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MACEIÓ - ALAGOAS

ANO XIV - Nº 708- 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013

RENAN, COLLOR, TÉO E BIU VÃO DAR AS CARTAS EM 2014

TJ-AL PAGA A MAGISTRADOS R$ 12 MILHÕES SÓ EM BÔNUS

P/9

GASTOS DE ELISABETH NA PRESIDÊNCIA DO TJ TÊM INDÍCIOS DE SUPERFATURAMENTO

SANDERO LIMA/CORTESIA

P/6 e 7

DESCARGA DE SUPERMERCADOS ATRAPALHA TRÂNSITO NA SERRARIA P/ 13

PESQUISA:

ÁLCOOL ESTÁ RELACIONADO A 21% DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO NO PAÍS P/ 16

ABAIXO-ASSINADO CONTRA RENAN É ENTREGUE A SENADORES P/ 10


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013

COLUNASURURU DA REDAÇÃO

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millor Fernandes)

Aviso prévio

Ocupação indevida

Na Assembléia Legislativa a queixa de funcionários do batente no dia-a-dia consta que a área reservada para estacionamento na parte interna do prédio vem sendo ocupada por estranhos ao serviço da casa. É interessante saber de quem é a autorização ou se o ato é banda voou.

A

desembargadora Elisabeth Carvalho, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, vai renovar a composição do TRE-AL, com a nomeação de novos membros. Os juízes Alexandre Lenine e Alberto Jorge têm vagas garantidas no reinado de Elisabeth. O primeiro a receber o aviso prévio foi o juiz Antônio Bittencourt, que marcou sua atuação no TRE-AL como relator do caso JHC, ao pedir a cassação do deputado por “abuso de poder religioso”. O teratológico processo contra JHC foi considerado uma aberração jurídica que submeteu Alagoas a mais um vexame nacional.

Bônus natalino

Os valores recebidos pelos magistrados no fim do ano já foram divulgados. São mais de R$ 12 milhões pagos a título de “Vantagem Pessoal”, como pode ser conferido em reportagem desta edição. Uma vantagem muito grande, que precisa ser explicada pelo Judiciário estadual.

Juízes do DPVAT

Todos os juízes envolvidos no Golpe do DPVAT foram beneficiados com o acréscimo em suas remunerações no fim do ano passado. É a prova de que o maior escândalo do Judiciário alagoano passou em branco pelo Tribunal de Justiça. As punições — censuras e uma aposentadoria — tiveram pouca serventia.

Cada um

Aderbal Mariano — o juiz que virou desembargador após ser “punido” — recebeu R$ 155 mil. George Leão Omena e Rômulo Vasconcelos de Albuquerque receberam R$ 101 mil cada um; Orlando Rocha Filho ganhou R$ 153 mil. Jandir de Barros Carvaho e John Silas da Silva receberam, respectivamente, R$ 130 mil e R$ 117 mil. O aposentado Almi Hilário ficou com R$ 133 mil.

Alerta

A usina Utinga Leão atravessa uma de suas piores fases. No mês de fevereiro os trabalhadores receberam apenas R$ 300 e a moagem está comprometida. Uma parte do 13ª salário ainda está em atraso. Antigos funcionários da empresa estão enfrentando sérias dificuldades financeiras.

Mau começo

Comentário

O prefeito Rui Palmeira não fez ainda qualquer comentário sobre o orçamento proposto para administrar Maceió este ano. Observação é de economista sem compreender determinados investimentos propostos para setores que não são essenciais para a comunidade. Servem só para agradar setores privados.s

Algo a observar

Faz parte da regra, a cada temporada política, candidato eleito em primeiro mandato disparar torpedo de indignação contra o antecessor. Esquece ele que passa a enfrentar o risco do “eu posso ser você amanhã.” Não pe saudável, daí, a nova turma lembrar o dito popular de que na política “se meus adversários não têm defeito eu boto.” ´´É hereditário Brasil afora.

Na mira

Na última segunda-feira, 19, o Movimento Contra a Corrupção e Violência Política em Rio Largo, representado por Dadá Santana, Alex Fernandes e Marivaldo Fragoso, solicitou através da Procuradoria Geral de Justiça do Estado de Alagoas o afastamento dos vereadores reeleitos do município Jefferson Alexandre e Thales Dinis. Ambos são acusados de participar do esquema da venda irregular do terreno em Rio Largo.

A barbárie do trânsito

1

Cento e dezessete pessoas (117) morreram por dia no Brasil em 2010. Em 2012, de acordo com as projeções do Instituto Avante Brasil, serão 127 mortes por dia.

No 1º grau

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Fácil localização

3

O ex-prefeito de Maragogi, Marcos Madeira (PSD), vai responder ao processo por fraude em licitação na Justiça de 1º grau. O desembargador Edivaldo Bandeira Rios determinou que a ação movida pelo Ministério Público seja remetida para as instâncias inferiores, já que, sem mandato, Madeira deixou de ter foro privilegiado.

Aliás, parece que não é tão difícil encontrar o ex-prefeito. Basta que a polícia e o Ministério Público se empenhem mais um pouquinho. Aí vão algumas dicas: 1) perguntar aos moradores da região onde está o ex-prefeito; 2) e, principalmente, visitar hotéis.

A causa dessa escandalosa mortandade não é a fome, guerra, um tsunami, as enchentes, um vírus, uma bactéria ou uma febre virótica. Nada disso. É a barbárie resultante do caótico trânsito brasileiro. A cada 11 minutos e 21 segundos uma vida é destroçada nas ferragens, nas estradas, ruas ou calçadas brasileiras. De acordo com o Datasus — o banco de dados do Ministério da Saúde —, 42.844 vidas foram destruídas somente no ano de 2010. É daí que se faz o cálculo de 117 vítimas fatais por dia. E nesse número não estão os feridos, os amputados e os para ou tetraplégicos.

Rui Palmeira, ao assumir a Prefeitura de Maceió detonou Cícero Almeida, acusando-o de sair da Prefeitura deixando “um rombo” de mais de R$ 400 milhões. Contudo, na hora de enviar o levantamento ao Ministério Público, segundo o Gazetaweb divulgou na quarta-feira de cinzas, caiu para R$ 149 milhões. Rui e Almeida devem no futuro se encarar numa eleição majoritária. Quem sabe não aconteça já em 2016?

Estresse

Nas regiões da pecuária e agrícola do Estado informações dos Martírios se confrontam com as repassadas pelos agricultores quanto o otimismo. As do governo oferecem a perspectiva de “tudo estar a contento.” Já do outro lado a versão é contraditória. Figa ao basta de “aperreio” é a Adutora do Sertão. Assim mesmo sem unanimidade.

Mesmo estilo

Dos comentários entre maceioenses um que começa a não passar desapercebido é o estilo de administrar do prefeito Rui Palmeira coincidindo com o do governador Teotonio Vilela. Opinião revela a coincidência no ritmo do trabalho: “sem pressa, quase parando, mas sério”

Nova estratégia?

Com tempero no dia a dia da peregrinação de olho nas eleições de 2014 falatório dá conta de que o senador Fernando Collor deve transfere residência de Maceió para Arapiraca. Collor, em outubro último, foi “cabo eleitoral” de Célia Rocha, hoje prefeita do município com liderança espalhada Agreste afora.

Até quando?

Virou prática comum no Poder Público irregularidades serem deixadas de lado Isso para dar tempo de o povo esqueçer para abrir espaço a novas safadezas.s


extra

Um dia antes da eleição de Renan, o senador Benedito de Lira, esteve com ele no café da manhã, a quem foi prestar solidariedade e reafirmar que seu partido, o PP, estaria com ele na votação que o elegeu presidente do Senado Federal.

Siga-me: @jorgearapiraca

O mágico do bordel Brasília - Em um país sério, o ex-prefeito Cicero Almeida teria saído da prefeitura algemadonum camburão direto para um presídio de segurança máxima. Cansei de dizer aqui que Almeida tinha transformado a prefeitura numa maloca, covil de uma quadrilha que se acostumou a assaltar os cofres públicos. Agora, depois de trinta dias à frente da administração municipal, Rui Palmeira, confirma que herda uma dívida impagável de R$ 150 milhões de reais, mas há quem afirme que o rombo aproxima-se dos 500 milhões com a dívida consolidada. O ex-prefeito vem à público para negar os fatos minuciosamente comprovados por uma auditoria feita pela nova administração. Na maior cara de pau confessa que as dívidas são da administração de Ronaldo Lessa e Kátia Born a quem deu atestado de idoneidade quando não divulgou a investigação que mandou fazer nas contas dos seus antecessores, a exemplo do que Rui divulga agora, calçado em dados que só comprovam que Almeida administrou Maceió à semelhança dos piores bordéis – que me desculpem alguns administradores desses estabelecimentos. Os dados divulgados são estarrecedores. Se nao vejamos: a prefeitura deve R$ 149 milhões a fornecedores, secretarias e ao Instituto de Previdência (Iprev); utilizava-se irresponsavelmente de um programa de computador pirata para elaborar a folha de pagamento dos servidores; descontava os empréstimos consignados na folha do pessoal da SMTT e não repassava aos bancos provocando um rombo de 4 milhões de reais. O sistema de saúde é um caos, segundo o prefeito: “Na área da Saúde, nós nos deparamos com uma bagunça generalizada. Lamentavelmente, a falta de controle é quase que completa. O sistema de consultas do Cora era uma verdadeira bagunça”. Desesperado com o que encontrou na prefeitura – as informações verdadeiras foram omitidas à equipe de transição – o prefeito Rui Palmeira, qualificou a administração de Almeida: “estarrecedor”, “rosário de problemas”, “total abandono”, “completo descontrole da parte financeira” e “situação inaceitável”, entre outras. Rui já decidiu que não vai segurar o pepino. Informou que esta semana entraria com representação no Ministério Público Estadual, denunciando a situação caótica e de calamidade financeira que encontrou na prefeitura.

Patifaria Mas o bordel não deixou apenas dívidas acumuladas, existe uma bagunça de tal ordem na estrutura municipal que nem os maiores especialistas em gestão pública seriam capazes de por em ordem. A patifaria e a anarquia mostram que o prefeito delegou poderes a dois ou três secretários meia-tigelas e foi dançar e compor músicas de forró de gosto duvidosos, num flagrante atentado ao cancioneiro popular.

Patifaria Mas o bordel não deixou apenas dívidas acumuladas, existe uma bagunça de tal ordem na estrutura municipal que nem os maiores especialistas em gestão pública seriam capazes de por em ordem. A patifaria e a anarquia mostram que o prefeito delegou poderes a dois ou três secretários meia-tigelas e foi dançar e compor músicas de forró de gosto duvidosos, num flagrante atentado ao cancioneiro popular.

Bagunça

ao dinheiro público.

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Presente

JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

- MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 FEVEREIRO DE 2013 -

Rui Palmeira está fazendo o que seus eleitores - que o colocaram na prefeitura no primeiro turno - esperavam: denunciar e entregar à Justiça as mazelas encontradas na administração municipal. Sabia-se que as contas da prefeitura não batiam, que as finanças estavam bagunçadas, mas não se tinha a ideia que estivesse sendo administrada tão irresponsavelmente num total falta de respeito

A besta Almeida jogou pela janela a Lei da Responsabilidade Fiscal, que pune administradores inconsequentes e irresponsáveis. O ex -prefeito, que tanto alardeou que comandava os trabalhos com o apoio de Deus, seu auxiliar, profetizava que faria de Maceió uma cidade segura e mais tranquila, e tentava resolver os problemas sociais como um Messias. Masacabou, na verdade,como a Besta do Apocalipse.

Inferno Almeida contrariou toda sua fé católica e cristã e renegou os princípios da fraternidade ao mandar para as profundezas do inferno a população carente de Maceió, castigada pelo abandono das suas necessidades básicas.

Depressão Deprimido, sem amigos, Almeida não recebe visitas. Os poucos auxiliares que ainda estavam ao seu lado desapareceram assim que ele deixou o cargo. O ex-prefeito vive a base de remédios tarja preta que usa para dormir e para se manter esperto e de pé.

Cassação Almeida faz planos para se candidatar a deputado, mas corre aqui em Brasília que ele dificilmente conseguirá porque até 2014 poderá ser condenado pelos inúmeros processos a que responde e certamente terá os direitos políticos cassados. O julgamento do mensalão encorajou juízes de todo o país a não temer mais as influências dos políticos. E Alagoas também é Brasil.

Defesa

Ao se defender das acusações de desmando na administração municipal, Cícero Almeida mostrou a sua face de covarde, condenando seu secretariado à forca pelo insucesso na administração e por possíveis falcatruas ou desvio de recursos como se ele não fosse o responsável pela prefeitura.

Os culpados

Almeida disse que nunca praticou ilegalidade. “Não sou técnico e era assessorado e respaldado pelo secretariado. Se alguém desviou recursos deve responder na Justiça”. Agora, depois de oito anos, a população começa a entender que a prefeitura era uma zona, um lupanar, uma Casa de Noca, onde o prefeito não tomava conhecimento do que se passava lá dentro, por isso ele transfere a responsabilidade para seus antigos auxiliares.

Impunidade O Ministério Público certamente não vai deixar impune esse crime contra o contribuinte. Ao não zelar pela saúde e pela educação, Cícero Almeida pode ser responsabilizado pela morte física de centenas de pessoas e pela morte educacional de uma geração que permaneceu sem escolas durante oito anos. O dinheiro desviado da prefeitura – mais de 500 milhões de reais numa contabilidade modesta – deveria ser aplicado nos setores sociais que foram abandonados tão logo ele assumiu a prefeitura.

Na mosca Rui age corretamente quando publica o primeiro levantamento das investigações feitas na prefeitura. Ainda que sejam preliminares, percebe-se quanto a população foi iludida por Almeida, o mágico da administração pública, que passou o mandato dividindo bairros no meio, abrindo estradas e cortando vias expressas para favorecer a especulação imobiliária e fazendo elevados para atender as empreiteiras.

Trânsito Almeida deu um nó no trânsito de Maceió ao abrir avenidas para facilitar a construção de arranhacéus sem criar a mínima condição de infraestrutura de escoamento de tráfego, saneamento, escolas, postos de saúde e iluminação para esses novos bairros. Foi assim que agiu durante quase dez anos o “Mágico do Bordel”, maquiando à cidade para iludir os mais incautos e os desinformados, hoje desolados pelo prefeito de concreto.


4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013

GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Um mau exemplo

N

um Estado onde existe a carência de tudo, desde uma saúde de qualidade à educação e segurança pública, apenas um servidor da prefeitura de Maceió abocanhar mensalmente mais de 50 mil reais de salários, é uma provocação sem tamanho a todos que lutam para sobreviver. As aberrações não ficam apenas neste servidor. Estão também em outros, que percebem acima do salário do próprio prefeito, navegando entre 30 e 50 mil reais. Maceió, uma cidade pobre e carente de recursos, não pode se dá ao luxo de pagar tanto dinheiro a uma só pessoa, um marajá na expressão da palavra. Que esta e outras situações sejam minuciosamente analisadas pela Procuradoria Geral do Município, para que se possa intentar ações objetivando dar um basta neste privilégio, onde tantos não têm nem o que comer. A verdade é que vivemos em outros tempos e o judiciário tem se preocupado com as distorções que abrangem não só o município de Maceió, mas também o Estado como um todo. E ainda está na hora de se reparar injustiças, leis feitas exatamente para beneficiar uma meia dúzia dos que, na época, se cercavam dos reis, para angariar vantagens à custa de uma minoria pobre, sem acesso à saúde, a educação e pelo menos à cesta básica. Que estas distorções, em nome do respeito à sociedade, sejam revistas e analisadas. Maceió não pode se dá ao luxo de ter em seus quadros marajás, enquanto a maioria briga por um pedaço de pão. Basta. A sociedade não pode mais permitir isso.

Não é bem assim

O governador Téo Vilela tem feito rasgados elogios públicos ao vice-governador José Thomaz Nono, mas parece que por baixo dos panos a coisa não é bem assim. Vilela não anda satisfeito com as informações de que Thomaz será candidato à sua sucessão. Ele teria outros compromissos.

Sem explicação

O governo não tem muito que explicar sobre os recursos de 10 milhões de reais para combate à seca que mofavam em uma conta desde o ano de 2012. Se não foi incompetência de quem lida com o problema, foi muita negligência.

Afinando

A oposição ao governo de Téo Vilela está afinando o discurso. Começou com os 10 milhões para a seca que nunca foram utilizados pelo governo do Estado, enquanto o sertanejo via faltar água para beber e para o gado.

Desordem

A nova direção da SMTT deve se pronunciar sobre a desordem do trânsito na Fernandes Lima. Ônibus não respeitam mais a faixa da direita, carretas e cegonhas fazem a festa e o pobre do usuário paga o pato. Quem se dirigir ao centro da cidade nos dias de semana saindo do Tabuleiro, é melhor se prevenir. Se quiser chegar às 8, é melhor sair às 6.

Derrotado

Sinal de alerta

Na escolha para substituir Alexandre Toledo (foto) na pasta da Saúde estadual, o governador Téo Vilela decidiu seguir a orientação do secretário Álvaro Machado e nomeou o médico Jorge Villas Boas. As tentativas do Chefe de Gabinete, Herbert Motta, para fazer Silvana Medeiros à secretária de Saúde do Estado não vingaram, apesar do excelente currículo da candidata. A propósito, desde que saiu da Sesau que Motta não consegue mais influenciar a gestão da secretaria, embora, não seja por falta de vontade dele.

Com o avanço do senador Fernando Collor, o governador Téo Vilela sabe que não pode perder tempo. Por isso mesmo anunciou que instalará o governo em Santana do Ipanema a partir da próxima segunda-feira. Téo observou que chegou à hora de imprimir um ritmo mais veloz à sua administração, principalmente na região onde a seca dizimou gado e fez com que famílias procurassem outros locais para viver. Mas não ficará ligado somente ao problema da estiagem. Vai oxigenar outras áreas vitais para o alto sertão. Aproveite governador, e cumpra com a promessa de abastecer o gado no sertão com o bagaço da cana.

Na berlinda

Primeiro teste

As críticas sobre a gestão do secretário José Marinho na Secretaria de Estado da Agricultura já chegaram ao governador Vilela. Indicado pelo cunhado, o vice-governador José Thomaz Nonô, Marinho tem feito vistas grossas aos pleitos de aliados do governador e viajado na suposição de que daqui a um ano, Nonô é quem estará sentado na cadeira de Téo. Em suma, Marinho está ignorando que até 2014, ainda tem muita água pra rolar na Seagri.

Mais juntos

O governador Téo Vilela e o senador Renan Calheiros estarão hoje no sertão de Alagoas para observarem os trabalhos finais do Canal do Sertão, nos seus primeiros 65 quilômetros. Estranho porque Téo e Renan fazia tempo não andavam juntos. As especulações serão muitas depois desta viagem.

Ilha deserta

O governo de Vilela tem sido visto pela maioria dos secretários como um amontoado de ilhas sem comunicação. É que a pose de alguns secretários não permite que haja integração entre as pastas. Na verdade, entre muitos deles, existe muito é picuinha, intrigas, fogo amigo e resultados pífios da cara de uma gestão sem condução. O governador tem inclusive se queixado a amigos mais próximos da postura de alguns de seus secretários, mas, na prática, não tem batido na mesa para acabar com essa situação. Enquanto isso, Collor segue aproveitando as brechas entre uma ilha e outra para bater forte na gestão de Vilela.

Em alta

Uma das maiores Comissões do Senado, a de Agricultura e Reforma Agrária deverá ser mesmo presidida por Benedito de Lira. Profundo conhecedor dos problemas agro-pecuário de Alagoas e do Brasil, certamente Lira fará muito pelo Estado.

Cruzamento

O prefeito Rui Palmeira está divulgando os nomes e os salários dos servidores municipais. Muito bem. Mas poderia aproveitar a embalagem e fazer um cruzamento de folhas com o Estado, a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas e organismos federais. Com certeza iria diminuir a folha de pagamento.

O prefeito Rui Palmeira vai enfrentar o seu primeiro grande desafio na prefeitura na negociação do reajuste salarial dos servidores. Vai ser preciso ter muita habilidade para evitar protestos e greves.

Avanço O governador Téo Vilela anunciou a construção dos aeroportos de Arapiraca e Maragogi, com o aprove-se da presidente Dilma Rousseff. As obras devem começar ainda este ano. Os aeroportos irão permitir um maior fluxo turístico principalmente na região norte. O governo deve aproveitar e lutar pela construção da duplicação da Al101 Norte, a exemplo da 101-Sul.

Não comove

As vaias que Téo Vilela recebeu na Assembleia Legislativa de médicos que reivindicam melhores salários, não comoveram o governador. Eles terão que lutar muito para conseguir o que querem. A situação é tão delicada na falta de médicos, que alguns municípios estão oferecendo até 18 mil reais de salários por mês para tempo integral. Resta saber se irão pagar.

Incrédulos

Autoridades de Santa Catarina estão questionando se a presença da Força Nacional vai resolver os problemas de atentados que já passaram dos cem entre Florianópolis e outros municípios do interior. Estavam querendo saber se a Força resolveu o problema da violência em Alagoas. Pelo menos ainda não.


extra EDITORIAL

- MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 -

OPINIÃO

Delação e grampos

O

instituto da delação premiada precisa ser regulamentado para evitar sua prática indiscriminada a serviço de interesses escusos ou servir de muletas para inquéritos malfeitos, como tem ocorrido em Alagoas. E não são poucos os casos. Ao sugerir a delação em troca da redução de pena, o Estado estimula o criminoso a denunciar comparsas, que de outra forma escapariam dos rigores de uma sentença penal. Mas sem uma lei que regulamente esse mecanismo, a delação abre brecha para comportamentos arbitrários – seja do delator ou da própria autoridade policial. Na cultura ocidental, a traição é tida como pior que o assassinato. ‘“A delação premiada mexe com os piores extintos do ser humano”, disse o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, em recente declaração contra o uso indiscriminado desse mecanismo. E não é à-toa que o dispositivo é criticado pela maioria dos advogados criminalista, menos por sua eficiência e mais por questões morais. O incentivo à deleção como instrumento de investigação policial tem repercutido na opinião pública nacional a ponto de merecer destaque na chamada grande imprensa brasileira. Este mês, o jornal Folha de S. Paulo dedicou ao tema dois editoriais defendendo a regulamentação desse instituto para evitar abusos e injustiças. GRAMPOS – Outro tema em destaque na mídia nacional é o uso de escutas telefônicas em investigações criminais. Sobretudo depois que o Supremo Tribunal Federal abriu precedente que deverá obrigar a

Alagoas: quociente eleitoral em 2014 MAURÍCIO COSTA ROMÃO

mauricio-romao@uol.com. br, http://mauricioromao. blog.br.

O

polícia e o Ministério Público a transcrever integralmente o conteúdo de interceptações telefônicas, e não mais apenas os trechos de interesse da acusação. A decisão ocorreu em recurso apresentado pela Procuradoria-Geral da República, que reclamava de decisão judicial que permitiu ao deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP) o acesso às transcrições integrais de processo em que é acusado de corrupção e formação de quadrilha. O recurso da PGR foi julgado improcedente. “Ou se degrava tudo, ou não se degrava nada”, disse o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo. Para o advogado Nabor Bulhões, a decisão do STF é um avanço. “A transcrição tem que ser fiel. Muitas vezes o investigador se limita a fazer relatórios interpretando trechos e, com isso, altera o teor e o significado das interceptações. Isso tem levado, muitas vezes, a equívocos notórios.”

s partidos políticos são pragmáticos nos pleitos proporcionais: disputam isoladamente ou celebram alianças em função dos resultados eleitorais que esperam obter em cada caso*. Para o partido tomar sua decisão estratégica, vários fatores são levados em consideração, mas a variável determinante acaba sendo o quociente eleitoral (QE). O QE é uma variável-chave das eleições proporcionais, pois somente os partidos ou coligações que lograrem votação suficiente para ultrapassá-lo é que podem ascender ao Parlamento. Daí por que é às vezes chamado de cláusula de barreira. Uma característica que torna o QE um misto de enigmático e imprevisível é o fato de que sua determinação só pode ser feita depois de computados todos os votos da eleição, quer dizer, quando totalizados o eleitorado, a abstenção ou os votos apurados, os votos brancos, os votos nulos e, conseqüentemente, os votos válidos (VV). Dessas variáveis, a única que se conhece de antemão é o eleitorado. As outras, só depois do pleito. A solução quantitativa do QE depende ainda do número de cadeiras (C) disponíveis no Legislativo. Quanto maior for o total de votos válidos de uma eleição, dado o número de cadeiras, maior é o quociente eleitoral e vice-versa. Na prática o QE é simplesmente calculado dividindo-se os votos válidos totais do pleito pelo número de cadeiras do Legislativo: QE = VV / C. Como as variáveis que definem o QE são, como dito, todas conhecidas post factum, depois da eleição, à exceção do eleitorado e do número de cadeiras parlamentares, fazer estimativas desse quociente é sempre um exercício que requer

formulação de muitas hipóteses. Entretanto, com base no comportamento pregresso dessas variáveis (eleitorado, abstenção ou votos apurados, votos brancos, votos nulos e votos válidos) é possível, a partir de suposições fundamentadas sobre suas trajetórias futuras, fazer prospecções bastante razoáveis do valor aproximado do QE para a eleição do ano de 2014, em Alagoas (vide metodologia detalhada no texto “Metodologia de estimativas de quocientes eleitorais para a eleição de 2014 nos estados brasileiros”, disponível no blog do autor). Assim, com base na mencionada metodologia (já utilizada com êxito nas eleições municipais de 2012), projetou-se para 2014 no estado alagoano um QE médio para deputado federal gravitando no entorno de165.024 votos válidos, 4,9% maior que o computado na eleição passada. Já no que diz respeito ao QE para deputado estadual, a estimativa aponta para um valor médio de 49.803 votos, um decréscimo de 7,7% em relação ao registrado em 2010**. A trajetória dos quocientes eleitorais dos estados é normalmente ascendente de eleição para eleição. Este caso atípico de Alagoas em que se projetou um QE menor para 2014 (relativo a deputado estadual) foi resultante da recente diminuição do eleitorado do estado detectado pelo IBGE. Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e de Mercado, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. *Vide nosso livro “Eleições de deputados e vereadores: compreendendo o sistema em uso no Brasil”, Editora Juruá, 2012. **As projeções para 2014 de quocientes eleitorais (deputados federais e estaduais) em todos os 27 estados do Brasil podem ser vistas no texto “Estimativas de quocientes eleitorais para 2014 nos estados brasileiros”, postado no blog do autor.

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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 DINHEIRO EXTRA

Juízes e desembargadores recebem “bônus natalino” de R$ 12 milhões Benefício foi dado no apagar das luzes de 2012; apenas em dezembro, magistrados tiveram salários líquidos que superam a casa dos R$ 100 mil VICTOR AVNER

victoravner@yahoo.com.br

O

final do ano 2012 foi muito positivo para a magistratura alagoana. Além de gozar do recesso natalino, juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJ/ AL) receberam um bônus salarial de mais de R$ 12 milhões somente no mês dezembro. O benefício extraordinário gerou remunerações líquidas para os magistrados que ultrapassam a casa dos R$ 150 mil para cada um deles. Os pagamentos foram divulgados no Portal da Transparência do próprio Judiciário estadual. Sob a denominação de “Vantagem Pessoal”, o benefício ampliou em dezenas de milhares de reais os salários dos magistrados no mês de dezembro do ano passado. O pagamento – efetuado ainda pela antiga gestão do TJ/AL – tem sido chamado de “bônus natalino” nos corredores da Corte de Justiça. E, diga-se de passagem, foi um ótimo bônus no fim do ano. Enquanto um juiz em início de carreira recebe R$ 17.581,75 brutos, o menor valor pago com o benefício foi de R$ 71.444,66. O mais alto é quase duas vezes e meia superior: R$ 170.270,11. Os valores são bem maiores que qualquer 13º salário existente no TJ/AL, incluindo até mesmo um possível acréscimo de férias. No total, 100 magistrados receberam o chamado “bônus natalino”, o que custou mais de R$ 12 milhões – exatos R$ 12.014.383,29.

Não há descrição detalhada do pagamento na prestação de contas divulgada através do Portal da Transparência. Da mesma forma, os critérios utilizados para a divisão dos recursos não são explicados. O que se sabe até agora é que a maioria dos desembargadores e juízes de 2ª e 3ª entrância recebeu o benefício. A única categoria da magistratura que ficou fora da divisão da bolada foram os juízes de 1ª entrância – os que ingressaram mais recentemente na magistratura local. Por algum motivo, o desembargador Tutmés Airan não aparece na lista dos que receberam o acréscimo em dezembro. Com o benefício, a remuneração dos magistrados ultrapassou a casa dos R$ 100 mil em dezembro (confira os valores na tabela da página seguinte). O valor está muito acima do que é permitido pela Constituição Federal. O teto salarial para qualquer servidor público é de R$ 26.723,13. Qualquer funcionário público que receber mais do que isso deve ter sua remuneração cortada – e a magistratura não foge à regra. Um integrante do Poder Judiciário revelou à reportagem que o valor teria sido pago aos magistrados sob a rubrica de auxíliomoradia. “O que se alega é que esse pagamento é referente a uma dívida que existe há anos. Os magistrados requisitaram o auxíliomoradia e somente no fim do ano passado foi liberado”, comentou. A informação, contudo, não foi confirmada pelo Tribunal.

Sem justificativa aparente, 100 magistrados da ativa receberam acréscimos em seus salários de dezembro Mas de acordo com a Resolução nº 151 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta a divulgação da remuneração dos magistrados brasileiros, as “Vantagens Pessoais” englobam somente “adicional por tempo de serviço, quintos, décimos e vantagens decorrentes de sentença

judicial ou extensão administrativa, [e] abono de permanência”. Os auxílios-moradia devem ser divulgados sob a denominação “Indenização”. A falta de clareza na divulgação dos bônus milionário pago aos magistrados alagoanos só aumenta as dúvidas sobre sua

legalidade. A reportagem entrou em contato com o TJ/AL para esclarecer o motivo dos pagamentos e o porquê de não ter havido a retenção por ultrapassar o teto constitucional de remuneração dos servidos públicos. No entanto, nenhuma resposta foi enviada até o fechamento da edição.


extra DINHEIRO EXTRA

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MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 -

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8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 CONTA ROBU$TA

Gastos da desembargadora Elisabeth Carvalho têm indícios de superfaturamento Ex-presidente do TJ de Alagoas fez despesas sem discriminação e com valores que não refletem a realidade dos estabelecimentos JOÃO MOUSINHO

joao_mousinho@hotmail.com

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desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento foi presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas no biênio 2009/2010. Durante esse tempo contas de restaurante, transporte, arranjos de flores e até cora de flores estiveram entre os gastos pessoais da magistrada. A questão é que alguns desses recibos que o jornal Extra teve acesso, durante a gestão de Elisabeth, não correspondem aos valores reais de mercado. No comando do TJ, Elisabeth tinha como um dos seus locais preferidos para fazer suas refeições o restaurante Mandala Café, que fica na Rua Barão de Maceió, no centro da capital, ao lado do prédio do Tribunal de Justiça. A constatação foi feita devido ao alto número de recibos emitidos pelo estabelecimento durante 2009 e 2010. Em uma única nota fiscal foi discriminado o valor de R$ 1.660,00, no dia 29 de março de 2010. No mesmo dia em que a Justiça alagoana pagou R$ 1.660,00 pela refeição da então presidente do TJ, outra nota de R$ 400,00 foi expedida pela Churrascaria Casarão, na Avenida Robson Melo, no centro da cidade de Capela, que fica a 70km de Maceió. Ainda em 2010, contas que não discriminam a quantidade de refeições e número de comensais, continuam com valores elevados ou superfaturafos, isso levando-se em conta que a nota fiscal seja para uma única pessoa, como está exemplificado em inú-

meros casos. Só em 2009, especificamente no dia cinco de agosto, duas notas fiscais foram emitidas pelo Mandala Café, sendo uma no valor de R$ 1.111,00 e outra de R$ 413,87. A degustação da desembargadora no Mandala Café, restaurante que frequenta as páginas da revista de circulação nacional Veja Comer e Beber, como: “Descrição sobre o Mandala Café e Restaurante: intelectuais, artistas, boêmios e fãs de blues têm como endereço certo o centro da cidade. A decoração rústica, de tijolinhos aparentes [...]” não parou por aí. Em nove de junho mais uma nota fiscal foi emitida, dessa vez na cifra de R$ 1.230,00. Outro fato que causa estranheza é a conta no restaurante Sabor da Terra, que fica na Praça da Independência, no município de Palmeira dos Índios. O estabelecimento no modelo self-service, emitiu nota fiscal no dia cinco de abril de 2010, no valor de R$ 1.500,00 por uma única refeição a quilo. Em outra ocasião mais duas notas foram emitidas no mesmo dia para a presidente do judiciário de Alagoas, uma em Maceió e outra em Palmeira dos Índios, dessa vez em 2009. Na Comedoria Sueca - Maceió - foram gastos R$ 176,83, e R$ 90,00 no restaurante Fina Cozinha, em Palmeira; tudo no dia 31 de julho de 2009. Uma coroa de flores e arranjo de flores custaram aos cofres públicos R$ 1.356 e R$ 1.290, respectivamente. A reportagem do jornal Extra entrou em contato com vários fornecedores do serviço e afirmaram: “Existe co-

Contas da desembargadora Elisabeth Carvalho pagas pelo erário não refletem valores de mercado roa de 300, 400, 500, de todos os valores.” Alguns estabelecimentos especializados disseram que o preço não corresponde à realidade do mercado local. O mesmo foi dito em relação ao arranjo, mais alguns casos pode até ultrapassar o valor discriminado. Além de enfeites, homenagens e refeições, a desembargadora também teve seus custeios pagos pelo erário em São Paulo. A quantia de R$ 1.625,00 pago a Cooper Luxo – Executive Drive – empresa de táxi foi realizado no dia seis de novembro de 2010. De Cumbica até o centro de São Paulo, um corrida na bandeira dois, a mais cara, no valor de fevereiro de 2013 está avaliada em R$ 141,69, a maior distância que se pode percorrer para quem chega na capital paulista. A soma de 10 idas do centro ao aeroporto é mais cara do que o valor pago pela Justiça de Alagoas.

No Sabor da Terra, Elisabeth gastou R$ 1.500,00 em uma refeição R$ 1.625,00 daria para percorrer mais de 450 km em um único dia. Vale ressaltar que os cálculos são feitos com valores atualizados. A reportagem do jornal Extra enviou a explanação sobre a reportagem ao TJ/AL para que a

desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento esclareça os fatos narrados, mas até o fechamento da edição nenhuma resposta foi encaminhada. Nenhuma palavra dela nem de assesssores.


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ARTICULAÇÃO

Thomaz Nonô e Biu de Lira pressionam Vilela em 2014 Governador tem de decidir se apóia vice ou o senador ao Governo; Collor se mexe para se instalar no Sertão ODILON RIOS

Repórter

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im de carnaval, início da Quaresma e o clima político em Alagoas é cada vez mais mundano. As articulações começaram mesmo faltando mais um ano para as eleições e o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) resolveu centrar fogo em uma aposta alta: eleger o vice-governador José Thomáz Nonô (DEM) ao Palácio República dos Palmares. A candidatura de Nonô é uma faca de dois gumes: apesar de ser ficha limpa, perdeu em 2000 as eleições à chefia do Executivo em Maceió. Carrega outra derrota: a eleição ao Senado em 2006. Mas o passado definitivamente parece estar enterrado. E o vice acelera o passo e pressiona Vilela no programa de reconstrução - coordenado por ele das casas destruídas pelas cheias de 2010. O programa está lerdo em Alagoas. Mas o governador promete - pelo menos foi o que disse na Assembleia Legislativa na abertura dos trabalhos - que vai entregar as 17 mil casas prometidas há dois anos até outubro. Exatamente um ano antes das eleições. Tudo para ajudar Nonô: apenas sete mil casas foram entregues pelo programa. No dia 15, o vice estava em nova ação estratégica de engorda do próprio nome, desta vez sozinho: a entrega de 180 toneladas de farelo para alimentação animal no sertão “O Governo está atenden-

do prioritariamente aos agricultores familiares, e com isso estamos dando uma cobertura muito grande aos que estão sofrendo com os efeitos da seca”, disse Nonô. O objetivo é muito maior: ser um nome eleitoralmente viável em meio ao cenário da seca, que atinge 38 cidades de Alagoas, mais de um milhão de habitantes. Um celeiro farto em votos. Nonô corre por fora porque o senador Benedito de Lira (PP) também está de olho na cadeira de governador. Mas o senador parece ter um projeto mais ousado: rifar o filho, o deputado federal e líder do PP na Câmara, Arthur Lira, ao Governo. De temperamento violento, Arthur - de longe - não teria condições de ser o favorito. Mas Biu de Lira quer mostrar os dentes ao governador. Dentes que mostra nas inserções do PP na televisão. Pede mais investimentos em áreas sociais do Estado. Uma delas é a Educação, hoje comandada por um indicado dele, o advogado Adriano Soares. Há duas semanas, criticou Soares aqui no EXTRA, cobrando escolas em tempo integral. Por enquanto, Vilela não diz sim sim, nem não não a Nonô e Biu de Lira. Para beneficiar ele mesmo, transferiu a sede do Governo para Santana do Ipanema. “Será uma oportunidade para mostrar o que o Governo de Alagoas e as principais instituições privadas podem oferecer para o desenvolvimento socioeconômico da população do Sertão. Sabemos das dificul-

Vice-governador, Thomáz Nonô, corre por fora e acelera o passo de olho na cadeira de governador

Pretensão de Biu de Lira é rifar o filho ao governo do Estado

dades existentes, mas podemos oferecer soluções capazes de sanar os principais problemas”, diz o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomesao justificar a transferência do Governo ao interior alagoano. COLLOR Enquanto isso, o senador Fernando Collor (PTB) tenta ganhar vantagem. Sua estratégia é apostar também no Sertão. Em encontro com prefeitos, capitaneado pela prefeita de Arapiraca, Célia Rocha (PTB), Collor anunciou que vai comprar uma casa na cidade. Quer acompanhar de perto os votos dos prefeitos, comandar pessoalmente as articulações políicas e fazer coro à reclamação geral dos gestores públicos, que querem mais dinheiro para ações contra a seca alagoana.


10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 ABAIXO-ASSINADO

Grupo entrega a senadores petição contra Renan Calheiros O ato foi simbólico, já que as assinaturas on-line não foram impressas em papel DA REDAÇÃO

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m manifesto contra a permanência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado foi entregue quarta-feira (20) a um grupo de senadores depois de ato dos manifestantes no gramado do Congresso Nacional. De acordo com dirigentes da ong Avaaz, que hospedou a petição em seu site, foram registradas cerca de 1,6 milhão de adesões. A comitiva que levou as assinaturas foi recebida pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSol-AP), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS) e João Capiberibe (PSB-AP) em sala da ala Alexandre Costa. O ato foi simbólico, já que as assinaturas on-line não foram impressas em papel. O grupo chegou ao local carregando caixas representando os apoios coletados e, depois de ouvir os senadores, apresentou um tablet aberto na página da petição na internet. Cristovam Buarque disse que o Senado “não tem o direito de virar as costas” ao movimento articulado pela internet, a seu ver uma nova maneira de “fazer democracia”. Pedro Simon observou que a campanha em favor da Lei da Ficha Limpa foi

também articulada por meio digital e obteve êxito. Pedro Abramovay, diretor de campanha da Avaaz, disse que outro objetivo da mobilização é pedir o fim do voto secreto parlamentar. Afirmou que seu uso não é previsto na Constituição para eleger dirigentes das Casas Legislativas. Depois, anunciou que pediriam apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para derrubar o voto secreto, por meio de uma ação perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Abramovay também anunciou a ida da comitiva ao Supremo para protocolar uma carta com pedido para que seja acelerado processo que tem como réu o senador Renan Calheiros. Os senadores subscreveram a carta. O representante comercial Emiliano Magalhães Netto, propositor da campanha, participou do encontro. Oriundo da cidade de Ribeirão Preto (SP), ele criou a petição no dia 1º de fevereiro, o mesmo em que Renan Calheiros foi eleito para o cargo, com apoio de 56 dos 81 senadores. RENAN DIZ QUE ASSINATURAS NÃO IMPORTAM Para Renan Calheiros, “não é tão importante” a quantidade de assinaturas em abaixo-assinado por sua renúncia. “O número de assinaturas não é tão importante quanto a mensagem”, afirmou

ele, em nota distribuída hoje. Ele disse que o importante é “a mensagem” passada pela sociedade, que deseja um Congresso melhor e “preocupado” com os cidadãos. Renan prometeu trabalhar para satisfazer essa necessidade. Na nota, Renan classificou como “lícita e saudável” a coleta de adesões na internet contra sua permanência no cargo. “Fui líder estudantil, todos sabem, e também usei as ferramentas da época para pressionar.” Na nota, Renan prometeu conversar com o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para montar uma agenda que garanta “o maior desenvolvimento do Brasil”. “Temos que tornar o Brasil mais fácil, fazer a reforma tributária, política, propor medidas de combate à criminalidade, enfrentar a questão dos vetos”, disse, repisando tópicos de seu discurso no dia em que foi eleito presidente do Senado.

“O que importa é saber que a sociedade quer um Congresso mais ágil e preocupado com os problemas dos cidadãos. E assim o será” RENAN CALHEIROS

presidente do Senado

Para Renan Calheiros, assinaturas não têm nenhuma importância

Collor pode disputar Presidência da República

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BRASIL 247

m dia depois de Dilma Rousseff ser lançada à reeleição pelo ex-presidente Lula, na festa de dez anos do PT no poder, e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) adotar um tom mais duro, assumindo uma postura de presidenciável, com a fala sobre os “13 fracassos” do PT, a sucessão presidencial acaba de ganhar mais um ingrediente. Desta vez, surpreendente. Fernando Collor de Mello, ele mesmo, está voltando. Pessoas próximas ao senador alagoano garantem que ele pensa em disputar, novamente, a presidência da República, em 2014. O entusiasmo de Collor decorre de algumas pesquisas reservadas, feitas em todo o País, que incluem seu nome entre os possíveis presidenciáveis. Aqueles que se declaram inclinados a votar no senador alagoano oscilam entre 14% e 16%, alcançando um universo próximo a 22 milhões de eleitores. É mais, por exemplo, do que têm o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador pernambucano Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, e a ex-senadora Marina Silva, que pretende criar o partido Rede Sustentabilidade. “Se a eleição vai ser parecida com a de 1989, com tantas candidaturas, por que não eu?”, disse o parlamentar alagoano, que conquistou espaço até na esquerda, a um interlocutor próximo. Collor enxerga um cenário semelhante ao da primeira eleição presidencial pós-redemocratização em que praticamente todos os partidos lançaram candidatos. Em 1989, o PT foi de Lula, o PDT lançou Leonel Brizola, Collor concorreu e venceu pelo novato PRN, o

PSDB teve Mário Covas, mas também foram candidatos nomes como Paulo Maluf, Roberto Freire, Ulysses Guimarães e Guilherme Afif Domingos. Nas suas pesquisas, Collor constatou uma boa acolhida em todos os estados da região Sul, no Nordeste e também em São Paulo. Aos amigos, ele tem dito que, num cenário fragmentado, ele poderá ao menos enriquecer o debate democrático e se colocar novamente diante dos olhos do público para que seu governo seja novamente julgado. “Será que foi justo tirar um presidente por uma Fiat Elba?”, ele tem dito aos amigos. Curiosamente, como senador, Collor foi um dos parlamentares mais solidários a seus algozes do passado. No julgamento da Ação Penal 470, ele diz ter assistido uma injustiça semelhante ao do seu processo de impeachment, num processo conduzido pela oposição, em parceria com os meios de comunicação. No Congresso, ele conquistou a simpatia de parte da esquerda, ao liderar o movimento pelo impeachment do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e também pelas convocações de empresários de mídia, como Roberto Civita, e de jornalistas, como Policarpo Júnior. Mesmo tendo sido vencido nesses dois debates, Collor marcou posição. E acredita que seus 16% vão muito além de um simples recall. Se não houver espaço, Collor terá ainda, em 2014, duas alternativas: uma nova disputa ao Senado, contra Heloísa Helena, do Psol, ou o governo de Alagoas, onde o atual gestor Teotônio Vilella Filho, d o PSDB, vive um mau


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FIM DO MUNDO

Profecias apocalípticas voltam à tona após renúncia do papa Teorias atribuídas a São Malaquias e Nostradamus preveem fim do mundo e ruína do catolicismo. Mas será que previsões resistem a uma avaliação racional? ALESSANDRA OGGIONI

especial para o iG

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empre comentadas e cercadas de mistérios, as profecias sobre o fim do mundo ganham força quando ocorre algum fato ou fenômeno de grande repercussão – como o suposto fim do calendário maia em dezembro passado. Na última semana, após o anúncio da renúncia do papa Bento 16, que acontecerá no fim de fevereiro, não tardaram a circular teorias com as piores previsões possíveis, do fim do mundo ao fim do catolicismo. Mas será que alguma delas resiste a uma avaliação racional? VEJA A TRAJETÓRIA DO PAPA BENTO 16 Uma das profecias, atribuída a São Malaquias, afirmaria que o próximo papa seria o último antes da destruição de Roma e do fim do catolicismo. A previsão é baseada em um documento que teria sido escrito pelo bispo Malaquias, no século 12, com 112 breves descrições sobre cada um dos papas que a igreja teria, a partir do ano de 1.143. Na interpretação, a divisa 111 refere-se a Bento 16 como o penúltimo a comandar a igreja. Já o lema de número 112 falaria sobre o último pontífice a exercer o cargo, nomeado como “Petrus Romano”, ou Pedro Romano. O escritor Wilson A. De Mello Franco, autor de mais de 30 livros digitais sobre profecias, acredita que o nome Pedro é uma indicação de que o próximo papa possa ser Peter Turkson, cardeal de Gana, o que levaria a igreja a ter o primeiro pontíficie negro.

No entanto, para a socióloga Brenda Carranza, pesquisadora na área de sociologia da religião e autora do livro “Catolicismo Midiático” (Ideias & Letras, 2011), a possibilidade de ter um papa negro não se trata de profecia, mas de uma alternativa real. “Existem, sim, africanos que teriam condições de se tornarem papas. O que não tenho tanta certeza é que seja o momento no jogo de forças instituicionais que este critério prevaleça”, analisa. De qualquer maneira, as profecias são contestadas. O teólogo e filósofo Jung Mo Sung, professor de ciências da religião da Universidade Metodista, diz que é preciso cautela quando se fala no documento atribuído a São Malaquias, pois há dúvidas sobre a autenticidade do conteúdo. “Há uma discussão se o texto é verdadeiro ou se seria uma falsificação feita no século 16”, comenta. Para o padre e professor Valeriano da Costa, diretor da Faculdade de Teologia da PUC-São Paulo, a previsão atribuída ao santo não tem comprovação científica, nem bíblica. “Eu não conheço nenhum texto de profecia de São Malaquias e duvido que isso tenha um fundamento verdadeiro”, diz. Segundo Costa, as teorias sobre o fim da humanidade na igreja católica se baseiam apenas em trechos da Bíblia. “A escritura diz que um dia chegará o final dos tempos, mas este dia é insondável”, afirma o religioso. NOSTRADAMUS: ADIVINHO DO FUTURO? Outra profecia sempre recorrente é a de Nostradamus. Em “As Centúrias”, o médico que viveu no

século 16 teria escrito versos agrupados em quatro linhas (chamados de quadras), que conteriam previsões codificadas sobre fatos do futuro. Entre elas, ele teria revelado a Revolução Francesa, a ascensão de Hitler e o fim do fascismo na Itália. A respeito do futuro da igreja também haveria previsões. No entendimento de Mello Franco, a quadra de número 99 falaria da mudança de sede da igreja, que deixaria Roma e iria possivelmente para Jerusalém. “As quadras de Nostradamus são como a página de um livro recortada em vários pedaços. Existe um código ali que precisa ser montado e que gera interpretações. Não é determinismo”, admite. Embora muitos acreditem no “acerto” das profecias de Nostradamus, o filósofo Jung Mo Sung diz que ele não pode ser visto como um “adivinho do futuro”, mas, sim, um escritor que fazia uma espécie de crítica do que estava acontecen-

do na época. Para ele, as quadras são analisadas de diversas maneiras, dependendo do olhar de cada um. “Uma palavra pode ser interpretada de 50 mil jeitos. Pegam-se frases obscuras e começam a criar relações”. O historiador André Chevitarese, professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também ressalta que é preciso considerar o contexto de cada previsão. “Para nós, as profecias podem soar um tanto quanto sem base, lidas ou ditas por pessoas carentes de um referencial científico. No entanto, os profetas têm o seu valor por retratarem o cenário de uma época”, diz. Desta forma, Chevitarese explica, Nostradamus e outros denominados profetas devem ser encarados como pessoas que faziam o retrato de um período da história. “As ditas profecias de São Malaquias mostram, por exemplo, uma época que a igreja católica tinha

um papel decisivo e predominante. Ele defendeu a ideia de que sem um papa o mundo cairia em um abismo violento”. SINAL DOS CÉUS? Para quem crê em profecias, até mesmo a queda de um raio em cima da Basílica de São Pedro, no Vaticano, algumas horas após o anúncio da renúncia do papa Bento 16, pode ser vista como um sinal sobrenatural. O fato é que o fenômeno meteorológico é comum nesta época do ano em Roma, que costuma ter invernos chuvosos. No dia 11 de fevereiro, uma tempestade caiu na região, e veio acompanhada de raios. “Foi uma absoluta coincidência”, diz Joselia Pegorim, meteorologista do Climatempo. “Normalmente, o que acontece é que descargas elétricas são atraídas por elementos pontiagudos, como o que tinha no alto da cúpula da igreja”, esclarece a especialista.


12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 -

ENGARRAFADO

Cargas e descargas de caminhões deixa trânsito caótico em Maceió Em horário de pico é comum ver caminhões e carretas estacionados em via pública dificultando a passagem de outros veículos MARIA SALÉSIA

sallesia@hotmail.com

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estacionamento de caminhões e carretas em áreas irregulares para cargas e descargas de mercadorias em vários pontos da cidade tem causado ainda mais problemas para o caótico trânsito de Maceió. O caos é ainda maior na Avenida Gustavo Paiva, no bairro de Mangabeiras. De um lado da via, a qualquer hora, veículos de grande porte abastecem o Supermercado Extra e do outro, a distribuidora da Brahma. E ainda na mesma localidade, em dia de culto, na Igreja Universal, os fiéis utilizam a via pública como estacionamento. E o que dizer da rua que fica por traz dos supermercados Assaí e GB Barbosa, no Bairro da Serraria, que vive congestionada por causa dos caminhões que utilizam a via pública como estacionamento privado e fazem descargas praticamente o dia inteiro? Nessa área, é comum verificar filas gigantes de veículos que ficam praticamente paralisados no trânsito enquanto os supermercados são abastecidos. Quem também sofre com o engarrafamento é o condutor de veí-

culos que utiliza a Rua Barrão de Atalaia, no bairro do Poço. Além de ser uma via estreita, serve de corredor de ônibus e para complicar, é comum carretas fechar o tráfego para abastecer o supermercado Bom Preço. Nesse caso, quando tem uma carreta e um caminhão descarregando, os demais com hortifruti ficam na pista e o trânsito praticamente paralisa. Trafegar naquela localidade até às 8 horas é complicado. Mas o problema não pára por aí. Na principal avenida da capital alagoana, a Fernandes Lima, é comum presenciar caminhão cegonha fechar toda a via para descarregar os carros nas diversas concessionárias espalhadas em toda a via. “Mudei meu trajeto para poder chegar ao trabalho na hora certa. É um absurdo, em horário de pico, essas carretas obstruem a via e o poder público fecha os olhos para a situação”, reclamou Lucas Lima ao acrescentar que deveriam fazer cumprir a lei para carga e descarga, pois em seu trajeto até o trabalho é comum ver veículos de grande porte trafegando em locais proibidos. FISCALIZAÇÃO O coordenador de operação de

trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Maceió (SMTT), Zenildo Calheiros, disse que independente da situação, todos têm que cumprir o código do trânsito. Quanto a cargas e descargas em horários irregulares, ele garantiu que é feito a fiscalização, mas nem sempre a equipe constata a infração, mas no momento que flagra os responsáveis são autuados. Em relação a via próximo aos supermercados Assaí e G Barbosa, Calheiros afirmou que já existe o processo licitatório e assim que as placas de sinalização forem colocadas no local a fiscalização agirá no sentido de coibir as descargas em horários proibidos. Em se tratando da Avenida Fernandes Lima, o coordenador disse que é outra situação, mas que existe novos estudos para remanejamento desses veículos de grande porte na área. Ele garantiu que já existe proibição de veículos pesados nessas localidades. Embora a equipe de fiscalização não seja suficiente para atender a todas as irregularidades, Zenildo Calheiros informou que o cidadão ao constatar qualquer infração de trânsito pode acionar a SMTT denunciando o caso através do 08002844158, 118 ou 3315-3590.

Congestionamento: veículos de grande porte estacionam em vias públicas diariamente dificultando o trânsito em Maceió

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14 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 08 DE FEVEREIRO DE 2013 DISCIPLINA

CNJ limita participação de magistrados em eventos patrocinados Resolução também proíbe os magistrados de receberem prêmios, auxílios ou contribuições de pessoas físicas ou entidades públicas ou privadas O Conselho Nacional de Justiça (CN) aprovou, nesta terça-feira (19/02), na 163ª sessão ordinária, resolução que disciplina a participação de magistrados em congressos, seminários e eventos culturais. Pela norma, que entrará em vigor 60 dias após sua publicação, o magistrado só poderá participar de eventos jurídicos ou culturais, patrocinados por empresa privada, na condição de palestrante, conferencista, debatedor, moderador ou presidente de mesa. Nessa condição, o magistrado poderá ter as despesas de hospedagem

e passagem pagas pela organização do evento. A resolução do CNJ proíbe os magistrados de receberem prêmios, auxílios ou contribuições de pessoas físicas ou entidades públicas ou privadas. Se o magistrado quiser participar de algum evento, deve arcar com os custos de hospedagem e deslocamento, a não ser nos casos em que a própria associação de classe custeie totalmente o evento. Nos casos de eventos realizados pelos tribunais, conselhos de justiça e escolas de magistratura, será permitido

que empresas contribuam com até 30% dos custos totais do evento. Mas o tribunal, conselho ou escola responsável terá que remeter ao CNJ a documentação dos gastos com o evento. O texto da resolução aprovada foi redigido pelos ministros Carlos Alberto Reis de Paula e Francisco Falcão, corregedor nacional de Justiça. Anteriormente, Francisco Falcão havia apresentado outra proposta, que foi aperfeiçoada em conjunto com Carlos Alberto. DEBATE A resolução aprovada foi a possível,

Francisco Falcão, corregedor nacional de Justiça segundo o ministro Francisco Falcão. No texto anterior, ele propunha a proibição total de patrocínio aos eventos, mas aceitou estabelecer o limite de 30% para garantir a aprovação pelos conselheiros. “É um passo inicial. A resolução atende em parte os anseios da sociedade”, afirmou Falcão. Durante o debate, o conselheiro Silvio Rocha defendeu que os eventos patrocinados pelos órgãos do Poder Judiciário fossem custeados totalmente com verbas orçamentárias.

Os conselheiros Tourinho Neto e Ney Freitas, por sua vez, ponderaram que a proibição poderia prejudicar as associações, e os cursos e seminários destinados ao aperfeiçoamento dos magistrados. Ney Freitas lembrou que os tribunais não dispõem de verbas para o aperfeiçoamento de magistrados. No julgamento, ficaram vencidos os conselheiros Tourinho Neto e Silvio Rocha e parcialmente vencidos os conselheiros José Lúcio Munhoz e Vasi Werne


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013

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LUTA DE CLASSE

Professores da rede privada se mobilizam por moralização salarial O Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas realizará assembleia no próximo dia dois de março para discutir reivindicações da categoria JOÃO MOUSINHO

joao_mousinho@hotmail.com

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ma mobilização dos professores da rede privada de ensino, em Alagoas, acontecerá no próximo dia dois de março, um sábado, na sede do Sindicato dos Bancários, no centro de Maceió, a partir de 12h. A iniciativa é do Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas (Sinpro/AL), que durante o encontro vai discutir a campanha salarial de 2013 e a criação de pautas de reivindicações. Entre as principais reclamações dos professores da rede privada de ensino estão os baixos salários pagos, as excessivas carga horárias de trabalho e o não pagamento de horas extras nos períodos trabalhados fora das instituições de ensino. O professor Eduardo Vasconcelos, um dos diretores do Sinpro, afir-

ma que a categoria será dura ao cobrar seus direitos e exigir melhores condições de trabalho. Eduardo salientou que os proprietários de escolas hoje abarrotam a sala de aula e só existe dois prejudicados nessa caso: “a concentração e a disciplina dos alunos em sala de aula fica cada vez mais difícil com grandes e pequenas escolas colocando cerca de 50, 60 alunos num espaço. Quem perde é o estudante que não tem um ensino de qualidade e o professor que tem graves problemas nas cordas vocais devido ao esforço para ser ouvido por tantas pessoas.” Para o sindicalista outro ponto que fica a desejar é a questão financeira, já que a maioria das escolas não manteve o aumento real nos vencimentos dos educadores, apenas o índice inflacionário anual foi ajustado. “Ano a ano o professor vai so-

frendo com isso, não há aumento de fato e em outros casos esse reajuste nem existe”, desabafou Vasconcelos. Um ponto polêmico e que será colocado em pauta no encontro do dia dois de março será as mídias sociais no contesto da vida do professor e aluno. Por muitas vezes alunos tiram suas dúvidas e fazem questionamento através do contato com os professores via internet, o que caracteriza menos tempo para si próprio, como explica o diretor do Sinpro: “o tempo de ficar com a sua família, de descontrair na internet, de ler, estudar, tudo isso foi tomado, o educador é professor 24h.” Vasconcelos contou que como sindicalista recebe todo tipo de denúncia e informação por parte de colegas, uma das acusações é que escolas na parte alta de Maceió chega a pagar

Professor Eduardo Vasconcelos mobiliza categoria para assembleia R$ 3,00 por hora aula. “Pelo interior do Estado a situação também não é diferente, por isso que no grande encontro do dia dois de março será importante a presença de todos os professores da rede privada de Alagoas para combatermos esses escândalos.” Outro ponto relatado para reportagem do jornal Extra pelo professor foi o aumento de men-

salidades em escolas tradicionais na grande capital. “Não vou falar o nome das instituições por questão de ética, mas tem escola que aumentou sua mensalidade de R$ 345,00, em 2012 para R$ 460,00 em 2013 e se quer um centavo foi adicionado no salário dos professores”, uma verdadeira falta de respeito, finalizou Eduardo Vasconcelos.


16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 LEI SECA

Álcool está relacionado a 21% dos acidentes no trânsito Estudo inédito do Ministério da Saúde também revela que 49% das agressões estão associadas ao uso do álcool. Homens de 20 a 39 anos são as principais vítimas POR FABIANE SCHMIDT E CARLOS ESPINDOLA

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studo realizado pelo Ministério da Saúde em hospitais públicos revela que o consumo do álcool tem forte impacto nos atendimentos de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento aponta que uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas nos prontos-socorros brasileiros ingeriram bebida alcoólica. O estudo também mostra que 49% das pessoas que sofreram algum tipo de agressão consumiram bebida alcoólica. As principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos. Os dados fazem parte do VIVA (Vigilância de violências e acidentes), estudo realizado pelo Ministério da Saúde em 71 hospitais que realizam atendimentos de urgência e emergência pelo SUS. Foram ouvidas 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal. Os dados foram coletados em 2011 e analisados no ano passado. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o ministro das Cidades em exercício, Alexandre Cordeiro Macedo, apresentaram os principais resultados nesta terça-feira (19), em Brasília. Padilha reforçou a importância de se obter informações qualificadas em saúde para que as ações de prevenção e de intervenção sejam cada vez mais eficientes. “Estas informações que apresentamos aqui têm papel decisivo para que tenhamos, nós e todos os demais

órgãos federais, estaduais e municipais, mais segurança para agir. Também vamos utilizá-las em nossas campanhas de conscientização de motoristas, passageiros e pedestres”, ressaltou. PERFIL DAS VÍTIMAS O levantamento revela que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de álcool. Entre os atendimentos por acidentes, a faixa etária mais prevalente foi a de 20 a 39 anos (39,3%). As vítimas mais acometidas por agressões estão nessa mesma faixa etária – 20 a 39 anos – e representam 56% dos casos. Em 2011, 28.352 homens com idade entre 20 a 39 anos foram assassinados e 16.460 perderam a vida no trânsito, o que corresponde a quase metade de óbitos registrados nesta faixa etária, 31,5% e 18,3%, respectivamente. O VIVA também mostra que a proporção do consumo de bebida alcoólica entre os pacientes homens foi bem superior ao das mulheres: 54,3% dos homens que sofreram violência e 24,9% dos que sofreram acidente de trânsito tinham ingerido álcool, enquanto os índices entre as pessoas do sexo feminino foram de 31,5% e 10,2%, respectivamente. O ministro em exercício das Cidades destacou que a Lei Seca, em vigor no país desde 2008, já começa a incitar mudanças significativas, como a redução de 24%

Estudo aponta que principais vítimas do trânsito são homens com idade entre 20 e 39 anos das mortes no período do Carnaval 2013 (comparado ao do ano anterior). “Temos uma guerra no trânsito e isso tem de acabar. Fiscalização, legislação efetiva e ações de conscientização são importantes para termos um trânsito seguro”, destacou Macedo. VIDA NO TRÂNSITO Para apoiar estados e municípios a orientar condutores sobre o risco da combinação entre o álcool e direção, o Ministério da Saúde desenvolve o Projeto Vida

no Trânsito. As cinco capitais brasileiras que participam do projeto (Curitiba, Teresina, Belo Horizonte, Campo Grande e Palmas) reduziram, entre 2009 e 2011, o percentual de atendimentos de vítimas de acidentes alcoolizadas nas emergências dos prontos-socorros. Uma das ações do projeto Vida no Trânsito é a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualiza-

do, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e os grupos de vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior. Em setembro de 2012, o Ministério autorizou o repasse de R$ 12,8 milhões para os 26 estados, o Distrito Federal, todas as capitais, além de Guarulhos e Campinas. No total, foram cerca de R$ 25 milhões para as ações do Projeto Vida no Trânsito.


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18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 RECONHECIMENTO

Jornalista Odilon Rios é homenageado com o prêmio ‘Expressão Alagoana’ Odilon Rios foi homenageado pelo Governo de Alagoas; em 2012, ele conquistou o Prêmio Esso de Jornalismo WELLINGTON SANTOS

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jornalista Odilon Rios é um dos destaques da 1ª Edição do Prêmio Expressão Alagoana, criado pelo Governo de Alagoas com o objetivo de reconhecer e valorizar o esforço e o sucesso de cidadãos alagoanos comuns, naturais ou residentes, que ganharam repercussão nacional ou internacional, projetando o nome do Estado com seu talento e iniciativas relevantes. O prêmio foi entregue na quinta (21), às 20h, no Teatro Deodoro. O reconhecimento a Odilon Rios, 13 anos de profissão, veio com a repercussão de seu trabalho em 2012, quando ele incluiu em seu currículo o mais tradicional prêmio do jornalismo brasileiro: o Prêmio Esso de Jornalismo. O jornalista alagoano foi vencedor com matéria publicada no Jornal O Globo, do Rio de Janeiro, do qual é corres-

pondente em Alagoas. O trabalho vencedor foi sobre uma escola municipal de Coruripe, que conseguiu um dos melhores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no País. “O Esso é um imenso incentivo pela história que possui, mas não se esgota, porque há uma longa estrada a percorrer”, afirma. Com 13 anos de profissão, Rios iniciou o caminho no jornalismo ainda na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). “Minha primeira experiência foi no jornal comunitário Dumont, que pertencia ao curso, mas era voltado para a comunidade que vive no entorno da Ufal”, lembra o profissional. Na imprensa alagoana, ele atuou nos semanários Extra (atualmente é colaborador) e Primeira Edição e na Gazeta de Alagoas, de circulação diária, de onde saiu para a primeira experiência na televisão. Em segui-

Com 13 anos de profissão, Odilon Rios iniciou o caminho no jornalismo ainda na universidade da, Rios foi trabalhar no portal Terra, onde também exerce a função de correspondente, até chegar ao jornal O Globo, também como correspondente. Nesse ínterim, passou ainda pelo diário O Jornal. Hoje, além de correspondente dos portais Terra e do matutino O Globo, o jornalista

é proprietário do site Repórter Alagoas. “Uma das características de gente que envereda, como eu, nesta profissão, é ser teimoso. Tem que ter essa teimosia para vender nosso peixe”, aconselha o jornalista. Para orgulho de Rios, sua filha de 19 anos, Anna Elis, segue a mesma trilha. “Ela é apai-

xonada pelo fotojornalismo”, diz o jornalista, que destaca a relevância do prêmio Expressão Alagoana. “É ótimo que iniciativas como essas existam para mostrar o trabalho de quem se esforça para dar o melhor de si na produção de seu trabalho, principalmente com repercussão fora de Alagoas”, ressaltou.


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PEDROOLIVEIRA pedrojornalista@uol.com.br

Os nossos “zumbis” no mundo The Economist chama políticos brasileiros de “Zumbis” e cita Renan Calheiros como exemplo

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revista inglesa The Economist classificou os políticos brasileiros, citando como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), de “zumbis”. O artigo publicado esta semana analisou a manutenção do poder político de figuras públicas envolvidas em casos de corrupção, em alguns casos já até condenadas. A análise relembra a última eleição de Renan à presidência do Senado em 2007, quando foi obrigado a renunciar por ter sido acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de construtora. O texto enfatiza também o fato de a presidente Dilma Rousseff ter aceitado a candidatura de Renan depois de ter sido rígida na punição de ministros enredados em episódios de corrupção. No artigo, Renan é também tido como um “novo exemplo bem estabelecido de fenômeno brasileiro”: do político que não é atingido por denúncias. “O Senhor Calheiros é o mais novo exemplo de um bem estabelecido fenômeno brasileiro: o político que consegue sobreviver a qualquer número de pancadas aparentemente fatais”, resume o semanário. Outros casos são relembrados pela The Economist. Cita o julgamento do mensalão e também outros políticos condenados por corrupção como os deputados Paulo Maluf (PP) e José Genoino (PT), com críticas de que eles ainda assim continuam exercendo seus mandatos no Congresso. “Um terço dos legisladores do Brasil ou foram condenados ou estão sendo investigados por crimes que vão de compra de votos a roubo e exploração da escravidão”, diz o texto. Apesar disso, a revista mostra que a população se mobilizou em protesto contra mais um exemplo de manutenção de políticos acusados de corrupção no poder público. Uma petição foi aberta na internet pedindo o impeachment de Renan Calheiros, atingindo 1,5 milhão de assinaturas, o suficiente para levar a demanda ao Congresso, mas sem efeito legal. (Com informações da Tribuna da Imprensa /RJ) “Brasileiros ainda têm esperança de que os zumbis políticos sejam postos para dormir”, termina o texto.

MP de Contas Esta semana foi eleito o novo chefe do Ministério Pública de Contas de Alagoas, procurador Pedro Barbosa Neto, pela unanimidade de seus pares. Tem muita luta pela frente na árdua missão de fazer a Corte de Contas cumprir suas atribuições institucionais. Uma das guerras agora é fazer com que o procurador Gustavo Santos ocupe a vaga de conselheiro do TC que lhe é de direito, porém sob ameaça de ser usurpara pela Assembleia Legislativa para o deputado Fernando Toledo. Se prevalecer a justiça o MP de Contas sairá vitorioso.

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Para refletir:

“Há tempo de trabalhar e há tempo de politicar” – sábias palavras do senador Benedito de Lira – os políticos de Alagoas preferencialmente optam pela segunda alternativa.

Lessa: MP leviano e criminoso Após ser acusado de desviar R$ 5 milhões de obras da Secretaria de Saúde para fazer caixa de sua campanha política, o ex-governador Ronaldo Lessa classificou o Ministério Público como “ leviano e criminoso” , informando que seus advogados irão entrar com ações contra as acusações que se juntam aos diversos processos de improbidade administrativa que tramitam na justiça contra ele. Lessa se defende afirmando que sua campanha não foi financiada pela empresa citada na denúncia. Segundo ele, a Arquitec – Arquitetura, Engenharia e Construção, pode ter doado dinheiro para a campanha, assim como outras empresas privadas. Tão inocente o coitado!

Fim do ócio remunerado Férias de 60 dias para juízes e procuradores, privilégio concedido às duas categorias durante a ditadura militar, estão com os dias contados. Cresce dentro das cúpulas do Judiciário e do Executivo um movimento para pôr fim ao mais longo período de ócio remunerado a profissionais bancados com dinheiro público. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu criar uma comissão especial para revisar e mandar para o Congresso projeto de lei sobre o assunto. Pelo menos três dos mais influentes ministros do STF entendem que não há sentido em manter o mimo para juízes e procuradores, em detrimento de todas as demais categorias profissionais do país. Com as folgas dos recessos de fim de ano e os feriados nacionais, estaduais e municipais, juízes e procuradores somam mais de 90 dias de ócio por ano. Não há nada parecido em nenhum outro país. Não satisfeitos com os excessos, alguns juízes e procuradores vendem parte das folgas para fazer caixa extra. Por lei, juízes não podem vender férias. - Juiz não precisa de férias de dois meses. O que o juiz tem que fazer é organizar o gabinete e trabalhar - disse um dos ministros do STF.

Médicos sem educação Até no momento de fazer greve, protestar e cobrar justas reivindicações é preciso postura ética, respeito institucional e educação. Infelizmente não foi o que vimos no comportamento de um grupo de médicos que na última terça feira ocupava a galeria da Assembleia Legislativa para cobrar principalmente aumento de salários do governo do estado. Apequenam-se e se igualam a moleques no momento em que em uma sessão solene, no plenário de um poder, vaiam o governador em afrontoso desrespeito às instituições e às autoridades presentes. O governador é um homem educado, pois deveria tratar os participantes do ato marginal como um recente governante fazia: no coice. É essa a linguagem que eles devem compreender.

Já esqueceram Ledo Ivo

Confesso que não esperava que fosse diferente. Os órgãos de cultura do estado e também da capital não lembraram do aniversário do grande poeta alagoano Ledo Ivo, recentemente falecido, na última segunda feira. Nenhum ato de comemoração, uma nota ou mesmo uma palavra dos gestores da cultura que preferem se preocupar com festinhas de rua e eventos periféricos. Ouvimos apenas a voz solitária da brava vereadora Heloisa Helena, apaixonada pela figura de Ledo Ivo, um nome que levou Alagoas para o mundo com a sua obra. Não vi referencia à data em nenhum jornal, televisão ou rádio. Apenas nas redes sociais os alagoanos lembraram e puderam prestar homenagens ao poeta. Em Alagoas é assim: “Os heróis são esquecidos e os bandidos eleitos”.

No pé do ouvido MUITO CUIDADO. A população começa olhar atravessado para o acúmulo de lixo em algumas ruas e praças de Maceió. Sabe-se dos graves problemas enfrentados pela administração, mas pelo menos a “lição de casa” não pode parar, pelo contrário, tem que melhorar. COMEÇAM SURGIR rumores nada agradáveis sobre a metodologia do trabalho dos guardas da SMTT em Maceió. A quantidade de multas (indevidas) começa a assustar os proprietários de veículos e já se fala em “metas” para os guardas que não cuidam do trânsito, mas enchem o caixa.


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NO PAÍS DAS ALAGOAS TEMÓTEO CORREIA DEPUTADO ESTADUAL - AL

ARTIGO

Interesses CLOVIS UCHOA DE CASTRO

Médico-prof. universitario Clovis.deastro@gmail.com

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A bicicleta de Geraldo Bulhões

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á personagens da vida política que são verdadeiros cunhadores de frases ou historietas que ornam e marcam a literatura pitoresca ou folclórica do seu meio e tempo. O ex-governador Geraldo Bulhões é um deles. Numa roda de políticos, atentos para ouvi-lo, fazia a seguinte analogia: - A política é como uma bicicleta. O ciclista começa a pedalar, vai se entusiasmando, se entusiasmando, até dar uma derrapada e cair. Arranha-se, fica cheio de hematomas e joga a bicicleta lá no limbo, com o guidom empenado, selim torto, pneus furados; enfim, bastante avariada. Depois de certo tempo, já sem arranhões e hematomas, é tomado pela saudade. Vai olhar a bicicleta, passa uma flanela para retirar a poeira, desempena o guidom, ajeita o selim, calibra os pneus e volta a pedalar. A política é assim. Um dos presentes o indagou: - O senhor já derrapou, governador? Geraldo Bulhões sentenciou: - Nessa bicicleta quem nunca derrapou, um dia derrapará. A não ser, que contra a própria vontade, desista de pedalar.

que seria da humanidade se não existisse o interesse em cada um de nós? Interesses e dificuldades. Somos todos interesseiros. Simplesmente estaríamos ainda na época das cavernas. Falam e afirmam que o dinheiro é a mola do mundo. Discordamos. Ele apenas alavanca nossos interesses. Aliás, é ele o que desperta o maior. Ajudam a realizar nossos desejos. Sonhos. Quando voltado para o bem comum é divino. Altruísmo. Quando egoísta, humano com todas as misérias conseqüentes. Partamos do principio, do início. Da formação do Universo. DEUS, com todos os poderes inerentes à Sua pessoa; Ele próprio SE bastava. Tudo possuía. Era autosuficiente. Mas por que criar algo tão grandioso como o que existe? Interesse. Interesse? Como? Como grande arquiteto que É, e com o AMOR que é Sua Tonica, e com o poder disponível, simplesmente resolveu criar algo único. Só o amor constrói. O Universo. Realizou-se como arquiteto. Interesse. E nesta imensidão de espaço criou um corpo celeste que denominamos de Terra; e mais, habitado por seres inteligentes, pois como sabemos, “somos Sua imagem e semelhança”. Imagem discordamos, pois em sendo um Ser abstrato, não poderá gerar imagem. ´Semelhança sim, pois Dele herdamos de Sua inteligência infinita um simples grão de mostarda usada muitas vezes para o mal. Perversão. Nos doou também um dos seus poderes: o de multiplicar nossos descendentes através do orgasmo, satisfação puramente animal, talvez a maior existente Sem o mesmo possivelmente a humanidade não existiria; com certeza. É o premio dado pelo Senhor por “esse nosso trabalho”. E o interesse onde está nesse caso? Simplesmente a satisfação do animal. E é pouco? Por que inteligentes? Poderia simplesmente ter criado unicamente os irracionais, as bestas não? Mas aí entra um novo questionamento. Só a inteligência pode reconhecer a existência de um Criador. Reconhecer um Ser superior e agradecê-LO pelos bens recebidos. Um pouco de vaidade em ser reconhecido, não? Santa vaidade. San-

to interesse. Nós outros, simples mortais, também temos nossos interesses.E como! O maior deles, sem duvida, o de ganhar algum dinheiro, pois sem o “vil metal” como sobreviver? Noites em claro com a ajuda do café e do cigarro. Finalidade: estudar. Lá fora, rolando as farras, as festas; o encontro com a namorada, suspenso. O interesse maior: conseguir uma graduação em um curso superior, sonho de todo estudante pobre. Até em dar uma simples esmola, está ele interesse presente. Como? Bem sabemos que de lá somente um “Deus lhe pague” receberemos. Nada de “é dando que se recebe”. Esse modo de pensar parecenos um tanto ou quanto comercial, uma troca. Não nos sentimos por acaso felizes em doar algo a pessoas pobres? Não nos faz bem este ato? Está ele aí presente. Sentir-se feliz. Além do “quem dá aos pobres, empresta a Deus”. E por aí vai. Casar-se! Onde está aí o interesse? Se por amor, o desejo e interesse em constituir uma família com a mulher escolhida, amada, possuir filhos e construir um lar, sonho de qualquer um. É bem verdade que existe outros interesses. Por exemplo, o econômico. Unirse a alguém unicamente por sua boa situação financeira. Interesse egoísta. Imaginemos que se os interesses dos nossos políticos em lugar de serem egoístas, fossem altruístas. Com certeza seriamos um outro país. Nos políticos o interesse maior é o “dar-se bem”. Enriquecer a todo custo dilapidando os cofres públicos através do roubo. Existem as exceções, claro, porém cada vez menores. As pessoas muitas vezes são levadas a doar, pelo simples prazer de sentirem-se felizes.Se tiverem dois pães, doam um; e se um tem, o doa ficando sem nenhum. Mas aí, neste caso já ultrapassaram e superaram a fase humana. Já podemos considerar e pensar sê-los diferentes de nós homens comuns. São casos esporádicos. São indivíduos que já chegaram a um patamar tal de desprendimento das coisas materiais, que o seu interesse maior é realizar a caridade, a felicidade alheia. Sentem-se com isso plenamente felizes e realizados. São os chamados SANTOS. Francisco de Assis entre outros. Aliás, que nos perdoe o Santo quando afirma que “é dando que se recebe” Parece-nos algo mercantil; uma simples troca de favores. Que tal é “o dando... sem esperar nada receber?”. A verdade liberta... Porém! agride, irrita, incomoda.


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ARTIGOS

Carnaval da multa JORGE MORAIS jornalista

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á muito tempo que Maceió não tem carnaval para valer. Nos últimos anos, com ajuda do poder público, algumas pequenas escolas de samba realizam na orla da Pajuçara um desfile quase franciscano, paupérrimo, sem brilho, sem alegorias, sem alegria, sem nada. Um desfile que contagia, apenas, os componentes das agremiações e não sei aonde eles vão buscar “tanta inspiração”. Além disso, o concurso do “Boi de Carnaval”, algumas bandas de frevo e axé na Praça Multieventos, no Benedito Bentes, Fernão Velho e na Ponta Grossa. O que é muito pouco para uma cidade turística como Maceió. Em boa hora, o prefeito Rui Palmeira resolveu não financiar nada e a cidade ficou sem festa. Confesso que não fez falta alguma. Para não dizer que Maceió não teve nada, o deputado Marcos Barbosa

e a vereadora Silvânia Barbosa, com o apoio da associação do bairro, organizaram o carnaval do QG do frevo, a Praça Moleque Namorador, na Ponta Grossa, onde os foliões brigavam todo dia. Fora isso, não se viu o som de uma lata sendo batida na cidade. Maceió virou a cidade das famílias, do descanso, dos turistas, da praia, da caminhada na orla de quem não queria carnaval, muito menos, o que vinha sendo mostrado nos anos anteriores com o apoio do município. Quem quis participar do carnaval foi para Paripueira, Barra de São Miguel, nesta última, mesmo sem bandas e festas programadas, e outras cidades alagoanas, além de estados, como Pernambuco (Recife, com mais de 300 atrações e Olinda, com mais de 400 blocos); e a Bahia (Salvador, com mais de 100 atrações nos trios elétricos). E Maceió tem o que para oferecer diante dessa concorrência? O carnaval mesmo de Maceió foi promovido pelo SMTT, com a indústria da multa. A cidade estava lotada de turistas, com a rede hoteleira quase com 100% de ocupação. O que mais se via eram veículos com placas de outros estados circulando na região da praia. É do conhecimento de todos que entre a Pajuçara e a Jatiuca não

existem estacionamentos suficientes para tantos veículos. O único existente, próximo ao canteiro na Ponta Verde, cobra 10 reais por turno, um abuso. Na orla de Maceió, pelo dia, os carros podem estacionar do lado da praia. À noite, é proibido e o estacionamento passa para o outro lado, dos prédios. Na 2ª feira, 4 viaturas da SMTT enfileiradas, com 12 policiais de trânsito no total, com talões as mãos, multavam todos os carros estacionados no local de placas de proibição. Não defendemos o errado, mas uma pergunta: Numa área onde não existem locais suficientes e sem festas, que mal fizeram esses motoristas estacionarem nessas áreas? Parecia coisa programada. Eles vinham na parte da tarde por um lado até o final da orla e, a partir das 18h, voltaram pelo outro lado multando quem estava estacionado ao lado da calçada da praia. Quem parou de um lado, tinha que sair correndo para colocar o veículo do outro lado, que não tinha vaga. Reclamavam os maceioenses e os turistas e não tinha jeito: todos foram para a caneta. Alguns agentes até trataram pessimamente as pessoas que queriam dialogar sobre a dificuldade de estacionar. Eles, simplesmente, mostravam as pla-

cas e ponto final. Esses registros foram comprovados durante todos os dias de um carnaval que não existiu. O prefeito Rui Palmeira precisa tomar uma providência, até porque, diante desses fatos, algumas pessoas denunciaram por meio da imprensa que está havendo uma pressão sobre os agentes de trânsito para que eles cubram uma cota mensal de multas e, em troca, são beneficiados com uma gratificação. Não atingindo a meta, perde. A denúncia foi feita por uma pessoa da SMTT, que não se identificou para não ser punido, na Rádio Jornal, no programa do Canetinha. E ele sabe quem é a pessoa. Por isso, o carnaval de Maceió virou o “Carnaval da Indústria da Multa”. Diante do que presenciei, resolvi não mais sair de casa. Meu projeto era caminhar no final das tardes, passear com a família, visitar a feirinha, comer uma tapioca, mas a SMTT não deixou. Eu e outras pessoas ficamos sem fazer essa programação. Troquei por três sessões de cinema. Depois a Secretaria de Turismo reclama que não tem turista ou que o maceioense não dá valor ao que tem. Uma semana depois do carnaval, a ação dos agentes continuava sendo à mesma

pondo com humor a quem me indaga sobre o meu interesse por estudar, já bem entrado na idade do Estatuto. Após mais de trinta horas entre aeroportos, aviões, estações ferroviárias e trens, chego afinal a Pisa em fria noite de sábado, 12 de janeiro. Uma zuppa de verduras bem quente, no hotel, aquece-me, fazendo-me bem disposto a sono reparador, preparação para o início das aulas já na segunda-feira seguinte. Na solidão do quarto, divirto-me a pensar que estudarei na mesma universidade em que Galileu Galilei cursou e ensinou as ciências, há quatro séculos. O curso é verdadeira maratona, as aulas sendo ministradas, em italiano e espanhol, durante todo o dia, só terminando ao início da noite, aí pelas dezenove horas. Morcego de livraria... Deixem-me explicar: recentemente, lendo dobre a Universidade de Coimbra, uma das minhas paixões, tomei ciência de que em sua biblioteca, na qual a história de Portugal é narrada em preciosos livros, morcegos

são bem aceitos como vigilantes da saúde das obras ali existentes, predadores de insetos papirófagos, aqueles comedores de tudo que é papel, irreverentes à história e à cultura. Devem ser eles, os insetos, padroeiros de muitos dos nossos políticos, os obscurantistas, esforçadamente dedicados a manterem o povo na ignorância. Pois bem, não sendo morcego de bibliotecas, sou-o de livrarias. Por onde ando, sempre procuro por elas onde passo minutos ou horas a apreciar e escolher obras literárias, que vão dos livros jurídicos a best sellers. Óbvio que não preciso comer insetos papirófagos, graças a Deus! Em Pisa, logo descubro duas boas livrarias nas vizinhanças da Universidade. Toco-me, então, para lá nos intervalos do almoço, ou ao final do dia de estudos. Logo fico conhecido dos proprietários de ambas. Em uma delas, a menorzinha e de nome engraçado – TESTA UNIVERSITARIA – sou saudado pela simpática proprietária como “professore”, certamente uma homenagem à minha

idade. Outras vezes, sou atendido pelo seu esposo, livreiro sempre atencioso e exímio vendedor. No penúltimo dia da minha estada na universidade, demoramo-nos a conversar e ele toca no assunto BRASIL. E diz logo: Lula! Meio sem graça, respondo apenas ...é! Logo depois, retruco: Berlusconi! Aí ele cai na gargalhada e diz-me: são iguais. Fico na dúvida se no populismo ou nas trapalhadas. Concluo que a igualdade sugerida é pelos dois motivos, o que vem me certificar a sequência da disputa. É que o italiano toca no assunto que certamente lhe queimava a língua: BATTISTI. Respondo-lhe de chofre: esse assunto não! Resolvo amenizar a minha rudeza e acrescento: mandamos o Lula para cá, compensando pelo Battisti. A pronta gargalhada do pisano resgata-me do constrangimento. Diz ele por fim: Fiquem vocês com os dois. O Berlusconi já é suficiente. Mal sabe ele que não temos só o Lula no panteão dos trapalhões!

Discussões pisanas CLÁUDIO VIEIRA

(Advogado e escritor membro da Academia Maceioense de Letras)

Início de janeiro deste ano, abalo-me para Pisa, Itália. Lá é inverno. O fato, todavia, não me preocupa, bem agasalhado que pretendo estar, inclusive com um belo snood, manufaturado por querida amiga. A peça, da melhor lã, será minha companheira quase inseparável durante os quase trinta dias que necessito passar na Toscana. Passeio? Não! Longe disso, a viagem, por meses acalentada, objetiva a participação em curso de pós-graduação em Direito Constitucional no Dipartimento di Giurisprudenza (Faculdade de Direito) da Universidade de Pisa, uma das mais antigas do ocidente, fundada em 1343. Movem-me dois objetivos: aprender mais sobre o Direito e manter afastado do meu futuro o Alzheimer. É o que sempre res-


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S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO

Algo de podre

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A Praça dos Palmares, no Centro, volta a ser ocupada pelos ambulantes, uma invasão que está sendo ignorada pela Prefeitura. A retirada dos ambulantes no ano passado cumpriu ordem judicial. Se for para ficar cabe a prefeitura coordenar a ocupação. O que não pode ser repetido é a bagunça de antes.

Algo a ver?

O coronel PM Dário César, ex-assessor de Fernando Collor e hoje está secretário da Segurança Pública do governo de Teotonio Vilela soltou em desabafo recente “cobras e lagartos” contra o senador. Não aceita críticas “collorida” sobre a violência no Estado. Collor e Teo se armam para confronto nas urnas, próximo ano.

O que falam

Lula vir forçando chapa para presidência em 2014 - Dilma à reeleição e Eduardo Campos como vice - não agrada a filiados do PSB de Alagoas, cuja opinião maciça é que a idéia não próspera. Creditam 2014 como tempo para outro nordestino voltar ao Planalto. A gaucha Dilma fica em segunda opção.

O pedestre reclama da imprudência de motoqueiro transitando pelas ruas de Maceió. Análise é que eles não têm limite e pouco se importam com os outros, em especial quem está a pé. Já opinião de motoristas dá conta que a maioria é “atrevida por sentir que a fiscalização é zero.”

Aeroporto

No interesse do Planalto em liberar verbas para ampliar antigos e construir novos aeroportos Brasil afora, reacende as chances de Alagoas e Pernambuco para tocarem o projeto do aeroporto no litoral Norte, área na fronteira de Maragogi (AL) com São José da Coroa Grande (PE). Trata de pacote antigo, discutido no entra governo,saí governo, mas difícil de ser desembrulhado. Fica só nas promessas.

Retorno à praça

Muitas voltas

Os deputados retornaram do recesso parlamentar. A temporada de sessões deve ser das mais movimentadas em fase, primeiro do montante de projetos novos em pauta de apreciação e votação e, segundo, o ano ronda is aproxima das eleições estaduais. Contudo, expectativa maior na casa é

Perigo na rua

saneamento na Severino Rodrigues ( liga a Pajuçara ao Poço e o centro de Maceió) irrita morador e quem transita pela rua e imediações. Impropérios são lançados contra a Casal mas pega os Martírios. O trecho da indecência em época chuvosa é nas imediações do Cemitério de Jaraguá. Choveu poucas horas e fica semanas alagado e enlameado. Os serviços de recuperação é “remendo.”

O prefeito Luciano Barbosa paga o preço do pós mandato na Prefeitura de Arapiraca: está denunciado pelo Ministério Público. Entre arapiraquenses a opinião se divide. Os a favor debitam a ação como “intriga da oposição”. Luciano é visto peça importante para decidir eleição majoritária

Reativado

Corda bamba?

O PMDB, neste biênio (2013/14) está forte para as eleições. Tem no Congresso o comando do Senado e da Câmara enquanto no Planalto Michel Temer é o vice-presidente. No momento o apoio do partido é para a reeleição de Dilma. Mas um lenvrete: na política o que se decide hoje pode virar cinzas amanhã.

Unhas de fora

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– Paulão subiu na tribuna da Câmara Federal pela primeira vez e direcionou torpedo para o Palácio dos Martírios. Estranhou demora do governador Teotonio Vilela na aplicação dos R$ 10 milhões liberados pelo Planalto para investir na agricultura do Sertão e Agreste alagoano. O dinheiro havia sido depositado em junho do ano passado.

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–“Houve um problema na conta, mas o dinheiro foi investido, sim, e o gado não passa mais fome. Vamos aos poucos otimizando serviço, principalmente o abastecimento de água através dos carros pipa.” Essa foi a resposta do governador Teotonio Vilela para o petista anunciando, no paralelo, o início das operações de distribuição de água através da Adutora do Sertão.

Boa notícia

Prefeitos recém-empossados ao invés de reclamarem dificuldade que tal priorizar projetos de construção de escolas, creches, unidade de pronto atendimento e outros ligados ao social? Ou não ouviram falar que Dilma tem interesse em apoiar obras sociais que atendam a comunidade. Já renegociar dívida vai “ser dureza.”


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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Nordestão

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ASA x Ceará é neste domingo-25 em Arapiraca. A torcida alvinegra promete participar como 13 jogador. Já na segunda-feira o Coaraci da Mata Fonseca deve fechar por 45 dias para reforma e reeabertura só no Brasileiro, Série B. O jogo da volta pela semi-finais do Nordestão, em Fortaleza, está previsto para 3 de março.

Técnico novo

Insistindo na queda

Ademir Fonseca começa a preparar o CRB e no paralelo define novos reforços com a diretoria. Marcos Barbosa, presidente do Galo, quer evitar surpresas fora de época. O time tem pela frente, além do hexagonal do Alagoano a Taça do Brasil e a Série C do Brasileiro.

Adriano entra no ciclo de passar ano ausente dos gramados. O Flamengo, inclusive, não insiste na possibilidade dele se recuperar em termos de conduta. Treina a parte, mas não se observa empenho na base do “querer é poder.” O Extra (Rio) divulgou domingo reportagem sobre ele. Título: “Império arruinado.”

Foi acaso?

Desentrosado Ídolo lembrado Jogadores formados craque nas bases dos clubes alagoanos planejam um retorno aos gramados. A maioria com passagem por CSA e CRB, lapidados na arte de jogar futebol por Jorge Vasconcelos (CRB) e Ivon Cordeiro no CSA. Foi uma época em que identificar craque não era como “procurar agulha em palheiro, conforme é hoje.

Bom futebol

1

– No projeto para o retorno do Campeonato Máster do futebol alagoano consta previsão de 2 clubes participando. A organização do evento tem como pauta a definição de estádios e arbitragem. É iniciativa excelente, estilo vale a pena ver de novo.

2

- Informação antecipa que a proposta é carregada de entusiasmo pelos nomes confirmados para reforçar os clubes. Alguns da lista: Adolfo, Carlinhos, Mica, Luís Carlos, Fanta, Zé Roberto Adeildo (meia), Silva e Mundinho, que mora em João Pessoas (PB, mas estará aqui nos fins de semana só para jogar.

No CSA, pós a derrota para o Sport Atalaia e queda da liderança, houve insatisfação da galera. Alicerce da queixa: falta de entusiasmo dos jogadores. Entre os mais chateados a observação sustenta pressentimento de “haver divergências na diretoria. Alguns até perguntam por onda anda Raimundo Tavares e por que deixou a vice-presidência do futebol. Quem responde?

Uma atenção

O vencedor da segunda fase do alagoano, em andamento será um dos três representantes do Estado na Copa Brasil, reestruturada pela CBF para 2014. As outras vagas (duas) vão para o campeão e vice. Na última etapa ( 3º turno ou hexagonal) participam ASA e CRB. Aí será mais dureza

Uma observação

A Secretaria de Esportes de Maceió não pode unir as federações representativas dos esportes amadores para planejar atividades que estimulem a presença de público nas competições. Quem comenta observa como lastimável as quadras da Pajuçara abandonadas e a maioria dos ginásios fechados.

Barça ou Real?

O Barcelona tem os olhos em Neymar. Interesse até foi declarado e definições com o Santos são previstas para época da reabertura do calendário de investimentos em reforços pelos clubes europeus. O Real Madrid cogita também contratar Neymar, focado no temor de vir a perder Cristiano Ronaldo, cujo contrato expira em 2015.

Espalha brasa? Torcedor do CSA conta que depois da derrota do Azulão para o Sport Atalaia, domingo-17, conversou com um jogador de defesa (não disse o nome) sobre essa repentina queda de produção do time nos jogos mais recentes do campeonato. Em especial contra o Sport Atalaia. Resposta no estilo ponta da língua: “Pergunte a diretoria por que não paga os salários. Pois é! Dizer o que!

Em queda na tabela

“No futebol só vence quem chuta a gol.” A observação foi do comentarista Antônio Torres (TV Pajuçara) em análise a desatenção dos jogadores do CSA nas poucas finalizações contra o gol de Anderson Paraiba, goleiro do Sport Atalaia. O Azulão tem seqüencia de derrotas e na quinta-feira-21 (ontem) pegou o Corinthians.

Torcedores não engolem como jogada pensada o gol do Atlético (MG) no São Paulo, pela Copa do Brasil. Para o grupo o lance em que Ronaldo bebeu água e se afastou de Rogério Ceni foi de desatenção até ouvir o apito do juiz para cobrança do lateral. “Ele se apercebeu que na situação não havia impedimento, pediu a bola e fez o passe do gol. A mídia, óbvio explorou bem o lance.” Será?

FRASES

“É o time que amo”

Lucas , lembrando o São Paulo

“Ô Fred vem me beijar” Torcedoras do Fluminense

“Não tem nada perdido” Flávio, goleiro do CSA


24 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013

REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

Valorizando o que é nosso!

J

á se foi o tempo em que tudo que se consomia por aqui, vinha de outros Estados. Hoje, as prateleiras de supermercados estão abarrotadas de produtos industrializados produzidos em Alagoas. São derivados da cana (açúcar), do côco, do milho, mandioca (farinha) e do leite (laticínios), além das frutas tipicamente alagoanas, para sorvetes, picolés, pôpa e doces. Tem ainda os produtos derivados do salgema (Braskem) e demais indústrias do Distrito Multifabril de Marechal Deodoro,que produzem plásticos, tanto para o cosumo interno, como para venda no Brasil e exterior. Além de Maceió e Marechal Deodoro, outras cidades possuem seus distritos industriais: Arapiraca, Palmeira dos Índios, Coruripe, São Miguel dos Campos, Murici, Rio Largo, Delmiro Gouveia, Batalha, Penedo, União dos Palmares e outras. São indústrias dos mais variados setores, que garantem empregos a milhares de alagoanos, além de impostos para os cofres públicos. Existe uma Lei de Incentivos Fiscais, boa infraestrutura em estradas, energia, água potável e um dos mais movimentados portos do Nordeste.

Pesquisando

Insisto na necessidade de pesquisar preços, jamais comprando na primeira parada, mesmo quando o produto se encontra em promoção. A concorrência no comércio é acirrada e os preços variam muito de um ponto de venda para outro. Assim, só vá as compras, principalmente de bens duráveis (móveis e eletroeletrônicos) com tempo para conversar com os vendedores, pechinchar, exigir descontos e só comprar à vista. Se optar pela prestação em carnê, faça com prazo menor e pague rigorosamente em dia a prestação, lembrando que os juros continuam elevados e o preço final é o dobro ou mais do que se fosse à vista.

Seu orçamento

Elas já são conhecidas e aprovadas pelos consumidores. Em qualquer supermercado, mercadinho, mercearia, banca de feira, estão presentes. São marcas como Pindorama, Sococo, Caetés, Coruripe, Coringa, Pajuçara, Batalha, Alba, Antunes, Vale Dourado, Du Camp e tantas outras dos mais variados produtos e preços. O importante é priorizá-las, porque são daqui, empregam alagoanos e geram impostos para os cofres públicos, a serem utilizados na educação, saúde, infraestrutura, assistência agropecuária, etc.

Estamos nos aproximando do fim do segundo mês do ano, mais curto, com o “feriadão” do Carnaval e as despesas são as mesmas do primeiro, tendo ainda uma extra: o IPTU, que pode ser pago de uma só vez, com desconto de 20% do total. Faça isso, se puder, claro. Mas se optar mesmo pelas prestações mensais, pague no prazo certo, evitando juros e multas. No dia 28, feche seu balancete do mês e não esqueça de separar uma parte do salário para a caderneta de poupança.

Braskem

Economizando

Nossas marcas

Ela é a maior fabricante de PVC da América Latina. É um derivado do sal-gema, riqueza submersa nossa nos fundos da lagoa Mundaú, que há quase quatro décadas vem gerando riquezas para Alagoas, através de sua transformação em cloro, sóda cáustica e diocloretano. Começou como Salgema Indústrias Químicas, passou para Trikem e finalmente Braskem. É uma marca conhecida em todo o mundo e orgulho dos alagoanos. A cada ano, vai aumentando sua produção, gerando mais empregos e impostos.

Continue assim, em casa e no lazer. Lembre que nada é mais economicamente correto, do que viver de acordo com o que ganha, sem acumular dívidas. Se for do tipo de consumidor que possui vários cartões de crédito e cheque especial, mude de hábito. Fique apenas com um cartão, mas pagando o valor da compra logo que a fatura chega e jamais amortizando (pagando o mínimo e dividindo o restante). Os juros são absurdos. O mesmo ocorre


extra

MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

Seca ainda é dura realidade no interior

P

ouco comentada desde o início dos festejo de carnaval, a seca ainda está provocando graves problemas no Agreste e Sertão alagoano. Alguns municípios até puderam comemorar a chegada das chuvas, mas ainda não foi o suficiente para abastecer barragens e pequenos açudes. Na quarta-feira, a Assembleia Legislativa aprovou a transferência da sede do governo estadual para o município de Santana do Ipanema. A mudança tem o objetivo aproximar os gestores da realidade vivenciada pelos alagoanos que sofrem com a seca. No entanto, a mudança da sede administrativa por si só não resolve os problemas. É necessário o empenho do governo estadual para minimizar os efeitos da estiagem. A liberação de recursos federais – que por muito tempo ficaram armazenados nos cofres estaduais sem um motivo lógico – para os municípios que sofrem com a seca é bom passo, mas é preciso fazer mais.

Conscientização

Durante o carnaval, banhistas e pescadores foram conscientizados sobre a importância de se preservar as piscinas naturais em Paripueira. O trabalho faz parte do Programa Conduta Consciente em Ambientes Recifais, do Instituto do Meio Ambiente (IMA).

Preservação

Além do IMA, organizações não governamentais passaram o carnaval orientando turistas nas piscinas naturais. A medida tem o objetivo de preservar não só os bancos de corais, como também o peixe-boi marinho e as algas. O trabalho de conscientização é determinado por resolução do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram).

- MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 -

25

Ação da Interpol

A Interpol – principal polícia internacional – prendeu 194 pessoas envolvidas no comércio ilegal de madeiras na América Latina. Com resultados divulgados somente agora, a operação foi realizada em setembro, outubro e novembro do ano passado, em 12 países – incluindo o Brasil. Essa foi a primeira operação realizada pela Interpol para combater o desmatamento.

Encalhe

Um filhote de baleiapiloto foi encontrado morto em Maceió na quarta-feira (20). O animal, que media pouco mais de um metro e meio de comprimento, foi visto por guardas municipais na praia da Ponta Verde, em avançado estado de decomposição. O cetáceo está sendo analisado pelo Instituto Biota de Conservação e depois será encaminhado para o campus da Ufal em Viçosa.

Química

Uma pesquisa desenvolvida pelas Universidades da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Toronto, no Canadá, desvendou como as focas conseguem dormir com metade do cérebro. De acordo com os pesquisadores, um neurotransmissor em um dos lados do cérebro permite que o animal fique em constante estado de alerta mesmo quando está dormindo. O trabalho está publicado no “Journal of Neuroscience”.

Conservação

1

Alagoas agora possui mais três Unidades de Conservação (UC) da Mata Atlântica. No total, são mais de 130 hectares de mata preservada que receberão mais proteção. As três unidades são Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN) e estão localizadas no município de Colônia Leopoldina. A criação das novas unidades ampliar para 51 o número de UCs em Alagoas.

2

“Inicialmente um dos principais ganhos para um proprietário de RPPN é a conservação de área que passa a ser reconhecida nacionalmente. Além disso, há outros ganhos, por exemplo, a isenção do Imposto Territorial Rural [ITR]; prioridade para crédito agrícola na propriedade como um todo, em projetos ambientais e no órgão ambiental”, explica Alex Nazário, diretor de Unidades de Conservação do IMA.

Rio Coruripe

1

O Projeto Recor lança nesta sexta-feira (22) o livro “Restauração do Rio Coruripe – Um projeto de resgate socioambiental”. O livro é um resumo dos resultados alcançados desde que o Recor foi criado, há cerca de dois anos. O lançamento será no hotel Ritz Lagoa da Anta, em Maceió, às 19h. Na ocasião, será exibido um vídeo mostrando o trabalho desenvolvido pelo Projeto.

2

“Conseguimos reunir nossas principais conquistas em um material inédito e de muita qualidade, de grande valor para o rio Coruripe, para a fauna e flora alagoana e para a educação ambiental de nossa sociedade”, afirma Geraldo Gomes de Barros Neto, coordenador do Recor. O projeto é uma iniciativa da Associação Pró-Gestão dos Recursos Hídricos da Região Hidrográfica do Rio Coruripe (AGERH).

Contaminação

A região da Antártica em que está localizada a Estação Comandante Ferraz, centro de brasileiro de pesquisa, tem o solo contaminado. De acordo com o estudo realizado pelas Universidades Federal de Viçosa (UFV) e Federal de São Carlos (Ufscar), a contaminação deve ter sido provocada pelo incêndio ocorrido no centro de pesquisas no começo de 2012. O estudo ainda alerta que a presença de toxinas pode comprometer a biodiversidade local.

Mais madeira

Um relatório da ONG ambientalista WWF aponta que a demanda por madeira pode triplicar até 2050. Apresentado na Alemanha, o estudo alerta para o perigo de aumento do desmatamento ilegal em todos os países – em especial na Amazônia brasileira. A proposta da ONG é que nos próximos anos o comércio de madeira de reflorestamento seja incentivado.


26 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013

POESIA

Alagoano lança sua 13ª obra literária Laelson Moreira de Oliveira fala sobre sua mais recente publicação “Reminiscências das tristezas incontidas” JOÃO MOUSINHO

joao_mousinho@hotmail.com

“R

eminiscências das tristezas incontidas” esse é o 13º livro publicado por Laelson Moreira de Oliveira, 50 anos, natural de União dos Palmares, casado e pai de uma filha. Laelson é administrador de empresa, mas dedica boa parte do seu tempo para cultuar e produzir literatura, essas, das mais diversas facetas. Leitor inveterado, ler mais de 40 publicações por ano, também exprime seus sentimentos de forma singular: na poesia, que gosta de escrever, mas não de ler, “a não ser Mário Quintana”, como ele diz. “Um verdadeiro paradoxo”, completa. Laelson Moreira contou que tomou o gosto pela leitura ainda jovem, com apenas 15 anos, através de uma coleção da editora Ática; chamada “Para gostar de ler”, que tinha obras dos autores Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Carlos Drummond de Andrade. “O incentivo foi próprio e daí em diante não parei mais, até dar início as minhas próprias obras, isso lá em 1982”, disse o autor. Quanto ao livro “Reminiscências das tristezas incontidas”, Moreira descreveu que é um livro pra baixo, triste, tudo feito com intencionalidade. As páginas são recheadas de poesias e epigramas,

que expressam em certo ponto melancolia e reflexões. “Como dizia Mário Quintana: toda poesia é alto biográfica. Então, não tem para onde correr. Eu acho a poesia em si um tanto quanto marginal, no sentido de explorar você e jogar isso ao público”, sentenciou. Quando questionado pela reportagem do jornal Extra sobre suas inspirações, Laelson foi direto: “No meu caso é uma inspiração expansiva, ela aparece eu escrevo, mas também depois dali morreu. O cotidiano do poeta está no que ele escreve. A poesia em si é colocar para fora o que você sente. Eu tinha a intenção de fazer esse livro triste, mas eu estive olhando meus outros livros e todos eles têm um cunho de tristeza.” Sempre disposto a não fugir de qualquer tema, mesmo que polêmicos, Laelson falou sobre o incentivo do Governo do Estado a cultura local: “Estamos num Estado pobre culturalmente onde existe só um grupelho que tem vez e o Estado não incentiva a cultura. Eu prefiro bancar meus livros e não vender, mas sim dar, doar os livros, até porque eu acho que a poesia não se deve ser vendida. Hoje toda a tiragem da minha obra é distribuída.” NOVOS PROJETOS Laelson Moreira revelou que

tem dois livros de romance prontos e espera apenas o tempo certo para as obras serem publicadas. “O que está no forno é um novo livro de crônicas, que já está bem encaminhado. Creio que no próximo ano ele deve ser lançado”, garantiu. Moreira colocou que busca inspirações no autor alagoano Marcos de Farias Costa, que ele classifica como “uma sumidade”. “Eu não escrevo para fazer propaganda, para ser famoso, mas sim porque eu quero escrever, tenho prazer”. O autor adiantou que vem mais escritos com cunho político

Escritor alagoano, Laelson Moreira, tem engatilhado novos projetos e religioso, que sempre são contundentes. RECOMENDAÇÕES Ao ser indagado o que ele sugeriria para quem quer começar a ler e para os amantes da literatura, Moreira proferiu: “Toda obra de Gabriel García Márquez. No momento recomendo o livro que

estou terminando de ler “Notas de um velho safado”, de Charles Bukowski.” Para quem quiser adquirir o livro “Reminiscências das tristezas incontidas” ou se interessar pelas demais diversa obras do autor basta entrar em contato através do seu email: laelsonmo@ig.com.br.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 -

ALTARODA

pitstop

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Pagar e ficar caladão

P

rioridade para circulação dos automóveis nas cidades é a regra no Brasil. Todos estão cansados de ouvir. Será mesmo que existe esse “privilégio”? Em função de arrecadação de impostos, a lógica econômica diz que quem paga a conta deve (ou deveria) usufruir, se não os melhores serviços, pelo menos algo proporcional ao desembolso. Fique de lado toda a imensa cadeia de impostos, taxas, tarifas e penduricalhos fiscais e parafiscais, em nível federal, estadual e municipal, que incide sobre os motoristas ao longo de toda a vida de suas máquinas. De longe, a maior carga fiscal do mundo, direta e indireta. Foco é no IPVA. O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (inclui barcos e aviões, mas quase tudo vem de veículos sobre pneus), apenas em 2012, arrecadou nada menos de R$ 27 bilhões (cerca de

US$ 14 bilhões), segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. US$ 14 bilhões, só como ordem de grandeza, foi o custo histórico da hidrelétrica de Itaipu, ainda hoje a maior do mundo em geração efetiva, que levou sete anos em construção. Metade de apenas esse único volumoso imposto vai para Estados e a outra metade, dividida entre municípios. Então, prioridade mínima para a circulação de veículos deveria incluir coisas corriqueiras como manutenção das vias e, mais do que isso, a sinalização semafórica. Seria absurdo, então, pedir câmaras de vigilância (em funcionamento efetivo) e painéis eletrônicos que indicassem situações de emergência, mais do que previsíveis em cidades do porte de São Paulo? A resposta, provavelmente, é que se trata de privilégios. Volte-se ao corriqueiro, en-

tão. Chuvas fortes de verão, inundações de praxe, queda de árvores, falta de luz e o trânsito, obviamente, caótico. Mas como reagir, horas depois de um temporal, já com iluminação pública recuperada, a mais de uma centena de semáforos apagados ou embandeirados? Revoltante, uma viagem de 20 minutos se transformar em duas horas porque a cidade mais rica e que mais arrecada impostos possui apenas 200 cruzamentos com no-breaks, que em caso de apagão mantêm equipamentos elétricos e eletrônicos em funcionamento. Não é vantagem indevida nenhuma. Tanto que a prefeitura paulistana e a concessionária de energia assinaram convênio para outros 178 sinais com no-breaks. Mas não foram instalados e se desentendem sobre a data em que deveriam ter sido. Mais grave: quem garante que a manutenção

preventiva foi ou será feita? Metade das câmaras de vigilância de trânsito está inoperante por falta de cuidados. Mas os radares, fontes de arrecadação, estão perfeitos e com no-breaks, na maioria. Plano de semáforos inteligentes, que se autoajustam ao nível do tráfego, foi desdenhado e sua ampliação, nunca efetuada. Certamente faz parte de regalias, daquelas que merecem condenação veemente. Mais fácil é impor rodízio de circulação pelo final da placa, que cria outros problemas e adia soluções inteligentes. Indústria automobilística gera impostos suficientes para ampliar o transporte sobre trilhos (subterrâneo e aéreo) e melhorar, realmente, o trânsito nas grandes cidades. Motorista e automóvel não podem ser culpados pela inépcia do poder público. Ou, para sempre, pagar e ficar calado.

Brasil, nos próximos três meses. Não descartou utilizar instalações industriais da Nissan, em Resende (RJ), no segundo semestre de 2014, por conta de parcerias entre as matrizes no exterior. Mais provável, porém, é partir para fábrica exclusiva, em outro local.

o controle de conteúdo local de autopeças e componentes. Tema é complexo e de difícil formulação. Fala-se em três a quatro meses para solução final.

sujeira. Pode ser removido sem deixar vestígios e reaplicado.

RODA VIVA CORTES de preço (2 a 20%) nos modelos BMW e MINI, em função da aprovação da fábrica em Araquari (SC), dá à marca grande poder de competição. Carros mais caros, como o agora lançado Grand Coupé 640 (R$ 399.950) não se beneficiaram. Só dentro de seis meses haverá solenidade no local das obras, mas início de produção, confirmado para fim de 2014. ESPERA-SE que Mercedes-Benz seja próxima marca premium alemã a confirmar produção no

FOCO do regime automobilístico, Inovar-Auto, é estimular fábricas e investimentos dedicados a novos produtos. “Puxadões” bastam nos aeroportos. Ainda depende de definições pelo governo federal

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CRIATIVA firma alemã Foliatec lançou na Europa filme protetor para veículos em spray. Camada formada, totalmente invisível, protege para-choques, grades, rodas, faróis, lanternas e outros componentes. Adere em metal, plástico e vidro. Protege contra arranhões, pedriscos, lama e

DOCUMENTÁRIO Nutz, da produtora Firma Filmes, de Dino Dragone, breve em cartaz, traz interessante depoimento de Fernando Jaeger sobre a reprodução perfeita de antiga concessionária Vemag, a Dekabras, de São Leopoldo (RS). Instalações refletem exatamente o visual de cerca de meio século atrás, inclusive carros no salão de exposição.

Citroën inova com para-brisa no C3, mas se esquece da ergonomia A mudança do perfil do consumidor brasileiro — basicamente causada pelo aumento do poder aquisitivo e do acesso ao crédito — obriga as montadoras a trazer produtos mais equipados com itens de conforto e estilo. Hoje, atrair um novo cliente é tão desafiador quanto fidelizar este cliente, por isso os truques são diversos. A disputa ficou nítida em 2012 nos segmentos de hacthes compactos e médios, como deixou bem claro o Salão de São Paulo, em outubro, onde as novidades estavam reunidas. No caso da Citroën, foi preciso apertar as contas para trazer a segunda geração do hatch C3 com o para-brisa panorâmico, sem exorbitâncias no preço. A versão testada foi a 1.6 Exclusive manual, que parte de R$ 51.240, mas o para-brisa diferente já aparece na versão intermediária, por R$ 45.090. A básica 1.5 Origine sai por R$ 39.990, mas vem com o vidro “normal”. O recurso aumenta o ângulo de visão em 80 graus. Então, a primeira sensação ao entrar no carro é a de que o motorista está assumindo um helicóptero. A ampla visibilidade traz muito conforto nas manobras e na hora de virar as esquinas. Porém, em cidades como São Paulo, é impossível não se sentir ameaçado por olhares indiscretos — além do sucesso das mulheres com os caminhoneiros, dá certo receio de ser abordado por assaltantes (a legislação brasileira permite que o vidro dianteiro só possa ser escurecido em 25%).


28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 CRÔNICA

Desculpem a minha vaidade JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS

E

u aprendi com os “craques do Jornalismo” que, todos os bons jornais com boa aceitação pelos leitores, normalmente, são lidos por umas cinco pessoas. Isto quer dizer que, uma pessoa compra um jornal, só para ele, porém, outros são lidos por dezenas de pessoas, como acontece numa barbearia, salão de beleza, numa repartição pública ou numa casa numerosa, com vários filhos. Claro que, com o advento da “internet” este conceito foi mudado e eu não tenho mais lembrança de quem me deu esta informação, se foi algum Professor ou Aluno do Curso de Jornalismo. Antes, os

que compravam jornais, diminuíram as suas compras, com o advento da Informática, pois, com ela, o número de leitores é muito grande. Agora, eu já posso saber quantas pessoas lêem meus artigos, através do portal www. maceioagora.com.br, graças ao competente Paulo Cajueiro. Desculpem a minha vaidade, mas, eu sou humano, e como tal, vou divulgar os números, mesmo sabendo que outros jornalistas, são muito lidos. Escrevo desde meus 18 anos de idade, nos jornais Gazeta de Alagoas, Jornal de Alagoas, Correio de Maceió, Tribuna de Alagoas, O Repórter, O Desafio e estou escrevendo neste EXTRA, há 13 anos. Já são mais 3.000 artigos publicados e eu tenho todos eles guardados, pois, certa vez tive vontade de publicar alguns. Só desisti, quando vi livros de amigos sendo jogados nas prateleiras mais altas e mais empoeiradas , para serem

levados para o lixo. Por sinal, certa vez perguntei, numa enquete, quantos livros eles já haviam comprado e lido, tendo constatado que em cada 10 livros publicados ou comprados, só 2 tinham sido lidos. Desisti da publicação! Muitos amigos vão para os “autógrafos”, mas, mesmo que os livros sejam bons, eles ou não têm tempo para leitura ou não gostaram. Brasileiro não gosta de ler! Fico satisfeito, quando noto que meus artigos são lidos por grande parte dos leitores do Extra. Para dar ideia, vou citar os mais lidos. 1º lugar – Uma Nudez das Mais Ridículas, lidos por 24.565 pessoas(sobre as “virgens” da TV); 2º lugar –Criminosos por Omissão, 15.814 leitores(sobre autoridades omissas e incompetentes); 3º Lugar - Clube dos Drogados, 15.317 leitores(sobre a liberação vergonhosa da maconha); 4º Lugar - Uma Cachoeira de Água

Suja, 14.822 leitores(sobre os ladrões amigos do Cachoeira) ; 5º Lugar – Eu Aposto Com Qualquer um de Vocês, 12.788 leituras(sobre ninguém mais ficar preso); 6º lugar – Pijamas de Sêda, lidos por 12.664 pessoas(sobre uma Justiça de mentirinha); 7º lugar – Brigas, Mentiras e Verdades Sobre o Pré-Sal, 11. 562 leitores(continuam mentindo); 8º lugar – O Poder é Efêmero, lidos por 10.909 pessoas(sobre o fim do Presidente Lula); 9º lugar – Estaleiro Afundou, 10.567 leitores(sobre as mentiras do estaleiro); 10º lugar – Quase Dois Automóveis Por Dia, lidos por 9.520 pessoas(sobre obras super-valorizadas, nas barbas da Justiça). Agradeço aos leitores de todos os jornais nos quais eu já escrevi e, agora, no combativo EXTRA, por sua coragem de dizer o que os outros não dizem.


extra

- MACEIÓ, ALAGOAS - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2013 -

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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

“Barraco” em Arapiraca

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radialista Ailton Avlis, que apresenta um programa matinal de jornalismo na Metropolitana FM, revela que quase foi agredido fisicamente pelo narrador esportivo Clevânio Henrique. O fato ocorreu na noite da última terça-feira, 19. De acordo com o radialista, ele estava bem intencionado quando foi pedir desculpas aos colegas por algumas declarações feitas no seu horário, mas o narrador foi irredutível e não aceitou as desculpas.

“Barraco” em Arapiraca 2 O episódio gerou uma forte discussão. Se não fosse pela intervenção do segurança da empresa 96 FM, que teve que agir com firmeza para segurar os dois profissionais, que estavam com os ânimos bastante alterados, o lamentável episódio poderia culminar com agressões físicas. Ainda de acordo com Ailton Avlis, antes do “entrevero”, Clevânio Henrique afirmou que o colega estava “perdido”, o que teria provocado o problema. A confusão sobrou até para o ex-deputado estadual Marcelino Alexandre, proprietário da 96 FM, onde Avlis trabalhou. Marcelino, segundo assessores, deve mover uma ação contra o profissional.

Campo Alegre Atendendo ao pedido do deputado estadual Joãozinho Pereira e da prefeita Pauline Pereira, que estiveram na sede da Eletrobrás distribuição Alagoas em busca de explicações sobre os problemas no fornecimento de energia do município, e ao mesmo tempo busca pro melhorias, a companhia iniciou um serviço que visa melhorar no fornecimento de energia em todo o município de Campo Alegre.

Manutenções Estão sendo realizadas manutenções e melhorias na rede elétrica em vários pontos do município, para que em breve a população tenha um serviço com mais qualidade. Por conta desses serviços vem ocasionando as interrupções no fornecimento em alguns períodos. Para que a população possa se programar com as interrupções, a companhia informou o cronograma de desligamento para os próximos dias para a realização de manutenção como troca de postes e substituição da rede.

Sem salários É lamentável a situação em que se encontra a Prefeitura de Traipu, uma das mais importantes do Agreste alagoano e que é banhada pelo Velho Chico. A prefeita Conceição Tavares culpa a gestão anterior pelo caos financeiro, que acabou emperrando a máquina administrativa, impedindo o acesso da população a serviços essenciais.

Tem solução

PELO INTERIOR

O quadro é difícil, mas de acordo com o secretário de Comunicação daquele município, Victor Avner, terá solução a médio e longo prazo. Ontem, pela manhã, Avner esteve no programa do radialista Alves Correia, na Gazeta FM de Arapiraca, onde também estavam presentes os conselheiros tutelares, que paralisaram as suas atividades em protesto contra o atraso do pagamento dos salários de dezembro do ano passado e janeiro deste ano.

... A campanha política rumo a Assembléia Legislativa de Alagoas já começou em alguns municípios alagoanos. Transgredindo a Lei Eleitoral, pré-candidatos fizeram a festa durante o último carnaval e até na ressaca do carnaval, quando o locutor anunciava que o político da terra era o melhor para Alagoas.

Passando fome

... O caso também ocorreu em cidades do Agreste, a exemplo de Feira Grande. A oposição não perdeu tempo e gravou a fala do apresentador da Folia de Momo.

Esse é mais um abacaxi que terá quer ser descascado com muita competência pela atual administração de Traipu. Quanto à entrevista no programa de maior audiência do interior alagoano, apesar da situação delicada, foi marcado pelo equilíbrio das duas partes e também pelo depoimento dramático da conselheira Simone que se emocionou e chorou quando revelou que estava passando fome.

Crise de choro Nos bastidores da entrevista, Simone contou a este colunista que teve uma crise de choro, no inicio da semana, quando o filho de apenas três anos lhe pediu vitamina e ela não tinha dinheiro para comprar banana. “Eu recebo um salário mínimo. E estou há dois meses sem dinheiro”, disse, com os olhos cheios de lágrimas. O presidente do Conselho Tutelar de Traipu, Jônatas Pedro Silva Santos, que também participou da entrevista no programa do radialista Alves Correia, relatou que a vida de Conselheiro Tutelar em Traipu não é fácil.

São ameaçados “Somos muito cobrados e pouco valorizados, recebemos recados com tom de ameaças por pessoas que não gostam da atribuição de Conselheiro Tutelar. Por muitas vezes pedimos a ajuda da Policia Militar para nos escoltar durante a nossa atuação em alguns povoados, a exemplo Olho D`Água da Cerca que apresenta um índice elevado de homicídios”, afirmou Jônatas para afirmar, em seguida, que “muitas vezes pensaram em desistir da função devido o alto risco do cargo e desvalorização da categoria. “O nosso pagamento é apenas um salário mínimo”, disse. Jônatas informou que o caso já está na Justiça.

De La Roche A informação do colunista social Aroldo Marques: O empresário Wolney Rocha Barbosa capricha no convite e programa data para a entrega do Condomínio Villa De La Roche, no dia 13 de julho. A noite começará com a benção do Condomínio seguida por nada mais, nada menos que o show acústico do cantor Geraldo Azevedo, será realmente uma noite única fantástica. Para finalizar, o cantor arapiraquense Lourenço fará também seu show acústico.

... Os pré-candidatos precisam ser cautelosos para não ter problema com a Justiça Eleitoral. A assessoria precisa mostrar competência, deixar a paixão de lado e orientar melhor o político. É o caminho. ... Em uma reunião que aconteceu nesta quarta-feira 20, no gabinete da prefeita Pauline Pereira, ficou acordado melhorias para os serviços dos Correios no município de Campo Alegre. ... A reunião que contou com a participação do gerente regional Warley Paulino Pires e do gerente da agência de Campo Alegre José Jadson, foram debatidos importantes assuntos para a melhoria dos serviços de entrega de correspondência na zona urbana e rural do município. ... A principal medida a ser adotada nos próximos meses é a implantação de quatro agências comunitárias dos Correios nos povoados: Chã da Imbira, Pimenteira, Usina Porto Rico e Luziápolis. Cada uma dessas agências contará com um funcionário que fará atendimento na agência na parte da manhã e entrega de correspondências na parte da tarde. ... O texto foi enviado por e-mail de Márcio José: “O concurso de Girau do Ponciano, realizado em novembro do ano passado, não foi cancelado. A informação é do procurador do município, Ivens Alberto de Queiroz, que ressaltou, ainda, que não previsão de quando os aprovados serão convocados. Ele destacou a instabilidade em relação ao certame, afirmando que as irregularidades ainda estão sendo avaliadas. ... Queiroz afirmou que as ações impetradas por alguns candidatos não anulam o concurso. “Concluímos o recadastramento dos servidores do município, mas precisamos saber de fato qual a carência de cada setor. Precisamos saber quantos funcionários existem e qual a avaliar se tem como acomodar todos os aprovados”, acrescentou o procurador. ... Em seguida, ele disse, também, que a situação não está resolvida, já que é preciso “verificar se é possível ou não aproveitar o concurso”. ... A todos um ótimo final de semana, com paz, saúde e muita tranquilidade. Valeu. “Inté” a próxima edição. Fui!!!! E, para o descontentamento dos desafetos, eu volto!!!!!


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Zezilda no Sesi

FIM DE SEMANA

O espetáculo “Alegria de Pobre Dura Pouco” será atração no teatro do Centro Cultural Sesi, no próximo dia 25, a partir das 20h. A peça é protagonizada pela hilária Zezilda, durante os últimos seis anos. O ator e também autor do roteiro, Marcos de Jesus, teve como base de estudo e inspiração dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a pobreza que assolava o Estado em 2007, liderando os índices nordestinos.

holanda.paulo@hotmail.com.br

Exposição fotográfica

Com cerca de 40 belas imagens clicadas por Luciana Ourique, entre Recife e Maceió, pelo litoral e zona da mata, a Exposição ‘Vivências’ está em cartaz no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa). A mostra está aberta ao público até o dia 26 de fevereiro, de terça à sexta, das 8h às 14h. Mais informações nos telefones 3315-7882.

Jorge e Mateus

A dupla sertaneja Jorge e Mateus se apresenta em Maceió, no clube da Adepol no próximo dia 3 de março. A noite ainda conta com a presença de Mc Naldo Informações:3377-1886

Show do Capital Inicial

Maria Gadú na Musique Duas vezes indicada ao Grammy e no seu quarto disco de Platina, a jovem cantora e compositora, dona de um talento incomparável, Maria Gadú será a atração do próximo dia 8 de março na casa de shows Musique, no Stella Maris, a partir das 22 horas. Após o estrondoso sucesso do primeiro álbum, a intérprete de ‘Shimbalaiê’ divulga o novo trabalho ‘Mais uma Página’, o segundo trabalho de estúdio, lançado em dezembro de 2011 . No repertório; ‘Axé Acappella’ (Luísa Maita e Dani Black), ‘Linha Tênue’ (Dani Black) e a autoral ‘Estranho Natural’. Quem for ao show para ouvir as canções mais antigas pode aguardar por ‘Linda Rosa’ e ‘A História de Lily Braun’ (Edu Lobo e Chico Buarque) Informações:9306-9306s

“Das Kapital”, o décimo segundo álbum de estúdio da banda Capital Inicial, e o primeiro trabalho inédito da banda em três anos. O show acontece na casa de show Musique, no próximo dia 19 de março, a partir das 22 horas. O título da nova turnê da banda e foi inspirado no famoso livro “O Capital”, de autoria do intelectual e revolucionário alemão Karl Marx. Todas as 11 composições são do próprio Dinho, em parceria com outros músicos, como o guitarrista da banda, Yves Passarell, considerado um dos grandes guitarristas de rock do cenário musical brasileiro. Informações:9306-9306

A ressaca no CarnaPixel No sábado (23), das 20h às 6h, a Nav Eventos recebe os foliões para a ressaca de Carnaval com o CarnaPixel. Durante dez horas de muita agitação, a festa contará com as brasilidades e o tropicalismo da Vapor com David Andrade e Kaká Marinho no palco e o pop e o trash da Vish, com Marcsheep e Deri Andrade. Os ingressos custam R$ 20 antecipado e podem ser encontrados no stand Viva Alagoas (Maceió Shopping) e no endereço eventick.com.br/ carnapixel. Na hora, a entrada sai por R$ 30.

Teatro no Sesi

A Companhia Nêga Fulô estreia no sábado (23), às 17h, no Teatro do Sesi, sua mais nova montagem teatral: ‘Tchuplin: o mistério para salvar o ponto azul’. Destinado ao público infantil, o espetáculo tem direção de René Guerra e traz no elenco os experientes atores Régis de Souza, Diva Gonçalves, Alderir Souza e Daniel Dabasi. O projeto foi contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz, da Funarte. Para mais informações, o contato é o 9973-9923.

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Beatriz Seagal e Herson Capri em Maceió

O espetáculo ‘Conversando Com a Mamãe’, que tem no elenco a Beatriz Segal e o ator Herson Capri, estará em cartaz nos dias 11, 12 e 13 de maio no palco do Teatro Deodoro. Em ‘Conversando com Mamãe’ Beatriz Segall interpreta uma senhora de 82 anos. Herson Capri, por sua vez, é Jaime, o filho cinquentão que pouco convive com a mãe e só tem notícias dela por telefone. Um encontro deles para resolver uma crise rende momentos divertidos e emociona ao trazer temas como afeto, companheirismo e afastamento.

SP2 no Bicho do Mar Os amantes do pop rock podem cutir nesta sexta (22 de fevereiro), a partir das 21h30, no restaurante Bicho do Mar, na Serraria, a banda SP2. Formada pelos músicos Will (violão e voz), Passarinho (batera), Filho (contra baixo) e Gugue (guitarra e vocal), o grupo mostra um repertório eclético, passando por Djavan, João Bosco, Skank, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, além de sucessos internacionais. Uma boa pedida para o fim de semana com boa música, acompanhado por uns birinights

Raimundos em Maceió

Depois de um 2 anos de muito trabalho, na tour do CD/DVD Roda Viva (ST2 Music), de mais de 140 shows pelo Brasil e cerca de 350 mil espectadores, o Raimundos reafirma sua volta ao topo do rock nacional. Esteve presente em vários festivais, feiras e festas por todo o Brasil, com apresentações eletrizantes, levando o público ao delírio. Olha o Raimundos mininu!! Recentemente gravou o CD “Ultraje x Raimundos”, um disco em parceria, proposto por uma gravadora. Prontamente aceito! No “embate do século”, cada banda, toca o repertório do outro e vice-versa. O projeto foi uma boa diversão e também uma forma de “afiar” os instrumentos para o Cd de inéditas que vai ser lançado em meados de 2013. Hoje, os Raimundos estão rodando o Brasil com o show Clássicos do Vinil, “Lavô tá novo”, na íntegra! + músicas do Ultraje x Raimundos + clássicos do Roda Viva! Um show completíssimo! E Maceió, fará parte dessa grande turnê, dia 23 de março de 2013, na Vox Room. a abertura do show fica por conbta da banda alagoana L-100, além de Atrito 82 e Suhbita. Pontos de Venda: Tchuk Jhones, Point Radical, Jameika e stands Folia Brasil e Viva AlagoasMais informações: (82) 3032-0088


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