressalta que, devido à militância política dos denunciantes, muitas vezes as denúncias são feitas com o intuito de autopromoção, sem apresentar provas concretas. “Quando as denúncias foram investigadas, não foram encontradas irregularidades”.
Magno Alexandre ressalta que ele não é mais responsável pela 2ª Promotoria de Justiça de Rio Largo há mais de dois anos e que os procedimentos mencionados pelos denunciantes, referentes ao período de sua atuação, já foram devidamente decididos. Quanto aos procedimentos em andamento, eles dependem de diligências técnicas de outros órgãos, que já foram providenciadas e estão aguardando respostas.
Uma denúncia anônima encaminhada à Promotoria de Justiça de Messias revela detalhes de uma suposta prática de fraude em licitações, acompanhada de esquema de propina, que seria estimulada pelo prefeito Marcos José Herculano da Silva, mais conhecido como Marcos Silva. A denúncia inclui um áudio de 39 segundos atribuído ao gestor, no qual ele aconselha sua equipe a aceitar gratificações das empresas que estejam direcionadas a vencer ou já tenham vencido a licitação. Na gravação, o prefeito teria dito: “Se alguém chegar para dar uma gratificação, que dê, mas dentro de uma realidade, sem prejudicar o município”.
De acordo com o denunciante, o prefeito estaria envolvido em diversas fraudes em licitações, com a emissão de notas fiscais falsas para desviar recursos públicos. Segundo o documento, a prática funciona da seguinte maneira: para uma empresa ganhar a licitação, é necessário subornar o pregoeiro e a equipe. Isso ocorre após conversas com o prefeito e seus dois homens de confiança. Há relatos de empresas que chegaram a pagar propina ao prefeito antes mesmo da realização da licitação, como prova de interesse real e garantia do negócio ilícito. Os valores dessas supostas nego-
Marcos Silva enfrenta acusações de improbidade administrativa
A denúncia também aponta para a existência de uma empresa anteriormente registrada em nome do genro do prefeito e atualmente em nome de um laranja, chamada Enisch Brasil, que estaria envolvida no fornecimento de peixes.
ciações variam de R$ 30 mil a R$ 50 mil, dependendo da empresa.
Um exemplo mencionado na denúncia é a contratação da empresa Vas Produções e Eventos, com CNPJ 04.689.271/0001-57, no valor de R$ 1.188.063,80. Segun-
do a denúncia, um familiar do prefeito receberia uma “comissão” de 5% do valor e o prefeito mais 5% de cada nota fiscal emitida pela empresa, como se fosse referente a serviços prestados. O documento ressalta a clara existência de fraudes em licitações, mencionando ainda que a maioria das dispensas de licitação envolveram acordos e negociações com o prefeito, seu genro e as empresas, como no caso da B L Bueno & CIA LTDA, CNPJ 10.491.465/000146, para fornecimento de refeições.
A denúncia também aponta para a existência de uma empresa anteriormente registrada em nome do genro do prefeito e atualmente em nome de um laranja, chamada Enisch Brasil, que estaria envolvida no fornecimento de peixes. Além disso, são mencionados outros casos que podem ser investigados na prefeitura e em suas se-
cretarias, como a contratação da empresa Prime Locação de Máquinas por R$ 4.998.185,20 que, segundo o denunciante, seria apenas uma fachada para emissão de notas fiscais falsas. A denúncia solicita o bloqueio das contas da prefeitura para investigação e o afastamento do prefeito de seu cargo.
Atualmente, existem outras duas denúncias protocoladas no Ministério Público de Alagoas contra o prefeito. Uma delas, de 2022, está relacionada às contratações de artistas para as comemorações da emancipação política do município de Messias. A outra, de 2021, já foi arquivada e estava relacionada a atrasos salariais dos servidores públicos da prefeitura. O EXTRA entrou em contato com o prefeito no celular de final 26, mas não foi atendido até o fechamento desta edição.
Denúncia anônima foi encaminhada ao Ministério Público
JÚLIO CEZAR ENCAMINHA DOCUMENTAÇÃO DO CERTAME PARA APRECIAÇÃO DA CÂMARA
Oprefeito Júlio Cezar, acompanhado do viceprefeito Márcio Henrique, secretários municipais e vereadores, assinou na segunda-feira (5) projeto de lei que regulamenta as tratativas do novo concurso público da Prefeitura de Palmeira dos Índios. Serão ofertadas cerca de 250 vagas, em várias áreas do setor municipal, de níveis elementar, médio e superior. A Lei foi encaminhada à Câmara de Vereadores para ser apreciada na sessão da quarta-feira (7).
A secretária de Administração explicou que o município trabalha no processo de criação dos cargos. “Vamos regularizar os cargos criados e os que já existem, com os respectivos salários. Temos um cronograma a ser seguido, mas não depende cem por cento da gente. Vamos fazer a
O Distrito de Canafístula de Frei Damião, em Palmeira dos Índios, com o apoio da prefeitura, realizou três dias de festividades com a Romaria de Frei Damião, no último final de semana. Devotos de todas as partes de Alagoas e do Nordeste visitaram a comunidade para participar das Santas Missões, que acontecem anualmente nesta época do ano. Além da programação religiosa, que se encerrou no domingo (4), o comércio de artesanato que envolve produtos relacionados ao frei também comemorou o aquecimento da venda de artigos, comidas e bebidas, que aumentou a geração de renda.
A psicóloga Janine Tenório comercializa produtos religiosos. Até o ano passado, ela negociava nas bancas que ficam espalhadas pelo Distrito, principalmente no entorno da Igreja do Rosário, onde acontecem as festividades. “Este ano, decidimos inovar. Eu e o meu noivo montamos esta loja e tamanha foi a minha surpresa quando descobri que neste local morava a dona Lia Correia, que foi cuidadora do Frei Damião. Nos fundos da loja tem um quartinho onde ele descansava. Isso me causou muita emoção, pois o meu pai era devoto do frei. Quando eu tinha 12 anos, assisti a uma missa celebrada por Frei Damião, em Canapi, e tive a honra de chegar perto dele e receber sua bênção”, contou.
Janine destacou que nesta época toda a comunidade se prepara para um aumento no volume nas vendas dos produtos referentes ao Frei, que chega a 70% em comparação a outros períodos. “A comunidade espera por essas datas, porque nos outros dias a vendagem é lenta. Toda a comunidade se organizou para lucrar nestas
licitação para as empresas que concorrerão ao processo, lançar o edital, realizar o concurso e dar a posse aos novos servidores. De forma inédita, este é o governo que faz dois concursos em uma única gestão e está de parabéns por isso”, disse Cinara Barbosa.
O vice-prefeito Márcio Henrique ressaltou que o concurso é a maneira de dar estabilidade ao servidor. “Este governo tem investido nas pessoas e agradecemos a Deus por nos dar sabedoria para fazer gestão com responsabilidade. Parabéns para o prefeito Júlio e ao povo de Palmeira, que terá oportunidade de também ser responsável por este município. Parabenizo, ainda, todos os envolvidos neste novo processo”, destacou.
O prefeito destacou a importância da lisura em todo o processo. “Tivemos 23 mil inscritos no primeiro concurso, em 2019, sem nenhuma denúncia de irregularidade ou fraude. Contaremos, mais uma vez, com o Ministério Público e também teremos a OAB e a Câmara de Vereadores em todo o processo. Também vamos ofertar aulas gratuitas em um cursinho preparatório, para que as pessoas possam estudar e se preparar, como fizemos no ano passado. Por meio do concurso, é possível reduzir o número de servidores contratados na administração municipal. Parabenizo a todos da gestão que estão envolvidos neste certame e peço às pessoas que estudem, pois o concurso é um sonho para todos”, afirmou o prefeito Júlio Cezar.
festas do frei, que acontecem em junho e novembro, seja em artesanato ou alimentação. Agora, com o santuário dedicado ao Frei, tudo ficou mais bonito e atrativo. E já vendemos bem este nesta primeira programação”, disse Janine Tenório.
A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo destacou a importância das festividades de Frei Damião para o município. “O turismo religioso é um dos que mais crescem em todo o mundo. E em Palmeira dos Índios não é diferente. Temos os santuários do Cristo Redentor e de Nossa Senhora do Amparo, na Serra do Goiti, e o de Frei Damião, em Canafístula. Com a demanda do turismo nestes lugares, a economia cresce e, também, a geração de emprego e
renda. E foi isso que aconteceu agora, com o aquecimento na venda de artigos religiosos nas festividades de Frei Damião. Mas estamos nos preparando para movimentar a região durante o ano todo”, explicou Cléa Carvalho. Ao final da Romaria, Canafistula recebeu mais de 20 mil visitantes, que contribuíram para o fomento da economia local. “Esta é uma estimativa anual para estas festas. Canafistula está linda, iluminada e conta, este ano, com o Santuário Frei Damião. Isso aumenta o atrativo turístico, religioso e, claro, o fomento à economia local. As Santas Missões terminaram no domingo, mas dá para visitar a nossa Canafistula de Frei Damião em qualquer época e conhecer o artesanato religioso do local”, convidou o prefeito Júlio Cezar.
multidão e movimenta economia
FAZENDA BREJO GRANDE
MARIA SALÉSIA
sallesiaramos18@gmail.com
Asocióloga Luciane Araújo, filha do agricultor Vitor Araújo e de Lídia Araújo, entrou com representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por excesso “injustificado” de prazo contra o Poder Judiciário de Alagoas, solicitando que faça cumprir a lei. O pedido é para que o TJAL responda administrativamente pelos danos causados aos herdeiros ao conceder decisão favorável ao empresário Álvaro Vasconcelos, no bojo do processo 001007645.2006.802.0001, no qual a Justiça alagoana entendeu que ele é dono de toda a área da Fazenda Brejo Grande, localizada no Benedito Bentes, em Maceió.
Esta não é a primeira vez que a família de Vitor Araújo recorre ao CNJ. Foram feitas várias denúncias na ouvidoria do Conselho e, agora, a petição foi enviada diretamente à Corregedoria Nacional de Justiça. Nos argumentos, Luciane diz que sua família é vítima do coronelismo do estado de Alagoas e que sente-se envergonhada pela Justiça de seu país, em especial de seu estado. “Após tantos anos de espera por justiça, prevalecem as falcatruas, injustiças e corrupção. O senhor Álvaro Vasconcelos continua a ser favorecido em todas as situações onde existe julgamento por grilagem de terras em Alagoas”, reclamou.
Ela disse, ainda, que o desembargador Paulo da Silva Lima, da 1ª Câmara Cível do TJAL e relator do recurso em
que o empresário contestou decisão de primeira instância que reconheceu que ele havia invadido parte das terras da Fazenda Brejo Grande, “deu ganho de causa em uma situação absurda, onde ignora não só os direitos das pessoas envolvidas como as provas apresentadas”. A socióloga vai além e questiona: “Após 17 anos vencem a corrupção e injustiça? Provamos por A mais B que o senhor Álvaro não era o dono das terras”.
Luciane cita alguns fatos que comprovam quem são os verdadeiros donos das terras. Neste caso, Natália Vieira de Amorim,
mãe de três herdeiras (Noélia, Nelma e Neyde) que herdou 55 hectares de terra de seu pai. Com o falecimento de Natália, as terras foram divididas para as herdeiras, ficando cada uma com 18 hectares. Em 2008 Noélia vendeu 14 hectares para Vasconcelos. Tempos depois, já tendo expulsado o agricultor Vitor Araújo e outras famílias da terra, o empresário comprou os 14 hectares de Nelma. Já Neyde Lins não vendeu sua parte; ela faleceu a 8 de agosto de 1997, antes de o empresário adquirir parte das terras de suas irmãs.
Os 27 hectares restantes que
foram invadidos por Vasconcelos não poderiam ser do empresário, segundo a denunciante, porque não foram vendidos por ninguém. Sendo assim, pertencem aos herdeiros e não a Vasconcelos. Além do que nunca foi feito inventário dessa herança. “A decisão da Justiça me parece um grandíssimo acordão. Por isso chamo esse julgamento de o grande acórdão. Vejo tudo isso como uma total injustiça por parte do relator, pois o mesmo não justificou nada, apenas fez uma enrolação, mistura tudo e transforma em uma boa pizza para servir ao senhor Álvaro Vasconcelos”.
Indignada e clamando por Justiça, a filha do agricultor Vitor Araújo diz que o relator em momento algum se referiu aos 55 hectares herdados por Natalia e deixados para as três filhas, sendo 18 hectares para cada. Como o empresário comprou apenas 14 hectares de Noelia e 14 de Nelma, restaram 27 hectares que simplesmente não foram citado.
Ela argumenta que se trata de pessoas humildes que precisam viver daquela terra, onde se planta e garante o alimento também com pequenas criações de galinha. “A minha pergunta é: mais uma vez esses herdeiros devem ser expulsos de suas terras? E os danos morais e materiais que minha família sofreu devem ficar impunes? Alagoas deve continuar a perpetuar o coronelismo do nosso estado? Grilagem de terras deve ser coisa normal? Peço Justiça!”, questionou Luciane.
Segundo ela, em 2006 quando a família fez a primeira denúncia do caso da Brejo Grande, a assistência que o CNJ deu à época a deixou cheia de esperanças. É que na ocasião foi enviada uma comissão especial a Alagoas para ouvir sua mãe (Lídia Araújo) e outros casos semelhantes ao seu. “Ou seja, as vítimas de grilagem do senhor Álvaro Vasconcelos. Pensei que realmente teríamos justiça”, relembrou. E acrescentou que no final foi reconhecido o direito de seu pai (Vitor Araújo) de estar naquela terra, onde plantava e tinha criação de animais há mais de 40 anos e que não pertenciam a
Nelma vendeu para Vasconcelos apenas
14 hectares dos 18 hectares que possuía, mas o empresário ocupou todos os 55 hectares da propriedade.
Álvaro Vasconcelos.
“Esperávamos que o Sr. Álvaro Vasconcelos pagasse os danos que causou, queimando as casas e expulsando meu pai e todas as famílias que ali viviam, mesmo não sendo proprietário das terras. Esperávamos que o mesmo pagasse principalmente pelos danos morais causados ao meu falecido pai, que na época tinha 83 anos e não só viveu toda essa situação, mas até foi denunciado, tendo que comparecer em uma delegacia como se estivesse roubando alguém, ameaçado e humilhado”, relatou ao CNJ.
A filha de seu Vitor e dona Lídia pede a suspensão da decisão de março do TJ para habilitar a herdeira Sandra, que também está sendo expulsa da terra deixada por Neyde. “Por que a falecida Neyde não foi habilitada neste processo se as terras também são dela e com sua morte passa para seus herdeiros?”,
quer saber Luciane.
O desembargador Paulo Lima foi procurado pelo EXTRA, mas a assessoria informou que ele está de licença médica de 30 dias.
O CASO
Apesar de provas, decisão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, de 1º de março deste ano, em sentença relâmpago, julgou procedente recurso em que o empresário Álvaro Vasconcelos pedia reintegração de posse da propriedade rural ocupada pela família de dona Lídia, esposa do agricultor Vitor Araújo, já falecido.
Diante dos fatos, os herdeiros das irmãs Noélia, Nelma e Neyde (falecidas) querem suas partes da Fazenda Brejo Grande que, segundo eles, foram invadidas por Álvaro José dos Montes Vasconcelos. Eles argumentam que são os donos de parte da propriedade, já que em 2008 o empresário comprou apenas 28 hectares de terras e quer usufruir dos 55 hectares.
Tudo começou em 1966 quando Natália Vieira de Araújo herdou do pai (Júlio Vieira de Araújo) 55 hectares de terras da Fazenda Brejo Grande, que em sua totalidade tinha 220 hectares. Ao falecer, Natália deixou para cada uma das três filhas 18 hectares. Conforme contrato de compra e venda, Nelma e Noélia venderam, cada uma, 14,285 hectares de suas partes a Álvaro. Já Neyde Lins de Amorim faleceu em 8 de agosto de 1997, aos 58 anos, antes da negociação das
terras. Como não tinha herdeiro direto, sua parte ficaria com os sobrinhos.
No entanto, Álvaro Vasconcelos argumenta que é dono dos 55 hectares, mesmo o formal de partilha provar que o empresário adquiriu apenas 28 hectares.
A questão é que Lídia tinha inicialmente contrato de arrendamento da área pertencente a Neyde que era solteira e sem filhos. Quando terminou o período do contrato, Vasconcelos se declarou dono da propriedade rural ocupada pela família de dona Lídia, mesmo ele não tendo comprado a parte dela (Neyde). A 2 de fevereiro de 2006, Nelma Amorim Flores autorizou Lídia Araújo a continuar plantando em sua propriedade, o que ela já fazia há 20 anos na época.
Em 2008 Nelma vendeu para Vasconcelos apenas 14 hectares dos 18 hectares que possuía, mas o empresário ocupou todos 55 hectares da propriedade e, numa ação truculenta, expulsou Lídia da área que não lhe havia sido vendida, como reconheceu depois a Justiça em primeiro grau, mas cuja decisão terminou sendo anulada este ano pela 1ª Câmara Cível do TJ.
A família dos agricultores questiona o fato de os sobrinhos de Neyde, seus herdeiros efetivos, não terem sido chamados pela Justiça alagoana a testemunharem, isto a despeito de estarem anexados ao processo documentos que comprovam que a tia, falecida em 1997, jamais vendera qualquer parte da terra que herdara da mãe, “nem em vida, muito menos em morte”.
ODILON RIOS
Especial para o EXTRA
Ata da Assembleia realizada pela BRK Ambiental mostra que a empresa que ganhou o leilão da concessão dos serviços de água e esgoto de 13 cidades da Região Metropolitana de Maceió acumula prejuízo de R$ 93,9 milhões (exatos R$ 93.960.065,88) e apenas no ano passado este prejuízo foi de R$ 31,6 milhões (exatos R$ 31.670.225,46).
Esta assembleia foi realizada no dia 31 de março e comprova aquilo já levantado pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores da capital: a BRK opera no vermelho o contrato que obriga a universalização do saneamento básico na região metropolitana.
Nesta mesma ata, a empresa fixa em R$ 2,8 bilhões o limite de remuneração dos administradores da companhia para o exercício social de 2023.
Ouvida pelo EXTRA, a BRK informou que “o retorno financeiro sobre o que foi investido retorna posteriormente, em médio/longo prazo”. Disse também que a “essa situação já era prevista”, “não influenciando no cronograma definido pela execução das obras estruturantes de cada município”. Explica também que não há razões para um pedido de recuperação judicial (veja mais nesta edição).
A companhia passa por um processo de reforma administrativa. O grupo que controla a BRK, o canadense Brookfield, analisa se vende ou não a empresa. Há duas interessadas na
compra: a Aegea e a Iguá.
A BRK venceu o leilão, com outorga de R$ 2 bilhões mais um contrato de 35 anos, em 30 de setembro de 2020. Pelo contrato, a empresa terá de garantir universalização dos serviços de água em seis anos. Segundo a companhia, 89% da população têm acesso a água. Terá 16 anos para aumentar de 27% para 90% a população atendida com água e esgoto e diminuir de 59% para 25% o desperdício.
Dois anos após a privatização (ou concessão, como se chama), reclamações e denúncias marcam as relações entre a BRK e a região metropolitana, mas principalmente Maceió. Esta semana, a Prefeitura autuou e notificou a empresa por despejar esgoto na rede pluvial, em um dos canais na Ladeira Geraldo Melo, no bairro do Poço. O esgoto corre em direção ao Riacho Salgadinho e é despejado no mar. A Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo abriu prazo para a BRK se ex-
plicar. As multas já somam mais de R$ 12 milhões.
No bairro da Jatiúca, moradores da Rua José Lourenço Albuquerque reclamam do mau cheiro da rede coletora de esgoto, apesar de a taxa de esgoto ser cobrada em dia nas contas de água.
No início deste ano, a juíza Marclí Guimarães de Aguiar determinou que a BRK suspendesse a cobrança de água em áreas comuns de um edifício na Ponta Verde, alterando, segundo a magistrada, a metodologia da cobrança “pois, ao fim e ao cabo, a prestadora do serviço público ganhará em duas frentes, o que se mostra indevido”, completa a sentença da magistrada.
“A concessionária reforça que o benefício da medição individualizada facultada aos condomínios permite a divisão do consumo de água nas áreas comuns entre os condôminos”, defende a empresa, que recorre da decisão.
Mês passado, em discurso
na Câmara, Marx Beltrão situação
A BRK e que deveria da peste”. radores ro-pipa em abastecer
A Câmara capital busca, Público, goto. “Nós Ministério se conversa suspensão brada pela biental. provavelmente apuração de Investigação dos”, disse vereador Na Barra vereador
Neto encaminhou Público pedido radores não falta de água 19, 20, 21
Em Rio Público reuniu gãos públicos luções para enquanto, gar cronograma zação dos Na cidade uma tubulação casas foram
empresa que assumiu saneamento na região metropolitana afasta risco de falência
rede de drenagem do Farol
na Câmara, o deputado federal Marx Beltrão (PP) classificou a situação como de calamidade.
A BRK é uma “boba da peste” e que deveria ir “para a casa da peste”. “Estamos vendo moradores de Maceió usarem carro-pipa em pleno século 21 para abastecer a sua casa”.
A Câmara de Vereadores da capital busca, com o Ministério Público, suspender a taxa de esgoto. “Nós temos o total apoio do Ministério Público Estadual e já se conversa sobre uma possível suspensão de taxa de esgoto cobrada pela empresa BRK Ambiental. Ao conseguir esta ação, provavelmente os trabalhos de apuração da Comissão Especial de Investigação sejam finalizados”, disse o presidente da CEI, vereador João Catunda (PP).
Na Barra de São Miguel, o vereador Julio de Andrade Belo Neto encaminhou ao Ministério Público pedido para que os moradores não sejam cobrados pela falta de água na cidade nos dias 19, 20, 21 e 22 de maio.
Em Rio Largo, o Ministério Público reuniu a empresa e órgãos públicos para discutir soluções para a falta de água. Por enquanto, a BRK ficou de entregar cronograma para regularização dos serviços.
Na cidade de Paripueira, uma tubulação rompeu e duas casas foram invadidas por lama.
ODILON RIOS
Especial para o EXTRA
Já foram destinados mais de R$ 240 milhões para a recuperação, estruturação e modernização dos sistemas existentes, recebidos da Casal.
De 2011 a 2020, década que antecede a atuação da empresa na Grande Maceió, os investimentos aplicados nos 102 municípios que compõem o estado chegam a cerca de R$ 211,7 milhões.
E é justamente por a BRK ser uma das maiores empresas de saneamento do país, com amplo reconhecimento no mercado financeiro, que foi possível abraçar esse grande projeto de transformação, que está apenas começando.
EXTRA- Existe risco de pedido de recuperação judicial da BRK?
Pelas razões que explicamos nas respostas anteriores, não haveria qualquer razão para um pedido como esse.
EXTRA- Houve surpresas na execução do contrato? Por exemplo: os desafios do saneamento eram bem maiores do que aqueles com os quais vocês estão acostumados a lidar?
pelo EXTRA, a direção alagoana da BRK disse estar avançando nas obras de esgotamento sanitário e na universalização da água na região metropolitana. Nega que o balanço financeiro, apontando que a empresa está operando no prejuízo, alterará o cronograma das obras. Afastou o risco de recuperação judicial e falou dos investimentos realizados nestes dois anos de contrato. Veja:
EXTRA- A BRK informa em seu balanço oficial que está com prejuízo e ao mesmo tempo existe a execução de um contrato na região metropolitana. Até que ponto isto atrapalha a execução deste cronograma? Haverá atrasos?
Em contratos de concessão, como é o caso da nossa prestação de serviços de saneamento básico na Região Metropolitana de Maceió, é característica a concentração de investimentos nos primeiros anos de Contrato, de modo a permitir a expansão dos serviços e as mudanças estruturais acontecer decorrentes do projeto. O retorno financeiro sobre o que foi investido retorna posteriormente, em médio/longo prazo. Uma vez que essa
situação já era prevista, isso foi considerado na elaboração do Plano de Negócios da Companhia e no Plano Diretor de Obras, já em execução, não influenciando no cronograma definido para execução das obras estruturantes de cada município.
EXTRA- O balanço não mostra os motivos do prejuízo. Essa informação pode ser tornada pública?
Conforme mencionado no item anterior, é característica comum a contratos de concessão a realização de prejuízos nos primeiros anos. Durante esse período, está concentrada a maior parte dos investimentos previstos, de modo a garantir a expansão dos serviços aos usuários.
A carência de investimento no saneamento básico em Alagoas antes da chegada da BRK é a razão pela qual desequilíbrios financeiros acontecem nesse início de operação na Região Metropolitana de Maceió, uma vez que trazem despesas operacionais em estruturas muito antigas e que não recebiam manutenções adequadas.
Há menos de dois anos de atuação nas 13 cidades da Região Metropolitana de Maceió, nossos investimentos em saneamento básico já ultrapassam o valor investido no setor em todo o estado de Alagoas durante os dez anos anteriores à concessão.
Os principais desafios enfrentados pela empresa no início da concessão foi atender a uma demanda reprimida em serviços básicos, como atendimento de chamados de vazamentos de água espalhados pelas 13 cidades. Diariamente, a empresa atende uma média de 60 chamados de reparos de vazamento.
Assim, iniciamos nossa atuação intensificando ações de contingência para atender toda a demanda vinda da Casal, estruturamos o funcionamento dos sistemas dos 13 municípios e iniciamos a modernização dos ativos existentes.
Após isso, o segundo passo foi iniciar os investimentos na ampliação dos serviços até a universalização do acesso à água potável e ao esgoto tratado – metas contratuais, com a execução do Plano Diretor de Obras.
Com nossos investimentos, vamos garantir a universalização dos serviços de água até 2027 na região coberta pelo contrato de concessão da Casal. Em relação ao esgotamento sanitário, o prazo para que 90% da população atendida pela Casal tenham o serviço até 2037. Outra meta importante do contrato é a redução do índice de perdas, que deverá passar dos atuais 59% para, no máximo, 25% de desperdício.
Empresa diz que ‘situação já era prevista’
Carro popular? Já foi. Hoje, quase. Pois é. É preciso se admitir que o governo federal está no caminho certo: baixando os preços dos combustíveis (um produto estratégico para qualquer nação que tem um presidente com mais de dois neurônios), gás de cozinha e derivados, e com isso alavancar o consumo interno. Esta semana o presidente Lula acertou de novo: está implementando um programa, cujo objetivo é reduzir os preços dos automóveis para pessoas físicas, e também de caminhão e vans, para pessoas jurídicas.
O carro mais ‘barato’ do país era R$ 68.990,00 (Kwid) e com o programa do governo ele terá uma redução de R$ 8 mil, mas, as concessionárias da Renault ampliaram o desconto e o carro passou a custar R$ 58.990,00, ou seja, ou desconto de R$ 10 mil, mesmo assim ainda não se pode dizer que é um carro ‘popular”.
Para adquirir o carro ‘popular’ o trabalhador precisa desembolsar 44,68 salários mínimos (R$ 1.320,00), ou seja, ele teria que trabalhar quase quatros anos sem nenhum outro gasto, enfim. A medida do governo beneficia em cheio a classe média.
Embora esteja longe de o carro ter um preço popular, a lógica adotada pelo governo está perfeita, ou seja, é fazer circular a moeda, e, naturalmente, incrementar a economia. Quem ganha? A população menos favorecida.
Esta semana o governo federal acertou em cheio: apresentou o Programa Desenrola Brasil, que deve beneficiar cerca de 70 milhões de brasileiros; é muita gente. Toda essa população está endividada. O objetivo é reduzir a inadimplência e tirar os brasileiros do vermelho do SPC. O limite da dívida é de até R$ 5 mil.
O objetivo da medida é ajudar os brasileiros endividados a pagarem suas dívidas e o programa é voltado para pessoas físicas.
Outro objetivo do Desenrola é organizar os agentes do mercado (principalmente os bancos) para renegociação de dívidas com as pessoas físicas, exclusivo em ambiente virtual.
A medida elimina intermediários, reduz os custos de transação e viabiliza os descontos que bancos e demais credores estão dispostos a repassar para a população.
Os pagamentos serão realizados diretamente ao banco para os credores que participaram do leilão – incluindo bancos, varejistas, companhias de saneamento, eletricidade,
Bancos passam a alterar a data dos vencimentos das faturas para tentar lucrar um pouco mais.
Geralmente, há um prazo de 35 a 45 dias para pagar a conta do banco. Como assim? Vamos lá. Seu vencimento é no dia 8 de junho, mas o pagamento dessa fatura só será no dia 15 de julho então, tecnicamente, você tem 37 dias para pagar a fatura.
O que supostamente vem acontecendo é que a fatura tem cada vez menos dias para pagar, logo, ao invés do pagamento ser necessário apenas no dia 15, será no dia 10, por exemplo. Com isso, o banco consegue ganhar um pouquinho com uma operação bancária conhecida como “float”, que seria traduzida como “flutuação”.
empresas de cartão de crédito, etc. Não é possível mandar o dinheiro para o devedor pagar o credor.
As renegociações das dívidas deverão ser contratadas até 31 de dezembro de 2023, com início após a regulamentação por meio de ato do ministro de Estado da Fazenda. Com certeza a medida vai instigar os bancos a rediscutirem as dívidas acima dos R$ 5 mil, e com isso ajudar, mais ainda, os brasileiros a saírem do vermelho. Assim se espera.
A Medida Provisória 1.176, de 5 de junho de 2023, tem todos os detalhes sobre o Programa Desenrola Brasil.
Se depois de pagar o débito a empresa não solicita a retirada do nome da relação de inadimplentes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Serasa, no prazo de cinco dias úteis, o consumidor tem direito de entrar com uma ação judicial por danos morais. O consumidor deve procurar os Juizados Especiais Cíveis de Pequenas Causas.
n Nairan Custódio
economista
nairancs@outlook.com
Essa “flutuação” funciona assim: você faz uma compra no cartão de crédito. O banco recebe essa compra, cria-se uma fatura e ele precisa repassar o dinheiro para o local que você fez a compra. Mas ele não precisa pagar esse dinheiro imediatamente, há um prazo pré-determinado para fazê-lo e enquanto o banco não repassa o seu dinheiro para o estabelecimento onde a compra foi feita, ele usa esse dinheiro para aplicações financeiras.
Faz sim! Apesar de parecer pouco tempo, para bancos que movimentam milhões de reais todos os dias e com a taxa Selic a 13,75%, taxa esta que comentamos aqui em semanas anteriores, os grandes bancos podem faturar muito e, mesmo assim, procuram formas de gerar eficiência financeira e, com isso, prejudicam o consumidor final, que contará com uma fatura mais achatada na hora de pagar.
Quer entender mais sobre como o dinheiro funciona e como ser mais próspero financeiramente? Contrate um Consultor Financeiro. Este profissional tem todas as ferramentas para organizar sua vida financeira e te deixar com mais paz no dia a dia.
n pedrojornalista@uol.com.br
PARA REFLETIR - Os políticos não conhecem o respeito, nem o interesse público. São movidos pelo interesse próprio e nunca pelo sentimento.
Amais ingrata função no núcleo de um governo não deveria ser dada a alguém do qual o governador goste, mas infelizmente tem que ser assim, por razões óbvias. Tenho visto na imprensa local e políticos, que estão longe de compreender “os ossos do ofício”, críticas ao secretário de Governo, Vitor Pereira.
O talentoso jovem advogado, doutorando em Ciência Política, conhece bastante de administração pública e o principal: é amigo de extrema confiança do governador Paulo Dantas.
Vejo em Vitor a minha figura no Governo Guilherme Palmeira (mesmo sem ser secretário de Estado). A seu convite me dispus a “cuidar e preservar sua vida pública”. Audiência de deputado, secretários e diretores de autarquias era comigo. Quando queria dar uma bronca em alguém o fazia pessoalmente ou mandava que eu fizesse, quando queria demitir, a mesma coisa. Metade da Assembleia me criticava, boa parte do secretariado também. As opiniões não me incomodavam, até porque sabia da confiança em mim depositada. Em nossos finais de experiente, ao ficarmos a sós, ele me contava todas as queixas e ainda dava os nomes, aí riamos muito. Ele respondia sempre aos “acusadores’ - “Vou falar com ele, mas é o jeito do Pedro”.
Vitor tem hoje, com uma maior dimensão de gerenciamento, a ingrata função de “para-choque” do governador e dou-lhe esse conselho: mantenha sua lealdade a Paulo Dantas, faça o melhor para resguarda-lo e ponto.
Como dizia Ibrahim Sued (1924-1995), “os cães ladram e a caravana passa”.
Ainda haverei de ver o governo do Estado ou a Prefeitura de Maceió criar uma Secretaria de Bem-Estar Animal e prometo fazer uma comemoração. Toda vez que acontece uma movimentação para promover alguma arrumação política fico torcendo, mas a frustração logo surge. Criam secretarias pra tudo o que é viável ou não, a exemplo de órgãos apenas com a finalidade de “empregar” e acolher aliados. A saúde e cuidado com animais no estado e também na capital são negligenciados, os deputados e vereadores não possuem a mínima sensibilidade pela causa e vamos seguindo com um deplorável abandono, que causa fome, doenças e mortes principalmente de cães e gatos. Políticas públicas de resultados não existem e o que acontece é puro amadorismo.
Tem novidades quentes no ninho de apoio à reeleição do prefeito JHC. Para a oposição será um balde de água fria na tentativa de enfrentar um candidato já com aprovação positiva em alta na avaliação de sua administração. Para desespero dos adversários, surge a real possibilidade de a deputada Rose Davino ser candidata a vice do “alcaide”.
Conversas iniciais surgiram e a turma está embalada em convencer a poderosa família Davino a entrar na disputa.
Uma bomba no colo dos opositores tornando a possibilidade de vitória em “WO” para o prefeito.
Infelizmente os políticos de Alagoas vivem a política do ódio e não de adversários. Há sempre um rancor doentio a cada eleição, que se propaga eternamente. Houve um tempo, e eu vivenciei, no qual os adversários políticos não passavam de simples adversários. Disputavam o mesmo colégio eleitoral, derramavam-se em discursos sectários, faziam oposição ferrenha, mas sempre havia uma porta aberta para o diálogo. Esse quadro vem se agravando desde o primeiro governo petista e tomou proporção maior na tresloucada gestão Bolsonariana. A frase “nós contra eles” revela um mantra entre direita e esquerda no país e isto é muito ruim para todos que se veem envoltos pela política do ódio.
Em episódio recente, quando se discutia graves problemas nacionais em Brasília, tendo no protagonismo o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Arthur Lira, que reclamava a falta de liderança institucional do governo no Congresso, aqui em Alagoas repentinamente acontece uma operação “arranjada” da Polícia Federal, com o objetivo de “caçar” adversários políticos, desvendar, confiscar e prender a qualquer custo.
Tudo resvala para o jogo sujo da discórdia, do denuncismo caboclo e de muito ódio no coração. Os alagoanos não merecem isso, senhores.
Se as prefeituras gastassem metade do que gastam em shows, revertidos em ações sociais, não haveria fome e miséria nos municípios.
Uma pergunta à qual gostaria de ter a resposta: onde andam os guardas de trânsito de Maceió? Retiro permanente?
dústria situada dentro de nossa cidade ameaça diretamente a saúde e a vida das 150 mil pessoas que vivem, estudam ou trabalham no seu entorno, sem que nada se faça para transferi-la de lá para local seguro.
Na semana em que se comemora a Semana do Meio Ambiente, Maceió está para ganhar outro presente de grego – vejam só – com o beneplácito do indigitado, incompetente e omisso Instituto do Meio Ambiente de Alagoas: a implantação em pleno Porto de Maceió, que se situa como se sabe no bairro de Jaraguá, em pleno Centro da capital de Alagoas, de armazém para servir de depósito ao perigoso ácido sulfúrico que será utilizado por uma indústria situada em Santa Luzia do Norte, a cerca de 36 km de Maceió.
E também pela Braskem cuja in-
Como se fosse pouco o armazenamento do gás dentro de Maceió (as normas recomendam que sejam acondicionados próximo da indústria que irá consumi-lo), este ainda vai passear cotidianamente dentro de Maceió, até chegar a seu destino na fábrica situada em Santa Luzia e na Braskem!
Agora, o que impressiona mesmo é a irresponsabilidade dos entes públicos que estão a cometer mais esse ataque a nossa capital, eles que deveriam zelar e defendê-la de absurdos como este. Até quando não serão responsabilizados por suas anomias e até mesmo prevaricações?
Onde estão os “defensores” do meio ambiente desta terra abençoada por Deus e bonita por natureza, parodiando o Jorge Benjor, mas tão vilipendiada por uns e depredada por outros que não agem, reagem a coisas como estas?
Onde foram parar os sindicatos
dos trabalhadores na indústria química? E dos demais trabalhadores desta cidade? Por onde andam os conselhos de engenharia, de arquitetura, de química? E a outrora combativa OAB?
Onde estão todos que veem e fingem que não é com eles o que estão fazendo nessa cidade?
E a Câmara de Vereadores só atuante – com parcas exceções – em defesa dos seus próprios interesses e dos seus currais eleitorais? E a Prefeitura de Maceió que emitirá as licenças para a construção e depois para a operação do armazém? O que vai fazer o prefeito instagramável? Tirar uma foto com os donos do pedaço na inauguração do armazém para publicar festivamente em suas redes sociais? O IMA vai mesmo coonestar com mais esse abuso e liberar o EIA-RIMA, o salvo-conduto para a armazenagem do gás sulfúrico dentro de Maceió?
Não tem mesmo ninguém, nenhuma autoridade, para dar um basta em mais essa imoralidade?
Ou só nos resta, como diria o Boris Casoy, clamar que “isso é uma vergonha!”?!!!
preendendo rápido seu interlocutor, e interage com argumentos simples e convincentes.
É por natureza conciliador, solidário, compreensivo e amigo. Não abandona o barco quando as águas se agitam.
Não me recordo em que circunstâncias o conheci. Nunca lhe fiz uma consulta médica, em que pese ser um dos melhores cardiologistas, máxime na atividade cirúrgica, sendo, sem sombra de dúvidas, um dos melhores do país.
Sei, quando era adolescente, estudou em colégio interno, no Pio XII, de Palmeira dois Índios, com meu irmão Ney.
Fala, José Wanderley Neto, como quem pede licença para se expressar. Ouve com atenção e interesse, com-
Como médico, inovando, abrindo caminhos, acreditou ser possível, e tornou Alagoas um centro de referência cardíaca.
Como político, discreto e solidário, ocupou e ocupa, com eficiência e humildade, um lugar que o torna pleno de respeito.
Sertanejo de Cacimbinhas, Sertão de Alagoas, de família política, a mãe já geriu os destinos do município, hoje comandado pelo filho Hugo.
Foi vice governador de Téo Vilela, período que não o fez afastar-se de suas atividades cirúrgicas.
É portador de uma simplicidade encantadora. Lembro-me, naquele período, não me recordo o ano, liguei para o seu celular afirmando que precisava lhe falar. Perguntou onde me encontrava e, dentro de pouco tempo, veio ao meu encontro em minha sala no Ministério
Público.
Foi eleito deputado tendo como bandeira a causa da saúde que tanto entende e pela qual é apaixonado. Na verdade, sua causa é o bem estar de todos.
Quando conversa descomplica o assunto é vai direto ao ponto, de forma diplomática e acolhedora. Inteligente e carismático, esse médico, eventualmente político, é um grande fazedor de amizades.
Inquieto, em que pese a fala dócil, encontra tempo para escrever, falando da vida e dos fatos, em linguagem compreensível e humana.
Esse homem simples de brilho profissional, político de escol, é um alagoano que, dentro das imperfeições do existir, característica intrínseca do ser humano, nos orgulha a todos nós.
Na Assembleia, caixa de ressonância da angústia do povo, esse sertanejo de Cacimbinhas, passado na casca do angico, expressão que reflete experiência e luta, saberá, não tenho dúvida, falar e ouvir e, sobretudo, agir em prol dos menos favorecidos da sorte.
Onde foram parar os sindicatos dos trabalhadores na indústria química? E dos demais trabalhadores desta cidade? Por onde andam os conselhos de engenharia, de arquitetura, de química? E a outrora combativa OAB?
Onde estão todos que veem e fingem que não é com eles o que estão fazendo nessa cidade?
É portador de uma simplicidade encantadora. Lembro-me, naquele período, não me recordo o ano, liguei para o seu celular afirmando que precisava lhe falar. Perguntou onde me encontrava e, dentro de pouco tempo, veio ao meu encontro em minha sala no Ministério Público.
n Advogado e escritor
Para que servem? Sempre me pergunto, e não devo ser o único por esse Brasil afora. Se for algum vereador, deputado ou senador, a resposta certamente será: para investigar pessoas e atos dos membros do Executivo. Qual o sentido prático disso? Nada, em verdade, ou algum impeachment de presidente, governador ou prefeito, criando uma crise institucional. No mais, tudo como d’antes no quartel de Abrantes.
Vejamos, por exemplo, a última CPMI, aquela que investigou a administração Bolsonaro sobre a pandemia. Alguém foi punido? Sofreu qualquer sanção? Os negativistas continuaram negando tratamento aos doentes, o presidente a fazer propaganda contra as vacinas, as tíbias tentativas de impeachment deram com os burros n’água. Horas e horas de trabalho dos nossos legisladores para nada. Por que elas são inutilidades, se realizadas por pessoas tão sérias, como os nossos representantes no Legislativo? Tentemos examinar esse fenômeno.
As polícias, estaduais ou federal, são apetrechadas para as investigações, e vêm fazendo o seu trabalho sem dó nem piedade, muitas vezes sem alardes. No nosso sistema jurídico-penal, os delegados apresentam ao Ministério Público relatórios minuciosos com os resultados das apurações. O
Ministério Público, por sua vez, tem a incumbência de levar os indiciados perante o juízo, onde serão julgados e eventualmente punidos. Disse eventualmente, pois quando se trata de políticos, ninguém sabe. Infratores e criminosos de “alto coturno” têm bons advogados e poder bastante para se safarem. Um ou outro é punido, para dar bom exemplo, para se saber que a Justiça é absoluta, incorruptível e imparcial, enfim, coisa séria. Desses, a maioria sequer cumpre pena, algumas vezes se safando com multas ou com a devolução do dinheiro público surrupiado, e um pedido de desculpas. Passado o período da ficha suja, voltam a candidatar-se e, pasmemos, serão eleitos. Já as CPIs e CPMIs, essas só servem para satisfazer a vaidade política. Será que se as sessões não fossem transmitidas pela TV Câma-
ra, ou TV Senado, ou qualquer outra, seriam tão concorridas? Os debates seriam tão acirrados e veementes? Ver-se-ia deputados ou senadores quase saindo aos tapas e murros? É duvidoso, pois como se diz, política é a arte do confronto de ideias. Melhor ainda quando essas ideias e atuações são transmitidas pelas emissoras. Nesse ponto, política é a arte da desfaçatez.
Quem me vê, ou ouve, dizendo essas coisas há de pensar que tenho pouco apreço pela política. Ledo engano! Mas a política que aprecio é aquela dos grandes debates, do confronto de ideias, do embate entre pessoas que se respeitam e respeitam o povo que as elegeu, o povo sendo o centro das preocupações dos políticos, como ensinado por Sócrates, Platão e Aristóteles. Mas isso parece um sonho longínquo, infelizmente.
Vejamos, por exemplo, a última CPMI, aquela que investigou a administração Bolsonaro sobre a pandemia. Alguém foi punido? Sofreu qualquer sanção? Os negativistas continuaram negando tratamento aos doentes, o presidente a fazer propaganda contra as vacinas, as tíbias tentativas de impeachment deram com os burros n’água.
n Aposentada da Assembleia Legislativa
Aprendi com minha mãe a fazer amigos, conservá-los e respeitar a lei da boa vizinhança.
Cito sempre as pessoas que me fizeram bem desde minha infância. Morei na Avenida Fernandes Lima nos idos de 1950. Ao lado morava uma família de quatro filhos. Nós, eu e meus irmãos, já éramos seis. Minha mãe e Da. Rute se tornaram amigas. Conversavam bastante e procuravam reunir os filhos em algumas ocasiões. Ainda hoje, eu e Veleda conversamos pelo Facebook, apesar de já termos chegado aos oitenta anos!
Quando Rubião tinha dezesseis anos foi para a Escola Preparatória de Cadetes, em Fortaleza. No dia de receber material, chegou às suas mãos um coturno menor do que seu pé. Um amigo ao seu lado viu a dificuldade que ele tinha para calçar tal bota. Como havia recebido dois pares, o colega de farda deu um ao meu futuro marido. Aí começou uma amizade que vigora até hoje, estando os dois bem velhinhos. No momento atual, os filhos dos dois amigos já são bons companheiros.
Meu pai e meu tio foram órfãos pobres na cidade de Penedo. Meu avô, o poeta Sabino Romariz, escreveu um poema, pedindo aos amigos que ajudassem a seus filhos menores, quando ele morresse. Ouvia do velho João histórias tristes e verdadeiras, isto é, houve ajuda, mas, também aconteceu muita humilhação. Depois de adultos, meu pai, já numa certa posição, era procurado pelos falsos amigos. Ficava solidário, ajudava no que podia, mas salientava sempre: “Ele me humilhou bastante!”
Sabino, meu irmão, sofreu muito por acreditar que na política poderia contar com boas pessoas. Eu avisava: Fulano não é seu amigo! Ele não acreditava e se dava mal. Entretanto, contou com muita gente boa quando não
estava bem. Gosto de lembrar que Renan Calheiros foi um dos poucos que o ajudaram no fim de vida.
Sempre mostrei a meus filhos como é importante ter bons amigos. Mas, vale a pena reconhecer os verdadeiros. Dentro da família, contamos com boas ou más pessoas. Dizia meu pai que o pior inimigo é o que foi o maior amigo. Já comprovei isso em várias ocasiões.
No ambiente de trabalho existe gente boa e gente ruim, como em todo lugar. Tenho várias amigas queridas, colegas da Assembleia e em outras repartições onde trabalhei. Sempre cito Selma Suruagy e Elaine Tenório, mas existem outras, pois continuo convivendo com colegas novas e antigas.
O pior ambiente para se fazer amigos é o político. Os interesses são muitos e variados. Não existe uma maneira séria na hora das promoções e o desgaste é grande, pois, para vencer, é preciso empurrar o outro. Aí, ninguém sabe onde está a verdade.
Moramos num condomínio, em Paripueira, desde os idos de 99. Quando aqui chegamos, só havia quatro famílias. Ajudamos a fundar a diretoria de uma
associação. Meu marido foi o primeiro presidente. Não havia água, os fios elétricos eram roubados, mas o grupo foi crescendo, se uniu e levou o projeto adiante. Hoje, há dezenas de casas, muitos moradores, o condomínio funciona bem, os problemas são menores. Do grupo inicial que criou nosso lindo residencial restam poucos amigos.
Sempre que falo em bons amigos, não deixo de citar Eduardo e Zilneide. Nos momentos mais complicados de minha vida política e sindical, os dois me ajudaram e foram fiéis aos elos que nos uniam. Hoje, o muito que fizer por eles é pouco, pois me ajudaram bastante.
Gostaria de poder dizer a meus leitores que, entre os deputados estaduais, consegui fazer bons amigos. Os dirigentes nos tratam como se fôssemos seres inferiores e eles estivessem num patamar superior. Já ouvi um parlamentar dizer numa reunião de funcionários, aos gritos: “Eu sou um deputado!” Achei graça, pois ele estava deputado e dependia do voto popular.
A culpa não é só dos falsos amigos. É nossa também. Não soubemos escolher os melhores e esquecer os piores.
Viva a verdadeira amizade!
O pior ambiente para se fazer amigos é o político. Os interesses são muitos e variados. Não existe uma maneira séria na hora das promoções e o desgaste é grande, pois, para vencer, é preciso empurrar o outro. Aí, ninguém sabe onde está a verdade.
Tradicional “Em Alagoas, São João é São Miguel 2023” começa em 23 de junho com inauguração da Vila do Forró
Caiu na boca do povo e todo mundo está espalhando: de 23 a 29 de junho, São Miguel dos Campos receberá forrozeiros do Brasil inteiro. Isso porque “Em Alagoas, São João é São Miguel”. O prefeito George Clemente, o vice-prefeito Dr. Benildo Chagas, e os secretários da gestão fizeram o lançamento oficial da mais divertida festa junina do estado e divulgaram os artistas e quadrilhas que passarão pelo evento.
Veja abaixo a relação com a programação completa:
DIA 23:
Às 18h: INAUGURAÇÃO DA VILA DO FORRÓ;
Às 19h: QUADRILHA JUNINA: LUAR DO CAMPO DE CAMPO
ALEGRE E QUADRILHA JUNINA: XODÓ E XAMEGO DE RIO LARGO.
E NO PALCO DAS GRANDES ATRAÇÕES, A PARTIR DAS 21h:
* HENRIQUE SANTANA
* CLÁUDIO RIOS
* RAQUEL DOS TECLADOS
* e BABY SOM
DIA 24:
A partir das 19h: QUADRILHA JUNINA: DONA DADÁ, DE MACEIÓ
E QUADRILHA JUNINA: GIBÃO DE COURO, DE PILAR.
E NO PALCO DAS GRANDES ATRAÇÕES, A PARTIR DAS 21h:
* ELIAS NETO
* CELSINHO
* GALÃ
* e NODA DE CAJU
DIA 25:
SÃO JOÃO KIDS, a partir das 17h, COM A BANDA LUPI ANIMANDO
A FESTA! E MAIS: A QUADRILHA AURORA BOREAL, DE SÃO
MIGUEL DOS CAMPOS.
E NO PALCO DAS GRANDES ATRAÇÕES, A PARTIR DAS 21h:
* WELLBERT TELES
* MATHERIA SHOW
* JORGE DE ALTINHO
* MICHELE ANDRADE
DIA 26:
A partir das 18h, COCO DE RODA: SÃO MATHEUS DO BENEDITO
BENTES, DE MACÉIO/AL; QUADRILHA JUNINA: OLHOS DA LUZ, DE SANTA LUZIA DO NORTE E QUADRILHA JUNINA
JOVEM DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA DE SÃO
MIGUEL DOS CAMPOS.
E NO PALCO DAS GRANDES ATRAÇÕES, A PARTIR DAS 21h:
* CIDINHA SHOW
* ALCYMAR MONTEIRO
* CAVALEIROS DO FORRÓ
* IGUINHO E LULINHA
DIA 27:
A partir das 19h: TEREMOS O FESTIVAL DE CULINÁRIA, COM
AQUELE SABOR ESPECIAL E REGIONAL PARA TODOS!
E AINDA A QUADRILHA JUNINA: LULA DE BAIÃO, DE TEOTÔNIO VILELA E A QUADRILHA JUNINA: FLOR DE CHITA, DE MACEIÓ.
E NO PALCO DAS GRANDES ATRAÇÕES, A PARTIR DAS 21h:
* MARCYNHO SENSAÇÃO
* DORGIVAL DANTAS
* NADSON O FERINHA
DIA 28:
A partir das 19h, na VILA DO FORRÓ: GAL SHOW; QUADRILHA JUNINA: SHOW NORDESTINO, DE MARECHAL DEODORO E QUADRILHA JUNINA: BALÃO NORDESTINO, DE BOCA DA MATA.
E NO PALCO DAS GRANDES ATRAÇÕES, A PARTIR DAS 21h:
* GLEYSON VAQUEIRO
* TATY GIRL
* TARCÍSIO DO ACORDEON
DIA 29:
A partir das 19h, na VILA DO FORRÓ: MARCOS DA SOFRÊNCIA; QUADRILHA JUNINA: JUNINA PÉ DE SERRA ALAGOANA, DE MACEIÓ E QUADRILHA JUNINA: RODA DE FOGO, DE MURICI.
E NO PALCO DAS GRANDES ATRAÇÕES, A PARTIR DAS 21h:
* VALDERÍ JUNIOR
* LIMÃO COM MEL
* JOÃO GOMES
O prefeito George Clemente falou sobre o momento. “Fizemos um lançamento especial do nosso São João, que é considerado o maior evento junino coberto do mundo, e está voltando este ano com uma megaestrutura de som e luz, além de grandes atrações”, frisou. Também foram divulgadas novidades, como a Vila do Forró; o São João Kids, com a banda Lupi; o Festival de Culinária; e o espaço de alimentação Sabores Juninos. A organização destacou o cuidado especial com a segurança de todos, com o objetivo que a festa ocorra em paz.
Desde 2019 sem ser realizada e com mais de 30 anos de história, a principal festa popular de São Miguel dos Campos já tem um lugar cativo no coração de cada miguelense.
A arte, a cultura e as tradições estão mais vivas do que nunca. Dessa forma, em 2023, a Praça Multieventos estará, novamente, lotada de festeiros e forrozeiros, e o forró não será esquecido.
para mulheres. Na estrutura, as mulheres podem ter acesso a consultas clínicas, ginecológicas e de enfermagem, além de exames de citologia, ultrassom, laboratoriais, solicitação de mamografia, atendimento psicológico, orientações sobre pré-natal e planejamento reprodutivo e familiar.
Nos últimos dois anos, uma série de políticas públicas implementadas em Maceió tem deixado para trás um passado que afligia a fatia da população mais necessitada de atendimento gratuito de saúde. As medidas de gestão puseram um fim, por exemplo, na corrupção tão descarada nos postos e na baixa oferta de assistência pelo SUS no município, um dos grandes apelos dos usuários.
A criação de programas sociais, como o Corujão da Saúde e o Saúde da Gente aumentaram os serviços já disponibilizados nas unidades públicas de saúde e, no dia a dia, os aproximam de quem mais precisa.
O Saúde da Gente, por exemplo, já é considerado o maior projeto itinerante do ramo no Brasil, com foco exclusivo na população em vulnerabilidade social. Desde que foi implantada, em agosto do ano passado, a ideia prestou mais de 400 mil atendimentos em cinco frentes de atuação: Saúde da Mulher, Infantil, Animal, Mental e nas Grotas. O programa tem dado tão certo que se destacou do prêmio Latam Smart City Awards 2023, o mais importante da América Latina para reconhecimento de iniciativas de cidades inteligentes, sendo reconhecido como um dos três melhores do mundo na categoria ‘Sociedade Equitativa e Colaborativa’, concorrendo com São Paulo (SP) e Medellín (Colômbia). Os alvos da iniciativa são as regiões de baixa renda, cuja meta é alcançar mais de meio milhão de pessoas.
Com itinerário móvel, a iniciativa permanece por sete dias em cada localidade que se instala, facilitando o acesso aos serviços ofertados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A maior demanda fica no público feminino. A cada 100 atendimentos que são oferecidos nas comunidades, 10 são
Nas demais frentes, as equipes fazem atendimento infantil com pediatra, oftalmologista e psicólogos; vacinação antirrábica, atendimentos clínicos e vermifugação de animais, dentre outros. Para ter acesso aos serviços, não há burocracia. O cidadão só precisa apresentar um documento com o número do CPF e cartão do SUS.
E Maceió se consolidou como a melhor capital do Nordeste na Atenção Primária de Saúde. Recentemente, os bons indicadores da saúde do município foram reconhecidos pelo Ministério da Saúde. A Atenção Primária da capital recebeu um prêmio do programa Previne Brasil. Um dos avanços alcançados e que permitiram esse bom desempenho foi o credenciamento de novas equipes de Atenção Primária [eAPs] que fez a capital saltar de 27% para 52% de cobertura. Esse resultado faz Maceió ficar em primeiro lugar na qualidade da Atenção Primária à Saúde no Nordeste e 4º lugar no país. O objetivo é que até o final do ano Maceió alcance 70% de cobertura.
Maceió está na 1ª colocação no Programa entre as capitais do Nordeste e o 2º lugar no Brasil, ficando à frente de capitais como Curitiba (Paraná), Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e Brasília (Distrito Federal), com a média de 7,53. Maceió obteve como o indicador sintético final (ISF) > 9, e foi referência nacional dentre os municípios de Alagoas de porte capital.
Criado para ampliar a oferta de atendimentos médicos e serviços do município, o Corujão da Saúde - lançado em 3 de dezembro de 2021 - tem facilitado o acesso das pessoas que não podem se dirigir aos postos durante o dia para cuidar de sua saúde. Com
isso, além do horário normal de funcionamento, 22 unidades de saúde da capital passaram a ter horário estendido, das 17h às 21h. Já são mais de 130 mil atendimentos em horário estendido nestes postos. Além de contar com consultas médicas, odontológicas e de enfermagem, os usuários também têm acesso a serviços da Atenção Bá-
sica como citologia, pré-natal, testes rápidos para detectar HIV, Aids e Hepatites Virais, verificação de pressão e glicemia, curativos, desenvolvimento infantil, saúde do homem, saúde do idoso, acompanhamento de pacientes com diabetes, hipertensão, hanseníase e tuberculose e vacinação, inclusive a da covid-19.
Capital alagoana se consolida como a maior cobertura entre as capitais do Nordeste, com foco na atenção primária
DIVULGAÇÃO
No dia 23 de maio a Netflix implementou uma nova política no Brasil, passando a cobrar um valor extra para os usuários que compartilham suas senhas na plataforma de streaming. Como resultado, a empresa enfrentou uma queda de 3% em seus usuários ativos mensais em maio de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa informação foi obtida por dados fornecidos pela Sensor Tower e divulgados pelo Mobile Time. Ao mesmo tempo, outras plataformas concorrentes da Netflix experimentaram um crescimento no mercado brasileiro. A Star+, que é de propriedade da Disney, registrou um aumento de 60% em maio de 2023, impulsionado pela transmissão de eventos esportivos.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a classe média brasileira apresentou um aumento no endividamento e na inadimplência entre abril e maio. A proporção de famílias com dívidas a vencer se manteve estável em 78,3% em todo o país pelo quarto mês consecutivo. No entanto, esse índice é maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando estava em 77,4%. Esses dados revelam um cenário desafiador para a classe média, que enfrenta um aumento no endividamento e risco de inadimplência.
n Bruno Fernandes –bruno-fs@outlook.com
O número de pedidos de recuperação judicial atingiu o seu maior patamar em cinco anos, de acordo com um estudo realizado pela Serasa Experian. Entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 382 requerimentos na Justiça. Esse número representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 275 pedidos, o que representa uma queda de 28%. No entanto, o patamar de 2023 ainda fica abaixo do recorde registrado em 2018, quando foram contabilizados 518 pedidos de recuperação no mesmo período.
Após a entrega das declarações do Imposto de Renda, é comum que os contribuintes fiquem preocupados em verificar se a Receita Federal identificou alguma pendência em suas declarações, o que poderia resultar em uma situação de malha fina. Para realizar essa verificação, é necessário acessar o e-CAC (Centro de Atendimento Virtual) e verificar o status da declaração. No e-CAC, os contribuintes poderão encontrar informações sobre eventuais pendências identificadas pela Receita Federal. Além disso, o site da Receita também disponibiliza detalhes sobre a natureza da pendência encontrada, permitindo que os contribuintes saibam exatamente qual é o ponto de atenção.
ASanta Casa de Maceió sediou, no dia 26 de maio, a prova prática para o título de especialista de endoscopista conferido pela Sociedade Brasileira de Endoscopia (SOBED). A entidade convocou seis de seus médicos preceptores para a avaliação de 17 candidatos vindos de diversos estados do Nordeste.
De acordo com o coordenador do Serviço de Endoscopia do hospital, Herbert Toledo, ter esta etapa realizada na Santa Casa de Maceió reforça a credibilidade da instituição. “Ficamos muito agradecidos à SOBED por ter escolhido a Santa Casa de Maceió, um dos principais hospitais do Brasil, para sediar esse evento. A entidade encontrou um ambiente favorável, com muita qualidade profissional e que atende a todos os pré-requisitos de uma medicina qualificada dentro dos parâmetros das RDCs que tratam dos cuidados específicos para se ter uma boa entrega no exame de endoscopia e colonoscopia”, disse o especialista.
Para obter o título de especialista em endoscopia digestiva, o candidato precisa ter de dois a quatro anos de residência médica em outras especialidades. Além disso, o certificado é alcançado após dois anos de residência médica em endoscopia digestiva. “Na Santa Casa de Maceió já formamos o primeiro aluno, que terminou a residência em maço. Agora, temos mais dois candidatos, aqui de Maceió, que vão estudar pelos próximos dois anos e farão sua formação no Centro de Treinamento em Endoscopia Digestiva do hospital”, destacou Herbert Toledo.
Segundo o médico endoscopista especialista da SOBED, Durval Rosa Neto, o foco desta etapa foram os participantes do Nordeste. “Os candidatos surpreenderam
tanto no conhecimento, como na técnica. Muitos já praticam a endoscopia há muito tempo, mas não tinham o título. Ter uma entidade, como a SOBED, defendendo seus interesses como profissional capacitado é muito importante”, disse.
A entidade, que prima pela medicina de qualidade e humanizada, forma cerca de 200 profissionais médicos especialistas em endoscopia. “É importante para a sociedade conhecer quem deve fazer seu exame de endoscopia e colonoscopia, que o profissional precisa ter o título de especialista que é dado pela SOBED, pela Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Todos os candidatos tiveram êxito na prova prática, e, certamente, ofertarão à população uma medicina qualificada e humanizada para o nosso sistema de saúde, seja ele privado ou púbico”, finalizou o coordenador do Serviço de Endoscopia da Santa Casa de Maceió, que também é o atual presidente da SOBED, Herbert Toledo.
Na semana passada citei Shakespeare no final da coluna, mas agora terei de apelar para uma fábula de Esopo: A montanha pariu um rato. Não se trata de desmerecer o esforço do governo federal e muito menos achar que a iniciativa dispensa méritos. O problema é tão somente a falta de uma visão ampla da indústria automobilística e menos politizada, o que levou ao açodamento da iniciativa.
Ao contrário do que aconteceu em 2012 e 2013, quando a isenção total do IPI levou a uma disparada inédita nas vendas atingindo quase quatro milhões de unidades de veículos leves e pesados em cada uma daqueles anos, a atual Medida Provisória do Setor Automotivo começou de forma atabalhoada ao esquecer dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal de 4 de maio de 2000. Incentivo em qualquer nível tem que ser compensado por uma fonte de receita.
Escolheu-se a reoneração fiscal antecipada do preço do diesel. Assim, se conseguiu o total de R$ 1,5 bilhão e esse montante será dividido: um terço para veículos leves e dois terços para os pesados (caminhões e ônibus). Dessa forma, as previsões otimistas indicam que o estímulo vai durar apenas um mês, ou pouco além, quando a verba se esgota. Serão apenas 115.000 veículos leves, considerando a venda diária média dos últimos meses, segundo a Anfavea. As grandes dúvidas: o governo
ampliará ou não o programa imaginado para até quatro meses e de onde sairão os recursos compensatórios.
A decisão de enquadrar caminhões e ônibus foi correta, embora desidratando bastante o montante disponível para automóveis e comerciais leves. Também ficou a esclarecer de que forma os veículos pesados com mais de 20 anos de uso serão retirados de circulação e levados para desmontagem/reciclagem.
Um aspecto positivo é haver sobra de automóveis zero-km. Os estoques deram um salto para cima na segunda quinzena de maio com a paralisia das vendas em razão dos compradores terem resolvido esperar pelos descontos. Não há como a indústria diminuir a produção do dia para a noite. Mas um fenômeno interessante está ocorrendo. Quase todas as marcas anunciaram, às pressas, descontos além dos R$ 2.000 a R$ 8.000 (escalonados de cima para baixo) anunciados pelo Governo Federal.
Os dois modelos de menor preço que formam a categoria de entrada ou acesso ao mercado, por exemplo, ficaram cerca de R$ 10.000 mais em conta: Renault Kwid e Fiat Mobi. Volkswagen anunciou bônus de R$ 5.000, além do desconto “oficial”, e a chamada “taxa zero”. Stellantis igualmente foi rápida com as marcas Citroën, Jeep e Peugeot. Hyundai e Caoa Chery também. É provável que todas as marcas elegíveis entrem nessa disputa pelo consumidor e o pobre ratinho.
Não há como deixar de se entusiasmar ao assumir o volante do Type R para algumas voltas rápidas no desafiante autódromo Velo Città, em Mogi-Guaçu (SP). Além da posição excelente para guiar, a alavanca de câmbio localizada corretamente e na altura certa, o hatch da Honda mantém a tradição da caixa manual de seis marchas com aceleração interina automática nas reduções (dispensa o puntatacco, por exemplo). Apesar da tração dianteira, o hatch contorna curvas com atitude perfeita e grande rapidez. Os freios a disco nas quatro rodas com pinças Brembo estão muito bem dimensionados. Como bônus o sistema de escapamento de ronco grave e um exclusivo arranjo de três saídas junto ao centro do para-choque.
Seu alto desempenho garantiu o recorde de volta para um carro de rua com tração dianteira no lendário circuito de Nürburgring, Alemanha. O motor é um quatro-cilindros turbo a gasolina, 2-litros, que originalmente entrega 329 cv e 42,8 kgf.m com gasolina premium europeia (98 octanas RON). Aqui com
O nome Sport vem sendo usado ultimamente não para indicar motor mais potente e desempenho superior, mas uma simplificação acompanhada de preço menor. E foi assim que surgiu o Tiggo 5x Sport lançado pelo preço promocional de R$ 119.990, no limite superior de enquadramento do plano de desconto de impostos. O preço, no momento, cai para R$ 117.990. Depois deverá subir para R$ 125.000, sem data prevista de acordo com o fabricante instalado em Anápolis (GO).
gasolina comum a potência cai quase 10% para 297 cv, mantido o mesmo torque. A Honda nunca informa dados de desempenho no Brasil, mas na Europa estão em todas as fichas técnicas: 0 a 100 km/h em 5,4 s e velocidade máxima de 275 km/h.
O Type R é construído na versão liftback do Civic com a espaçosa distância entre eixos de 2.734 mm, banco traseiro para dois ocupantes e acabamento interior predominante em vermelho. No quadro de instrumentos, ao mudar para o modo +R, o contagiros digital ganha uma escala horizontal (zona vermelha, 7.000 rpm), além de termômetros de água e óleo e medidor de força G entre outros, podendo ser reconfigurado no modo Individual. Também é possível gerenciar o nível de resposta das suspensões ao escolher o modo Comfort ou Sport.
A Honda importará um lote único este ano, disponível em todas as concessionárias. Preços: R$ 429.900 e R$ 434.900 (com o pacote Traffic Alert). Por enquanto, a primeira versão não estará contemplada para as primeiras 100 unidades.
Itens externos escurecidos desta versão de entrada são a sua característica e um pequena simplificação na grade do radiador. Há rodas novas de 17 pol. (antes de 18 pol.). Os faróis são halógenos (no lugar de LEDs). No interior, manteve o banco do motorista com ajustes elétricos, mesmo visual da versão mais cara, revestimentos de ótimo aspecto, tela multimídia de 10,25 pol., alavanca do câmbio automático do tipo joystick, saídas de ar-condicionado para o banco traseiro e o hoje indispensável freio de estacionamento eletromecânico automático.
Para chegar ao preço mais atraente, saíram desta versão o teto solar panorâmico, ar-condicionado automático (agora, de uma zona), câmera de 360º (mantidos câmera de ré e sensor traseiro de estacionamento) e carregador de bateria de celular por indução.
ACPI das Apostas aprovou a convocação de mais de 40 pessoas, incluindo diversos jogadores que estão entre os investigados pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás. Entre os convocados estão Paulo Miranda, Igor Cariús, Victor Ramos, Fernando Neto, Matheus Gomes, Eduardo Bauermann, Vitor
Mendes, Dadá Belmonte, Alef Manga, Brayan Garcia, Gabriel Tota, Romário, Gabriel Domingos, Richard, Kevin Lomonaco e Nino Paraíba. Já o lateral esquerdo Moraes foi convidado, porque foi esse o pedido apresentado pelo deputado Maurício do Vôlei (PL-MG). Ele tentou mudar para convocação, mas por regimento isso não era permitido.
Lionel Messi é jogador do Inter Miami, da Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos. O clube formalizou a contratação do astro argentino de 35 anos na quarta-feira (7), através de um vídeo em suas redes sociais. No anúncio, a equipe estadunidense provocou Barcelona e Al-Hilal, que também tentavam trazer o craque. Após duas temporadas, Lionel Messi deixou o Paris Saint-Germain após o término de seu contrato com o clube francês. No Inter Miami, o argentino vai receber um salário de 60 milhões de euros (cerca de R$ 315 milhões, na cotação atual), segundo a rede britânica “BBC”. Fundado em 2018, o Inter Miami é um dos “caçulas” da MLS. O clube tem como dono o ex-jogador David Beckham, que é amigo pessoal de Lionel Messi e esteve presente no CT do PSG em várias oportunidades ao longo deste ano.
GEYSE IGUALA MARTA
Um marco histórico para o tênis feminino brasileiro. Bia Haddad conquistou um resultado impressionante e se tornou a primeira brasileira a se classificar para a semifinal de Roland Garros desde 1968, ao derrotar a tunisiana Ons Jabeur por dois sets a um. Em jogo apertado, Bia conseguiu a virada apenas no último set. Ela perdeu o primeiro por 6 a 3, porém conseguiu se recuperar e vencer os dois seguintes. No segundo set, ela encontrou dificuldades, pois Jabeur vencia seus games sem perder nenhum ponto. A tática de Bia passou a ser o que se chama de soltar o braço, arriscar winners de fundo de quadra para compensar a falta de talento na rede. Em junho do ano passado, ela alcançou o 28º lugar no ranking geral do WTA.
E SE TORNA SEGUNDA
ALAGOANA A VENCER A CHAMPIONS
A atacante Geyse alcançou uma marca expressiva no sábado da semana passada: conquistou a Champions League e igualou a também alagoana Marta, considerada a Rainha do Futebol.
A final foi disputada no Philips Stadion em Eindhoven, na Holanda, e o Barcelona venceu por 3 a 2. Geyse, de 25 anos, usou as redes sociais para posar com a taça de campeã e descrever a emoção. Segundo a alagoana, natural de Maragogi, foi a realização de um sonho. Além de Marta e Geyse, só outras duas jogadoras brasileiras conquistaram a Champions League: Cristiane, pelo Turbine Potsdam (2005), e Rosane, defendendo o Lyon (2012).
Preste a se filiar ao Partido do MDB, o ex-deputado estadual Jairzinho Lira (PSD) ganhou um importante apoio político do governador Paulo Dantas para disputar as eleições municipais na cidade de Lagoa da Canoa no ano que vem. Dantas firmou compromisso com o pré-candidato através de um vídeo divulgado nas redes sociais.
Na publicação, Dantas elogiou a trajetória política de Jairzinho como prefeito de Lagoa da Canoa, destacando bom mandato na administração pública.
Ainda no vídeo, o governador ressaltou que no mês de julho na cidade de Lagoa de Canoa será inaugurada a primeira etapa do projeto Minha Cidade Linda. São 34 ruas que serão contempladas pelas obras e um investimento em torno de R$ 7 milhões. A segunda etapa terá 19 ruas assistidas. Nessa fase serão investidos, em média, R$ 4 milhões. Haverá, também, a implementação do projeto Escola do Turismo, com a finalidade de gerar emprego e renda aos moradores.
Além do governador, Jairzinho Lira também terá o apoio do ministro Renan Filho e do senador Renan Calheiros. Jair Lira Soares é ex-deputado, já foi duas vezes prefeito do município de Lagoa da Canoa e teve grande expressão no pleito de 2018, com cerca de 32 mil votos.
A Prefeitura de Canapi, no Sertão de Alagoas, foi destaque de uma reportagem especial exibida pelo programa jornalístico Fantástico, no domingo, 4, que mostrou a compras de kits de robótica e desvio de mais de R$ 5 milhões no município. Procurado, o prefeito Vinicius Lima (PP) não estava na cidade. Pelo menos foi o que garantiu a sua assessoria. De acordo com secretário de Administração da cidade, Klebson Fabiano, o prefeito teria tirado o último dia de expediente da semana passada, dia 2, para supostamente “sextar”.
A equipe do Fantástico entrou em contato, via ligação telefônica, com secretário Klebson Fabiano, mas foi surpreendida com a seguinte resposta irônica: “A gente trabalha a semana toda. Mas quando chega a sexta-feira, você ‘sextou’, né?”. Em seguida o secretário completou: “Não entendo de valores de robótica”.
Conforme investigações da Polícia Federal, que resultou na Operação Hefesto, deflagrada semana passada, a Prefeitura de Canapi teria comprado cada kit de robótica por R$ 14 mil, com suspeita de superfaturamento num total de R$ 5 milhões. A PF ainda investiga outros 45 municípios de Alagoas, supostamente envolvidos no esquema de corrupção.
Conforme a Polícia Federal, 46 cidades alagoanas são investigadas pela suspeita de desvio de cerca de R$ 8 milhões repassados por verbas federais, por meio do orçamento secreto, aos municípios.
Sob o comando do delegado Rômulo Andrade, foi deflagrada pela Polícia Civil, na manhã de terça-feira, 6, a Operação Infância Segura, que resultou na prisão de um indivíduo acusado de estupro de vulnerável. O mandado de prisão foi cumprido após o pedido formalizado pela 7ª Delegacia Regional de Penedo ao plantão do Poder Judiciário no final de semana passado.
Após várias diligências, o alvo foi localizado na Rua Santo André, no loteamento Vitória, em Penedo. O suspeito é acusado de abusar sexualmente de duas sobrinhas adolescentes, o que desencadeou a abertura de um inquérito policial em trâmite. Durante a operação, os policiais civis também cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do acusado, onde foram encontrados e apreendidos notebooks, celulares, HDs externos e outros dispositivos que supostamente continham conteúdo de pornografia infantil.
Em alusão ao Dia do Meio Ambiente, foi realizada a distribuição de três mil sementes de diversas espécies nativas da Mata Atlântica no último dia 4, na Rua Fechada, no bairro da Ponta Verde, e em outros locais de Maceió.
Segundo Eduardo Carvalho, diretor do EcoMemorial e organizador da ação, muitas das sementes que foram entregues têm, na natureza, a função de atrair e servir de abrigo para pássaros, o que ajuda na preservação do meio ambiente. Na Rua Fechada, colaboradores do EcoMemorial instruíram a comunidade sobre os cuidados necessários com o plantio.
... Após inaugurar as modernas instalações do Espaço Nascer e Crescer, na manhã e início da tarde de terça-feira, 6, o prefeito Luciano Barbosa participou da entrega simbólica da chave de Arapiraca à Bebê Prefeita, a recémnascida Maria Emanuelly Pereira Gomes.
... Além do prefeito Luciano Barbosa, o ato de entrega da chave também contou com a presença da secretária Municipal de Saúde, enfermeira Jackeline Barbosa, da coordenadora municipal da Rede Cegonha, Maria Jenice, e do pediatra do HRA, Cleildo Torres.
... Em entrevista na manhã de segunda-feira, 5, o presidente Executivo da Agremiação Sportiva Arapiraquense, Rogério Siqueira, falou do apoio que o ASA tem recebido do deputado federal Daniel Barbosa. O gestor foi recebido em Brasília-DF pelo parlamentar.
... “Antes mesmo de se tornar deputado federal, o Daniel Barbosa já contribuía com nosso Gigante. Agora como um parlamentar aqui em Brasília, ele tem mais possibilidade de abrir portas e seguir como parceiro da construção de um ASA mais forte. Agradeçolhe pela recepção na capital do país”, destacou Rogério Siqueira, em entrevista à assessoria do clube.
... O Arapiraca Garden Shopping, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude, está promovendo uma exposição belíssima de trajes juninos e sanfonas antigas
... O evento, que estará à disposição do público até o final do mês, visa celebrar a cultura nordestina e resgatar as tradições do período junino.
... A exposição, que está localizada na entrada principal do empreendimento, encanta os visitantes com uma variedade de trajes típicos utilizados nas quadrilhas juninas.
... A Prefeitura de Feira Grande, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, e o Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri), promoveram, no último dia 2, a entrega de 8 toneladas de sementes de milho e feijão.
... A distribuição foi realizada por meio do Programa Planta Alagoas e vai beneficiar mais de 500 famílias de agricultores do município com quase oito mil sementes de milho, feijão de corda e feijão de arranca. A entrega das sementes aconteceu em frente à sede da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.
... Aos nossos leitores, desejamos um excelente final de semana. Até a próxima edição!
Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a Medida Provisória 1150/22, conhecida como MP da Mata Atlântica. Editado no governo anterior, o texto prorrogava por 180 dias o prazo para que proprietários de imóveis rurais aderissem ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), mas foram incluídas medidas para flexibilizar a retirada de vegetação do bioma, um dos mais ameaçados do país. O texto aprovado pelos deputados federais, por exemplo, alterou a Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/06) para permitir o desmatamento de área onde haverá implantação de linhas de transmissão de energia elétrica, de gasoduto ou de sistemas de abastecimento público de água, sem necessidade de estudo prévio de impacto ambiental ou compensação de qualquer natureza. Dispensou ainda a captura, coleta e transporte de animais silvestres, garantindo apenas sua afugentação. O novo texto também passou a permitir, dentre outros pontos, que a vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser derrubada para fins de utilidade pública mesmo quando houver alternativa técnica ou de outro local para o empreendimento.
O Brasil ganhou oficialmente, na terça-feira (6), o Parque Nacional da Serra do Teixeira, primeiro no estado da Paraíba, com uma área aproximada de 61.095 hectares de caatinga. O lugar que será delimitado envolve 12 municípios e será destinado à preservação da biodiversidade, promoção de turismo ecológico, além de atividades de recreação em contato com a natureza. Segundo o diretor substituto de Manejo e Criação de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Bernardo Brito, a criação do parque foi resultado de uma série de estudos desenvolvidos com instituições ambientais do Nordeste e coordenados pelo próprio ICMBio, que será o gestor do novo Parque Nacional. “A partir desses estudos e do diálogo com entes sociais nós chegamos a um desenho de uma área com boa vizinhança e que não adentrasse em regiões onde há outros tipos de uso, como assentamento rural, ou ocupação por antenas comerciais”, explica. Dentre as atrações naturais do lugar está o Pico do Jabre, no município de Matureia, a 325 km de João Pessoa. O local, a 1.208 metros de altitude, é ponto mais alto do estado e oferece uma visão panorâmica de 130 km dos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
José Fernando Martins josefernandomartins@gmail.com
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) criou, na terça-feira (6), a Comissão Nacional de Incentivo à Reciclagem (CNIR), que será responsável pelo estabelecimento de diretrizes para esta atividade no Brasil. O trabalho da comissão está previsto na Política Nacional de Incentivo à Reciclagem (Lei nº 14.260/2021), que determina incentivos específicos para a cadeia produtiva de reciclagem no país. O MMA presidirá a comissão, que terá também representantes das pastas do Trabalho e Emprego, da Previdência Social, da Integração e do Desenvolvimento Regional e da Fazenda, além de acadêmicos, parlamentares, empresários e representantes da sociedade civil. Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a produção brasileira de resíduos sólidos está em torno de 60 milhões de toneladas por ano, o que corresponde à média de 1 quilo de resíduo por pessoa ao dia no Brasil. Como parte da solução de uma economia circular primeiramente, Marina Silva defende a redução do uso de materiais e o reuso deles. Posteriormente, já no fim da vida útil das matérias-primas, a ministra incentiva o reaproveitamento dos resíduos sólidos como parte de uma economia circular.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está com uma nova incubadora de negócios, que tem foco no impacto social e ambiental e lança edital ainda neste mês. Batizada Inyaga que, em Ka’apor, língua indígena pertencente à família Tupi-Guarani, significa Nossa Terra, a incubadora resulta de parceria entre a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC) com o Parque Tecnológico da UFRJ. Segundo a coordenadora da unidade, Eliane Ribeiro, professora titular da FACC, a data de lançamento e os valores da chamada pública estão sendo definidos em conjunto com o Parque Tecnológico. “A ideia é começar oferecendo um tipo de incubação para empreendimentos que chamamos de associados. Será um edital de fluxo contínuo, ou seja, que aconteça sempre”. Inicialmente, deverão ser cinco vagas simultâneas, que poderão ser ampliadas, dependendo das parcerias que venham a ser fechadas com a iniciativa privada e pública. “Este é o nosso objetivo”. Eliane Ribeiro é doutora em engenharia de produção pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em engenharia de produção pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ).
o historiador Douglas Apratto Tenório, os indígenas ficaram tão impressionados quando viram aquela faixa de areia esticando o rio até a foz, naquele trecho onde estão o Clube Fênix Alagoana e a Faculdade de Medicina, que deram o nome de Maça-y-ok, em tupi “o que tapa ou represa o alagadiço”. “Alagadiço que se estendia do Poço até a sua foz. Uma feliz descrição da topografia da cidade que iria se formar”.
É hoje como chamamos o primitivo curso do Rio Maceió ou Massayo, mais conhecido como Salgadinho (quando ocupa o trecho entre o Ministério Público Estadual e as ruínas do Hotel Atlântico). Olhando do ponto de vista dos indígenas, o alagadiço era o marco zero da cidade. Sua foz seguia a direção do poente em fogo, encontrando o Oceano Atlântico ou a Praia da Avenida, que ainda hoje brinca com as areias e reproduz, quando quer, um tímido alagadiço em miniatura ao sabor das marés. A natureza é sagrada.
Em 1865, uma planta de Maceió ainda mostrava o riacho em seu curso original (paralelo ao mar) e as margens vegetadas. Anos antes, em 1857, a ponte de madeira, acima do trecho original do riacho, foi considerada em estado de ruínas. Essa ponte havia sido construída e reconstruída tantas vezes quantas as águas das enchentes destruíram.
Em 1869, o presidente da província, José Bento da Cunha Figueiredo Junior, solicitou a reconstrução da ponte mas com estrutura de ferro. Chegava o ‘progresso’: a nova ponte aguentaria pedestres, veículos e bondes. Foi inaugurada em 1871, com o nome de Ponte dos Fonseca, homenageando a família de Deodoro da Fonseca que levou 5 irmãos para a Guerra do Paraguai. Três sobreviveram, dois são famosos: Marechal Deodoro virou presidente da República mais adiante e Pedro Paulino foi o primeiro governador alagoano pós-proclamação da República.
Em 1902, uma planta de Maceió mostra as ocupações na margem direita do riacho, jogando o esgoto in natura em direção ao mar.
Aos poucos, o ‘progresso’ percebia que a questão era mesmo domar aquelas águas. Em 1924, uma enchente destruiu a ponte dos Fonseca, que era de ferro. Novamente o Centro e Jaraguá ficaram incomunicáveis. Perceberam que o problema era a falta de curvatura da ponte (a anterior era reta). A nova estrutura, agora de alvenaria, foi construída no formato arredondado ou abaulado, permanecendo até hoje.
Planta de Maceió em 1902, na qual a área vermelha pontilha-da mostra as ocupações margean-do o riacho
Planta de Maceió em1865 mostra o riacholinha azule seu curso natural margeado pela
vegetação
A partir dos anos 40, destruíram o marco zero: taparam de vez o alagadiço e puseram construções. “Com a ampliação do porto em fins da década de 1930, a área demandava por novas possibilidades. O riacho Maceió e seus meandros ainda eram vistos como obstáculos à expansão urbana, uma vez que se pretendia a ampliação/ ocupação da costa”.
O Jornal de Alagoas registrava seus protestos, o governo retrucava mostrando como era massa mostrar ao mundo um cartão postal de um rio domado, direcionado ao mar e mansões exibindo requintes de luxo e prosperidade.
Taparam o alagadiço mas o ‘progresso’ tem fome. Neste caso, sede. O IBGE diz que a nascente do Rio Maceió ou Salgadinho havia secado no ano de 2006. Ficava ali na área chamada de Poço Azul, no bairro do Jardim Petrópolis, parte alta da capital. Ou seja, o rio que hoje corre para o mar é apenas esgoto, o maior da cidade.
No ano de 2014, o repórter da Gazeta de Alagoas Maurício Gonçalves escreveu e dirigiu o documentário ‘Em busca da nascente perdida’, exibido pela TV Mar. Técnicos levaram aparelhos à procura do lugar onde brotava o Riacho Maceió. Descobriram que, no lugar, havia um meio fio cercado de casas e paralelepípedos por todos os lados. O ‘progresso’ venceu: mataram o Salgadinho.
Foz do Salgadi-nho em seu curso original e como os indígenas a viram e batizaram
Fonte
- Enciclopédia Municípios de Alagoas. Instituto Arnon de Mello, Maceió:2023.
- Barros, Carlina Rocha de Almeida; Santos, Caroline Gonçalves; Maia, Roberta Félix; Carvalho, Sibéria Freitas de. MACEIÓ NOS JORNAIS: TRANSFORMAÇÕES URBANAS DO RIACHO MACEIÓ (1947-1949). Publicado pelo Cesmac.
