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MACEIÓ - ALAGOAS

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ANO XVI - Nº 756 - 24 A 30 DE JANEIRO 2014

LULA TEM PLANO B PARA O CASO DE DERROTA DE DILMA P/3

Prefeito Carlos Alberto Canuto e delegado Mário Jorge Barros são acusados pela testemunha Dorgival Silva de Barros

Carlos Alberto é acusado de mandar matar Beto Campanha

Execução do vice de Marçal Prado seria parte do plano para Canuto retomar a prefeitura do Pilar

P/16 e 17

Telexfree propõe devolver dinheiro aos investidores para continuar em atividade

CARGO DE MINISTRO PODE TIRAR BIU DE LIRA DA DISPUTA AO GOVERNO ESTADUAL P/7

BELTRÃO VOLTA A SER INCRIMINADO NA MORTE DO BANCÁRIO DIMAS HOLANDA P/8

Testemunha também acusa delegado Mário Jorge de articular crime e forjar investigações JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DE EX-PREFEITO DE MAJOR ISIDORO POR DESVIAR R$ 2 MILHÕES P/13


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014

COLUNASURURU

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millor Fernandes)

DA REDAÇÃO

Quem larga o osso

Violência desenfreada O Brasil passa uma onda de violência urbana com índices extremados de homicídios e, como para fatos não existem argumentos, merece atenção uma pergunta aos políticos, em especial os com mandato em Brasília: Quais estão sendo as propostas, Planalto em especial, capazes, senão de minimizar o quadro, mas ao menos oferecer ao cidadão confiança de haver um mínimo de segurança pública para viver sem temor de vir a ser a próxima vítima? Também quem hoje, de sã consciencia, acha que o Brasil tem jeito e credita confiança nos políticos que aí estão (sem exceção) no poder? Não basta só botar polícia na rua. É essencial no combate a criminalidade que o governo ofereça a população, além da segurança, também educação, saúde e opção de trabalho. Do jeito que vai, de corrupção desenfreada na vida pública, e identifica o Brasil hoje como terra sem lei, é saudável lembrar frase atribuida aos Três Macacos: “Não” vi, não ouço, não falo.” Aliás, como está, é saudável um muda Brasil nas urnas em outubro.

Coligações A previsão para outubro levanta dúvida sobre se haverá nas urnas a insis-tente polarização do PT com o PSDB. A dúvida, transportando tendência de condução para o otimismo, tem a ver com a “chapa montada por Eduardo Campos e Marina Silva.

Bom aluno

Rui Palmeira, apesar do pouco tempo como prefeito de Maceió, já permite o maceioense identificar nele um estilo de administrar à Teotonio Vilela. Isso no relacionamento com os parlamentares e também não dá ouvidos as conversas com tempero de crítica a sua administração. Mas ele, até o momento, vem alcançando bons índices de aprovação na população.

Afastamento

A decisão do prefeito Marcelo Beltrão, divulgada quinta-feira-23 na Gazeta de Alalgoas, de que vai se afastar da presidência da AMA (Associação dos Municípios Alagoanos) pode até ser, como declarou, para se dedicar mais a administração de Coruripe. Mas não deixa escapar o cheiro de a decisão ter a ver com o ano de eleições.

Sem mudança

Nas prefeituras, em Alagoas, conta nos dedos prefeitos com pretensões de se candidatar para cadeiras na Assembleia e na Câmara Federal. A dúvida, conforme expressam conversas entre assessores, é até entre quem está no cargo em segundo mandato.

Briga de grandes

Roubo no Francês É uma vergonha! Diria Boris Cazoy em saber que em Maceió, na praia do Francês, os bares estão cobrando a bagatela de R$ 8 reais em uma cerveja. Como se não bastasse, o cliente tem que pagar pela mesa e as cadeiras mais R$ 15 reais. (sem música ao vivo). Ou seja, para sentar e tomar uma cervejinha nos bares da praia do Francês já começa pagando R$ 23 reais. Outro agravante: se o cliente não pedir tiragosto, sua mesa será retirada do local, e a cerveja colocada em copos plásticos. É espantar de vez os turistas e a população local. Seria bom que o Procon ou as autoridades responsáveis dessem uma passadinha por lá.

Procurados

O corte pela Assembleia Legislativa no orçamento do Ministério Público para 2013 deixa uma dúvida: é só coincidência ou tem troco à pegada forte dos promotores investigando a mesa diretora da Casa Tavares Bastos? Na boca do povo não falta conversa montada em suspense.

Pré-sal As reservas provadas pela Petrobrás no pré-sal em 2013 cresceram 43% comparadas ao ano de 2012. A companhia relata que desde 2007 mais de 1\4 das reservas são provenientes do pré-sal e a perfuração de 42 poços associada ao desempenho das plataformas das Bacias de Campos e Santos permitiram um crescimento de 43%.

Impróprio

Dados divulgados recentes revelam que o número de brasileiros procurados mundo afora pela Interpol cresce em média 20% ao ano. Da relação divulgada mais recente consta como novidade da relação nome de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil e, mais antigo, Paulo Maluf.

O prédio da Câmara Municipal de Maceió, na Praça Deodoro, não oferece mais espaço físico e nem conforto para vereadores, funcionários, visitantes e receber visitantes. O incomodo se estende para a rua, com o meio-fio das calçadas usado como área de estacionamento pelos vereadores.

Exagero

Opinião

No Senado tramita a suspeita de haver exagero da presidência na divulgação dos cortes nos orçamento. Pela análise que fazem sustentam a tese de que a divulgação “foi apenas de valores efetivamente pagos e Ignorada a rubrica dos empenhados para este ano.”

Definições

“É um processo importante políticos e perso-nalidades irem para a cadeia, mas ainda há muito por fazer”. Afirmação é de Mário Vinicius Spinelli (Controlador-geral de São Paulo ) em entrevista a Istoé em dezembro. Ele defende que os empresários se engajem no que define “luta contra a corrupção”.

Voto aberto

Na Assembleia Legislativa conversas aparecem, mas o disse-me-disse ainda não é levado em conta. Apenas “espalha brasa” pauta desistentes de uma candidatura a reeleição, mas ignora nomes.

No Partido dos Trabalhadores em Alagoas foi divulgado, por enquanto, somente o nome de Paulão como pré-candidato a deputado estadual. Outros devem aparecer, mas a expectativa é também quanto o rumo a ser tomado por Judson Cabral.

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A desejar

No silêncio

2

As obras da prefeitura de Maceió, de recuperação da pavimentação asfáltica na orla da Pajuçara e na Mário de Gusmão, na Ponta Verde, mereceram elogios. Já nas ruas da Ponta da Terra, bairro de população com menor poder aquisitivo, o tramento deixou a impressão de ter sido um serviço tipo remendo.

Persiste nos Martírios ausência de novidades sobre o movimento do PSDB visando as eleições de outubro. Não é sabedor se o silêncio é parte de alguma estratégia ou desânimo dos tucanos para enfrentar o futuro.

– O ano de 2014, eleitoral, determina na Câmara e no Senado o voto aberto para expurgar do mandato senador e deputado acusados por crime de corrupção ou outras derrapagens indecentes. Nem presidente da República escapa da nova medida. - A questão, contudo, não chama atenção para ser adotada nos legislativos estaduais. Isso fase a época ser eleitoral e os parlamentares estaduais, candidatos a reeleição, não vão querer “procurar sarna para se coçar.”


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 -

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JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

Siga-me: @jorgearapiraca

O plano B de Lula Rio - O brasileiro precisa está atento para o que vai acontecer a partir de janeiro de 2015 caso o PT seja derrotado nas eleições deste ano. Com o estado aparelhado, os petistas em represália vão tentar desestabilizar o país porque ainda são o partido mais organizado. Comanda as centrais de trabalhadores e milhares de sindicatos, portanto, têm como liderar greves e incentivar à massa a ir às ruas contra o novo governo. Os petistas não vão dar trégua porque, ressentidos com a derrota, tentarão de todas as formas inviabilizar o sucessor. Além disso, resistirão a abandonar os cargos para não perder os salários milionários sem antes boicotar o serviço público e paralisar as atividades afins do estado. É assim que opera o PT. E foi assim que a cúpula do partido agiu nos primeiros anos do governo Collor, quando estimulou a paralisação da máquina estatal, criou CPIs, quebrou o sigilo fiscal de autoridades do governo, fabricou escândalos e levou às ruas milhares de jovens (os caras pintadas) para derrubar o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura. O PT não se contentou com a derrota do Lula e organizou suas bases (sindicatos e centrais) para confrontar o novo governo. Criou núcleos de espionagem dentro dos órgãos federais infestados de seus militantes e simpatizantes e em pouco tempo derrubou o Collor, que já estava na corda bamba pelo governo medíocre que fazia com denúncias de corrupção pipocando por todos os lados. Na oposição a partir de janeiro, caso a Dilma não se reeleja, os petistas vão infernizar a vida de quem assumir o governo. Quatorze anos administrando a máquina pública, eles aparelharam o estado e agora conhecem como funciona a estrutura por dentro. Para desalojá-los do poder, o presidente eleito certamente gastará boa parte do mandato na assepsia das estatais onde os petistas estão infiltrados independente da qualificação profissional. Lula está acompanhando com lupa a campanha da Dilma. Anunciou inclusive que estará na linha de frente dos trabalhos da reeleição da sua presidente. Acontece, porém, que ele hoje já tem dúvidas quanto ao êxito do sucesso dela e analisa prognósticos desfavoráveis a sua candidata. Por isso começou a trabalhar com outro cenário político: aumentar as bancadas petistas na Câmara e no Senado Federal. A estratégia consiste em dominar o Congresso Nacional no caso do PT não conseguir reeleger a Dilma. Perde-se, portanto, o governo, mas em compensação ganha-se o parlamento submetendo o novo presidente às ordens petistas, leia-se lulista. Nos estados onde o PT não desponta como favorito ao governo, Lula tem estimulado uma aliança independente de ideologia para aumentar o número de parlamentares, o que permitiria o partido ter maioria no Senado e na Câmara e indicar os presidentes. É assim que o ex-presidente quer permanecer soberano na política. Lula sabe que a Dilma estaria definitivamente fora da política se perder a reeleição porque não teria condição de se eleger nem a síndico de prédio. A dificuldade dela de se manter na política deve-se a sua falta de base eleitoral em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul os dois estados que abraçou para viver. Lula sabe também por experiência própria que num regime presidencialista como o nosso, manter a presidência das duas Casas é dominar o destino político do país como fazem alguns partidos, a exemplo do PMDB de Sarney, de Renan e Michel que mantêm o Executivo sob seu jugo.

Higienização

Incompetência

Não à toa, Lula não demonstra nenhum apetite para ocupar o lugar da Dilma. Conhece como ninguém a incompetência da sua presidente para administrar o país e do fracasso que ronda o setor econômico em 2014. Assim, previne-se ao entregar os anéis para preservar os dedos: quer a Câmara e o Senado para transformar o Executivo refém do seu partido, no caso de uma reeleição frustrada da Dilma.

Bolsa crack

O Jornal Nacional mostrou mulheres e homens uniformizados, lesados pelo crack, em São Paulo, de vassouras nas mãos limpando a cracolândia. Meia dúzia de gatos pingados. Ao lado, centenas de maltrapilhos, que não aderiram ao programa, envolvidos no vício e traficantes que fazem do centro da cidade a feira degradante do comércio da droga. O circo armado pelo prefeito Fernando Haddad é próprio de governos petistas que tentam na improvisação encontrar soluções para tudo, inclusive a de tentar acabar com a cracolândia oferecendo 15 reais aos viciados para ajudar na limpeza de ruas. O jornal O Globo não embarcou na onda do factoide paulista, versão Haddad, e não registrou o fato em suas páginas.

Lesionados

As cenas degradantes mostraram bem a espetacularização do “novo” programa petista de acabar com os centros consumidores de crack de São Paulo. E o Jornal Nacional prestou um desserviço ao exibir depoimentos de pessoas doentes e lesionadas pelo vício dizendo, meio abobalhadas, o que a prefeitura queria, como por exemplo: “Agora vamos ter uma vida nova” ou “essa é a oportunidade que a gente esperava” como se isso fosse resolver o problema que a Dilma disse em campanha que iria encontrar solução ao chegar ao governo. Quatro anos se passaram e o vício e o tráfico só se agravaram no país todo.

Enquanto mulheres e homens apareciam na televisão varrendo a cracolândia, empregados da prefeitura apressavam-se em desmontar os barracos de madeira e de papelão que abrigavam vários deles dia e noite nas ruas. Pronto, o problema estava resolvido. A poucos meses da Copa do Mundo, a cidade que vai abrir os jogos, não estaria mais contaminada por homens, mulheres e crianças envolvidas no vício do crack. A solução simplista para um grande problema só mostra que a prefeitura de São Paulo não tem um projeto definitivo para enfrentar o vício. Prefere medidas paliativas a enfrentar a situação como um caso de saúde pública, confrontar o traficante e criar núcleos de triagem que possam abrigar os dependentes químicos. A falta de orientação, certamente vai levar muitos deles a usar os 15 reais para comprar mais crack fortalecendo o mercado da droga.

Truque

A raiz de tudo isso está no desarranjo familiar, na falta de perspectiva de vida e na desocupação. Não é pagando que se vai consertar o vício, limpar as ruas para os turistas e amontoar pessoas desorientadas em pensões baratas da cidade sem o acompanhamento necessário. O Bolsa Crack da prefeitura apenas está mudando o problema de um lugar para o outro. Se é para encontrar soluções, uma delas, mais eficaz, seria a de criar centros de apoio para tentar primeiro curar o viciado. O emprego ocorreria depois da sua recuperação, quando ele já estivesse apto para o trabalho.

Crack da Bolívia

Outra proposta seria a de um convênio entre a prefeitura e as empresas que prestam serviço ao município para empregar os drogados recuperados. Mesmo assim, aassistência seria constante para evitar que ele volte ao vício, o que ocorre na maioria das vezes. Além disso, a polícia deveria intensificar o trabalho ao tráfico da droga que chega da Bolívia em quantidade assustadora, papel que caberia ao Ministério da Justiça que vê o problema se agravar e não se movimenta para impedir esse tráfico livre do país vizinho.

Os zumbis

As cenas dos craqueiros exibidas pelo Jornal Nacional foram deprimentes e humilhantes ao ser humano já degradado pelo vício. Deprime mais ainda quando se assiste também a secretária do Serviço Social dando entrevista como se tivesse encontrado a solução definitiva para acabar com a cracolândia . Enquanto falava, ali, muito próximo dela, a imagem de centenas de viciados disputando como zumbis a última pedra do cracké a prova de que essa ainda não é a solução para acabar com a cracolândia e recuperar os flagelados das drogas. O ex-prefeito Cesar Maia, do Rio, fez escolas com seus factoides quando queria a aparecer na mídia simulando que trabalhava.


4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 17 A 23 DE JANEIRO DE 2014 Revelação

GABRIELMOUSINHO

Biu de Lira em entrevista a este colunista: ´´não quero ser Ministro, o que honra e dignifica o político. Quero mesmo é poder servir ao povo alagoano como governador´´.

gabrielmousinho@bol.com.br

Quem enfrentará Collor?

C

Desgovernado

Descendo

O Chapão parece que anda desgovernado depois de que Téo Vilela decidiu cumprir o mandato até o fim. Alguns dos seus integrantes têm conversado com outros partidos e até mesmo da base aliada do governo. Não querem meter a mão em cumbuca.

A administradora do Porto de Maceió, a princípio, seria candidata a vice pelo PT, mas depois havia optado para disputar um mandato de deputada federal. Alguns amigos dizem que ela mudou de opinião: ou fica no Porto ou sairá candidata a deputada estadual.

Sem opção

O ex-governador Ronaldo Lessa que aparece bem em algumas pesquisas eleitorais, anda desconfiado com os rumos que o Chapão está tomando. Não quer entrar no canto da sereia e já busca novas conversas com antigos adversários políticos.

andidato a governador parece que tem de balaio. Pelo menos alguns nomes são citados diariamente na mídia e junto naturalmente ao eleitorado. Benedito de Lira, Renan Calheiros, Renan Filho, José Thomaz Nonô, Alexandre Toledo, além de outros como Marco Fireman e Luiz Otávio Gomes. Até aí, tudo bem. Mas quem será o candidato ao Senado da República para enfrentar Fernando Collor? Somente a vereadora Heloísa Helena já dispôs a disputar o Senado, embora ela mesma diz que irá enfrentar uma tropa munida de metralhadora ponto 50. Afora Heloísa Helena, apenas o deputado federal Givaldo Carimbão tem se insinuado candidato ao Senado pelo grupo de aliados do governo estadual. Mas nada certo. Está costurando acordos, o que não é nada fácil. Uns acham que Carimbão poderia emplacar. Outros acreditam que Carimbão não tem a dimensão política suficiente para enfrentar uma eleição majoritária. Nessas indecisões Collor continua solto na buraqueira, visitando municípios, atraindo novas lideranças políticas e fazendo o dever de casa. Por enquanto, reina absoluto. A situação não diz nada e prefere adiar o anúncio dos candidatos majoritários para mais pra frente. Mas, quem finalmente vai enfrentar mesmo Fernando Collor?

Composição

Denúncia vazia

O senador Renan Calheiros conversa, conversa, mas só vai decidir sobre candidaturas majoritárias em março. No início da semana esteve com o deputado federal João Lyra, mesmo sabendo que o empresário faz parte do grupo político de Téo Vilela e Benedito de Lira.

Fernando Toledo, presidente da Assembleia quer que o deputado FHC explique a sua emergente fortuna, inclusive de concessões de emissoras de rádio. O povo precisa saber, disse Toledo. O presidente também afirma que as denúncias de João Caldas são fantasiosas, vazias e eleitoreiras.

Diferença Fernando Toledo disse durante entrevista que devolveu as gratificações de seu gabinete, mas segundo cálculos da Assembleia, ele recebeu cerca de 300 mil, mas só devolveu cerca de 200, o que terá que explicar.

Jogo duplo Os “artistas” que estão presentes em todas as eleições de olho em cargos comissionados, já preparam novas estratégias para o pleito de 5 de outubro. Há oitos anos um deles frequentava os dois comitês, um do PSDB, que se deu bem nas eleições para o governo e outro do PTB. Fazia gentilezas com os dois candidatos e ainda distribuia vales de combustível. Quanto o Téo ganhou ele já estava com o emprego garantido e, por via das dúvidas, estaria também se o outro tivesse ganho a parada.

Além do senador Benedito de Lira a base aliada do governo não tem um candidato de forte potencial eleitoral. É o Biu, ou ninguém. A não ser que queiram fazer experiência e ver o resultado negativo nas urnas.

Nos bastidores dos partidos aliados ao PSDB do governador Téo Vilela, o sentimento é de que todos devem se manter unidos, com reais chances de fazer o sucessor do Palácio dos Martírios. O secretário Marco Fireman, que deixa o governo este mês, deverá ser o interlocutor do PSDB.

Pressa Candidatos do Chapão querem que o senador Renan Calheiros decida logo sobre quem serão os candidatos majoritários nas eleições de outubro. A cada dia que passa, analisam eles, o grupo perde terreno e outros já começam a se preocupar com o futuro político.

Só em março

Objetivo Nos próximos sessentas dias o governo estadual aposta que a situação da segurança pública será outra. Se a violência diminuir Vilela vai investir muito numa campanha que teria dado resultados. Tiraria o discurso da oposição, principalmente do senador Fernando Collor, que não acredita em melhora nesse setor.

Contra todos

Desconfiado

Ele quer compor Especialistas em bastidores da política alagoana analisam de que o vice, José Thomaz Nonô, ao anunciar sua candidatura ao governo, joga a toalha branca para fazer composições. Poderia ser vice de novo ou enfrentar mais uma vez o senador Fernando Collor.

Em cima do muro O deputado Antônio Albuquerque ainda não bateu o martelo sobre uma possível candidatura a federal. Ensaiou com o lançamento do filho para estadual, mas parece que recuou. Dizem os amigos que é melhor uma pomba na mão do que duas voando.

Negócios Apesar de estar firme com o governador Téo Vilela e o senador Benedito de Lira, o deputado João Lyra anda mergulhado dos seus negócios particulares. Ele diz que tudo tem seu tempo e quando entrar na campanha é pra valer.

Só pra palanque Fala-se muito numa candidatura de Alexandre Toledo ao governo do Estado para dar palanque para o presidenciável Eduardo Campos, de Pernambuco. Mas essa alternativa não interessa muito a Alexandre. Aliás, ele será candidato pra valer ou não? Esta história de palanque é pra boi dormir.

Descartada

A vereadora Heloísa Helena não nega de ninguém que é candidatíssima ao Senado. Quer disputar voto a voto com Fernando Collor, candidato à reeleição. Tem dito que está enfrentando um exército com armas ponto 50.

A candidatura do ex-prefeito Cícero Almeida para o cargo de vice-governador numa chapa que teria Renan Filho como carro chefe. Almeida não pensa em outra coisa a não ser num mandato de deputado federal. O médico José Wanderley seria a alternativa, também do PMDB.

Sem volta

Costurando

O prefeito Rui Palmeira não será candidato por hipótese alguma nas eleições de outubro. E já disse isso ao governador Teotônio Vilela que, de início, demonstrava que o tucano poderia ir à luta. Rui tem compromisso fechado com o senador Benedito de Lira, um dos seus maiores cabos eleitorais nas eleições passadas.

O deputado federal Givaldo Carimbão está se entusiasmando com a possibilidade de sair candidato ao Senado e enfrentar Fernando Collor nas urnas. Tem costurado acordos e sua candidatura pode ser viabilizada. Vai pegar uma briga que não tem mais tamanho.


extra OPINIÃO

- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 -

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ARTIGO

Uma boa ação social LUIZ GONZAGA BERTELLI

Q

ue papel os jovens representarão no Brasil de amanhã? Eles estarão preparados para enfrentar os desafios da crescente globalização, assegurar a sustentabilidade do desenvolvimento e construir uma vida com mais qualidade e menos desigualdade? Esses questionamentos surgem quando se pensa na empregabilidade jovem e nas condições oferecidas para a formação de novos profissionais. De início, alguns números dão ideia do tamanho do problema. Por exemplo, a escolaridade média do brasileiro é de 8,8 anos (IBGE, 2012), contra os quase 14 anos de estudo registrados nos Estados Unidos e na Coreia do Sul. Praticamente cumprida a meta de universalização do acesso ao ensino fundamental, o gargalo da vez é o ensino médio. Cerca de 20% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola. E, dos 80% que entram, 9% abandonam o curso e 12% são reprovados. Isso sem contar os 31% que estão na categoria distorção entre idade e série. Nesse cenário, os prejuízos são evidentes. Em linhas gerais, basta lembrar que cada ano adicional de escolaridade corresponde a até 10% de aumento no salário e a um crescimento de 0,37% no produto interno bruto (PIB). Diante de tais benefícios, o que leva à evasão escolar? Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 40% desistem porque acham a escola desinteressante; 27% porque precisam trabalhar; e 11% porque o acesso à escola é difícil. Além do descolamento entre currículo e a realidade da vida do aluno, vários especialistas identificam que – em especial no grupo dos 9,6 milhões da geração nem-nem (nem estudam nem trabalham) – a desistência da escola está vinculada ao que chamam de ambiente cultural de antecedentes de fracasso. Ou seja, o desistente geralmente é o primeiro da família a atingir esse patamar de estudo e pertence a comunidades carentes, em situação de vulnerabilidade e exclusão do mercado formal de

O sucateamento da engenharia no Brasil ADRIANO FACHINI

D trabalho. Um programa, dentro das políticas públicas de inclusão profissional, que vem demonstrando eficácia no atendimento a esse segmento, é o da aprendizagem, incentivada pela Lei 10.097/2000 e reconhecida como ação de assistência social. Conjugando treinamento prático nas empresas e capacitação teórica ministrada por entidade qualificadora, conta hoje com 280 mil jovens de 14 a 24 em formação profissional, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, com a meta de atingir, até o final deste ano, a marca de um milhão de aprendizes. Ao lado da fria letra da lei e respondendo por um terço dos jovens em capacitação profissional, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) vivencia o lado humano da aprendizagem, testemunhando o impacto benéfico da aprendizagem, para os jovens e suas famílias, que também são incluídas nesse processo, contando com encontros de orientação e acompanhamento de assistentes sociais. Moral da história: inseridos no ambiente corporativo e contando com salário e benefícios, que reforçam a renda familiar, os jovens descobrem o valor do aprendizado contínuo, ganham autoestima e adquirem posturas que favorecerão uma futura efetivação ou mesmo o sucesso no primeiro emprego formal. Com um detalhe animador: aptos a conciliar trabalho e estudos, muitos decidem avançar na carreira e partem para a universidade ou o pequeno negócio próprio. Com tal força inclusiva, inegavelmente a aprendizagem é daquelas boas ações de assistência social que, além de dar o peixe, logo de início ensina a pescar.

e todas as ciências, a engenharia, desde a antiguidade, teve um papel decisivo no processo de evolução da sociedade e bem estar das pessoas. O Império Romano, por exemplo, graças à engenharia, criou uma rede de aquedutos, estradas, fontes, rede de esgotos, cidades, arenas em toda a Europa, sendo que muitos desses sistemas, cerca de dois mil anos depois, funcionam e nos permitem tomar água fresca em Roma, Florença ou Veneza, captadas por aquedutos nos Alpes à milhares de quilômetros. Não obstante os ardis e esforços militares, foi a engenharia que sustentou e tornou viável a administração logística do Império Romano, que em seu apogeu chegou a dominar uma área equivalente a quase toda a Europa, norte da África, parte do Oriente Médio e Ásia, mais de 30 estados nos dias de hoje. A engenharia, invenção decorrente da necessidade do ser humano em ter uma vida melhor, com mais saúde e mais comodidade, desde os primórdios de sua existência, existe para servir, sendo seus profissionais, desde priscas eras, sacerdotes a serviço da comunidade e do bem estar social. Ao longo dos séculos, a engenharia foi se modernizando e se ajustando as novas descobertas da ciência e, se tornou cada vez mais útil em sua missão de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Hoje constatamos em nosso cotidiano, sua presença em todas as horas do dia. Somos di-

retamente beneficiados por toda a indústria da engenharia, hidráulica, mecânica, eletricista, naval, de telecomunicações, de produção de alimentos, dentre tantas outras. Ocorre que com essa dependência, nossa sociedade começou a demandar serviços cada vez mais complexos e precisos. Um engenheiro de qualquer área que emite laudos sem atestar se conferem com a obra projetada ou executada, ou ainda, assina uma ART (anotação de responsabilidade técnica) de uma obra que nunca vistoriou, está negando todos os valores altruístas da profissão, além de colocar em risco vidas humanas, bem precioso de valor inestimável. Destarte, a Aerbras vem publicamente externar seu repúdio aos maus profissionais que atuam em todos os ramos da engenharia, emprestando o nome, bem como assinando obras que são projetadas e executadas por terceiros e, para tanto, o fazem cobrando preços vis, atentando quanto a dignidade profissional de todos os bons engenheiros. Apoiamos a postura rígida adotada pelo CREA/SP, que em defesa da classe profissional e da sociedade em geral, vem atuando e punindo os engenheiros negligentes com seus deveres deontológicos e profissionais. Zelar pela vida e pelo direito do cidadão também faz parte das nossas obrigações. Adriano Fachini é empresário do setor de telecomunicações e presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.

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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014

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MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 - 7

ELEIÇÕES 2014

Reforma ministerial pode tirar Benedito de Lira da disputa ao governo de Alagoas Renan quer transformar o senador em ministro e assim consolidar a candidatura de Renan Filho a governador

Renan articula um ministério para Biu de Lira chamar de seu

DA REDAÇÃO

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om o governador Téo Vilela já fora da disputa ao Senado, o senador Renan Calheiros articula agora uma alternativa para tirar o senador Benedito de Lira da disputa ao governo do Estado. A saída honrosa é transformar Biu de Lira em ministro das Cidades e assim consolidar a candidatura do deputado Renan Filho ao governo de Alagoas, que vê Lira como único adversário. As conversações nesse sentido já começaram em Brasília dentro da reforma ministerial conduzida pela presidente Dilma Rousseff. O PMDB, que já tem cinco ministérios, também quer a pasta da Integração Nacional, que comanda grandes obras no país. Mas Dilma pretende entregar esse ministério ao novato PROS dos irmãos Cid e Ciro Gomes, como forma de barrar o crescimento de Eduardo Campos no Nordeste. “Nesse caso – diz reportagem da Revista IsotÉ – o PMDB reivindica o Ministério das Cidades, de grande peso eleitoral, maior até que o Ministério da Integração

Renan Filho quer tirar Biu de Lira da disputa majoritária e ainda contar com o apoio de Téo Vilela em uma aliança branca Nacional. Mas as Cidades hoje pertencem ao PP, cujos caciques são o deputado Aguinaldo Ribeiro, o senador Francisco Dornelles e a senadora Ana Amélia, todos vozes influentes no Planalto. É nesse emaranhado de interesses político-partidários que entra o senador Renan Calheiros, uma das vozes mais influentes no PMDB. Segundo a revista IstoÉ desta semana (n.2304) Calheiros “está empenhado em manter

o Ministério das Cidades com o PP, desde que o titular venha a ser o senador Benedito de Lira, alagoano como ele”. O próprio Biu de Lira já disse publicamente que não abrirá mão de disputar o governo de Alagoas, mas o Planalto considera que seria humanamente impossível Biu resistir a um ministério de R$ 23 bilhões, com R$ 7 bilhões só para investimentos, valores próximos do orçamento de Alagoas para este ano.

Biu de Lira é considerado como obstáculo à consolidação da candidatura do deputado federal Renan Filho ao governo estadual. Com Biu fora do caminho, Renanzinho dificilmente teria adversário na luta pela sucessão de Téo Viella. Mas, se Biu de Lira resistir à tentação de comandar um ministério bilionário, Renan certamente assumirá sua própria candidatura, hoje reivindicada por diversas lideranças políticas e empresarias do Estado.

Para essas lideranças, Renan é a bola da vez e só não será governador de Alagoas se não quiser. Argumentam que Calheiros não tem nada a perder nessa disputa. Lembram ainda que mesmo na remota possibilidade de uman derrota, Renan detém um mandato de senador até 2018, quando poderá disputar a reeleição ou o próprio governo do Estado. “Afinal – dizem seus aliados – ganhar e perder faz parte do jogo democrático”. É esperar para ver.


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ELEIÇÕES 2014

Senador do PP descarta ministério e reafirma sua candidatura ao Governo “O cargo de ministro é honroso, dignifica qualquer político, mas meu projeto é governar Alagoas”, diz Biu de Lira GABRIEL MOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

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senador Benedito de Lira descartou a possibilidade de assumir o Ministério das Cidades, que pertence ao Partido Progressista, e reafirmou seu desejo e do PP em disputar o governo de Alagoas. “Não existe absolutamente nada. Isso é apenas mera especulação. O cargo de ministro é honroso, dignifica qualquer político, mas meu projeto é governar o Estado. E é por isso que estou trabalhando dia e noite, visitando lideranças na Capital e no Interior e buscando recursos para o desenvolvimento de Alagoas”, disse Biu de Lira. A notícia de que estava em curso um projeto para que o senador fosse indicado para o Ministério das Cidades com a participação de outras lideranças políticas de Alagoas, foi descartada. “Absolutamente. Não trato desse assunto. O Ministério das Cidades pertence atualmente ao meu partido, o PP, mas estou fora de qualquer articulação neste sentido. Estou, sim, trabalhando para sair candidato ao governo do Estado com uma ampla coligação de forças. Este é o projeto do

meu partido. Este é o meu projeto”, revelou Biu de Lira ao jornal EXTRA. O senador tem passado a maior parte do recesso do Congresso Nacional em Alagoas discutindo novos projetos para o Estado, avançando nas composições políticas, trabalhando na formação das chapas majoritária e proporcional. “Tenho recebido apoio de colegas da bancada federal, de deputados estaduais, de prefeitos, de lideranças políticas e do povo, onde tenho andado de Norte a Sul do Estado”, disse Biu. Ultimamente, o senador do PP tem participado de lançamentos de novas obras na Capital e no Interior acompanhado do governador Téo Vilela, e costurado alianças com vários partidos aliados que disputarão as eleições deste ano. PROJETO POLÍTICO Além da pretensão de disputar a sucessão do governador Téo Vilela, o senador Biu de Lira disse que, independentemente da política regional e suas alianças, irá participar ativamente da reeleição da presidente Dilma Rousseff. “Política nacional é uma coisa. Política regional é outra, completamente diferente”, revelou o senador, que já conta com pelo menos

Senador Biu de Lira nega articulações para assumir um ministério

a aliança com seis partidos, incluindo o PP. “Só não posso revelar agora quais são. Não é o momento. O momento atual é de conversar, discutir composições, projetos para Alagoas. No momento certo anunciaremos com quem marcharemos nas eleições majoritárias e proporcionais no Estado”,

disse Biu. Do seu projeto de governo constam a construção de milhares de casas em todo o Estado, além de um trabalho voltado para a educação, saúde, segurança pública e infraestrutura de um modo geral, assinalou. Biu de Lira disse que já conseguiu perto de 1 bilhão

de reais para a construção de conjuntos residenciais na periferia de Maceió. Para ele, os projetos entregues pelo prefeito de Maceió, Rui Palmeira, tem facilitado a captação de recursos no governo federal. E a prefeitura, assim como o governo do Estado, tem feito a sua parte nas contrapartidas exigidas pelos órgãos ministeriais. “Queremos destacar a afinidade existente com toda a bancada federal quando se trata de benefícios para a população do meu Estado. Deputados e senadores não têm medido esforços para conseguir recursos do governo federal para todas as áreas”, disse. Biu destacou ainda o projeto do VLT para Maceió, assim como outras obras de governo para o Estado, como a continuação Canal do Sertão que deverá chegar este ano a 125 quilômetros só em Alagoas, construção de adutoras, início das obras do Vale do Reginaldo, do Marco de Maceió no antigo Clube Alagoinhas e ainda a duplicação da Al-101 Norte, como a extensão da Al101 Sul. Durante a entrevista, o senador Biu de Lira recebeu ligação do Ministro das Cidades sobre as especulações feitas pela Revista IstoÉ e desmentiu qualquer conversa sobre assumir qualquer cargo federal no momento. “O meu projeto é um só: trabalhar para governar o meu Estado e fazer tudo que puder em benefício dos alagoanos”, disse Lira.


8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 PRA VALER

Lei Anticorrupção entra em vigor na próxima semana É a primeira lei voltada para a prevenção, combate e repressão de atos corruptos, responsabilizando as empresas

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REDAÇÃO

mpresas que fraudarem licitações ou subornarem agentes públicos poderão ser multadas em até 20% do seu faturamento bruto anual, a partir da próxima semana. É que a Lei 12.846, Lei Anticorrupção, aprovada após os protestos de junho de 2013, entrará em vigor dia 29 e cada Estado e município regulamenta a lei de maneira própria. A punição é administrativa, aplicada diretamente pelos governos, sem passar pelo Poder Judiciário. Embora a esfera federal garanta estar pronta para aplicar a lei imediatamente, a maioria dos Estados ainda discute o assunto. É o que mostra levantamento do UOL que aponta que 10 das 27 unidades federativas não sabem como vão processar as denúncias de corrupção e oito ainda discutem projetos

sobre o tema. Três Estados devem regulamentar a lei nos próximos dias e cinco não se definiram. O Tocantins é o único Estado que já regulamentou a Lei Anticorrupção, em 13 de dezembro do ano. A lei estabelece duas estratégias para coibir a corrupção empresarial: vai aplicar multas pesadas às companhias que oferecem ou pagam propina a servidores e fraudam licitações e as obriga a publicar a sentença em veículos de comunicação. Já no âmbito investigativo, oferece benefícios para as empresas que admitem os ilícitos e colaboram com delações ou provas –por meio dos acordos de leniência, que reduzem a multa em até dois terços. Segundo o secretário -executivo da CGU, Carlos Higino, para ter efeitos significativos em todo o país, é importante que os Estados regulamentem a nova lei.

No entanto, afirmou que o governo federal não pode obrigá-los a regulamentar o dispositivo, mas quem não fizer isso afugentará investidores. “As empresas têm que ter clareza do que vai acontecer em casos de corrupção”, disse. O tema tem gerado discussões e estados como Acre, Alagoas, Ceará, Maranhão, Santa Catarina e Sergipe ainda aguardam decreto federal. Já o Amazonas não tem previsão de quando será regulamentada. Amapá vai regulamentar em fevereiro de 2014; Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro e Pernambuco discutem o projeto. Goiás, Rio Grande do Norte e Piauí estão em análise inicial. O Paraná regulamenta nos próximos dias e o Rio Grande do Sul regulamenta até dia 29 de janeiro. Não deram respostas os Estados da Bahia, Mato Grosso, Pa-

raíba, Rondônia e Roraima Vale ressaltar que até a vigência da nova lei, os envolvidos nas corrupções respondem como pessoa física, excluindo a responsabilidade da organização que representa. Assim que entrar em vigor, toda a incumbência de um fato inidôneo será respondido pela empresa contratante do autor, aumentando a responsabilidade dos atos exercidos pelos seus colaboradores. O contexto aponta que a responsabilidade das empresas sobre os atos de seus funcionários tendem a aumentar consideravelmente, exigindo maiores regras sobre a política aplicada para os colaboradores. A especialista em Direito do Trabalho, Dra. Mariana Schmidt, do Ferreira e Schmidt Advogados, ressalta que as empresas deverão revisar todo o contrato trabalhista imposto nas empresas para aplicar um plano preventivo e evitar

que corrupções ocorram por conta da má fé dos funcionários. “Toda política de compliance, política anticorrupção ou qualquer código de ética anti fraude implica em obrigações aos empregados, que estarão invariavelmente sujeitos às regras da empresa quanto à questão.” EM NOME DA LEI A legislação atual é voltada à punição do agente público corrupto, mas praticamente ignora a responsabilização do agente corruptor pessoa jurídica. São poucos os instrumentos para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados à administração pública. Com a nova lei anticorrupção (12.846/12), as sanções impostas às empresas corruptoras deverão ser comunicadas à CGU para inclusão do nome da pessoa jurídica em cadastro nacional de empresas punidas pela administração pública.


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MENTOR DO CRIME

Com novo relator, caso Dimas Holanda volta a incriminar João Beltrão no TJ Deputado volta a ser citado no crime, após manobra do tribunal; Assembleia se movimenta para sustar processo ODILON RIOS Repórter

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om novo relator, mais páginas e redobrada disposição do Ministério Público Estadual em acusar o deputado estadual João Beltrão (PRTB) como mentor da trama, o assassinato do bancário Dimas Holanda volta ao Tribunal de Justiça de Alagoas neste início de 2014, o 17º ano do homicídio que estampou Alagoas nos jornais nacionais incluindo este crime na lista dos impunes. Não há data para julgamento, mas este processo chegou no dia 15 às mãos do desembargador-relator João Luiz Azevedo Lessa, após uma confusão que retirou de Beltrão a responsabilidade por este crime. Fator novo é que a papelada traz a reapresentação da denúncia contra o deputado estadual, assinada pelo chefe do Ministério Público, Sérgio Jucá, em uma novela que se estende há quase dois anos. De um lado está Jucá, que quer evitar a prescrição do assassinato do bancário; do outro, a Assembleia Legislativa, que se movimenta para suspender o trâmite do processo- levando em conta que o parlamentar tem foro por prerrogativa de função (o foro privilegiado), apesar de ser um dos deputados mais faltosos da Casa de Tavares Bastos. Em 2012, o TJ decidiu, por maioria, rejeitar a denúncia contra Beltrão. Motivo: o MP alagoano não havia pedido autorização legal do tribunal para processar o parlamentar- exatamente por causa do foro por prerrogativa de função. O MP manteve a posição: oferecer a denúncia. Na “cabeça” deste assassinato está JB e também denunciados Eufrásio Tenório Dantas, Daniel Luiz da Silva So-

brinho, Paulo Nei, Valdomiro dos Santos Barros e outro acusado, identificado como Paulo. Em julho do ano passado, o desembargador James Magalhãesrelator do acórdão- alegou que os desembargadores entenderam pela anulação de todas as provas produzidas no inquérito policial, por não haver pedido do MP para processar o deputado.

AUTORIZAÇÃO DO TJ Ou seja: para processar deputado, deveria-se pedir autorização do TJ. Tudo voltaria à estaca zero, todas as testemunhas e os acusados no crime teriam de ser ouvidos de novo por um fato que aconteceu há 17 anos. Além de se incluírem as diligências. “Não se analisou a denúncia e o João Beltrão não foi absolvido no tribunal. O que se analisou foi uma filigrana jurídica: o Ministério Público não pediu autorização pata investigar o deputado”, disse o chefe do MP, na época do rastro do acórdão de James Magalhães. E Jucá levou em conta dois casos, para buscar “anular a anulação” da decisão que favorece Beltrão: o MP denunciou os deputados Nelito Gomes de Barros (PSDB) e Marcelo Victor (PMN), por porte ilegal de arma de fogo. Ambos sem precisar de autorização do tribunal. “Quando é ladrão de galinha a justiça age diferente. Isso aumenta a descrença na Justiça de Alagoas. É uma vergonha, um insulto. Um tapa na cara de cada alagoano. Eu lamento a morosidade neste caso. São 16 anos. Há anos que se luta para se oferecer a denúncia. E o Tribunal levou um tempo imenso para tomar uma decisão”, explicou, ano passado. “O inquérito policial somente foi enviado para esse Tribunal de Justiça quando já não havia mais provas a serem produzidas,

Beltrão volta a ser citado no crime. João Luiz Lessa é novo relator

de modo que aquelas já existentes nos autos estão maculadas pelo vício de nulidade. Assim, verificando-se irregularidades na produção de provas ante a evidente ausência de competência de autoridade que determinou ou autorizou sua produção, devem ser as mesmas afastadas dos autos”, explicou o desembargador James Magalhães, no polêmico acórdão. O MP alega ter oferecido a denúncia por este crime em 2010. Em 14 de fevereiro de 2012 veio a decisão do tribunal, rejeitando Beltrão na denúncia. Um ano e três meses depois o tribunal publicou o acórdão: maio de 2013, ratificando Beltrão fora deste crime.

EMBLEMÁTICO O caso Dimas Holanda é emblemático pela futilidade e brutalidade do assassinato. Em 3 de abril de 1997, Dimas, 34 anos, casado, pai de dois filhos, havia ido visitar a tia Madalena no conjunto Santo Eduardo- parte baixa da capital alagoana. Entrou no seu carro, um Ford Escort vermelho. Engatou a primeira marcha e, na segunda, teve o carro fechado por outros três: pistoleiros fizeram uma tocaia em uma caminhonete, um Fiat Uno e um Golf, todos de cor escura. Eles abriram fogo. Dimas tentou correr. Morreu no local. Os detalhes do crime foram dados pelo ex-tenente-coronel (líder da Gangue Fardada), Manoel Francisco Cavalcante. Motivo: o bancário teria paquerado uma suposta namorada

de João Beltrão, conhecida como Clécia. Hoje, o caso Dimas acumula seis volumes, com 1.402 páginas. João Beltrão: amado, temido e sob cerco da Justiça O nome que encabeça este crime não é um qualquer. João Beltrão é amado e temido em Coruripe, celeiro eleitoral da família que tem hoje, na Prefeitura, o irmão Joaquim. Só que o império de João está sob ameaça. No Tribunal de Contas da União (TCU), a era João Beltrão na Prefeitura da cidade (início dos anos 90) é conhecida por obras inacabadas, apresentação de informações falsas e sumiço de dinheiro. A prestação de contas dele, de 1996 quando era secretário estadual do Trabalho foi contestada pelo tribunal por apresentar informações falsas sobre os gastos na pasta. Ao mesmo tempo, foi condenado pelo TJ por usar a filha como laranja em uma operação ilegal: a compra de um carro com dinheiro da Casa de Tavares Bastos. O parlamentar é acusado, ainda, de tramar a morte do cabo da Polícia Militar, José Gonçalves, em 1997. Cabo Gonçalves fazia parte da “turma do João Beltrão”, em Coruripe, como era chamado. Após sofrer um atentado, Gonçalves passou a trabalhar para o hoje deputado federal Francisco Tenório, segundo depoimento do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante. A proposta não agradou Cavalcante- era chama-

do de “desafeto” do ex-tenente-coronel. Manoel Cavalcante passou a contactar com o presidente da Assembleia- na época- o deputado Antônio Albuquerque “com o escopo de solucionar aquele impasse, pois segundo João Beltrão o Cabo Gonçalves estaria vindo para Alagoas para assassiná-lo”. Na fazenda de Antonio Albuquerque, no município de Limoeiro de Anadia, foi articulada a morte de cabo Gonçalves, como descreve Manoel Cavalcante: “Por sua vez, Antônio Albuquerque, detentor de grande influência em nosso Estado, resolveu articular uma reunião em sua residência, localizada na cidade de Limoeiro de Anadia, onde ficou acertado a execução do Cabo Gonçalves, que seria atraído para a armadilha armada por Francisco Tenório e entregue para seu inimigo João Beltrão”. “No dia do fato, como era de costume, o Cabo Gonçalves se dirigiu até a residência de Francisco Tenório, onde recebeu um ‘vale’ para abastecer seu veículo no Auto Posto Veloz, localizado na ‘Via Expressa’, tendo este, incontinente, comunicado a João Beltrão o fato e o local para onde estava se dirigindo a vítima, com o intuito de que João Beltrão executasse seu plano, sendo assim feito”. Sob ordens de Beltrão, a vítima foi executada de forma covarde em um posto de gasolina, na Via Expressa, em Maceió. Beltrão ainda responde pelo assassinato de Pedro Daniel de Oliveira, o Pedrinho Arapiraca, morto com 15 tiros em frente a um posto telefônico, na cidade de Taguatinga, em Tocantins, no dia 9 de julho de 2001. O processo- que estava na 1ª Vara de Taguatinga/TO – está no TJ alagoano. É que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, como se trata de um crime doloso contra a vida, a competência para o julgamento é do Tribunal do Júri. Ou seja: da Constituição Estadual- neste caso, a de Alagoas.


10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 DISCÓRDIA

Prefeitura briga na Justiça para não virar ‘ficha-suja’ Em São Luiz do Quitunde, “herança” de Cícero Cavalcanti pode suspender recursos federais ODILON RIOS Repórter

Cícero Cavalcante é responsável pela inadimplência do município

para a população e para os serviços a ela prestados. Em face do exposto, julgo procedente o pedido, confirmando a decisão antecipatória da tutela, determinando em caráter definitivo a exclusão do nome do Município de São Luiz do Quitunde dos cadastros do SIAFI, CAUC e CADIN, bem como quaisquer outros órgãos de restrição ao crédito, em virtude do convênio nº 655713/2008 (cf. Fls. 24/25)”, decidiu o magistrado em 28 de outubro de 2011.

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ma briga na Justiça colocou em lados opostos o Ministério Público Federal e a Prefeitura de São Luiz do Quitunde. O problema é que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) quer a inclusão da cidade no cadastro dos fichas-suja federal, após a passagem pelo Executivo do polêmico Cícero Cavalcante. A cidade foi incluída no Sistema Integrado da Administração Federal (Siafi) e no Cadastro Único de Convênios (CAUC). Isso porque Cícero- quando era prefeito- recebeu dinheiro do FNDE e do Fundo Nacional de Saúde “mas destinara a finalidades diversas das previstas na avença, razão pela qual teria sido inscrito no cadastro de inadimplentes”, diz sentença do juiz André Granja, de 28 de outubro de 2011. Com a inscrição no CAUC, São Luiz do Quitunde deixaria de receber recursos em algumas áreas mantidas pelos cofres da União. CONVÊNIO O convênio nº 655713/2008, entre FNDE e Prefeitura, seria para comprar um veículo, zero, para o transporte escolar os alunos da Educação Básica. Total: R$ 172.700,00 (São Luiz do Quitunde entraria com uma contrapartida minúscula de R$ 1.727,00. Isso em 2009. O então

Juiz André Granja opinou pela retirada da prefeitura da lista suja

prefeito teria de prestar contas do convênio- o que não aconteceu. Daí o motivo da discórdia: O FNDE quer a inclusão da cidade nos cadastros federais de inadimplência; a Prefeitura busca, na Justiça, evitar que a União feche a torneira e deixe de irrigar o município com verbas federais. O Ministério Público Federal pediu a exclusão da cidade do cadastro dos inadimplentes. Porque quem deveria ser responsabilizado era Cícero Cavalcante e não os cofres do município- segundo argumenta. “Ressalto que, conforme referenciado na decisão antecipatória da tutela, o Superior Tribunal de Justiça já assentou o entendimento de que na hipótese de inadimplência causada por ex-prefeito, o Município não pode continuar inscrito no SIAFI ou no CADIN depois que o sucessor adota providências

tendentes ao ressarcimento do erário municipal, como ocorreu no caso dos autos”, diz o juiz federal André Granja. Ele opinou pela retirada da Prefeitura da lista suja federal. “(...) deve-se comprovar a instauração da devida Tomada de Contas Especial para que o Município possa ser liberado para receber novas transferências, uma vez que o atual prefeito tomou todas as providências previstas em lei, no sentido de responsabilizar os culpados pela falta cometida. Logo, resta apenas que o FNDE proceda à Tomada de Contas Especial para apurar as irregularidades cometidas no convênio em questão”, analisa Granja. “Manter a inscrição do Autor nos aludidos cadastros causa à comunidade municipal dano grave, uma vez que permanece impossibilitado de receber verbas federais, importando em graves prejuízos

CABE RECURSO A decisão de André Granja não é definitiva e cabe recurso Chegou esta semana ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região- com sede em Recife. O relator é o desembargador federal Marcelo Navarro Ribeiro. Este desembargador é o mesmo que, em novembro de 2012, decidiu pela condenação de 17 pessoas acusadas de desviar dinheiro da merenda escolar, na Operação Gabiru, que estourou o esquema em 17 de maio de 2005. Na lista, o ex-prefeito de São Luiz do Quitunde, também com passagem em Matriz de Camaragibe. Ele pediu a condenação de Cavalcante e os outros acusados a 12 anos e seis meses de prisão. De acordo com a apuração feita pelo MPF, foi feita em Alagoas uma organização criminosa, entre os anos de 2001 e 2005. A operação tinha por estrutura a execução de delitos e atos de improbidade admi-

nistrativa. As articulações incluíam formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, fraude a licitações, apropriação indevida de verbas e bens públicos. Quanto a Cícero Cavalcanti- além de velho conhecido das carceragens da Polícia Federal- foi obrigado a pagar, em julho de 2012, R$ 10 mil aos cofres públicos por irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em contratos da Fundação Nacional de Saúde e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Cícero Cavalcanti quase foi a prisão por compra de votos, mas foi inocentado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em dezembro de 2009, ele foi preso acusado de matar, em outubro de 2007, o líder comunitário da região José Geraldo Renovado Serqueira, 32 anos. Em fevereiro de 2011, a Secretaria de Controle Externo do TCU obrigou Cavalcanti a devolver R$ 19,4 mil aos cofres públicos em 15 dias. O dinheiro, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, foi desviado, segundo o TCU, através das empresas-fantasmas Metrópolis Comércio e Representações Ltda. e Comercial Paris Ltda. Matriz e São Luiz são duas das cidades mais pobres do litoral norte alagoano. Ambas são rotas da prostituição infantil, “abastecendo” cidades do litoral pernambucano (próximas à cidade).


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 -

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ELEIÇÕES 2014

Em Alagoas, mais de 140 ex-prefeitos e gestores públicos estão na lista da

VEJA A LISTA DOS FICHAS-SUJAS DE ALAGOAS ADALBERON DE MORAES ALEXANDRE TIMÓTEO GOMES DE BARROS ALEX SALVINO DA SILVA ÁLVARO DE SOUZA JÚNIOR ANA CECÍLIA LEITE LIRA ANDRÉA LOPES DE OLIVEIRA ANTÔNIO CÂNDIDO DE ALBUQUERQUE JÚNIOR ANTÔNIO FERNANDES DA ROCHA ANTÔNIO JOSÉ DA SILVA ANTÔNIO NETO CAMILO SILVA AURÉLIO JOVINO DA SILVA NETO BENEDITO CASADO DA ROCHA BENEDITO CASADO DA ROCHA BENEDITO JOSÉ DE SOUZA BRUNO GUSTAVO ARAÚJO LOUREIRO CARLOS ALBERTO DE MENDONÇA CANUTO CARLOS HENRIQUE CAVALCANTI MANSO CELSO RODRIGUES REGO CÍCERA PEREIRA DA SILVA CÍCERO EZEQUIEL DA SILVA CLODOALDO FERREIRA DA SILVA CRISTIANO EIRAS MEDEIROS DERALDO ROMÃO DE LIMA DJALMA MARINHO MUNIZ FALCÃO EDMUNDO CAMPOS FLORENTINO EDNALDO ALMEIDA COSTA EDNEUSA PEREIRA RICARDO ELENILDA CORREIA DE ARAÚJO ELMA SALES COSTA ERALDO CAVALCANTE SILVA ERASMO SILVA DE CARVALHO ERMANE PEREIRA DE MELO EUGÊNIA GUIMARÃES DOS SANTOS EUGENIO PACELLI OLIVEIRA DE REZENDE EULINA LEANDRO RIBEIRO GAMA

Em Alagoas a Lei já valeu não eleições de 2012, mas nenhum candidato foi condenado ou perdeu o mandato REDAÇÃO

Mais de seis mil nomes de gestores públicos federais, estaduais e municipais tiveram contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em decisões definitivas, e irrecorríveis, nos últimos oito anos. A lista de 2012 mostra que, em Alagoas, 141 ex-gestores públicos aparecm na relação dos que tiveram contas rejeitadas. Nomes conhecidos como Adalberon de Moraes (Satuba), Carlos Alberto Canuto (Pilar), Henrique Manso (Paripueira), Deraldo Lima (Santa Luzia

do Norte), Petrúcio Barbosa (Igaci), Marcos Davi Santos (Santana do Ipanema), Maria Helena Santa Rosa (Belém), Oberdan Tenório Brandão (Inhapi), Reinaldo Lessa (Água Branca), Roberto Sapucaia (Maribondo) completam a lista de inelegíveis. Eles foram condenados pelo TCU em 209 processos de improbidade administrativa, mas esse número poderá aumentar com a atualização da lista de 2013. FICHA SUJA- A assessoria de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) informou

que “a Lei da Ficha Limpa já valeu nas Eleições de 2012 para Alagoas e todo o Brasil. Apenas nenhum candidato foi condenado ou perdeu o cargo por esta razão em nosso Estado.” A regra que torna os políticos “fichas-sujas” inelegíveis começou a valer nas eleições municipais de 2012 e será aplicada pela primeira vez em 2014, nas disputas para presidente, governadores, deputados e senadores. Pela lei, não podem se candidatar políticos condenados em decisão final, quando não cabem recursos.

FABIENI ANGÉLICA BISPO COSTA FERNANDO ANTÔNIO CORADO CARNEIRO FERNANDO DE CARVALHO FERRO FERNANDO JOSÉ DE ARAÚJO LOU FLAVIUS FLAUBERT PIMENTEL TORRES FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO JÚNIOR FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRA GERALDO ANTÔNIO MUNIZ SIMÕES GILBERTO LEÔNCIO DA SILVA JÚNIOR GRACILIANA SELESTINO GOMES DA SILVA HELOÍSA LIMA DE CARVALHO HELOISA MARIA DE SOUZA LEITE HENRIQUE THADEU ROMEIRO DE CARVALHO ILEILDA FERREIRA DOS SANTOS ISMAEL PEREIRA DE AZEVEDO IZABEL REJANE DE ALBUQUERQUE LINS JAIME MESSIAS SILVA JAIR FRANCISCO DE SOUSA LIMA JOÃO CARLOS DE SOUZA JOÃO LIMA DA SILVA JOSÉ ADERSON DA ROCHA RODRIGUES JOSÉ AFONSO FREITAS MELRO JOSÉ AFRÂNIO VERGETI DE SIQUEIRA JOSÉ AQUINO RIBEIRO NETO JOSÉ AUGUSTO CARNAÚBA DE LIMA JOSÉ AURÉLIO DE OLIVEIRA JOSÉ CARLOS DA SILVA JOSÉ CARLOS LYRA DE ANDRADE JOSÉ COSTA FERRO JOSÉ DAMACENA FILHO JOSÉ EVERALDO RAMOS JOSÉ FRANCISCO FERREIRA DE MORAES JOSÉ GOMES DOS SANTOS JOSÉ IGO DO NASCIMENTO JOSÉ IONALDO CIRINO SANTOS

JOSÉ JOÃO DE LIMA JOSÉ JOEL LUIS BENTO JOSÉ LINO DA SILVA JOSÉ MARCELO DO NASCIMENTO JOSÉ MÁRCIO DE AMORIM DÂMASO JOSÉ NILSON COIMBRA PEIXOTO JOSÉ PETRÚCIO BAHIA VILELA JOSÉ PETRÚCIO OLIVEIRA BARBOSA JOSÉ PRAXEDES NETO JOSÉ QUITÉRIO DA SILVA JOSÉ RAFAEL TORRES BARROS JOSÉ REIS DO NASCIMENTO JOSÉ REIS DO NASCIMENTO JOSÉ ROBERTO DE SOUZA JOSÉ ZARONIR RAMALHO DE FREITAS JOSÉ ZEZITO COSTA LAURINETE MARIA DE LIMA MELO LUIZ ANTÔNIO TREVISAN VEDOIN LUIZ SOARES DA SILVA MAILSON BULHÕES DE OLIVEIRA MANOEL JOÃO DOS SANTOS JUNIOR MANOEL SERTÓRIO QUEIROZ FERRO MARCELO CORREA MENDES MARCOS ANTÔNIO SILVA DE PAULA MARCOS DAVI SANTOS MARCOS OSÓRIO DE LIMA MARCUS ANTONIO BARBOSA PEIXOTO MARGARETH VIEIRA ALVES MARIA ALICE REMÍGIO GAMA MARIA ALVES RODRIGUES MARIA APARECIDA SILVA ALMEIDA MARIA ARILUCE DE CERQUEIRA MARIA DE FÁTIMA DA COSTA LIPPO ACIOLI MARIA DE LOURDES GOMES DA SILVA MARIA DILEUZA ARAÚJO COSTA MARIA HELENA ANTERO SANTA ROSA MARIA JEANE DOS SANTOS ALVES MARIA JOSÉ DE CARVALHO NASCIMENTO MARIA REJANE LIMA E SILVA MÁRIO CÉSAR JUCÁ MÁRIO CÉSAR VIEIRA MÁRIO JORGE DE ALBUQUERQUE MÁRIO PEDRO DOS SANTOS MARLENE FALCÃO PEDROSA FIDELIS MOACIR ALVIM DA SILVA OBERDAN TENÓRIO BRANDÃO OLIVAL JOSÉ DA SILVA OSMAN CATARINA PAULO FERREIRA DE ANDRADE PAULO JORGE DOS SANTOS PAULO ROBERTO PEREIRA DE ARAÚJO REGINALDO MATIAS DA SILVA REINALDO JOSÉ LESSA SANTOS RENILDO NOBRE DOS SANTOS ROBERTO SAPUCAIA DOS SANTOS ROGÉRIO DOS SANTOS AGUIAR ROGÉRIO MOURA PINHEIRO (Bigode) ROSALVO MIGUEL DOS SANTOS FILHO SARITA LIMA HOULY SEBASTIÃO PEREIRA ACIOLI SILVANO CARDOSO SONIA HADDAD MORAES HERNANDES TELMA GOMES DE MELO VALÉRIA SANTOS LIMA VASCO RUFINO DA SILVA VERA LÚCIA NEMÉSIO DO CARMO WALTER LUIZ JUCÁ SÁ WASHINGTON LUIZ MOURA GALVÃO WELLINGTON DAMASCENO FREITAS


12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 NEGÓCIO INSUSTENTÁVEL

Caso TelexFREE deve ter fim até meio do ano, diz MP Alessandra Marques, promotora do Acre responsável pelo processo que envolve a empresa, espera que ação seja julgada até metade do ano. Bens estão bloqueados desde junho

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e acordo com a promotora Alessandra Garcia Marques, do Ministério Público do Acre (MP-AC), o caso da empresa TelexFREE, que é acusada pelo órgão de praticar o crime de pirâmide financeira, deve ser julgado até o meio do ano. A previsão foi feita em entrevista ao G1. A TelexFREE, que oferece serviços de VoIP (sistema de telefonia via internet), teve seus bens bloqueados pela Justiça em junho de 2013, devido a uma ação civil movida pelo MP. A empresa também está impedida de realizar pagamentos a seus divulgadores e a realizar novas adesões. De acordo com Alessandra, o processo está em fase de produção de provas e está perto do fim, “se depender do Ministério Público”. “O que tem atrasado um pouco é o comportamento da empresa, que recorre sem fundamento, que propõe incidentes no processo, isso é o que está atrapalhando”, disse ao G1. A TelexFREE já foi multada pela justiça por apresentar recur-

sos considerados protelatórios, isto é, que apenas atrasam o processo, intenção que é negada pela companhia. Titular da Promotoria de Defesa do Consumidor do órgão, Alessandra afirmou ainda que se sente comovida com as pessoas humildes que investiram no negócio sem conhecimento. Segundo ela, que já foi ameaçada inúmeras vezes de morte, a oposição dos divulgadores ao processo só ocorre porque o Ministério Público agiu antes que o “negócio ruísse”. O que diz a TelexFREE Contrário à posição do MP, o diretor de marketing e sócio da TelexFREE, Carlos Costa,publicou vídeo no qual acusa o órgão de não ter aceito uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sugerida pela empresa que poderia encerrar o caso com ressarcimento de quem investiu e não recuperou seu dinheiro. O MP, no entanto, não aceita que a TelexFREE mantenha seu modelo de negócios, considerado insustentável pelos promotores.

Promotora Alessandra Marques diz que empresa recorre sem fundamento


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RÉU

Ex-prefeito de Major Izidoro tem bens bloqueados pela Justiça Ítalo Amaral é responsabilizado por cometer uma série de atos de improbidade administrativa JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

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o início desse mês o juiz Fausto Magno David Alves decidiu bloquear as contas do ex-prefeito de Major Izidoro, Ítalo Suruagy do Amaral. Ele é responsabilizado por atos de improbidade administrativa promovida pelo município, já que na época como chefe do executivo teria agido negligentemente na arrecadação de tributo, bem como deixaram de prestar contas, “embora obrigados a fazê-lo”, enfatizou a decisão do magistrado. Além de Ítalo Amaral; Luciano Suruagy do Amaral (irmão do ex-prefeito), na condição de secretário de finanças da época, participou do esquema que deixou de recolher integralmente as contribui-

ções previdenciárias devidas pelo município de Major Izidoro, assim como as recolhidas dos servidores e que, de igual forma, não ingressaram nos cofres da previdência municipal. Segundo a Justiça, foi gerando um déficit de pelo menos R$ 2 milhões aos cofres públicos de Major. Pessoas ligadas a atual administração afirmaram a reportagem do jornal Extra que verdadeiras aberrações administrativas foram realizadas por Ítalo e essa seria uma das primeiras a vir à tona. A decisão de bloquear R$ 2.004.157,89 dos réus Ítalo Amaral e Luciano Suruagy do Amaral é a garantia que o erário seja ressarcido pelo prejuízo causado pelo ex-prefeito e o ex-chefe da pasta. “Assim, constatados desvios no exercício dos poderes con-

cedidos ou dos recursos públicos administrados, não tendo os responsáveis agido de forma criteriosa no trato da coisa pública deverão ser responsabilizados”, conclui um dos fragmentos da decisão. A decretação da indisponibilidade dos bens foi referente, também, a prática de enriquecimento ilícito e malversação da coisa pública. A reportagem do jornal Extra tentou entrar em contato com ex-prefeito Ítalo Amaral e o ex-secretário para falar sobre o caso, mas ambos não foram localizados em seus telefones. SEM BENS E SEM MANDADO Em junho de 2013 o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) cassou os direitos políticos do ex-prefeito de Major Izidoro, Ítalo Amaral, por oito anos por abuso de poder político e econômico. Ítalo teve que arcar com uma multa de R$ 63.840,00. Um dos trechos da decisão mostra como o ex-chefe do

Juiz Fausto Magno já cassou o mandato do ex-prefeito de Major Izidoro, Ítalo Amaral, e agora bloqueou seus bens por improbidade

executivo se beneficiava politicamente de forma irregular: “ele é acusado de desviar cimentos, canos e areia da obra de uma creche que estava sendo construída no bairro de Fátima, o mais carente da cidade, para serem trocados por votos.” A denúncia ainda aponta que com o aval de Ítalo Amaral um carro que pertencia ao

município era utilizado por parentes do ex-prefeito de forma indiscriminada. “O investigado utilizando-se de servidores e bens do município, montaram um grande esquema de distribuição de material de construção em troca de votos, em plena luz do dia”, sentenciou uma das falas do juiz Fausto Magno da 31ª Zona Eleitoral.


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PEDROOLIVEIRA pedrojornalista@uol.com.br

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Para refletir: “Neste verão Maceió é uma festa”. Mas é bom lembrar que o povo precisa mesmo é de saúde, educação e respeito.

Absurdo ou idiotice?

Foi adiada a “burrada”

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e autoria dos senadores Marcelo Crivella (PRB/RJ), Ana Amélia (PP/RS) e Walter Pinheiro (PT/BA), o PL 728/2011, cuja votação está sendo apressada no Congresso, prevê limitações ao direito à greve, além de considerar atos de manifestações, em determinadas circunstâncias, “terrorismo”. Tudo arquitetado pelo governo amedrontado para o período da Copa do Mundo. De acordo com a ementa - parte do texto em que se resume a proposta -, o projeto “define crimes e infrações administrativas com vistas a incrementar a segurança da Copa do Mundo de Futebol de 2014, além de prever o incidente de celeridade processual e medidas cautelares específicas, bem como disciplinar o direito de greve no período que antecede e durante a realização dos eventos, entre outras providências”. Tal absurda ideia que tem o aval do governo petista e o apoio de grande número de parlamentares da “base aliada” se aprovada mostrará ao mundo o Brasil como uma republiqueta de quinta categoria e mais, um anúncio de um regime de exceção e total restrição à liberdade de expressão e o direito de protestar, contidos na Constituição Federal. Diz um dos artigos do famigerado projeto: ”Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo: Pena – reclusão, de 15 (quinze) a 30 (trinta) anos”. Neste ponto, cabe ressaltar a abertura do tipo penal, de forma que muitas condutas podem ser nele enquadradas. O fechamento de uma via pode ser considerado privação da liberdade de pessoa, considerando-se que a mesma terá, em certa medida, sua liberdade de ir e vir cerceada por uma manifestação que bloqueie uma via de acesso? Como motivação ideológica ou política, pode-se enquadrar a aversão a possíveis gastos excessivos e à corrupção e ao superfaturamento ocorrido nas obras dos estádios de futebol? O que seria considerado “infundir terror ou pânico generalizado”? Seria possível enquadrar manifestações de enorme vulto, que somem centenas de milhares de pessoas contrárias a determinado evento, atrapalhando a sua realização. Caso, em manifestações pacíficas, alguns sujeitos, inclusive infiltrados por opositores aos protestos, iniciem depredações, haverá uma preocupação em distinguir participantes pacíficos? Em que medida esta lei poderá causar medo entre ativistas, considerando-se que, caso estejam em uma manifestação legítima e pacífica, poderão ser “envolvidos” em crimes que poderão atingir pena de até 30 anos? A minha impressão é que esse pessoal do governo está ficando louco e a sociedade precisa reagir. Por que não se preocupar em punir exemplarmente os corruptos, os ladrões do dinheiro público, os administradores irresponsáveis e criminosos? Não o farão jamais, pois ai o próprio governo e os petistas seriam considerados terroristas e iriam parar na cadeia.

- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014

É possível realizar O governador Teotônio Vilela Filho e os seus secretários estiveram reunidos para uma avaliação do “Programa Alagoas Tem Pressa”. Na oportunidade foi feito um diagnóstico geral do vitorioso projeto. Na ocasião o governador ressaltou:. “Elaboramos para Alagoas projetos com perspectiva, porque desejávamos tirar o Estado do marasmo em que vivíamos. Foram anos sem novas indústrias, sem o desenvolvimento necessário. Nesse último ano de governo, avistamos um Estado absolutamente diferente daquele tempo, e muito disso graças a tudo o que foi pensado e elaborado dentro desse Programa”. Já o secretário Luiz Otávio Gomes, o idealizador e coordenador do programa, que se despede do governo, foi enfático: “Não foi à toa que esse foi um Programa traçado para ser reconhecido como uma iniciativa de Estado, e não de governo. Aqui, reservamos para Alagoas um planejamento de 20 anos, onde priorizamos a melhoria da qualidade de vida de cada alagoano. Muito do que já foi concluído evidencia a importância do “Alagoas Tem Pressa”, por isso não deixamos de monitorar e controlar metas durante toda a sua execução”. Na reunião a secretária adjunta, Poliana Santana, anunciou a certificação recebida pelo Programa, nas categorias nacional e internacional, pela ISO 9001. “Somos o primeiro Programa nesses moldes do Brasil a ter esse reconhecimento, isso só corrobora a eficiência dos métodos que adotamos, e o comprometimento desse governo em mudar o rumo de Alagoas”. Quando se quer, se faz. (Com informações do site Cada Minuto).

Missão de contribuir A Procuradoria Geral do Estado, composta por profissionais da mais destacada competência, tem dado uma inestimável contribuição ao governo e à sociedade alagoana na preservação dos princípios da legalidade e da moralidade pública. Muitas vezes contraria interesses da administração objetivando sempre o caminho da coisa certa e juridicamente perfeita. Sob o criterioso comando do procurador Marcelo Teixeira, com um quadro de profissionais defasado numericamente, consegue superar obstáculos e transmitir a devida segurança aos atos de gestão. Vale ressaltar o ambiente de harmonia e o compromisso de todos com o interesse público. Algo a se ressaltar.

Sei lá por qual motivo os “inteligentes” da SMTT resolveram adiar a ideia burra e irresponsável da “faixa exclusiva para ônibus” na Avenida Fernandes Lima, pelo lado direito. Com a decisão fica também adiado o inicio do caos anunciado para motoristas que trafegam por ali e que certamente viverão um “inferno” graças aos equívocos dos que não estão preparados para os cargos que os colocaram por conveniência e “negociações”. Por falar em caos há uma “fartura” na SMTT. Como se diz no popular “ farta tudo”; Os guardas nomeados há meses ainda estão sem farda, as condições de trabalho são precárias, mais de 50 guardas que deveriam estar nas ruas cuidam de serviços administrativos internos. Os guardas estão em sua maioria desmotivados e descontentes com a maneira arrogante e autoritária do dirigente maior do órgão. A pauta sobre irregularidades é longa, mas contarei depois. Será que o prefeito sabe de algo?

Aperto aos corruptos A partir de 29 de janeiro, não apenas servidores públicos poderão ser punidos por corrupção. Entra em vigor a chamada Lei Anticorrupção, que permite inclusive a aplicação de multas de até 20% sobre o faturamento anual bruto de uma empresa envolvida em corrupção. A responsabilização objetiva de empresas envolvidas em infrações representa uma das principais novidades da norma. Antes, as companhias poderiam alegar que a infração foi motivada por um ato isolado de um funcionário e um servidor público, como lembra o relator da matéria em comissão especial da Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini (PT-SP). “A empresa não pode chegar agora e dizer: isso foi um gerente meu, um diretor meu que tomou essa iniciativa sem o nosso conhecimento, como sempre se fazia anteriormente. Agora, não. A empresa passa a ser responsável.”

Palpite infeliz Se o ex-secretário Marcos Fireman pretendeu faturar politicamente ao dirigir critica velada ao seu companheiro de governo Luiz Otávio Gomes, quebrou a cara. Cometeu o erro de criticar logo a figura mais importante da administração estadual apenas por puro “ciúme da notoriedade” à qual foi exposto o secretário de Planejamento que sai. Para uma alta personalidade do governo com a qual conversei “Marcos Fireman é um bom sujeito, foi um secretário razoável, mas tem forçado a barra, pois não tem destino nem vocação política. Sem chances qualquer tipo de candidatura”. No mesmo sentido opina o vice-governador José Thomaz Nonô, um especialista no assunto: “Luiz Otávio Gomes é o grande responsável pelo setor que melhor resposta deu no governo. A proposta de atração de empresas tem tido êxito e vai fazer com que o governador encerre o mandato com mais de 100 novos empreendimentos. Sua presença honra qualquer governo e dá dimensão política. Quem administra bem tem peso para representar a sociedade, sendo ou não militante. Talvez seja discreto nas suas pretensões políticas, que se existirem tem lógica e respaldo”.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014

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PREVIDENCIA EXTRA

Alagoas descarta previdência complementar D estaque-se que o Fundo Financeiro também vai contemplar servidores do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Estadual, com os quais já foram firmados protocolos de intenções que preveem para este ano a assinatura dos respectivos convênios. De acordo com o mais recente Relatório Gerencial Contábil da AL Previdência, com números até novembro de 2013, foram pagos, naquele mês, R$ 90.462.017,67 em aposentadorias e pensões para 28.513 beneficiários, sendo a maior parte, 23.552 relativos a aposentadorias (17.204) e pensões (6.348) cobertas pelo Fundo Financeiro. As demais (4.961) se referem a aposentadorias (3.620) e pensões (1.341) cobertas pelo Fundo Militar. O relatório também traz o rendimento médio dos benefícios pagos, sendo de R$ 2.958,00 para as aposentadorias do Fundo Financeiro e de R$ 4.563,63 para as do Fundo Militar, enquanto para as pensões este valor é, respectivamente, de R$ 2.984,59 e R$ 3.050,87.

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Os valores médios dos benefícios no serviço público alagoano também justificam, ao menos por enquanto, a tese de que não se faz necessário instituir um fundo de previdência complementar nos moldes do que foi criado pela União no ano passado e do já adotado em pelo menos cinco estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e Minas Gerais e que está em vias de estudos em Pernambuco. O princípio dos fundos de previdência complementar é simples: para ter direito à aposentadoria integral (mesmo valor do que recebia na ativa), o servidor deve fazer uma contribuição extra a um fundo criado especificamente com esta finalidade. No caso da União, foi instituído no ano passado o Funpresp-Exe (Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo), mas cuja adesão pelos servidores novatos se revelou um fiasco. Até outubro, de acordo com uma matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo e com base nos dados estatísticos do Ministério da

Marcello Lourenço diz que 2014 será o ano de consolidação para o novo modelo previdenciário

Previdência, dos 15 mil servidores que ingressaram no serviço público federal entre fevereiro e agosto de 2013, apenas 2.500 aderiram ao fundo. No caso dos estados sem

condições de criarem seu próprio fundo, mas cujo comprometimento de receita com aposentadorias e pensões emperra investimentos e coloca em risco o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fis-

cal (gastos com pessoal não podem ultrapassar 49% da receita), o governo federal está propondo o PrevFederação, uma instituição que englobaria todos também municípios nesta situação.


16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014

REVIRAVOLTA

CASO BETO CAMPANHA

Carlos Alberto Canuto volta a ser acusado pela morte do vice-prefeito Dorgival da Silva Barros - testemunha-chave - revela detalhes da execução do ex-vice-prefeito do Pilar e acusa delegado Mario Jorge de Barros de articular o crime e forjar as investigações CARLOS VICTOR COSTA REPÓRTER

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ete anos depois, o assassinato de Gilberto Pereira, então vice-prfeito do Pilar, o Beto Campanha, continua sem esclarecimento. Mais um crime de pistolagem que a polícia alagoana não conseguiu elucidar. Nesta semana o Extra traz o assunto à tona através de uma entrevista com Dorgival Silva de Barros, testemunha-chave do caso que se encontra foragido. Ele acusa o atual prefeito de Pilar, Carlos Alberto Canuto, e o atual delegado regional de União dos Palmares, Mário Jorge de Barros, de serem os responsáveis pela execução do ex-vice-prefeito do município. As investigações do caso foram marcadas por idas e vindas da polícia e da Justiça. Inicialmente, a então primeira-dama do município, Telma Prado – que para polícia tinha inimizade assumida com Beto Campanha – foi indiciada como mandante do assassinato, e chegou a ser presa. Pelas primeiras investigações, ela teria tramado a morte do vice-prefeito junto com o policial Petrúcio Cavalcante, apontado pela polícia como seu amante. Nada disso foi provado e ela foi libertada. Ao procurar o jornal Extra,

Canuto reconquistou a prefeitura após a morte de Beto Campanha

Dorgival Silva de Barros alegou ter recebido ligação telefônica alertando que o delegado Mário Jorge de Barros teria ido ao Pilar negociar a sua execução com o prefeito Carlos Alberto Canuto. Segundo o prórpio Dorgival, o delegado descobriu que ele estava escondido na cidade de Ibateguara, por ser responsável pela delegacia regional de União dos Palmares. “Tenho uma prisão decretada lá na região, referente à morte de um empresário, daí

o delegado aproveitou o ensejo e foi tramar em Pilar com o prefeito a minha execução. Por isso estou abrindo o jogo, pois vou me entregar antes do dia 19 de fevereiro, quando terei uma audiência sobre esse caso que mencionei. Resolvi falar também porque estou marcado para morrer, pois em 2008 quando estive preso, tentaram me matar lá dentro do presídio. Mas irei me apresentar na vara de execuções penais”, disse a testemunha-chave.

ARMAÇÃO DO DELEGADO Dorgival explicou ainda porque foi acusado de ser um dos matadores do vice-prefeito Beto Campanha. “Tudo isso foi uma armação do delegado Mário Jorge Barros. No dia do assassinato do vice-prefeito eu estive em Atalaia; tinha ido para uma vaquejada para matar um maloqueiro que tinha me assaltado. Não mato homens de bem, só bandidos; mas nada aconteceu. Mas, infelizmente, na volta fui parado em uma blitz da polícia e acabei sendo preso por porte ilegal de arma. Daí começou toda a armação do delegado, que envolveu meu nome nesse crime de Pilar”, disse. Dorgival lembrou que estava em companhia de Givanildo José, que também foi acusado de participar do assassinato de Beto Campanha. “Mas ele não tem nada a ver com a morte do vice-prefeito. Tudo isso foi montado pelo delegado Mário Jorge Barros”, destacou. A testemunha revelou ainda que quando foi preso, em abril de 2008, e ficou na carceragem da Polícia Federal, já havia denunciado toda a armação do delegado Mário Jorge e também havia acusado Carlos Alberto Canuto de ser o mandante do assassinato de Beto Campanha. “Tudo isso eu já havia denun-

ciado na sede da Polícia Federal, em Maceió, na presença dos procuradores da República Rodrigo Tenório e Daniel. “Depois desse depoimento, o delegado inventou até que eu estava planejando matar os dois procuradores, tudo mentira”. Dorgival Silva garante saber tudo sobre a morte de Beto Campanha e explica: “Em 2006 recebi uma proposta apresentada por dois homens que trabalhavam para Acácio Serafim, que na época era empresário e amigo de Canuto, e hoje é seu vice-prefeito. Antônio de França e o policial militar Amabílio Loureiro foram enviados em nome do prefeito para me contratar para matar Beto Campanha, mas eu não aceitei. Por isso envolveram meu nome nesse crime, mas os verdadeiros assassinos são Antonio de França e Amabilio, que depois foram assassinados, por queima de arquivo.” CHEFE DE BATALHÃO ENVOLVIDO Dorgival garantiu que além de Antônio de França e Amabílio, um oficial da PM estaria envolvido no crime. “Não posso revelar o nome dele agora, pois até ele pode ser morto, já que também participou do esquema criminoso; só revelarei o nome no dia do julgamento.


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Marcado para morrer, Dorgival se apresentará dia 19 de fevereiro

Sei que ele está envolvido, pois na época do crime era major da PM, e logo depois foi promovido a tenente-coronel e começou a chefiar um batalhão da polícia. Tudo será esclarecido durante o julgamento dos acusados. Não posso deixar que pessoas inocentes paguem pelo que não cometeram, pois isso foi um crime político, e além do prefeito e do delegado há outros políticos envolvidos, e todos esses nomes serão revelados em depoimento na justiça.” A INVASÃO Outro fato denunciado pela testemunha foi uma invasão à sua casa ocorrida em 2008 antes dele ser preso. “A polícia invadiu minha casa por ordem do juiz federal Rubens Canuto, filho de Carlos Alberto Canuto. Sem mandado judicial, o juiz autorizou a entrada dos policiais, que não foram lá para me prender, mas para me matar. Eles quebraram tudo que viram pela frente, e só escapei com vida porque fui esperto e consegui sair de casa antes da invasão”, disse. Segundo ele, o delegado Mário Jorge “inventou também que eu teria um plano para matar o juiz. Isso nunca aconteceu, mas apenas deixo um pedido para sua excelência: que seja honesto e faça realmente justiça, prendendo seu pai e esse delegado, que são os responsáveis

Delegado Mário Jorge é acusado de articular morte de Campanha

por esse crime, são os mandantes. Como não sou político nem autoridade importante, fui para prisão, que na verdade seria o lugar desses dois”, ressaltou. PRIMEIRA-DAMA É INOCENTE O inquérito “forjado”, segundo Dorgival pelo delegado Mário Jorge, apurou que Beto Campanha teria uma foto de Telma Prado saindo de um motel em companhia do policial militar Petrúcio Cavalcante e estaria usando esse fato para chantagear a primeira-dama e extorquir recursos da prefeitura. O que para polícia seria o motiva de Telma ter encomendado a morte de Campanha. Fato este negado pela própria Telma Prado que conversou com o Extra em junho de 2007 e disse que isso foi calúnia divulgada na cidade pela esposa de Carlos Alberto. Ela também negou ter problemas com o vice -prefeito assassinado. Na época do crime, após o inquérito do delegado Mário Jorge, a primeira-dama do Pilar foi presa, junto com seu filho, Maurício Tavares Prado de Moraes, que era secretário de Turismo; a presidente da Comissão de Licitação da prefeitura de Pilar, Genilda Medeiros de Omena; e o ex-secretário de Infraestrutura, Geraldo Carvalho Domingos, além do policial militar Petrúcio, o “Tu”, apon-

- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 -

Juiz federal Rubens Canuto é filho do prefeito Carlos Alberto

tado pela polícia como amante da ex-primeira-dama. “Canuto montou essa história de traição para trazer Beto Campanha para seu lado e ser seu candidato a vice-prefeito, mas o Beto não aceitou e daí planejaram sua morte e colocaram a culpa na primeira-dama. Tudo isso para derrubar o prefeito Marçal Prado da prefeitura, como foi feito; todo mundo sabe dessa história.” QUEIMA DE ARQUIVO Cinco suspeitos citados pela polícia foram executados como queima de arquivo. Antônio

de França (o “Cigano”) e o PM Amabílio Loureiro foram mortos dias após o crime. O policial civil José Alfredo de Souza Pontes, o “Alfredinho”, foi morto a tiros no bairro do Poço, em Maceió, em fevereiro de 2008, logo após dá uma declaração na TV, de que seu envolvimento no crime seria uma trama da polícia para incriminá-lo, já que o mesmo tinha fama de pistoleiro. Menos de um mês depois, foi a vez dos réus José Maurilio, o “Di Lampião” e sargento Dimas Barbosa, duas das vítimas da chacina do Restaurante do Pangola, em Arapiraca. Para Dorgival, os acusados Givanildo José, que já foi indiciado e vai a julgamento, Telma Prado, Mauricio filho da primeira-dama, os ex-secretários Geraldo e Genilda, Petrúcio, Alfredinho seriam todos inocentes e foram vítimas de uma armação do delegado Mário Jorge. Dorgival falou também sobre o empresário Alex Farias, filho do delegado Angélico Farias, que teve seu nome envolvido no crime e chegou a passar 9 meses preso. “Alex foi confundido com Amabilio que era segurança do Acácio Serafim, e ele não tem nada a ver com isso; foi preso injustamente por incompetência da polícia.” PRONUNCIADOS E IMPRONUNCIADOS Givanildo José e Alex Farias

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são os únicos acusados que foram pronunciados, mas o que chama atenção é o fato de que na época do crime, os dois foram impronunciados por falta de provas. Apenas a primeiradama Telma Prado, seu filho Mauricio e o PM Petrucio haviam sido pronunciados. Mas no Tribunal de Justiça tanto Genivaldo como Alex voltaram a ser pronunciados, mas a primeiradama foi impronunciada o que significaria que o crime ficaria sem mandante, mostrando que a justiça está confusa, pronunciando e impronunciando. Por fim, Dorgival pediu que o secretário da Defesa Social tome as providências e investigue o envolvimento do delegado e do prefeito nesse crime que ocorreu há exatos sete anos. PREFEITO NEGA, DELEGADO NÃO ATENDE Por telefone, o jornal Extra entrou em contato com o prefeito Carlos Alberto Canuto para ouvir sua opinião sobre essa acusação. O prefeito disse que Dorgival já havia declarado isso várias vezes. “Esse cara já fez várias declarações como essa, mas não existe nada disso. Todo mundo sabe quem é ele”, finalizou, e rapidamente, despachou a reportagem. O delegado Mário Jorge de Barros também foi procurado pela reportagem, através do número de final 9838, mas até o fechamento da matéria não atendeu e nem retornou a ligação. O CRIME Beto Campanha foi assassinado a tiros de pistola em 19 de janeiro de 2007, em uma emboscada em frente ao supermercado Makro, na Av. Durval de Góis Monteiro, no bairro Tabuleiro dos Martins, em Maceió. Ele era vice-prefeito do Pilar, eleito em 2004 na chapa do prefeito Marçal Prado. Havia possibilidade de sua reeleição em 2008 ao lado de Marçal Prado, ou ser ele próprio candidato a prefeito. Por isso perdeu a vida.


18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 INDÚSTRIA QUÍMICA

Produção de PVC em Alagoas bate recorde, diz Braskem Complexo de PVC da Braskem atingiu a produção recorde de 1.383 toneladas da resina ANDRÉ MAGNABOSCO, jornal Estado de S. Paulo

Tubos de PVC: a fábrica, inaugurada em 2012, demandou cerca de R$ 1 bilhão em investimentos e tem capacidade instalada para produzir 200

mil toneladas anuais O complexo de PVC da Braskem localizado em Alagoas atingiu, no último dia 12 de janeiro, a produção recorde de 1.383 toneladas da resina, superando assim a capacidade de projeto de 1.350 toneladas

Fábrica demandou cerca de R$ 1 bilhão em investimentos

por dia das duas fábricas localizadas no Estado. A marca foi superada, de acordo com a petroquímica, graças a “ajustes técnicos para desenvolver a sinergia” entre as unidades. A segunda fábrica de PVC

da Braskem em Alagoas foi inaugurada em agosto de 2012, mas levou mais de um ano até atingir a plena capacidade. Ela demandou cerca de R$ 1 bilhão em investimentos e tem capacidade instalada para produzir 200 mil toneladas anuais.

Além disso, a Braskem já operava outra fábrica em território alagoano, com capacidade instalada de 250 mil toneladas anuais. “Este número mostra a importância de um trabalho inteligente na área produtiva. Nossa equipe sempre está em busca de oportunidades de aumento de produção, com uma programação cada vez mais precisa para a produção de cada tipo de resina”, destacou em nota o gerente da fábrica de PVC da Braskem em Marechal Deodoro, Marco Aurélio Campelo. A petroquímica brasileira também opera uma linha de produção na Bahia, com capacidade para produzir 250 mil toneladas da resina utilizada principalmente na indústria da construção civil. Outras 300 mil toneladas anuais serão incorporadas à capacidade de PVC da Braskem assim que a companhia incorporar a concorrente Solvay Indupa.


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PEDROOLIVEIRA pedrojornalista@uol.com.br

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Para refletir: “Neste verão Maceió é uma festa”. Mas é bom lembrar que o povo precisa mesmo é de saúde, educação e respeito.

Absurdo ou idiotice?

Foi adiada a “burrada”

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e autoria dos senadores Marcelo Crivella (PRB/RJ), Ana Amélia (PP/RS) e Walter Pinheiro (PT/BA), o PL 728/2011, cuja votação está sendo apressada no Congresso, prevê limitações ao direito à greve, além de considerar atos de manifestações, em determinadas circunstâncias, “terrorismo”. Tudo arquitetado pelo governo amedrontado para o período da Copa do Mundo. De acordo com a ementa - parte do texto em que se resume a proposta -, o projeto “define crimes e infrações administrativas com vistas a incrementar a segurança da Copa do Mundo de Futebol de 2014, além de prever o incidente de celeridade processual e medidas cautelares específicas, bem como disciplinar o direito de greve no período que antecede e durante a realização dos eventos, entre outras providências”. Tal absurda ideia que tem o aval do governo petista e o apoio de grande número de parlamentares da “base aliada” se aprovada mostrará ao mundo o Brasil como uma republiqueta de quinta categoria e mais, um anúncio de um regime de exceção e total restrição à liberdade de expressão e o direito de protestar, contidos na Constituição Federal. Diz um dos artigos do famigerado projeto: ”Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo: Pena – reclusão, de 15 (quinze) a 30 (trinta) anos”. Neste ponto, cabe ressaltar a abertura do tipo penal, de forma que muitas condutas podem ser nele enquadradas. O fechamento de uma via pode ser considerado privação da liberdade de pessoa, considerando-se que a mesma terá, em certa medida, sua liberdade de ir e vir cerceada por uma manifestação que bloqueie uma via de acesso? Como motivação ideológica ou política, pode-se enquadrar a aversão a possíveis gastos excessivos e à corrupção e ao superfaturamento ocorrido nas obras dos estádios de futebol? O que seria considerado “infundir terror ou pânico generalizado”? Seria possível enquadrar manifestações de enorme vulto, que somem centenas de milhares de pessoas contrárias a determinado evento, atrapalhando a sua realização. Caso, em manifestações pacíficas, alguns sujeitos, inclusive infiltrados por opositores aos protestos, iniciem depredações, haverá uma preocupação em distinguir participantes pacíficos? Em que medida esta lei poderá causar medo entre ativistas, considerando-se que, caso estejam em uma manifestação legítima e pacífica, poderão ser “envolvidos” em crimes que poderão atingir pena de até 30 anos? A minha impressão é que esse pessoal do governo está ficando louco e a sociedade precisa reagir. Por que não se preocupar em punir exemplarmente os corruptos, os ladrões do dinheiro público, os administradores irresponsáveis e criminosos? Não o farão jamais, pois ai o próprio governo e os petistas seriam considerados terroristas e iriam parar na cadeia.

- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014

É possível realizar O governador Teotônio Vilela Filho e os seus secretários estiveram reunidos para uma avaliação do “Programa Alagoas Tem Pressa”. Na oportunidade foi feito um diagnóstico geral do vitorioso projeto. Na ocasião o governador ressaltou:. “Elaboramos para Alagoas projetos com perspectiva, porque desejávamos tirar o Estado do marasmo em que vivíamos. Foram anos sem novas indústrias, sem o desenvolvimento necessário. Nesse último ano de governo, avistamos um Estado absolutamente diferente daquele tempo, e muito disso graças a tudo o que foi pensado e elaborado dentro desse Programa”. Já o secretário Luiz Otávio Gomes, o idealizador e coordenador do programa, que se despede do governo, foi enfático: “Não foi à toa que esse foi um Programa traçado para ser reconhecido como uma iniciativa de Estado, e não de governo. Aqui, reservamos para Alagoas um planejamento de 20 anos, onde priorizamos a melhoria da qualidade de vida de cada alagoano. Muito do que já foi concluído evidencia a importância do “Alagoas Tem Pressa”, por isso não deixamos de monitorar e controlar metas durante toda a sua execução”. Na reunião a secretária adjunta, Poliana Santana, anunciou a certificação recebida pelo Programa, nas categorias nacional e internacional, pela ISO 9001. “Somos o primeiro Programa nesses moldes do Brasil a ter esse reconhecimento, isso só corrobora a eficiência dos métodos que adotamos, e o comprometimento desse governo em mudar o rumo de Alagoas”. Quando se quer, se faz. (Com informações do site Cada Minuto).

Missão de contribuir A Procuradoria Geral do Estado, composta por profissionais da mais destacada competência, tem dado uma inestimável contribuição ao governo e à sociedade alagoana na preservação dos princípios da legalidade e da moralidade pública. Muitas vezes contraria interesses da administração objetivando sempre o caminho da coisa certa e juridicamente perfeita. Sob o criterioso comando do procurador Marcelo Teixeira, com um quadro de profissionais defasado numericamente, consegue superar obstáculos e transmitir a devida segurança aos atos de gestão. Vale ressaltar o ambiente de harmonia e o compromisso de todos com o interesse público. Algo a se ressaltar.

Sei lá por qual motivo os “inteligentes” da SMTT resolveram adiar a ideia burra e irresponsável da “faixa exclusiva para ônibus” na Avenida Fernandes Lima, pelo lado direito. Com a decisão fica também adiado o inicio do caos anunciado para motoristas que trafegam por ali e que certamente viverão um “inferno” graças aos equívocos dos que não estão preparados para os cargos que os colocaram por conveniência e “negociações”. Por falar em caos há uma “fartura” na SMTT. Como se diz no popular “ farta tudo”; Os guardas nomeados há meses ainda estão sem farda, as condições de trabalho são precárias, mais de 50 guardas que deveriam estar nas ruas cuidam de serviços administrativos internos. Os guardas estão em sua maioria desmotivados e descontentes com a maneira arrogante e autoritária do dirigente maior do órgão. A pauta sobre irregularidades é longa, mas contarei depois. Será que o prefeito sabe de algo?

Aperto aos corruptos A partir de 29 de janeiro, não apenas servidores públicos poderão ser punidos por corrupção. Entra em vigor a chamada Lei Anticorrupção, que permite inclusive a aplicação de multas de até 20% sobre o faturamento anual bruto de uma empresa envolvida em corrupção. A responsabilização objetiva de empresas envolvidas em infrações representa uma das principais novidades da norma. Antes, as companhias poderiam alegar que a infração foi motivada por um ato isolado de um funcionário e um servidor público, como lembra o relator da matéria em comissão especial da Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini (PT-SP). “A empresa não pode chegar agora e dizer: isso foi um gerente meu, um diretor meu que tomou essa iniciativa sem o nosso conhecimento, como sempre se fazia anteriormente. Agora, não. A empresa passa a ser responsável.”

Palpite infeliz Se o ex-secretário Marcos Fireman pretendeu faturar politicamente ao dirigir critica velada ao seu companheiro de governo Luiz Otávio Gomes, quebrou a cara. Cometeu o erro de criticar logo a figura mais importante da administração estadual apenas por puro “ciúme da notoriedade” à qual foi exposto o secretário de Planejamento que sai. Para uma alta personalidade do governo com a qual conversei “Marcos Fireman é um bom sujeito, foi um secretário razoável, mas tem forçado a barra, pois não tem destino nem vocação política. Sem chances qualquer tipo de candidatura”. No mesmo sentido opina o vice-governador José Thomaz Nonô, um especialista no assunto: “Luiz Otávio Gomes é o grande responsável pelo setor que melhor resposta deu no governo. A proposta de atração de empresas tem tido êxito e vai fazer com que o governador encerre o mandato com mais de 100 novos empreendimentos. Sua presença honra qualquer governo e dá dimensão política. Quem administra bem tem peso para representar a sociedade, sendo ou não militante. Talvez seja discreto nas suas pretensões políticas, que se existirem tem lógica e respaldo”.


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ARTIGOS

Vida nova para nosso planeta LUIZ CARLOS AMORIM luizcarlosamorim.blogspot.com.br

O ano de 2014, infelizmente, não começou

nada bem. Mas por quê? Por causa do tempo, das tempestades, da natureza? Não, por causa de nós mesmo, por nossa culpa, nós, seres humanos. As enchentes, ventos e calor inclemente são apenas consequencias. Se não respeitarmos a natureza, ela também não terá como nos devolver respeito e segurança. É uma troca natural e justa. Então, temos que ter responsabilidade e esperança. Temos que fazer deste ano o ano da conscientização e do propósito de cuidar do nosso lar, cuidar do nosso planeta Terra, que até aqui só fizemos tentar matá-lo. E ele está estertorando.Então, este novo ano terá que ter a marca da renovação, da certeza de que podemos mudar, de que podemos provocar mudanças em nós e no próximo, de que essas mudanças precisam começar e podem trazer, oxalá, condições de vida melhor para todos se tivermos um planeta mais vivo, mais saudável, com o meio ambiente e a natureza protegidos. E essa esperança de um futuro melhor, sem poluição do ar do nosso planeta, da água, do mar e do solo, vai nos trazer uma coisa não menos importante: a paz. Precisamos plantar, cultivar e disseminar a paz, sem a qual todo o resto, até a esperança, será em vão. E sabemos que nós somos o instrumento da paz, os construtores da paz, os responsáveis pela sua existência e permanência. Não podemos contar com uma transformação instantânea, com a correção dos erros do passado em um piscar de olhos. Mas precisamos começar. Com urgência. Temos que participar da renovação, com solidariedade e honestidade, fazendo cada um a sua parte. Nossa sociedade está imersa em uma era de corrupção e mentiras e precisamos redirecionar essa energia para o cuidado necessário que temos de ter com o nosso pequeno mundo, entrando em uma nova era, esta de transparência e verdade. Impossível? Este é o ano da esperança e da realização, não haverá esperança se não tentarmos construir um futuro melhor. Temos que trabalhar e contribuir para que a natureza seja nossa aliada, neste caminho para a paz, e não nossa inimiga. Temos que parar de desafiá-la e protegê-la. Precisamos nos unir a ela para salvar nosso planeta. *Luiz Carlos Amorim é Coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC, com 33 anos de atividades e editor das Edições A ILHA, que publicam as revistas Suplemento LIterário A ILHA e Mirandum (Confraria de Quintana), além de mais de 50 livros.

Um povo num labirinto AMADEU GARRIDO DE PAULA Advogado

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jornal Valor Econômico, num especial de sua edição de fim de semana, publicou matéria segundo a qual milhões de brasileiros começaram a depositar esperanças de uma vida melhor no Supremo Tribunal Federal: seja para a solução de problemas jurídicos, seja com vista ao atendimento de reinvindicações de caráter político, nosso povo criou o imaginário de uma Suprema Corte que, assim como decidiu remeter corruptos ao cárcere e solucionar questões indígenas, biológicas etc, pode fazer tudo. O Supremo tem dado respostas aos que o procuram, e isso é bom. No entanto, vivemos sob um Estado complexo, composto de uma vasta engrenagem institucional, e a ele, como um todo, cabe o diálogo social. Não apenas ao Tribunal de cúpula do país. No terreno jurisdicional, as denominadas lides subjetivas, que são aquelas em que, de modo concreto, cada pessoa busca a realização de seu direito, são processadas no âmbito de uma organização que tem o formato de uma pirâmide. As ações judiciais se iniciam na primeira instância, em geral na cidades ou distritos onde reside o interessado, salvo nos pequenos povoados, que não são comarcas e os litigantes devem procurar o sítio urbano mais próximo, equipado com juiz, promotor etc. O litígio termina com uma decisão e os contendores podem recorrer ao Tribunal de seu Estado. Depois dessa decisão, denominada de acórdão, as partes ainda podem recorrer aos Tribunais Superiores, que são o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Mas não são todos os processos que podem ser reexaminados por ambas as instâncias de cúpula. Por exemplo, elas não podem rever as provas dos fatos. As partes podem ou não ser representadas por advogados, conforme o tipo de processo. As ações de menor valor, determinadas demandas previdenciárias e as ações trabalhistas podem ser tocadas pela própria parte. A experiência demonstra, todavia, que a maioria das ações conta com a presença de advogados, principalmente em razão da complexidade das leis - fenômeno mundial - e a consequente necessidade de intervenção qualificada. A matéria dá o exemplo de um preso, que estava encarcerado depois de haver cumprido a íntegra de sua pena (e são muitos, no Brasil), que remeteu uma carta ao Supremo e obteve resultado. No direito penal, face à delicadeza do tema referente à liberdade de ir e vir, o “habeas corpus” é absolutamente informal e pode ser escrito num papel de pão. E os juízes têm o dever de zelar, de ofício, é dizer, por iniciativa sua, pela liberdade das pessoas. Daí o êxito desse prisioneiro, que somente não chorou no presídio em agradecimento aos Ministros do Supremo porquanto quem chora em prisões compra um sério problema. Por outro lado, o bem elaborado trabalho jornalístico dá conta das pessoas que têm ido ao Supremo para fazer reivindicações políticas. Isso se deve ao fato de a Suprema Corte ter dado soluções a magnos problemas que emanam da administração da coisa pública, como no caso dos índios da aldeia Raposa do Sol e da interrupção da gravidez do inviável feto anencéfalo. Em ambos os casos o Supremo legislou. Essa atividade legislativa subverte o princípio da divisão dos poderes, mas é uma tendência jurídica contemporânea, quando os outros dois poderes, encarregados de fazer as leis, são omissos ou fazem leis imperfeitas (ofensivas à Constituição). A razão que embasa esse passo mais avançado do judiciário está em que um povo não pode ficar sem solução de importantes problemas. Esses casos são solucionados em processos coletivos, também denominados abstratos: o interessado não é uma pessoa física, mas um grupo determinado (interesse coletivo) ou toda a sociedade (interesses sociais difusos). É preciso deixar claro, porém, que, se o próprio direito de ser o STF legislador positivo já é questionado, não há nenhuma dúvida de que

o Tribunal não pode dar início, por sua própria conta e vontade, a qualquer procedimento. É um princípio antigo - e salutar, descabendo neste espaço ressaltar suas virtudes - o de que o poder judiciário é um poder inerte, ou, mais precisamente, que somente age quando devidamente provocado. Como diziam os romanos, “nemo iudex sine actore”. Consideramos importante falar sobre essas coisas porquanto, ao que parece, parte de nossos compatriotas adotaram a Suprema Corte como tábua de salvação. A Corte responde e não podemos classificar sua conduta de populista, até porque os ministros são vitalícios. No entanto, a grande maioria das respostas só pode vir no sentido de que os pleitos não podem ser atendidos pelo STF, acompanhadas de úteis orientações como a pessoa deve proceder. Como bem acentuou a matéria, criou-se um imaginário - para tratar de coisas reais e geradoras de ansiedade. Os estudantes de direito logo aprendem que, na Idade Média, o Marquês de Beccaria, entre outros, pregava que as leis deveriam ser simples e diretas e os homens deveriam viver num ambiente compreensível. O Estado, como o conhecemos hoje, ainda não estava organizado, se é que podemos chamar de organização um aparato misterioso para a maioria dos cidadãos que dele dependem e que, diante de um dilema, fica perplexa e recorre à cúpula de um de seus poderes, o mais distante das soluções possíveis. Não há como negar que esse fenômeno - tipicamente brasileiro, no mundo atual - se deveu a uma falta de apetite de trabalho do legislativo e de um procedimento contumaz de afogadilho do Executivo, combinado com o afrodisíaco do exercício do poder por meio de medidas provisórias, excepcionalidade que se transformou em coisa corriqueira. E também não se pode contestar que nossos patrícios, carentes de informações, orientações e até mesmo, lamentavelmente, de princípios educacionais básicos, regurgitam justos pedidos num labirinto do qual não sabem escapar. Diziam algumas seitas mágicas medievas que, para você escapar de um labirinto, basta ir virando sistematicamente à esquerda; num determinado ponto você encontra a saída. A história demonsta que na política não é bem assim. As viradas à esquerda, em geral, apequenaram os cidadãos em suas burocracias autoritárias e opressivas, ressalvados os privilégios das novas elites que exsurgiram não do poder econômico, mas da força de imposições revolucionárias em sede partidárias comandadas pelo “centralismo democrático”, nas quais vastas camadas humanas acreditaram e se frustaram. É a burocracia, mal universal, da qual nenhuma nação escapa, e a nossa menos ainda, dada sua herança cartorária lusitana. Órgãos são criados a mancheias - para não dizer Ministérios - e logo de cara são rotulados com uma sigla. Os neurônios dos brasileiros estarão saturados de siglas e de senhas. O último golpe no estado labiríntico foi dado por Hélio Beltrão, homem da direita. A esquerda, amante do estado, desde suas teorias originárias, acaba por cada vez mais ampliá-lo, criar instituições, formular normas jurídicas canhestras, como decretos, portarias, resolucões etc, como se fossem poções mágicas da felicidade humana, preparadas por Karl Marx, Vladimir Lênin, Joseph Stalin e Mao Tsé Tung. Demos um crédito a Leon Trotski, que percebeu o perigo do estado e por isso levou uma picaretada na cabeça. Essa crítica à esquerda não significa que a direita também não disseminou às escancaras o mal da burocracia. Precisamos de duas coisas: um estado enxuto, não burocrático, que diga sim ou não ao que o povo quer, porém de maneira rápida e inequívoca ; e um amplo esclarecimento à sociedade de como funciona essa máquina, indispensável à sobrevivência geral . Não será outro o caminho das vozes que ecoaram por todo nosso território em junho passado. Amadeu Garrido de Paula é advogado


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ARTIGOS

Uma nova realidade JORGE MORAIS jornalista

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screvo sobre política de atrevido, mas, também, não faço parte daquele trio da CNBB, que não enxerga, não fala, nem ouve. Por isso, o assunto dessa semana é política, principalmente, porque, o quadro em Alagoas mudou, radicalmente, com a desistência do governador Teotônio Vilela Filho em se candidatar a senador, nas eleições de 2014, pegando todo mundo de surpresa, até do seu partido, o PSDB. Com a decisão, muda o quadro não só para o Senado da República, mas, também, nas composições para o próprio Governo do Estado e na candidatura a Presidência da República, nas definições de coligações na situação, e mexe até no quadro da oposição. Com o governador Téo como candidato, seria bem diferente, pois

o PSDB teria um palanque forte no estado, como pede o presidenciável Aécio Neves e seus correligionários. Com Teotônio Vilela não disputando diretamente os votos dos alagoanos, ele vai continuar fazendo política, mas de uma maneira diferente: espera encerrar seu governo diminuindo as críticas em relação à saúde, a educação e, principalmente a segurança pública, pratos cheios para a oposição, e, da melhor maneira possível, vai tentar transferir votos para seus candidatos ao Governo do Estado e ao Senado da República. Mas, ai, é que vem o primeiro problema. Quais seriam esses candidatos? Benedito de Lira, PP, partido coligado a Dilma Rousseff (PT), como governador, ou romper com Biu de Lira, que foi seu principal cabo eleitoral esses anos todos, e lançar uma candidatura do PSDB para agradar a Aécio Neves e a cúpula do seu partido nacionalmente? Dificilmente, teremos nesse quadro

A derrocada da justiça LUIZ CARLOS AMORIM luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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o julgamento do século, finalmente acabou – acabou? – mas virou piada, como tudo neste país. O mensalão, um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, em todos os tempos, foi a julgamento, enrolaram por longo tempo, anos na verdade, mas sabíamos que não dava para esperar muito de todo esse circo que se formou, pois a própria justiça brasileira está falida, e não é de agora. Os advogados dos acusados apresentaram as desculpas mais deslavadas e os juízes, alguns deles, defenderam os bandidos. Não aceitaram, por exemplo, investigar o chefe maior da gang. Acreditam, portanto, que ele não sabia do Mensalão. Parece brincadeira, mas é

isso mesmo: o chefão sai como inocente disso tudo, quando na verdade todos sabem que a história não é bem assim. Alguns dos mais “importantes” mensaleiros foram condenados à pena no regime semiaberto, o que já é um absurdo. E com as maiores regalias. Até “empregos” milionários, como para José Dirceu, entre outros, foram arranjados. Primeiro foi num hotel, com salário de vinte mil reais. Não é assinte? Aí acabaram desconfiando e abortaram, mas arranjaram outro, para que o meliante não fique na cadeia. Outro pediu para ficar em casa porque sua dieta era à base de salmão defumado. Outro, ainda, pediu para ficar em casa porque estava doentinho. Pode? É engraçado que aqui, no mundo real, qualquer ladrão de pão vai para a cadeia e apodrece lá,

político uma coligação entre PP e PSDB, até por interesses pessoais futuramente do próprio PP. Nesse processo todo, como ficaria o vice-governador José Thomaz Nonô? Vai se conformar em não assumir o Governo do Estado, ou sai candidato a governador pelo DEM, com o apoio do PSDB? Ou o PSDB lançaria uma candidatura própria e, de vez, o governador Téo Vilela romperia politicamente com Lira e Nonô? Coisa que, sinceramente, não acredito. Todas essas dúvidas são levantadas, hoje, definitivamente pela desistência de Téo em se candidatar ao Senado da República, deixando uma confusão muito grande na base aliada. Dizem que, para senador, o candidato pode sair entre os secretários que deixaram os cargos na semana passada, e até mesmo um que viria da Prefeitura de Maceió, e que já está em campanha. Nesse quadro todo, de certo mesmo, é que na campanha para senador, em 2014, a rivalidade das urnas vai ficar mesmo entre

Fernando Collor de Mello, candidato a reeleição com apoio do chamado “chapão”, e a vereadora Heloisa Helena, com um discurso forte, atirando para todos os lados. Qualquer outro nome que venha a figurar nesse processo representando a situação será um figurante, mesmo com o apoio do Palácio República dos Palmares. Se conselho fosse bom mesmo, ninguém dava de graça, vendia. Mas, me atrevo, mais uma vez, a opinar assim mesmo sobre o assunto. Primeiro, que se o chamado “chapão” não se envolver com vaidades e interesses, consegue encaminhar o processo eleitoral sem muitas dificuldades. Segundo, que essa decisão do governador Téo Vilela não ser mais candidato, deve existir mais alguma coisa no ar, e que todo cuidado é muito pouco nessa hora. Na próxima semana, vamos escrever sobre esse imbróglio que é a campanha ao Governo do Estado. Tenho novidades sobre o assunto que pode esperar até lá. Aguardem!

mesmo que tenha roubado o pão para matar a fome dos filhos. Mas os “poderosos”, esses têm toda a mordomia. A justiça, ah, a justiça no Brasil, é uma vergonha, como quase todas as outras instituições. Levou sete anos, desde que o Mensalão parou de funcionar (parou?), para acontecer o julgamento. E o que vemos é a justiça passando a mão na cabeça dos protagonistas do famigerado episódio de extrema vergonha e constrangimento para a nação. Que justiça é essa, que não vê crime na intensa corrupção e impunidade que grassa no país? Só no Brasil mesmo para ter “simpatizantes” dos “políticos” no corpo de juízes do STF. O resultado do julgamento demorou, demorou, mas acabou em pensão vip para os ladrões. Nem o cargo político

alguns perderam, é possível uma coisa assim? Temos, no Brasil, “políticos” de primeiro escalão que são presidiários. Beleza, não? A perda do cargo não deveria ser automática para um condenado por crime transitado em julgado, ficha sujíssima? É explícito o descaso para com o cumprimento da justiça neste nosso país e as barbaridades continuam. As eleições estão aí, este ano. Será que saberemos votar? Será que haverá candidato em quem se possa votar? A impunidade continuará, indefinidamente? Vamos continuar aceitando que continuem promovendo a falência de nosso país? Estamos vendo a derrocada da saúde, da educação, da segurança, até da justiça neste Brasilzão de Deus (ou dos corruptos?). Isso precisa mudar.


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TOCENDO CONTRA

Raí: torço para que os protestos voltem durante a Copa do Mundo “As manifestações populares serviram para fazer com que o exterior olhe de uma forma diferente para o Brasil e serão um dos pontos positivos do Mundial”

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ex-jogador do São Paulo e da seleção Raí, 48, declarou nesta quarta-feira ter apoiado as manifestações ocorridas em junho do ano passado, simultâneas à Copa das Confederações, e afirmou torcer para que novos protestos aconteçam durante o Mundial. O camisa 10 do Brasil na conquista da Copa-1994 participou nesta quarta-feira de uma sabatina no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, e foi o primeiro de uma série de convidados da Folha que, ao longo do semestre, irão discutir sobre os impactos da Copa do Mundo de 2014 no país Segundo Raí, as manifestações populares serviram para fazer com que o exterior olhe de uma forma diferente

para o Brasil e serão um dos pontos positivos do Mundial. “Torço para que elas [manifestações] voltem. Vejo tudo isso como um legado indireto da Copa do Mundo. Eles estão expondo coisas nossas que não são legais, como a falta de planejamento, a violência, que são constrangedoras, mas isso é bom. O mundo não conhecia esse nosso lado. Falei para L’Équipe [jornal francês] que o brasileiro não vai gritar só gol. Ele vai aproveitar os holofotes para colocar seus fantasmas para fora. É um risco maior do que a Fifa gostaria de ter, mas vejo como algo positivo.” O ex-jogador também falou que gostaria muito de participar das novas manifestações, mas não como

Raí: “É inédito um movimento que consiga reunir mais de mil atletas. É um fenômeno político-social” uma figura pública, afinal os protestos nasceram no povo, sem pessoas conhecidas, e devem continuar assim. Seu irmão Sócrates, exjogador do Corinthians e já morto, participou ativamente da campanha pelas Direta Já, na primeira metade dos anos 1980, e chegou a subir nos palanques nos comícios pela restauração da demo-

cracia no Brasil. O Bom Senso também entrou na lista dos assuntos discutidos por Raí. O ex-meia parabenizou os jogadores atuais pelo movimento e disse ter certeza que eles conseguirão mudar o calendário do futebol brasileiro e outras reivindicações que podem abalar a estrutura vigente. “É inédito um movimento

que consiga reunir mais de mil atletas. É um fenômeno político-social. Aonde vai chegar, aí é outra história. Mas vai chegar mais longe, vai conseguir mudar o calendário, vai fazer um candidato da CBF defender suas causas. È um ganho enorme. Espero que daí saia um movimento que transforme o sistema a médio prazo.”


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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Deu branco!

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torcedor do CRB esperava tudo no jogo contra o Ceará em Fortaleza, menos, uma goleada de 5x0, placar fora de lógica. O que disse a imprensa cearense: “O CRB esteve apagado todo o jogo” e rendimento de 0.0% explica o “apagão” do primeiro tempo mas nunca a goleada. E pior é não vislumbrar no plantel do Galo garra para uma reação. Só empatou (1x1) com o Potiguar no Trapichão.

Complicando Os jogadores do CRB até podem debitar como acidente de percurso a goleada que tomou do Ceará (5x0) em Fortaleza, abertura da Copa do Nordeste. O Galo joga neste fim de semana contra o Treze e o espirito para o time entrar em campo tem que ser o de “vencer ou vencer.”.

Danado de bom A música de Luiz Gonzaga começa a ter o refrão cantado por arapiraquenses que residem em Maceió e tem a ver com o início da temporada liderando – e invicto - o Campeonato Alagoano. É líder do turno sem ter perdido um ponto sequer, mantém maior saldo de gols, defesa menos vazada e tem Lima artilheiro do estadual.

Sócio torcedor O CSA vai de vento em popa na campanha Sócio Torcedor. Conta com mais de dois mil inscritos, todos satisfeitos diante do retorno da parceria pelo leque de unidades comerciais oferecendo descontos ( 10%) nose ingresso com mando de campo para os seus jogos. Está líder, da Copa do Nordeste com 4 pontos. Goleou o Bahia (4x0( e empatou com o Conquista (2x2) fora de casa: 2x2.

Estabilidade

Copa do Mundo

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- Estão autorizados para os jogos do Mundial de futebol, entre junho e julho, 2 mil vôos extras no espaço aéreo brasileiro devido a grande procura de ingressos (falam em mais de 2 milhões). Da preocupação no quesito turismo consta o termor da exploração no preço da diária para hospedagem. Previsão é que mais de 2 milhões de to de torcedores venham ao Brasil..

2

– Para lembrar: a primeira Copa do Mundo com 32 seleções na fase decisiva aconteceu na França, em 1998 e a seleção da casa foi campeã. Venceu a Holanda no jogo da final com placar de 3x1. O Brasil, apesar de na época já ter consagração mundial não teve boa presença.

3

– Neymar, até fins de março, deve estar de olta aos gramados, recuperado de uma entorse no tonozelo, isso segundo parecer médico. março, começo de abril, Um alívio, pois diante da informação poderá ser convocado por Felipão para os jogos da Canarinha na Copa do Mundo.

Profissionais do futebol, técnicos em especial, querem agora a instabilidade do emprego nos clubes a se deixarem encantar por propostas mais atraentes, de curto prazo, para trocarem de camisa. Mano Meneses é exemplo. De volta ao Corinthians disse que desta vez não deixará o clube para treinar nem a seleção brasileira.

Embolado

Uma parada Ronaldo (o Fenômeno) diz que se sente preparado para presidir a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), A insinuação de que topa disputar o lugar foi em entrevista recente a Revista Istoé. Ele além do momento do futebol brasileiro, que vai sediar em jjunho a Copa do Mundo, fez uma análise estilo não ter do que reclamar da vida como empresário.

Renovada A Portuguesa, apesar de estar na elite do futebol de São Paulo e no Brasileiro mantém o hábito de fazer uma limpeza no plantel a cada fim de temporada. Assim, de plantel renovado com 17 contratações, mantém uma expectativa otimista de jogar este ano também na Série A. Mas o otimismo não tem unanimidade da torcida.

Questionamento No Brasil o futebol começa a ser analisado como “pesado” no bolso do torcedor. Isso tanto em fase dos preços dos ingressos como diante da exagerada série de jogos semanais diante de tantos campeonatos (regional, Copa do Brasil e Brasileiro, sem falar nos internações). Além de ser conhedcido como “esporte das massas))

O Campeonato Alagoano, mesmo no começo já oferece aos torcedores idéia do potencial técnico das equipes. Alguns inclusive já achando que podem prever como sem surpresa aparecer zebra entre os times que vão estar na reta final. Apontam,óbvio, CSA, ASA e o CRB. A maratona entra na quarta rodada. ,

. Fórmula-1 É fraca a presença do Brasil na Fórmula-1. Contrasta com a performance de pilotos que estão competindo em outras categorias. Observação é de saudosistas dos bons tempos de Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet, ambos sendo hoje parte da história do automobilismo mundial.

FRASES “Experiência também vale” Leo Moura (Fla) 35 anos de idade

“Não aceito cara feia e nem biquinho de jogador” Murici Ramalho (São Paulo)

“Fase é de reconstrução” Guto Oliveira (Portuguesa)


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MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 -

Licença do Ibama O Ibama emitiu licença de operação da Linha de Transmissão 230kV Jurupari - Laranjal do Jari - Macapá, que vai permitir a integração do sistema elétrico da região Norte ao Sistema Interligado Nacional. O empreendimento, com 334 km, é parte integrante do Lote B do Linhão de Tucuruí e atravessa os municípios de Almeirim, no estado do Pará, Laranjal do Jari, Mazagão e Macapá, no estado do Amapá.

Capacidade máxima

Poluição chinesa

A

s unidades da Braskem em Alagoas bateram recorde em produção de PVC na última semana ao fabricar 1.383 toneladas da matéria-prima em um único dia. Com capacidade de projeto estimada para produzir 1.350 toneladas em 24 horas, a superação da produção em 33 toneladas é fruto de ajustes técnicos para desenvolver a sinergia entre as duas plantas. “Este número mostra a importância de um trabalho inteligente na área produtiva. Nossa equipe sempre está em busca de oportunidades de aumento de produção, com uma programação cada vez mais precisa para a produção de cada tipo de resina”, diz Marco Aurélio Campelo, gerente da planta de PVC em Marechal Deodoro.

A vida de mamutes A era do gelo é tema de uma exposição que começa nesta sexta-feira (24), no Museu da Escócia, em Edimburgo, e revela como era a vida para os mamíferos mais icônicos da época: os mamutes e os mastodontes.Um dos destaques da mostra é Lyuba, filhote de mamute de 40 mil anos e um dos espécimes mais bem preservados que existem. Ela foi descoberta por um pastor de renas da Sibéria e seus dois filhos, em 2007.

Corte de 40% nas emissões de CO2 A Comissão Europeia recomendou na quarta-feira (22) que os Estados-membros reduzam em 40% as emissões de gases de efeito estufa da União Europeia para 2030 e elevem a proporção de renováveis a 27%. A decisão de seguir estas recomendações está agora nas mãos dos líderes europeus, que deverão se pronunciar na cúpula de 20 e 21 de março em Bruxelas.

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Rosado e peludo Ele é pequeno, peludo, e rosado. Não é um grande animal, nem o protagonista de um conto de fadas, mas poderia ser. O pichiciego-menor (Chlamyphorustruncatus), mede pouco mais de 10cm, passa a maior parte de sua vida escavando embaixo da terra, e uma carapaça rosada cobre o seu suave pelo branco. É o menor tatu do mundo, se alimenta de invertebrados e plantas, é e visto raramente na superfície. Encontrado nas planícies da Argentina, o pichiciego-menor é muito suscetível ao estresse e não tolera bem encontros com humanos.

Rastreamento por GPS Um grupo de 36 pinguins de Magalhães foi solto em alto mar em São Sebastião, litoral norte de São Paulo em um trabalho realizado pelo Instituto Argonauta, de Ubatuba, com apoio do Inpe e da Marinha. Esses animais devolvidos ao seu habitat natural foram encontrados na costa brasileira durante o ano passado e passaram por um processo de reabilitação. A novidade foi que um dos animais foi devolvido ao mar com um rastreador GPS.

A poluição chinesa viaja em grandes quantidades pelo Pacífico até os Estados Unidos, concluiu um novo estudo. Dessa forma, problemas ambientais e de saúde tornam-se efeitos colaterais inesperados da demanda norte-americana pelos produtos manufaturados baratos vindos da China. Em alguns dias, a queima de combustíveis fósseis na China pode ser responsável por até um quarto da poluição de sulfato no oeste dos Estados Unidos, disse uma equipe de pesquisadores chineses e norte-americanos num relatório publicado pela Academia Nacional de Ciência dos EUA, uma associação de acadêmicos sem fins lucrativos.

Garimpo ilegal de ouro Com a ratificação de um acordo Brasil França no fim de 2013 os países deverão atuar em conjunto contra o garimpo ilegal de ouro em uma faixa de 150 quilômetros em ambos os lados da fronteira entre a Guiana Francesa e o estado do Amapá. A aprovação do pacto pelo Câmara e pelo Senado aconteceu após 5 anos de tramitação, graças à passagem do presidente francês François Hollande pelo

Areias de Copacabana Uma montanha de 40 toneladas de lixo está sendo exposta pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) na Praia de Copacabana para mostrar à população e aos visitantes do Rio todo o resíduo que foi recolhido nas praias do bairro e do Leme desde as 20h do dia 20 de janeiro, feriado municipal de São Sebastião. O objetivo foi de conscientizar os banhistas.


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S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO

Cidadania

Exploração Em Alagoas cai na rotina autoridades jogarem na mídia ações de combate a carestia mas, na prática, os explorados não sentem no bolso efeito positivo do compromisso. Segundo denúncias o comércio ganancioso se prolifera principalmente nas áreas de praia e a estação do turismo vai ainda até fevereiro.

Um risco

N

A época, pré-final da moagem pelas usinas não projetam melhora. Ao contrário, previsão à continuidade das dificuldades é até fins de abril, começo de maio. Mas diferente de anos anteriores, é cedo soltar estimativa de produção. Algumas usinas tiveram problemas no começo da mogem.

Sem zebra

É comum flagrar ônibus de passeios turísticos e taxi estacionados em cima da faixa para travessia do pedestre na porta de hotéis (Radyson e Enseada são exemplos). A desatenção dos motoristas causa atropelos e ameaça a segurança das pessoas. Motorista de veículos em trânsito reclama da dificuldade para enxergar o pedestre pegando a faixa.

o Brasil é mantida para as eleições de outubro a obrigatoriedade do eleitor, uma imposição que não sendo atendida dificulta o cidadão que não justificar a ter emprego, se inscrever em concurso e outros passos pró uma estabilidade profissional. Mas pena que entre muitos não se identifique o gesto do voto na urna como ato de cidadania.

Além de conversas, assim mesmo sem cunho oficial, nada ocorre de novidade nas conversas partidárias com vistas às coligações. Ou será que jtudo já está acertado? Relembrando: são 32 os partidos aptos a apresentarem candidatos.

Nova agência Conversas dão conta de que a agência do Produban no calçadão do comércio, deve ser desativada e os funcionários transferidos para uma nova unidade no Shopping Popular. Da informação consta que não surpreenderá se a mudança acontecer já em fevereiro.

Novas avenidas “Maceió deve ter planejamento para o futuro.” Comentário foi entre profissionais liberais Questionavam a insistência pela abertura de novas avenidas com pista única mas mão dupla de direção. Exemplos aparecem na região do Tabuleiro em direção ao litoral Norte.

Das duas uma Ponto de vista de um político aposentado, de habitual freqüência ao Shopping da Jatiúca é que o senador Benedito de Lira (PP) está com “bala na agulha” para não recuar da candidatura ao governo de Alagoas. Acrescenta: “Ele chegou a um ponto que não tem mais como desistir.” Mas será? A pressão começa a dar mostra de vir forte.

Acham cedo Lideranças partidárias analisam a época como cedo para ações que impliquem em passos à frente na campanha das eleições de outubro. Entendem a necessidade de primeiro haver arrumação da casa.Lenha na fogueira, presumem, só no segundo semestre, após o registro dos candidatos.

Pelo Nordeste

Não é infração?

Temas polêmicos “Puro sangue” Marina Silva no PSB e vice de Eduardo Campos, ele também socialista, forma uma chapa “puro sangue” nordestino e espelha firmeza na proposta “Muda Brasil.” O otimismo quanto a força da chapa é de socialistas alagoanos na defesa do princípio de que o Nordeste precisa de mais atenção na área federal.

Sem precipitação Cícero Almeida compor numa majoritária como vice é provável que não transfira voto para o cabeça da chapa. Comentário é de eleitores dele sustentando que vice, mesmo de governador, não é nada mais que um suplente de luxo.

Pé na embreagem

A presidente Dilma Rousseff começa a somar novos pontos no ibope. Isso em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Agora fecha agenda para dar um giro pelo Nordeste. Alagoas deverá estar na rota do tour com ela ciceroneada por Renan Calheiros e Fernando Collor.

É aconselhável neste começo de ano os que os trabalhadores mantenham pé na embreagem na aplicação dos salários. Lembrando: o trimestre é época da entrega pelos Correios dos carnês tributários para os contribuintes pagarem. Além dos custos, a multa por atraso também dói pesado no bolso.”

Uma queixa

Interrogação

Dona de casa reclama que neste começo de ano a carestia nas prateleiras dos supermercados e nas bancas do mercado da Produção se apresentam exagerados. Os preços variam bastante, o que torna, além de necessário pechinchar, haver fiscalização,

Teotonio Vilela (PSDB) por mais que diga que vai tirar todo o mandato, ainda tem quem duvide.Um suspense para até fins do trimestre, quando finda o prazo para descompatibilização. V visita recente de FHC a ele motiva a dúvida.

Do senador Paulo Paim (PMDB) em tom de desabafo: “Todo mundo sabe que em ano eleitoral os temas polêmicos não entram nas pautas para decisões. A reforma tributária, a reforma política, o pacto federativo, nada entra. Estão totalmente descartados, não têm a mínima chance.”


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pitstop

ALTARODA

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Alívio de novos ares

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uando fecharem as portas no próximo domingo, os organizadores do Salão de Detroit, depois de investir em reformas e ampliação das áreas de exposição, poderão respirar aliviados. Indicadores apontam recuperação firme do mercado interno americano (15, 6 milhões de automóveis e comerciais leves em 2013), interesse maior pelos salões e até outra mentalidade em relação aos modelos caros. Compradores abonados voltaram a trocar de carro, sem preocupação de manter a cor, para não chamar a atenção de vizinhos e amigos. Um dos ícones para os americanos estreou na exposição do Cobo Hall com a maior evolução de sua história. A picape pesada F150, veículo líder por lá há 37 anos em quatro versões de mesmo nome, agora usa várias partes da carroceria em alumínio. Representou menos 320 kg

de peso e permitiu oferecer motor V-6 turbo de “apenas” 2,7 litros. Novos Mustangs cupê e conversível atraíram atenções, mas aqui só em 2015. Estreia mundial, que interessa de perto, pois será produzido em Iracemápolis (SP), foi o Mercedes-Benz Classe C todo novo, antes só visto em fotos. O sedã ficou maior por dentro, 100 kg mais leve e tem opções de suspensão a ar e porta-malas com caixa sanfonável central. Novo Honda Fit, um pouco mais largo e maior entre-eixos, é o mesmo de produção brasileira previsto para o segundo trimestre, agora de novo com câmbio automático CVT. Em entrevista a jornalistas brasileiros, o executivo da Hyundai responsável por vendas mundiais, Tak Uk Im, admitiu ampliação da fábrica de Piracicaba (SP) para produção do SUV compacto derivado do HB20 e até do i30 em Aná-

polis (GO). A anunciada fusão Fiat-Chrysler repercutiu no salão e a empresa falou pela primeira vez em uma fábrica brasileira, sem pormenores. Certamente ficará em Goiana (PE) e os produtos serão Jeep, conforme essa coluna já adiantou. Detroit também viu novidades bem interessantes. Destaque para a classuda versão Targa do Porsche 911, agora com teto central de lona e escamoteamento elétrico. BMW mostrou o Série 2 (cupê do Série 1) e motores 6-cilindros em linha (no lugar dos V-8) nos sedãs “superardidos” M3 e M4. Corvette Z06 com seu V-8 de 625 cv/87 kgf∙m, surpreendeu por oferecer, além de câmbio automático de oito marchas, um manual de sete marchas, visto antes apenas no 911. Entre carros-conceito, Audi e Volvo sobressaíram com Allroad Shooting Brake e XC que antecipam

os futuros Q1 e XC90, respectivamente. Toyota ousou ao mostrar o modelo esporte FT-1, que inclui vidro no capô para exibir o motor (pode ser V-6 ou V-8). Mas há também exagerados, como VW Beetle (Fusca) Dune, cheio de apêndices de dar inveja a “aventureiros” desvairados. Tomara que o czar de design, Walter de’ Silva, não aprove esse cochilo de salão. GM esteve em dúvida, mas acabou de volta ao segmento das picapes médias com a Chevrolet Colorado, na realidade versão da S10 feita no Brasil e na Tailândia com frente e acabamentos diferentes. Quanto à Cadillac, trocou o estande do grupo por nova posição bem em frente à Mercedes-Benz. Afinal, seus modelos miram diretamente nas marcas premium alemãs. A subsidiária brasileira deve importar ao menos um modelo de sua marca de topo,

jornalistas no Salão de Detroit que planos da Mercedes-Benz no Brasil vão além dos dois modelos já anunciados: Classes C e GLA. Reafirmou cautela na escolha de futuros produtos, depois dos percalços do Classe A nacional. Para a coluna, embora esse novo hatch não esteja descartado, sedã CLA parece bem cotado.

não teriam voz ativa na Anfavea, onde só cinco empresas se revezam na presidência, apesar de sua decisões por “consenso”. Na Argentina, Adefa tem rodízio anual por ordem alfabética de todos os membros.

30º ano de vida. Coincidentemente, Lada Samara foi contemporâneo do Uno, lançado em 1984, e também saiu de linha ano passado.

RODA VIVA DIFICULDADES cambiais e financeiras na Argentina podem adiar produção do SUV médio Everest, baseado na Ranger, previsto para 2015. Pelo mesmo motivo, Kuga (SUV derivado do Focus) também está sob dúvida. Porém, Ford prepara quatro novidades para o Brasil este ano: compactos Ka (hatch e sedã, cinco e quatro portas), motor 3-cilindros e o novo SUV importado Edge. DIETER ZETSCHE, presidente mundial da Daimler, disse a

ABEIVA, que reúne marcas sem produção no Brasil, deseja mudar e abrigar sócios que terão fábricas no País: Chery, JAC e Land Rover. Estas avaliam que

ANTIGO Uno Mille, fora de produção desde dezembro último, passou o indesejado troféu de automóvel mais antigo do mundo em fabricação contínua ao mexicano Nissan Tsuru. Esse ancestral do Sentra, se não for descontinuado, entra agora no

CORREÇÃO: segundo modelo a assumir a liderança, em 2013, de um dos segmentos da coluna Alta Roda, publicada na semana passada, foi o médio-compacto Civic. O outro, monovolume compacto Spin, foi citado corretamente. O C4 Picasso, monovolume médio, já havia liderado sua classe em 2012.

SKF informa recall de peças para Audi, GM, Fiat, Ford e VW Peças de direção feitas entre agosto e novembro de 2013 podem quebrar. Em caso de falha, motorista pode perder o controle do veículo.

A

fabricante de peças automotivas SKF anunciou nesta segunda-feira (20) um recall para lojas de autopeças, mecânicos e proprietários de alguns automóveis das marcas Audi, Chevrolet, Fiat, Ford e Volkswagen. Foi detectado um problema nas articulações axiais, que fazem parte do sistema que transmite os movimentos da direção a roda, dos modelos dos modelos VKY 4704, VKY 4905, VKY 4913, VKY 4915, VKY 4924, VKY 4925, VKY 4934, VKY 4936, VKY 4937, VKY 4958, VKY 4959, VKY 4970, VKY 4973, VKY 4977 e VKY 4981. A empresa informou que são 18 mil unidades com problemas. O Ministério da Justiça afirma que são 86.864 articulações, com numeração dos lotes 0813, 0913 e 1013. Na terça-feira (21), a SKF completou que as 18 mil representam as unidades que ainda estão no mercado do total de 86.864 peças - cerca de 68.864 unidades já foram recolhidas. Segundo o fabricante, pode haver a quebra integral do componente, causando perda de controle do veículo e, eventualmente, acidentes. A barra de direção é responsável por transmitir o movimento direcional do volante para as rodas. Estão envolvidas no chamado peças produzidas entre 23 de agosto e 3 de novembro de 2013, e comercializadas a partir de 2 de setembro de 2013. Confira os 34 modelos envolvidos no recall: Audi: A3 Fiat: 147, Brava, Elba, Fiorino, Idea, Marea, Oggi, Palio, Panorama, Pick-up, Prêmio, Siena, Strada, Tempra e Uno Chevrolet: Agile, Celta, Corsa, Classic, Meriva, Montana, Prisma e Tigra Ford: Courier, EcoSport, Escort, Explorer, Fiesta, Ka e Ranger Volkswagen: Bora, Golf e New Beetle A SKF disponibiliza o telefone 0800141-152 para clientes tirarem eventuais dúvidas e também orienta os consumidores que realizaram a troca da barra de direção após 2 de setembro de 2013 a comparecer à oficina mecânica para verificar se a peça está inclusa na campanha.


28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 CRÔNICA

A anarquia tomou conta do Brasil JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br

N

ão é necessário que uma pessoa seja Economista ou Engenheiro, para elaborar um orçamento. Qualquer pessoa, por mais ignorante que seja, é capaz de elaborar um, sem se utilizar da teoria dos compêndios. Basta um pouco de prática e um pouco de bom senso. Através das experiências do dia-dia, um lavrador é capaz de dizer quantos quilogramas de feijão ou milho serão necessários para ele plantar num hectare ou numa tarefa. Ele será capaz de saber quantos dias serão necessários para o plantio e de quanto vai ter de lucro, claro que, com uma certa aproximação. Uma costureira pode saber quantos metros de tecidos serão necessários para um vestido de noiva, em quan-

tos dias ela vai trabalhar e saber quanto ele lhe custa. Num país de vergonha, tudo deve ser previsto, medido, pesado e calculado, para que haja segurança nos planejamentos, principalmente, quando se trata de Serviço Público. Um Governo não deve e não pode ficar fazendo as coisas de oitiva, no “chute” ou no “parece que é”. Um Governo sério, não deve ficar com suas improvisações, às vezes propositais, para poder cometer desonestidades. O Governo Brasileiro, de uns anos para cá, resolveu fazer as coisas na base da improvisação, sem nenhum critério de economia ou de planejamento, às vezes, para ser mais fácil haver a corrupção, como aconteceu com os mensaleiros. Um Plano de Governo, deve ser bem elaborado, independentemente das exigências das Leis que norteiam a matéria. Eu estudei um pouco de Economia, pelo menos para saber o que são Receitas e o que são Despesas. Sem o equilíbrio

entre elas, o Governo passa a ser deficitário, fazendo com que a realidade crie juros, gerando dívidas às vezes impagáveis. O Brasil está brincando de Economia, quando dispensando débitos de “companheiros” do Sr. Lula, seus vizinhos da América do Sul e fazendo a eles, criminosas doações bilionárias, no fim do seu Governo. No mesmo caminho, está indo a Presidenta Dilma, quando fazendo doações, aos Srs. Prefeitos, de Pás Carregadeiras, Tratores, Caçambas, Retro-Escavadeiras e outros equipamentos rodoviários caríssimos, coisas sem precedentes na nossa História. Os Senhores Prefeitos estão num país sem Oficinas Mecânicas, sem Almoxarifados, sem Mecânicos Especializados, sem Motoristas e sem dinheiro para bancar tamanha derrama eleitoral. Alguns dos equipamentos doados, já estão encostados, por falta de manutenção e de peças de reposições, com os Prefeitos sem saber o que fazer com os “cavalos de

Tróia” que a Sra, Dilma aprontou para eles. Em termos de esbanjamento, somos o País da Anarquia, da Falta de Planejamento e das Doações Eleitorais Legais. Somos de um País que distribuiu mais de mil “kits” rodoviários nos palanques que foram armados para a festa. Estamos bem pertinho da Copa do Mundo e das Eleições que virão logo depois delas. Eu estou com medo de tantas festas, de tantas doações, de tantas compras de votos e de tantas impunidades que virão, nas “barbas dos nossos Tribunais”. Eu vou ficar com medo de sair às ruas, com tantas “caras pintadas” que poderão vir e com tantos mascarados que poderão aparecer, para transformar nossa “copa do mundo, numa “copa do fim do mundo”. Em tempo - Para mim foi muito gratificante, saber que a Ilustre Magistrada, Dra. Ester Manso, já leu artigos meus, algumas vezes.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 17 A 23 DE JANEIRO DE 2014 -

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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Oportunidade

O milagre das eleições

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ada período eleitoral tem a sua particularidade. E Arapiraca não foge a regra. Para as eleições que se aproximam, as redes sociais se transformaram na “galinha dos ovos de ouro” dos políticos que já estão em plena campanha eleitoral. O ex-prefeito Luciano Barbosa é o mais entusiasmado, distribuindo sorrisos de canto a canto da boca, em fotos onde aparece abraçado com eleitores. É uma festa. Agora, é preciso saber se este tipo de manifestação é legal ou, enfim, fere a legislação eleitoral por ser uma propaganda antecipada. Pelo sim pelo não, a festa continua e o ex-prefeito arapiraquense não é um caso isolado. Políticos de diversas correntes partidárias estão no mesmo caminho, usando as redes sociais para conquistar o voto do eleitor.

Shopping Arapiraca Na quinta-feira, 23 de janeiro, foi aberta a temporada de descontos do Arapiraca Garden Shopping. “Menos é mais” é o mote da primeira liquidação do empreendimento que oferece ao público quatro dias de ofertas, de 23 a 26 de janeiro. Neste domingo, 26, todas as lojas funcionarão das 10h às 22h, para que todos tenham oportunidade de aproveitar ainda mais as ofertas. Pensando também no conforto dos clientes, o transporte gratuito para o shopping, que já funciona de segunda a sexta-feira, estará disponível também nos dias 25 e 26, sábado e domingo.

“Por quase nada, você leva tudo. Pra que dizer não, se tudo diz que sim” é o trecho do jingle da liquidação de estreia do Arapiraca Garden Shopping. Para o superintendente, Leandro Lourenço, as expectativas são as melhores. “Será uma ótima oportunidade para os consumidores aproveitarem ofertas dos segmentos de moda, calçados, brinquedos, eletroeletrônicos, acessórios, artigos e muitos outros. Ampliamos nosso horário de funcionamento no domingo para que todos possam participar” conta.

Reforma na Uneal A Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) vive dias de reformas e construções nos campi de Arapiraca e Palmeira dos Índios. No Campus I, além da construção do prédios que vai abrigar os núcleos de pesquisa, da tenda cultural, e dos banheiros do bloco de Ciência Biológicas e Química, o prédio da reitoria também está em fase de pintura e manutenção.

Campus III Já no Campus III, as obras de melhorias incluem a ampliação da área de convivência na frente e lateral do prédio, jardinagem, colocação de mastros para hastearemos do pavilhão nacional, ampliação e colocação de corrimão na rampa de portadores de necessidades especiais, melhorias nos banheiros.

Estruturação

De acordo com o reitor da universidade, professor Jairo Campos da Costa, as obras são importantes, porque algumas delas surgiram de necessidades apontadas pelos estudantes, professores e servidores. “Todas fazem parte da fase de estruturação das nossas dependências iniciadas ainda no início da nossa gestão”, explicou o gestor.

Inauguração No caso das obras realizadas no Campus I, a previsão de inauguração, de acordo com a Coordenadora do campus, professora Maria Helena Aragão, é na segunda quinzena de fevereiro, antes do início do ano letivo 2014. “Esperamos receber nossos alunos com a estrutura já melhorada e ampliada”, frisou.

Bom trabalho A informação é da jornalista Roberta Sampaio: O tenente-coronel Bittencourt deixou o comando do 3º BPM de Arapiraca. Ele afirmou que sempre buscou maior aproximação entre a sociedade e as ações da polícia. Seu trabalho foi destacado devido a várias ações que teve como principal objetivo, conscientizar a comunidade sobre a importância das ações feitas pela PM. O comprometimento em tentar diminuir os índices de violência em Arapiraca foram mostrados por meio dos números que comprovam tais afirmações.

Policiamento Bittencourt buscou fortalecer, nos quase três anos que esteve como comandante, o policiamento preventivo e, quando necessário, ostensivo nos bairros mais violentos de Arapiraca. Em contrapartida, ele ressaltou a importância dos gestores públicos, no que diz respeito a ações sociais nesses bairros, com a finalidade de aproximar a população da polícia.

Transparência Outra meta traçada e também colocada em prática foi à questão do controle dos atos da administração, no que se refere às atividades da Segurança Pública. Em seu comando sempre buscou o equilíbrio harmônico e salutar entre a PM e a população arapiraquense, garantindo ainda que os trabalhos sempre foram pautados com transparência, moralidade, ética e confiabilidade.

PM e sociedade “O que a Polícia Militar tem de melhor é o profissional que merece, como qualquer outro, condições de vida e de trabalho adequadas, salário dignos, treinamentos, enfim, merece ser valorizado como todo ser humano que trabalha de forma digna e cumpre seu papel perante a sociedade. Justamente por isso, precisamos de alguma forma acabar de vez com algumas lacunas existentes entre a PM e a sociedade. Temos que buscar evitar confrontos e ter equilíbrio para solucionar da melhor forma possível”, completou.

PELO INTERIOR ... O município de Pão de Açúcar será muito bem representado durante a 8ª Feira dos Municípios Alagoanos. Trabalhos de diversos artesãos serão expostos no estande adquirido pela Prefeitura Municipal, no período de 23 a 26 deste mês, no Centro de Convenções Ruth Cardoso. ... Segundo o secretário Cacau Machado (Turismo e Esporte), além do bordado boa noite (Art-Ilha), peças dos artesãos Aderaldo, Dedé, Valmir, Petrônio, Beto de Meirus, Valmir, Rejânia, Poliana e Beto de Meirus estarão sendo comercializadas durante a feira. ... O mel de abelha e outros produtos da apicultura pão-de-açucarense também estarão à venda no estande da Terra de Jaciobá. ... O Coco de Roda Choro de Bela, do mestre Laércio de Bamba, abrirá as apresentações culturais, no dia 23, às 18 horas e 30 minutos. Este grupo folclórico de excelente qualidade mostra as cantigas e os versos improvisados nos antigos batalhões de lagoas da época do plantio de arroz. ... Já a jovem Brena Medeiros, 18 anos, filha do Povoado Ilha do Ferro, desfilará representando a beleza da “Terra do Sol, Espelho da Lua” na disputa do titulo de Musa dos Municípios Alagoanos. ... Além do prefeito Jorge Dantas, da primeira dama Soraya Omena Dantas, do secretário Cacau Machado e do vice-prefeito Marco Tavares, certamente outros pão-de-açucarenses vão prestigiar o a arte e o talento da Plaga de Jaciobá.


30 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014

REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

O primeiro mês

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om o orçamento anual já pronto e sempre anotando as despesas que estão sendo realizadas nesse primeiro mês, na próxima semana, fecha o primeiro balancete, cuja receita (salário) foi referente a dezembro de 2013, recebida no início de janeiro. Tudo devidamente planejado, com as despesas constantes do mês, principalmente matrícula e material escolar. Janeiro é um mês longo, iniciando praticamente no dia 2, ja que o primeiro dia é o feriado universal de Ano Novo, indo até o dia 31. Em dezembro, entrou o décimo terceiro salário e o salário de novembro. Portanto, dinheiro extra, que deve ter sido direcionado aos pagamentos de praxe e ainda deixar algum valor para a poupança. Agora, é só fechar o mês certinho, no “azul” e esperar fevereiro, pagar o IPTU com desconto, à vista e guardar uma parte para gastar no Carnaval (quem realmente gosta de folia) e seguir o mês de março.

Disciplina Para atravessar 2014, consciente de que deve economizar e poupar, formando uma reserva financeira para alguma emergência ou mesmo a realização de um sonho de consumo, é só seguir à risca o orçamento, como se fosse pessoa jurídica, minimizando os custos (despesas) e maximizando o lucro (receita). Nada difícil. É só er disciplina sabendo viver de acordo com o que ganha, sem jamais se endividar.

Pesquisa É notorio o aumento de preços, não somente de alimentos e material de limpeza e higiene, mas também dos demais produtos. Sempre foi assim. Quando o governo anuncia o reajuste do salário mínimo, os vendedores providenciam aumentar aleatoriamente os seus preços, mesmo sabendo que o salário ainda não foi recebido pelo trabalhador. Só resta mesmo, pesquisar preços, trocar de marcas e só comprar o estritamente necessário,quando tiver certeza de que fez alguma economia.

Só à vista As taxas de juros continuam subindo a cada mês. Assim o governo controla a inflação e endevida cada vez mais a população, que necessita de empréstimos, cartões de crédito e cheque especial. Se você conseguiu pagar o que devia com o décimo terceiro salário, não se endevide mais esse ano. Compre só à vista, com dinheiro em espécie ou cartão de débito. Jamais amortize o valor de seu caartão de crédito, pagando o valor total da fatura. O mesmo, com o cheque especial: usou, paga no mês seguinte o mesmo valor.

Cirada Nunca compre na primeira parada. A concorrência no comércio, é muita acirrada. Os preços diferenciam muito de um ponto de venda para outro, inclusive até mesmo do mesmo grupo empresarial. Portanto, é uma verdadeira ciranda de preços. Vá visitando as lojas, conversando com os vendedores, pechinchando e só comprando quando tiver certeza de que fez alguma economia. Pague à vista e com um bom desconto.

Por impulso Jamais compre por impulso. Mesmo sendo promoção. As lojas estão em promoção constante. Vende mais, quem vende mais barato e ainda dar desconto. Ao ler num panfleto, ou ver uma prograganda na TV e ouvir no rádio, não vá diretamente e compre. Pesquise nas outras lojas. Pode encontrar o mesmo produto com um preço mais baixo. Isso é o que se pode dizer que é um consumidor disciplinado.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014 -

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CINEMA

‘Serra Pelada’ é o ‘Scarface’ brasileiro, diz Wagner Moura ISABELLE MOREIRA LIMA

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agner Moura volta à Globo com uma senhora careca e uma cara de mau daquelas. Interpreta Lindo Rico, um dos antagonistas de “Serra Pelada”, filme de Heitor Dhalia que estreia como minissérie três meses depois de ocupar os cinemas. A obra segue a estratégia de aproveitar longas da Globo Filmes na televisão. “Acho saudável esse intercâmbio do cinema com a TV. Quero que as coisas sejam vistas por muita gente. Não vejo conflito entre sucesso popular e integridade artística”, disse o ator à Folha em entrevista por telefone Para Moura, que também atuou como produtor no projeto, “Serra Pelada” foi feito “para a galera”. “As novas gerações vão ver um pedaço de terra sem lei durante a ditadura militar. É história do Brasil, mas é também um filme de gângster, o ‘Scarface’ brasileiro”, diz, em referência ao clássico norte-americano sobre a máfia. Originalmente, Moura interpretaria o protagonista vivido por Juliano Cazarré. Mas, por problemas de agenda —atuaria em “Fellini, Black and White”, cancelado após a morte do diretor Henry Bromell—, acabou ficando fora. Por fim, pediu para assumir o personagem que ele mesmo sugeriu criar —Lindo Rico nasceu para “bater de frente” com o de Cazarré. “Serra Pelada” deve ser o único trabalho de Moura na TV por um tempo. Novelas

O ator Wagner Moura caracterizado como Lindo Rico em cena de ‘Serra Pelada’

“As novas gerações vão ver um pedaço de terra sem lei durante a ditadura militar. É história do Brasil, mas é também um filme de gângster, o ‘Scarface’ brasileiro” WAGNER MOURA

estão descartadas por enquanto. O próximo trabalho em vista deve ser uma adaptação do livro “Dois Irmãos”, de Milton Hatoum, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. “É um projeto antigo, mas acho que agora tomou um rumo na Globo”, diz Moura. A assessoria da emissora afirma não ter informações sobre a obra. Se na TV Moura tem aparecido de forma bissexta, no

cinema há três projetos para este ano: “Praia do Futuro”, de Karim Aïnouz, que concorre ao Urso de Ouro em Berlim; “Trash”, de Stephen Daldry (“Billy Elliot”), em montagem; e “Rio, Eu te Amo”, ainda em filmagem. O trabalho mais ousado ficará para 2015: a versão para cinema da biografia de Carlos Marighella (19111969), escrita pelo jornalista Mário Magalhães, que marcará a estreia de Moura na direção.

O filme será uma coprodução com a O2 e o roteiro está sendo escrito por Felipe Braga (“Mandrake”). Moura, que no momento faz a captação, acredita que será um filme “grande”, “caro”, de cerca de R$ 10 milhões. “Quero trazer de volta a figura de Marighella. Foi um homem incrível que dedicou a vida a uma causa, uma coisa que a minha geração não sabe o que é. A gente não sabe quem são nossos heróis.”


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 24 A 30 DE JANEIRO DE 2014


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