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Maceió entre as cidades com maior valorização imobiliária em fevereiro

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DE ALAGOAS

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Capital é 15ª em preço do metro quadrado de imóveis residenciais para venda no país

TAMARA ALBUQUERQUE tamarajornalista@gmail.com

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Após fechar 2022 com a maior alta dos últimos oito anos (6,12%), o preço de venda de imóveis residenciais no país registrou aumento de 0,38% em fevereiro deste ano e chegou a R$ 8.368 por metro quadrado, apesar da ligeira deflação nos preços da economia (- 0,06%). Individualmente, 44 das 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap+ apresentaram valorização nominal da casa própria, entre elas Maceió, que ficou no 15º lugar com preço médio 1,02% mais alto no mês pesquisado.

A variação mensal positiva de 0,38% ficou 0,25 pontos percentuais da prévia da inflação de fevereiro em todo o setor de habitação, que registrou expansão de 0,63. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta do preço da casa própria foi de 5,79%.

Entre as 16 capitais incluídas nesse rol, duas não acompanharam o comportamento mensal do índice: Vitória (-1,97%) e Recife (-0,02%). Entre as demais, as variações apuradas podem ser ordenadas da seguinte forma: Campo Grande (+1,83%); Goiânia (+1,52%); João Pessoa (+1,25%); Manaus (+1,19%); Florianópolis (+1,03%); Salvador (+0,95%); Belo Horizonte (+0,68%); São Paulo (+0,34%); Porto Alegre (+0,32%); Fortaleza (+0,27%); Rio de Janeiro (+0,17%); Curitiba (+0,16%); e Brasília (+0,15%).

Segundo o índice, a capital alagoana registrou em fevereiro um dos m² (metros quadrados) mais caros de imóveis residenciais para venda: R$ 7.255,00. O valor ficou acima do praticado em Manaus (R$ 5.947), Campo Grande (R$ 5.402), Goiânia (R$6.354), Porto Alegre (R$ 6.564), Fortaleza (6.871) e Salvador (R$ 5.613), entre outras cidades.

A variação do preço médio e vendas residenciais em Maceió foi de +12,85%. Em 2021, Maceió dispunha de 346 mil domicílios, sendo 55 mil apartamentos. A pesquisa que embasa o índice Fipe Zap+ é realizada em anúncios do mercado imobiliário. Em Alagoas foram pesquisados 5.354 anúncios sobre venda de imóveis residenciais.

As 10 cidades com o maior valor residencial do Brasil, segundo o índice FipeZap+ são, por ordem decres- cente:

Curitiba-PR: A capital paranaense tem média de R$ 8.562 por m². Ela é considerada por alguns como “a Europa brasileira”.

Barueri-SP: A cidade na região metropolitana de São Paulo tem média de R$ 8.791 por m². O município é conhecido pelos condomínios de luxo Alphaville e Tamboré.

Brasília-DF: Na capital federal a média é de R$ 8.810 por m².

Itajaí-SC: No estado mais presente no ranking, a cidade catarinense tem média de R$ 9.456/ m²

Florianópolis-SC:- A capital que costuma abrigar famosos na festa de Ano Novo tem média de R$ 9.790/m²

Rio de Janeiro-RJ: Local brasileiro mais conhecido no exterior, a média do Rio é de R$ 9.790/m²

Vitória-ES: No estado que tem aplicado reformas estruturais socioeconômicas nos últimos anos, a capital do Espírito Santo tem média de R$ 10.238/m²

São Paulo-SP: Algo acontece no coração dos paulistanos e no preço da casa própria quando cruza a Ipiranga com a avenida São João. A média de “Sampa” é de R$ 10.260/m²

Itapema-SC: Ocupando o segundo lugar na lista, Itapema tem média de R$ 10.804 por metro quadrado. Porém, é outra região de Santa Catarina que está em primeiro

Balneário Camboriú-SC: Conhecida por vistas e praias paradisíacas, a cidade tem preço médio do m² da casa própria avaliado em R$ 11.635.

Bairros

O bairro mais valorizado para compra de imóveis em Maceió é a Jacarecica, que apresenta o maior custo por m², corresponde a R$ 8.945. Em seguida vem Pajuçara (R$ 8.641/ m²), Ponta Verde (R$ 8.223/ m²), Jatiúca (R$ 7.910), Cruz das Almas (R$ 7.273), Mangabeiras (R$ 6.665), Poço (R$ 6.471), Barro Duro (R$ 4.843), Gruta de Lourdes (R$ 4.655) e Serraria (R$ 3.193).

Nos últimos 12 meses os bairros que apresentaram variação negativa em relação ao preço do m² foram Barro Duro (-0,1%), Gruta de Lourdes (-1,5%) e Serraria (- 13,9%).

Em 2022, o valor dos imóveis no país contou com uma grande valorização, e o mercado especula se esse tipo de crescimento continuará este ano. De acordo com os analistas ouvidos pelo site Capitalist, a valorização deve ser mais discreta em 2023, acompanhando o percentual de inflação. Nos dois primeiros meses do ano, pelo menos, a previsão foi acertada.

De acordo com Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da Fundação Getúlio Vargas, a valorização irá acontecer, porém de uma forma menor. Ele lembra que o aumento acentuado do ano passado encontraria alguns obstáculos para se repetir. O principal deles é a alta de juros, que, segundo Ajzental, deixou o preço dos imóveis mais caros, dificultando ainda mais o financiamento. Paralelamente a isso, a inflação diminuiu o poder de compra dos brasileiros.

Alison Pablo Oliveira, coordenador de pesquisa de preço de imóveis da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), acredita que haverá uma estabilização de preços junto à inflação, e não se deve criar muita expectativa para um mercado superaquecido.

Ele enfatiza que o crescimento apresentado pelo levantamento da Fipe é de um percentual brando, girando em aproximadamente 6,34% nos próximos 12 meses. Já segundo os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Avecip), a alta nos preços deve ser de 14,7%, mais que o dobro do esperado pela Fipe.

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