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COLUNA
from Edição 1206
Grupo unido
1- Quem acreditar na divisão do grupo político que elegeu Paulo Dantas governador e Renan Filho senador vai perder a aposta e a eleição de 2026. O deputado Arthur Lira, derrotado no último pleito majoritário, investe nessa possibilidade, mas deve perder a aposta, de novo.
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Nepotismo no TJ
Até agora o Tribunal de Justiça de Alagoas não se mexeu para cumprir determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que mandou afastar todos os parentes de desembargadores aboletados em cartórios. São mais de 60 apadrinhados e amigos do poder ocupando ilegalmente cargos de tabelião interino. É a segunda vez que o CNJ cobra tal providência, mas a cúpula do TJAL tem feito ouvidos de mercador.
Cadê o concurso?
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EDITOR
Fernando Araújo
CONSELHO EDITORIAL
2- Travestido de oposição, Lira explora o atual momento de dificuldade de caixa que vive Alagoas para atacar Renan Filho e desacreditar o novo governo na tentativa de dividir o grupo e se afirmar como candidato ao governo em 2026. Mesmo no comando da Câmara dos Deputados, Arthur Lira não tem cacife político, carisma nem credibilidade para se eleger governador.
A solução definitiva desses casos só virá com a realização do concurso dos cartórios, que nunca acontece. Vale lembrar que Alagoas é o único estado que ainda não cumpriu essa determinação constitucional prevista na Carta de 88. Há anos que esse concurso foi anunciado, mas vem sendo protelado por interesses escusos. Como todos os membros do TJ têm parentes inscritos, o CNJ nomeou um desembargador de São Paulo para coordenar o certame, mas até hoje o magistrado não disse a que veio.
Desafio da saúde
Terra sem lei
Secom
Servi Os Jur Dicos
Rodrigo Medeiros
Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros e Maurício Moreira ARTE
Fábio Alberto - 9812-6208
REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA contato@novoextra.com.br
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As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal
3- Sob a liderança do deputado Marcelo Victor, o grupo de Paulo Dantas também não pode prescindir do apoio dos senadores Renan -pai e Renan Filho para tirar Alagoas do sufoco. Vaidades e ambições pessoais devem ser deixadas de lado sob pena de retrocesso político e estagnação econômica de um estado já duramente castigado por desigualdades sociais extremas.
4- Construída pelo presidente da Assembleia Legislativa, a aliança vitoriosa das últimas eleições majoritárias deve continuar, seja quem for o candidato do grupo no pleito de 2026. Qualquer divisão prejudica o estado e coloca em risco a possibilidade de o atual governo vir a dar certo.
5- O governador Paulo Dantas precisa do apoio dos Calheiros e da Assembleia Legislativa – avalistas de sua vitória – para enfrentar possíveis turbulências políticas. Qualquer que seja o rumo de seu governo respingará nos aliados, para o bem ou para o mal.
O secretário estadual de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, negociou as dívidas herdadas de seus antecessores e começou a botar as contas em dia, para desespero dos adversários do governo. Desde que assumiu o posto, em janeiro, Gustavo tem apanhado de todos os lados, mas sem perder a cabeça nem jogar a culpa em terceiros. Sabia do pepino que o esperava e está superando a pressão dos credores e os corvos de plantão.
Cabide de emprego
Os cargos federais em Alagoas há muito viraram cabides de emprego de parentes e apadrinhados da bancada federal. O maior quinhão está sob o comando de Arthur Lira, que garantiu a permanência de cinco parentes nessas sinecuras, deixando o PT a ver navios.
Rodovia esquecida
A rodovia estadual entre Maceió e Barra de Santo Antônio (AL-101 Norte) parece que foi esquecida pelo DER. A duplicação da via, iniciada há mais de 8 anos, não está entre as obras prioritárias anunciadas esta semana pelo governo. Mais estranho é que o trecho entre Barra e Maragogi consta da relação de prioridades do Estado.
A duplicação entre Maceió e Barra de Santo Antônio começou ainda no primeiro mandato de Renan Filho, que só concluiu o trecho até Guaxuma. Quem usa essa via não entende por que o estado preferiu duplicar rodovias de menor volume de trânsito e duvidosa viabilidade econômica.
A corrida imobiliária em Barra do Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras e Japaratinga desencadeou a ocupação predatória da região e a multiplicação de litígios na disputa por áreas litorâneas.
Boa parte das terras devolutas está sendo invadida por grileiros e disputada na justiça por empresários e especuladores. Os cartórios da região estão cheios desses processos, e o governo precisa atuar antes que a região vire terra sem lei.
Desigualdade
Com 37% da população passando fome, não surpreende a revelação do IBGE de que a renda per capita do alagoano é a 2ª menor do país, perdendo apenas para o Maranhão dos Sarney.
A pesquisa mostra que o rendimento médio mensal em Alagoas é de R$ 935,00, o que denuncia a miséria da população. Tamanha desigualdade deveria despertar a consciência da elite política e econômica do estado, mais preocupada em manter o status quo.
Vergonha pública
As ruas da Barra de Santo Antônio são o retrato do abandono da cidade e do desprezo com que sucessivos prefeitos do município tratam a população. A impressão que se tem é que a cidade está acéfala há anos. Uma vergonha!