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Renan Calheiros e Paulo Dantas seguem longe das eleições em Maceió

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MEIO AMBIENTE

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Ponto para JHC que reúne a maioria dos vereadores da capital, mas jogo só começou

ODILON RIOS

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Especial para o EXTRA

Ogovernador Paulo Dantas (MDB) e o senador

Renan Calheiros (MDB) estão próximos, falam a mesma língua e também se assemelham no pouco entusiasmo, ao menos neste início de ano, com as eleições de Maceió.

Ponto para o prefeito JHC (PL) que reúne (quase) todos os vereadores da capital e constrói um grande colchão para a reeleição.

Paulo Dantas não se aproximou dos vereadores nem pro- meteu cargos na máquina estadual, diferente de Jota.

Porém dá bastante visibilidade à filha Paula Dantas, presidente estadual do PSB. Ela é tratada como ‘o rosto’ das políticas sociais. A secretária da Primeira Infância pode ser arriscada nas eleições da capital? Isso também pode acontecer.

Já Renan Calheiros usa o mesmo estilo há anos: lança seu arrastão, pesca muitos prefeitos e leva para o seu MDB.

E escolheu seu siamês: Paulo Dantas, cotado para disputar o Senado daqui a 4 anos (quando duas vagas estarão abertas) numa votação dificílima porque, no meio do caminho, há a rede do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). E ele quer ser senador.

“O trabalho de crescimento do MDB é para estar presente e atuante em todo o território de Alagoas, mas fazer alianças e fortalecer ainda mais a democracia emedebista no estado”, disse Renan ao filiar os prefeitos de Paripueira, Abrahão Moura, de São Miguel dos Milagres, Jadson Lessa, e a prefeita de Novo Lino, Marcela Gomes.

Três vezes presidente do Senado, ele se prepara com bastante antecedência, num gesto bastante incomum: haverá eleições municipais daqui a dois anos e, em quatro, votação majoritária incluindo duas vagas ao Senado. Renan e Paulo querem, juntos, tirar Arthur Lira do páreo.

Existem muitos elementos em jogo. Um deles: os resultados do Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão repercutir diretamente no conjunto da obra, mas não apenas isso.

Qual o tamanho de Arthur Lira no orçamento da União. Em miúdos: quem vai indicar mais cargos federais em Alagoas e Brasília?

Na atual configuração, Renan está em vantagem, mas o jogo só está começando. Os espaços no segundo e terceiro escalões ainda não foram definidos.

Por enquanto, é possível saber que Renan quer 80 prefeitos no MDB, ou seja, esvaziar estratégias de Arthur Lira nos municípios.

Do outro lado, o deputado federal e JHC anunciam, nos próximos dias, uma aliança que deve ter alguma vantagem política. Os espaços definidos entre Lira e o prefeito falarão por si. Tem ainda portas abertas na gestão Luciano Barbosa, em Arapiraca, que também disputa a reeleição e não estará no grupo de Paulo Dantas. Ou não.

O presidente da Assembleia, Marcelo Victor (MDB), acompanha o dia a dia destas discussões. Seu maior interesse é manter prefeitos junto de si, garantindo a reeleição num futuro nem tão distante e atraindo votos ao Senado para Paulo Dantas.

O vice-governador Ronaldo Lessa (PDT) é avisado: pode assumir em definitivo o comando da administração estadual.

Já o PT e PSOL seguem a mesma trilha da inexpressividade local. Os dois partidos devem lançar candidatos com poucas chances de vencer prefeituras ou câmaras, diferente do PSOL paulista que esta semana comemorou a liderança de Guilherme Boulos em todos os cenários na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A pesquisa foi do Paraná Pesquisas.

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