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MACEIÓ - ALAGOAS

ANO XVI - Nº 761 - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO 2014

JORGE OLIVEIRA ESCREVE: É GOLPE, VIU LULA! P/3

Alagoas ganha 1 usina de etanol de biomassa do País

Atos da 17ª Vara Criminal contra prefeitos estão todos nulos

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Indústria vai fabricar álcool de 2ª geração a partir da palha e do bagaço da cana P/11

QUEBRA DO GRUPO JOÃO LYRA NÃO TRARÁ GRANDE IMPACTO NA ECONOMIA ESTADUAL P/8 e 9

USINEIROS DÃO CALOTE E HUMILHAM PEQUENOS PLANTADORES DE CANA P/10 Telexfree propõe devolver dinheiro aos investidores para continuar em atividade

CRESCE MATANÇA DE JOVENS EM ALAGOAS: EM DOIS ANOS FORAM EXECUTADOS 2.696 P/12

HUMORISTA ALAGOANO VAI PARA FINAL DO “QUEM CHEGA LÁ?” DO FAUSTÃO P/16

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PODE DEVOLVER MAIS DE 300 SERVIDORES EFETIVOS ADMITIDOS POR ANUÊNCIA P/6


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014

COLUNASURURU

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millor Fernandes)

DA REDAÇÃO

Matança, insegurança e a inércia

De Frei Beto:

D

aniel Nunes, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/ AL classificou como: “carnificina”, o que vem ocorrendo com os jovens de Alagoas. Um dia após a citação de Daniel, o empresário Guilherme Brandão, proprietário do Maikai, foi executado dentro do seu estabelecimento

vítima de um latrocínio. Guilherme é mais um que deixa as famílias alagoanas de luto. Em véspera de carnaval, época mais violenta do ano, a matança em Alagoas só vem crescendo, como aponta inúmeros estudos. A inércia do poder público, a conversa fiada de engravatados que ficam nos seus gabinetes e que andam de carros blindados não reflete a realidade do trabalhador que sai 5h da manhã, todos os dias de coletivo, para tentar sobreviver. O discurso vazio em época de eleição tanto para situacionistas quanto oposicionistas serão utilizados de forma eleitoreira, pois a vida em Alagoas não se tem valor; são meras estáticas, números frios. Enquanto uma mãe chora, um índice é analisado por detentores do poder que se preocupam com imagem pessoal e o próximo gerenciamento de crise para tentar sanar a “impressão” deixada. Vários “Guilhermes” são executados todos os dias em Alagoas. Maceió é terra de ninguém, está abandonada pela própria sorte. Não se trata mais de sessão de insegurança, mas sim, de insegurança generalizada! Leia mais sobre a violência em Alagoas na página 12.

Reconhecimento O Ministério Público arquivou o pedido de investigação que os black block do cinema alagoano pediram contra a secretaria de Cultura de Alagoas pela participação no filme “Olhar de Nise”, do diretor Jorge Oliveira. Como se sabe, incentivados pelo pernambucano Almir Guilhermino, professor da UFAL, estudantes da universidade tentaram impedir os trabalhos do documentário em Maceió em março de 2013. O MP considerou a representação infundada e, com o arquivamento do processo, reconheceu que a psiquiatra alagoana Nise da Silveira, uma das mulheres mais importantes do século XX, é uma grande personalidade do mundo que será retratada este ano em dois filmes, portanto, digna dessa homenagem. Ainda há quem valorize a cultura em Alagoas. Parabéns ao MP.

Novo prefeito Após nove anos um vice-prefeito da Capital irá assumir o comando de Maceió. O prefeito Rui Palmeira vai entrar de férias e Marcelo Palmeira assume a chefia do executivo. Vale lembrar que Cícero Almeida não deixou um dia sequer para Lurdinha Lyra, sua vice em dois mandatos, assumir como prefeita. Dizem que a mágoa nunca passou.

“É impressionante o vigor que tem o comandante. Vou pedir o telefone do pediatra dele, porque ele tem a cabeça cada vez mais fresca e um entusiasmo juvenil impressionante.” Opinião foi de Frei Beto sobre Fidel Castro, por quem foi recebido em audiência recente em Cuba.

Do Papa Francisco

Qual o lado Em Alagoas o Partido Progressista (PP) tem o senador Benedito de Lira candidato ao governo. Mas uma pergunta favorece comentário pondo dúvida: o diretório nacional do PP se articula pendendo para apoiar o PSDB de Aécio Neves e Teotonio Vilela ou o PT de Dilma Rousseff, favorita nas pesquisas, mas sem estrela que brilhe forte no Estado?

Advertência Candidatos em outubro devem ter atenção para evitar enquetes eleitorais em site. Elas, segundo decisão do Superior Tribunal Eleitoral, estão proibidas desde 1º de janeiro. A observação soa como advertência vez que nas eleições de 2012 as enquete foram comuns. É bom que nos partidos haja uma assessoria para não escorregar escorregões que contrariem orientação da Justiça Eleitoral.

Moeda forte No Nordeste começa falatório de haver políticos usando a estiagem prolongada para fortalecer a campanha, oferecendo meios para populações alcançadas pela seca terem abastecimento de água em troca do voto. Um toma lá dá cá que ao menos pelos lados de Alagoas passa à distância. Mas até quando ninguém topa uma aposta.

Black blocs Essa semana, a Câmara de vereadores de Maceió foi invadida por manifestantes que cobravam a não aprovação das OSs para capital. Devido à baderna que foi criada na Câmara, o presidente Chico Filho, classificou a atitude dos presentes como de “Black blocs”.

João e as Comissões O deputado federal João Caldas (SDD-AL) foi indicado para ocupar duas vagas em comissões permanentes da Câmara dos Deputados. As indicações foram feitas pela liderança do Solidariedade na Câmara. O deputado será titular na Comissão de Ciência e Tecnologia e suplente na Comissão de Minas e Energia.

Recado recente dele aos cardeais teve a ver com a importância para que evitarem as fofocas, as intrigas e os favoritismos pessoais. Foi explicito na mensagem dando conta de ser esse tipo de comportamento próprio de uma corte.

Cadê o grito! A esquerda, no quadro político voltado para as eleições de outubro, chama atenção não pela organização de atos públicos nas ruas de Maceió, constante no passado, mas na calmaria das diversas correntes. Entre eles não tem quem engue sentir falta do grito na rua de “povo unido jamais será vencido.”

Carnaval Pode ser engano mas a única pré-carnavalesca do carnaval deste ano, na orla da Pajuçara, não transferiu motivo para o folião se entusiasmar e cair na folia pelos próximos quatro dias. Ah! Quem for para a avenida deve ter cuidado com a carteira. Isso em todos os sentidos.

Doação de campanha Os partidos ignoram ainda o valor dos recursos a ser liberado para o Fundo Partidário das eleições de outubro. É dinheiro para uso na campanha transferido do Orçamento, de multas, penalidades e doações e de pessoas físicas até 10% do rendimento de empresas limitados até 2% do faturamento bruto do ano anterior ao da eleição. No caso a de 20012.

“Esforço concentrado”

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- Uma decisão em comum do presidente do Senado, Renan Calheiros, com os líderes partidários da Casa aprovou na terça-feira (25) que no período de junho e setembro, época da campanha eleitoral, os senadores dêem uma semana de trabalho por mês. O resto do tempo deverá ser usado na campanha da reeleição, nos seus Estados.

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– É parte da rotina nas casas legislativas haver nesta época “esforço concentrado” para permitir a presença dos parlamentares que tentarão a reeleição ganhar tempo para a campanha. É de praxe acontecer no segundo semestre, período mais próximo das eleições.


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JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

Brasília - O que era uma manifestação discreta, agora está escancarada. Os petistas e os empresários lulistas estão enchendo a mídia com o “Volta, Lula” numa tentativa de desestabilizar o governo da Dilma e forçá-la a desistir da reeleição este ano. É golpe! Por trás dessa armação política, está o próprio ex-presidente que estimula a campanha quando recebe empresários no seu escritório em São Paulo e deixa vazar para a imprensa que eles estão insatisfeitos com o rumo da economia e com o tratamento grosseiro que recebem da presidente. Estão acrescentando mais vozes ao coro da conspiração. Lula, é bem verdade, está de plantão para voltar ao poder mas prefere que a Dilma entregue o bastão para disfarçar o golpe. Se isso ocorrer, quem apostou que o mandato da presidente era tampão acertou na mosca. Ela esquenta a cadeira para a volta do Lula. O alvoroço na cúpula do PT começou depois das últimas pesquisas que não deixam a presidente numa posição confortável para a reeleição. Esqueça, por exemplo, as manchetes dos jornais baseadas em pesquisas encomendadas que dão a Dilma ganhando no primeiro turno. É pura fantasia, mágica dos institutos. Esqueceu? Agora, leia nas entrelinhas dessas pesquisas publicadas. Lá, você vai encontrar o que mais ameaça a reeleição da Dilma e o que fez acender a luz vermelha nas hostes petistas: a presidente lidera a rejeição entre os candidatos Aécio e Eduardo Campos. Não precisa ser um expert em marketing político para deduzir o perigo que ameaça a candidatura da presidente se esse percentual continuar aumentando. Para não deixar a Dilma isolada como campeã da rejeição, os institutos de pesquisas encontraram uma fórmula milagrosa de aproximar os dois candidatos dela. A pergunta é: como Aécio e Eduardo estão próximos da rejeição da presidente se ainda não são candidatos oficiais? As pesquisas mostram que os dois prováveis candidatos são desconhecidos por mais de 80% da população, portanto, como eles podem estar quase empatados com a Dilma no quesito rejeição se ela é conhecida por mais de 90% da população? Conclua você mesmo. Mas antes que você dê a resposta, vou me antecipar: manipulação para continuar espalhando festivamente que a presidente ganha a eleição já no primeiro turno. Agora, vamos voltar ao golpe do Lula. O PT, que adotou no país a doutrina bolivariana do chavismo e da ditadura dos irmãos Castro, quer se perpetuar no poder, portanto, vale tudo para subjugar o eleitor e se manter no pedestal. Indicar a Dilma já foi uma jogada do Lula. Um candidato carismático, independente e habilidoso politicamente não interessava ao ex-presidente quando pinçou a Dilma para substituí-lo. Ele preferia o que está aí: uma presidente incompetente, de mente fragmentada e despreparada para o cargo que permitisse lá na frente movimentos como esses de “Volta, Lula”. Ora, o brasileiro sabe que a Dilma foi empurrada de goela adentro do eleitor por uma fábrica de marketing que a elegeu mãe do PAC, hoje transformada em madrasta depois da paralisação de quase todas as obras de infraestrutura no país. E mais: que a economia nas mãos do Mantega está afundando a cada dia; que se gasta mais na Copa do Mundo do que em setores básicos como educação e saúde, o que está levando à população às ruas; que os escândalos se multiplicam agora com as bênçãos da Comissão de Ética que absolve os malfeitores do governo; que o governo está prestes a ser desclassificado pelas agências internacionais porque não consegue sair do atoleiro das contas públicas; e que a presidente não tem e nunca teve um plano para governar o país. Mas tirá-la a força é golpe, viu Lula!

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Privilégios É assim, com essas distorções imorais, que o dinheiro do contribuinte vai pelo ralo. E a boca do ralo cada vez fica maior quando se sabe que milhões de reais estão sendo pagos para uma castra de privilegiados do Senado Federal, agora sob a custódia do Superior Tribunal Federal.

Siga-me: @jorgearapiraca

É golpe, viu Lula!

- MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 -

Desapontamento

Três pês

É por causa dessa deficiência administrativa e o risco de um desastre na reeleição que os petistas e empresários lulistas incentivam nos jornais e na rede social o “Volta, Lula” para forçar a Dilma a ceder o lugar a ele que, na verdade, nem precisava porque continua exercendo de fato o terceiro mandato. Esse desapontamento do Lula, se você me permite, lembra muito o jargão de um esquete do Zorra Total, onde o ator Jorge Dória terminava o diálogo com o Alfredinho (Lucio Mauro Filho) e arrematava: “Mas onde foi que eu errei”?

É por causa dessas decisões esdrúxulas que a sociedade passou a divulgar que no Brasil a justiça é implacável apenas com as putas, os pobres e os pretos. Caiu em uma dessas categorias é xadrez na certa. Claro que o caso dos servidores do Senado ainda não está capitulado como crime comum, portanto, eles não estariam enquadrados nos três pês. Essas benesses são imorais e ilegais, simplesmente. Existe uma norma clara que diz que nenhum funcionário público pode receber mais do que o presidente da república. Então como se entende que o próprio STF transgrida à lei que ele próprio deveria ser o guardião? Só se pode imaginar que está julgando em causa própria, ou seja, se lá na frente a remuneração de um ministro do tribunal ultrapassar o que diz esse preceito, estaria resguardada por uma decisão do próprio STF, é o que se pode deduzir.

Distorções Confesso que não entendo como o Supremo Tribunal Federal faz um julgamento contrariando a Constituição que o próprio tribunal deveria proteger como última instância da Justiça. A liminar do ministro Marco Aurélio para obrigar o Senado a pagar os privilegiados marajás acima do teto constitucional é discutível. Essa história de que decisão da Justiça não se descumpri, cumpre-se, é uma balela. É uma forma autoritária de silenciar os injustiçados que às vezes se sentem acuados por decisões injustas e descabidas de tribunais e preferem se calar a defender abertamente os seus direitos ultrajados. Num regime democrático, decisões judiciais devem sim ser discutidas e debatidas porque os juízes não estão acima do bem e do mal. Essa, por exemplo, inconstitucional, não só deve ser debatida como o Senado deveria lutar para tentar anular uma sentença monocrática que vai certamente criar jurisprudência no país se for mantida pelo pleno do STF.

Impunidade É assim, penalizando os pagadores de impostos, que o país vai caminhando para uma anarquia jurídica. De vez em quando os brasileiros são surpreendidos por decisões descabidas de tribunais e ficam sem entender a lógica de algumas sentenças. Veja: existem centenas de criminosos que cumprem pena em casa e outros milhares soltos esperando apelações. O bicheiro Cachoeira é um exemplo disso. Condenado a mais de trinta anos vive solto em Goiás comparecendo a festas e sendo homenageado como filantrópico. Outros, são condenados, mas gozam da regalia de sair de dia e voltar para o presídio à noite para dormir, como é o caso dos mensaleiros que roubaram milhões de reais e por esses dias, já na rua, leves e fagueiros, devem voltar ao crime.

Anarquia É assim que caminha o país da anarquia, da imoralidade e do faz de conta. Por causa disso é que os erros vão se acumulando, o dinheiro vai saindo pelo ralo e o brasileiro cada vez paga mais imposto para cobrir a incapacidade e a incompetência gerencial dos seus governantes. Guido Mantega, o mágico da economia, o homem que faz desaparecer números e estatísticas como fazia o Delfim Neto na ditadura, já anunciou que pode vir mais impostos por aí. Claro, o país precisa socializar a imoralidade dos gastos. Ou não é imoral, por exemplo, o contribuinte pagar por ano 5 bilhões de reais de pensões para filhas de militares?

Pensões Foi o que mostrou no domingo Antonio Temóteo, do Correio Brasiliense. Segundo a matéria, o Tesouro Nacional paga essa cifra astronômica a 103 mil filhas de militares que, para terem direito ao benefício, não podem casar, como se o casamento hoje valesse alguma coisa. Para se ter idéia desse descalabro até hoje 17 herdeiras de militares do Exército que lutaram na guerra do Paraguai, entre os anos de 1864 e 1870, recebem pensões. Como é difícil encontrar essas herdeiras depois de mais de um século e meio do conflito, ninguém sabe como o pagamento é feito e para onde vai o dinheiro. Já imaginou como seria engraçado você se deparar com uma dessas senhoras de 150 anos, elegantemente vestida, no caixa do banco para receber seu benefício. Não há registro no mundo de tanta longevidade.


4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014

GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Acuado, Almeida mostra a cara

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ex-prefeito de Maceió e presidente do PRTB, Cícero Almeida, tem demonstrado que não está nada satisfeito com as negociações que estão em curso pelos pretensos aliados. Desde a última reunião em Arapiraca que ele andou sumido, analisando apenas as conversações entre os caciques de outros partidos. Esta semana saiu do silêncio, depois que exploraram que Antônio Albuquerque poderia tomar o PRTB, informação que não tem nenhuma consistência. O fato principal que tocou o coração do ex-prefeito foi comentar que ele daria um bom vice para Renan Filho, embora outros nomes também poderiam aparecer. Isso bastou para que Cícero Almeida, com seu temperamento forte, não gostasse do que foi dito, principalmente porque aposta no seu taco, ou no caminhão de votos que por certo tem em Maceió. Imprevisível como sempre, Almeida pode desnortear o conhecido Chapão, que tem dificuldades de manter a coesão entre os próprios aliados. Ele sabe, mais do que ninguém, que está cercado por velhas raposas políticas prontas para dar o bote, o que deixaria o ex-prefeito numa sinuca de bico. Esperto, o Ciço decidiu não comentar candidaturas majoritárias, mesmo sabendo que será importante em qualquer posição que jogar com o grupo de oposição.

Sem pique 1 A insistência do PT em tentar negociar uma candidatura a vice numa provável chapa com Renan Filho, tem esbarrado em vários aspectos. O primeiro seria o deputado Judson Cabral, que certamente não gostaria de arriscar sua reeleição. Sua postura e seu trabalho na Assembleia, fortalecem sua candidatura, mas vice, bem, é outra história.

Um vice sem pique 2 O outro nome, o de Rosiana Beltrão, hoje Administradora do Porto de Maceió, seria também uma das alternativas do PT, mas com constantes problemas de saúde que têm lhe atormentado nos últimos meses, certamente ela não seria o nome ideal para entrar pra valer numa campanha. Prefere, como se comenta nos bastidores, estar longe desta folia. Além disso, em nenhuma hipótese a presidente Dilma viria a Alagoas para optar por esta ou por aquela candidatura, tendo os principais candidatos ao governo como políticos importantes da sua base aliada. Assim, é jogar no escuro.

Tiro final

O Reitor do Cesmac, João Sampaio, tem evitado dar declarações à imprensa sobre a criação do curso de Medicina, para, evidentemente, não ferir suscetibilidades. Afinal de contas já apareceram muitos pais da criança, mas tudo será colocado no seu devido lugar quando Sampaio e o professor Douglas Apratto decidirem convocar uma entrevista coletiva para tratar do assunto. Toda a bancada federal foi importante no processo, mas não há como negar o esforço permanente feito pelo senador Benedito de Lira.

Show no Pinto

Musculatura

O senador Benedito de Lira deu um show à parte durante o desfile do Pinto da Madrugada. Dançou em meio à multidão, sapateou na avenida, cumprimentou eleitores e foi aplaudido por fãs. Como sempre estava acompanhado apenas de alguns amigos e familiares.

A reunião realizada em Arapiraca semanas atrás pelo Chapão não atingiu seus reais objetivos. A cúpula queria dar mais musculatura ao grupo de oposição, com a presença de nomes fortes no encontro. O que se viu, além de Renan, Collor e Lessa, foi à participação de alguns partidos nanicos para fazer número, sem força política suficiente para disputar uma eleição majoritária.

Não gostaram O governador Téo Vilela e Aécio Neves levaram uma vaia durante a apresentação do Pinto. Alguns poucos aplaudiram. É a campanha começando em Maceió.

Laranjas à vista Comum em todas as eleições majoritárias, alguns partidos nanicos têm servido de laranjas para alguns candidatos em épocas passadas. O projeto para este ano já vai de vento em popa e não será surpresa a estréia deles antes mesmo do guia eleitoral.

Termômetro Muitos políticos aproveitaram o desfile do Pinto para avaliar o sentimento dos eleitores. Alguns vibraram. Outros se decepcionaram.

Sem compromisso Se for para Cícero Almeida ser vice de Renan Filho, podem esquecer a proposta. O ex-prefeito tem dito e repetido que o seu compromisso é com o pai e aceitaria até ser vice do presidente do Senado. Mas quando o assunto é Renan Filho o ex-prefeito nem desconversa, é taxativo: ´´meu compromisso é com o pai´´.

Dificuldades Sendo Renan Filho candidato a governador é certeza ele encontrar sérias dificuldades para articular uma grande aliança. No caso de Cícero Almeida, por exemplo, que já começa a incomodar adversários, não recua de uma candidatura a deputado federal.

Articulações

O PRTB

A Barra de São Miguel será, a partir de hoje, a atração dos políticos que ali têm casa de veraneio neste período carnavalesco. Durante os quatro dias de folia acontecerão encontros, adversários e aliados discutirão alianças e até compromissos serão assumidos. Mas na quarta-feira de cinzas tudo poderá estar exatamente contrário ao que foi acertado. Mesmo assim tudo pode acontecer no carnaval, até casamento de jacaré com cobra d´água.

O ex-prefeito Cícero Almeida sabe que o jogo da política é bruto. E onde há fumaça, há fogo. A história de que poderia perder o partido para Antônio Albuquerque não tem sentido, mesmo porque não se pode fazer modificações na eleição para a presidência do PRTB.

Exemplo O desfile do Pinto da Madrugada foi impecável. As quase 200 mil pessoas que participaram da festa deram um exemplo de alegria, de organização e tranqüilidade. Nem um só registro policial aconteceu. Em 2015 tem mais.

Decisão adiada Os integrantes do Chapão chegaram à conclusão de que somente depois de expirar o prazo de desincompatibilização de Téo Vilela irão anunciar quem será o candidato a governador. Se Vilela desistisse de desistir, então entraria um plano B em ação. No momento as alianças convergem para apoiar a candidatura do deputado Renan Filho.

Anuência na Assembléia

Quem foi por anuência para a Assembleia Legislativa pode ter dores de cabeça mais pra frente. Considerada decisão inconstitucional, o Ministério Público pode voltar à carga contra esses servidores que hoje na sua maioria povoam a Casa de Tavares Bastos.

O biólogo A Procuradoria da Assembleia Legislativa está impressionada com o número de servidores que fabrica situações para melhorar de salários e de cargos. Um deles que está alojado no setor de Recursos Humanos está solicitando promoções, embora seja biólogo com pós graduação em Engenharia Ambiental, título praticamente sem utilidade para a Assembleia.

Velhos diplomas A Assembleia tomou a iniciativa, mas o Ministério Público deve ir à fundo na investigação dos diplomas de muitos servidores que foram beneficiados nos últimos anos. Alguns diplomas, pelo que se comenta nos bastidores, são absolutamente questionáveis.

Velocidade Cansado de esperar por uma ação mais completa, o senador Fernando Collor percorre o Estado, dá visibilidade ao seu trabalho no Senado e arregimenta novas alianças. Em primeiro lugar está preocupado com sua própria reeleição. Os outros projetos vêm depois.

Em campanha Um ex-integrante do secretariado do governo corre por fora para ser o preferido de Teotônio Vilela. Alugou salas confortáveis, contratou profissionais de imprensa e agora está para investir em um bom coordenador de campanha. Só falta dizer onde vai buscar os votos que tanto almeja.

Luiz Otávio O ex-secretário Luiz Otávio Gomes bem que poderia se credenciar a disputar um mandato. Com uma atuação robusta enquanto esteve auxiliando Téo Vilela, trazendo dezenas de indústrias para Alagoas, tem revelado que não quer saber de candidatura. Vai tocar seu projeto empresarial e com certeza com muito sucesso. Luiz Otávio foi o mais importante secretário do governador Téo Vilela, para o seu governo e para Alagoas.


extra REFLEXÃO

- MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 -

ARTIGO

ARMA NÃO MATA

Ao radialista França Moura

* FRANCISCO RAZZO

GEOVAN BENJOINO (*) benjoinogeovanjornalista@hotmail.com

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pressuposto fundamental do pacifismo desarmarmentista é nobre na medida em que é estúpido: busca erradicar uma parcela considerável da violência desarmando o cidadão comum por meio da força coercitiva de estado. É nobre por pretender a paz entre os homens e estúpido por não compreender que a arma de fogo não passa de um agente instrumental da violência e não a causa. Arma não mata. A consequência imediata desse excesso de nobreza e estupidez é que, no final das contas, a violência sempre é quitada com suor e sangue do cidadão comum (quem busca levar a vida do modo mais razoável possível dentro do espírito das leis). O homem comum não saca uma arma com a intenção de matar seus desafetos e muito menos faz “um corre” em vista de suas conquistas. A arma de fogo é, por natureza, moralmente neutra. Afinal, quem mata é o homem. Na realidade os únicos beneficiados com políticas de desarmamento são o estado e quem vive à margem das leis: políticos e bandidos. A sociedade civil sempre foi esmagada por essas duas forças: a força motora de crescimento do poder do estado, inversamente proporcional ao enfraquecimento do poder dos indivíduos, e a força desestabilizadora do poder de criminosos, inversamente proporcional à estabilidade moral e jurídica que rege as relações entre os homens. O poder do estado e o poder dos criminosos comungam de uma mesma natureza parasitária e opressora: o estado detém o monopólio do uso da força e, por isso, da arma de fogo. O criminoso está pouco se lixando para quem detém a legitimidade do monopólio da violência – ora, pra quem já vive à margem da lei não faz o menor sentido a determinação de uma lei de desarmamento. A presença benevolente do estado paternalista enfraquece a fibra moral da sociedade civil; a ação criminosa atua justamente nesse enfraquecimento. O problema da violência não diz respeito à quantidade de arma de fogo circulando

na sociedade civil, mas à quantidade de parasitas que mimetiza a ação do poder soberano do estado. Como já demonstrava Santo Agostinho, a diferença entre um chefe de estado e um chefe de quadrilha está no tamanho e não na natureza. Contudo, a discussão de fundo sobre o desarmamento pode ser resumida nos seguintes termos: o controle estatal de armas de fogo aumentará ou diminuirá o número de mortes por armas de fogo e, consequentemente, os números da violência? Pacifistas acreditam, a despeito dos fatos, na nobreza da alma humana e postulam o seguinte princípio – uma espécie de filho bastardo do determinismo cientificista: menos armas, menos violência; mais armas, mais violência. Por outro lado, o homem atento aos fatos sabe que a realidade humana não funciona bem assim: quem escolhe matar é o homem; e a violência é, em última instância, derivada da tentação de subjugar o outro, portanto, derivada de péssimas escolhas humanas. Arma nunca escolhe matar. A verdade é o que princípio determinista do conto de fadas dos pacifistas – “menos armas, menos violência; mais armas, mais violência” – não faz o menor sentido em um mundo de homens reais. Se de repente todas as armas de fogo desaparecessem da face da Terra, inventariamos outros meios para atacar, roubar, matar e, na mesma proporção, nos defender. * Mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

adiojornalismo é um instrumento de Cidadania, evidentemente fundamental em qualquer regime democrático. Se esse instrumento for exercido com isenção, imparcialidade e sem capciosidade, o povo será o mais beneficiado. No entanto, se o radiojornalismo for usado para atender a interesses político-eleitorais, à vaidade pessoal e cercear a liberdade de expressão, a democracia sofre uma perda imensurável. A nossa Carta Magna, a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 221 afirma categoricamente que a produção e a programação das emissoras de rádio atenderão aos princípios educativos, artísticos, culturais e informativos, como também devem respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família. Ninguém é autossuficiente nem detém o monopólio do conhecimento. Somos eternos aprendizes e carentes de tudo. É verdade que somos a obra-prima da criação, o animal mais poderoso do planeta; mas também é verdade que somos o mais fraco, o mais pobre, o mais miserável e o mais repugnante de todos os seres da natureza. Quando estivermos nos sentindo o mais poderoso dos seres, o insubstituível do planeta devemos meter a mão em um balde de água e rapidamente tirá-la para em seguida observarmos a reação das moléculas que compõem a água. O buraco que deixarmos na água é a falta que proporcionamos ao mundo. Radialista desempenha uma nobre função social – que é a de transmitir os fatos à sociedade. Seu trabalho é dignificante, essen-

cial, legal e, às vezes, vira sacerdócio. Mas é preciso que exerçamos permanente vigilância para não sermos “picados” pela vaidade, presunção, petulância e autossuficiência. Um conhecido provérbio afirma que “Não existe ninguém tão rico que um dia não possa precisar de alguém, e outro tão pobre que não possa servir ao próximo”. A vida é uma eterna gangorra; um dia estamos em cima outro dia estamos em baixo. O que importa é aprendermos a lição. Somos defectíveis e carregamos nos ombros o “pecado” da autossuficiência. Precisamos sempre nos depurar, nos reformar. O saneamento espiritual, moral e profissional nunca é excessivo. As vezes precisamos descer para galgarmos um degrau na escada da vida. Humildade é um eficiente medicamento no combate à vaidade, às incoerências e às injustiças. Tenho um milhão de defeitos; nunca os neguei. Reconhecer as nossas limitações não constitui nenhuma desonra nem incompetência profissional. Entretanto, em nome de uma pseudo imparcialidade jamais devemos cercear a liberdade de expressão e tolher o princípio do contraditório, que é uma garantia constitucional válida para qualquer área do conhecimento humano, particularmente na comunicação. A informação – que é um exercício de Cidadania, deve se pautar no pensamento do jurista baiano Rui Barbosa, que em uma oportunidade afirmou: “A força do direito deve superar o direito da força”. Eu aproveito o ensejo para fazer o trocadilho: o direito da força nunca, jamais deve se sobrepor à força do direito. (*) Jornalista, escritor e formando em Direito

EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Street Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

DIRETOR Carlos Augusto Moreira EDITOR Fernando Araújo

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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 POLÊMICA

Assembleia pode devolver mais de 300 servidores admitidos por anuência Decisão final depende da Procuradoria Geral do Estado e do Ministério Público Estadual CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com

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Procurador-Geral da Assembleia Legislativa de Alagoas, Fábio Ferrario, propôs a devolução da servidora Glória Regina Ourives, admitida em dezembro de 1994 através do instituto da anuência, tendo como órgão de origem a Secretaria de Educação. Este fato cria uma saída legal para o afastamento dos mais de 300 servidores admitidos pela Assembleia Legislativa via anuência. O ato do procurador-geral da ALE foi publicado no Diário Oficial do Estado de quinta-feira (27). Procedimento idêntico será tomado pela procuradoria em relação aos servidores que estão pleiteando aposentadoria pelo Poder Legislativo. Esses pedidos serão negados pelo procurador com base nos mesmos argumentos de que a admissão desses servidores através do instituto da anuência é inconstitucional como reconheceu o Supremo Tribunal Federal. Ouvido pelo Jornal Extra, o procurador informou que mesmo reconhecida a ilegalidade dessas admissões por anuência, a decisão de devolver todos os funcionários nessa condição dependerá de ações da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e do Ministério Público Estadual (MPE), que serão informados desses

atos. Fábio Ferrario acredita que a devolução de todos esses servidores irregulares a seus órgãos de origem será a solução para os problemas financeiros hoje enfrentados pela Assembleia Legislativa de Alagoas. A decisão do procurador foi tomada em função do pedido formulado pela servidora Glória Regina Ourives, que solicitou revisão de enquadramento no Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios implantado pela Lei 7.112/2009. Ela alega como suporte fático e jurídico de sua pretensão, que possuiu graduação superior completa, com Pós-Graduação em Direito Processual Civil e gestão em Recursos Humanos em andamento. Mas o que consta na verdade é que a servidora foi transferida do Poder Executivo para a Assembleia, por anuência, em 23.12.94, tendo como órgão de origem a Secretaria de Educação do Estado. Ferrario alega que os autos não podem prosperar por absoluta ausência de amparo fático e jurídico, visto que a servidora em questão sequer poderia estar lotada nos quadros da Assembleia Legislativa, quanto mais ter progressão na carreira legislativa, na forma almejada. “Em assim sendo, como de fato é, de ver-se que sua transferência do Poder Executivo tratou-se de um ato juridicamente inexistente, que

te modo, consideradas inconstitucionais as transferências operadas por meio do instituto da “anuência”, prevista no art. 55, X da Constituição de Alagoas, certo é que toda movimentação de servidor levada a efeito com base nela tornou-se completamente invalidada e sem qualquer efeito, pois o ato nulo por inconstitucionalidade judicialmente declarada não opera, como lógico, qualquer consequência válida e tampouco eficácia jurídica. Por fim o procurador opina pelo indeferimento do pleito de enquadramento formulado, com a consequente devolução da mesma aos quadros do Poder Executivo, uma vez que absolutamente irregular sua permanência no âmbito da Assembleia Legislativa de Alagoas.

Luciano Vieira contesta decisão da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa de Alagoas

nenhum efeito operou, dês que fulminado por inconstitucionalidade declarada em controle concentrado”, escreve Ferrário. O procurador alega também que é evidente reconhecer que a transferência de servidor de um Poder para outro tem um pressuposto inarredável: a existência de cargo vago. Ora, havendo cargo vago, este deve, obrigatoriamente, ser preenchido através de seleção por concurso público e, nunca, por qualquer expediente que desprestigie a acessibilidade de todos ao exercício de função pública e a prelazia do mérito. O servidor desocupa um cargo em um Poder e é investido em

outro cargo de outro Poder. São cargos distintos de Poderes distintos. Jamais podem ser providos sem a prévia realização do concurso público.E mesmo que não cogitar da existência de cargo vago, a transferência implica em extinção, criação e provimento de cargo público ao arrepio do Estatuto Supremo. Outro fato declarado por Ferrario é de que a servidora ingressou na Secretaria de Educação mediante concurso público e foi transferida para este Poder para exercer cargo totalmente diverso daquele que aprovada no multicitado certame. É exatamente a matéria discutida e rejeitada no âmbito da Corte Suprema.Des-

SINDICATO CONTESTA Diante da situação, a reportagem do Jornal Extra entrou em contato com o presidente do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas, Luciano Vieira que afirmou desconhecer a publicação da Procuradoria da Casa de Tavares Bastos no Diário Oficial do Estado. Informado do que se tratava, Vieira contestou a decisão do procurador Fábio Ferraio e defendeu: “ Se essa devolução ocorrer pelo fato da anuência, todo o Estado terá problemas, pois em todas as secretarias tem gente por anuência. Muitos servidores terão que ser devolvidos a seus lugares de origem então. Vou tratar sobre esse assunto com a Mesa Diretora da Assembleia”. Cópias dos atos serão remetidas ao Ministério Público e Procuradoria do Estado.


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MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 - 7

POLÊMICA

Fraudes em diplomas de servidores também serão investigados pela ALE Certificados de funcionários da Casa de Tavares Bastos estão sendo questionados pela Procuradoria da ALE CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com

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Diário Oficial do Estado da segunda-feira (24) trouxe mais uma polêmica envolvendo os servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas e a Procuradoria Geral da Casa de Tavares Bastos. Trata-se de uma ação formulada por um servidor identificado como Henrique Nascimento Lopes, onde o mesmo solicita revisão do seu enquadramento no plano de cargos, carreiras e subsídios implantado pela Lei 7.112/2009, sob o argumento de que foi equivocadamente colocado no cargo de Analista Legislativo. Consta na publicação também que o servidor alega, como suporte fático e jurídico de sua pretensão, que possui graduação superior completa, apesar de que para Procuradoria nos autos não conste qualquer diploma ou a data de colação de grau, bem como o servidor informa que possui especialização com certificado de pós-graduação em Engenharia Ambiental. O problema é que o servidor é biólogo e trabalha para Comissão de Meio Ambiente, embora afirme que é lotado no Departamento de Apoio e Recursos Humanos, setor onde regularmente desenvolve suas atividades na Casa de Tavares Bastos. Segundo relata o Procurador-Geral da ALE, Fábio Fer-

rario, na publicação do DOE, a ação solicitada pelo servidor não pode ter continuação, pelo fato da mesma mercê da ausência de amparo fático e jurídico. “A primeira das causas, vê-se logo residente na inexistência de prova material, nestes autos, da anunciada graduação do interessado e a data de sua ocorrência, ou seja, nos autos não há diploma de colação de grau superior, indicando a data da formatura do servidor, bem como não há certificação do cargo de ingresso na Assembleia, suas atribuições, nível de escolaridade exigido para o seu exercício, fatos estes que, por si só, já se consubstanciam em sérios entraves para o válido e regular desenvolvimento do processo”, ressalta o procurador na publicação. Outra constatação relatada pela Procuradoria é a de que a razoabilidade do argumento acima ganha autoridade na medida em que o cargo apontado como exercido em 1994, muito após o ingresso do servidor no Poder Legislativo, na ATSL – Assessoria Técnica Superior Legislativa, é uma ficção interna, pois criado pela Resolução 382/94, a qual, como se sabe, não tem a força normativa de criar cargos efetivos e automaticamente provê-los sem concurso público. “Em outras palavras, afirmo, pois, que um ato administrativo dessa natureza, mesmo que se tratasse de reorganização interna do quadro de

Fábio Ferrario, Procurador da ALE, alegou que ação de servidor é infundada

pessoal, não poderia mudar as atribuições de um cargo e passá-lo de um nível de escolaridade para outro, nele preservando os ocupantes que antes não tinham graduação superior, pois isso importaria em desvio de finalidade, por fraude ao instituto constitucional do concurso público”, acrescenta Fábio Ferrario. Em outro trecho da publicação, Ferrario informa que a classe de nomenclatura ATSL , não existia em Resoluções anteriores e nem na Lei 4.961de 1987 -- norma essa a qual definiu a estrutura administrativa da Assembleia, divulgando em Diário Oficial, inclusive, não só seu texto, como também o quantitativo e

os cargos existentes. De acordo com Ferrario, a Procuradoria não desconhece a ocasião de que os cargos do Poder Legislativo podem ser criados, transformados e extintos por resolução, e não por lei formal, por tratar-se de competência privativa das casas legislativas, com dispensa da sanção do chefe do Poder Executivo (artigos 48; 51, inciso IV, e 52, inciso XIII, da CF), todavia, igualmente correto asseverar que o seu provimento inicial, no caso de carreira efetiva, há que ocorrer, obrigatoriamente, mediante aprovação em concurso público e não por mera indicação. “No ponto, por ser cargo de nível superior, até mesmo se o citado cargo

fosse fruto de transformação nominal, evidente que o peticionário teria que demonstrar o exercício anterior, desde o ingresso neste Poder, em cargo de nível superior e com as mesmas atribuições. E nos autos, sequer há diploma demonstrando a data de graduação do servidor, ou o cargo de ingresso, repita-se. Necessário consignar, ademais, que como não há notícia de que o servidor tenha ingressado na ALE mediante concurso, evidentemente não poderia ser ele empossado no ano de 1994 em um cargo de carreira de provimento efetivo, de nível superior, sem submissão ao certame público de entrada. Na sequência, insta registrar que o servidor é lotado na Departamento de Recursos Humanos, onde a formação superior e a pós-graduação alegadas -biólogo e engenharia ambiental -- não guardam qualquer compatibilidade com as atribuições específicas do cargo burocrático exercido naquele Departamento”. Por fim, o procurador da Casa de Tavares Bastos alega que o referido servidor foi admitido sem concurso público e adquiriu estabilidade no cargo mediante o favor constitucional, portanto a Procuradoria opina pelo indeferimento do pleito de enquadramento formulado, uma vez que o requerente não integra a carreira legislativa e, evidentemente, não pode desfrutar de benefícios que sejam privativos desta, embora possua o direito de permanência no serviço público, nas condições e no cargo em que estabilizado no ano de 1986, em decorrência do favor constitucional.


8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 GRUPO JOÃO LYRA

Justiça manda Conab pagar Câmara Cível do TJ reconheceu a inadimplência do grupo econômico e manteve sentença de primeiro grau VERA ALVES VERALVESS@GMAIL.COM

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Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) terá de pagar R$ 20,325 milhões para a Laginha Agro Industrial S/A, empresa que engloba as cinco unidades industriais sucroalcooleiras integrantes do Grupo João Lyra e que teve sua falência confirmada na semana passada pela 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). O pagamento foi determinado pelo juiz George Leão de Omena, que desde dezembro responde pela Comarca de Coruripe e onde desde 2008 tramita o processo que culminou na falência das empresas do usineiro, deputado federal e presidente estadual do PSD (Partido Social Democrático), José João Pereira de Lyra. Os recursos reivindicados pelo Grupo JL são referentes à subvenção econômica do governo federal para produtores fornecedores independentes de cana-de-açúcar e unidades industriais produtoras de etanol combustível com atividades na Região Nordeste, referente à safra 2011/2012, e cujo pagamento foi regulamentado pelo Decreto 8.079, de 20 de agosto de 2013. A Laginha Agro Industrial S/A recorreu à Justiça porque a Conab se negou a pagar o subsídio a duas de suas usinas, a Laginha e a Guaxuma, sob o argumento de estarem inadimplentes com a Previdência. A empresa reivindica R$

8.572.102,60 (oito milhões, quinhentos e setenta e dois mil, cento e dois reais e sessenta centavos), relativos à produção de 14.372.554 (quatorze milhões, trezentos e setenta e dois mil e quinhentos e cinquenta e quatro) litros de etanol pela Usina Laginha e de 28.487.959 (vinte e oito milhões, quatrocentos e oitenta e sete mil, novecentos e cinquenta e nove) litros de etanol produzidos pela Guaxuma destinados ao mercado interno. Outros R$ 11.753.618,20 (onze milhões, setecentos e cinquenta e três mil, seiscentos e dezoito reais e vinte centavos) estão sendo cobrados pela produção, entre maio de 2011 a setembro de 2012, de 58.768.091 (cinquenta e oito milhões, setecentos e sessenta e oito mil e noventa e um) litros de etanol para o mercado externo. Em despacho do dia 11 deste mês, oito dias antes da decisão do TJAL que decretou a falência da Laginha Agro Industrial S/A, o juiz George Leão de Omena acatou a reclamação da empresa e determinou à Conab a liberação do total reivindicado - R$ 20.325.720,80 -, mas com a ressalva de que o depósito seja feito em favor do Juízo de Coruripe. “Tal medida faz-se necessária para evitar bloqueios on line da referida verba”, destacou o magistrado, que também determinou à Conab se abster de exigir a certidão de débito da empresa. Ao se negar a pagar a subvenção à empresa, a Companhia Nacional de Abastecimento invocou o artigo 195, parágrafo 3º

Juiz George Omena manda que Conab deposite o valor devido às usinas em juízo

da Constituição Federal, segundo o qual “A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios”. Mas a restrição foi criticada pelo magistrado que, em seu despacho, afirma: “Exigir certidão negativa de débito (ou positiva com efeito negativo) de empresas em recuperação sem, no entanto, oferecer parcelamento especial previsto na Lei 11.101/05, art. 68, não se coaduna com princípios constitucionais da ordem econômica. Tal incoerência foi duramente criticada pelo Ministro Luis Felipe Salomão, no já conhecido RESP 1.187.404, quando averbou que ‘nenhuma interpretação pode ser aceita se dela resulta circunstância que - além de não fomentar - invia-

bilize a superação da crise empresarial, com consequências perniciosas ao objetivo de preservação da empresa economicamente viável, à manutenção da fonte produtora e dos postos de trabalho, além de não atender a nenhum interesse legítimo dos credores’”. O Recurso Especial citado pelo juiz é referente ao agravo de instrumento interposto pelo Banco do Brasil S.A. contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Primavera do Leste/MT, que homologou o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) de Viana Trading Importação e Exportação de Cereais Ltda. Além de determinar a imediata notificação da Conab, o juiz George Omena também determinou que a Laginha Agro Industrial S/A, o Administrador Judicial – e agora

síndico da massa falida – Ademar de Amorim Fiel, credores e o Ministério Público fossem comunicados de sua decisão. A extensa lista de credores (34 estão listados no processo) envolve bancos internacionais, como os franceses Calyon e Natixis, públicos como o Banco do Nordeste do Brasil S/A, Banco do Brasil S/A e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES, os privados Bradesco S/A, HSBC Bank Brasil S/A, Banco Fibra S/A, empresas como Marcosa S/A Máquinas e Equipamentos, Transportes Borelli Ltda, WEG Equipamentos Elétricos S/A - WEG Automação S/A e WEG Acionamentos S/A, e a Du Pont do Brasil S/A, além de microempresas e até pessoas físicas.


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GRUPO JOÃO LYRA

Economistas avaliam impacto da falência

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iferentemente do alardeado ao longo dos últimos cinco anos, a falência da Laginha Agro Industrial S/A, ainda que não seja revertida em instâncias superiores, não trará grande impacto ao setor sucroalcooleiro ou à economia alagoana. O maior impacto será nos municípios onde estão localizadas três das cinco usinas que integram o holding, União dos Palmares (Laginha), Atalaia (Uruba) e Coruripe (Guaxuma). A avaliação é do economista Cícero Péricles de Carvalho, ao destacar que a falência das empresas do Grupo João Lyra não significa o fechamento das três unidades industriais em Alagoas. “A decisão judicial não busca a desativação das usinas, mas uma alternativa para credores e novos gestores”, afirma. Doutor pela Universidade de Córdoba (Espanha), professor do Programa de Mestrado em Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e autor do livro “Economia popular – uma via de modernização para Alagoas” (6ª Ed. Edufal), Cícero Péricles assinala que o segmento sucroalcooleiro representa, atualmente, em torno de 18% da economia estadual. “Ou seja, todas as usinas e destilarias juntas produzem menos de um quinto da riqueza estadual. A contribuição do setor para os cofres do Estado é simbólica, menos de 1,5% do total do ICMS arrecadado em 2012. E isso reduz a importância econômica desse segmento e dos problemas localizados em uma de suas empresas ou mesmo grupo empresarial”. Ele destaca, ainda, o fato de que os credores têm vivo interesse na continuidade dessa produção e no bom funcionamento dos ativos, que são a maior garantia de pagamento das dívidas do grupo. Péricles não acredita na desativação das usinas. “O Grupo JL é maior que as três unidades alagoanas. Também está presente em Minas Gerais, com mais duas modernas usinas, a Triálcool, em Canápolis, e a Vale do Paranaíba, em Capinópolis, com capacidade

Economista Cícero Péricles não acredita que as usinas do Grupo JL sejam desativadas

para moer, juntas, três milhões de toneladas de cana. Esses dois grandes investimentos foram realizados ainda na década de 1990, aproveitando as atrativas condições de produção no Triângulo Mineiro e o bom momento de financiamento estatal da indústria sucroalcooleira em Minas Gerais. O Grupo JL, na safra 2010/2011, foi considerado a 20ª maior empresa nacional de açúcar e álcool, com uma produção de seis milhões de toneladas de cana. Como todas essas usinas, tanto em Alagoas como em Minas, têm muitas terras para plantar cana e parque industrial moderno, destilarias anexas, assim como são produtoras de energia a partir do bagaço de cana, a possibilidade de saída negociada com os credores é muito ampla”. Segundo ele, as razões da falência não são econômicas, mas administrativas, gerenciais, que levaram a graves problemas financeiros. “O acúmulo de dívidas, financeiras, com prestadores de serviço, fornecedores de cana e de insumos industriais, dívidas tributárias, trabalhistas e previdenciárias, foi uma constante nesta última década. Esses problemas administrativos superaram a ca-

Francisco Rosário diz que Estado pode aprender com o agravamento da crise do setor

pacidade do grupo de resolver as pressões vindas de todos os lados. A recuperação judicial, declarada em 2008, levantou outra questão administrativa, o problema sucessório no grupo. Desde então o grupo JL se transformou em notícia na mídia especializada. Outras empresas e mesmo grupos do setor sucroalcooleiro de Alagoas, depois de 2008, apresentaram problemas financeiros, mas souberam atravessar a conjuntura negativa”. O economista lembra, ainda, o fato de que o conjunto dessas empresas é extremamente beneficiado por recursos federais. “Sempre foi. Nos planos de modernização industrial, nos anos 1960/1970; no Proálcool, nos anos 1970/1980, e, mais recentemente, no Programa de Subvenção da Cana de Açúcar, que paga, desde 2008, por meio da Conab, aos fornecedores de cana nordestinos, um subsídio no valor de R$12,00 para cada tonelada produzida; paga, também, R$ 0,20 aos industriais por cada litro de álcool produzido. Para a safra atual, foram liberados R$ 380 milhões, dinheiro federal. Com mais de sete mil fornecedores de cana cadastrados na Conab e 23 destilarias produzindo o etanol, Alago-

as é o Estado mais beneficiado e, somente no ano passado, recebeu R$77,5 milhões deste programa”, ressalta.

“TEMPESTADE PERFEITA” Doutor em Economia Industrial e da Inovação pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autor da tese “Competitividade e transformações estruturais na agroindústria sucroalcooleira no Brasil: uma análise sob a ótica dos sistemas setoriais de inovações”, o economista Francisco Rosário não vislumbra um futuro promissor para o setor sucroalcooleiro em Alagoas se não houver uma mudança na forma de gestão. Coordenador do Grupo de Estudos em Tecnologia, Inovação e Competitividade (GETIC), da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), ele considera que o maior impacto da falência da Laginha Agro Industrial S/A é social. “O impacto maior é na questão do emprego porque o setor ainda é o maior empregador do estado, são cerca de 40 mil empregos diretos.

E este pessoal não em habilidade profissional suficiente para trabalhar em outro setor, possui baixa escolaridade, sem habilidade nem mesmo para o comércio, que é um setor que vem se expandido em Alagoas”, frisa. A crise do Grupo João Lyra, destaca Francisco Rosário, não é um caso isolado no Brasil. “No geral, o setor no Brasil inteiro esta tendo problemas; não é uma particularidade nossa. Em São Paulo, há hoje 50 usinas para vender e 32 fechadas, é uma crise se agrava com a política do governo de segurar o preço da gasolina, já que o preço do álcool está limitado a 75% do preço da gasolina e acaba sobrando para as usinas, que ficam sem recursos para investir e se modernizar, com problemas de geração de caixa. A realidade hoje é de quebra generalizada no Brasil”, afirma. Mas, no caso alagoano, ele destaca um conjunto de fatores que levaram ao que chama de “tempestade perfeita”: cenário de marcado ruim, problemas de gestão e seca, associados ao sucateamento das usinas, com poucas exceções. Ele também critica o conservadorismo da maioria dos usineiros alagoanos que, afirma, insistem em reproduzir um modelo ultrapassado, não investem em tecnologia ou pesquisas. “Temos exceções, a exemplo das usinas Coruripe e das do Grupo Carlos Lyra, que apostam na inovação”. Rosário, que em sua tese de doutorado em 2008 já alertava para a necessidade de modernização e investimentos em tecnologia por parte do setor sucroalcooleiro, quando as usinas viviam um novo boom, considera ser possível abstrair lições positivas da crise. “Talvez seja a grande chance de Alagoas entender o que é empresa, o que é capitalismo”, destacando alternativas promissoras, a exemplo das indústrias de plástico e de cerâmica, e a riqueza de insumos existentes no estado, como o salgema e o gás natural.


10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 DESRESPEITO

Usinas são acusadas de dar calote e humilhar pequenos produtores de cana Capricho e Paisa, indústrias do Grupo Toledo são denunciadas por pequenos produtores. Asplana confirma débito CARLOS VICTOR COSTA REPÓRTER

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Jornal Extra recebeu nesta semana uma ligação telefônica que traduz a situação sofredora e caótica que os pequenos produtores de cana de Alagoas vêm sofrendo há mais de seis meses. Pedindo para não serem identificados por medo de represália por parte dos usineiros, os fornecedores de pequeno porte denunciaram a humilhação sofrida na Usina Capricho e o não pagamento da Usina Paisa. Indústrias essas do Grupo Toledo. Os pequenos produtores de cana também denunciaram a omissão da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas (Asplana), entidade responsável por apoiar os fornecedores alagoanos. Diante disso a reportagem procurou o presidente da associação, Lourenço Lopes, que negou o fato e disse que a acusação foi feita sem fundamento. “Essa questão de omissão da Asplana não existe, é imoral essa denúncia. Faço parte de uma entidade pautada em defender os pequenos e grandes produtores do Estado. Tanto que conseguimos melhorias do laboratório que fornece fumo entre outras coisas”. Lourenço lembrou também que a Asplana foi quem lutou pelos pagamentos atrasados das Usinas de Alagoas em Brasília. “Conseguimos o aumento

Usina Capricho de propriedade do Grupo Toledo

da subvenção, nunca deixamos de apoiar os fornecedores de cana, nossa função é essa”. CULPA DA PRESIDENTE Na denúncia feita ao jornal Extra, os pequenos produtores alegaram também que maioria deles não conseguem nem comida para dentro de casa devido aos inúmeros atrasos dos pagamentos. Para o presidente da Asplana, a responsabilidade não seria apenas dos usineiros, mas também da presidente do país, Dilma Rousseff. “A culpa é da Dilma, que segura todo o Nordeste para conseguir voto através desses programas do Governo, como bolsa família, entre outros. O foco do Governo Federal é esse. Ela segurou o preço da gasolina e do álcool, tudo isso para evitar a inflação, mas o que acabou aumentando ainda mais a crise sucroalcooleira na região. A culpa não é nossa, pois se hoje o fornecedor respira com R$ 12 por tonelada, foi uma conquista nossa e das outras associações do Nordeste que batalharam por isso”. DÉBITO DAS USINAS Questionado se a associação estava ciente das denúncias referentes as usinas Capricho e Paisa, do Grupo Toledo, Lourenço confirmou, mas explicou que as reclamações feitas por parte dos pequenos produtores foram realizadas apenas verbalmente. “Fomos procurados aqui por alguns fornecedores indignados com o que vem passando em relação aos atrasos

salariais dessas usinas, mas que por medo não quiseram fazer a denúncia escrita, e assim não se resolve nada, pois não podemos brigar sozinhos, não podemos nos responsabilizar por uma denúncia verbal”. O presidente da Asplana confirmou a dívida das usinas com os fornecedores, e disse estar em conversas com os usineiros para que esse problema seja resolvido. “A Asplana não ver

razão dos industriais estarem atrasando com os fornecedores e estamos tentando resolver esse caos que parece não ter fim”. LÍDER EM DÍVIDAS O Grupo João Lyra que teve falência decretada no último dia 19 pelo Tribunal de Justiça de Alagoas ainda lidera o número de Usinas que devem aos fornecedores de cana do Estado. Segundo o Tribunal de Justiça o

grupo devia, há dois anos, pouco mais de R$ 1,2 bilhão (cinco vezes o patrimônio declarado de seu presidente) e teve falência das usinas e empresas associadas decretada, a pedido de credores, em setembro de 2012. Usinas como Capricho e Paisa estão entre as mais devedoras em Alagoas. A estimativa é que o empresário deva, hoje, com as correções, juros e multas, em torno de R$ 2 bilhões. A maioria das dívidas é com grandes fornecedores, que cobram o pagamento judicialmente. USINA MODELO Segundo informações de alguns fornecedores, as usinas devedoras deveriam se espelhar na Usina Serra Grande localizada no município de São José da Laje, onde para eles, a industria é uma das que honram o pagamento junto aos produtores de cana em Alagoas.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 -

ECONOMIA

Alagoas terá 1ª usina de etanol de segunda geração do Brasil Fábrica será inaugurada no final de março pela Granbio em parceria com o Grupo Carlos Lyra DA REDAÇÃO

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uando muita gente já imagina que a falência do Grupo João Lyra - maior grupo econômico do setor sucroalcooleiro - seria o começo do fim do ciclo econômico baseado na monocultura da cana de açúcar, Alagoas surpreende e investe pesado em tecnologia para ser o primeiro estado brasileiro a fabricar etanol a partir da palha e do bagaço da cana. É o chamado etanol de segunda geração, ou etanol 2G, que pretende virar pelo avesso o

mercado mundial de álcool carburante. A moderna unidade industrial (em fase de conclusão ) leva o nome de Bioflex Agroindustrial e será inaugurada em são Miguel dos campos até o final de março pela baiana Granbio, em parceria com o grupo Carlos Lyra. Com investimento inicial de R$ 350 milhões, a planta de etanol celulósico produzirá 80 milhões de litros de álcool por ano e gerar mais de mil empregos diretos e indiretos. “Queremos gerar etanol de forma mais barata

A Bioflex Agroindustrial será inaugurada em março em Alagoas

e eficiente usando a biotecnologia”, disse Bernardo Gradin, presidente da Granbio em recente entrevista ao jornal Folha de S.

Paulo. O grupo importou uma variedade mais produtiva de cana, encontrada em Barbados, no Caribe e está plantando de forma experi-

mental em Alagoas, fazendo o cruzamento genético com variedades brasileiras para chegar a uma espécie mais adaptada ao clima local. A Granbio foi criada em 2011 por Bernardo Gradin, membro da família que está em disputa judicial com o Grupo Odebrecht por sua participação de 20% na empresa. Depois de sair da presidência da Braskem, em 2010, o empresário decidiu criar uma empresa focada em biotecnologia, principalmente em alternativas para o petróleo, e promete revolucionar o setor.


12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 MATANÇA

Em dois anos foi registrada mais de 2.600 execuções contra jovens Só em Maceió foram mortos 537 pessoas entre 15 e 29 anos; Tabuleiro dos Martins é região mais violenta da capital JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

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Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB/AL) revelou o número da matança de jovens entre 15 e 29 anos em Alagoas. O número de execuções em dois anos é de 2.696 em todo Estado. Só na capital foram mortos 1.093. O ranking da violência de 2013 aponta Maceió como a cidade mais violenta de Alagoas, seguida por Arapiraca, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar e Palmeira dos Índios. Quando esse índice é comparado com 2012, a quinta e sexta posição é substituída por São Miguel dos Campos e Coruripe. No ano de 2012 dos 1.312 assassinatos, 1.238 foram praticados contra homens e 70 contra mulheres. Quatro homicídios não tiveram a identificação do sexo da vítima. Os registros das 1.384 execuções de 2013 tiveram sua prática contra 1.320 pessoas do sexo masculino e 64 feminino. Vale ressaltar que a violência contra jovens tem aumentado progressivamente no Estado. De 2012 para 2013 a estatística teve um aumento de 72 mortes. Já

em Maceió, o número caiu para 19 de um ano para o outro. O relatório revelado pela Ordem dos Advogados do Brasil conta ainda com a indicação dos bairros mais violento de Maceió, em 2012: Tabuleiro dos Martins, Vergel, Complexo Benedito Bentes, Jacintinho, Cidade Universitária e Feitosa. Em 2013 a sequência dos bairros citados foi: Tabuleiro do Martins, Vergel, Jacintinho, Cidade Universitária, Complexo Benedito Bentes e Chã da Jaqueira. Outro dado que chama atenção é número de mortes por arma de fogo entre os jovens, 86,68%. O presidente da Ordem dos Advogados de Alagoas, Thiago Bonfim, disse que a violência tem aumentado devido à falta de investimento de políticas de segurança pública. Thiago garantiu que a impunidade é outro fator que faz com que os índices de violência só tenham aumentado em Alagoas. “A segurança pública é algo premente, que preocupa a todos. Precisamos deixar a nossa zona de conforto e colocar a segurança pública como principal bandeira de uma sociedade igualitária”. Outro que também expôs sua preocupação com a

Representantes da OAB/AL, Daniel Nunes e Thiago Bonfim, falaram sobre a violência do Estado de AL

violência em Alagoas foi o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/ AL, Daniel Nunes: “O que acontece hoje em Alagoas é uma verdadeira carnificina.

Os jovens alagoanos estão sendo vítimas de uma verdadeira matança”. Ao fazer a entrega para imprensa sobre o “Relatório anual de violência pratica

contra a População de jovens no Estado de Alagoas”, os membros presentes da OAB/ AL lançaram a campanha: “Arma de fogo, não! Afaste a morte da sua vida.”

Dono do Maikai, Guilherme Brandão, é executado em seu estabelecimento

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proprietário da choparia Maikai, Guilherme Paes Brandão, 39, foi executado na manhã da quarta-feira (26), dentro do seu estabelecimento. O empresário foi vítima de um latrocínio. Os bandidos levaram R$ 2 mil do setor administrativo do local e após uma reação violenta de Guilherme um dos assaltantes efetuou um disparo em sua cabeça que o vitimou de forma fatal. Guilherme era conhecido no Estado por promover inúmeros shows e atuar no ramo gastronômico na capital. Familiares, amigos e empresários não pouparam críticas à insegurança que se instalou Guilherme Paes Brandão foi morto na última quarta em Alagoas.


extra ESPECIAL

- MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014-

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14 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 EM BOA HORA

Adutora vai melhorar qualidade de vida de 400 mil alagoanos Mais de 80% da obra está concluída; além de Arapiraca, outros nove municípios serão beneficiados com o abastecimento de água

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governador Teotonio Vilela Filho, acompanhado do secretário de Estado da Infraestrutura, Marcos Vital, e do presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Álvaro Menezes, visitaram nesta quinta-feira (20) as obras da Estação de Tratamento de Água (ETA) e a Estação de Captação do novo sistema adutor do Agreste. A nova adutora do Agreste já conta com 48,6 quilômetros de tubos implantados, o que equivale a 84% de sua obra. Somada ao sistema adutor já existente, o sistema coletivo do Agreste proporcionará água em quantidade suficiente para atender à demanda de 10 municípios, beneficiando 400 mil pessoas. O governador Teotonio Vilela falou da importância da adutora para a população do Agreste. “Esse sistema levará água de qualidade para todos esses municípios e água é uma priori-

dade do nosso Governo, porque além de ser essencial ela possibilita o desenvolvimento econômico e social da região”, disse. Já o secretário da Infraestrutura, Marcos Vital, ressaltou a quantidade de pessoas beneficiadas com o novo sistema. “A nova adutora do Agreste levará água para dez municípios, beneficiando cerca de 400 mil pessoas. É um número bastante expressivo e indicativo das melhorias que o novo sistema coletivo de água irá proporcionar” destacou. NOVA ADUTORA DO AGRESTE O novo sistema adutor terá 57 quilômetros de extensão, no trecho que vai da captação no rio São Francisco, no município de Traipu, até Arapiraca. A produção de água do sistema coletivo dobrará, passando dos atuais 1.500m³/h para 3.000m³/h, resolvendo o problema de falta de

água na região. Além de Arapiraca, a adutora vai melhorar o abastecimento de água em mais nove municípios integrantes do sistema coletivo do Agreste: Craíbas, Igaci, Girau do Ponciano, Campo Grande, Coité do Nóia, São Brás, Lagoa da Canoa, Olho d’Água Grande e Feira Grande.

Governador Téo Vilela e secretários visitaram obras da Estação


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COMEMORAÇÃO

Nos 80 anos da Gazeta, Collor chora ao lembrar do pai e do irmão, Pedro Senador fala pela 1ª vez do irmão, que denunciou esquema de corrupção quando era presidente

ODILON RIOS especial para o EXTRA

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urante as comemorações dos 80 anos do jornal Gazeta de Alagoas, na último dia 25, o senador Fernando Collor (PTB) chorou ao lembrar do pai, Arnon, e do irmão Pedro, morto em 1994, de câncer. Foi a primeira vez que Collor falou publicamente do irmão mais novo, que o denunciou à revista Veja por liderar um esquema de corrupção, segundo Pedro, na época em que Collor era presidente da República. As declarações foram em discurso, no prédio da Gazeta, para os funcionários, amigos e autoridades- como o prefeito Rui Palmeira (PSDB), o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Carlos Malta Marques, o procuradorGeral de Justiça, Sérgio Jucá. Collor chamou a história da família de “entremeada de política”, envolvendo “grandes acontecimentos, trágicos inclusive, o que fez a Organização Arnon de Mello passar por um momento muito complicado”. Collor citou a morte do pai, em 1983, do irmão e da mãe, Leda, em 1996. “São histórias que o senhores conhecem” resumiu. O discurso de Collor foi antecedido pela inauguração do prédio com o nome do pai, ao lado da Gazeta, um edifício de 13 andares que estava com obras paralisadas há 13 anos (fora retomadas há qua-

tro), com projetos anunciados pelo diretor da Organização Arnon de Mello, Luis Amorim: sucursais da Gazeta com sites próprios (Maragogi, União dos Palmares e Arapiraca), além de assinatura digital da Gazeta (como acontece na Folha de São Paulo e Jornal do Brasil). Há ainda a licitação para uma canal de TV, da Globo, em Arapiraca, em fase de negociação. Entrevistas dadas por Amorim à Gazeta falam dos projetos. O jornal Gazeta de Alagoas completou 80 anos na última terça- foi fundado em 25 de fevereiro de 1934. Em 1952 foi adquirido pelo jornalista e advogado Arnon de Mello. Estava à beira da falência: circulavam pouco mais de 200 exemplares. Era a chamada “empresa -embrião” de Arnon. É o segundo mais antigo matutino em circulação. Perde para a Diário Oficial do Estado, fundado em 1912- desde dezembro em edição exclusivamente digital. O Semeador, ligado à Igreja Católica, é de 1913, de circulação quinzenal. Da “empresa embrião”diz o site da Organização Arnon de Mello, a OAM- nasceram a rádio Gazeta (1960), TV Gazeta (1975), Gazeta FM (1978), Gazeta FM Arapiraca (1984), Gape e Gazetaweb. com (1995), Instituto Arnon de Mello (1996), Rádio Gazeta Pão de Açúcar (1997), G1/ Alagoas e GE/Alagoas (2012)

Senador Fernando Collor preside cerimônia de comemoração dos 80 anos do jornal Gazeta de Alagoas

e TV Mar (2013). DESENVOLVIMENTO “Para o Senador Arnon de Mello, a boa informação não deveria ser a única funcão de seus veículos de comunicação. Era necessário também promover o desenvolvimento cultural de Alagoas. Ao longo de todos esses anos, a Organização Arnon de Mello vem mostrando que cultura, educação e assistência social também fazem parte da sua história, assim como a comunicação transmitida com seriedade em suas empresas”, explica o instituto, no site. “Quando o Luiz Silveira fundou a Gazeta o então jornalista Arnon de Mello

pertencia aos quadros da Gazeta, era o correspondente da Gazeta na antiga capital federal. De lá para cá, o senador Arnon teve o seu nome totalmente dedicado à Gazeta de Alagoas. Além de ter sido jornalista nato, ele foi um dos repórteres mais importantes da década de 30. Foi homem de confiança de Assis Chateaubriand, o grande capitão do Diários Associados. Foi o primeiro correspondente de guerra deste País na revolução constitucionalista de 32”, disse o jornalista Valmi Calheiros. O jornalista Marcos Rodrigues viu, na Gazeta, a entrada da revolução tecnológica:

o computador, acompanhado, em seguida, da internet, que era discada. “Produzíamos as matérias com horário de deadline bem antes do horário na capital porque tínhamos de prever o atraso no envio, porque a internet era discada, não era como hoje com esta velocidade e quanto ao processo de produção ficava aquela expectativa: como seria a edição? As agências on line que começavam a surgir dariam algum furo e a gente teria de cortar a matéria? Tinha de se aproveitar o on line, era a informação mais instantânea”, explica Rodrigues.


16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 VITRINE

Humorista alagoano “chegou lá” e disputa final de concurso dia 9 de março Com 52% dos votos, Ed Gama contagiou o público com imitações do Faustão, Daniel, Zezé de Camargo e Caetano Veloso durante apresentação no Programa Domingão do Faustão MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

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humorista alagoano e advogado, Ed Gama, 23 anos, é o que podemos chamar de boa safra do novo stand up comedy. Sua performance no domingo, 23, no concurso “Quem chega lá, no Domigão do Faustão, da Rede Globo, além de lhe render uma vaga na final da disputa, serviu de vitrine para que outras pessoas conheçam o talento do jovem que desde cedo tem o dom de arrancar o riso das pessoas pelas bandas de cá. Maior revelação do Estado no gênero nos últimos anos, o interesse de Gama em retratar o cotidiano de maneira bem particular e divertida vem desde o tempo da escola. Qualquer pessoa que apresentasse uma característica diferente era imitada por ele. Nem os professores escapavam- motivo que levou a mãe várias vezes ao colégio por conta das “brincadeiras” do filho. “Menino versátil”, como descreveu a mãe, dona Linda, Ed sempre recebeu o incentivo dos pais. Além do humor e imitações de artistas consagrados, ele fez aula de canto, participou de vários fes-

tivais estudantil, é um dos fundadores da associação dos humoristas de Alagoas e entusiasta do festival “Nordestão do stand up comedy. Um fato que chama a atenção é que não foi o Ed quem se inscreveu no concurso do “Quem chega lá”. Um fã enviou vídeos com algumas apresentações, a produção do programa gostou e ligou para saber se o comediante tinha interesse e tempo disponível para participar. Ele topou na hora e sem nenhuma pretensão deu o recado e o resultado foi um show de humor, irreverência, talento e boas gargalhadas. “Muito feliz com tudo o que aconteceu ontem! Quero agradecer por toda torcida e as mensagens de todos. Foi muito especial! Conto com vocês na final”, escreveu Ed em seu facebook um dia após o sucesso na televisão. Descoberta promissora, é o próprio humorista quem escreve o roteiro de seus shows. Ed encaixa piadas e personagens de modo que a plateia não desgruda um só momento de sua apresentação. Em Maceió, ele imita o cantor Galã, o apresentador Oscar de Melo e outras figuras populares do cotidiano. Também não ficaram de fora

Ed Gama foi cumprimentado por Faustão ao vencer a disputa com larga vantagem entre os concorrentes

personagens como Rodolfo e ET, o dançarino Jacaré, Belo, Sílvio Santos, as cantoras Alcione e Maria Betânia e os imitados Daniel, Caetano Veloso, Zezé de Camargo e Faustão que os consagraram em rede nacional com a escolha do público. VOO MAIS ALTO Devido ao período de carnaval e aproximação da grande final do concurso “Quem chega lá”, Ed Gama voltou ao Rio de Janeiro na terça-feira, 25, para antecipar os ensaios da próxima apresentação. Segundo dona Linda, um dos sonhos do filho é continuar o trabalho artístico e ser reconhecido.

Com a vitória na primeira etapa do concurso, diz ela, Ed Gama ficou muito feliz e que serviu de vitrine para mostrar seu trabalho, mas está muito focado e não é hora de festejar. “Quando se tem aptidão tudo fica mais fácil”, ponderou a mãe de Ed Gama, sua maior fã e incentivadora. Primeiro humorista alagoano de stand up comedy, Ed Gama iniciou carreira em 2009, mas desde criança já mostrava talento e o lado humorístico. Tal desenvoltura lhe rendeu parcerias e até dividiu o palco com grandes nomes do meio, a exemplo de Leandro Hassun, Marcelo Serrado e Marcos Veras.

Enganam-se quem pensou que Ed iria se intimidar diante do Faustão. De cara, mandou logo a frase: “Todo mundo tem um sonho de ser apresentado pelo Faustão; só quem não pode realizá-lo é o próprio Faustão, mas eu estou aqui para isso”. Não só agradou o apresentador, bem como o publico em geral ao chegar à final com 52% dos votos, após disputar com o paulista Thiago Ventura, 26% e o cearense Glauber Cunha, com 22%. Vale lembrar que na final Ed poderá ganhar um carro 0km. A torcida é que na próxima apresentação o rissômetro esteja mais uma vez seu a favor.


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18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 NOVA OBRA

AL-430 é recuperada e garante mais segurança no Litoral Norte A ssaltos, carros com inúmeras avarias e viagens que levam muito mais tempo do que deveriam por conta dos buracos que tomam conta da AL-430, entre as cidades de Flexeiras e São Luís do Quitunde, no Litoral Norte de Alagoas. Apesar de ter apenas 22 anos de idade, o taxista Hugo Alexandre de Lima Santos já trafega pela rodovia há quatro anos e conhece bem as dificuldades que o péssimo estado do local impõe aos motoristas. “Há dois dias, um colega de profissão foi assaltado aqui na AL-430. Os caras aproveitaram os buracos que ainda existem para parar o táxi e levar tudo o que puderam de

passageiros e do motorista, como celular, dinheiro e o que havia de valor”, contou Hugo. “As más condições desse trecho facilitam a ação dos bandidos. Sem falar que as viagens são mais longas porque não dá para desenvolver a velocidade e os carros estão sempre quebrando”, reclama o taxista. Mas uma nova obra está mudando a realidade na região. Apesar da recuperação da rodovia ainda estar em andamento, Hugo já comemora os benefícios que vão atingir quase 30 km de percurso e melhorar o acesso aos municípios de São Luís do Quitunde, Flexeiras, Matriz de Camaragibe, Porto Calvo e Messias.

“Não está tudo pronto, mas já tem asfalto novo e já deu uma melhorada. Na estrada ruim, a gente levava mais de 40 minutos de Fleixeiras para São Luís do Quitunde. Com o asfalto recuperado, vamos ganhar pelo menos meia hora de viagem e isso é muito bom porque a gente pode fazer mais corridas e com mais segurança”, reconhece Hugo. Passageira assídua do taxista, a estudante universitária Luana Magda, de 19 anos, também comemora as melhorias na via, que tiveram início na gestão de Marco Fireman na Secretaria de Estado da Infraestrutura. “Moro em São Luís e es-

Nova obra muda realidade na região e beneficiados comemoram

tudo Pedagogia em Maceió. Como o Hugo falou, a gente viaja com certo medo porque os muitos buracos na pista são oportunidades para assaltos, além do perigo de acidentes. Mas agora vimos que a recuperação está sendo feita e isso é muito bom para toda a população alagoana”, destacou Luana Magda. O presidente do PSDB Maceió, Marco Fireman, ressalta

a importância das obras de infraestrutura para os alagoanos. “A Infraestrutura tem sempre que chegar ao ser humano. Em sete anos, mais de mil quilômetros de rodovias foram recuperados e implantados em Alagoas. A AL430, no Litoral Norte, é uma delas. É gratificante ver que o trabalho feito é totalmente revertido em benefícios para a população”, afirma Fireman.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014

TOMANDO FORMA

Lançado edital para estudos técnicos da ponte entre Penedo/AL e Neópolis/SE A ponte vai contribuir com o turismo, com o estaleiro de Coruripe. Também pode cooperar com a mineradora de Craíbas, disse o prefeito Marcius Beltrão

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conteceu, sexta-feira (21), no auditório da Casa de Aposentadoria, Praça Barão de Penedo, Centro Histórico, a assinatura de lançamento do edital para os estudos técnicos de viabilidade econômica do projeto da ponte ligando os municípios de Penedo/AL e Neópolis/SE. O ato para o Baixo São Francisco contou a presença do presidente nacional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz Bastos de Matos, que veio especialmente para acompanhar o primeiro passo para a concretização de um sonho dos moradores da região. Ao custo de R$ 1.946.959,17 (um milhão novecentos e quarenta e seis mil, novecentos e cinquenta e nove reais e dezessete centavos), o deputado Renan Filho (PMDB), o prefeito de Penedo, Marcius Beltrão (PDT) e o presidente da Codevasf, Elmo Vaz, assinaram o lançamento da: Elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental e do Anteprojeto de Engenharia Rodoviária para Implantação, Melhoramentos, Pavimentação e Obras de Arte Especial, Objetivando a Construção de uma ponte sobre o Rio São Francisco. Os recursos foram alocados através de emendas do deputado federal Renan Filho e do se-

nador Renan Calheiros. O prefeito de Penedo, Marcius Beltrão, destacou a importância da assinatura do estudo. “O nosso sonho começa a sair do papel. Com o projeto, podemos buscar recursos para a sua viabilidade. Hoje estamos dando um grande passo. E com o apoio das pessoas que realmente amam a nossa cidade, vamos transformar o Baixo São Francisco. A economia da região vai se desenvolver. A ponte vai contribuir com o turismo, com o estaleiro de Coruripe. Também pode cooperar com a mineradora de Craíbas. A ponte pode colaborar, e muito, com o desenvolvimento de toda uma região. A partir desta sexta (21), a ponte ligando os municípios de Penedo/AL e Neópolis/ SE, começa a ganhar forma”, comemorou. Em sua fala, o presidente nacional da Codevasf disse que vai dar todo o apoio para que projeto se torne realidade. “Esta assinatura é um grande passo para que o sonho de todos vocês se concretize. Este também será um grande ganho para a Companhia, momento que vai unir os nossos projetos existentes nos dois estados. E vai contribuir muito com o desenvolvimento da região. Podem contar com a minha disposição e o meu empenho na viabilização da construção”, garantiu Elmo Vaz.

DADOS DA PONTE Extensão da ponte - 1.100 m; Largura da ponte - 18,50 m; Extensão dos acessos - 7.500 m; Distância do vão navegável - 300 m; Distância entre vãos - 35,00 m; Número de vãos da ponte - 22,0; Extensão de ponte protendida - 800 m; Extensão de ponte estaiada - 300 m; Largura do passeio - 2,00 m; Largura da ciclovia - 2,00 m; Número de faixas de rolamento - 2,0;

Presidente da Codevasf, Elmo Vaz Bastos de Mato, durante assinatura do edital para estudos técnicos

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20 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014

ARTIGO

Por onde andas, PRINCESA ISABEL? ALEXANDRE GARCIA

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ão pensem em correntes. Em algemas. Em porões fétidos. Em gente suja e maltrapilha. Estes são os escravos normalmente libertados das pequenas confecções das grandes cidades, vindos de países miseráveis. Agora pense em pessoas vestidas de branco. Com diplomas universitários. Que exibem sorrisos simpáticos e uma grande alegria em servir o próximo, como se estivessem em uma missão humanitária. Estes são os médicos escravos cubanos que o Brasil traficou, cometendo toda a sorte de crimes hediondos contra os direitos humanos, que só republiquetas totalitárias, a exemplo da Venezuela, ousaram cometer. E vamos aqui deixar ideologias de lado. E até mesmo as discutíveis competências profissionais. Vamos ser civilizados e falar apenas de pessoas, de seres humanos, de gente. O Brasil democrático é signatário de uma dezena de tratados internacionais que protegem os trabalhadores. No entanto, o Governo do PT firmou um convênio com Cuba, um país que está traficando pessoas para fins econômicos. Cuba está vendendo médicos. Cuba utiliza de coerção, que é crime, para que estes escravos de branco sejam enviados, sem escolha, para onde o governo decidir. Isto é crime internacional. Hediondo. Que nivela o Brasil com as piores ditaduras. E não venham colocar a Organização Pan Americana de Saúde como escudo protetor destes crimes contra a Humanidade. É uma entidade sabidamente aparelhada por socialistas, mas que, ao que parece, pela primeira vez assume o papel de “gato”, o operador, o intermediário, aquele que aproxima as partes, que fecha o negócio, que “lava” as mãos dos criminosos que agem nas duas pontas. Não há como esconder que o Governo do PT está pagando a Ditadura de Cuba para receber mão de obra em condições análogas à escravidão, como veremos neste post. O trabalhador estrangeiro tem, no Brasil, os mesmos direitos de um trabalhador brasileiro. Tem os mesmos ônus e os mesmos bônus. Não é o que acontece neste convênio que configura um verdadeiro tráfico em massa de pessoas de um país para outro. Os escravos cubanos não pagarão Imposto de Renda e INSS. Sobre um salário de R$ 10 mil, deveriam reter mais de R$ 2.700. Pagariam em torno de R$ 400 de INSS. Mas também teriam direito ao FGTS, ao aviso prévio, às férias, ao décimo terceiro salário. Não é o que acontece.

O escravo cubano não recebe o seu salário. Ele é remetido para um governo de país. É como se este país tivesse vendido laranjas. Charutos. Rum. Ou qualquer commodities. A única coisa que o trabalhador recebe é uma ajuda de custo para tão somente sobreviver no país pois, em condição análoga à escravidão, este médico cubano receberá alojamento e comida das prefeituras municipais. Trabalhará, basicamente, por cama, comida e sem nenhum direito trabalhista. Outro crime do qual o Governo do PT é mentor, é idealizador, é fomentador, é financiador, é concordar com as práticas de coerção exercida por Cuba quando vende os seus médicos escravos. O passaporte é retido pela Embaixada de Cuba no Brasil. A família fica em Cuba, sem poder sair do país. O escravo cubano não pode mudar de emprego, pois se o fizer a sua família sofre perseguição. Existe ameaça. Existe abuso de autoridade. Existe abuso de poder econômico. Existe retenção de documento para impedir a livre locomoção. Existe lesão ao Fisco. Sonegação. E, por conseguinte, sendo dinheiro originário de crimes, remessa ilegal de divisas do Governo do PT para a Ditadura de Cuba. Este convênio que o Governo do PT está fazendo com Cuba não resiste a uma fiscalização do Ministério do Trabalho e a uma auditoria do Ministério Público. São tantos os crimes cometidos contra a Humanidade e contra os Direitos Humanos que envergonham a todos os brasileiros. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato ao governo de São Paulo, deveria ir a ferros junto com os bandidos mensaleiros do seu partido. A ministra dos Direitos Humanos, Maria o Rosário, está em silêncio obsequioso. A partir do momento em que 4.000 cubanos botaram o pé no solo brasileiro, nosso país se transforma num campo de concentração e numa imensa prisão para escravos políticos. A nossa Constituição será rasgada, pois: Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) III ? ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante; Da mesma forma, o Governo do PT está jogando no lixo o Decreto nº 5.948, de 26 de Outubro de 2006, que trata da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que tem definições fundamentais sobre o tema: Art. 2°. § 4o A intermediação, promoção ou facilitação do recrutamento, do transporte, da transferência, do alojamento ou do acolhimento de

pessoas para fins de exploração também configura tráfico de pessoas. Art. 2°. § 5° O tráfico interno de pessoas é aquele realizado dentro de um mesmo Estado-membro da Federação, ou de um Estado-membro para outro, dentro do território nacional. Art. 2o. § 6° O tráfico internacional de pessoas é aquele realizado entre Estados distintos. Art. 2° § 7o O consentimento dado pela vítima é irrelevante para a configuração do tráfico de pessoas. Ou seja: o que determina se existe a escravidão não é o depoimento do escravo, pressionado por dívidas, sem documentos ou tendo a integridade da sua família ameaçada, mas sim o que a sua situação configura, mediante fiscalização. Com a importação em massa dos médicos escravos cubanos, os acordos internacionais firmados pelo Brasil contra a escravidão serão derrogados. Não seremos mais uma democracia. Se alguém tem alguma dúvida sobre isso, leia o MANUAL DE COMBATE AO TRABALHO EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS ÀS DE ESCRAVO, publicado pelo Ministério do Trabalho. E sinta vergonha, talvez um pouco de medo, de ser brasileiro. Eu desafio o Governo do PT a exigir que o médico cubano tenha em mãos o seu passaporte. Eu desafio o Governo do PT a exigir que o médico cubano tenha uma Carteira de Trabalho. Eu desafio o Governo do PT a depositar o salário do médico cubano em uma conta pessoal, que lhe garanta livre movimentação. Eu desafio o Governo do PT a garantir todos os direitos trabalhistas ao médico cubano. Eu desafio o Governo do PT a cumprir a Lei, a Constituição e os Tratados Internacionais. ------

“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.” (Mahatma Ghandi)


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ARTIGOS

Reconhecimento JORGE MORAIS jornalista

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povo do mundo todo, especialmente o brasileiro, acha que sabe de tudo, opina sobre qualquer assunto, e ainda fica chateado quando é contrariado naquilo que diz. Esse mesmo povo fala de política, discute futebol sem conseguir separar a paixão que sente, e entende de Marketing, como se tivesse estudado ou praticado todos esses e outros assuntos no dia-a-dia. O povo opina sobre melhorias no trânsito, como fazer segurança pública, discute religião sem ir à igreja, nunca leu a bíblia, não conhece absoltamente nada, mas conversa e discute sobre tudo. Em alguns artigos publicados aqui, no Semanário Extra, a exemplo de muita gente, também fiz críticas ao trânsito de Maceió, especialmente o da Avenida Fernandes Lima, no Farol.

Mas, neste momento, me sinto na obrigação de fazer alguns reconhecimentos, entre eles, a SMTT e a seus técnicos. A implantação da faixa azul, não me convencia, em relação à melhoria na avenida principal na entrada da cidade de Maceió. Achava que não daria certo mesmo e que complicaria ainda mais a situação do vai e vem de veículos na região. Se a melhora vai ser definitiva, ninguém pode ainda avaliar. Mas temos que reconhecer que melhorou. Se o objetivo era priorizar o transporte coletivo de massa – os ônibus – a SMTT atingiu o seu objetivo. Os depoimentos das pessoas que andam de ônibus, que não é o meu caso, são altamente positivos e eles são defensores das mudanças. No percurso entre o Benedito Bentes e o Centro da cidade, o tempo foi reduzido em 40 minutos fundamentais para estudantes e trabalhadores. A primeira parte já foi feita. Agora, pergunto: Quem se habilita a fazer a segunda parte? Quem aceitaria deixar seus carros em casa e andar de ônibus?

Hoje, acho difícil isso acontecer, porque a maioria das pessoas não quer abrir mão do ar-condicionado e do conforto de seus veículos, e prefere continuar disputando os espaços das duas pistas disponibilizadas agora. Quando o progresso chega é assim mesmo, com algumas pessoas ficando no prejuízo em benefício de outros, principalmente da maioria, que é o caso de agora. Por outro lado, o poder público precisa, urgentemente, fazer a sua parte. Para tanto, lembramos as promessas feitas em campanhas, como a Avenida do Vale do Reginaldo; metrô na Avenida Fernandes Lima e pontos da cidade; entre outros assuntos abordados em época de eleição e que precisam sair da conversa e dos papéis. Só, assim, os proprietários de carros poderão pensar em deixar seus automóveis nas garagens, e o planejamento da cidade deverá estar concluído. Nessa hora de reconhecimento, precisamos registrar também as ações da Prefeitura de Maceió em bairros periféricos e áreas turísticas de Maceió.

Ruas estão sendo recuperadas, pavimentadas e sinalizadas. No tocante ao trânsito e no comportamento de seus agentes, estamos vendo uma melhoria significativa. Claro que nem tudo está funcionando perfeitamente na cidade, e o prefeito Rui Palmeira sabe disso. Temos, ainda, ruas problemáticas; esgoto a céu aberto, inclusive na orla marítima; praias impróprias para banho, pois os edifícios contribuem para isso; e áreas sem segurança para turistas e a população em geral. Não me iludo fácil com as coisas, nem acho que se engana criança com balas e doces, até porque já foi essa época. Hoje, as crianças se interessam pelo avanço tecnológico, enquanto os adultos pelas cobranças de melhorias dos postos de saúde, das escolas e muitas cobranças sobre o trânsito. Por sinal, quando os motoristas de caminhões vão respeitar os horários determinados pela SMTT para circularem nas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima? Até quando vamos cobrar?

dividindo rendimentos com Deputados e não assinam ponto. Além dos comissionados, ficarão cinco servidores ativos à disposição de cada gabinete, também sem assinar ponto. Se multiplicarmos 5 por 27 serão 135 pessoas que não assinarão ponto e ficarão á disposição dos parlamentares, além de quase 900 comissionados. Para os funcionários que trabalham e carregam o Legislativo nas costas não haverá mudanças com a instalação do ponto eletrônico, cujas máquinas já foram compradas de maneira escandalosa. A exigência do Dr. Fábio é tanta que ele passa dias sem aparecer na Assembleia, leva os processos para casa e já prejudicou vários companheiros, cujos processos não eram encontrados e estavam com o Procurador, segundo informações de funcionários da ALE. Esclareço que não conheço o Procurador, mas alguns amigos comuns me dão informações sobre ele. Umas boas, outras ruins. Ninguém quer recorrer nada administrativamente, porque tudo é negado. O caminho é a Justiça, que tem sido de grande valia para todos nós, sofredores do Legislativo. A degradação da ALE vem desde a Constituição de 89, quando foi instituído o

duodécimo entre os Poderes e os Deputados começaram a administrar a verba que cabia ao Poder. Aí, eles descobriram mil maneiras de usar tais valores, só que a única Mesa Diretora que resolveu cortar salários e ficar com o saldo, foi a atual. O grande impasse é que comissionados e laranjas dividem o apurado com os parlamentares e os estáveis não fazem isso. Concordo com você, Gabriel, quando afirma que existem famílias inteiras, dondocas, jornalistas, parentes de Deputados que não vão lá. Mas exatamente esses não serão penalizados. A Mesa vai arranjar uma maneira de protegê-los e vai afastar os que não têm padrinhos. Agora mesmo foi demitido um rapaz que trabalha há 24 anos, comparece ao serviço e ganha R$ 580,00. Por implicância do chefe, que é irregular, entrou no mesmo tempo que ele e ganha R$ 9.600,00. É a lei do mais forte, que faz tudo para agradar à Mesa Diretora. Corrigir a Assembleia Legislativa é impossível, creio eu, porque os Deputados cometem erros gravíssimos e nunca foram punidos. Recentemente a Mesa renomeou os comissionados por sugestão do Procurador. Pois bem, nas listas concedidas por cada Deputado, voltaram a ¨Vassoura de Ouro¨

e uma defunta. Mesmo expostos a escândalos no Fantástico e na imprensa local, eles de acham inatingíveis e continuam desrespeitando as leis. Há pessoas que foram se cadastrar para o ponto eletrônico e não sabiam o endereço da Assembleia. Do interior as vans vêm cheias de servidores que não sabem onde fica o local de trabalho. Desses, ficarão os afilhados dos Deputados e sairão os pagãos. As aposentadorias antigas eram regidas por leis estaduais, pela Constituição de 89 e pelo Regime Jurídico Único. Muitas já caíram como a que incorporava qualquer gratificação que o servidor recebesse durante dois anos consecutivos. Nada era ilegal! Trabalhar no Legislativo continua um privilégio dos amigos dos Deputados. Eles, os parlamentares, não fazem concurso para o ingresso de servidores, gostam de ser bajulados e terem pessoas à sua disposição. É um caso a ser estudado e acho que de difícil solução. Não é um advogado de políticos, preocupado em penalizar pessoas, atender bem à Mesa Diretora, com um belo escritório na orla de Maceió e outro em Brasília, que vai resolver. Só Deus fechando o Legislativo e abrindo outro com pessoas de mentalidade diferente. Um abraço da jornalista amadora.

Menos, Gabriel!

ALARI ROMARIZ TORRES APOSENTADA DA ALE

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i com atenção o texto ¨Fim da Malandragem¨de Gabriel Mousinho. Tenho pelo jornalista muito respeito e devo-lhe favores, pois sempre publicou meus artigos nos jornais por onde passou. Grande parte do que ele escreveu é verdade. Mas há coisas que precisam ser esclarecidas. Gostaríamos de comentar a posição do Procurador da Casa, Dr. Fábio Ferrário, grande advogado de políticos, que se afastou de dois escritórios seus, para ganhar R$ 18.000,00 no Legislativo e descascar enormes abacaxis. Fato que não convence a mais inocente das criaturas! Primeiro chegou à Casa de Tavares Bastos dando entrevistas bombásticas, gritando com servidores antigos, médicos e todos que o procuravam. Depois, acalmou-se e adotou outra postura. Quanto às medidas que sugere à Mesa Diretora, a grande maioria atinge servidores estáveis. Os comissionados continuam


22 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 MARACUTAIA

Gustavo Feijó é denunciado por conivência com suborno na FAF Presidente do Comercial de Viçosa diz que presidente afastado da FAF foi informado do fato e nada fez DA REDAÇÃO

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Federação Alagoana de Futebol (FAF) está envolvida mais uma vez em denúncias de irregularidade por parte de seus dirigentes. A entidade, que já desafiou em período recente a cidade de Penedo com o autoritarismo por parte de seu presidente, Gustavo Feijó - atualmente licenciado e prefeito da cidade de Boca da Mata agora surge novamente no noticiário com denúncia de suborno por parte um de um de seus integrantes. Quem acusa é o filho do prefeito de Viçosa e presidente do Comercial (time da cidade), Flavius Flaubert, que por meio de uma gravação diz ter provas de que foi subornado pelo funcionário da federação Roque Júnior no valor de R$ 1. 200, O acusado tem o cargo de superintendente da entidade. De acordo com Flaubert, o fato foi denunciado ao próprio presidente licenciado, Gustavo Feijó, que até o fechamento desta edição nada tinha feito para punir o funcionário acusado da FAF. “Comunicamos o fato ao Feijó, mostramos a gravação e ele disse que realmente se tratava de um suborno. Prometeu tomar as providências, mas já se passou mais de uma semana e ele nada decidiu”, acusou Flavius Flaubert.

Flávius Flaubert acusa Roque Júnior de exigir suborno do Comercial; Gustavo Feijó tomou conhecimento do caso e fez ouvidos de mercador

O suborno, segundo o presidente do Comercial, se deu porque o time precisava regularizar seus atletas para o Campeonato Sub-20 do Estadual de futebol, sob pena de ser punido com o afastamento da competição. “O Roque Júnior ainda agrediu moralmente meu pai dizendo que ele era um ‘prefeitinho’. Ele está com raiva porque eu disse que levaria o fato ao Ministério Público e à imprensa porque agora eles mexeram com alguém que tem cora-

gem de denunciar as mazelas dentro da federação”, completa Flaubert. O OUTRO LADO Em entrevistas à imprensa o superintendente da Federação Alagoana de Futebol, Rock Júnior, contra-atacou com argumento de que a gravação usada por Flávius Flaubert é uma sabotagem. “Isso é uma armação dele para jogar a incompetência dele e toda uma cidade contra mim. Em verdade, foi ele quem me

ofereceu o dinheiro e armou a gravação do jeito que quis. Este cidadão chegou com uma dia e 12 minutos de atraso para fazer o procedimento dos atletas no BID lá na Federação e quer jogar a responsabilidade da incompetência dele no clube que dirige nas minhas costas”, argumentou o superintendente ao jornal Gazeta. Tenho várias testemunhas de que foi ele que armou tudo. Rock Júnior diz que o diálogo se refere a uma empresa de transportes que mantém e do qual tira o sustento.

“Pode prestar atenção que o tempo todo eu realmente falo de R$ 1. 200, mas é referente ao aluguel das diárias dos ônibus da empresa. cada uma é R$ 300”, disse Roque em entrevistas à imprensa. Questionado sobre a discussão em que teria chamado o pai de Flávius , o prefeito de Viçosa Flaubert Toreers Filho de “prefeitinho”, Rock Júnior confirma. “Ele ligou para mim e me ofendeu moralmente. Daí eu o chamei de ‘prefeitinho’ sim, assumo”, relatou.


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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Torcida fiel A

Tudo pronto

Da seleção

Caminho da volta

média de público levado pelo CSA aos estádios, jogos com mando de campo dele, chama atenção também pela renda. A fidelidade do torcedor tem a ver com a napaixão e a campanha sócio-torcedor. No clássico recente contra o CRB, primeiro turno e 1x1 no placar teve no público de 13 mil pessoas 2 mil sócios-torcedores azulinos.

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- De Cafu na Revista Veja, edição mais recente: “As seleções de 1994 e 2002 tinham vários jogadores capazes de definir uma partida; agora contamos exclusivamente com o Neymar. Esse é o perigo.”

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_ Neste começo de março, dia cinco ou sete, praticamente a três meses da abertura da Copa do Mundo, Luís Felipe Scolari divulga a relação dos que vão compor o plantel Canarinho.. Surpresas, havendo, devem ser poucas. Dessas de contar nos dedos.

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- De Felipão, na Revista Istoé: “A cada dia estou mais onvicto da conquista da Copa do Mundo. Observando as outras seleções sei que nós devemos respeitá-las, mas no computo geral somos as melhores.” Alguém duvida?

Dito e feito Júnior Amorim, após dois anos ausente dos gramados, faz a alegria da torcida do Murici e ganha comentários positivos do alagoano no geral. Na época que mostrou vontade de voltar a jogar comentou: “Físicamente não mudei nada. Tenho experiência e vou esperar uma boa oportunidade.” O retorno foi gerado pela saudade e no jogo da despedida vesia a camisa do Coruripe em jogo que venceu o CRB (2x0). Hoje, de volta, mas no Murici,e dá mostras de ser “pé quente.” Isso reconhecido pelos torcedores É dele a observação de que “no futebol, de lá para cá pouca coisa mudou.”

Em extinção?

Marcos Barbosa, presidente do clube, conduz o CRB com a mesma estrutura administrativa que deu certo no primeiro mandato e no paralelo apresenta propostas para dar mais fôlego ao Galo nas competições estaduais e nacional. Lançou recente e vai em boa maré o Sócio Torcedor, lançado recente.

Nos futebol a chuteira preta começa a perder espaço no gramado para as multicoloridas. O Globo Esporte do sábado já comentou a questão e do torcedor alagoano opinião é que isso é questão de vaidade. Dos mais severos vem puxão de orelhas: “os clubes, paraelo a vaidade, devem cuidar de melhorar a qualidade técnica do espetáculo.”

Recesso

O ASA inverte os papeis neste 2º turno. Após eliminado da decisão do primeiro o time vem invicto, é líder e dá cartão de apresentação pela nova fase a boa vitória domingo sobre o CSA. A torcida além do título alagoano quer ver o Azulão na série B do Brasileiro em 2015.

Os seis continentes O Mundial de Clubes organizado pela Fifa, reúne nos fins de temporadas os campeões das seis Confederações Continentais de clubes. São a Conmebol ( América do Sul); Concacaf ( América Central e o Caribe), UEFA (Europa; CAF ( África), AFC (Ásia) e a OFC ( Oceania).

Ponto de vista O segundo turno do alagoano deu uma parada para o carnaval. Mas os clubes devem manter as atividades mesclada co m folga para os jogadores se divertirem também. Ningué, afinal, é de ferro. Bola rolando nos gramados só a partir do dia 8.

O campeonato alagoano alagoano dá uma parada devido as festas de carnaval. Nos clubes, contudo, o trabalho preparatório dos jogadores será normal,

Tem motivo? Xavier Clemente, 63 anos, ex-técnico da Espanha em 1995, não gostou da dança do “lepo lepo” de Neymar e Daniel Alves festejando gols. Disse ele: “Quando você sofre um gol e então alguns jogadores fazem uma coisa idiota como essa... Eu daria suspensão de cinco jogos a cada um. O motivo? Fazer algo tão idiota.”

Reembolso O “Lá Vanguardia,” jornal espanhol, noticiou no começo da semana: o Barcelona vai ter que pagar ao Tesouro Espanhol R$ 30,1 milhão. O montante é o valor é que a Receita Federal da Espanha admite como faltosa na transferência de Neymar. A matéria foi divulgada também no Globo Esporte, edição do dia 23.

FRASES “É um grande desafio”

Fernando, chamado por Felipão.

“Não tenho como descrever este momento” Junior Amorim após título do turno (Murici)

“Não posso ajustar o time só para ele Murici Ramaklho sobre Pato


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MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

Piscinas naturais da Paripueira

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Instituto do Meio Ambiente (IMA) realizou na segunda-feira, dia 24, o curso Conduta Consciente em Ambientes Recifais com pessoas que utilizam comercialmente as piscinas naturais da Paripueira. A sensibilização foi realizada em três etapas, sendo que a primeira é a teórica com objetivo de incentivar a preservação do ambiente marinho. O curso foi voltado para marinheiros e ajudantes, instrutores de mergulho e pessoas que fotografam em baixo d’água. Entre as temáticas abordadas, estão cuidados como não alimentar os peixes, não retirar conchas e outros organismos marinhos como souvenir e não atracar embarcações sobre os recifes de corais. As duas outras etapas da formação serão práticas e deverão ser definidas pelo grupo, conforme a maré e melhor dia de trabalho.

Áreas de Proteção Ambiental A Diretoria de Unidades de Conservação (Diruc) do Instituto do Meio Ambiente (IMA) realiza vistorias em duas Áreas de Proteção ambiental (APAs), inseridas na região metropolitana de Maceió. A primeira aconteceu no dia 18 nas proximidades do Riacho Broma, que fica dentro da APA de Santa Rita, na cidade de Marechal Deodoro. O órgão recebeu denúncias sobre irregularidades em relação à captação de água para posterior distribuição aos moradores de povoados, localizados nos arredores do Riacho Broma. Ao chegar ao local, a equipe se deparou com canos, tubulações e uma caixa de água. O material serviria para transportar e armazenar o líquido oriundo de um reservatório construído para represar a água excedente das piscinas e bicas de um balneário local.

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Mortos na Indonésia Sete elefantes foram encontrados mortos em Sumatra (oeste da Indonésia) e acredita-se que tenham sido envenenados, como ocorreu em casos anteriores, afirmou na segunda-feira (24) uma autoridade local. Dezenas de elefantes morreram depois de serem envenenados nos últimos anos na Ilha de Sumatra, onde os elefantes são ameaçados pela rápida expansão das plantações de óleo de palma, fatais para seu habitat.

Cadastro Ambiental Rural A equipe do setor de Gestão Florestal do Instituto do Meio Ambiente (IMA) realizou no dia 19, no Centro Cultural Miguel Arcanjo de Medeiros, na cidade de Piranhas, uma capacitação com representantes de seis prefeituras da região do alto sertão. O objetivo do curso é apresentar o portal por onde será realizado o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A partir de março serão realizadas formações nas outras seis regiões do estado. Segundo a engenheira florestal do IMA, Luise Andrade Amaral, este momento inicial é fundamental para as prefeituras conhecerem o site. “Nosso objetivo é entrar em contato direto com as secretarias municipais. Nessas oficinas vamos esclarecer possíveis dúvidas a respeito dos dados que deverão ser cadastrados, bem como do funcionamento técnico do portal”, disse a engenheira.

Média da temperatura A temperatura média da Terra em janeiro foi a quarta maior desde 1880, ano em que as medições começaram a ser feitas. De acordo com o Centro Nacional de Informações Climáticas, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o mês registrou uma média de 12,7ºC, temperatura 0,65ºC mais alta do que a média do século 20.

’Monstro aquático’

Após anunciarem que o axolote (Ambystoma mexicanum), um tipo de salamandra que só vive em lagos do México, podia ter desaparecido da natureza, cientistas anunciaram ter encontrado exemplares desta espécie durante uma segunda varredura realizada este mês. No ano passado, biólogos tentaram capturar axolotes com a ajuda de redes no lago Xochimilco, na Cidade do México, mas não encontraram nenhum espécime – o que aumentou a preocupação sobre o risco de que esses animais só sobreviveriam se fossem criados em cativeiro.

Região de petróleo A cidade de Comodoro Rivadavia, também conhecida como a capital argentina do petróleo na região da Patagônia, é o cenário de uma série fotográfica desenvolvida pelo argentino Pablo Saborido, em exposição em São Paulo a partir do dia 22 de fevereiro. As imagens da exposição ‘Paisagens próximas do fim do mundo’ foram feitas em 2009, e mostram locais bucólicos que sofreram intervenções de anos da exploração de petróleo.

6- Amazônia Pela primeira vez, em aproximadamente 20 anos, uma aeronave de pesquisa internacional foi autorizada pelo Governo Federal a entrar no espaço aéreo brasileiro. Segundo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a aeronave Gulfstream ARM 1 será utilizada para verificar o potencial de crescimento urbano em áreas ambientais, especialmente na Amazônia.De propriedade do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE/EUA), o equipamento também servirá para analisar a interação da floresta amazônica com a atmosfera.

Região de Fukushima O Japão vai suspender uma ordem de exclusão em uma região próxima à central nuclear acidentada de Fukushima, o que permitirá a alguns moradores retornar para suas casas. “A suspensão formal da ordem de retirada entrará em vigor em 1º de abril e envolverá 300 pessoas com casas em Tamura, uma cidade 20 km ao oeste da central”, anunciou o gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe.


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S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO

Bandidos nas ruas

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Da presidente Dilma Rousseff sobre o que governistas chamam de bombardeio de críticas feitas pelos opositores: “São caras de pau e pessimistas.” Do tucano Aécio Neves: “O PT é um partido à beira de um ataque de nervos.” Do eleitor: “imagina o que não vai vir por aí!”

O ano de eleições é época para conversas carregadas de otimismo. Assuntos focados mais recente miram no rush de obras no Estado início da duplicação de pista da Al-101 Norte, no trecho de Maceió até Maragogi, em Pernambuco e abertura de novas linhas para o VLT.

Barulhentos Motocicleta circular na Ponta da Terra - e Maceió no geral - é do trânsito. Agora motoqueiro trocar na motocicleta o silenciador (escape) de fábrica por um barulhento da marca “coiote” para perturbar as famílias com excesso de barulho é provocação, a noite em especial. Tem morador disposto a partir para a ignorância. É bom, por isso, que haja no bairro uma ação preventiva da polícia.

Sob expectativa Chamou atenção na Pajuçara, no desfile do Pinto da Madrugada, as presenças, juntas, de Aécio Neves, Teotônio Vilela, Benedito de Lira e Thomas Nonô fazendo lembrar Reginaldo Rossi. Usou uma peruca e camisa com a inscrição “o rei não morreu.”

E Thomaz Nonô? Do eleitor a curiosidade se volta agora para saber o futuro de Thomaz Nonô e do DEM, partido dele, na composição que PSDB/PP começam a montar. Nonô fica vice até dezembro ou se afasta do Palácio dos Martírios e se candidata a Câmara Federal ou Senado? A questão é produzida como especulação mas “onde há fumaça tem fogo.”

Dos pequenos O calendário das eleições não prioriza a época como oportuna para acertos sobre coligações. Do mesmo modo, na boca dos políticos não consta dúvida quanto a polarização na campanha para o Governo entre PT e PSDB. Os demais partidos, reconhecem lideranças, prioriza alianças para compor bancadas nos legislativos federal e estadual.

Cidadão que caminha em Maceió apela ao Ministério Público para conversar com o prefeito Rui Palmeira no sentido de reativar faixas de travessia de rua pelo pedestre. Acha que o apagão das faixas nos cruzamentos incentiva motorista a não respeitar o pedestre. Alias nem nas calçadas ele tse sente seguro..

Desabafo

Mera especulação?

Presença do senador Aécio Neves em Maceió, no domingo teria sido para decidir apoio dos tucanos a Benedito de Lira como candidato ao governo. Já na contra partida o PP de Lira se coliga com o PSDB de Aécio, candidato a presidente, e Rui Palmeira segue prefeito de Maceió.

A Secretaria de Segurança Pública tem esquema de segurança montado para o período do sábado até a madrugada da quarta-feira do carnaval. Vão ser mais de sete mil homens: 6 mil policiais militares e 1.600 civis e 23 delegacias de plantão às 24 horas. I

Insistência

crime em Alagoas vira hábito comum e no andar da impunidade é um quadro em avanço que não dá mostras de chance de volta. Não é, contudo, uma situação com alheamento do Estado, mas da população que apenas cobra ações reprensivas, mas não cumpre a sua parte, denunciando bandidos..

Casa arrumada?

Segurança no carnaval

Fortalecida ? A presidente Dilma Rousseff somou ponto entre maceioenses, mas não tanto pela recente visita ao Estado. Foi por liberar cerca de R$ 400 milhões para obras estruturais. Mas entre alguns teve quem achasse que ela, nos Martírios, residência dos tucanos, deve ter recebido abraço de tamanduá.

Salários Na Justiça do Trabalho a maioria das queixas é pelos salários atrasados e de indenizações com cálculos menores que osa valores justos. Observação estilo desabafo foi de sindicalistas. Acham que quanto maior a empresa maior é a dificuldades de acerto. A demora na aplicação das sentenças é, para eles, outra dor de cabeça..

Ponto de vista Impostos exigidos pelo governo alcançaram RS 200 bilhões. Dados foram levantados até Odia primeiro de fevereiro. Um montante que na opinião de oposicionistas ao Planalto merece no mínimo uma explicação. É denúncia tipo prenúncio do que virá na campanha.

Procura-se Entra na rotina, no Brasil, mulheres com rostos expostos em cartazes de “procuradas pela Polícia.” Elas, se antes atuavam no crime como coadjuvantes, agora lideram quadrilhas e são tão ou até mais perigosas que os homens. Comentário é fácil de averiguar nas delegacias.


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pitstop

ALTARODA

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Consumo é coisa séria

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epois de anos sem grandes preocupações em investir em economia de combustível, a indústria terá que acelerar bastante o passo para atingir metas – obrigatória e voluntárias incentivadas – do programa Inovar-Auto. Mesmo o objetivo compulsório de diminuir o consumo (ganho de 12% em eficiência energética) até 2017 não parece tão fácil porque refletirá a média da frota de modelos vendidos por cada fabricante. A Fiat que está em processo de fusão com a Chrysler, por exemplo, tem modelos como Jeep que são pesados e empurram a média para cima. Em parte, essa negligência se deu porque o combustível ficou mais barato em termos reais (descontada a inflação). Quando o governo se deu conta de que os gastos com importação de gasolina estavam em curva cada vez mais ascendente, resolveu intervir. E esti-

mulou um esforço até 2020 para atingir uma redução adicional: 15,4% e 18,8% com corte temporário de 1% e 2% de IPI, respectivamente. Caso todos os fabricantes encarem o desafio máximo, se conseguirá economia bem além de 12 bilhões de litros de gasolina, em sete anos. Vários obstáculos precisam ser removidos, conforme se discutiu no Seminário de Eficiência Energética, da Autodata. Antônio Megale, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva que completa 30 anos de existência, lembrou que avanços em eficiência dependem também de melhora na infraestrutura viária e de controle eletrônico do tráfego (semáforos inteligentes). O estado de ruas e estradas implica aumento do vão livre dos carros e a consequente piora do coeficiente aerodinâmico. Seguir as dicas de economia

de combustível em computadores de bordo exigirá adesão maior dos motoristas. Fabricantes de pneus admitiram que todos os carros novos, até 2016, terão tecnologia de menor resistência ao rolamento. Podem custar até 10% mais, contudo se pagam rapidamente ao economizar combustível. De novo, buraqueira e lombadas atrapalham. Há limitações, por isso, em compostos de borracha e dificuldade de generalizar o uso de estepes temporários – 10 kg a menos na massa de um modelo compacto com reflexos no consumo – pela incidência alta de furos e danos nos pneus. Margarete Gandini, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, acenou sobre inclusão de bônus técnicos nos ciclos de consumo em laboratório, indicados no programa de etiquetagem.

Normas brasileiras são mais rígidas que europeias, estas muito vistosas, porém longe da realidade. Função desliga-liga o motor, por exemplo, reflete-se no ciclo europeu e aqui, não. Compressores de ar-condicionado de geometria variável poupam combustível, mas sua vantagem desaparece na captação de dados. Monitor de pressão de pneus igualmente atua nos números potenciais de consumo, sem receber nenhum bônus. Apesar de admitir que, pela experiência no exterior, programas mandatórios funcionam melhor que os voluntários, o governo escalonou até 2017 a adoção de etiquetas de consumo. Trata-se de decisão contraditória e agravada pela falta de fiscalização. Basta ir aos salões das concessionárias: relativamente raro ver etiquetas e muito menos alguém disposto a esclarecer dúvidas dos consumidores.

e governo francês. Atuação de famílias no setor, entretanto, ainda continua bem forte. Em alguns casos, executivos do clã estão no comando direto mesmo em empresas de capital aberto. Entre outras BMW, Fiat, Ford, Hyundai, Suzuki, Toyota e VW (duas famílias, Porsche e Piëch).

terna do carro é bem atraente. Suspensões, freios, direção e câmbio automático de seis marchas formam conjunto muito equilibrado. Só as portas, ao bater, deveriam ter sonoridade encorpada.

No caso, representam quase 50% (47%, em 2013) do total de veículos em circulação no País. Muda de figura.

RODA VIVA DOIS lançamentos de peso estão na programação da VW este ano: a reestilização do Fox (inclusive versão CrossFox) e a picape Saveiro cabine dupla (permanecerá apenas com duas portas; duas a mais sairia muito caro). Previsão para primeiro e segundo semestre, respectivamente. Produção do up! 2-portas já começou e vendas, fim de março. Em seguida, câmbio automatizado. FAMÍLIA Peugeot agora partilha controle da PSA Peugeot Citroën com chinesa Dongfeng

OUTRA combinação preciosa de motor turbo (1,6 L/165 cv, mais potente que versão europeia) e hatch médio-compacto: Peugeot 308 não merece menos que isso. Atmosfera in-

COSTUMA se dizer que “apenas” em quatro Estados o etanol tem preço competitivo em relação à gasolina, na maior parte do ano. São eles São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. Há um pormenor esquecido: interessa saber a frota que pode usufruir.

CONDIÇÕES de concorrência levaram os bancos controlados pelos fabricantes a manter a taxa de juros quase estável (subiu de 1,25% para 1,27% ao mês), de 2012 para 2013. Isso apesar da disparada da taxa básica de juros (Selic). Mesmo comportamento no varejo: de 1,52% para 1,62% ao mês. Cenário deve se repetir em 2014.

Hyundai i30 volta a ter motor à gasolina e é mais potente Grand Santa Fé, i30 com motor 1.8 de 150 cavalos e novo Elantra. Essas são as novidades que o grupo Caoa está apresentando no mercado, já como modelos 2015, para incrementar as vendas da Hyundai. A operação de importação da marca coreana, sob responsabilidade da empresa, obteve o 13º lugar no ranking de vendas por marca no ano passado (sem contar portanto as vendas da linha HB20). O número é bem inferior ao registrado em 2012, quando a Hyundai Importados ficou em 9º lugar no ranking com 86,3 mil unidades. A Caoa tentará recuperar parte das vendas com a nova configuração do hatch i30, que em 2012 foi campeão de vendas e vendeu no total 120 mil unidades. O carro custa R$ 71,9 mil e, assim como os outros dois, já é modelo 2015. Com a reestilização e a adoção do motor 1.6 flex o carro reduziu muito as vendas e agora a tendência é de recuperação com o novo motor à gasolina, mais potente que o antigo 2.0 (145cv) O Grand Santa Fé substitui o Vera Cruz, que deixou de ser importado. Tem motor 3.3 V6 de 270 cv e custa R$ 187 mil. O sedã Elantra chega com nova frente, com grades e faróis de neblinas diferentes; na traseira, mudanças na lanterna e no para choque e o motor é o 2.0 bicombustível de 178 cavalos. Custa R$ 83,4 mil. A Caoa vai inaugurar em maio o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Motores e Transmissões em Anápolis, Goiás, onde mantém uma fabrica desde 2007 com capacidade de 86 mil carros por ano em dois turnos. Em 2013 foram fabricadas 34 mil unidades dos quatro modelos ali produzidos: Tucson, ix35 e os caminhões pequenos HD 78 e HR.


28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 28 DE FEVEREIRO A 13 DE MARÇO DE 2014 CRÔNICA

Tomara que o governador nos atenda! JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br

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u era muito amigo do saudoso Ex-Deputado Federal, Albérico Cordeiro. Conhecemos-nos, quando ainda éramos estudantes secundários e quando eu fui um dos membros da Comissão, para selecionar os moradores da Casa do Estudante Secundário de Alagoas, na Rua do Comércio. Daí em diante, nos tornamos bons amigos, ele em Mata Grande e eu em Pilar, depois, ele como Deputado Federal e Prefeito de Palmeira dos Índios e eu como servidor do DER/AL. Ele subiu para o Planalto e eu fiquei na Planície, mas, um acidente automobilístico parou sua vida e, consequentemente, sua subida, numa das suas andanças políticas. Albérico, quando vinha de Brasília para Maceió,

sempre mandava que seu primo, Cerílo, me chamasse para acompanhá-lo em algumas das suas viagens ao Interior do Estado. Numa das suas viagens para Penedo, de surpresa, ele disse aos pescadores de Penedo, que eu já estava elaborando uma sede para eles, às margens do Rio São Francisco. Pensei que fosse “enrolada” do ilustre amigo, porém, dias depois, ele mandou as passagens para que eu fosse à Brasília, para me apresentar a dois Ministros, “não sei de quê”, dentre tantos que ali existem, para não fazer “pôrr....nenhuma”, a não ser passear pelo Brasil, com gordas ajudas de custos. Depois, fomos à Câmara dos Deputados e ao Senado, onde conheci o Senador Téo Vilela, hoje Governador de Alagoas. Lembrome que o Senador mal me cumprimentou, devido um artigo que escrevi, sobre a falta de providências dos nossos políticos, diante das sêcas e dos sofrimentos dos sertanejos. Hoje, por uma coincidência, quem está tocando a obra da construção do Canal do Sertão é ele

o Governador, como se desculpando de nós sertanejos, por não ter dado valor aos nossos gritos de socorro. Agora, vou testar o nosso Governador, para saber se ele ainda está com “raiva” de mim, através de um pedido que vou lhe fazer: “Governador, Teotônio Vilela!!!. Eu sou um simples articulista, sempre preocupado com o sofrimento dos meus irmãos sertanejos, pois, nunca passei fome e sêde, para saber o que é o sofrimento deles, com a falta de comida e de água. Se a “raiva” de Vossa Excelência não for tão grande assim, eu gostaria muito, de lhe pedir um favor. É que, na qualidade de Aposentado do DER/AL, gostaríamos de lembrar que há 7 anos nós não temos tido nenhum aumento salarial. Vale salientar, Governador, que esse nosso órgão nunca fez greve e nunca deixamos de atendê-lo nas suas ordens, para construirmos as rodovias, necessárias ao progresso de Alagoas. Temos sido fiéis

à Vossa Excelência, até nos votos que nós demos, para vossa eleição e reeleição. Antes, nós servidores do DER/AL, éramos nivelados com bons salários, superiores aos dos companheiros da CASAL, do DETRAN, da antiga CODEAL, e da CEAL (Eletrobrás) , etc. mas, hoje, eles estão ganhando mais de 300 %, acima do que ganhamos, Governador ! O DER/AL sempre foi um órgão destinado a promover progresso, através da Indústria, do Comércio, do Lazer, do Esporte e da Educação, contudo, estamos esperando de Vossa Excelência, uma justa equiparação. Esqueça a raiva que fiz à Vossa Excelência e, vamos brincar o Carnaval, todos com muita alegria, bastando que tenhamos um justo aumento, que não tivemos. Bom Carnaval, Governador !” Em tempo - Agradeço ao Desembargador Fernando Cerqueira Norberto dos Santos, de Pernambuco, pelas palavras a mim dirigidas, como amigo do seu querido pai Judson. Obrigado, Desembargador !


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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Sem fins lucrativos Através do documento serão selecionados projetos de instituições culturais de âmbito privado – e que não tenham fins lucrativos – para o recebimento de uma verba federal, advinda da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, vinculada ao Ministério da Cultura (MinC).

Carnaval em Viçosa

Pontos de Cultura

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prefeita Célia Rocha (PTB) ao lado da secretária Municipal de Cultura e Turismo, Tânia Santos, lançou na manhã de terça-feira (25), o I Edital da Rede Arapiraca de Pontos de Cultura.

Planetário O lançamento aconteceu no anfiteatro do Planetário Municipal Casa da Ciência, localizado no bairro Zélia Barbosa Rocha, e contou com a presença da secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg, da representante da Secretaria de Estado de Cultura, Wilma Nóbrega, do vice-reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Clébio Araújo, e do representante do Juventude Viva no município de Arapiraca, Raffael Amorim.

Apresentação artística A solenidade tomou seu rumo com a apresentação artística do grupo da Associação Alagoana de Capoeira, e com sapateado do coco de roda mirim da Vila Fernandes. O Ponto de Cultura funciona como um instrumento de pulsão e articulação de ações e projeto já existente nas comunidades do município, a qual firmará convênio com a Prefeitura de Arapiraca para o desenvolvimento de ações continuadas nas áreas de cultura popular, grupos étnicos culturais, patrimônio material, audiovisual e radiodifusão, além da cultura digital, gestão e formação cultural, pensamento e memória, expressões artísticas e/ou ações transversais.

O domingo foi de muita alegria em Viçosa. O grito de carnaval foi dado numa só voz pela multidão de quase cinco mil pessoas. As bandas Sabaki, Esquadrão de Balli e Julinho Porradão fizeram a alegria dos foliões e apresentou um pouco do que a Prefeitura de Viçosa preparou para os dias de Carnaval.

Paz e alegria A banda Esquadrão de Balli abriu a festa no trio Ospal, saindo da entrada do município. Fabi Canuto, vocalista do grupo, cantou e se emocionou. “É sempre muito bom cantar em Viçosa. A alegria e o respeito que o povo de Viçosa tem é lindo, temos uma parceria longa”. O prefeito Flaubert Filho curtiu a festa no meio do povo, dançando e cantando com os foliões. “Uma festa onde nós oferecemos aos foliões segurança e alegria. Uma festa de paz, sem brigas. Assim é a prévia de carnaval da Viçosa”, afirmou o prefeito de Viçosa.

Agitou a região Foliões de Cajueiro, Capela, Chã Preta, Atalaia, Palmeira dos Índios e outros municípios prestigiaram a prévia carnavalesca do município. Valentina Gomes é de Maceió, ela esteve na folia e já faz planos de voltar no carnaval com os amigos. “Uma folia com segurança e muita agitação, é isso que eu procuro. É a primeira vez que participo de uma prévia no interior. Próximo final de semana estarei aqui de novo trazendo meus amigos para conhecer a alegria viçosense”.

Maragogi Um grupo de representantes dos condutores de lanchas na região de Maragogi, foram recebidos na terça-feira (25), pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Os lancheiros pediram o apoio de Renan e o acompanhamento da tramitação de um projeto de exploração turística sustentável que será apresentado ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBios), ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Grande impacto “Nós pedimos o apoio do presidente Renan para este projeto que terá grande impacto no turismo da região, com geração de renda e emprego para nossa comunidade”, disse Enermécio Amaro Lima, presidente da Associação de Lancheiros de Maragogi.

Conselhos Tutelares Em oficio encaminhado à ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o presidente do Senado, Renan Calheiros, indicou 12 municípios de Alagoas que serão contemplados com recursos para equipagem dos Conselhos Tutelares.

Municípios Os recursos são originários de emenda parlamentar apresentada por Renan. Os municípios beneficiados serão: Barra de Santo Antonio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Roteiro, Santa Luzia do Norte, São Miguel dos Campos, Matriz de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Satuba.

PELO INTERIOR ... A informação é da jornalista Vanessa Alencar: O presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), Waldo Wanderley, recebeu na terça-feira (25), o presidente da Uveal, Hugo Wanderley, vereador por Cacimbinhas, e o prefeito do município de Campo Grande, Saulo Moura. ... O presidente da União dos Vereadores de Alagoas e o prefeito procuraram a Arsal para obter informações sobre a segunda licitação para o Transporte Rodoviário Intermunicipal Complementar de passageiros, cujo resultado final deve ser divulgado nos próximos dias, e questionar a possibilidade de aumento no número de vagas oferecidas, a depender da demanda em suas regiões. ... Waldo Wanderley explicou que as possíveis demandas poderão ser estudadas em um terceiro processo licitatório para o preenchimento de cerca de 150 vagas que restaram (a maioria em linhas mais distantes da capital) das 649 oferecidas no segundo certame. ... A Prefeitura de Arapiraca por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma) realizou a I Conferência Municipal de Proteção e Defesa Civil. ... O encontro aconteceu no auditório da Escola de Ensino Fundamental em Tempo Integral Zélia Barbosa Rocha, no bairro Nova Esperança, e contou com a presença dos secretários municipais de Governo, José Lopes, e de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Ivens Barbosa Leão, além dos coordenadores de Defesa Civil do Estado e Município, Eduardo Almeida Rocha e Diêgo Richard Amorim. ... Dividido em quatro eixos, a conferência abordou temas inerentes à qualidade de vida da população, levando-se em consideração a integração de políticas públicas relacionadas à proteção, a gestão integrada de riscos e respostas de desastres, e gestão de conhecimento em proteção e defesa civil, ministrados pelo representante do Estado de Alagoas em Defesa Civil, Eduardo Almeida Rocha. ... Conforme orientou o secretário de Governo, José Lopes, é de extrema necessidade que a população arapiraquense contribua para que seja estruturada uma Defesa Civil forte e de voz atuante dentro do município. ... Um carnaval bem bacana para todos, com paz e muita saúde. Até a próxima edição. Fui!!!!!!!!!!!


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REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

Segure a carteira, é Carnaval!

É

tempo de folia de rua, já iniciada no último final de semana, com as prévias de blocos de frevo e culminando a partir do sábado de zé pereira, até a manhãda quarta feira de cinzas. Portanto, atenção dobrado com sua caretira de dinheiro. Nos dois sentidos: o roubo e o gasto exagerado. Todo cuidado é pouco. Utilize sua criatividade, não expondo a carteira, usando o dinheiro mínimo para cada programação e sempe observando que se encontra ao seu lado. O Carnaval de hoje é na rua, praça, praia. Não existem mais os bailes de clube que tinham segurança garantida, além de todos os presentes conhecidos. Em ambiente aberto, todo mundo é vulnerável aos chamados “batedores de carteira”, que já vão a esses locais, com o objetivo de ganhar dinheiro fácil, já que se misturam a multidão e facilmente driblam a polícia. Também não exagere nos gastos com bebidas, tira gostos, etc. Esqueça o cartão de crédito, cheque especial. Use apenas o dinheiro em espécie e dentro de seu limite de gasto.

Depois da folia Para quem realmente é carnavalesco e jamais perde essa mais tradicional festa brasileira, deve sempre se preparar com antecedência, tendo uma reserva garantida de dinheiro junto durante todo o ano anterior. Jamais ultrapassar os gastos fixos, ou pior ainda recorrer a empréstimos para essa finalidade.

Juros Continue evitando utilizar o crédito,seja através de empréstimo, cheque especial ou cartão de crédito. As taxas continuam elevadíssimas e sem esperança de queda. O governo quer juros altos, para incentivar o investidor estrangeiro a investir por aqui e mais ainda, elevar a produção local e segurar os preços. Quem paga essa conta é exatamente o consumidor que se utiliza desse mecanismo, pensando que pode pagar. O resultado é o endividamento, que vem crescendo assustadoramente.

Inflação Já estamos nos aproximando do terceiro mês do ano e os preços de alimentos continuam subindo, o que vem ocorrendo desde o ano passado. São vários fatores que influem nesse ítem de consumo. Um deles, é o climático. Quando chove muito, cai a produção, o mesmo ocorrendo quando existe estiagem. O consumidor pode muito bem substituir determinado alimento.

Pesquisando Continue pesquisando preços, jamais comprando na primeira parada. As promoções são diárias. Não adianta sair de casa e ir diretamente na loja que anuncia na mídia determinado produto por um preço baixo, quando na realidade uma concorrente pode ter o mesmo, por um valor menor. E mais: compre sempre à vista, exigindo do vendedor um bom desconto.

Seu emprego Vá se especializando cada vez mais, participando de cursos que envolvam o cargo que ocupa na empresa. E se esforce, mostrando seu talento, sem necessariamente “bajular” o chefe, “passando por cima de seus colegas”, mostre apenas a sua produtividade e honestidade. O mercado de trabalho é muito competitivo, e só vence mesmo quem realmente trabalha com responsabilidade.


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