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ANO XVI - Nº 754 - 10 A 16 DE JANEIRO 2014

MACEIÓ - ALAGOAS

CANAL DO SERTÃO JÁ TEM 65 KM EM OPERAÇÃO

Decisão de Vilela acirra campanha de Collor e Heloísa ao Senado Desistência do governador surpreende jogo eleitoral e zera disputa majoritária em Alagoas P/ 10

Telexfree propõe devolver dinheiro aos investidores para continuar em atividade

POR OMISSÃO DA PM VEÍCULOS AMEAÇAM BANHISTAS NA PRAIA DE PARIPUEIRA P/14

Arthur Lira, Biu de Lira e JHC são destaques no livro do jornalista Chico de Gois

Livro revela que Arthur Lira enriqueceu com a política

Jornalista Chico de Gois diz que patrimônio milionário do deputado tem origem duvidosa; JHC também é citado

TELEXFREE QUER DEVOLVER DINHEIRO AOS INVESTIDORES PARA CONTINUAR EM ATIVIDADE P/13

P/17

P/6

JAMES RIBEIRO SERÁ JULGADO NO TRF POR INTEGRAR A MÁFIA DOS SANGUESSUGAS P/9


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014

COLUNASURURU

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millor Fernandes)

DA REDAÇÃO

Vai vingar?

Alagoas é uma festa

Revista do Sul, de circulação nacional, divulgou recente nota com proposta para a futura legislatura, a partir de 2015. Por ela, apartamentos disponíveis para senadores em Brasília tenham metragem de 95 metros quadrados, no caso a metade dos que eles ocupam atualmente. Mas será que a ideia vinga?

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Estado não sai das manchetes negativas da imprensa brasileira há muitos anos. Agora é destaque no livro “OS BEN$ QUE OS POLITICOS FAZEM”, do jornalista Chico de Gois – uma crítica ao enriquecimento ilícito desses políticos. O senador Biu de Lira e seu filho Arthur foram agraciados com 15 das 25 páginas dedicadas às falcatruas praticadas por políticos alagoanos. O livro do jornalista Chico de Góis também não esqueceu de JHC, herdeiro político de João Caldas. O jovem deputado que abalou as estruturas podres do Legislativo estadual é citado como dono de uma fortuna de R$ 1,5 milhão, superando o próprio pai, João Caldas. No livro, Chico de Gois faz uma radiografia da história alagoana, desde o canibalismo dos caetés aos dias de hoje. O jornalista conclui que o canibalismo atual “não é feito por índios selvagens, mas por poderosos”, como Biu de Lira, seu filho Arthur e tantos outros...

Laranja-mor José Albérico Azevedo, secretário de Obras de Marechal Deodoro, está na mira do Ministério Público, que investiga possíveis desvios de recursos no município. Albérico é irmão de Washington Azevedo, que é dono de cartório e seria “laranja” de um desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas. É esperar para ver.

Espertalhão Na ânsia de engordar sua conta bancária, um prefeito da zona da Mata alagoana arrendou um posto de combustíveis e deu de presente ao filho. Detalhe: o principal cliente do negócio é a Prefeitura.

Espertalhão 2 Conhecido pela gula ao dinheiro público, o espertalhão também exige 10% de todos os recursos que entram no caixa do município. Para calar a Câmara Municipal, paga um “mensalinho” de R$ 5 mil para todos os vereadores. Uma pista: o sujeito é louco por bola. Em todos os sentidos.

Precaução “É regra para uma convivência sadia respeitar direitos dos traba-lhadores.” A frase, de um servidor da Assembleia Legislativa, condena como antigo o alheamento dos deputados para com o pessoal efetivo. Aliás, no quadro de estáveis o número oficial não é mais que 800. “A extravagância é por conta dos comissionados,” dizem lideres da para-lisação recente.

Violência A violência no Brasil ocupa a liderança na audiência das emissoras de rádio e da televisão. É comum levando em conta a precariedade da polícia no combate aos bandidos e cumplicidade política pelo alheamento a revisão do Código Penal. Até parece que o Planalto e o Congresso Nacional são cúmplices.

Imóveis: maior alta A The Economist, revista britânica, divulgou na edição mais recente o Brasil com a segunda maior alta de preços no mercado de imóveis entre 23 países analisados. Fica na frente só dos Estados Unidos, mas com um senão: lá o aumento foi de 13,6% mas os preços estão até hoje com 20% abaixo do pico de mercado, isso relativo a 2006.

Hora do lanche

Efeito positivo O deputado Fernando Toledo mal retornou à presidência da Assembleia Legislativa e o diálogo com o Governo deu mostras de efeito positivo em pró das reivindicações (justas por sinal) dos servidores do Legislativo. Só lembrando: Toledo e Teotônio são tucanos e usineiros.

Reforma Em Brasília as atenções dos políticos se voltam para a propalada reforma ministerial. É uma decisão que o Planalto não vai insistir em “empurrar com a barriga” vez que o período entra em contagem regressiva para as eleições. É uma dessas questões que já não pode demorar na fritura sem risco de “queimar.”

Sob tensão Aliados do governador Eduardo Campos dão mostras de impaciência e têm motivo: a indecisão sobre quem ele vai apoiar para o governo de Pernambuco. Outro item que também motiva tensão entre os socialistas pernambucanos tem a ver com o caso de os tucano elegendo o presidente da República como eles ficam até 2018?

Tempo ao tempo Aliados do governador não escondem a decepção com a desistência de Vilela para disputar o Senado. Demonstram a insatisfação pela necessidade de refazer planos para outubro, a maioria, contudo, ainda sem entrar em detalhes. Estão optando por dar tempo ao tempo, mas não surpreenderá se alguns pularem para o barco peemedebista do senador Renan Calheiros.

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- A partir deste novo período legislativo os senadores introduziram nos seus hábitos o direito a lanche opções. Do cardápio: biscoitos, sucos, leite integral, em pó, pão de forma, torradas, presunto, manteiga, 600 quilos de queijo mussarela e 500 unidades de requeijão cremoso. A curiosidade do eleitor ficou, contudo, para saber o custo mensal da “merenda.”

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– “Trata a presente aquisição de gêneros alimentícios, para uso diário, comprometido com o bom desempenho das atividades do plenário do Senado Federal. Foi esta a justificativa para apresentação e aprovação do projeto. Dúvida é se o lanchinho será estendido aos servidores e terá acompanhamento de uma nutricionista.

Decisão Gustavo Feijó, presidente da Federação Alagoana de Futebol e prefeito de Boca da Mata tem como decisão tomada sair candidato a deputado federal. Ele usa o telefone para anunciar a decisão, tomada após uma conversa com o senador Renan Calheiros.

Alagoas de luto Oscar Fontes Lima, médico, deputadoe estadual em quatro mandatos, um deles ocupando a presidência, ex-presidente e membro do Conselho Deliberativo do CRB, faleceu quarta-feira, pela manhã em uma clínica de São Paulo, onde havia passado por uma cirurgia na segunda-feira. O sepultamento ocorreu às 17 horas da quinta-feira no Parque das Flores, em Maceió.

Exploração Quem frequenta a Praia do Gunga, na Barra de São Miguel, reclama do preço abusivo cobrado por donos de barracas. De acordo com o desabafo de quem foi vítima do abuso, consta a cobrança de uma taxa de R$ 40,00 pela ocupação da mesa e cobrando R$ 40,00 por uma cerveja, mesmo sem que a marca tenha tradição no mercaedo.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 -

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JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

Siga-me: @jorgearapiraca

Proibido viajar Rio – Os brasileiros estão cansados, perdendo a força e a indignação diante de tantas mazelas do governo. Depois que o Lula chamou-os de vira-latas, aí então é que eles botaram o rabinho entre as pernas e se encolheram, apequenaram-se. Preferem as novelas insossas da Globo, a adoração aos milionários jogadores de futebol, as festividades da Copa do Mundo, a pancadaria do Anderson Silva e as juras de amor a Dilma Roussef à lutar pelos seus direitos. É por causa dessa leniência que o governo vem tratando seus súditos como cães sarnentos, decidindo, agora, de cima pra baixo, como devem comer, vestir, se divertir e até viajar como se fossem um bando de alienados, comandados por ditadores de uma republiqueta de bananas. É assim que começamos 2014, com a Dilma mandando o Guido Mantega, o ministro da Fazenda, ítalo-brasileiro, agir como um déspota aumentando de 0,38% para 6,38% o imposto sobre qualquer tipo de operação com moeda estrangeira. Pegos de surpresa no exterior, milhares de brasileiros refazem suas contas, reduzem suas compras e restringem seu divertimento porque a presidente Dilma decidiu numa canetada penalizá-los, aproveitando-se do recesso do Congresso, a quem caberia também discutir sobre essa questão. Vive-se hoje no Brasil uma ditadura branca disfarçada de democracia, com um Congresso fraco e um Executivo forte. Ao decidir pelo aumento da alíquota, o governo garante uma receita anual de R$ 552 milhões. Mais uma vez sacrifica o contribuinte com aumento de imposto para tentar equilibrar as contas de uma economia maquiada e em frangalhos e para evitar mais gastos dos turistas lá fora, que até novembro foram de U$ 23,1 bilhões, 14% a mais do que 2012. Ora, ir ao exterior deixou de ser privilégio da classe média. Milhares de brasileiros de todos os níveis sociais gastam lá fora porque no Brasil é mais caro pagar um hotel, comprar uma roupa ou simplesmente frequentar um restaurante, principalmente no Rio e São Paulo. Voar, então, nem se fala. O bilhete está ficando cada vez mais inalcançável. É mais fácil comprar um pacote com hotel e passagem aérea para os Estados Unidos ou para a Europa do que para o Nordeste, por exemplo, onde uma passagem em dezembro não custava menos do que R$ 3 mil só uma perna. Veja que absurdo. Um turista que a partir de agora efetuar um carregamento de U$ l mil no cartão pré–pago pagará U$ 63,80, uma extorsão ao bolso do consumidor. O governo não avisa previamente medidas como essas que afetam o contribuinte, o último a saber. Mesmo assim, os brasileiros parecem anestesiados diante de tanto desrespeito e autoritarismo de um grupo de burocratas que decide agora como você come, bebe, se veste e viaja sem levar em conta que pelo menos quatro meses do seu trabalho por ano são para pagar impostos. A acomodação a esses fatos é tão assustadora que ninguém se atreve a questionar o governo na Justiça sobre o aumento abusivo desse imposto que nem sequer foi discutido no Parlamento. A OAB – que agora interfere na reforma política – deveria também se preocupar com essas decisões verticalizadas tomadas entre quatro paredes por um governo insensível e incapaz de tirar o país do atoleiro com inteligência e competência, numa evidente demonstração de que a economia brasileira continua se arrastando no improviso.

Desvio O mais desalentador é que ninguém sabe para onde vai tanto dinheiro arrecadado com imposto no Brasil, que está no topo dos países com a maior carga tributária do mundo. De uma coisa é certa, boa parte dessa grana é desviada para paraísos fiscais. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, nos últimos 10 anos, 40 bilhões dos cofres públicos foram parar nas mãos de empresários, burocratas e políticos corruptos.

Escolas Li esta semana em um jornal que um corrupto se chateou porque seu filho foi admoestado numa escola onde estudava na Zona Sul do Rio. De fato, não é fácil ser filho de corrupto, mesmo sabendo que a neurociência ainda não chegou a conclusão da pesquisa para provar que nem sempre “filho de peixe peixinho é” . O máximo a que os estudos alcançaram de verdade até agora é a comprovação da mudança de comportamento do filho do corrupto. Normalmente, ele leva uma vida acanhada, envergonhada e se torna uma pessoa isolada, introvertida. Nas reuniões, na escola e nas festinhas, por exemplo, é o último a chegar e o primeiro a desaparecer para não ser notado.

Constrangimento Discute-se no meio acadêmico no momento se não seria melhor isolar o filho do corrupto da garotada, digamos, normal, aquela que preserva os princípios da honestidade. Assim se evitaria que as crianças traumatizadas pelos antecedentes dos pais passem por constrangimentos nas escolas. A outra proposta é de que o governo deveria criar escolas de amparo aos filhos dos corruptos. Ali, em um ambiente isolado, aqueles que nasceram com o gênese dos pais, seriam acolhidos em horário integral para aprender como fraudar e roubar no Brasil.

Evolução O currículo seria discutido nos presídios pelos Ph.D.s na matéria ou mesmo dentro dos ministérios onde muitos desses corruptos continuam na prática ensinando aos seus subordinados novas técnicas de roubar o dinheiro público já que de mil flagrados apenas um ou dois ficam mais de uma semana na cadeia, sinal de que há uma evolução no modus operandi da gatunagem de não deixar pistas. Do Ministério do Trabalho, por exemplo, onde a Polícia Federal prendeu dezenas deles acusados do desvio de 200 milhões de reais, poderiam ser convocados alguns para falar sobre “como roubar e não ser condenado: métodos do bem-viver”, como uma disciplina extracurricular.

Especiais Encontrar locais especializados para os neocorruptos evitaria que os pais passassem pelo vexame de ver seus filhos discriminados pelos colegas nas escolas comuns. À esses garotos, acostumados à polícia na porta de casa, estariam reservados currículos específicos e aulas teóricas e práticas do desvio de recursos. Juntariam-se a eles também os filhos de banqueiros e de empreiteiros flagrados no comércio da propina e do suborno. Uma das disciplinas indispensáveis ao currículo seria licitação pública: “Como adulterar e viciar as licitações públicas em conluio com funcionários públicos”. Essas aulas seriam ministradas nas escolas e dentro dos próprios ministérios, onde os estudantes assistiriam ao vivo e a cores a conversa entre empreiteiros e burocratas, sobre os métodos de suborno e os truques para o dinheiro roubado chegar ao paraíso fiscal.

Disciplinas Outra matéria importantíssima: “Como desviar dinheiro destinado às calamidades”. As aulas também seriam práticas e rápidas. Consistiriam em ver como a grana sai do ministério para os flagelados e, como, num passe de mágica, desaparece no meio do caminho. O que chega ao destino normalmente é dividido entre os prefeitos e seus assessores, como ocorreu no Rio. Para os miseráveis apenas os donativos que depois da tragédia normalmente é jogado fora por falta da logística de distribuição.

Vestibular Para que o aluno ingresse na Universidade da Corrupção não precisa de vestibular. Exige-se apenas a apresentação da folha corrida do pai com os antecedentes criminais. Quanto mais suja melhor. O mestrado e o doutorado inevitavelmente serão feitos dentro dos próprios ministérios que garantem inclusive o estágio já no primeiro ano do curso. Afinal de contas, o Brasil não pode desperdiçar a experiências e a prática diária de seus corruptos para não desativar a Polícia Federal que trabalha hoje exclusivamente para prender os comissionados do governo. Sem essas escolas, corre-se o risco de um Brasil vazio, sem grandes emoções.


4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014

GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Os conchavos na Barra

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cidade de Barra de São Miguel passou a ser, desde as últimas festas de final de ano, o grande ponto de encontro de políticos e candidatos nas eleições deste ano. As análises políticas, as estratégias de campanhas e acima de tudo as composições entre pessoas e partidos, são o prato principal neste início de ano eleitoral. As avaliações sobre possibilidades de sucesso nas eleições de outubro passam necessariamente sobre pesquisas eleitorais, que começam a bombar neste começo de ano. Os senadores Renan Calheiros, Benedito de Lira e Fernando Collor são, desde algum tempo, apreciadores de pesquisas eleitorais. Com elas na mão, com agências de credibilidade, eles avaliam o panorama político atual e sabem, principalmente, onde estão bem e onde precisam investir mais. Com a escassez de dinheiro no mercado e a fiscalização nas campanhas pelo Ministério Público Eleitoral e até mesmo a Receita Federal, as campanhas políticas deste ano deverão ser menos caras do que antigamente. Mas quem não tiver bala na agulha, terá dificuldade durante os nove meses que antecedem a eleição. Barra de São Miguel, portanto, é o pólo político mais importante de Alagoas neste momento. Ali se fabricam candidatos, se queimam candidatos e se articulam sobre o futuro governo.

Sem chances Mesmo sendo reconhecido um técnico de alta qualificação, o secretário Luiz Otávio Gomes está longe de ser um candidato à sucessão do governador Téo Vilela. Não tem apetência para a política. Ele, entretanto, é reconhecidamente um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento de Alagoas.

Novos encontros

Na frente

Está previsto para os próximos dias nova reunião entre Téo Vilela e a base aliada. Vão discutir qual o candidato que reúne melhores condições para enfrentar o Chapão nas eleições majoritárias.

Pesquisas feitas recentemente em Arapiraca e municípios vizinhos apontam um crescimento constante do senador Benedito de Lira como candidato ao governo. Em alguns municípios a aceitação ultrapassa os 80%.

Forçando

Projeto

O presidenciável Aécio Neves tem insistido junto ao governador Téo Vilela para que o PSDB apresente um candidato ao governo de Alagoas. Queria ter um palanque no Estado. Mas está difícil de acontecer. O quadro dos tucanos não tem nome suficientemente forte para enfrentar uma eleição majoritária, além de não ter sido construído durante todos esses nomes uma expressão política capaz de suceder Vilela.

O governador Téo Vilela está disposto a mostrar grandes resultados até o final do seu governo com a aplicação de pelo menos dois bilhões de reais em obras em todo o Estado. Assegurou que a realidade de Alagoas é outra.

Apoio irrestrito O prefeito Rui Palmeira foi contactado pelo senador Renan Calheiros, dias atrás, mas já disse que seu compromisso nas eleições deste ano é com o Biu de Lira. Rui tem dito que o senador do PP deu o apoio para sua eleição na primeira hora e tem trabalhado muito para trazer grandes projetos para Maceió.

FHC em Maceió O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estará hoje em Maceió e será recepcionado pelo governador Téo Vilela e pelo deputado federal João Lyra. FHC volta segunda-feira para São Paulo. Escolheu São Miguel dos Milagres para descan-

Exploração Maceió foi à atração turística de cidades brasileiras, mas maus comerciantes querem mesmo afastar este segmento que gera emprego e renda para os alagoanos. Muitos bares e restaurantes exploram abertamente o turista. Até na praia do Francês uma água mineral estava sendo vendida a 5 reais, uma cerveja 8 e uma peixada beirava os 80. O PROCON deve atuar mais nessas áreas de grande fluxo turístico.

Sem iluminação Se não bastassem os preços abusivos, da ponte Divaldo Suruagy à Barra de São Miguel a iluminação simplesmente não existe. Tudo às escuras. Como a rodovia é estadual, o DER deve ver isso com urgência junto à Eletrobras.

Poluição na Triunfo Desamparada pelo Ministério Público, pelo Instituto do Meio Ambiente e pela prefeitura local, a população de Boca da Mata se movimenta para fazer um apelo ao bispo. É apenas o que falta. A poluição vinda dos bueiros da usina Triunfo desafia as autoridades e penaliza a população. Uma agressão aos pulmões de crianças e idosos e um sacrifício permanente para as donas de casa.

Decisão acertada

sar durante três dias.

O governador Téo Vilela surpreendeu a todos com o anúncio de que ficará até o final do seu mandato. Com isso afasta-se a perspectiva do vice José Thomaz Nonô comandar as eleições deste ano.

Número recorde

Perguntar não ofende

O governador Téo Vilela faz um prognóstico de construir, até o final do seu governo, 125 quilômetros do Canal do Sertão. O maior rio que cruza Alagoas, vai questão de dizer.

Qual o nome mesmo do PSDB capaz de força política suficiente para suceder o governador Teotônio Vilela?

Incerteza Há quem diga que o comportamento de Nonô durante o tempo em que esteve à frente do executivo, deixou o governador e a base aliada de orelha em pé. Os secretários tremiam de medo de Nonô com a caneta na mão

O negócio é aqui Na primeira reunião depois do anúncio de que ficaria até o final do mandato, o assunto mais abordado foi o palanque político nacional, o que deveria ser deixado para depois. O objetivo maior é a política local, definição do candidato a governador que será o senador Benedito de Lira, o vice, o candidato ao Senado, além de uma chapa forte nas eleições proporcionais.

Investimentos Nos últimos anos a iniciativa privada está investindo mais de 5 bilhões de reais na construção de indústrias e hotéis. A revelação foi feita pelo governador no Programa Jornal do Povo, da Rádio Jornal, sob comando do jornalista Marcos Rodrigues.

Prestígio O deputado federal João Lyra foi surpreendido, na última terça-feira em seu escritório em Guaxuma, com a visita do governador Teotônio Vilela. Eles discutiram política e um projeto sólido para o Estado de Alagoas nos próximos anos. Lyra e Téo irão fazer parte da base aliada que disputará as eleições deste ano.

Desconforto Embora muitos queiram negar, o anúncio de Téo Vilela de que ficará até o final do seu mandato abalou e muito o Chapão, que ficou meio atordoado com as declarações do governador. O Chapão, agora, terá rever o seu projeto de campanha. Vilela está disposto a percorrer todo o Estado mostrando à população o que foi feito e o que irá fazer até o dia 31 de dezembro de 2014.

Menos um O deputado federal Alexandre Toledo trabalha para ser escolhido candidato ao governo do bloco governista, mas esbarra na falta de comunicação com grande parte do Estado, onde é praticamente um ilustre desconhecido do eleitorado. Também pesa contra ele ter abandonado no meio do mandato a prefeitura de Penedo.


extra OPINIÃO

- MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 -

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ARTIGO

Vivo e TIM: o perigo do monopólio na telefonia POR DANE AVANZI

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As profundas alterações trazidas pela MP 627

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MP 627, publicada no dia 12/11/13, trouxe grandes e profundas alterações na legislação tributária Federal do IRPJ, da CSLL e do PIS e da Cofins. Foi criado um novo regime fiscal para apuração e pagamento desses tributos. Foi revogado o RTT e a apuração dos tributos passou a ser feita a partir dos resultados contábeis apurados com base no IFRS, sendo que algumas normas contábeis passaram a ser aceitas para fins fiscais e outras não. Há muito não aconteciam alterações tão substancias nas regras de apuração dos tributos federais. As empresas e profissionais que lidam com o tema deverão estar em alerta pois, apesar de o novo regime somente ser obrigatório a partir do ano de 2015, já em dezembro deste ano deverão ser tomadas decisões que terão grande impacto no sentido de realizar ou não distribuição de lucros, cálculo do juros sobre capital próprio e se será feita a opção ou não pela adoção do novo regime

para o ano de 2014. É que dependendo da situação de cada empresa a opção por adotar o novo regime, a partir de 1º/1/14, pode ser mais vantajosa. Por meio da Medida Provisória nº 627/2013 foram modificadas a forma de apuração do lucro real, presumido e arbitrado a fim de que a apuração tenha como ponto de partida o lucro líquido apurado segundo as novas regras contábeis, com as adições e exclusões previstas na nova norma. Apesar de a aplicação ser obrigatória somente a partir de 1º de janeiro de 2015, as empresas podem optar pela antecipação dos efeitos a partir de 1º de janeiro de 2014. O objetivo do evento é esclarecer quais os pontos mais relevantes que podem impactar na decisão da opção antecipada ou na aplicação apenas a partir de 1º de janeiro de 2015 e quais os reflexos tributários que essa nova regra terá na apuração dos IRPJ e da CSLL nas empresas. (Fonte: Valor Econômico).

esmo com uma dívida de 52 bilhões de euros, a espanhola Telefônica não perde o apetite quando o assunto é adquirir novas empresas. Controladora da Vivo e acionista da Itália Telecom (representada no Brasil pela Tim) três meses atrás a Telefônica foi multada pelo Cade - Conselho de Administração de Defesa Econômica - a pagar 15 milhões de reais por haver descumprido a obrigação de não elevar sua participação na Itália Telecom (atualmente com 70% das ações). Hoje a Telefônica tem controle acionário da Vivo e da Tim no Brasil. Recentemente, o Cade determinou que a Telefônica escolha entre controlar uma ou outra empresa. Para isso, deverá abrir mão do controle acionário de uma delas. A decisão é acertada pois visa manter o mínimo de concorrência entre as operadoras do serviço. A sentença do Cade também menciona que a Telefônica deve vender parte das ações (da Vivo ou da Tim) a uma outra empresa de telecomunicações com operação global. Um estudo divulgado ano passado pela UIT - União Internacional de Telecomunicações, aponta o Brasil como o país que tem a ligação mais cara do mundo e, podemos piorar ainda mais caso as autoridades brasileiras não acompanhem e

fiscalizem de perto o que ocorre nos bastidores do mercado financeiro, onde são orquestradas essas fusões e incorporações, sendo algumas empresas meras marionetes nas mãos do interesse econômico. Em vista de todos esses acontecimentos, a única certeza que temos é que alguma coisa vai mau e está muito errada. Como fica o consumidor em face de todas essas transações bilionárias? Estima-se que a venda de parte das ações da Vivo ou da Tim seja o maior negócio depois da privatização. Por que nossa conta é tão cara e o serviço tão deficiente? Enquanto o Cade se preocupa com a concorrência, cabe a Anatel se preocupar com a política de tarifação das operadoras e principalmente com a qualidade dos serviços ora prestados a população brasileira. Assunto subjacente à questão econômica, mas não de menor importância é a questão da concentração de informações e tráfego de chamadas e mensagens nas mãos de uma única empresa controladora de várias outras empresas mundo afora. Em tempos de espionagem em alta, e, em havendo sido o Brasil comprovadamente um dos alvos da agência norte-americana NSA, há que se considerar a relevante importância estratégica do serviço, sendo tão perniciosa a concentração de informações quanto o efeito nocivo do “dumping” sob o ponto de vista do direito do consumidor. Dane Avanzi é advogado, empresário do setor de engenharia civil, elétrica e de telecomunicações.

EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Street Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

DIRETOR Carlos Augusto Moreira EDITOR Fernando Araújo

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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 DINHEIRO FÁCIL

Livro denuncia enriquecimento ilícito de Arthur Lira, JHC e outros políticos do país Filho do senador Biu de Lira elevou seu patrimônio de R$ 79 mil para R$ 2 milhões com a política CARLOS VICTOR COSTA Repórter

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deputado federal Arthur Lira (PP) – sétimo mais votado entre os alagoanos na eleição de 2010 – tinha um patrimônio declarado de R$ 79 mil no ano de 1996. Após 14 anos e três mandatos (dois de deputado estadual e um de federal) seu patrimônio evoluiu para mais de R$ 2 milhões. O caso do filho do senador Benedito de Lira é um dos abordados no livro “Os Ben$ que os Políticos Fazem”, do jornalista Chico de Gois, que traz 10 casos de políticos brasileiros que enriqueceram durante o exercício do mandato. O livro também levanta o enriquecimento de três filhos de políticos que, apesar de jovens, têm uma fortuna maior do que a de seus pais, que estão há anos na política. Um deles é o deputado estadual João Henrique Caldas (Solidariedade), filho do também deputado federal João Caldas. A reportagem do jornal Extra entrou em contato com o autor do livro, o jornalista Chico de Gois, que revelou ter utilizado em suas pesquisas inúmeros exemplares deste semanário para incrementar suas investigações sobre os políticos alagoanos. Ainda sobre o Extra, Gois destacou que é leitor e usou o jornal como base de seu livro -reportagem. PATRIMÔNIO SUSPEITO Segundo Gois, Arthur Lira tinha um patrimônio de R$ 79

mil, de acordo com sua declaração de Imposto de Renda de 1996, e após 10 anos esse valor havia pulado para R$ 695, 9 mi. Em 2010, a fortuna ultrpassou os R$ 2 milhões. O que chama a atenção é que apesar de todo esse patrimônio, o deputado deixou de informar alguns bens à justiça, o que acaba se tornando crime. Arthur Lira deixou de declarar , por exemplo, que tem um apartamento no edifício Dom Miguel de Cervantes, no bairro da Jatiúca, em Maceió. Junto com o pai, o senador Biu de Lira, deixou de informar que são sócios na empresa D’Lira Agropecuária e Eventos, criada em 22 de outubro de 2007. O livro relata também as acusações de que o deputado foi integrante do esquema de desvio de recursos da Assembleia Legislativa de Alagoas, denominado pela Polícia Federal, como Taturana. Arthur Lira chegou a ser preso em 2007, na época, a PF o identificou como um político “sem limites para usurpar dinheiro público”, o que não o impediu de conseguir se eleger deputado federal em 2010. Mas este seu novo mandato está sob ameaça, em razão de outra ação do Ministério Público (MP). Em mais de 500 páginas repletas de documentos, o procurador detalha os artifícios usados por Lira, entre 2001 e 2007, para embolsar dinheiro público por meio de empréstimos fraudulentos do Banco Rural. Ele ainda responde a um processo pela Lei Maria da Penha por ter agredido sua ex-mulher. Arthur Lira,

Arthur Lira e Biu de Lira, além de JHC e João Caldas, são destaques no livro de Chico de Gois

atualmente está licenciado, e em seu lugar está o suplente da coligação, João Caldas, na Câmara Federal. ENRIQUECIMENTO RÁPIDO Sobre João Henrique Caldas (JHC), o livro relembra que o pai dele, João Caldas, foi acusado de envolvimento com a Máfia dos Sanguessugas. JHC, de 23 anos, tem um patrimônio de R$ 1,5 milhão, cinco vezes a soma dos bens do pai e da mãe, Eudócia Caldas. Somente a casa que está em nome do deputado foi avaliada em R$ 520 mil. Ele não informa, porém, que é dono de rádios no interior do estado. Diz somente que é sócio da Alagoas Comunicação, com capital social de R$ 45 mil - ou seja, uma empresa modes-

ta. No final de 2013, JHC foi responsável pela denúncia no Ministério Público Estadual (MP/ AL) que afastou a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas, acusada de desviar verba pública do Legislativo. A IDEIA A ideia do livro nasceu no ano passado, durante a “CPI do Cachoeira”, onde o jornalista cobria pelo O Globo. A matéria publicada no jornal relatava o aumento do patrimônio do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que de 1998 a 2010, teve um acréscimo de cinco vezes em seus bens. Logo após Chico de Gois fez um levantamento com base nas declarações de bens que os candidatos apresentam à Justiça eleitoral. Foram cerca de 10 mil

documentos, onde foram investigados 523 deputados federais, 81 senadores, deputado de todas as 27 assembleias legislativas e 27 câmaras Municipais das capitais. Mais diante do número elevado de documentos o jornalista fez uma redução e trabalhou apenas nos casos mais emblemáticos, onde foi selecionado 10 parlamentares e mais três filhos de políticos que, com menos tempo de seus pais na política conseguiram um patrimônio acima do normal. Enriquecimento ilícito ou sem causa, também denominado enriquecimento indevido, ou locupletamento, é, de modo geral, todo aumento patrimonial que ocorre sem causa jurídica, mas também tudo o que se deixa de perder sem causa legítima.


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MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 - 7

CRISE CONTINUA

Prefeituras terão dificuldade para pagar funcionários com aumento do mínimo Reajuste afetará ainda mais contas dos municípios, que não têm arrecadação para suportar aumentos CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com

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novo valor no salário mínimo de R$ 724 começou a vigorar no dia 1º de janeiro. Assim, a previsão da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada em agosto se confirmou, e o impacto do reajuste nas folhas de pagamento dos Municípios será de R$ 1,79 bilhão. Diante disso a reportagem do jornal Extra conversou com o economista Cícero Péricles e o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão. Para Péricles esse reajuste faz parte de uma política de recomposição do poder de compra do salário mínimo em vigor desde 2005. “Para se ter ideia de quanto o salário mínimo, definido por lei, anda defasado, o DIEESE, Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos, calcula que o valor a ser pago agora, em janeiro, deveria ser de R$ 2.700,00. Mesmo com esse aumento de 6%, ele passa a R$724, ou seja, precisaria ser quadruplicado para alcançar o valor legal”. O economista explicou também que os limites do salário mínimo, no Brasil, são impostos pela previdência social, pelas prefeituras e pelas micro e pequenas empresas. “Estes três setores não suportariam um aumento maior que o anunciado. A Previdência Social paga os benefícios – aposentadorias e pensões – vinculando os valores ao salário mínimo e, vivendo o drama do déficit crescente, o INSS não teria como suportar aumento maior. As micro

e pequenas empresas, na sua ampla maioria familiares e de baixa produtividade não teriam como arcar com esse custo. As prefeituras sofrem com um problema parecido: não têm arrecadação para suportar aumentos maiores que esses anunciados. Grande parte dos funcionários municipais é composta de trabalhadores assalariados que recebem salário mínimo, e as prefeituras não arrecadam seus impostos – IPTU e ISS – por várias razões: são localidades pequenas e pobres, não têm estrutura para fazer cobrança e, politicamente, é antipático cobrar em municípios com pouca dinâmica econômica. É isso que explica a forte dependência dos recursos federais”. Questionado no que mudaria na economia do Estado em relação ao aumento, Péricles disse que o reajuste, descontado a inflação do período, é mínimo. “O aumento de 46 reais no salário mínimo irá trazer certo alívio nas contas de muitas famílias alagoanas. Em todo o país, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), esse impacto anual será de 28,4 bilhões na economia. Em Alagoas, a maioria dos que trabalham, assim como dos beneficiários que recebem dinheiro da previdência social, serão contemplados com esse aumento. No total, serão 800 mil pessoas, 37 milhões mensais e um valor anual, aproximado, de 440 milhões. Cerca de 300 mil pessoas no Estado, entre trabalhadores formais, com carteira assinado

Economista diz que novo salário aliviará contas de trabalhadores. Beltrão disse que aumento preocupa.

ou contrato de trabalho, têm o rendimento vinculado ao salário mínimo, o que representa um aumento de R$ 13,8 milhões mensais. Aproximadamente 400 mil beneficiários da Previdência Social receberão o aumento atrelado ao salário mínimo, o que representa 18,4 milhões mensais, e cerca de 100 mil trabalhadores informais que devem ser beneficiados com o reajuste, o que significa 4,6 milhões de reais mensais. Somente nas contas da Previdência Social, o aumento será de R$ 220,8 milhões por ano e, na informalidade, de R$ 55,2 milhões. No total 440 milhões. Todo esse dinheiro irá para o consumo. O impacto maior será no comércio de varejo, que está a 120 meses obtendo taxas positivas de crescimento nas vendas”, acrescentou. CONQUISTA DOS TRABALHADORES À reportagem, Marcelo Beltrão disse que o novo salário mínimo é uma conquista justa dos trabalhadores e que já está

prevista em lei, portanto é uma despesa que pode ser prevista e que deve fazer parte do planejamento anual. “Mas não tenha dúvida que é um montante considerável e que causará impacto nas contas dos municípios, que deverão se adequar e aplicar o aumento a partir de Janeiro de 2014. Para se adequar, os municípios precisarão se ajustar e, caso as receitas que compõem a arrecadação não acompanharem a evolução das despesas, deverá obrigatoriamente haver cortes no orçamento e a orientação é sempre para que se mantenham, prioritariamente, os serviços essenciais de educação, de saúde e de limpeza pública”. Indagado sobre a questão das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e móveis, que acaba causando mais desequilíbrio nas contas públicas municipais. Beltrão explicou que as desonerações de Impostos foi um mecanismo utilizado pelo Governo Federal para proteger o país da crise econômica mundial. “A prática dessa ação

no IPI, que é uma das principais fontes de arrecadação dos municípios, comprometeu a execução orçamentária e gerou uma das maiores crises dos últimos anos. O movimento Municipalista defende um pacto federativo mais justo e que essas desonerações sejam compensadas, pois precisamos retomar os investimentos necessários para toda a população brasileira e voltar ter a capacidade de executar o orçamento que foi pactuado com todos os cidadãos. O Congresso chegou a aprovar a lei que obrigava a compensação de recursos pela União, caso praticasse desonerações em recursos constitucionalmente de direito dos Estados e Municípios, mas foi vetado pela Presidente. Não acho justo que a União, que bate recorde de arrecadação ano a ano, precise utilizar mecanismos que fragilizam diretamente os municípios que são responsáveis por executar as políticas públicas de maior interesse da população, principalmente em áreas essenciais como a da educação e da saúde básica de prevenção”.


8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 CONFLITOS AGRÁRIOS

CNJ manda TJ realizar concurso para juiz da 29ª Vara Escolha do magistrado pelo presidente da Corte é inconstitucional, afirma STF VERA ALVES veralvess@gmail.com

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m mais um “puxão de orelhas”, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) que abra, em até 60 dias, concurso para o preenchimento do cargo de juiz titular da 29ª Vara Cível da Capital, a vara dos Conflitos Agrários e que hoje é ocupada por um juiz indicado pelo presidente da Corte, José Carlos Malta Marques, com a aprovação do Pleno. Tal indicação foi feita com base no artigo 5º da Lei Estadual 6.895/2007, considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) conforme a jurisprudência criada pelo acórdão publicado no Diário da Justiça em 17 de junho de 2013 acerca da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4414. A decisão do CNJ foi tomada em sua penúltima sessão do ano passado, no dia 2 de dezembro, ao aprovar por unanimidade o relatório da conselheira Déborah Ciocci no Procedimento de Controle Administrativo (PCA) 0004933-89.2013.2.00.0000 e que tem como requerente

a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages), como interessado a Associação Alagoana dos Magistrados (Amalgis) e por requerido o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. Na mesma sessão, o CNJ também deu prazo de 90 dias para que o TJ alagoano conclua os procedimentos para o preenchimento da vaga de juiz titular da 12ª Vara Criminal da Capital e pela qual responde atualmente, como juiz substituto, o juiz titular da 11ª Vara Criminal da Capital, Antônio José Bittencourt Araújo. O CNJ não acatou os argumentos do tribunal de que aguardaria o provimento das 8ª Vara Criminal de Arapiraca, 2ª Vara Cível de Arapiraca, 9ª Vara Cível de Arapiraca (Família) e 2ª Vara de Porto Calvo para só depois abrir edital para a 12ª Vara Criminal da Capital. De acordo com o parecer da juíza Déborah Ciocci, aprovado pelo CNJ, “acarreta prejuízos não apenas aos magistrados com expectativa de direito à promoção ou remoção, mas, sobretudo, aos jurisdicionados, a conduta omissiva do Tribunal em manter a unidade judiciária vaga, a espera do término do

17ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL

Déborah Ciocci teve relatório aprovado por unanimidade pelo CNJ

certame para provimento de quatro outras varas, para então prover a vara vaga”. O TJAL tem também quatro meses para apresentar ao CNJ o plano de instalação e provimento do cargo de juiz para a 2ª Vara de Atalaia, 2ª Vara de Coruripe, 2ª Vara de Murici, 5ª Vara de Palmeira dos Índios, o Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital, 2ª Vara de Marechal Deodoro e 4º Juizado Especial Cível e Criminal da Capital, levando-se em conta sua disponibilidade orçamentária. INDICAÇÃO POLÍTICA Com jurisdição sobre todo o estado, a 29ª Vara Cível da Capital- Conflitos Agrários foi criada em 10 de dezembro de 2007 pela Lei nº 6.895, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Teotonio Vilela Filho. De acordo com o artigo 5º da lei, o juiz titular e o juiz substituto serão indicados e designados pelo presidente do Tribunal de Justiça, após aprovação do Pleno para desempenho de funções durante mandato de dois anos, renovado por igual período. Com base na lei, é que em março do ano passado o juiz Claudemiro Avelino, titular

da 2ª Vara Cível da Comarca de Penedo, foi designado pelo presidente do TJAL, desembargador José Carlos Malta Marques, para o comando da Vara de Conflitos Agrários em substituição ao juiz Ayrton de Luna Tenório, que conduziu a unidade judiciária por quatro anos. Marques também indicou e nomeou, após aprovação do Pleno da Corte, o juiz Ferdinandi Scremim Neto para o cargo de juiz substituto da vara. Mas a decisão do CNJ obriga o tribunal alagoano a abrir concurso para a disputa democrática do cargo de juiz titular da vara, levando em conta que o “Supremo Tribunal Federal entendeu ser inconstitucional a indicação e nomeação de magistrado para integrar vara especializada realizada politicamente pelo Presidente do Tribunal de Justiça”, destaca o parecer da relatora do PCA, a conselheira Déborah Ciocci. A decisão do CNJ se dá em obediência ao artigo 93, II e VIII-A, da Constituição Federal, e artigos 81 e 83 da Loman, além da Resolução 106 do próprio Conselho Nacional de Justiça, que estabelece os critérios para promoção dos magistrados.

A inconstitucionalidade do artigo 5º da lei que criou a Vara dos Conflitos Agrários foi referendada pelo CNJ com base na decisão do Supremo Tribunal Federal à ADI 4414 impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil contra a Lei nº 6806, de 22 de março de 2007, que criou a 17ª Vara Criminal da Capital, com competência exclusiva para processar e julgar delitos praticados por organizações criminosas dentro do território alagoano. Impetrada em 2010, a ação só seria julgada pelo Pleno do STF em 31 de maio de 2012, quando os ministros reconheceram o mérito dos argumentos da OAB e decidiram que a escolha da titularidade da 17ª Vara – composta originariamente por cinco magistrados – não caberia ao presidente do Tribunal de Justiça, mas deveria ser resultado de um processo democrático de concurso por merecimento e/ou antiguidade, tendo a Corte o prazo de 90 dias para regularizar o provimento. O acórdão, contudo, só veio a ser publicado no dia 17 de junho do ano passado, o que significa que o TJAL deveria ter providenciado o provimento das vagas de juiz da 17ª Vara até 17 de setembro de 2013, o que não fez até o momento. Em outubro do ano passado o TJAL anunciou que estaria enviando à Assembleia Legislativa um projeto de lei reformulando a 17ª Vara para fazer cumprir as determinações do Supremo, sendo que ao invés de cinco a vara contaria com três juízes titulares. Passados quase quatro meses, porém, não se tem notícias de que o projeto tenha chegado ao Poder Legislativo Estadual.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 03 A 09 DE JANEIRO DE 2014 -

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NA MIRA DA JUSTIÇA

James Ribeiro pode ser condenado por integrar a máfia dos Sanguessugas Prefeito de Palmeira dos Índios era assessor parlamentar na época que o esquema das ambulâncias foi desvendado pela PF JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

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prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro (PSDB), será julgado no próximo dia 5 de fevereiro pela Justiça Federal no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), em Recife. Pesa contra o chefe do executivo local a acusação de integrar a máfia das ambulâncias; que ficou conhecida nacionalmente após o desencadeamento da operação da Polícia Federal denominada “Sanguessuga”. Na época do ocorrido, o prefeito de Palmeira dos Índios era assessor parlamentar e assim como outras 80 pessoas foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). O processo tramita na Justiça Federal de Mato Grosso, onde o esquema começou a ser operado, mas devido ao foro privilegiado de James - por ser prefeito – o processo foi remetido para Justiça Federal local. Caso o prefeito seja condenado, por se tratar de improbidade administrativa, James Ribeiro cai na Lei Ficha Limpa e perde o cargo de chefe do executivo municipal. A “máfia das ambulâncias” ocorreu em

das parlamentares para a compra desses veículos. Os ilícitos ocorreram em vários municípios, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Rondônia, Paraná, Mato Grosso e Bahia.

2006 e tinha a participação de assessores parlamentares como espécie de lobistas juntos as prefeituras que eram beneficiadas com dinheiro público do Ministério da Saúde. Segundo o jornal Tribuna do Sertão, em uma de suas publicações: “Uma suposta propina de R$ 5 mil para facilitar a venda de ambulâncias. Essa é a origem e o valor exato que poderá levar o prefeito de Palmeira dos Índios James Ribeiro à condenação no processo n.º 2006.36.00.008829-0”. O periódico da região ainda revelou: “O envolvimento do atual prefeito palmeirense com Darci Vendoim, dono da empresa Planam, o principal acusado e acusador (participou do benefício da delação premiada para dar subsídios à justiça sobre o esquema) vem de 2006, quando James Ribeiro exercia ainda o cargo de assessor parlamentar (seu único emprego antes de ser prefeito).” HISTÓRICO A máfia das ambulâncias foi um esquema criminoso desarticulado pela Polícia Federal em que se descobriu o desvio de recursos públicos repassados as prefeituras por meio de emen-

MODUS OPERANDI O grupo fazia contato com as prefeituras do País para oferecer entrega de ambulâncias com maior rapidez sem ter de passar pelos trâmites normais. Se o prefeito concordasse, a quadrilha negociava com assessores de parlamentares a apresentação de emendas individuais ao Orçamento da União para liberar o dinheiro. Assim que fossem liberados os recursos, o grupo manipulava a licitação e fraudava a concorrência usando empresas de fachada. Dessa maneira, os preços da licitação eram superfaturados, chegando a ser até 120% superiores aos valores de mercado. E o ‘lucro’ era dividido entre os envolvidos no esquema, inclusive parlamentares. O QUE DIZ A PF

Prefeito de Palmeira, James Ribeiro, pode ser condenado

Segundo a PF, a organização negociou o fornecimento de mais de mil ambulâncias em todo Brasil. E a investigação do Ministério Público levantou prejuízos em torno de R$ 110 milhões ao erário. Assim, foram denunciados ex-deputados federais, um ex-senador e assessores, além de outros servidores públicos.


10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 ELEIÇÕES 2014

Decisão de Vilela acirra campanha de Collor e Heloísa Helena ao Senado Desistência do governador surpreende jogo eleitoral em Alagoas e zera disputa majoritária ODILON RIOS Repórter

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ma declaração do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) remexeu todo o quadro político de Alagoas e pôs como rivais absolutos, do dia para a noite, o senador Fernando Collor (PTB) e a vereadora Heloísa Helena (PSOL); revirou o palanque ao Governo do Palácio República dos Palmares pelo avesso; e fez a esquerda sonhar com a cadeira marrom da chefia do Executivo Estadual. Uma coletiva na segundafeira (6) encerrou, para Vilela, o sonho dele concorrer ao Senado. Ele próprio deu a notícia: “Decidi ficar no governo até o final do meu mandato para ampliar as nossas conquistas principalmente nas áreas de segurança, educação e saúde. Quero a paz nas ruas que ainda não estão plenamente pacificadas e para que cada cidadão alagoano tenha um atendimento decente nas outras áreas a que ele tem direito. Esse é um compromisso de fé que tenho com os alagoanos”, disse. Nos bastidores do próprio Governo, no dia 6, havia um desconforto estranho no ar: boa parte do secretariado foi convocada para o café da manhã com a imprensa para dar-se uma notícia decidida na noite anterior. Apenas um integrante da bancada federal estava no segundo andar do Palácio Floriano Peixoto: o deputado federal Givaldo Carimbão (PROS). Nem o “amigo-irmão”- o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Toledo (PSDB), apareceu. Aliás, nenhum parlamentar da base estadual quis tomar café ao lado de Vilela. Sisudos, alguns secretários trocavam olhares raivosos com

Com o governador Téo Vilela fora da disputa majoritária, Heloisa e Collor mudam as suas estratégias

pessoas circulando no Palácio. Carimbão dava pistas que sabia do anúncio: “Se o governador sair em março, o PROS sai da administração. Aí a questão é óbvia: por causa da eleição”, encerrou a conversa para apertar a mão de Vilela, chegando ao café da manhã. O secretário de Defesa Social, Dário César, estava ao lado. Após a coletiva, choveram especulações sobre a desistência do governador. Vilela estaria doente? “Não, ele caminha todas as manhãs pela praia, eu vejo”, disse um aliado. “Foi a mulher dele e a filha quem pediram para ele se dedicar mais à família”, explicou outro. “O palanque do senador Aécio Neves (PSDB/MG) precisa de algum tucano no Nordeste. Como é que o governador vai sair da administração em março e deixar Aécio?”, perguntou outro. Integrantes do QG do senador Collor foram enfáticos: “É estratégia para ganhar tempo para, mais à frente, ele dizer que

será candidato. Vai organizar um encontro com Aécio, Serra, o Fernando Henrique Cardoso em Alagoas. E todo mundo vai ‘pressionar’ o governador a ser candidato ao Senado”. Já o QG de Heloísa Helena apostava em um acordo entre Collor e Vilela- o governador estaria de olho em uma vaga ao Tribunal de Contas da União; a esquerda dizia que Collor e os movimentos sociais haviam desidratado as chances do governador concorrer ao Senado. Tudo negado por aliados de Collor. Primeiro porque o senador e o governador continuam em lados opostos. Segundo: a aprovação do nome de Vilela ao TCU dependeria da presidente Dilma Rousseff. Como Dilma aceitaria um líder tucano, indicado por ela, para julgar, no futuro, as contas do PT e dela mesma? “O governador é um homem de palavra. Disse que não vai concorrer e não vai. Zero chan-

ce, mesmo com pedido de Aécio ou Serra ou Fernando Henrique. Essa dúvida é estratégia da oposição”, disse Claudionor Araújo, um dos tucanos mais próximos ao governador. E sobre o futuro? “Quanto mais cedo escolhermos um nome, melhor para consolidarmos nas ruas”, avisa. Ele tem uma defesa: o Palácio tem de definir um único nome para as duas disputas. “Quanto mais a gente dividir o jogo, mais vamos facilitar para a oposição”, disse. Tanto o nome ao Governo quanto ao Senado serão chancelados pelo “maior comandante político do nosso lado: o governador. Todos os nomes dos aliados vão passar elo Téo, ele será o nosso coordenador. Essa é a consciência do grupo”. Do chapão, o deputado federal Renan Filho (PMDB)- de longe, com mais chances de concorrer ao Governo, disse que a declaração de Vilela resume a

administração: “O que muda é o governador, que é peça importante, mas não é única na eleição. A não candidatura dele é a demonstração de que o Governo não deu tão certo quanto o esperado. Ele próprio admitiu que o governo vai mal em setores fundamentais, como educação, saúde e segurança”, disse. Seja como for, os governistas movimentaram as pedras do imenso (e pesado) xadrez da administração estadual, em meio a uma crise de popularidade que devorou o Governo e o mês de azar na administração estadual: dezembro- quando até os militares ajudaram no desgaste do líder do Executivo estadual, os dados do Pisa- na educaçãopuseram Alagoas na liderança mundial (negativa) em leitura, matemática e ciências e o anúncio (feito, depois desfeito) do pagamento do rateio do Fundeb aos professores. “Há uma revolução silenciosa acontecendo em Alagoas, uma mudança profunda e transformadora para a vida dos alagoanos. São ações inéditas de um Governo que tem um projeto de Estado, com investimentos para os próximos 20 anos. Estou otimista como nunca estive em um início de ano, com muita vontade, confiança e disposição para cumprir com meus compromissos e com o meu dever. Para fazer esse Estado ser admirado por nós mesmo e pela sociedade brasileira”, disse Vilela, tentando empolgar a administração. Nos próximos meses, ele terá de inaugurar obras federais- em parceria com estaduais- sabendo que o calendário eleitoral engessa os investimentos públicos no País a partir do segundo semestre. Ele vai conseguir reanimar o Executivo?


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 -

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ELEIÇÕES 2014

Cientista política diz que decisão de Téo Vilela foi inteligente

JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

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governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) revelou durante entrevista coletiva que vai permanecer no cargo até o final do seu mandato. A decisão de Vilela coloca um ponto final na especulação da sua possível candidatura ao Senado e meche com o xadrez político visando o Palácio República dos Palmares. Para a cientista política e professora da Universidade Federal de Alagoas, Luciana Santana, o posicionamento de Téo Vilela foi correto. “O governador vai cumprir seu programa de governo. Ele foi inteligente ao anunciar que vai terminar o mandado. Suas avaliações negativas iria levar seu nome de forma desgastada para qualquer disputa em 2014”. Ainda segundo a especialista, Vilela deve melhorar os indicadores sociais do Estado até outubro e fortalecer a sua imagem e consequentemente do candidato do grupo governista; além de blindar os ataques da oposição já que não é mais candidato. “Quero comunicar a todos vocês que ficarei no mandato até o último dia dele. Não estou plenamente satisfeito com os resultados da educação, da saúde e da segurança. Embora tenhamos avançado muito, podemos avançar muito mais e eu vou ficar pra que consigamos atingir isso”, disse o governador durante a coletiva.

bém se posicionou de forma política: “Teotonio deixa de ser um forte candidato a qualquer cargo que viesse a disputar e passa a ser um forte eleitor, e naturalmente ele deve ser o comandante do bloco.” Quem também sonha com o apoio do governador para disputa do executivo do Estado é o PSB. A presidente estadual da sigla, Kátia Born, tenta costurar com o presidenciável Eduardo Campos (PSB) o apoio de Vilela ao deputado federal e ex-prefeito de Penedo, Alexandre Toledo.

Luciana Santana analisou que Vilela protegeu seu partido com a decisão e visou seu futuro político. “O PSDB seria muito prejudicado se deixasse o governo com a imagem de hoje e tanto pessoalmente, quanto politicamente seria uma situação difícil de reverter num futuro breve; pensando em 2016 e 2018.” A cientista polícia foi questionada se seria viável a candidatura de um tucano para suceder Vilela e ela foi direta: “Acredito que não, apenas se for um imposição do diretório nacional. O cenário em Alagoas parece está encaminhado para a união das forças da base do governo Viela encabeçado por um nome que deve ser escolhido ou que já está sendo trabalhado”. NOMES DA SUCESSÃO Quem faz parte da gestão de Vilela é o PP do senador Benedito de Lira e que já adiantou desde 2013 que está disposto a ir para o páreo na condição de candidato da situação. Lira deixou claro que não fará composição para ser vice de ninguém e declarou no início da semana: “Já fui vice e não gostei”. Outro nome que pode estar em pauta é do vice-governador José Thomaz Nonô (DEM) que esperava que Vilela fosse candidato ao Senado para ir à disputa sentando na cadeira de governador. Assim como Benedito, o vice-governador tam-

Governador Teotonio Vilela deve escolher entre três nomes para sua sucessão em 2015: Nonô, Alexandre Toledo e Benedito de Lira

E O SENADO? Com a saída de Vilela da disputa ao Senado, como vinha sendo especulada, a eleição hoje seria polarizada entre o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e a vereadora Heloísa Helena (Psol). Ambos confirmaram que são pré-candidatos. Após a coletiva de Vilela muitos nomes ligados ao governo foram cogitados para fazer frente a dupla Collor e Heloísa. Quem não descartou a possibilidade de tentar uma vaga no Senado com o novo cenário foi o deputado federal Givaldo Carimbão (Pros), que sempre manteve atrelado ao governo tucano, desde quando dava as cartas pelo PSB. Além de Carimbão, o secretário de esportes de Maceió e presidente Estadual do PSDB, Pedro Vilela, é outro que figura como potencial candidato. Em recente entrevista ao jornal Extra, Pedro disse que seu nome será colocado a prova em 2014. Existe um forte indicativo que Pedro seja candidato do seu grupo político para substituir Rui Palmeira em Brasília, que hoje é prefeito de Maceió. Com a saída de Téo Vilela, Pedro pode subir sua candidatura de deputado federal para o Senado. Até as convenções várias possibilidade serão ventiladas e nomes especulados.


12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 EVENTO

Feira dos Municípios Alagoanos será entre os dias 23 e 26 de janeiro

O evento pretende levar fóruns de discussões sobre os mais variados temas ligados à gestão pública dos municípios DA REDAÇÃO com assessoria

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á duas semanas para a abertura da Feira dos Municípios 2014, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) dá início ao trabalho de divulgação junto aos municípios, a população e o trade turístico. O presidente da AMA, Marcelo Beltrão, e a secretária estadual de Turismo, Danielle Novis, apresentam ao trade todas as novidades da edição deste ano. A Feira acontece no período de 23 a 26 de janeiro de 2014, no Centro de Convenções de Maceió. Coordenada pela Associação dos Municípios Alagoanos, com a parceria do IBCOM, o evento já se tornou marco no calendário turístico do Estado. Além da tradicional exposição de artesanato e cultura dos municípios, durante a Feira acontecerá diversos eventos relacionados aos municípios, como o 2º congresso Alagoano dos Municípios, a escolha da Musa dos Municípios, o I Mostra Alagoana de Gastronomia e o Encontro de Bandas e Fanfarras. Confira: 2º CONGRESSO ALAGOANO DOS MUNICÍPIOS O evento pretende levar fóruns de discussões sobre os mais variados temas ligados à gestão pública dos

municípios, palestras técnicas sobre temas específicos, em salas para até 90 participantes, além de seminários empresariais segmentados. “Queremos escolher temas que sejam de real interesse para os municípios e, assim, auxiliar na gestão pública municipal”, afirmou Marcelo Beltrão. A expectativa do evento é ter um número amplo de participantes com a oferta de equipamentos, acessórios, suprimentos, tecnologia e serviços, e um número ainda maior de empresas, instituições, cooperativas e municípios que poderiam ser beneficiados com o incentivo e a oferta de tecnologias adequadas a cada município. A programação oficial já foi definida para as oficinas e palestras. Dia 23, o tema será captação de recursos federais – desafios e conquistas – sala Pitanga, Inclusão social e acessibilidade- sala Siriguela e Defesa civil- sala Manguaba. Dia 24 os temas são Regime diferenciado de contratação, sala Pitanga, pela manhã; regime próprio de previdência, a tarde; Na sala Siriguela, em parceria com o Sebrae acontece pela manhã a oficina “como elaborar uma chamada pública do PNAE, pela manhã e como o município pode comprar da micro e pequena empresa local, a tarde. Na sala Mangaba a oficina é sobre

Feira realizada pela Associção dos Municípios de Alagoas irá movimentar a economia do Estado

captação de recursos para cultura e turismo, com a secretária estadual de Turismo, Danielle Novis e o secretário de Cultura de Maceió, Vinícius Palmeira. CALDEIRÃO DE LETRAS Caldeirão de Letras é uma iniciativa da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) em parceria com a União dos Dirigente Municipais de Educação de Alagoas (Undime), que pretende reunir os alunos da rede municipal de ensino para participar de uma gincana de soletração. Os municípios precisam selecionar seus alunos para participarem das etapas municipais e da grande final, que acontecerá no dia 24 de janeiro, na Feira dos Municípios.

MUSA DOS MUNICÍPIOS A escolha da menina que vai representar todo o Estado já se tornou tradicional na Feira. Lourrane de Matos, de Igreja Nova, deve passar a faixa para nova representante, no sábado, 25 de janeiro, quando todas as meninas irão desfilar com traje de banho e de gala. O coordenador do evento, Paulo Magalhães, o júri técnico e a premiação da vencedora só serão divulgados no dia do evento. ENCONTRO DAS FANFARRAS Para prestigiar as bandas de fanfarra que sempre abrilhantam a Feira dos Municípios, os organizadores resolveram promover o I Encontro de Fanfarras. Segundo Júnior, IBCOM, não se trata de uma competição, todas as bandas serão premiadas.

I MOSTRA ALAGOANA DE GASTRONOMIA Mais uma novidade para Feira de 2014 é a I Mostra Alagoana de Gastronomia. O evento valoriza culinária tipicamente alagoana, com palestras, degustações e a apresentação de gastrônomos importantes. Segundo a coordenadora do evento, Simone Muniz, a primeira turma que se forma em gastronomia no Estado vai colar grau no evento. “Vamos valorizar o que é nosso. A tapioca, por exemplo, se tornou patrimônio de Olinda, quando na verdade são os alagoanos que consomem mais tapioca”, afirmou Simone. SERVIÇO: 8ª Feira dos Municípios 23 a 26 de janeiro de 2014 Centro de Convenções e Exposições Ruth Cardoso.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014-

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GOLPE DA PIRÃMIDE

Telexfree propõe à Justiça devolver dinheiro para continuar em atividade Empresa é acusada de ser uma pirâmide financeira pelo Ministério Público do Acre, que pede a dissolução dos negócios VITOR SORANO iG São Paulo

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Telexfree diz ter apresentado à Justiça uma proposta nesta quartafeira (8) que prevê a devolução dos recursos investidos pelos associados – conhecidos como divulgadores – , contanto que a empresa, bloqueada, possa continuar em atividade. O Ministério Público do Acre (MP-AC) pede a dissolução do negócio, pois entende que o esquema se trata de uma pirâmide financeira. A prática é crime no Brasil e, portanto, não pode ser motivo de acordo. A divulgação da proposta desencadeou uma troca de acusações entre a empresa e a promotora Alessandra Marques, responsável pelo caso. Na terça-feira (7), Carlos

Costa – um dos diretores da Telexfree – apresentou, em um vídeo postado na página oficial da empresa numa rede social, a ideia de devolução dos recursos com continuidade das atividades como um “TAC” (sigla para Termo de Ajustamento de Conduta), e jogou para o MP-AC a responsabilidade por não aceitá-lo. “A empresa está se propondo a devolver o dinheiro dos divulgadores e continuar no mercado trabalhando”, disse Costa. “Pirâmide financeira não existe”. O TAC é um instrumento pelo qual empresas investigadas pelo Ministério Público firmam compromissos de mudança de atitude com vistas a evitar uma ação judicial. Acontece que, pela legislação, quem tem competência para propor um TAC é a promotoria, e não o réu no

Carlos Costa, diretor de marketing da Telexfree, anuncia recuperação judicial da empresa, em 20 de setembro de 2013

processo. Condutas ilegais – como os promotores entendem ser o caso dos negócios da Telexfree – não podem ser motivo de acordo. TELEXFREE NÃO ACEITOU DEVOLVER Em novembro de 2013, o MP-AC chegou a elaborar uma proposta de TAC que

também previa a devolução dos recursos aos divulgadores e a extinção Telexfree. Entretanto, ela não foi aceita pelos representantes da empresa. Quarta-feira (8), a promotora Alessandra Marques divulgou nota em resposta ao vídeo divulgado pela Telexfree. “Cumpre dizer que foi a

empresa Ympactus [razão social da Telexfree no Brasil], por meio do senhor Carlos Costa, presente na audiência, que não aceitou sequer negociar a proposta de acordo apresentada pelo Ministério Público em audiência”, informa o texto. Pouco depois, Costa voltou a público. Em um novo vídeo, negou que tivesse apresentado sua proposta como um TAC. “Para que fique bem claro: a proposta da Ympactus não é um TAC, porque nós sabemos muito bem que só o Ministério Público pode propor o TAC. Mas nós mostramos, passamos para a senhora uma proposta para que a senhora desenvolvesse o TAC”, disse o diretor da empresa. No vídeo, Costa afirma também que a proposta foi apresentada à Justiça do Acre – onde tramita a ação que pede a extinção dos negócios da Telexfree – nesta quarta-feira (8). Um pedido de acordo judicial foi protocolado, de fato, na 2ª Vara Cível do Acre.


14 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 OS FORA DA LEI

Veículos atropelam a lei e ameaçam banhistas na praia de Paripueira Omissão da Polícia Militar incentiva invasão de carros e motos em toda orla do balneário alagoano DA REDAÇÃO

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praia de Paripueira voltou a ser um local perigoso para turistas e nativos - sobretudo crianças - que frequentam aquele balneário do litoral Norte de Alagoas. Nos fins de semana e feriados toda a faixa de areia da orla vira pista de corrida para carros e motocicletas, atropelando a lei e o direito de ir e vir dos banhistas. Essa prática foi banida de Paripueira desde o primeiro mandato do prefeito Abrahão Moura, mas voltou nesse início de verão por negligência da Polícia Militar a quem cabe zelar pelo cumprimento da lei. “É um absurdo o transito de veículos na beira -mar, principalmente nessa temporada de verão. A prefeitura fez a sua parte

ao assinar um TAC junto com a justiça e a Polícia Militar, e também ao decretar a proibição de trafego de veículos automotores na beira da praia”, disse o prefeito Abrahão Moura ao ser ouvido pelo jornal Extra. Segundo ele, “falta fiscalização por parte da PM ou Bptran para coibir este tipo de abuso que pode ocasionar um acidente a qualquer momento”, alertou Abrahão. Além das providências legais e da parceria com a polícia e a justiça, a Prefeitura colocou placas ao longo da orla com aviso da proibição do acesso de veículos à faixa de areia, mas poucos respeitam as leis. “Já fizemos nossa parte; falta a PM fazer cumprir a lei”, destaca o prefeito Abrahão Moura, preocupado com a possibilidade de acidentes com banhistas.


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ELEIÇÕES 2014

Após conflitos, magistratura busca reaproximação com Joaquim Barbosa Associações de juízes prometem discurso mais ameno em 2014 e querem apoio do presidente do Supremo em reformas no Poder Judiciário nos Estados POR WILSON LIMA Do iG, em Brasília

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pós um ano com diversos conflitos, as associações de magistrados em todo o Brasil buscam uma reaproximação com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, durante 2014. A ideia dos juízes é ter o apoio do presidente do Supremo para reformas no Poder Judiciário nos Estados. O ano de 2013 foi marcado por uma intensa troca de acusações entre Barbosa e as entidades ligadas à magistratura. Em fevereiro do ano passado, por exemplo, o presidente do Supremo e

do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) conseguiu a aprovação de uma resolução que limitou o patrocínio privado a eventos de juízes. Em março, Barbosa disse que os juízes brasileiros seriam “pró-impunidade” e acusou a magistratura de fazer “conluio” com advogados. Em resposta, entidades como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) divulgaram notas públicas criticando a postura do presidente do Supremo. Em agosto, os magistrados cogitaram ingressar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra Barbo-

sa por ele ter utilizado uma empresa de sua propriedade para a aquisição de um apartamento na Flórida. A compra do imóvel feriu a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), segundo as entidades de magistrados. O novo presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, juiz João Ricardo Costa, tem liderado uma movimento buscando melhorar a interlocução com Barbosa. Em dezembro, duas semanas antes de as-

A eleição indireta para presidente de Tribunal de Justiça é classificada pela AMB como uma “ilha de autoritarismo em um Estado Democrático”.

2013 foi marcado por uma intensa troca de acusações entre Barbosa e as entidades ligadas à magistratura

sumir a entidade, ele teve um encontro com o presidente do Supremo justamente para afinar seu entendimento com o presidente do Supremo. Barbosa, inclusive, esteve presente na posse de João Ricardo Costa. Presidentes de associações de magistrados nos estados admitem que existem problemas de relacionamento com Barbosa, mas afirmam que isso deverá ser contornado em 2014. Um dos integrantes da AMB admitiu em caráter reservado que apesar de não concordar com os métodos aplicados por Barbosa, “a magistratura” precisaria se render às “boas intenções” do presidente do Supremo. Na prática, essa tentativa de reaproximação visa, principalmente, a busca de apoio de Barbosa para algumas mudanças drásticas na magistratura, como a eleição direta para a presidência de Tribunais de Justiça. Hoje, os presidentes dos TJs são

indicados e votados apenas pelos desembargadores cujo nome é homologado pelo governador dos Estados. Em Mato Grosso foi aprovada no final do ano passado uma Proposta de Emenda à Constituição do Estado determinando a eleição direta para o cargo de presidente do TJ. Mas existe a possibilidade de ela ser questionada judicialmente porque a PEC foi uma iniciativa parlamentar e não do próprio TJ. A eleição indireta para presidente de Tribunal de Justiça é classificada pela AMB como uma “ilha de autoritarismo em um Estado Democrático”. Além disso, as entidades buscam em 2014 apoio de Barbosa no processo de valorização da magistratura como um todo. Segundo alguns juízes, um confronto direto contra o presidente do Supremo apenas colaborou para que os magistrados fossem vistos como corporativistas pela sociedade.


16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 SUPERFATURAMENTO

Sobrepreço da transposição do Rio São Francisco chega a R$ 1,1 bilhão Prevista para 2012, obra, que vai levar água para 12 milhões, deve ser concluída apenas em dezembro de 2015 WANDERLEY PREITE SOBRINHO iG São Paulo

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bra mais cara financiada pelo governo federal com dinheiro 100% público, o projeto de transposição do Rio São Francisco sofreu tantas alterações desde que foi iniciado que seu custo e prazo de entrega praticamente dobraram. O valor da construção saltou de R$ 4,7 bilhões para R$ 8,2 bilhões entre compensações ambientais, desapropriações e despesas com mão de obra. Apenas em licitações, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou sobrepreço de R$ 876 milhões, além de R$ 248 milhões em aditivos acima do limite estipulado por lei. Iniciada em 2007 com previsão de entrega para 2012, a transposição do São Francisco só deve ser concluída em dezembro de 2015, quando finalmente levará água a 390 cidades do agreste e sertão de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O TCU deu o primeiro alerta ainda em 2005, quando o tribunal fiscalizou os primeiros editais de concorrência para elaboração do projeto, execução e supervisão das obras, que foram

“cancelados em decorrência do sobrepreço detectado da ordem de R$ 400 milhões”. Conheça a home do Último Segundo Em 2007, novo sobrepreço, agora de R$ 100 milhões justamente no edital que substituía a licitação cancelada em 2005. Outra irregularidade em 2010, na concorrência 2/2007-MI, quando R$ 36 milhões “extrapolaram o limite permitido para alterações contratuais e superfaturamento”. O valor foi bem inferior aos R$ 340 milhões que obrigaram o Ministério da Integração Nacional (MIN) a revogar o edital que colocaria de pé as obras civis no Eixo Norte, de 402 quilômetros e três estações de bombeamento. O motivo: “deficiência do projeto básico, sobrepreços e restrição à competitividade na licitação”. ADITIVOS Outros prejuízos não foram evitados, como os aditivos financeiros acima do limite legal de 25% sobre os preços combinados. Pelo menos 11 empresas cobraram mais do que esse percentual. Em uma fiscalização de 2007, chama a atenção a inclusão de serviços novos “que redundaram em acréscimos

Aumento de gastos e revisão dos prazos de entrega marcam a obra inciada em 2007

Se o atual cronograma de obras vingar, em dezembro do ano que vem outras 12 milhões de pessoas também serão beneficiadas pelas águas de um dos maiores símbolos do País.

de R$ 127,7 milhões”, 53% acima do valor original, de R$ 238,5 milhões. Em outra contratação, agora de 2008, o sobrepreço chegou a 54%, ao acrescentar R$ 115 milhões aos R$ 212,1 milhões iniciais. Em sua defesa, o ministério afirma que providenciou decréscimos de custos de 28% e 32%, respectivamente, o que compensaria os excedentes. Mas na opinião do TCU, “os diversos aditivos a esses contratos levou a acréscimos e supressões de serviços em percentual superior a 25% do valor inicial dos contratos, fato que configura irregularidade por contrariar a Lei

8.666/1993”. O RIO Equivalente à distância entre Brasília e Salvador, os 2.830 quilômetros de extensão do Rio São Francisco são hoje responsáveis pelo abastecimento de cinco usinas hidroelétricas e pelo sustento de milhões de ribeirinhos do Vale do São Francisco, que passa por Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia. Se o atual cronograma de obras vingar, em dezembro do ano que vem outras 12 milhões de pessoas também serão beneficiadas pelas águas de um dos maiores símbolos do País.


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ÁGUA PARA O SERTÃO

Canal do Sertão já tem 65 km em operação Serviços alcançam mais três municípios alagoanos em 2014 e novas adutoras serão interligadas

SARAH MENDES Fotos: Lula Castello Branco

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o sertão alagoano, 2014 começa com mais vida. Graças à entrega dos primeiros 65 quilômetros do Canal do Sertão, famílias de pequenos produtores já colhem os frutos das plantações e criações iniciadas no ano passado. Peixes, galinhas, caprinos, sorgo, milho, morangos e uma série de alimentos abastecem a mesa dos sertanejos, além da água que agora chega com

mais facilidade a milhares de alagoanos. As primeiras bombas começaram a operar em março de 2013 na maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas. Após mais de vinte anos de expectativas, o Canal do Sertão finalmente saiu do papel e virou realidade no governo de Teotonio Vilela Filho. Hoje, os serviços alcançam os municípios de Inhapi, Senador Rui Palmeira e São José da Tapera. O secretário de Estado da Infraestrutura, Marco

Fireman, confirma que as obras avançam para chegar ao Km 123 até 2015. “O Canal do Sertão só tem avançado neste governo. Milhares de empregos têm sido mantidos, pois não houve nenhuma paralisação nos serviços desde 2007. Hoje, temos obras em andamento até o Km 123”, destaca Fireman. “Esta é uma obra projetada para melhorar a qualidade de vida da população e desenvolver a economia regional, garantindo os meios para que o sertanejo possa

ficar no campo com estrutura. Mais de um milhão de alagoanos serão beneficiados com o Canal, que é um grande investimento de combate aos efeitos da seca”, ressalta Marco Fireman. CONCLUSÃO Quando estiver concluído, o Canal do Sertão se estenderá por 250 km, entre Delmiro Gouveia e Arapiraca, atendendo a 42 municípios alagoanos. Duas adutoras serão interliga-

das nos primeiros 123 Km da obra para levar água às torneiras sertanejas, como explica o secretário adjunto de Projetos Especiais e Irrigação da Seinfra, Alzir Lima. As duas adutoras – Alto Sertão e Bacia Leiteira – levarão água para 27 municípios, incluindo mais de 350 povoados. Além disso, o Canal atenderá a projetos de irrigação no sertão alagoano, que serão implantados em parceria com a Codevasf, a Semarh e a Secretaria da Pesca.


18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 SERVIÇO

Férias:

o que você precisa saber antes de colocar as rodas na estrada

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hegou as férias. Hora de arrumar as malas e seguir em direção ao encontro do lazer e da família, onde quer que ela esteja. Mas antes de carregar o porta-malas do carro com as malas, leia algumas dicas do diretor da área de Sinistros da Allianz Seguros, Laur Diuri, e evite problemas antes de chegar ao local desejado. FAÇA A REVISÃO Checar as condições de itens como pneus, rodas, triângulo, macaco, chave de roda, suspensão, nível do óleo e fluidos, sistema elétrico e sistema de limpeza dos vidros é fundamental. Contudo, atente ao tempo: a revisão não deve ser feita na véspera, já que se houver necessidade de substituição de alguma peça, muitas vezes é impossível fazer isso de um dia para o outro.

dos EUA, quase 20% dos acidentes de carro fatais ocorrem em condições meteorológicas desfavoráveis. Não importa qual o clima, é mais seguro estar preparado. Mudanças repentinas aumentam o risco de acidentes. Se informe sobre o tempo antes de sair de casa. MANTENHA OS VIDROS LIMPOS

do, faça uma limpeza mais completa, usando produtos especialmente elaborados para para-brisas, que não só limpam, mas também desengorduram o vidro. CUIDADO COM O PÔR, OU NASCER, DO SOL Dirigir durante a mudança do dia para a noite, ou vice-versa, é um grande desafio. Muitos acidentes acontecem quando o sol nasce ou se põe, culpa, ao menos em parte, da má visibilidade. Até o sol nascente/poente atrás de você pode afetar os motoristas que vêm em sua direção. Para evitar acidentes, mantenha o para-brisa limpo por dentro e por fora, use óculos escuros e os para-sóis baixos. OLHOS NA ESTRADA, MÃOS NO VOLANTE

pelhos retrovisores proporciona melhor visão geral da situação do tráfego e coloca o motorista numa posição de prevenção, podendo reagir mais cedo a ameaças de segurança. SOBRE A ALLIANZ SEGUROS No país há 109 anos, a Allianz Seguros está presente em todo o território nacional por meio de suas 60 filiais, 1400 funcionários e com o apoio de cerca de 14 mil corretores, os responsáveis pela comercialização de seus produtos e serviços para pessoas e empresas. A Allianz Seguros atua no Brasil em ramos elementares e saúde empresarial. A Allianz Seguros é uma empresa do Grupo Allianz

Esta postura não só ajuda a detectar eventuais obstáculos e perigos rapidamente, como também estabiliza a direção. Manter os olhos focados em um ponto distante na estrada com olhares regulares nas laterais e es-

Não é preciso ser paranoico com limpeza e manter o carro absolutamente impecável, mas é preciso se certificar que o para-brisas está sempre limpo. Afinal, um para-brisa sujo, além de nojento, é inseguro. Limpe os seus toda vez que parar no posto de gasolina para evitar insetos e o acumulo de poeira de estrada. De vez em quan-

CHEQUE A PREVISÃO DO TEMPO De acordo com a Administração de Segurança do Tráfego Rodoviário

Irmãos são acusados de matar o modelo há dois anos atrás no reveillon de Viçosa

SE, um dos líderes mundiais em seguros e o maior da Europa. O grupo conta com 151 mil funcionários que atendem 76 milhões de clientes em mais de 70 países. Além de oferecer produtos e serviços, a Allianz também se destaca na área de pesquisa de grandes riscos, estudos de sustentabilidade e nos investimentos em fontes renováveis de energia. A Allianz SE é membro da Transparência Internacional e apoia os princípios do Pacto Global das Nações Unidas e as Diretrizes da OCDE para Multinacionais por meio de seu Código de Conduta. A organização é uma das líderes do setor de seguros no índice Dow Jones de Sustentabilidade, listado no FTSE4GOOD e no Carbon Disclosure Leadership Index (Carbon Disclosure Project, CDP6). A Allianz é a líder em Serviços Financeiros e Indústria de Seguros do ranking Best Global Green Brands, desde que o mesmo foi criado, em 2011, pela consultoria Interbrand, líder mundial em ava-


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PEDROOLIVEIRA pedrojornalista@uol.com.br

A opção por um nome técnico

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ma recente e muito bem elaborada pesquisa à qual tive acesso, feita por uma instituição nacional (encomendada para consumo interno) mostrou, claramente, o desencanto do eleitorado alagoano com os políticos locais. Se dependesse da vontade do povo todos, os novos e os velhos, não seriam votados na próxima eleição. Tudo não passa no entanto de uma ilusão, pois ao alagoano não será dado o direito de optar por escolhas melhores. O “cardápio” que será servido será o mesmo de sempre, com os mesmos vícios e as mesmas caras. E continuará sendo assim: a cada eleição uma decepção. A pesquisa exibe o descrédito na classe política ao tempo em que também dá sinais de que se houvesse algo de novo como opção a coisa seria diferente. A constatação do resultado me fez lembrar um episódio de repercussão nacional ocorrido nas eleições de 1986 quando o jovem empresário Tasso Jereissati, então com 39 anos de idade, aceitou o desafio de liderar um projeto de mudanças no Ceará, enfrentando o clientelismo e assistencialismo dos “coronéis” da política. Eleito governador pelo PMDB sepultou um ciclo oligárquico que dominava o estado há décadas. Implantou um projeto de moralização, austeridade e transparência na gestão pública. Na época o Ceará foi reconhecido pela ONU como o Estado brasileiro que mais cresceu no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Operou-se significativas mudanças no cenário político , com o resgate da credibilidade e da autoestima do cearense.O Ceará beneficiou-se da credibilidade e do prestígio no país e no exterior, passando a ser referência pelo modelo administrativo e político adotado a partir do “Governo das Mudanças”. Outro fato mais recente me chamou a atenção aqui pertinho da gente. Fui passar uns dias em Recife e após caminhar, andar de taxi e conversar com moradores da cidade cheguei a uma conclusão: queria um prefeito igual ao deles. Procurei conhecer quem era esse “milagreiro” que em menos de um ano de administração transforma a cidade, melhora o trânsito e joga a autoestima do recifense lá pra cima. Geraldo Júlio Campos de Mello Filho nasceu em Recife, atuou no terceiro mandato de Miguel Arraes e, em 2000, foi diretor de planejamento na Secretaria de Administração da Prefeitura do Recife.Entre 2003 e 2006 atuou junto a Eduardo Campos no Ministério da Ciência e Tecnologia durante o primeiro governo de Lula.No governo de Eduardo Campos, assumiu a Secretaria de Planejamento de Pernambuco em 2007 e, quatro anos depois, foi secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e também atuou como presidente do Porto de Suape.Nas eleições de 2012, foi candidato à prefeitura do Recife, pelo PSB, sendo eleito no 1º turno, com 51,15% dos votos válidos. É a maior revelação da safra de prefeitos das capitais, que por sinal não é uma safra a ser levada em consideração. Com os dados da pesquisa que falei o inicio, com os indicios de frustração generalizada do eleitorado, não seria a hora de se tentar colocar um técnico no governo de Alagoas em busca de coisa melhor? Fica lançada a idéia.

Uma esquerda sepultada

A “esquerda” alagoana há muito tempo não existe de fato e muito menos politicamente. Morreu nas mesas de bares, nos acordos espúrios com as forças econômicas e foi comprada pelos grandes partidos. Como em toda eleição os interesse afloram e aparecem alguns “esquerdistas” com bandeiras e programas manjados e ultrapassados discursos que a ninguém convence. Se metem a fazer “análise política” e se arvoram de “cientistas “ da política quando nada sabem. Falam sem autorização pelos movimentos sociais, as classes trabalhadoras e a opinião pública, quando na verdade não falam nem por eles mesmos. O lado bom e ético de uma oposição coerente e com propostas prontas para que sejam ouvidas a aceitas pelo eleitor só vejo em dois nomes: Heloisa Helena(PSOL) e Judson Cabral ( PT). Ambos estão em seus lugares, nem na esquerda e também na direita, pois não se vendem, não se trocam nem aceitam barganhas. O resto é “esquerda de mesa de botequim”.

Um gesto de grandeza

O governador Teotônio Vilela surpreendeu a maioria dos jornalistas, políticos e até parte do seu secretariado ao anunciar na segunda feira a decisão de permanecer no cargo até o fim. Eu já tinha conhecimento do anuncio, mas prometi não divulgar. Teotônio Vilela teve um ato de coragem e agiu diferente da norma usual (se afastar para concorrer a uma cobiçada vaga de senador). Ninguém tem dúvidas de que teria amplas chances de ganhar a eleição e principalmente os adversários sabem disso e até comemoraram. Teotônio decidiu que quer concluir seu programa de governo, deixar sua marca e entregar ao seu sucessor um estado saneado, arrumado e pronto para o rumo do desenvolvimento. Mais tarde e aqui lanço um desafio, a história contará as vitórias de sua administração que a sua comunicação não soube contar. Mostrou aos demais que não é um carreirista e que está bem acima das tratativas fisiológicas, de grupos e pessoais. É um produto com certificado de origem e uma trajetória digna para contar. De repente se transforma por vontade própria de pretenso candidato ao mais qualificado eleitor para o próximo pleito. Muitos agora o estão cercando em busca do seu beneplácito, mas como sempre ele saberá a hora, a vez e a quem “abençoar”. Encerrando o seu mandato tem alguns planos. De imediato curtir muito a família que o espera e cuidar da saúde. Redescobrir o Brasil em seu esporte preferido: motocicleta. E depois ai só ele e Deus devem saber. Parabéns Teotônio, você fez por merecer e a história dirá no futuro.

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Para refletir: Festança, curtir o verão, shows para a população, muita farra e animação. Resta a pergunta: o trabalho quando começa?

As praias podres de Maceió

Esta semana criou-se uma vasta discussão nas redes sociais e até na mídia local por conta de uma foto e comentário irônico do ator Bruno Gissoni, da TV Globo, sobre a imundice das praias de Maceió. Entre bobagens e absurdos, como é comum nesse meio a raiva de alguns e aplauso de muitos à justa crítica do ator global que depois pediu desculpas aos alagoanos. Em minha opinião o cara está correto e não tem nada que pedir desculpas. Temos praias imundas, trechos literalmente invadidos por esgotos que os milionários da Ponta Verde e Pajuçara despejam e que a Prefeitura finge que não vê, pois não vai punir “a sua turma”.

O inferno vem ai

O caro leitor anda estressado com o trânsito de Maceió que é dirigido por amadores e nada sabem do setor? Acha que a Avenida Fernandes Lima é um transtorno e pensa duas vezes antes de e aventurar por esta via? Se prepare, pois a coisa vai piorar e muito. Já estão “pintando” as faixas exclusivas para ônibus anunciadas irresponsavelmente para a Fernandes Lima. Um respeitado especialista em trânsito me dizia: “Está tudo errado e a coisa vai virar um inferno”. Queria muito “morder minha língua” e ter que desmentir aqui, mas acho improvável. Pagaremos pelo preço da burrice e da incompetência de administrar.

Campanha com “rédeas curtas”

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Marco Aurélio Mello declarou esta semana que, sob seu comando, a Justiça Eleitoral deverá atuar sob “rédeas curtas” para conter abusos. “Sem dúvida, eu vou atuar como sempre atuei, buscando manter as rédeas curtas, para não termos abusos”. Ele disse que as regras existem para manter o equilíbrio da disputa, de forma a evitar que quem esteja em cargos públicos leve vantagem. “A norma visa a um pleito equilibrado, eleições equilibradas, com possibilidade de disputa por todos os cidadãos que se apresentarem como candidatos”. “Como as paixões estão exacerbadas, podem colocar em segundo plano a regência legal. É preciso, no entanto, que todos os candidatos estejam atentos à lei. Mais importante que isso é o eleito compreender o valor do voto. É único, mas se soma a outros para eleger os representantes” .

Mais rigor na fiscalização

Para evitar a interrupção de obras públicas e o desperdício dos recursos aplicados, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado poderá aprovar projeto que obriga o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) a apresentar relatório anual sobre a situação de obras realizadas com recursos públicos que estejam atrasadas ou paralisadas. O relatório anual, com a discriminação das obras interrompidas, ajudará no trabalho já realizado por órgãos de controle externo e interno da União. O projeto do senador Fernando Collor (PTB-AL), prevê que o Confea envie o relatório até o dia 31 de dezembro de cada ano às comissões de Fiscalização e Controle da Câmara e do Senado, ao Tribunal de Contas da União (TCU), à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público. Sempre opinei que os Conselhos de Engenharia deveriam acompanhar fiscalizar e avaliar Licitações e execução de obras. Faço isto simplesmente há mais de vinte anos só que os administradores desonestos detestam a ideia.


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ARTIGOS

Prudência nas estradas e na vida RONILSON DE SOUZA LUIZ*

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ncontrar algumas metáforas para sinalizar caminhos, em momentos nebulosos, pode ajudar quando se trata de situações complexas, históricas e turbulentas, como há fortes indícios de que estamos passando. Comparo o cenário político, econômico e social em que vivemos aos desafios que enfrenta um motorista ao trafegar na neblina. São conhecidas as recomendações e as precauções para uma direção veicular mais segura em trechos sob neblina: reduzir a velocidade e aumentar a distância em relação ao carro da frente; acender os faróis baixos ou especiais e evitar ultrapassagens. Sem imagens nítidas precisamos frisar as diferenças entre fazer muito e fazer bem feito, quando atuamos em grandes escalas, pois, com as manifestações de junho último, constatamos, metaforicamente, áreas de névoa nos transportes, na saúde, na educação, nas comunicações e nas finanças. Nesta cerração, cresce na imprensa escrita e televisiva articulistas, autoridades e políticos citando nominalmente e ofendendo seus desafetos; adversários passam a inimigos. Quando isto ocorre todos perdemos pela falta de elegância e por darmos margem às múltiplas interpretações, produzindo violências gratuitas e nada edificantes. Se continuarmos exigindo maior velocidade de profissionais que dirigem com pouca visibilidade e pistas molhadas, aumentaremos os riscos de colisões e tragédias, quer em julgamentos para falarmos do judiciário, quer em obras para citarmos o executivo e quer em normas específicas que competem ao legislativo. Profissionais do ramo de in-

Contra as desigualdades RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA*

formática dirão que a Nação brasileira, ao menos parte significativa, está funcionando no “modo de segurança”, outra preciosa metáfora, portanto, verifiquemos se as palhetas do limpador estão em bom estado. Aprender a dirigir na neblina requer capacidade técnica e perícia para encarar situações ambíguas, incertas e conflituosas. Se estivermos no meio do percurso, havemos de comemorar o que já vencemos e deixamos para trás. Devemos manter a concentração para concluir a travessia. Os mais variados medos que sentimos têm ligação com a ideia de risco. Usar as marcações da pista ou as luzes traseiras do carro à frente para se guiar é o que podemos fazer até descobrirmos a que distância estamos de avistar novos e melhores horizontes. Aprender é, essencialmente, recriar conhecimento como ação, como atitude e compromisso ético “aos que virão depois de nós” e o momento pede que se aprenda a dirigir no nevoeiro ou a funcionar no “modo de segurança”. Líderes e servidores públicos devem identificar e satisfazer necessidades, nas quatro estações do ano e não apenas no inverno, visando resultados nas urnas da primavera, porque as pessoas querem muito mais atenção para o que dizem do que para o atendimento de suas reivindicações. Contudo, um policial rodoviário recomendaria caso a neblina esteja muito espessa, pare o carro em um posto de serviços ou similar e espere a situação melhorar, independente do tempo de experiência do motorista. Ronilson de Souza Luiz, capitão da PM de São Paulo, mestre e doutor em educação pela PUC/SP, profronilson@

gmail.com

A

o passar pelo crivo de especialistas e equipes multidisciplinares, a riqueza de dados coletados pelos censos demográficos a cada dez anos gera uma apurada radiografia dos vários ângulos do País. Um dos mais recentes subprodutos do Censo de 2010 é o Atlas do Desenvolvimento Humano Municipal 2013, que retrata as menores unidades da Federação numa perspectiva que vai além do crescimento econômico. A conclusão do estudo confirma a percepção empírica da maioria da população: o Brasil vem crescendo, mas, em que pesem os avanços sociais, persistem ainda vergonhosas desigualdades. Ou seja, não é para todos os brasileiros que os bons resultados da economia se traduzem em benefícios concretos, como mais saúde, educação universalizada e de qualidade, maior participação política, justa distribuição de renda e oportunidades equitativas de trabalho. Ao focar o microcosmo da realidade nacional, o Atlas revela disparidades que corroem parte do entusiasmo provocado pela notícia de que o Brasil, com pontuação de 0,727 (numa escala que vai de 0 a 1), finalmente ascendeu à faixa dos países com alto desenvolvimento humano – um indicador que leva em conta três fatores: expectativa de vida ao nascer, educação e renda. Isso porque, na leitura desalentadora do mapeamento, convivem municípios com renda per capita que variam de R$ 1,7 mil a R$ 210. Alguns ostentam mais de 80% dos adultos com o ensino fundamental completo contra outros com menos de 13%. Ou, ainda, uma Região Sul, com esperança de vida de 78 anos, aparece ao lado de um Nordeste, onde a expectativa de vida de uma criança ao nascer não chega aos 66 anos. Diante desses comparativos, resta a constatação de que os avanços do País merecerão calorosos aplausos apenas quando forem adotadas políticas públicas que estendam as igualdades sociais a patamares compatíveis com outros países que integram a faixa de alto desenvolvimento humano. Um dos mais relevantes pontos a atacar é abrir a um número bem maior de jovens a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho motivados por perspectivas de progresso pessoal, de renda e de condições de vida. Isso porque é sobre os ombros das novas gerações que recairá a tarefa de sustentar os níveis de desenvolvimento de uma nação que já ultrapassou os 200 milhões de habitantes e continuará a crescer.

Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IbreFGV) datado de 2010, cerca de 1,5 milhão de jovens, com idade entre 19 e 24 anos – a maioria concentrada nas faixas mais pobres – nem trabalham, nem estudam e nem procuram emprego. A baixa escolarização e, por consequência, deficiência na qualificação para a conquista de um emprego os empurram para a nova categoria batizada de “nem-nemnem”. Trata-se da face mais perversa de um problema detectado pelo Dieese no final de 2011: metade dos jovens de 18 a 20 anos estava sem emprego, mesmo naquele momento de mercado de trabalho altamente aquecido. A questão jovem, insuficiente levada em conta, deve ser uma das grandes prioridades nacionais, até mesmo, entre outras razões, para assegurar a sustentabilidade do desenvolvimento. A cooptação pelo crime organizado, visível nas estatísticas policiais, ou a busca por ocupações informais, como única opção de sobrevivência pessoal e familiar, só fazem aumentar a vulnerabilidade dos milhões de brasileiros condenados à exclusão no estratégico momento em que chegam à fase produtiva da vida. O círculo vicioso será quebrado somente com a oferta a esses jovens de um projeto de vida, que passa não só pela inclusão escolar e assistência á família, mas também pela formação para o trabalho e a cidadania, dotando-os da autonomia indispensável para o resgate da autoestima e para a realização pessoal. Sem dúvida, está aí um dos maiores desafios colocados à frente do País. Por isso, todas as iniciativas, sérias e responsáveis, destinadas a oferecer um futuro melhor aos jovens devem ser estimuladas. Principalmente aquelas que, testadas, comprovaram sua força inclusiva, como é o caso do estágio e da aprendizagem. O balanço de 49 anos de atuação do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), com presença em todo o território nacional, não deixa dúvida quanto aos impacto saudável das duas modalidades de formação na empregabilidade e na construção de um futuro promissor ao jovem: além de assegurar uma renda financeira que auxilia a permanência na escola e reforço ao orçamento doméstico, ambas constituem uma eficaz porta de acesso ao mercado de trabalho, dimensionada por taxas de efetivação superiores a 50%. *Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente do CIEE e da Academia Paulista de Letras Jurídicas (APLJ).


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ARTIGOS

Socialismo JORGE MORAIS jornalista

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e um amigo, recebi esse email relacionado a uma aula de Economia, do curso de Administração, do professor Adrian Rogers, em 1931, de uma Universidade do Texas, que nunca havia reprovado um só aluno antes, mas, uma vez, tinha reprovado uma classe inteira. Essa classe, em particular, tinha insistido que o socialismo realmente funcionava, e que ninguém seria pobre e ninguém seria rico, e que tudo seria igualitário e justo. Diante dos muitos argumentos, o professor então disse: “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas.” Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto, seriam justas. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém

seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um “A”... Depois que a média das primeiras provas foi tirada, todos receberam “B”. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi “D”. Ninguém gostou. Depois da terceira prova, a média geral foi um “F”. As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por “justiça” dos alunos tinha sido a principal causa das re-

Proditividade e inovação LUIZ GONZAGA BERTELLI*

Qual a maior diferença entre o Brasil e Coreia? Se a pergunta fosse feita quarenta anos atrás, alguém mais bem humorado poderia dizer que aqui as pessoas não nascem com os olhos puxados. As duas nações ostentavam índices de produtividade e inovação muito parecidos. Ou seja, tanto aqui quanto lá um trabalhador apresentava mais ou menos a mesma produção, da mesma forma que os números de patentes se equivaliam. Hoje, o engraçadinho não teria tanto motivo

para rir: o Brasil perde – e feio – nos dois quesitos. O concorrente asiático tem produção quatro vezes maior que a brasileira e está disparado no topo da lista de países mais inovadores, enquanto o Brasil amarga a 55ª posição. Os dados têm impactos diretos na economia brasileira cujo crescimento dá sinais de começar a perder vigor. Praticamente toda mão de obra qualificada está empregada e as organizações precisam descobrir novos meios para gerar mais divisas, continuando competitivas. Uma solução possível para curto prazo é estimular a criatividade e atenção concentrada nos jovens que chegam agora ao mercado de trabalho. A geração

clamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Com isso, todos os alunos repetiram o ano, para total surpresa. O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado, porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram os resultados. Sempre haveria fracasso na situação, a partir da qual o experimento tinha começado. “Quando a recompensa é grande”, ele disse, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas, quando se tira dos outros para dar a quem não faz o menor esforço para que isso seja justo, passa a não ser justo para quem se esforçou”, concluiu o professor. Trazendo essa situação de 1931 para os dias de hoje, podemos dizer também que, pelo raciocínio do professor, “quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalha-

ram por elas, então o fracasso também pode ser inevitável. Não entendemos ser possível levar o pobre à prosperidade, através de legislações que punem os ricos por esta mesma prosperidade”. “Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação”. Conclusão: É impossível multiplicar riqueza dividindo-a. Esse é o caso dos muitos programas assistencialistas do governo, que ao invés de dar o peixe, deveria ensinar a pescar. Depois dessas “bolsas favores”, do PSDB antes e do PT agora, ninguém mais quer trabalhar, preferindo ficar em casa só esperando o dia dos benefícios dados pelo cartão desemprego. Fazer o quê?

Y já se provou capaz de surpreender, dependendo apenas de treinamento e orientação de profissionais experientes. Nesse sentido, os programas de estágio e aprendizagem – bem como os vários cursos de educação à distância gratuitos que o CIEE oferece pelo site www. ciee.org.br – valem como um diferencial a toda modalidade de formação profissional. A longo prazo há outras opções para a criação desses talentos. Na capital paulista, por exemplo, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) – uma faculdade pioneira no país – está na reta final para receber e formar engenheiros focados no aumento de eficiência e na criação de novos pro-

dutos que possam garantir posições melhores para o Brasil no mercado internacional. Esse caminho, entretanto, ainda demorará a surtir efeito: os primeiros graduandos sairão dentro de quatro ou cinco anos. A decisão de mudar a atual maneira de encarar a produtividade e a inovação não pode esperar tanto; assim é preciso adotar novas medidas nesse sentido para resultados também a curto prazo. A posição de liderança que o Brasil almeja no futuro depende dela. * Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.


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FESTA DO INTERIOR

Festa de Bom Jesus dos Navegantes em Penedo prossegue até domingo, dia 12 Missas, procissões, apresentações culturais, atrações religiosas e shows com bandas e artistas consagrados fazem parte da programação REDAÇÃO

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tradicional festa de Bom Jesus dos Navegantes, em Penedo, acontece até o próximo domingo, 12, e conta com grandes atrações. Missas, procissões, apresentações culturais, atrações religiosas e shows com bandas e artistas consagrados fazem parte da programação. Em sua 130ª edição o evento contará com segurança reforçada. Serão cerca de 140 militares por dia, dois delegados com suas respectivas equipes, 28 agentes. Além do efetivo do 6º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Penedo, com escalas extras. Ainda serão disponibilizadas duas embarcações para o Rio São Francisco e uma equipe de salvamento que terá como base a festa. O sistema de vídeo também será reforçado. 12 câmeras serão montadas, entre fixas e móveis, com 360º e zoom. “Esta é a primeira vez que vamos usar este sistema em Penedo. A base será montada próximo a festa, e ficará sob a nossa responsabilidade. Com essa iniciativa, buscamos prevenir e, até, agir de imediato se algo acontecer. As avenidas, Floriano Peixoto, Duque de Caxias e Beira Rio serão monitoradas”, explicou o major Genival Bezerra. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), também terá uma base na festa, com o apoio de uma ambulância Unidade de Terapia Intensiva.

E outra na base fixa. A Marinha do Brasil, Agência Capitania dos Portos de Penedo, também vai dispor do seu aparato. E a Prefeitura de Penedo, contratou 160 seguranças privados e, ainda vai colocar todos os agentes de trânsito do Departamento Municipal de Transportes e Trânsitos nas ruas. Uma novidade neste ano é que a Prefeitura de Penedo destinou um local para portadores de necessidades especiais e idosos com acesso fácil e tranquilo, totalmente gratuito. A área dos degraus que dão acesso ao campo do Sinimbu será sinalizada e seguranças cuidaram do local especial. Na Praça 12 de Abril, foi montado o Palco das Correntes, onde acontecem apresentações culturais, reservada as tradições populares, aos folguedos e a arte

da terra. Após as apresentações, bandas locais subiram ao palco. Também na Praça Comendador Peixoto, um centro de convivência foi erguido, para receber turistas e divulgar informações. Artesãos da terra também vão expor e comercializar sua produção, em estandes. No campo do Sinimbu, dois palcos principais para as apresentações artísticas, shows, com uma grande passarela para que os artistas possam chegar perto do público. Além de um lance

contendo 105 camarotes, para 16 pessoas cada. PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA Nesta sexta-feira (10) a dupla sertaneja Alex e Ronaldo, Garota Safada e Trio da Huanna comandam a festa. No sábado (11) será a vez de Julinho Porradão, Forró 100%, Pablo e Timbalada. No domingo (12) a animação fica por conta da banda Marreta You Planeta;

DIA DO SANTO Atendendo a solicitações da Igreja, o prefeito Marcius Beltrão reservou o domingo, 12, apenas para os ritos religiosos. Assim, a manhã de sol encerra a programação artística. E à noite, o encerramento dos festejos do Glorioso Bom Jesus dos Navegantes, no palco montado na Praça da Santa Cruz, será feito pelo cantor católico Tony Alisson. Mas, a partir das 15 horas, o andor com a imagem do Bom Jesus dos Navegantes percorre as principais ruas do Centro, em procissão terrestre, com um percurso de aproximadamente três quilômetros, até o Porto de Penedo. Em seguida, acontece a procissão fluvial em uma balsa, sendo acompanhada por dezenas de embarcações, percorrendo as margens das cidades sergipanas de Santana do São Francisco e Neópolis. Retornando ao porto, a procissão segue novamente terrestre para a Igreja de Santa Cruz do Bom Jesus dos Navegantes, onde o bispo da Diocese de Penedo encerra os ritos religiosos.


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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Vencendo barreiras

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lubes alagoanos vencem barreiras na contagem regressiva para definir plantéis com vistas ao início do campeonato alagoano, abertura já neste fim de semana. Entre torcedores é certa: uma ansiedade diante do tempo em contagem regressiva para os jogos das primeirass rodadas, que ficam sem CRB e CSA que vão estar na Copa do Nordeste. e estréia no Alagoano só mais à frente.

Primeira rodada Tabela dos jogos da Primeira rodada do alagoano: Murici x ASA - Estádio José Gomes da Costa; Sociedade Atlética Santa Rita (SAR) x CEO (Centro Esportivo olho D’Água das Flores) no Olival Elias; CSE x Penedense no Juca Sampaio; e Comercial x Corinthians no Teotonio Vilela. Os jogos vão começar no mesmo horário: às 15h15.

Novas camisas

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- O CSA nesta temporada terá três padrões de camisas, inclusive, já apresentadas para a torcida. Marcos Túlio, diretor financeiro do Azulão, analisa o padrão das cores como “talhado para voltarmos às origens do clube.” Torcedores aprovaram os designs sendo dois nas cores azul e branco e o 3º todo branco, inclusive calções e is meões.”

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– Marcos Túlio esclareceu a volta do “azul Royal,” tradicional do CSA na sua principal camisa, de design listrado e detalhe mais sutil dos patrocinadores. Acrescenta: “Deixa a camisa mais limpa e explora mais a cor tradicional do Azulão. “Para nós, da diretoria, elas significam que este é um ano campeão.”

CT do ASA

Sem pressa No CRB o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Paiva, confirma o dia 15 próximo para apresentar o projeto arquitetônico do novo Centro de Treinamento. Da proposta consta na agenda previsão para este mês haver reunião do Conselho e aí sim, é divulgada a data para o início das obras.

Outra prioridade vem sendo a conclusão das obras do Centro de Treinamento. A diretoria joga entusiasmo com o avanço das obras. De Jota Alexandre: “A irrigação e o sistema de captação de água estão praticamente prontos e aguardamos material para o revestimento. A fachada, concluída, ficou muito bonita, ”

Copinha

No CEO, torcedores já têm um ídolo, o goleiro Jeferson, uma barreira que os atacantes do Sergipe não conseguiram vencer no amistoso do fim da semana, de placar 0x0. Torcedores do time de Olho DÁgua das Flores revelam ter sido “um jogo de 11 (os adversários) contra ele. Mas lembrando: Jeferson foi também barreira em amistoso anterior, mas com o Coruripe. Pegou até pênalti.

Neste janeiro a bola começou a rolar em jogos da Copa São Paulo de Futebol Sub-20. É uma das maiores maratonas do futebol no mundo e este é o ano da sua 45ª edição. O futebol alagoano é representado pelo CRB e ASA. e os jogos tem transmissão direta da Rede Viva.

Goleada Manchete do Globo Esporte: “ CRB massacra o Fortaleza em jogo de estréia na Copa São Paulo de Futebol Júnior.” Placar foi 6 x0. “ Já na quarta-feira o Galo ematou com o Primavera-SP e sábado joga por um empate para ir à príxima fase....

Jogo do ASA O ASA está eliminado da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Não foi bem nos dois jogos dios três da sua chave. Enfrentou a Portuguesa o Bahia e tem fecha participação contra o Comercial- SP., rodada que ele apenas cumpirá tabela.

Fortaleza Reforço Kleber Gladiador foi surpresa no mercado das transações do futebol. Deixa o Grêmio para jogar no Botafogo, clube que aspira em ter como reforço outro jogador do futebol gaúcho: Fórlan do Internacional. A negociação com o artilheiro gaucho foi concluída na quarta-feira. Segundo a imprensa do Sul as conversas não entraram nos detalhes da mudança.

Novos ares O alagoano Willians José já deve estar na Espanha, onde vai jogar no Real Madrid. A proposta que o tirou do Santos é espelhada em Casemiro, que saiu do São Paulo também para o Real Madrid e hoje joga no Atlético (MG). Willians vai por empréstimo e clausula do contrato é guardada a sete chaves.

Propostas na mesa O ASA muda tudo para ficar melhor nesta temporada. Até o padrão do uniforme apresentado no sábado é novidade. José Alexandre Filho (presidente) está otimista no apoio da torcida e no movimento do quiosque do clube no Arapiraca Garden Shopping . O time faz primeiro jogo no fim de semana, fora

Parabéns O Penedense comemorou no dia 3 último 105 anos de fundação. É o clube mais antigo em Alagoas e tem até quem o coloca no topo dos mais antigos do futebol brasileiro. A fase dele no momento não é das melhores, mas não desanima a torcida. Joga na divisão especial do futebol alagoano.

FRASES ´”É um clube de destaque mundial” Willians José no Real Madrid

“Foi um reconhecimento” Oswaldo de Oliveira, pela 3 vez técnico do Santos

“Com certeza será do Flamengo” Raimundo Queiroz, diretor, sobre Leo (lateral do Vitória)


24 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 03 A 09 DE JANEIRO DE 2014


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MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

A comunidade internacional vai lidar, neste ano, com duas negociações importantes para definir os rumos da agenda ambiental. A 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-20) está prevista para ocorrer entre 1º e 12 de dezembro de 2014, em Lima, no Peru. Além da COP-20 haverá a 12ª reunião de cúpula da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), que será sediada pela Coreia do Sul entre 6 e 17 de outubro de 2014.

Gasolina menos poluente

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Área dos Awá Forças nacionais de segurança realizaram na segunda-feira (6) uma operação para notificar moradores não índios que vivem no Território indígena Awá-Guajá, no Maranhão, e pedir sua saída voluntária da área protegida em até 40 dias, em cumprimento à decisão judicial expedida em dezembro.O objetivo da Justiça foi de conter o desmatamento na região, que segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já afetou 34% do território indígena, com perímetro de 1.700 km² (área pouco maior que o território da cidade de São Paulo), e ameaça a proteção da etnia, considerada por organizações ambientais como uma das mais ameaçadas.

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Rumos da agenda ambiental

Desastres naturais custo total das catástrofes naturais em 2013 foi de US$ 125 bilhões, uma soma considerada moderada se comparada aos anos anteriores, de acordo com estudo publicado na terça-feira (7) pela companhia de seguros Muniche Re.Nos últimos dez anos, as catástrofes naturais provocaram em média danos de US$ 184 bilhões no mundo, indicou o comunicado da empresa. Em 2013, as companhias de seguros cobriram US$ 31 bilhões, abaixo da média dos últimos dez anos, que foi de US$ 56 bilhões. No total, foram registradas 880 catástrofes naturais no ano passado que provocaram a morte de 20.000 pessoas, mais que em 2012. No entanto, o montante é menor que a média dos últimos 10 anos, que é de 106.000 mortos, aponta o relatório.

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O meio ambiente recebe, desde 1º de janeiro, menos gases poluentes oriundos da queima de combustível fóssil. A Petrobras iniciou o ano disponibilizando gasolina com baixo teor de enxofre, atendendo a exigência da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O novo produto, chamado de gasolina S-50, por ter 50 miligramas (mg) de enxofre por quilo (kg), possui um teor 94% menor da substância, considerada extremamente poluente. O limite de enxofre na gasolina era de 800 mg/kg mas a Petrobras ofereceu, no ano passado, o combustível com 225 mg/kg.

Mudança climática A forte onda de frio que tem castigado a América do Norte é resultado de um “desvio” do ar do Ártico para o sul e as mudanças climáticas podem ser a causa deste evento incomum, afirmou um especialista na segunda-feira (6). O ar do Ártico costuma ficar confinado no topo do mundo devido a um potente vento circular chamado vórtice polar, explicou Dim Coumou, cientista sênior do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático (PIK), perto de Berlim.

Papagaios-de-peito-roxo O projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo no Oeste de Santa Catarina comemorou o aniversário de três anos da primeira soltura de aves na segunda-feira (6). Desde 2010, a espécie está sendo reintroduzida na mata. A ave é uma espécie natural da região, mas há 20 anos não era mais vista no local. “O objetivo geral do projeto é estabelecer uma população viável a longo prazo, o que faria com que as solturas não fossem mais necessárias”, explica a Doutora Vanessa Kanaan, diretora técnica do Espaço Silvestre-Instituto Carijós, responsável pelo projeto.

16 espécies de vespas Cientistas espanhóis descobriram 16 espécies de vespas nativas da região neártica – que compreende a América do Norte e a Groenlândia – e descreveram outras sete, com imagens e ilustrações. Os resultados foram publicados na edição de janeiro dos Anais da Sociedade Entomológica da América.

Caça comercial de baleias Imagens divulgadas pela organização não-governamental Sea Shepherd mostram três baleias-de-minke (Balaenoptera acutorostrata) mortas no convés do navio japonês Nisshin Maru, que, segundo a ONG, viaja pelo Oceano Antártico e pesca mamíferos aquáticos de forma ilegal.O braço australiano da ONG Sea Shepherd informou que conversou com cinco navios pesqueiros do Japão que circulam pela região da Antártica e confirmou evidências de que apenas um estaria matando animais. O Japão tem permissão para caçar baleias para fins científicos graças à uma exceção na lei que proíbe essa prática, que vale desde 1986.


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S.O.S.ALAGOAS

Tropa de elite

Jaraguá abandonado

Agricultura

CUNHA PINTO

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assear pelas orlas de Jaraguá e da Avenida Duque de Caxias não permite mais observa tantos navios atracados, ou ao largo do cais para embarcar cargas como em tempos passadas. Em especial da produção do açúcar, álcool e outros derivados da cana. Aliás, o centro de Jaraguá é hoje uma área de comércio e prédios abandonados. Ou mais apropriadamente falando em ruínas.

Calçadão A Smccu manteve os ambulantes no calçadão do centro também neste período de pós festas natalinas. Mas no inverso aos meses anteriores o pedestre não vem se sentindo importunado no direito de ir e vir. Do lado negativo só o insistente som alto dos ambulantes que negociam Cds.

Inflação “Não negociamos com a inflação.” Palavra é da presidente Dilma Rousseff mas não merece crédito do cidadão que vai às compras em supermercado e feira livre.“ A maioria crítica ausência de uma estabilidade de preço e enxergam a irrealidade do custo de vida pelo valor do novo salário mínimo. Além de que a exploração no bolso do cidadão não tem desculpa por esta época no Estado ser de turismo.

Outros tempos?

Não aposte Na área política surpreendeu o anúncio sobre desinteresse de Teotonio Vilela (PSDB) não ser candidato este ano. Entre políticos e principalmente entre membros da sua bancada de apoio na Assembléia. Os mais comedidos na avaliação acham “importante ele ´da tempo ao tempo para decidir”.

Carnaval A Secretaria Municipal da Cultura tem definido o projeto do carnaval de Maceió. O secretário Vinicius Palmeira, inclusive, confirma no projeto palcos armados no Benedito Bentes, na Ponta Grossa, Jacintinho, Bebedouro, Fernão Velho, Upioca, Clima Bom, Pajuçara e Jaraguá. Outros bairros estão sob análise para extensão do projeto.

Aprovado

“Quem ti viu quem ti vê!” Frase é comum em Maceió e tem a ver o distanciamento político, hoje, de Teotônio Vilela (PSDB) com Ronaldo Lessa (PDT). Observação foi levantada em roda de conversa entre eleitores de velhos tempos, estendendo críticas a filiação partidária como sendo hoje um mero “jogo de interesse eleitoral.”

Todos, maceioenses e turistas estão aprovando o Festival de Verão organizado pela Secretaria Municipal de Cultura com montagem de palco e bons shows na área do Alagoinha, fronteira de praia da Pajuçara com a Ponta Verde. O secretário Vinicius Palmeira (Cultura) tem pronto o calendário de eventos culturais para o ano todo.

Bandidagem

Justiça Eleitoral

2014, por ser ano de eleições, o cidadão deve ficar atento para não se tornar vítima da violência das ruas. É um tipo de banditismo gerado no interesse dos políticos em Brasília. Ou como argumentar o alheamento a revisão do Código Penal, projeto há anos com tramitação adormecido em uma das comissões parlamentares. A dúvida é se no Senado ou na Câmara Federal.

-A Secretaria da Agricultura, com a Coordenação de Desenvolvimento Agrário concluiu a etapa do programa mais ovinos de 2013. Encerramento ocorreu com atividades em Minador do Negrão e Dois Riachos. Este projeto, que deve ter continuidade este ano, tem como base fomentar e fortalecer a cadeia de ovino e caprino no Estado. – Assessoria da Secretaria da Agricultura revela que foram investidos mais de R$ 3,4 milhões na criação e atividade do Programa, liberados pelo Fecoep e que foram entregues mais de 5 mil ovinos e 2 mil caprinos a centenas de produtores.No paralelo ocorreram ações de capacitação e entrega também de equipamentos.

É no Nordeste que se identifica os mais elevados índices de acidentes de trânsito no Brasil, a maioria conseqüência da “barbeiragem” de motoristas e da fiscalização ausente. É um hábito antigo, incentivado no alheamento a lei, ignorando advertência de que “se beber não dirija.” Além, ainda, da estranha facilidade em se obter carteira de habilitação.

O pedestre define risco de acidente nas ruas de Maceió como comum. Dá referência o “apagão” das faixas de travessia e nos semáforos.Um estilo aventura atravessar cruzamento de ruas na periferia da cidade principalmente. Idosos, os mais vulneráveis, dizem que enfrentam ainda obstáculos nas calçadas, colocados pelos donos de automóveis. Uma referência as rampas de garagens e estacionamento irregulares..

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Trânsito

Como antes?

Policiais da Força Nacional em operações no Estado não sentem o peso dos equipamentos que levam em mochilas presas ao corpo com armas e principalmente munição. O peso do equipamento varia entre 13 e 17 quilos. “Além de bem preparados estamos habituados com o uso dela,” Esclareceu um dos componentes da tropa de elite.

Em Alagoas cartórios eleitorais vão funcionar em horário diferente neste mês, divulga a assessoria de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL). O atendimento, de segunda à sexta-feira,já ´é realizado desde a terça-feira-7 das 8h às12h30 e vai até o dia 31. Expediente no horário anterior sómente a partir de 1º de fevereiro. .


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pitstop

ALTARODA

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Combustível mais limpo

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fuscada pela celeuma irresponsável sobre a (quase) continuidade por mais dois anos de produção de modelos sem airbags e ABS de série, uma ótima notícia passou praticamente despercebida. Desde 1º de janeiro último toda a gasolina comercializada no Brasil terá teor de enxofre de apenas 50 ppm (partes por milhão) ou S-50. Antes a especificação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) era de absurdas 800 ppm, embora a Petrobrás já viesse reduzindo bastante essa carga ao longo dos anos. Ajudou a mistura com etanol que tem zero de enxofre. Os benefícios atingem motores futuros, com tecnologias avançadas (injeção direta estratificada, por exemplo, diminui consumo) e os atuais. Nestes haverá redução de depósitos e contaminação do óleo, diminuição

de poluentes, além de menor teor de aromáticos e olefínicos. Por fim, a gasolina S-50 é menos sujeita à oxidação e à consequente formação de goma e seus depósitos indesejáveis. Oxidação, fenômeno natural de envelhecimento do combustível, pode ser retardada em no mínimo três vezes (de três meses para nove meses ou mais). Desentendimento inacreditável entre ANP e Petrobras adiou por 18 meses (até julho de 2015) a aditivação obrigatória de toda a nova gasolina, hoje opcional. A Agência quer adição feita nas refinarias (monopólio da estatal) e a empresa desejava empurrar para as distribuidoras. Como a regulamentação é de 2009, dá para ver mais uma vez como o governo federal administra mal suas próprias decisões. Graças a essa gasolina de maior qualidade as operações (desnecessárias na

maioria das vezes) de limpeza de válvulas injetoras e corpo de borboleta perderão o sentido. Era hora também de pelo menos dois fabricantes, Ford e VW, cancelarem a discutível troca de óleo do motor a cada seis meses. Trata-se de desperdício financeiro para os motoristas, com reflexos ambientais. Assim, o combustível fóssil se alinha às melhores especificações mundiais, embora alguns países já ofereçam a S-10 – 10 ppm de enxofre (no Brasil só a gasolina Podium, da Petrobras). Por outro lado não se cogita de incentivar o aumento de eficiência energética no uso de etanol em motores flex. Estudo interessante foi apresentado em recente seminário do Instituto Nacional de Eficiência Energética. Entre 1983, quando se criou o primeiro programa de economia de combustível, e 2013 o consumo médio de gasolina dos motores dos

quatro maiores fabricantes evoluiu 21% e o de etanol, apenas 7%. A comparação em MJ/km, mais adequada por compensar a diferença de conteúdo energético entre os dois combustíveis, mostrou que a média atual favorece em 1,5% o uso de gasolina nos motores flex. Como se trata de média há motores melhores e piores, quanto a esse indicador. No programa Inovar-Auto, cujo maior mérito é impor menor consumo, erroneamente não há distinção das metas entre os dois combustíveis. Já se sabe que tecnologias como injeção direta e turbocompressor são favoráveis ao etanol em motores flex. Isso acaba de se comprovar na unidade turboflex do BMW 320i. Embora sem fornecer dados de consumo, a fábrica estima que bastam 25% de diferença no preço dos postos para garantir menor custo/km ao rodar com etanol.

unidades, graças à substituição de produtos importados e ao grande salto de 26,5% nas exportações (563.000 unidades). Mercado externo ainda está longe das 900.000 unidades de 2005. Mas em valores (US$ 16,5 bilhões), novo recorde, graças às autopeças e máquinas agrícolas.

mercado interno. O grupo italiano ainda é deficitário, mas passa a ter acesso total ao caixa da Chrysler. Grande alívio para a Fiat, que poderá depender menos de resultados no Brasil.

Produção, por enquanto, será apenas do motor de 1,6 litro; o de 1 litro continuará vindo da Renault.

RODA VIVA BARREIRA mágica de quatro milhões em vendas anuais de veículos não se atingiu em 2013 e nem se prevê este ano. Em relação a 2012 houve queda de 0,9% (veículos leves e pesados somados). As 3,76 milhões de unidades (nacionais e importadas) interromperam a trajetória de nove anos de licenciamentos recordes. Anfavea espera que o mercado cresça só 1,1% em 2014. PELO menos em 2013 foram dois recordes. Produção cresceu 9,9%, para 3,74 milhões de

AGORA que a Fiat adquiriu controle de 100% da Chrysler abre-se caminho para a completa fusão. A empresa americana, hoje, é lucrativa graças à rápida recuperação do seu

CARLOS GHOSN, principal executivo da aliança Renault-Nissan, veio ao Brasil para anunciar produção de motores Nissan na nova fábrica do March/Versa, em Resende (RJ), a inaugurar em abril próximo. Essa coluna antecipara a informação há mais de um ano.

FINALMENTE garantia total de três anos começa a ser regra no Brasil. VW anunciou ampliação (antes limitada a motor/ câmbio) aos veículos produzidos aqui. Ficaram de fora apenas Saveiro (veículo comercial) e modelos que saíram de linha (Gol G4 e Kombi) ou estão saindo em 2014 (Golf antigo e Polo). Outras marcas terão que acompanhar.

Inflação do Carro fica em 4,9% em 2013 Custo do motorista para andar e fazer a manutenção foi bem mais alto do que o IPC da FIPE: 3,88%. O custo que o motorista tem para andar de carro e fazer a manutenção preventiva aumentou 4,9% em 2013. Esse foi o índice registrado pela Agência AutoInforme no fechamento da Inflação do Carro no ano. O aumento está bem acima da inflação detectada pelo IPC da FIPE, que registrou um aumento de 3,88% de janeiro a dezembro do ano passado. É também bem mais alta do que no ano anterior. Em 2012 a Inflação do Carro foi de apenas 3,09%, a mais baixa dos últimos onze anos A Inflação do Carro acompanha a evolução dos preços de peças de reposição, serviços automobilísticos, combustíveis, impostos de circulação e seguros. O gasto com o carro durante o ano de 2013 foi de R$ 12,6 mil. O setor de serviços foi o vilão da inflação de 2013, com alta de 5,93% no conjunto dos itens. O item que mais subiu na cesta de serviços foi a lavagem simples do carro, que ficou 14,2% mais cara. A lavagem completa subiu 6,62%. Outro serviço que teve alta expressiva foi o estacionamento por hora, cujo preço subiu 5,81% no ano. Os combustíveis (gasolina e etanol) ficaram em média 5,72% mais caros. A gasolina subiu 7,22% e o etanol 4,93%. Esses aumentos foram determinantes para a alta expressiva da Inflação do Carro porque os combustíveis representam cerca de 30% de todo o gasto que o motorista tem com o carro. As peças de reposição tiveram alta de 4,48% com destaque para o óleo do motor que subiu 5,87% e jogo de velas, com aumento 5,12% no ano. O preço do seguro subiu 4,66%. Os impostos ficaram mais baratos: 2,72%. Vale lembrar que a redução dos impostos se deu graças a queda do preço do carro usado de onde é tirado o percentual do IPVA, que teve em 2013 queda de 4,92%. A inspeção veicular permaneceu com o preço inado. Mas o seguro obrigatório ficou 4,44% mais caro.


28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014 CRÔNICA

Muito cuidado com eles...!!!! JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br

T

omara que dessa vez, as Licitações das Linhas de Coletivos Urbanos de Maceió, sejam realizadas, como está prometendo o Prefeito Dr. Rui Palmeira. Tomada que elas se realizem com a maior lisura possível, para que não aconteçam litígios jurídicos, pois, muitos interesses políticos e financeiros estarão em jogo. Tem muita gente que pode azedar o pirão! Eu já fiz parte de Comissões de Licitações e, já sei como funcionam, quando aparecem “lobos entre ovelhas”. Eu conheço quase todos os principais Empresários de Ônibus, do Estado de Alagoas, tanto os das Linhas Intermunicipais, como das Linhas Urbanas, como Sr. Schwambach (da Real Alagoas), Sr. Antonio Nascimento (da Santo Antonio), Sr. Genauro (da Palmeirense), Sr. Valença (da São Domingos), além dos que já faleceram,

como o Sr. Euzebio (da Santanense), Sr. Benedito Moreira (da Santa Luiza), Sr. Ernandes Calheiros (da São Luiz), Sr. Moraizinho (da São Sebastião) e o Sr. Monteiro (da Rio Largo). Nos 22 anos, nos quais eu fui o Diretor da Divisão de Trânsito do DER/AL, sempre estive em contato com desses senhores, quando conversando com eles, advertindo-os e multando-os, porém, sempre cumprindo, honestamente, o Regulamento dos Transportes Coletivos Intermunicipais, com todos os seus artigos. Éramos nós que julgávamos os Autos de Infração e as Multas, sempre tendo os passageiros, como nossos principais beneficiados. Na época, quando eu assumi, ainda não havia o Conselho Rodoviário, para realização de Licitações, embora as Linhas Intermunicipais, tivessem licenças Concedidas pelo DNER, como se aquele fosse o Órgão Concedente, também, das Linhas Interestaduais e Internacionais. Depois da experiência no DER-AL, com Linhas Intermunicipais, fui convidado pelo, então, Prefeito de Maceió,

para ser o Assessor Especial para Transportes da SMTT, onde tive a maior decepção profissional da minha vida, pois, eu não estava preparado para ser desonesto. Passei, apenas, oito meses, pois, o “esquema” era outro, do tipo “ou dá ou desce”.!!!!. Eu ainda era menino, quando começaram a falar em Licitações para as Linhas Urbanas de Maceió. Acontece que, nenhuma autoridade, como Juíz, Procurador, Promotor, Prefeito ou Superintendente teve “coragem” de realizá -las, pois, “o negócio é muito quente” e, elas sempre esbarram em interesses estranhos........!!!!! Nossos Empresários de ônibus, sempre foram senhores honestos, todavia, uns “passageiros” se aproveitam nessas ocasiões, para o ganho de “milhares de passagens de cortesia”. Vamos ver se dessa vez, as tais Licitações vão acontecer, como está prometendo o Prefeito de Maceió. É claro que, as Empresas que já exploram as atuais linhas, devem receber uma “pontuação ponderada”, pelos seguintes motivos: 1º - por já estarem com seus motoris-

tas, cobradores e funcionários treinados e habituados com as atuais linhas e os seus bairros, 2º - por já terem suas garagens em locais estratégicos, bem como a suas oficinas e almoxarifados, em pleno funcionamento, 3º - porque, nem sempre ônibus novos, poderão suprir as faltas e deficiências das novatas, ou mesmo aventureiras que poderão aparecer por aqui. Tenham muitos cuidados com certos “auxiliares”, pois, nessas ocasiões, podem aparecer “sabidos” já escolhidos “à dedo”, para as composições das Comissões de Recebimento de Propostas, Triagens e Julgamento. Tenham muitos cuidados com certos “caras”, desconfiados e nervosos, para que não sejam necessárias as querelas judiciais, muito comuns em Licitações que não sejam honestas! Em Tempo - A Sra. Ana Pereira é uma das mais assíduas leitoras dos meus artigos. Ela me deixou muito sensibilizado com alguns elogios! Obrigado!


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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Justificativa estapafúrdia

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u a assessoria é medíocre ou o prefeito de Girau do Ponciano Fabinho Aurélio em termos de política administrativa não enxerga um palmo na frente do nariz. Vejamos: Ele emitiu uma Nota Oficial ontem (08) alegando “problemas técnicos” para não repassar para a Caixa Econômica Federal os valores descontados dos funcionários efetivos que fizeram empréstimos consignados.

Nomes “sujos” Ora, foram mais de três meses sem realizar o devido repasse, o que levou a instituição bancária a empurrar os funcionários inadimplentes para a lista negra do SPC e Serasa. Trocando em miúdos, os funcionários estão com os nomes “sujos”, proibidos de contrair novos empréstimos ou outro tipo de transação comercial. Abaixo, para que o leitor da coluna tire as suas próprias conclusões, a Nota Oficial da Prefeitura de Girau. Sim, lembrando que foi por atitudes como esta que o ex-prefeito Zé Aurélio, pai do prefeito Fabinho, perdeu o mandato e responde ações na justiça por improbidade administrativa. Na época, em 2002, os empréstimos foram contraídos junto ao Banco Rural, que cobra uma dívida de mais de R$ 5 milhões (atualizados).

A Nota Oficial A Prefeitura de Girau do Ponciano, em nota enviada à imprensa, disse que problemas técnicos impediram o envio do relatório com os nomes dos funcionários públicos com empréstimos consignados, com desconto em folha, para Caixa Econômica Federal. A nota foi enviada após veículos da imprensa divulgarem reclamações dos servidores, que denunciaram estarem recebendo boletos de cobrança dos empréstimos, uma vez que o município não havia repassado o valor para o banco. Segundo a administração nacional, ainda nesta quarta-feira, 08, será enviado toda relação. Ainda de acordo com a assessoria técnica, o prefeito Fabinho Aurélio (PSD) tomou conhecimento do problema e determinou a imediata resolução do problema, para não prejudicar os servidores junto à agência de crédito, uma vez que, segundo a nota, a gestão tem como meta fundamental a política de valorização do servidor municipal.

Bom exemplo 1

Em maus lençóis

Notícia boa de Pão Açúcar: O prefeito Jorge Dantas, em razão da Festa de Bom Jesus dos Navegantes, antecipou o calendário de pagamento salarial dos servidores da administração direta e comissionados, referente ao mês de dezembro. O pagamento que, segundo o calendário, seria efetuado pela rede bancária no próximo dia 10, será liberado a partir desta quinta-feira (9), isto é, um dia antes do previsto. Já o 13º salário de todos os servidores foi efetuado no dia 20 do mês natalino.

A informação está no portal tribunahoje. com e provam que a situação do prefeito Cristiano Matheus é complicadíssima já que existem fortes indícios de improbidade administrativa: O Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), órgão do Ministério Público Estadual, apreendeu na manhã desta quarta-feira (8), documentos na Prefeitura de Marechal Deodoro. Os promotores, com apoio da Radiopatrulha da Polícia Militar cumprem os mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

Bom exemplo 2 O motivo da antecipação, segundo o prefeito, é a realização da tradicional Festa de Bom Jesus dos Navegantes. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (8) pelo secretário municipal de Administração, Afrânio Jorge Vieira, e confirmado pelo prefeito Jorge Dantas.

Bom exemplo 3 “Antecipei o pagamento de salários destes servidores porque os mesmos vão precisar fazer seus gastos durante a nossa festa de Bom Jesus dos Navegantes, pois neste período de festa as pessoas recebem muitas visitas em suas casas e, por este motivo, precisam estar com dinheiro no bolso para fazer suas compras”, disse Jorge Dantas.

Por toda parte Os promotores de Justiça foram ainda para a Procuradoria do Município, Secretaria de Finanças e Secretaria Municipal de Infraestrutura. Segundo informações repassadas à reportagem do portal Tribuna Hoje, os militares estão por toda a cidade.

Documentos O objetivo da operação, segundo a assessoria do MP Estadual, é recolher documentos para subsidiar uma investigação que está em curso. Os promotores querem saber se há indícios de desvios de recursos públicos. O Ministério Público não informou se a gestão do prefeito Cristiano Matheus (PMDB) ou a anterior, no caso de Daniele Dâmaso, será o alvo das investigações.

Promotores “O material apreendido será encaminhado ao Gecoc. Os promotores Alfredo Gaspar de Mendonça e Luiz Tenório comandam a operação”, resumiu a assessoria de comunicação do MPE. Não haverá mais detalhes sobre o caso ou mais informações não serão repassadas em entrevista coletiva porque as investigações correm sem segredo de justiça.

PELO INTERIOR ... Neste final de semana, o orgulho arapiraquense estreia no Campeonato Alagoano de 2014. O ASA enfrenta a equipe do Murici, a partir das 15h deste sábado (11), no Estádio Municipal Elias Moraes, na cidade de Boca da Mata. ... De acordo com o técnico alvinegro, Heron Ferreira, o esquema tático da equipe já está montado para esta primeira rodada, tendo o provável time formado com Zé Carlos no gol, Diego Fiuza na lateral direita, Augusto e Edvânio na defesa, Cristiano Baiano como lateral esquerdo, a dupla de volantes Ray e Marielson, Didira e Caíque no meio campo, e compondo o ataque do ASA, Thalysson e Anderson Lessa, podendo haver modificações conforme determinação da comissão técnica. ... A prefeita Célia Rocha (PTB) mostrouse entusiasmada com a estreia do time arapiraquense na competição, garantindo o incentivo financeiro da Prefeitura para mais uma temporada. ... Um concurso de beleza está muito além de um rosto bem delineado e um corpo escultural: inteligência e simpatia são dois dos itens mais importantes para quem almeja vencer alguma disputa neste sentido. ... E as candidatas à 15ª edição do Concurso Miss Arapiraca e Miss Estudantil esbanjaram estes potenciais ao visitarem o Centro Administrativo Antônio Rocha, bairro de Santa Edwiges, na quarta-feira (8). ... Acompanhadas do promoter Bira Franklin, à frente da Mega Star Agency, a qual organiza o evento, elas agradeceram o apoio dado pela Prefeitura de Arapiraca na realização do concurso, marcado para esta sexta-feira (10), no Levino’s Hall, bairro de Novo Horizonte, a partir das 21h. ... Como a prefeita Célia Rocha (PTB) está em viagem e o vice-prefeito Yale Fernandes (PMDB) em diversos compromissos, elas foram recebidas pelo subsecretário Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Júnior Balla, e chefe de gabinete do vice-prefeito, Diego Albuquerque. ... A todos, um ótimo final de semana, cheio de energias positivas, de paz com com muita saúde. Até a próxima edição. Fui!!!!!


30 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 10 A 16 DE JANEIRO DE 2014

REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

Um ano de aperto 2014 será igual a 2013.”Segure a carteira”, viva de acordo com o que ganha, esquecendo empréstimos de longo prazo, fugindo dos juros e pesquisando preços, só coprado mesmo o estritamente necessário a sua sobrevivência e procurando ainda poupar algum dinheiro, para formar um fundo de reserva, que servirá a alguma emergência. Elabore o seu orçamento anual, com base nas estimativas da inflação, sempre considerando ser superior oficial, já que é um ano de eleições, com gastos extravagantes do governo e ainda tem a Copa do Mundo, um acontecimento que provoca muita despesa. Anote tudo que entra (receita) e o que sai (despesa) e vá fazendo um balancete mensal.

Lembrando As previsões econômicas para o ano que se inicia, não são boas. O PIB (Produto Interno Bruto), continuará com crescimento baixo e os juros altos, para evitar que a inflação exploda. Assim, “aperte o cinto” e jamais se endivide, para não cair no “fundo do poço”, sem crédito no comércio e tendo que recorrer a agiotas.

Extras Janeiro é um mês atípico de despesas extras. Os pais têm matrícula e material escolar, que leva muito dinheiro para o comércio e as escolas. No início de fevereiro, já deve pagar a primeira mensalidade, referente a janeiro, que é de férias. Aí entra o PIPT, IPVA. Faça tudo devidamente planejado, procurando acima de tudo,pesquisar os preços do material escolar.

Preços O aumento do salário mínimo a partir deste mês, já vem puxando para cima os preços de produtos e serviços. Isso ocorre todos os anos nesse período,valendo a dica de sempre: presquisar preços, pois a concorrência é acirrada e qualquer dinheiro economizado, se torna um bom negócio, já que serve para comprar outro produto ou ir direto para a poupança.

Cartão

Entre o novo ano, apenas com um cartão de crédito, usando somente nas necessidades e pagando o valor da fatura no mês seguinte, em sua totalidade, nunca amortizando (pagando o mínimo e parcelando o restante), pois isso é prejuízo para seu orçamento e pode se tornar impagável, já que os juros são elevados.

Lista Ao ir às compras de supermercado ou feira livre, leve uma lista, comprando somente o que estiver anotado. Nada de comprar por impulso, mesmo sendo em promoção, já que todo comércio adota esse sistema constantemente. Pesquise sempre, nunca comprando na primeira parada.

Especial O cheque especial é oura modalidade de crédito, que só deve ser utilizada em casos de emergência e, cobrindo esse valor no dia exato, evitando juros de mais de 10% ao mês, o que constitui um outro prejuízo em suas contas. O economicamente correto mesmo, é esquecer tanto o especial como o cartão de crédito parcelado e só comprar à vista, com dinheiro em espécie ou cartão de débito.

Feriados Janeiro e fevereiro, não tem feriado. Isso só vai ocorrer no início de março, com o Cranaval: em abril, a Semana Santa e Tiradentes: maio, dia do Trabalho e juho, Corpus Christi. Portanto, nesses dois primeiros meses do ano, evite gastos exagerados, vá guardando o dinheiro para o lazer nos feriados.


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CINEMA

Personagem de Paul Walker em ‘Velozes e Furiosos’ não morrerá, mas se aposentará A

pós a decisão dos estúdios Universal de seguir em frente com o sétimo filme da franquia “Velozes e Furiosos”, mesmo com a morte de uma de suas estrelas, o ator Paul Walker, as atenções se voltaram à maneira com a qual o filme vai lidar com a ausência de seu personagem, Brian O’Conner. Walker morreu num acidente de carro em 30 de novembro, durante uma pausa das filmagens de “Velozes e Furiosos 7”. Segundo a revista “The Hollywood Reporter”, seu personagem não irá morrer em cena, mas será “aposentado”. Com isso, a Universal pretende satisfazer os fãs e respeitar a memória do ator e, ao mesmo tempo, poder usar as cenas que ele já ha-

via gravado. Nos dias após a tragédia, o diretor James Wan, o roteirista Chris Morgan e um dos executivos dos estúdios, Jeffrey Kirschenbaum, se reuniram para debater quais rumos o filme tomaria. Assim, bolaram uma maneira de usar as cenas que já foram filmadas e manter Walker na trama, mas reescrevê-la de maneira que ele pudesse deixá-la ao longo do filme. Assim, a bilionária franquia “Velozes e Furiosos” poderia seguir sem seu personagem. As informações não foram confirmadas pela Universal. “Velozes e Furiosos 7” tem lançamento previsto para 10 de abril de 2015 nos Estados Unidos.

Paul Walker (E) em cena de ‘Velozes e Furiosos’

‘Homem de Ferro 3’ é o campeão de bilheteria em 2013 nos EUA e Canadá

O ator Robert Downey Jr. em cena de ‘Homem de Ferro 3’

“Homem de Ferro 3”, da Disney, foi o maior sucesso de bilheteria de 2013 no mercado da América do Norte, que nesta estatística inclui Estados Unidos e Canadá, com arrecadação de US$ 409 milhões, e é um dos quatro filmes da Disney entre as produções com maior venda de ingressos de cinema no ano, de acordo com a Rentrak. “Homem de Ferro 3”, que tem Robert Downey Jr. no papel do industrial Tony Stark e seu alterego dentro da armadura de ferro, terminou um pouco à frente do filme de ação “Jogos Vorazes: Em Chamas”, da Lions Gate Entertainment, que arrecadou US$ 398,4 milhões, segundo o instituto de pesquisas do setor de entretenimento. O filme de animação da Uni-

versal Pictures “Meu Malvado Favorito 2” ficou em terceiro, com US$ 367,8 milhões, e “O Homem de Aço”, do estúdio Warner Brothers, da Time Warner, em quarto, com US$ 291 milhões. A Warner Brothers, cujo filme “Gravidade” também ficou entre os dez de maior vendagem de ingressos, terminou o ano com 17% do recorde de US$ 10,9 bilhões em vendas de ingressos em 2013, em primeiro lugar entre os estúdios de Hollywood e à frente da Disney, que ficou com 15,7%, informou a Rentrak. Os filmes de animação da Disney “Frozen - Uma Aventura Congelante” e “Universidade Monstros” e o de fantasia “Oz, Mágico e Poderoso” também ficaram entre os dez de maior bilheteria no ano.


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