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MACEIÓ - ALAGOAS

ANO XVI - Nº 772 - 23 A 30 DE MAIO DE 2014

COLUNISTA REVELA NOMES DOS TRAIDORES DE ALAGOAS

P/19

USINAS DE JOÃO LYRA VÃO A LEILÃO PARA PAGAR DÍVIDA DE R$ 2 BILHÕES Grupo JL é avaliado em R$ 4 bilhões, mas falência também pode englobar bens pessoais do deputado PÁGINAS 8 e 9

ALIANÇA ENTRE BIU E VILELA LEVARÁ USINEIRO ALAGOANO PARA O SENADO P/10 e 11

UNIMED É MULTADA EM R$ 1 MILHÃO POR DESRESPEITAR USUÁRIOS P/12 e 13

JUIZ CONDENA JORNAL EXTRA COM DOCUMENTO ENXERTADO P/6

ARTHUR LIRA NEGA INELEGIBILIDADE E DIZ QUE DISPUTARÁ REELEIÇÃO P/14


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014

COLUNASURURU

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados

DA REDAÇÃO

Perseguição judicial

(Millôr Fernandes)

Debate 1

Mais uma vez o jornal Extra é alvo do cerco judicial com a condenação por crime eleitoral por publicar em 2010, a título de doações eleitorais, anúncios publicitários de candidatos da oposição. A decisão é assinada pelo juiz Antônio José Bittencour Araújo, o mesmo que ocupou as manchetes policiais deste semanário pela prática de arruaças nas noites de Maceió.

O Fórum Permanente de Combate às Drogas vai promover o “Debate sobre a legalização da maconha no Brasil – legalizar ou não legalizar?” na próxima quinta-feira, 29/05, no auditório da Seune, no bairro do Farol. Para participar basta entrar em contato no telefone: 9331-7650 e falar com a presidente do Fórum, a professora Nóelia Costa Amaral; as vagas são limitadas.

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Debate 2

1

Bittencour se aproveitou de uma falha jurídica da editora que publica o Extra para punir o jornal ao entender que houve abuso de poder econômico. Por esse “crime” o magistrado condenou o semanário a pagar multa de R$ 45 mil mais custos processuais. Já a doação do jornal aos candidatos foi de apenas R$ 6.750,00.

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Na pressa de condenar o jornal, outro absurdo cometido pelo juiz Antônio Bittencour foi o enxerto de documento de uma empresa inativa junto à Receita Federal como se fosse da Editora Novo Extra Ltda. Agindo de má-fé ou por engano, Bittencour conseguiu transformar a doação de anúncios publicitários, os “santinhos”, em grave crime eleitoral.

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O Extra já tomou as medidas legais cabíveis para anular a decisão. Também levará o caso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à Corregedoria-Geral Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive com uma reclamação disciplinar contra o magistrado. Vale ressaltar que este mesmo juiz quer ser promovido a desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Liberdade de Imprensa Diferente do colega de toga, o juiz Rodrigo Nogueira, da 26ª Vara Civil de São Paulo, julgou improcedente ação movida pelo pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus, Josivaldo Batista, contra a revista IstoÉ que publicou reportagem sobre crise financeira da igreja. O pastor pediu R$ 500 mil de indenização por danos morais, mas o juiz colocou fim ao processo.

Imprensa livre Ao analisar o caso, o juiz decidiu que reportagem com denúncias não exige a certeza de suia veracidade, sob pena de se criar obstáculo grave à liberdade de imprensa e ao direito à informação.

Respeito à imprensa Com esse entendimento, o juiz Rodrigo Nogueira julgou improcedente a ação movida pela Igreja do pastor Valdemiro, contra a Revista IstoÉ. O texto classifica a igreja como uma “quadrilha de pastores ladrões, que tem dívidas milionárias com canais de televisão e administração amadora”. Que bom seria se todos os juízes respeitassem a liberdade de imprensa.

Fantasma Com pouco mais de 4 minutos no horário da campanha eleitoral, Téo Vilela ainda não sabe quem vai ser o vice de Eduardo Tavares, e olha que ele já procurou todo mundo e o barco não para de esvaziar. O ninho tucano mais parece um navio fantasma.

E o vice? No Chapão a discussão agora é a escolha pelo vice. Judson Cabral (PT) vacilante, ora pressionado por Paulão quer ser o escolhido, ora pressionado pela base não se define. Assim abre espaço para duas mulheres, Rosiana Beltrão, a menininha do Lula, e Patrícia Sampaio, a queridinha do senador Renan. Quem leva?

Estratégico Biu de Lira até então rejeitado pelo governador Téo Vilela, agora é estratégia dos tucanos, que com o ET têm palanque para Aécio Neves e com o PP de Biu têm palanque para Dilma e Eduardo Campos via Alexandre Toledo.

Albuquerque bravo 1 Prometendo processar o Extra, AA mostrou a folha corrida que segundo ele não tem nada e desafiou os integrantes do Chapão a fazerem a mesma coisa. Leia-se a ficha corrida da polícia.

Albuquerque bravo 2 Palavra do AA para Cícero Almeida, presidente do PRTB. “Nas entrevistas que eu convoco, o ex- prefeito de Maceió se limita a ficar calado, se ele quiser falar que faça um evento”.

Albuquerque bravo 3 Depois de ter sido expurgado do Chapão, o PRTB de AA promete derrotar nas urnas os “inhos” da política. O primeiro da lista é Renanzinho. AA acusa Renan-pai de ter cuspido no prato que comeu.

O debate sobre a legalização da maconha será mediado pelo desembargador Tutmés Airan. O médico Urânio Ferro e o psicólogo especialista em dependência química pela USP, Paulo Henrique, vão expor contra a legalização. Já o professor Wibson Lopes e Felipe Oliveira, um dos participantes da Marcha da Maconha, irão defender a legalização.

Vai um cafezinho? A Unimed Maceió anda mesmo na pindaíba. Quem passa horas a fios a espera de atendimento em sua unidade no bairro do Farol e recorre a um cafezinho é obrigado a desembolsar um real. Pelo número de usuários que utilizam aquela unidade diariamente, logo, logo a Unimed vai sair da crise apenas com a venda de cafezinho.

Imposição Nacional E quem diria? Por imposição de Dilma, os xiitas do PT vão ter que pedir voto para o PTB de Fernando Collor de Mello. Pelo visto, quando se fala em política, as ideologias e intrigas são colocadas de lado.

Jornalistas vão às urnas

Jornalistas alagoanos vão às urnas nesta sexta-feira, 23/05, para eleger a próxima diretoria do Sindjornal. A eleição acontece das 9 às 17 horas, em Arapiraca e Maceió. Podem votar os associados adimplentes, bem como os desempregados e aposentados. Haverá urnas fixas em algumas redações e na sede do sindicato, além de duas volantes que percorrerão as assessorias e sites.

Plebiscito?

Um planfleto intitulado “Plebiscito popular” que anda circulando em Maceió convoca a população a pressionar o Congresso para que haja uma Constituição que transforme o sistema político. O estranho é que a CUT/AL é um dos organizadores. Seria um documento apócrifo? Ou não?


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 -

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JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

Siga-me: @jorgearapiraca

O mico do Eduardo na TV Brasília - Se realmente as previsões se confirmarem, Eduardo Campos não terá muita chance de se apresentar ao seu eleitor com menos de 3 minutos nos programas eleitorais a partir da segunda quinzena de agosto. Resta-lhe, portanto, fazer uma pré-campanha intensa para ocupar o espaço na mídia até lá, quando a partir de julho todos os candidatos a presidente terão tempos iguais no noticiário da TV. Volto a repetir aqui o erro primário de Campos: preocupou-se demais em trazer Marina Silva para o seu lado de olho nos 20 milhões de votos dela na última eleição e esqueceu-se das alianças, jogo político pesado que Marina, por amadorismo, não entendeu. Com mais de cinco minutos, Aécio disputa a eleição com chances de segundo turno, mas precisa fazer malabarismo com esse tempo nos dezenove programas da campanha para convencer o eleitor de que é o melhor para o Brasil. A exemplo de Eduardo Campos, também não pode dispensar a mídia gratuita até lá e a rede social, por enquanto o mais liberal e o mais disponível dos espaços. Dilma, com mais de 15 minutos de programa, terá a obrigação de criar um “Globo Repórter” três dias da semana, nada difícil para quem tem a máquina do governo e recursos ilimitados para a campanha. Campos cometeu erros primários. O primeiro deles foi sair candidato sem amarrar uma boa aliança para se apresentar na televisão com tempo razoável para mostrar suas propostas. Enroscou-se demais com o imbróglio de Marina e quando apareceu no programa do seu partido foi um fiasco que lhe deixou mais distante ainda da sucessão. Se micar na campanha ainda corre dois riscos sérios: de ser acusado de laranja do PT, de quem até então ele e Marina foram aliados, e de sair da campanha chamuscado, com menos votos do que a Marina nas eleições de 2010. Ainda existe no mercado pequenos partidos à venda, mas a maioria já negociou com o governo para viver das benesses públicas com altos cargos nos ministérios e em empresas estatais. Além disso, o PT tem interesse em outras candidaturas presidenciais nanicas para esvaziar mais ainda Eduardo Campos e Aécio na divisão do tempo de televisão para os candidatos. O Aécio enxergou essa engrenagem política das alianças longe e correu atrás - e ainda corre - de pequenos partidos para aumentar seu tempo na TV e lhe garantir um espaço mais generoso nos comerciais para enfrentar o bombardeio do PT diariamente. O Paulinho, deputado, da Força Sindical, criou um partido só para ajudá-lo a ser competitivo nos programas eleitorais. É no tempo de TV que o PT está apostando todas as suas fichas. Com quase 17 minutos, os marqueteiros da Dilma vão fazer um carnaval antecipado. Correm o risco, porém, de exagerar nas alegorias e levar os programas para o buraco com a repetição de promessas que o eleitor já sabe que não serão cumpridas. No caminho da Dilma ainda existem outras armadilhas: a Copa do Mundo. Ninguém pode imaginar como seria a Seleção Brasileira derrotada na sua própria casa, tragédia que os brasileiros vão depositar na conta da Dilma e aproveitar para relembrar os gastos nos estádios em detrimento da saúde, da educação e do combate à violência. Se ganhar, aí é outra história... Ah, ia esquecendo: além de atrapalhar, Marina Silva não acrescentou sequer um segundo ao tempo de televisão de Eduardo Campos que não teve paciência para formar uma aliança com mais sustância, como diria os pernambucanos.

Nas ruas O governo não quis ver as manifestações contra a Copa do Mundo no Brasil e em vários países do mundo. Preferiu subestimar a capacidade do povo de se organizar para cobrar mais saúde e educação em vez do pão e circo que vem oferecendo aos brasileiros nos últimos doze anos. Mas, na verdade, o governo pensa diferente do povo, por isso não consegue enxergar as manifestações que pipocam por todos os cantos do país por cobrança de promessas feitas pelo PT e nunca concretizadas. As obras de infraestrutura estão paralisadas, as creches prometidas não saíram do papel, a violência pública se alastra com o crack, a droga que ela prometeu combater nos seus primeiros programas de campanha. E o país está parado com Mantega, o mágico da economia, fazendo malabarismo para impressionar o mundo de que a economia vai bem, obrigado.

Os ETs As manifestações, os saques, a violência que se espalham por todos os cantos do Brasil não sensibilizam a presidente Dilma, que parece habitar outro planeta. Como Brasília é uma cidade mística quem sabe se esse pessoal que ocupa o Palácio do Planalto não é extraterrestre de outra galáxia? A saúde está um caos, a corrupção e os saques nas estatais são tão vorazes que empresas como a Petrobrás e a Eletrobrás, antes símbolos de orgulho dos brasileiros, estão praticamente falidas com a queda de mais de 50% de suas ações no mercado.

FIFA corrupta Se os petistas pensavam em se perpetuar no poder, trazendo para o Brasil a Copa do Mundo e as Olímpiadas em 2016, quebraram a cara. Descobre-se agora que essas organizações esportivas são mais corruptas do que pareciam quando agiam à distância para selecionar os países sedes dos jogos. A FIFA, que organiza as copas, vive enrascada com acusações de corrupção. João Havelange, ex-presidente de honra da entidade, e seu ex-genro Ricardo Teixeira deixaram o futebol pela porta dos fundos depois das denúncias de que receberam propinas milionárias quando estavam à frente das entidades – FIFA e CBF. O Comitê Olímpico vire e mexe aparece na mídia por desvio de conduta. Não faz muito tempo seus dirigentes no Brasil tiveram que prestar esclarecimentos no Congresso Nacio-nal sobre desvio de dinheiro.

Propinoduto Essa mistura da corrupção esportiva com a governamental chegou em boa hora no Brasil para concluir o projeto do propinoduto petista. A pretexto de construir a infraestrutura para a Copa e Olímpiadas, o governo decidiu que as obras não seriam licitadas pelo caráter emergencial, incentivando assim os contratos superfaturados da construção dos estádios e das obras urbanas. Sem licitação e sem auditoria para fiscalizar o dinheiro público, as próprias empreiteiras estipularam os valores dos negócios.

Filósofa Enquanto tudo isso ocorre aos olhos dos mais desavisados brasileiros, a presidente Dilma continua mostrando-se uma estadista, principalmente quando faz discurso de improviso para entusiasmar a plateia, esta mesma que está nas ruas se rebelando contra o desgoverno. Veja aqui mais um pronunciamento da presidente, uma pérola digna de passar para a história como um discurso de impacto para futuras gerações: “O legado da Copa é nosso porque ninguém que vem aqui assistir a Copa leva consigo, na sua mala, aeroporto, porto, não leva obras de mobilidade urbana, nem tampouco estádios. O que eles podem levar na mala? É a garantia e a certeza de que este é um país alegre e hospitaleiro. Pode levar isso na mala. Agora, os aeroportos ficam para nós, as obras de mobilidade ficam para nós, os estádios ficam para nós”. Da série Coisas do Brasil.


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GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Versões diferentes

N

o jogo político e faltando poucos meses para as eleições de outubro, as informações na mídia são trabalhadas, em alguns órgãos de comunicação, da maneira que lhes interessam. Foi o caso da entrevista coletiva concedida pelo deputado Antônio Albuquerque na semana passada, quando em alguns momentos foi duro nas colocações, mas não refletiram em alguns setores da imprensa, talvez pela conveniência política de alguns grupos. Albuquerque não gostou da palavra depuração usada pela direção do PMDB, para não querer sua aliança com o Chapão. E a conversa, durante a entrevista, foi engrossando paulatinamente. Albuquerque revidou, pediu que lhes respeitassem e mandou um recado curto e grosso para quem tentou jogá-lo ou jogá-los contra a opinião pública. O que vimos no outro dia em jornais, emissoras de rádios, sites e outros sistema de imprensa, foi à entrevista ser deturpada, ou trabalhada da maneira que quiseram, talvez para não atingir políticos que bateram de frente com AA e outros filiados ao PRTB e ao PMN. Isso mostra o cuidado que a sociedade alagoana terá que ter daqui pra frente, fazendo análises cuidadosas das informações e separando o joio do trigo.

Pra onde vai o PT? Ninguém sabe até agora para onde vai o PT, mesmo que um dos seus dirigentes, Joaquim Brito, tenha participado alegremente do lançamento da pré-candidatura de Renan Filho ao Governo. Mesmo com aliança do PMDB com o PT em nível nacional, o Chapão por aqui ainda não bateu o martelo sobre a presença do PT na vice de Renan Filho. E tem uma razão para desconfiar: o nome de Rosinha da Adefal, do PTdoB, cresce a cada momento para integrar a chapa comandada pelos peemedebistas.

Rejeição Pesquisas que circulam por aí mostram que a rejeição de alguns políticos chega à estratosfera. E o pior é que está migrando meteoricamente para candidatos majoritários. Ou mudam de rota, ou devem chegar aos frangalhos nas urnas no dia 5 de outubro.

Pavio curto O deputado João Lyra deu o tom da campanha que começa aqui em Alagoas, por ocasião do lançamento da pré-candidatura ao governo do senador Biu de Lira. O discurso foi duro, direcionado, talvez aborrecido com os últimos acontecimentos envolvendo o PSD, partido que preside em Alagoas.

Brincadeira A infidelidade partidária corre solta em Alagoas e parece que existe uma total indiferença, tanto pelos partidos, como pela própria Justiça Eleitoral, que acho deveria ser provocada pelos setores jurídicos das agremiações. Deputados fazem o que querem. Estão em um partido, mas publicamente anunciam apoio a outros. Uma zorra.

Empurrando O PMDB está entre a cruz e a espada pra indicar o seu vice na chapa de Renan Filho. Se de um lado o PT pressiona, assim como também o PTdoB, candidatos sugerem que Luciano Barbosa, ex-prefeito de Arapiraca seria o vice ideal. Se isso acontecer, com certeza se concretizará o jogo político de Arapiraca, através da prefeita Célia Rocha, marchar com candidatos já prontos para entrar em cena.

Situação ruim

Além da guerra política travada por lideranças para ampliar as alianças com vistas às eleições de outubro, alguns ´´caciques´´ vão mais longe: tentam pressionar jornalistas e donos de órgãos de comunicações para afastar profissionais que não rezam na sua cartilha.

Há quem diga que Arapiraca passa por um caos administrativo e a prefeita Célia Rocha não iria transferir votos como nas eleições passadas. Teria herdado grande problemas da administração de Luciano Barbosa, virtual candidato a deputado federal ou mesmo a vice-governador. A crise é grande e a população de Arapiraca tem cobrado muito de Célia. O campo está bem minado na campanha que se inicia.

Precipitação

Baixando a lenha

Vale tudo

Uma falha nos âmbitos administrativos da Justiça deixou o deputado federal Arthur Lira em maus lençóis, além de atingir o profissiona-lismo de um dos mais conceituados advogados alagoanos, Fábio Ferrario. Na informação pública dava-se como praticamente certa a inelegibilidade de Arthur porque não teria recorrido da sentença em tempo hábil. Lamentável. Fábio Ferrario, como todo mundo conhece, pela sua proficiência, mostrou que não era ele que estava errado, mas sim a própria Varia Cível representada pelo eficiente magistrado, Alberto Jorge. Mas enquanto a situação não foi reparada, perdas irreparáveis para o advogado e consequentemente o deputado Arthur Lira. Que isso não volte a se repetir.

O ex-prefeito Cícero Almeida tem voltado ao noticiário utilizando a sua metralhadora giratória. Na última terça-feira tascou o pau nos empresários alagoanos, especialmente os que trabalham com o transporte público, salvo algumas raras exceções, disse ele. Almeida disse que deixou tudo pronto para a licitação do transporte coletivo, mas os empresários, ´´que mandam em tudo´´, empurraram com a barriga. O ex-prefeito disse até que muitos utilizam medidas extremas e escusas.

Aposta

O governador Téo Vilela tem apostado que irá até o final de junho trazer para seu grupo partidos fundamentais para lhe dar oxigênio para as eleições de outubro. Vilela tem conversado com Givaldo Carimbão, faz gentilezas a Maurício Quintela e ronda o PSD de João Lyra. Uma forma de garantir espaço no Guia Eleitoral, trazer esperanças para a eleição de pelo menos um deputado federal e chegar forte com outras alianças no segundo turno.

Pode compor Sentindo que pode não avançar muito, fala-se nos bastidores de que Eduardo Tavares, o candidato tucano, seria um ótimo vice para o senador Biu de Lira. Poderia definir a eleição logo no primeiro turno.

Bastidores Ninguém sabe o que se passa nas cabeças de Téo Vilela e Renan Calheiros, embora o ti-ti-ti político nos encontros sociais em Maceió e no interior do Estado, deixem no ar muitas interrogações. Mas será mesmo que por baixo dos panos exista algum compromisso com relação às eleições deste ano? Se alguém conversa com Vilela, acha que não. Mas em política tudo pode.

Vai decidir Não seja novidade dentro dos próximos dias o governador Téo Vilela, aproveitando os sete meses que faltam de seu mandato, mudar a feição do seu secretariado. Ele tem dito e repetido de que precisa de oxigênio e deixa implícito que pode substituir secretários se isso puder auxiliar o seu candidato Eduardo Tavares.

Para onde vai Almeida? Detentor de uma grande fatia do eleitorado, o ex-prefeito Cícero Almeida tem se reservado para dizer quem vai apoiar nas eleições majoritárias. Sabe que tem voto, principalmente na periferia da cidade e agora só quer dar o tiro certo. Conhece bem os candidatos e olha com certa desconfiança o Chapão, que tirou do circuito o PRTB.

Collor presente Aliado de primeira hora, o deputado Francisco Tenório, que deverá se candidatar a uma vaga na Assembleia Legislativa, conta com o apoio incondicional do senador Fernando Collor. Aliás, um dos poucos políticos que esteve sempre presente na vida de Tenório quando ele passou dificuldades com a Justiça anos atrás.

Musculatura O pré-lançamento da candidatura de Biu de Lira, no Centro de Convenções, mostrou que o pepista não está pra brincadeira. Levou centenas de lideranças políticas, além dos partidos que farão alianças para as eleições de outubro. Deu uma demons-tração de que está preparado para enfrentar Renan Filho, candidato do Chapão.


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ARTIGO

OPINIÃO

José Dirceu e o dedo da lei POR JOÃO EICHBAUM*

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o invés de levantar o dedo médio, como faz o pessoal que xinga no trânsito, o José Dirceu preferiu erguer o braço com o punho cerrado, momentos antes de entrar na cadeia para onde o havia mandado o Joaquim Benedito Barbosa. Não fez o gesto por primeiro mencionado, porque corria o risco de generalizar, mandando a todos - os desocupados que o aplaudiam, os que só queriam ver a cara dele e a imprensa - enfiarem o ressaltado dedo exatamente naquele lugar que vocês estão pensando. Ah, sim, e corria o risco de lhes parecer deslumbrado com o que poderiam fazer lá dentro aqueles presos mal encarados, sujos e malvados, estremecidos pelos suspiros sísmicos de quem nunca recebeu visita íntima. E outra: isso é um acontecimento comum. Todo mundo está sujeito a ter o dedo médio cientificamente introduzido no vale das nádegas ou em outra reentrância menos insolente. Para isso existem proctologistas, urologistas e ginecologistas. E tem mais, o punho cerrado, erguido no ar significa indignação, revolta, luta, excitação. E dói mais do que um só dedo em riste, ainda que seja o maior de todos, se for usado para aquela finalidade, de que não tratam os livros de medicina. O Barbosa, enfim, que entendesse o que bem quisesse. Agora vem o segundo capítulo. Beneficiado com os votos do Roberto Barroso e do Teori Zavasky, que desmantelaram a quadrilha, o Zé Dirceu ganhou regime prisional semiaberto. E logo arrumou emprego num hotel, onde iria ganhar uma grana de fazer inveja a quem trabalha de verdade. Mas, era um emprego bichado por falcatruas do falso dono do hotel e foi pro brejo. Surgiu nas últimas semanas outro emprego, num escritório de advocacia. Dessa vez foi negado porque a oferta de emprego tinha sido uma “complacência de amigos” e porque José

O otimista urubu canibal EDUARDO DAVINO Ex-presidente do Sindipetro Al/Se, cassado pelo golpe de 1964.

D

Dirceu tinha que completar um sexto da pena, antes de pegar no pesado fora da cadeia. Aí estourou uma espécie de escândalo jurídico. Togados de todas as partes e de todos os credos debitaram a Joaquim Barbosa a quebra da jurisprudência dominante, segundo a qual, o condenado a regime semiaberto não necessita daquele requisito, para fazer jus a trabalho externo. Até o advogado que prometera o emprego veio a público, posando de gente finíssima, que equilibra a vida com compensações. Disse que prestara serviços para o Barbosa, sem lhe cobrar honorários. Queria, de certo, aquela generosidade cristã do “é dando que se recebe”. Para quem não sabe: o regime semiaberto é aquele cumprido em colônia penal, agrícola ou industrial, ou estabelecimento similar. Mas a jurisprudência benevolente, mãe dos bandidos, permite a substituição da colônia pelo trabalho externo. Aí, livres, eles retomam a violência, cumprindo ordens emanadas dos presídios. Quer dizer, condenada a um regime sem segurança é a sociedade. O ministro Joaquim Barbosa apenas endireitou o pensamento torto dos juízos anteriores: ao invés do braço ou do dedo médio, usou o artigo 112 da Lei das Execuções Penais, sem o lubrificante da jurisprudência. João Eichbaum é advogado e autor do livro Esse Circo Chamado Justiça.

esde o desembarque de Pedro Alvares Cabral apenas a paisagem mudou. No mais, os colonizadores e seus proxenetas são os mesmos no sentir e no agir continuam espoliando o ouro, diamantes, esmeraldas, o subsolo, o ar, a terra, o trabalho e o corpo dos nativos a troco de bugigangas. Os nativos muito pouco mudaram, a rigor apenas adquiriram superbactérias. O silvícola urbano de 2014, homo brasilianus modernus, fenótipo puro com zero de mestiçagem, é, “antes de tudo”, apaixonado por bugigangas e cordato com a corrupção na política. Em seu modus vivendi, não se cansa deadmirar a própria taba entupida com xinglings: computador para ostentar a sua “alegria escandalosa” no facebook; celular que tira retrato, filma, mas, nem sempre telefona; pelo menos ostenta duas televisões com um metro de largura; viaja, se vai conseguir voltar não sabe, mas, vai empoleirado em avião e outras coisinhas luxentas. Bem, até aí nada seria tão mal se o estúpido pelo menos olhasse da sua porta para fora e percebesse que a água e a energia escasseiam; o saneamento nunca existiu; as hordas de viciados em crack; que não há escola para educar os que ainda vão nascer e as crianças já nascidas; que não há cadeia nem lei para punir os criminosos graduados e pós-graduados no crime, mas, há sim, legiões de jovens analfabetos de pais, mães

e vizinhos; roubos, estupros, assassinatos monstruosos e impunidade geral; traquitanas financiadas não saem de casa porque o engarrafamento não deixa; gasolina e eletricidade caras e ainda vão aumentar; doentes apodrecendo sem assistência médica mesmo que paguem planos de saúde; aposentados com proventos desvinculados dos valores de contribuição; rombos e roubos nas contas públicas somam centenas de bilhões; o governo aparelhando o estado para roubar mais ainda e, no entanto, o abestado homo brasilianus modernusfaz uma selfie, mostra a cara ridícula no facebook, se acha a “famosidade”, acha o país desenvolvido, preconceituoso não crê no voto popular; não quer nem saber se o RDC vai sepultar os precários controles das compras governamentais; acha todo governo bom e todo político ladrão, mas, quem no lugar deles não roubaria também? Apolítico, o galeroso homo brasilianus modernusprotesta, incinera sofás, pneus e ônibus, interrompe o tráfego, acusa a polícia, brada por justiça e também lincha a serviço do narcotráfico; usa e abusa dos programas sociais, cachaça e crack; sonha com a Gleisi Hoffmann; admira Ceveró e, para completar sua sina de lulista, vota no fulaninho, filho do fulanão, político esperto, fazedor de favor e apertador de mãos, merece consideração, pode até, dizem, ser ladrão. O homo brasilianus modernusansioso aguarda a Copa começar e, quando outubro chegar, interesseiro, anuncia: “voto até em candidato rufião”. Lamentavelmente, a tragédia, enfim, sobra para ohomo sapiens brasilianus, em minoria, solidário com os conterrâneos, crítico, leitor deste Extra, sofre por não ter contraído o apetite de urubu canibal e outras alagoanagens, repudia os velhacos e mata no peito a própria dor.

EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Street Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

EDITOR: Fernando Araújo CHEFE DE REPORTAGEM: Vera Alves

CONSELHO EDITORIAL

Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros, Maurício Moreira e José Arnaldo Lisboa

SERVIÇOS JURÍDICOS

Vieira & Gonzalez

ARTE Fábio Alberto - 9351.9882 REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA 3317.7245 - 9982.0322

FAX - 3317.7248 IMPRESSO - Jornal do Commercio E-mail: contato@novoextra.com.br


6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 PERSEGUIÇÂO

EXTRA é condenado com base em documento enxertado nos autos FERANNDO ARAÚJO faraujofilho@yahoo.com.br

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lvo do cerco judicial que pretende tirar o jornal EXTRA de circulação, este semanário foi vítima de mais um ato de vingança praticado por magistrados que não honram a toga que vestem nem respeitam a justiça que deveriam praticar. Desta vez o ato de vingança foi praticado pelo juiz Antônio José Bittencourt Araújo, que na eleição de 2010 atuou como desembargador-relator do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, na representação nº 612-89.2011.6.02.0000, Classe 42. Bittencourt, que já ocupou as manchetes policiais deste semanário pela prática de arruaças, se aproveitou de uma falha jurídica da editora que publica o EXTRA para punir o jornal por crime eleitoral. E qual foi o crime? No pleito de 2010 o jornal publicou, a título de doações eleitorais, anúncios publicitários (chamados “santinhos”) de alguns candidatos da oposição, cujo valor total somou R$ 6.750,00. Como a editora não declarou rendimento do ano anterior (2009) para comprovar sua capacidade de doação eleitoral - como madna a lei - o juiz entendeu que houve abuso de poder econômico, que teria favorecido o uso de “caixa dois” pelos candidatos. Por este “crime” o magistrado condenou o jornal a pagar multa de R$ 45 mil (valor atualizado) mais as custas processuais.

Na pressa de condenar o jornal, o juiz Antônio José Bittencourt acabou cometendo “enganos”

ENXERTO Mais absurdo do que os argumentos do magistrado para punir o EXTRA foi o enxerto, nos autos, de documento estranho ao processo. Na pressa de condenar o jornal, o juiz Antônio Bittencourt usou documento de uma empresa inativa junto à Receita Federal como se fosse da empresa Editora Novo Extra Ltda. – por engano ou má-fé. O documento enxertado aos autos refere-se à empresa INTERLAGOS LTDA, cujos representantes legais são os empresários Flávio Rui Guerra Mota Filho e Vinicius Souza Teixeira, que não têm qualquer ligação com o jornal EXTRA. Mesmo que por engano – dando-se ao juiz o benefício

Documento da empresa Interlagos enxertado no processo como se fosse da Editora Novo Extra Ltda

da dúvida -, o enxerto em si já teria contaminado todo o processo, mas o magistrado precisava condenar o semanário EXTRA para dar ao seu ciclo social uma resposta às denúncias do jornal sobre suas badernas nas

noites de Maceió. A direção do jornal já adotou as medidas judiciais aplicáveis ao caso para tentar anular a decisão do magistrado. Também decidiu entrar no CNJ e na Corregedoria-Geral Eleitoral do

Tribunal Superior Eleitoral com reclamação disciplinar contra o juiz Antônio Bittencourt, que está disputando uma vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado. Que Deus salve Alagoas!


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MACEIÓ, ALAGOAS - 16 A 22 DE MAIO DE 2014 - 7


8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014

FALÊNCIA

Justiça vai leiloar 5 usinas de João Lyra para pagar dívida bilionária Débito ultrapassa R$ 2 bilhões; falência também engloba bens pessoais do usineiro-deputado CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com

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deputado federal João Lyra (PSD-AL), 82 anos, poderá perder todos os seus bens para quitar a dívida bilionária que tem. Em valores atualizados, o deputado deve mais de R$ 2 bilhões, dez vezes o patrimônio pessoal declarado por ele à Justiça Eleitoral há dois anos. Por conta disso, fica a incerteza se o débito será quitado. Para o advogado tributário Sinval José Alves, esse valor não deverá ser pago, o que vai gerar um desconforto ainda maior para as pessoas que estão para receber e sairão lesadas. A falência do Grupo JL foi decretada em 19 de fevereiro deste ano, e desde então as decisões são tomadas em ritmo acelerado pelo administrador da Massa Falida, o advogado Carlos Franco. À frente da massa falida Laginha Agroindustrial, Franco tem adotado medidas que acenam para a quitação das dívidas. No inicio do mês, atendendo pedido do administrador judicial, o juiz do caso, Mauro Baldini autorizou a contratação de uma empresa para avaliar os bens do grupo. O juiz também determinou a liberação do pagamento da subvenção do etanol, ao qual o Grupo JL tem direito, estimado em cerca de R$ 14 milhões e que foi depositado em juízo pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O dinheiro será utilizado no pagamento das despesas da realização da Assembleia de Credores e também na manutenção de atividades da massa falida – o que inclui claro, o pagamento de pessoal.

Informações do Grupo JL dão conta de que cada administrador vai receber R$ 50 mil por mês de salário, mais gratificação de R$ 200 mil a cada três meses, além de uma comissão de 2% sobre as vendas de todos os ativos. O advogado Sinval Alves usou um exemplo para explicar a situação da dívida, a qual ele alegou que não deverá ser paga. “Acredito que não venha a ser paga, aqueles que tem certos tipos de crédito que ficam para o final de fila, vão receber depois ou podem até não receber nada. Por exemplo, tem o caso de uma empresa que fornecia marmitas para os trabalhadores da usina, o custo de alimentação não é tão alto, é uma comida básica, no máximo R$ 10, e a empresa está cobrando mais de R$ 200 mil, o que fica claro que ele já vinha devendo há muito tempo. A questão da assembleia é uma necessidade processual”. Alves também explicou como se dá o processo de prioridade dos pagamentos. “A prioridade é a seguinte, a dívida trabalhista entra em primeiro, previdência social dos empregados, a pública digo em geral, vem em seguida, depois dessa ordem vem as receitas federias, caso ele tenha dívida com as secretarias de Fazenda, depois vem a dívida garantida, que são os bancos. A lei estabelece quais são os créditos preferenciais. Por não ter se conseguido pagar esses créditos - João Lyra nunca cumpriu os acordos- e por conta desse descumprimento é que o processo de recuperação

ções ao grupo. A edição do dia 18 de maio da Gazeta de Alagoas trouxe um Edital de Intimação em falência do grupo empresarial Laginha Agroindustrial S/A, popularizado como Grupo JL, ou Grupo João Lyra, na qual consta o nome de mais de 30 mil pessoas que estão na lista de credores. Um fato que chamou a atenção foi o de pessoas estarem cobrando o valor de 1 real. SUSPENSÃO DA FALÊNCIA Processo de falência leva o deputado federal João Lyra à solidão do

se transformou em falência. A empresa não se salva mais. A justiça pode pegar dos bens pessoais caso precise. O patrimônio dele tem uma proteção do sigilo fiscal, mas o que ele tiver de patrimônio que se possa detectar, o juiz tem poder de investigar e de pedir que a Receita informe valores para determinar seja leiloado. Assim ele pode perder todo o patrimônio dele ou uma parte. Uma das justificativas da massa falida é que um bem de alto valor, como uma aeronave, que sabem que vale muito e tem gente que precisa receber, não tem cabimento manter parada, pois parada já vale dinheiro. Certamente não pega o valor de mercado”. O advogado falou como se dará a assembleia geral dos credores, que será realizada no dia 5 de junho em Coruripe. “É uma assembleia decisória; nela vai ser levantada uma proposição de como vai ser pago esse valor em questão; a assembleia

não vai definir nada. Após isso é o juiz que vai decidir, e assim decide uma forma de pagamento. Podemos dizer que o caso está em uma reta final”. Na semana passada, o juiz Mauro Baldini determinou a alienação de uma aeronave da massa falida, especificamente um Jato HF, que serve ao deputado federal. A avaliação e alienação dos bens sinaliza que o administrador e o juiz vão iniciar o processo de venda de ativos da Laginha para a quitação das dívidas da massa falida que são estimadas, hoje, em mais de R$ 2 bilhões, ou para ser mais exato, o valor atingiu R$ 2.027.831.791,28 . 276 PROCESSOS Além do processo de falência (0000707-30.2008 8.02 0042), o Grupo João Lyra ainda é parte em 276 outras ações judiciais. A grande maioria são ações trabalhistas, na qual trabalhadores cobram indeniza-

Através de sua assessoria, o deputado disse acreditar na suspensão da falência. Os advogados do Grupo JL entraram com um recurso especial no Tribunal de Justiça (TJ) que deve subir para o Superior Tribunal de Justiça(STJ), pedindo a suspensão da falência. O argumento da defesa é de que os juízes alteraram o plano de recuperação judicial sem passar pelo aval da assembleia de credores, como manda a lei. A assessoria informou também que é avaliado em cerca de R$ 4 bilhões o patrimônio do Grupo, colocando em questão os valores das usinas. Nas cinco usinas de propriedade do grupo - duas estão instaladas em Minas Gerais e as outras três em Alagoas -, os administradores mandaram demitir 4.500 funcionários, entre operários e administrativos, fora os trabalhadores rurais. Além das usinas, fazem parte do patrimônio do Grupo JL uma empresa de táxi aéreo, uma revenda de automóveis, uma emissora de rádio e uma indústria de adubos.


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COMPORTAMENTO

Administrador da falência do Grupo JL é enquadrado na Lei Maria da Penha Carlos Franco também é acusado de agir com desprezo em relação aos trabalhadores das empresas

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administrador da massa falida do Grupo João Lyra, advogado Carlos Franco, nomeado pelo juízo de Coruripe, responde a processo no juizado especial por agresão à sua excompanheira. Enquadrado na Lei Maria da Penha, Carlos Franco deve ser interrogado nos próximos dias e pode ser condenado por agressão à ex-mulher. Segundo informações do Grupo JL, Carlos Franco tem agido com indiferença em relação aos trabalhadores do Grupo. “Os recursos da Conab de valor superior a R$ 20 milhões liberados pelo Governo Federal para pagamento

de salários, já foram depositados em uma conta bancária desde o último dia 16, mas até agora os trabalhadores não viram a cor do dinheiro”, informam. Desde quando Ademar Fiel era o administrador - que pediu para sair - os salários pagos a ele eram de R$ 50 mil por mês e mais R$ 200 mil de três em três meses, além de comissão de 2 por cento por qualquer ativo vendido pela massa falida. Agora, a comissão subiu para 2,5%, uma bagatela, diga-se de passagem. Ainda segundo o Grupo, esta mesma situação é vivida no momento e os salários dos adminis-

tradores atuais, Carlos Franco e Felipe Olegário, são considerados abusivos. Em dias da semana passada, funcionários do Grupo JL reunidos no auditório da empresa com os administradores tomaram conhecimento de que o Grupo havia acabado e que as indenizações poderiam ocorrer em quatro meses, em um ano ou até mais tempo, dependendo da venda dos ativos. “A reação dos trabalhadores naquela ocasião foi de desespero ante a indiferença de Carlos Franco e Felipe Olegário, que dias antes haviam recebido cada um, 25 mil reais de parte de seus honorários, enquanto outros estavam há meses sem receber”. Ainda durante a reunião, servidores questionaram a competência dos administradores para encontrar soluções rápidas,

objetivas e menos traumáticas, mas receberam de volta respostas duras. Nomeado como administrador principal depois do pedido de renúncia de Ademar Fiel, Carlos

O OUTRO LADO Ouvido pelo EXTRA sobre a acusação de agressão, o administrador judicial da massa falida do Grupo JL, Carlos Franco, informou o seguinte: “Em relação aos fatos relatados é preciso explicar que não houve qualquer acusação ou instauração de processo, sobretudo por não serem verdadeiras quaisquer alegações de violência. Tanto assim que, por decisão judi-

Franco tem tido uma relação das piores com os servidores que ainda restam, depois da decisão de demitir 4.500 trabalhadores do Grupo João Lyra, segundo as mesmas fontes. cial, baseado em diversos pareceres do Ministério Público fundamentados em laudos psiquiátricos, a guarda do filho do casal foi deferida com exclusividade ao pai, pois ficou evidente que o pai revela melhores condições de atender aos interesses da criança. Não se pode revelar detalhes do processo por ele correr em segredo de justiça, devido ao fato de envolver um menor de idade”.


10 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 ELEIÇÕES 2014

Aliança entre Biu e Téo Vilela ajudará usineiro alagoano a assumir Senado Givago Tenório - primo de João Tenório - ficaria 4 anos no Senado; setor está à beira da falência ODILON RIOS especial para o EXTRA

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a renhida disputa ao Governo de Alagoas, um personagem pode ganhar a eleição sem precisar de nenhum voto, além de não gastar um único centavo e, se quiser, sentado no sofá da sala acompanhando o desempenho de sua fortuna pela televisão, nos leilões de ovinos. É o empresário Givago Tenório, suplente do senador Benedito de Lira (PP), candidato ao Governo. Virou suplente de Biu a pedido do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), apesar do governador e o senador ensaiarem que são oposição. Tudo jogo de cena. Givago é primo de outro senador que assumiu em condições idênticas: João Tenório, que, em 2006, sentou na cadeira do Senado após vitória do cunhado Téo Vilela ao Governo de Alagoas. No Senado, João Tenório passou quatro anos. Na tribuna, falou sobre a miséria alagoana e o pré-sal, mas o forte dele mesmo foi presidir a Subcomissão Permanente de Biocombustíveis da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Usineiro, entre as discussões levantadas por ele: aumentar a produção, por hectare, de cana de açúcar no país. Nas discussões, plantar cana na Amazônia, ideia rechaçada por ele, não pelo desmatamento da floresta, mas porque a cana precisa de um período de seca, o que é improvável no Norte do país por causa da grande quantidade

de chuvas. Givago Tenório e João Tenório vão muito além dos laços familiares. São sócios na usina Triunfo, que até o ano passado travava, na Justiça, uma guerra com a Eletrobrás Alagoas - a Companhia Energética de Alagoas (Ceal) -, por uma dívida de R$ 18,9 milhões em contas de luz. A Triunfo aparece na lista suja da própria Ceal como uma das maiores devedoras em Alagoas. A primeira na lista? A Usina Seresta, do próprio governador, incansável defensor da Lei de Responsabilidade Fiscal e do pagamento das obrigações tributárias do Estado, apesar de não dar o exemplo no quintal de casa. Givago e João também são sócios na TV Pajuçara, junto a outro produtor de cana, o vice-governador José Thomáz Nonô (DEM). Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2010, Givago declarou uma fortuna de R$ 13,1 milhões, que certamente aumentou, como em novembro do ano passado, ao faturar, no dia 2 de novembro, R$ 180 mil em um leilão de ovinos. “Isso não me assusta. Se for preciso, vamos fazer no Senado o que fizemos no setor privado. Além disso, sempre nos cercamos de pessoas competentes”, disse Givago, logo após vitória de Biu de Lira, em 2010. Garantiu não ter feito acordo com Biu de Lira para assumir a suplência. “Não fizemos esse tipo de vínculo. Se eu assumir, será uma conse-

Se Biu for eleito governador, Givago Tenório assumiráe no Senado

quência. Não foi feito qualquer acordo nesse sentido. Foi um projeto em prol do estado”. O ex-presidente da Associação dos Criadores de Alagoas e da Associação Brasileira de Criadores de Santa Inês disse que não doou recursos para a campanha de Benedito, mas admite que ajudou o colega a conseguir dinheiro. “Modéstia à parte, agregamos bem à campanha. Ajudamos a conseguir contribuições, mas a campanha foi muito em cima das propostas”, garante.

MUNDO CANSATIVO

O mundo político ao qual Givago Tenório pertence é cansativo e tem uma linguagem cifrada, bem compreendida pelas raposas eleitorais. Governo e oposição definiram seus candidatos que já estão nas inserções de rádio e televisão. No lado do Governo, a escolha de Eduardo Tavares continua sendo uma incógnita. A decisão tomada de forma surpreendente pelo governador sem consultar o seu partido ou, ao menos, os candidatos a candidato da base aliada – Nonô, Toledo, Firemann e Luiz Otávio –, não conseguiu, até agora, estimular os seus aliados mais próximos. A falta de unidade é tan-

ta que, passado o momento do lançamento do candidato tucano, muitos vereadores e prefeitos do PSDB declararam voto em Renan Filho. O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) deixou claro que não quer se envolver diretamente na campanha, liberando seu secretariado. O vice-prefeito Marcelo Palmeira (PP) está em plena campanha de Biu de Lira. Considerados nomes sem densidade eleitoral, descartados na escolha para governador, Marcos Fireman e Luiz Otávio desembarcaram da nave governista e passaram a se aproximar da candidatura de Biu de Lira. Passado um mês de lançamento, Eduardo Tavares ainda não conseguiu se descolar da imagem de um personagem tirado da cartola do governador, sem vínculos com o mundo político local. No momento em que dois terços do eleitorado querem mudanças, ele, nos seus primeiros discursos e reuniões públicas com lideranças sociais, prometeu a continuidade do governo Téo. Para complicar, depois do lançamento, o governador não se mostrou mais interessado em puxar pequenas legendas para a coligação com os tucanos, que foram todas para

outras frentes, revelando uma lentidão que parece proposital para facilitar o segundo nome da base do governo, que é Biu de Lira. Até agora, os caciques do PSDB ainda não assumiram a campanha do candidato do Palácio dos Martírios. A preocupação do círculo palaciano é garantir palanque para o senador Aécio Neves (PSDB/ MG) e eleger um deputado federal na coligação com o DEM, e o nome seria Pedro Vilela, sobrinho do governador, filho de outro empresário, Elias Vilela. A estratégia inicial de ter três candidatos a governador – Tavares, Alexandre Toledo e Biu de Lira – para forçar um segundo turno foi abandonada. A chapa de Toledo foi desmontada e ele passou a ser candidato ao Senado na coligação de Biu de Lira, que conta com o apoio de sete partidos. Com isso, aumenta o tempo de TV e rádio, fortalece a chapa proporcional da frente liderada pelo PP e aumentam as chances de a eleição ser definida já no primeiro turno entre Renan Filho e Biu de Lira. No Palácio ninguém esconde a tendência majoritária dos secretários em acompanhar Biu de Lira e oito deles já assumiram compromisso com o candidato do PP. Seria uma candidatura governista sem o ônus do apoio de Vilela, que cairia em cima de Eduardo Tavares. Cada semana que passa, Biu vai conquistando mais espaços junto aos membros do Governo e se transforma, de fato, no candidato da situação, apesar de ser tratado como oposição. Descolado do governador e dos índices de rejeição apontados nas pesquisas, Biu terá mais chances de disputar o Governo contra Renan Filho.


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ELEIÇÕES 2014 Ganhando, Biu ajuda a Cooperativa dos Usineiros, “elegendo” Givago Tenório. O deputado federal Alexandre Toledo (PSB) é apoiado pelo setor ao Senado. Mas Biu de Lira ainda tem um problema para resolver, o apoio da presidenta Dilma Rousseff, a quem deve as nomeações para vários cargos e os recursos para as obras na sua base de apoio. Se decidir mudar e apoiar Eduardo Campos, como exige o PSB, terá que romper com Brasília, uma decisão que poderá ter consequências junto aos seus aliados. O palanque de Dilma já está montado com a frente de oposição liderada pelo PMDB. No lado tucano, ficou clara a insatisfação de Aécio Neves e sua assessoria na passagem por Maceió. No seu discurso na Federação das Indústrias, ele elogiou várias vezes a Thomaz Nonô e quase esqueceu de citar o candidato do PSDB, a quem os conhecedores de eleições em Alagoas garantem uma modesta disputa do terceiro lugar com Mário Agra do PSOL. INIMIGOS CORDIAIS A sintonia entre Téo Vilela e Renan Calheiros parece cada vez mais clara. As pontes construídas entre o Palácio dos Martírios e o PMDB foram construídas diretamente por Renan e Téo Vilela e costuradas por vários personagens de prestígio, entre eles Fábio Farias, suplente de Renan Calheiros, e José Wanderley, ex-vice governador de Téo. Nesta disputa cordial, nem o senador critica o governo Téo nem o governador critica Renan Filho. Nas conversas entre os políticos envolvidos nas articulações deste ano, levanta-se a possibilidade de Téo ser conduzido para o Tribunal de Contas da União ou outro cargo relevante no âmbito federal, assim como a de ele ser o nome ao Senado, nas vagas a serem disputadas em 2018. Na oposição, o herdeiro e sucessor do presidente do Se-

nado, Renan Filho, tem chances, nas pesquisas, de ganhar a eleição. Com 14 partidos e a maioria absoluta dos prefeitos, quer definir a eleição logo no primeiro turno - se Eduardo Tavares não crescer e empurrar Biu de Lira ao segundo turno. Quer ainda a maioria na bancada federal e na Assembleia Legislativa. A Frente de Oposição, popularmente chamada de “Chapão”, definiu Renan Filho ao Governo e a reeleição do senador Fernando Collor (PTB). E os vices? Rosiane Beltrão (tratada como candidata a deputada estadual); Luciano Barbosa (ainda cogitado a deputado federal) foram cotados, mas é provável que, no final, o escolhido seja o deputado estadual Judson Cabral, do PT, um parlamentar visto como “ético”, numa sinalização para a classe média da capital de que o projeto é renovador. Para dirigentes do PMDB, a escolha de Judson seria o complemento da estratégia de expurgo do grupo do PRTB/ PMN, com integrantes citados em assassinatos e corrupção, como Francisco Tenório, Antônio Albuquerque, João Beltrão e Cícero Ferro, e foi a novidade anunciada pessoalmente por Renan Calheiros-pai no lançamento do Chapão. Uma decisão que levou em conta as pesquisas eleitorais. Renan e sua equipe avaliaram como eleitoralmente negativas as presenças destes dois partidos na coligação. Seriam um problema para Renan Filho. Essa avaliação casou com os interesses dos candidatos proporcionais de todos os demais partidos dessa frente, assustados com a força eleitoral de Antonio Albuquerque, João Beltrão, Chico Tenório e Cícero Ferro. Sem poder apoiar o candidato Eduardo Tavares, que assumiria o risco de perder o discurso que quer conquistar junro à classe média alagoana, os lideres do PRTB e PMN ficaram entre duas opções, lançar candidatura própria, como o nome de Cícero

‘Inimigos’ cordiais: Vilela não tece críticas a Renanzinho e Renan Calheiros não fala mal do governador

Almeida para governador, e viabilizar seus deputados, ou abraçar a contragosto a candidatura de Biu de Lira. Nos dois casos, o importante para esses políticos é conquistar um mandato que garanta a imunidade diante de muitos processos. Tranquilo com o fortalecimento de Biu de Lira e com Eduardo Tavares garantindo o palanque para Aécio Neves, Téo parece ter voltado suas forças para combater Collor que há dois anos, desde que decidiu começar a trabalhar pela reeleição, mudou a estratégia eleitoral, escolhendo o Governo de Alagoas como alvo de suas criticas demolidoras. O senador ficou fortalecido com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolvê-lo das últimas acusações feitas ainda quando da sua passagem pela presidência da República. A divisão dos vo-

tos entre quatro candidaturas ao Senado deverá beneficiá-lo pelo fato de ter uma votação cativa de mais de um terço do eleitorado, apesar da rejeição do mesmo tamanho. A disputa polarizada entre Collor e a vereadora Heloísa Helena (PSOL) promete muitos novos movimentos. A esperança dos tucanos é a de que Alexandre Toledo cresça na campanha com o apoio de Biu de Lira, sendo beneficiado pelo “voto útil” governista na reta final da disputa. Por seu lado, Nonô não se mostra entusiasmado com uma campanha com pouco tempo de TV e sem um candidato a governador competitivo. HELOÍSA EM BUSCA DE VOTOS Com pouco tempo de TV e rádio, sem recursos para uma campanha no Estado, que impressiona pelo volume de di-

nheiro movimentado, nem mesmo apoio de uma boa candidatura a presidente da República pelo seu partido, o PSOL lançará Heloísa Helena senadora e o engenheiro agrônomo Mário Agra para governador. O PSOL também fará alianças e conseguiu o apoio de pequenos agrupamentos de esquerda, como o PSTU e PCR, e de vários movimentos sociais. Para voltar ao Senado da República, Heloísa Helena aposta nas redes sociais e nos voluntários de campanha para captar os votos de protesto do eleitorado independente que sempre marca presença nas majoritárias. O PCB lançou o historiador Golbery Lessa, que pretende fazer uma campanha mais ligada ao setores da elite cultural do Estado, o que pode beneficiar a candidatura ao Senado de Heloísa Helena. O PCB tentou, mas não conseguiu, uma aliança via PSOL, PSTU e PCR.


12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 REINCIDENTE

Multas contra Unimed Maceió já passam de R$ 1 milhão Operadora de saúde descumpre prazos e contratos e é punida pela segunda vez com a suspensão de planos VERA ALVES veralvess@gmail.com

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ampeã de queixas junto ao Procon de Alagoas, no que se refere a planos de saúde, a Unimed Maceió- Cooperativa de Trabalho Médico, criada em 1978 e que hoje detém uma carteira com 126.868 usuários (números de março deste ano), contabiliza contra si mais de R$ 1 milhão em multas impostas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por descumprimento de cláusulas contratuais e desrespeito ao consumidor. Na semana passada, a operadora de saúde voltou a ser destaque, ao ter, pela segunda vez, proibida a comercialização de sete planos aos quais estão vinculados um total de 47.271 usuários. A eles a ANS acena, como consequência da suspensão, com a possibilidade de terem solucionados, nos próximos 90 dias, os motivos que ensejaram as reclamações contra a empresa. Os planos com venda suspensa desde o último dia 16 são:Univida Básico Plus, Univida Especial Coletivo Empresarial, Plano Estadual Especial Ambulatório + Hospital + Obstetrícia Coparticipação, Estadual Básico Plus Coletivo por Adesão, Estadual Básico Plus Coletivo Empresarial, Univida Especial Coletivo por Adesão e o Referência - Coleti-

vo Empresarial. O histórico de processos contra a operadora dentro da agência reguladora, contudo, coloca em dúvida a eficácia das punições. O primeiro deles remonta a 2002, ou seja, há 12 anos usuários da Unimed Maceió enfrentam problemas crônicos. E mesmo após a proibição de venda dos setes planos, na semana passada, outros três processos já foram instaurados pela ANS contra a operadora, os de números 33902151692200723, 25789084075201115 e o de número 25783008010201115, datados, respectivamente, dos dias 1 e 16 de abril último e do dia 16 deste mês. Os processos, cuja consulta é aberta à população no site da ANS (http://www.ans.gov. br/planos-de-saude-e-operadoras/espaco-do-consumidor) são relativos a infrações à Lei 9656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Pelo site da agência, aliás, o usuário que faz ou tiver feito uma reclamação pode acompanhar toda a tramitação da mesma. No caso dos últimos três processos do total de 42 contra a operadora já analisados em primeira instância pela ANS, as infrações se referem a descumprimento de cobertura prevista no contrato, não comunicação do reajuste de planos coletivos e não repas-

Sede do hospital próprio da Unimed Maceió; empresa é reincidente em suspensão de planos pela ANS

sar à agência informações que permitam a identificação de seus consumidores e respectivos dependentes, conforme estabelece o artigo 20 da Lei 9656/98. Há quase dois anos, mais especificamente em julho de 2012, a Unimed Maceió já tinha tido sete planos suspensos: Univida Básico Coletivo por Adesão, Plano Estadual Especial Ambulatório + Hospital Referenciado, Plano Estadual Básico Ambulatório + Obstetrícia Coparticipação, Estadual Básico Plus Coletivo por Adesão Coparticipação, Estadual Especial Plus Coletivo por Adesão Coparticipação, Estadual Especial Plus Coletivo por Adesão e o Univida Especial Coletivo por Adesão. MULTA PECUNIÁRIA Antes de decidir pela suspensão de comercialização dos planos, etapa anterior à punição mais rigorosa que é a

de cancelamento de atividade da operadora, a Agência Nacional de Saúde Suplementar adverte e/ou multa a empresa, a depender do tipo de infração cometida. No caso da Unimed Maceió, em 17 processos já julgados em segunda instância, nos quais foram rejeitados os recursos apresentados pela operadora, as multas somam exatos R$ 1.151.937,03. Chama a atenção o valor da multa mais recente, aprovada por unanimidade pelo colegiado da ANS no dia 30 de abril último, no total de R$ 203.866,11, referente ao processo nº 25783001019200638 (instaurado em 28/01/2010) e aplicada posteriormente à decisão de suspender a comercialização dos sete planos da operadora. A infração: aplicar reajuste por variação de custo em desacordo com cláusula contratual. As suspensões da semana passada, de acordo com a

agência reguladora, “são resultado das 13.079 reclamações recebidas no período de 19 de dezembro de 2013 a 18 de março de 2014 sobre 513 diferentes operadoras. Desse total, a ANS obteve 86,3% de resolução na mediação de conflitos entre os consumidores e as operadoras sem a necessidade de abertura de processos administrativos”. Ainda segundo a ANS, “desde 2011, quando foi criado, o programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento já suspendeu preventivamente 868 planos de 113 operadoras. Ao longo dos nove ciclos, houve a reativação de 705 planos de saúde, que melhoraram o atendimento ao consumidor”. O último ciclo, também chamado de nona rodada, resultou em 36 operadoras com 161 planos com comercialização suspensa, dos quais são usuários 1,7 milhão de consumidores.


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REINCIDENTE

Operadoras vão à Justiça Em agosto do ano passado, a ANS e as operadoras travaram uma verdadeira batalha judicial que envolveu tribunais regionais e as cortes superiores, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). À época, a agência foi obrigada a sustar o processo de suspensão de comercialização de planos de saúde por liminares obtidas pelas empresas, através de entidades nacionais às quais são filiadas. O impasse somente acabou em fevereiro deste ano, após o STJ ratificar uma decisão monocrática a favor da agência. Em dezembro do ano passado, o STF também emitiu decisão favorável à ANS. A OPERADORA NO PROCON O Procon de Alagoas, órgão vinculado à Secretaria do Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, fez um levantamento do ranking dos cinco planos de saúde mais reclamados no estado no período de 1º de janeiro a 16 de maio de 2014. Os dados, segundo a assessoria de Imprensa do órgão, foram obtidos através do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). De acordo com o Sindec, a Unimed Maceió lidera as reclamações com 97 atendimentos entre os 245 registrados. Os principais problemas questionados foram: mudanças contratuais de reajustes dos planos (faixa etária e mês de aniversário do plano), negativa de cobertura, cobertura, abrangência e reembolso. Segundo o superintendente do Procon/AL, Adalberto Tenório, as pessoas devem ficar atentas ao contratar um plano de saúde. “O consumidor deve observar bem as cláusulas contratuais desde os serviços oferecidos até os reajustes, além de se informar se o mesmo está prestando os atendimentos de maneira correta e se ele está em conformidade com as normas da Agência Nacional de Saúde.

Esta é a maneira mais adequada para evitar problemas futuros”, explica o superintendente. O Procon/AL possui um Núcleo especializado em Plano de Saúde localizado na Rua Saldanha da Gama, S/N, Farol, dentro das instalações do 3º Juizado Cível e Criminal e que funciona das 8h às 12h, de segunda a sexta. Nele, o consumidor pode tirar dúvidas ou abrir reclamação. Mais informações através do telefone 3315-3900. Contactada pelo EXTRA ainda na semana passada para falar sobre a punição da ANS, a Unimed Maceió não se posicionou até o fechamento desta edição. QUEIXAS Entre 21 de maio de 2011 até a última quarta-feira (21 de maio de 2014), foram registradas 40 reclamações contra a Unimed Maceió no site Reclame Aqui (www.reclameaqui.com. br), a maioria por usuários residentes na capital alagoana com reclamações sobre atendimento e reajuste indevido do valor das mensalidades. Mas há também queixas de turistas em visita a Maceió, como a do turista de Araras (SP) que no dia 3 de janeiro deste ano postou a seguinte reclamação: “Estou em Maceió a passeio e infelizmente minha filha passou mau hoje 03/01/2014, ao chegar no pronto socorro da unimed Maceió ela passou por uma triagem onde classificam como prioridade URGENTE “pulseira amarela”......que teria quer ser atendido em ATE UMA HORA. FIZEMOS A FICHA as 17:40 e so fomos atendidos as 21:00.Pago esse plano particular a 10 anos e nunca passei por uma situação tão humilhante, são R$800,00 por mês para ter esse atendimento?sou a vida 01200709002259000.Vou entrar com processo por danos morais e propaganda enganosa”. Segundo o portal, não houve resposta da operadora a nenhuma das 40 reclamações.

Gráfico da ANS sobre reclamações da Unimed Maceió (vermelho) em comparação com a média nacional

CRONOLOGIA DA BATALHA JUDICIAL 20/08/2013: A ANS anuncia pela manhã a suspensão da comercialização de 212 planos de 21 operadoras como resultado do 6º ciclo de monitoramento da garantia de atendimento. Outros 34 planos de 5 operadoras já estavam suspensos em ciclos anteriores e foram assim mantidos, por não sanar os problemas apontados pelos beneficiários e comprovados pela ANS. Ou seja, 246 planos de 26 operadoras estavam com a comercialização suspensa naquele momento. No mesmo dia, o Tribunal Regional Federal 2ª Região (Rio de Janeiro) concede liminar parcialmente desfavorável à suspensão, por solicitação da Fenasaúde. 22/08/2013: A ANS é formalmente intimada e pede reconsideração da decisão do TRF 2ª Região. Enquanto não obtém a resposta, deixa de aplicar a suspensão da comercialização de planos, que iniciaria no dia seguinte, 23/08. 28/08/2013: Após decisão do TRF 2ª Região sobre a reconsideração pedida, a ANS anuncia que irá aplicar as suspensões a partir de 30/08. 30/08/2013: Começa a aplicação das suspensões. 03/09/2013: A ANS é intimada formalmente da decisão liminar de outro tribunal, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul), e deixa de aplicar as suspensões, em cumprimento a essa decisão judicial. 04/09/2013: A ANS é intimada da nova decisão do TRF 2ª Região, que determina o recálculo da avaliação da garantia de atendimento. 10/09/2013: A ANS toma conhecimento de nova liminar parcial da Justiça Federal do Rio de Janeiro, proposta pela Unidas. 08/10/2013: A ANS obtém no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, decisão que autoriza a retomada da suspensão da comercialização de planos de saúde. 12/12/2013: O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, mantém a decisão do STJ. 19/02/2014: A Corte Especial do STJ mantém a decisão do presidente, o ministro Félix Ficher, dada em outubro de 2013, também a favor da ANS.


14 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 DIREITO DE RESPOSTA

Arthur Lira nega inelegibilidade e anuncia sua candidatura à reeleição

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deputado federal Arthur Lira, informou ao jornal Extra que segue firme junto às suas bases para renovar seu mandato. “Meu objetivo é ajudar a coligação a eleger de três a quatro deputados federais para fazer valer a sua luta por Alagoas em Brasília”, disse. O parlamentar reafirmou a sua luta em ajudar o desenvolvimento do Estado de Alagoas. “Tenho consciência dos benefícios e melhorias que posso trazer para Alagoas.” A assessoria do deputado informou ainda que, em seu primeiro mandato, Arthur Lira foi eleito pela revista Veja como um dos 20 parla-

mentares mais atuantes do Brasil, sendo o único deputado federal de Alagoas a figurar nesta lista. De acordo com estas informações, Lira viabilizou mais de R$250 milhões em recursos para Alagoas. Em seu primeiro mandato, ele tornou-se líder da bancada do Partido Progressista (PP) e, nesta função, foi um interlocutor frequente de diferentes autoridades do governo, como ministros e outros assessores do Palácio do Planalto. Lira também atuou como representante de Alagoas, e foi incansável na tarefa de conseguir recursos e melhorias para o estado. E, como líder,também lutou para que

Arthur Lira diz que vai disputar reeleição para a Câmara Federal

as emendas e pedidos dos deputados da bancada de Alagoas fossem atendidos. O trabalho do parlamentar por Alagoas nesses três anos pode facilmente ser traduzido por números. “No meu mandato foram destinados a 27 municípios e com implicação direta para melhorar a condição de vida da população de diversos municípios um total de R$ 270 milhões”, relatou Lira. O parlamentar lamenta as informações equivocadas publicadas no semanário do veículo Extra e informa que não há qualquer obstáculo à sua candidatura, ou seja, não há que se falar em inelegibilidade do mesmo em decor-

rência desse fato. De acordo com a assessoria jurídica, o processo que tramita na 17ª Vara Cível com base na decisão do juiz Alberto Jorge de Correia de Barros Lima. Segundo informações, o magistrado inadmitiu o recurso formulado sob o argumento da sua “perda de prazo”, e ratifica a necessidade em esclarecer que o juiz firmou sua opinião baseado em grave equívoco, pois nitidamente confundiu “data de disponibilização” da sentença com a “data de sua publicação”. Antes tarde do que nunca o juiz Dr. Alberto Jorge retificou sua decisão sobre a impossibilidade de registro da candidatura do deputado, re-

conhecendo a grave falta de inobservância do prazo legal. Por análise apressada ou imprecisa, a contagem do prazo processual foi feita a partir da divulgação eletrônica e não da publicação da sentença prolatada, considerando equivocadamente intempestiva a interposição corretamente impetrada pela defesa do deputado ao agravar o processo. O parlamentar relatou ainda que amigos lamentaram que este lapso jurídico tenha ocorrido com “estranha coincidência” no período de articulação eleitoral e durante as negociações da formação das chapas proporcionais e majoritárias para o pleito de 2014, quando a atuação e desempenho de Arthur como articulador é reconhecida até por adversários no trabalho de costurar as adesões e reunir forças em torno da candidatura do senador Benedito de Lira. O resultado expressivo desse trabalho, não obstante todas as tentativas sórdidas de tirar o foco do deputado, materializaram-se no dia 19 com o anúncio da coligação que apoia a legítima e fortíssima candidatura do senador Benedito de Lira ao governo do Estado composta pelos partidos: PP, PSB, PR, PSD, PPS, PSL e SOLIDARIEDADE.


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16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 MEIO AMBIENTE

Comitê discute em Belo Horizonte situação dramática do Velho Chico CBHSF lança campanha nacional para sensibilizar a opinião pública

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rio da integração nacional está agonizando. O São Francisco, o maior rio que nasce e deságua no Brasil, com uma extensão de 2.700 Km, integrando o Nordeste e Sudeste, passa por um momento dramático. É a pior estiagem em 50 anos. A crise do Velho Chico compromete a geração de energia, navegabilidade e o abastecimento de água, em toda extensão da sua bacia, que envolve mais de 500 municípios em cinco estados brasileiros e cerca de 17 milhões de pessoas. Todas essas questões estão na pauta da XXV Plená-

ria Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco/CBHSF, que acontece desde ontem e até hoje em Belo Horizonte (MG), reunindo membros e especialistas para discutir assuntos como a revitalização da bacia, usos múltiplos das águas e saneamento básico das cidades ribeirinhas. Além disso, a plenária tem como tema o Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, uma campanha idealizada pelo CBHSF envolvendo os diversos municípios da bacia para manifestações conjuntas no dia 3 de junho. O objetivo é chamar a atenção

da opinião pública nacional para toda essa problemática vivida pelo São Francisco. A reunião plenária foi

aberta com uma conferência do engenheiro civil e sanitarista Gilson Queiroz sobre os desafios do Plano Nacio-

nal de Saneamento Básico (PlanSab), uma iniciativa do Ministério das Cidades que servirá como orientação para os municípios brasileiros implantarem os seus sistemas próprios. A Bacia do Rio São Francisco abrange 504 municípios em cinco estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas) e mais o Distrito Federal. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é um órgão colegiado, integrado pelo poder público, sociedade civil e empresas usuárias de água que tem por finalidade realizar a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia, na perspectiva de proteger os seus mananciais e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. Para tanto, o governo federal lhe conferiu atribuições normativas, deliberativas e consultivas.


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PEDROOLIVEIRA pedrojornalista@uol.com.br

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Para refletir: “A política é a arte de procurar problemas, encontrá-los em todos os lados, diagnosticá-los incorretamente e aplicar as piores soluções”(Groucho Marx)

O Jogo sujo do oportunismo

Gestão Pública competente Alagoas dá exemplo ao Brasil

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uando se trata do tema gestão pública competente e empreendedora, o estado de Alagoas tem se destacado diante das demais unidades da federação. Este fato foi comprovado durante recente encontro nacional de secretários de Administração que teve como foco principal “A modernização da gestão pública brasileira”. Sob o comando do secretário Alexandre Lages o setor teve nos últimos uma evolução de qualidade com resultados altamente positivos o que deve ser motivo de orgulho para os alagoanos. Os participantes da reunião nacional não apenas aplaudiram, mas também solicitaram para implantar em suas administrações alguns modelos de eficientes práticas adotadas em Alagoas, a exemplo do“Sistema de Gestão Digital da Vida Funcional” como exemplo de boas práticas do governo. O Sistema tem como principal objetivo, aperfeiçoar o fluxo processual de solicitação das aposentadorias dos servidores públicos, a fim de que os processos em questão atinjam um padrão de celeridade e de excelência. Para chegar a este padrão de celeridade, vários desafios foram superados e reunidos numa palestra ministrada por intermédio da Mestre em Modelagem Computacional do Conhecimento, Fabiana Toledo, que participou do processo de criação do sistema desde a ideia até a implantação. O secretário de Estado da Gestão Pública, Alexandre Lages, destacou que um dos principais impasses para a solicitação da aposentadoria do servidor era a coleta de dados, que nem sempre estavam disponíveis em um mesmo local. “Com a centralização dos dados na esfera virtual, o tempo para o procedimento de solicitação da aposentadoria está sendo reduzido. A Gestão Pública está se modernizando para dar suporte à administração e integrar soluções na esfera governamental”, disse o secretário. A gestão do secretário Alexandre Lages ficará marcada como uma das mais profícuas da administração pública de Alagoas destacando vários aspectos positivos a exemplo da valorização da capacitação do servidor público da capital e do interior. O secretário vai encerrar sua gestão tendo realizado o maior programa de capacitação de servidores da história de Alagoas, atingindo milhares de funcionários públicos. Ponto para Alagoas do bem.

Nenhuma outra atividade, como a política, no sentido da luta pelo poder, implica tanta disposição a trair aqueles que antes eram tidos como companheiros e amigos. Maquiavel colocou a traição dentro da “virtú” política, que pouco tem a ver com a moral e com o ódio. A traição pode plasmar a dialética hegeliana (só que sem a ideia de progresso) na qual se nega o anterior: não se trai para ser igual ao traído. Isso explica que alguém que estava aliado e sendo beneficiado por seu aliado de ontem acabe sendo muito diferente ao chegar à cúspide. Para ser traidor deve se ter resistência. As traições ocorrem dentro de uma mesma família (política). Não se trata de se passar ao inimigo, mas de trair o amigo, o companheiro, e o sistema que lhe deu guarida durante anos, sustentando sua fome de poder e sua ganancia por cargos.

Quem é capaz de trair é capaz de roubar

Há muito ouço a frase “quem mente rouba” e se assim levarmos ao pé da letra a maioria dos políticos está inserida neste contexto. Mas também acho que a traição não fica nada a dever ao “mentir” ou “roubar”. Fico pasmo e o eleitor comum deve ficar sem entender o jogo sujo e deprimente armado na política, principalmente nesta fase de composições e alianças de partidos para disputar a eleição. Chega a ser asqueroso o comportamento de certos políticos cujo objetivo está apenas em “sobreviver” a qualquer custo, mesmo que tenha que vender a alma ao diabo e a própria mãe para alcançar seus objetivos.. São esses oportunistas que mandam o interesse público às favas e usam os votos dos incautos ou dos “burros” apenas como instrumentos para alcançar seus inconfessáveis objetivos.

Há quem confunda traição com “habilidade”

Assistindo a um determinado clássico do cinema “A Rainha Margot”, há uma cena na qual Catarina de Médici diz ao futuro rei da França, Henrique de Navarra: “Que é traição? A habilidade de se adaptar aos acontecimentos”. O ardil tinha por intenção transformar o erro em virtude para justificar a falta de princípios no ambiente sórdido da corte francesa no ano de 1572, quando as disputas sem limites pelo poder e a desmesurada ambição da nobreza fizeram dessa trama, baseada em fatos reais, símbolo perfeito do vale tudo para se dar bem. Assim também é na realidade política brasileira. Muitos dos traidores ainda se arvoram de “astutos” e donos da “habilidade” de saber montar com competência o xadrez eleitoral, mas com um único objetivo: se dar bem.

Por que Eduardo Campos e o PSB traíram Lula e Dilma?

O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos, durante seu governo foi um dos aliados mais prestigiados pela dupla Lula/Dilma. Ninguém pode deixar de reconhecer que sua administração deve muito ao apoio e as verbas generosas do governo petista que ele e o seu PSB resolveram trair. Chegou ao absurdo de no final de seu mandato inaugurar obras totalmente bancadas pela União, sem ao menos convidar alguém do governo para o ato. Fez pior: ao entregar um conjunto de casas do Programa Minha Casa Minha Vida fez críticas ao governo federal que construiu a obra. Chamo a isto falta de caráter no duro. Campos e o seu partido oportunista sugaram nas tetas do Planalto durante longo e farto tempo, até que a “mosca azul” pousou em sua careca trazendo o devaneio de ganhar mais poderes caso pudesse ganhar a eleição. Se perder não tem problema, pois há a possibilidade de se juntar intencionalmente ao provável vencedor de um segundo turno e continuar “mamando” até a próxima traição.

Nós também temos os nossos traidores

Na política local a coisa não poderia ser diferente, muito pelo contrário, pelo perfil de nossos políticos tende a ser até pior no quesito traição. Não dá para citar todos, pois a lista é grande, mas vamos ficar com mais “notáveis”. Benedito de Lira, Alexandre Toledo, Givaldo Carimbão e Regis Cavalcante, cada um em sua devida proporção se aproveitou o quanto pode do governo de Teotônio Vilela. Foram úteis ao projeto do governador? Só quem pode responder é ele mesmo e ao seu estilo ele não o fará. Uma coisa porém é certa: todos se aproveitaram das benesses e dos encantos que a embriaguez do poder lhes proporcionou. Fim de governo? É cada um cuidar de sua sobrevivência e garantir a permanência no poder por mais alguns anos, não importando ai esse negócio de ética, compromisso e até gratidão. Seguem, com precisão e astúcia, as palavras de Catarina de Médici “Traição é a habilidade de se adaptar aos acontecimentos”. É assim o político brasileiro e os nossos não poderiam fugir à regra. Trabalham com eficiência para cuidar dos próprios interesses e não estão dando a mínima para o interesse público e para um monte de idiotas que lhes dão votos e os mantêm no poder. É uma pena que seja assim.


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S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO

Previsões para outubro

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s inscrições para o primeiro título de eleitor estiveram abertas até o dia 7 último. Previsões otimistas são de que o eleitorado em Alagoas para outubro pode alcançar os 2 milhões. O otimismo é de lideranças políticas levando em conta que em março o eleitorado apto a votar era de 1.958.819.

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Djavan: lançamento Djavan, definido pela Revista Planeta deste mês como um dos maiores fazedores de hits da MPB, lança novo CD. No trabalho, segundo disco dele gravado ao vivo, constam canções novas e antigos sucessos como Samurai, Oceano, Te Devoro, Sina e Rua dos Amores, uma das músicas mais recentes dele.

Bebida alcoólica Pesquisa mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) constata que o brasileiro consome em média 8,7 litros de bebida alcoólica por ano. Da informação consta a marca como acima da média mundial, divulgada como sendo de 6,2 litros.

Quem acerta? No Palácio dos Martírios o governador Teotonio Vilela deverá dar mais fôlego à campanha de seu vice - Thomas Nonô - candidato ao Senado, ou ao deputado Fernando Toledo, presidente da Assembleia Legislativa e do mesmo partido (PSDB) do governador?

“É mais Alagoas” A frase, sugestiva para a campanha política, estará no material de divulgação das propostas do deputado estadual Inácio Loiola, candidato à reeleição. Inácio está filiado ao PSB, o partido do presidenciável Eduardo Campos com chapa reforçada por Marina Silva como vice.

E como fica? Conversas sobre candidaturas para o governo federal, estaduais, Câmara Federal e o Senado identificam uma tendência no eleitorado para votar em nomes novos na vida pública. É uma tendência que, confirmada, favorece a Eduardo Tavares, candidato tucano ao governo.

Eleição presidencial

Queixa justa

Campanha da presidência da República tem o custo estimado em torno de R$ 300 milhões. A dúvida é se no montante estão incluídas as despesas do segundo turno. Eleições gerais no Brasil são contabilizadas entre as mais caras do mundo.

Quem transita na Rua do Imperador, trecho da orla da Avenida da Paz até o começo da Ladeira da Catedral, estranha área de meio-fio liberada pela SMTT para estacionamento, dificultando o tráfego. Observação tem a ver com o fato de na praça haver um espaço enorme sobrando para favorecer privilegiados.

E para governador? No orçamento das eleições estaduais, análise do TSE divulgada pela mídia nacional levanta cálculos prevendo investimentos na campanha ( governo estadual) com estimativa, por baixo, em torno de R$ 20 milhões. Sobre proporcionais por enquanto não têm nada a declarar.

Momento é de espera Políticos entendem como saudável aguardar o registro das candidaturas para só depois se posicionarem sobre eleições. Pilar da sustentação: registro dos candidatos às majoritárias e possíveis alterações nas coligações às proporcionais. A defesa é mais forte entre candidatos a primeiro mandato.

Vergonhoso Motoristas de veículos oficiais deveriam ser exemplo, cumprindo a sinalização do trânsito. Questão teve a ver na Ladeira Manoel Ramalho, oitão do prédio da Assembleia Legislativa, onde um veículo chapa branca foi multado por estacionar sob placa proibida. A dúvida é se a infração vai doer no bolso dele ou cai no alheamento.

Internado Jarbas Lúcio, empresário pioneiro e nome forte das comunicações no Agreste, com sede da empresa em Arapiraca, se encontra há dias internado na Santa Casa de Maceió. Os boletins médicos, segundo amigos da família, diagnosticam o estado dele como grave.

Educação Greve de professores tem como maiores prejudicados os alunos. Mas é de levar em conta haver a necessidade de ações cívicas pela categoria para despertar nos governos a importância do diálogo com atenção às reivindicações da classe. É dentre as categorias profissionais uma das que mais prestam serviços abnegados ao Estado mas é pessimamente remunerada.

Ponto de vista Do deputado Antônio Albuquerque (PRTB) sobre a sua candidatura a deputado federal e a do filho, Nivaldo, a estadual : “Não participamos de nenhum evento da Frente de Oposição”. E advertiu: “ Sozinho, partido nenhum elege um deputado sequer”.

Jogo aberto Albuquerque, na reunião da sexta-feira (16) com público expressivo, revelou propósito do PRTB em apoiar um candidato ao Governo de Alagoas, mas não citou nomes, já que o partido não prioriza a questão no momento. Acha que saindo isolado pode eleger dois deputados federais e cinco estaduais.


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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Novos tempos?

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Série C do Brasileiro coloca o CRB na zona de queda para a D. O Galo soma só um ponto de 12 disputados (4 rodadas), mas agora, de fôlego novo no seu comando técnico, a figa pró otimismo é natural. Ademir Fonseca já teve passagem bem sucedida no Galo.

Do torcedor “No CRB a fase é mais de otimismo”. Frase, dita de polegar para cima, por Carlos Eduardo, torcedor do Galo, confiante com a mudança de técnico. Acha haver tempo para o que chama “volta por cima”. O Galo pega o Fortaleza, jogo da quinta rodada, no Ceará. É time da casa e lidera o grupo.

Das duas uma Ednilton Lins, diretor de futebol do CRB, confia na virada e motiva a torcida comentando a chegada de Ademir Fonseca para o comando técnico e os jogadores Carlinhos ( meio-campo) e Magrão (atacante). Novos reforços devem chegar na Pajuçara.

Uma ideia Torcedores, independente de ser ASA, CRB ou CSA, opinam que os clubes deveriam ser unidos nas temporadas nacionais. A proposta foi feita em conversa sobre o fato de CRB e ASA não se reforçarem com jogadores de participantes do campeonato alagoano.

E tem mais: Nesta nova maratona nacional, com CRB e ASA na Série C e o CSA incerto na D, a pergunta é: o Coruripe, campeão alagoano, vai manter o mesmo grupo para jogos da Série D ou vai manter a política de só tomar decisões em época próxima ao calendário dos jogos?

Arbitragens

Saudade

O quadro de árbitros da Federação Alagoana de Futebol mereceu pontuação favorável de um grupo de torcedores que se proclamam sem paixão por clube. Entendem que, pelo princípio do “errar é humano”, eles estão bem nos quadros da CBF e até da Fifa.

É difícil torcedor azulino esquecer a boa (ou excelente?) época do clube com Oliveira Canindé no comando técnico. Hoje o Rio Grande do Norte faz lembrar o tempo dele no Mutange. O América, time que treina, é um dos clubes na linha de frente da tabela.

Sem papa na língua

Figa positiva Roberto Mendes, na presidência do CSA, sinaliza para um biênio de bons momentos no Mutange. Já instala o seu estilo de administrar e a expectativa é pelo planejamento para 2015 e figa para a luz no fim do túnel iluminando chance do Azulão jogar ainda este ano na Série D.

Quinta rodada Quinta rodada, Série C, neste fim de semana tem os seguintes jogos: Grupo A - Fortaleza X CRB; ASA X AGM; Cuiabá X Salgueiro; Treze X CRAC; Paysandu X Botafogo. Grupo B - Madureira X São Caetano; Macaé X Juventude; Caxias X Duque de Caxias; Mogim Mirim X Tupi; Guaratinguetá X Guarani.

Como o vinho! Alex , no sábado (17), contra o Cruzeiro, seu- ex-clube, fez o172º jogo pelo Coritiba-PR somando 69 gols com a camisa do clube. Histórico dele registra passagens no futebol mineiro, carioca, paulista, seleção brasileira e grandes clubes mundo afora. No Cruzeiro, Fábio somou 562 jogos como titular do gol no clube mineiro.

Compromisso De Luís Felipe Scolari na inauguração recente da reforma na Granja do Comary, sede da concentração da seleção brasileira: “Eles já nos deram tudo e o que tiverem para cobrar de nós”. Pela agenda da CBF os jogadores devem se apresentar no começo da proxima semana para iniciarem os preparativos e até o dia 12 de junho a seleção deve fazer dois amistosos.

Aqui é como lá Técnico que não ganha jogo não é demitido só no Brasil. Na Espanha também e que o diga Tatá Martino. Ele deixou o Barcelona após perder o campeonato nacional para o Atlético de Madrid. Quem comanda agora o Barça é Luiz Henrique, ex-jogador do clube nas décadas de 1990/2000.

Beto Almeida (ASA) pegou pesado - e teve razão - com grupo de torcedores alvinegro na edição da Tribuna de terça-feira (20). Palavras dele: “Ficam dizendo que pagam o meu salário, como se eu dependesse dos R$ 10,00 que pagam para entrar no estádio, se é que pagam”. Definiu esse tipo de torcedor como “idiota”.

Apoio da diretoria O ASA, pelo que afirmou o presidente, José Oliveira, joga dentro do que foi definido para esta temporada da Série C. A afirmação inclui o apoio a Beto Almeida para seguir fazendo o seu trabalho.O alvinegro arapiraquense soma 4 pontos e é 3º na classificação. Tem como jogos finais da etapa ossos duros de roer: o Águia de Marabá, Salgueiro e o CRB.

FRASES “Sofremos pressão em tudo o que fazemos. É normal” Neymar respondendo às cobranças da torcida

“Sou muito seguro e confio no meu trabalho” Júlio César, goleiro do CRB

“Dá mais tranquilidade” Didira após a 1ª vitória do ASA


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MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

Fiscalização Preventiva

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Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), com técnicos de 13 diferentes órgãos, policiais militares e a marinha, teve início no dia 19, na cidade de Penedo. Trata-se de uma grande operação na região do Baixo São Francisco. Na noite do dia 18, foi realizada a reunião inaugural que apresentou o planejamento operacional das ações que serão realizadas até o dia 30, quando haverá uma audiência pública. O objetivo da operação é percorrer os municípios daquela região e verificar as condições do comércio e armazenamento de agrotóxico em estabelecimentos comerciais e indústrias;saneamento básico - qualidade do abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, geração de resíduos sólidos e abate de animais; poluição, ilegalidade e irregularidade de extração mineral, crimes contra a flora, crime contra a fauna e ocupação irregular de áreas; combate a pesca predatória e segurança no transporte fluvial no Rio São Francisco; e irregularidade no transporte e revenda de produtos perigosos.

Mês do Meio Ambiente O Mês do Meio Ambiente, organizado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), foi iniciado e segue até o dia 16 de junho. Esse ano está sendo reconhecido o trabalho interno e a estruturação do órgão, responsável pela política ambiental no estado. Entre as atividades previstas para acontecer estão palestras de educação ambiental, barco-escola especial, passeio ciclístico e entrega do prêmio destaque ambiental. A Coordenação de Meio Ambiente nasceu em 30 de dezembro de 1975. No dia 16 de maio de 1988 nasceu o IMA, como uma autarquia estadual, com personalidade jurídica de direito público, com autonomia patrimonial, financeira, operacional, jurisdição em todo o território alagoano e uma grande responsabilidade: executar a política estadual de meio ambiente e fazer cumprir o que determina a legislação ambiental.

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652 empresas Autoridades da capital chinesa multaram 652 instalações industriais por violação de regulamentos sobre meio ambiente nos primeiros quatro meses do ano, enquanto intensificam esforços para combater a poluição. A qualidade do ar em Pequim tem sido objeto de grande atenção desde janeiro do ano passado, quando uma espessa névoa pairou sobre a cidade alarmando seus moradores.

Cabo de aço Uma equipe de biólogos marinhos libertou na última quinta-feira (15), na costa de Santa Barbara, no estado da Califórnia (EUA), uma baleia-jubarte que estava com cabo de aço de uma armadilha para caranguejos preso em sua cauda. Segundo a bióloga Peggy Stap, por causa da armadilha de mais de 130 quilos, o mamífero marinho não conseguia mergulhar para se alimentar.

Estudantes visitam IMA Um grupo de quinze alunos do curso de Ciências Biológicas, da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), campus Santana do Ipanema, visitou na manhã do dia 19 o Instituto do Meio Ambiente (IMA). Na ocasião, os estudantes conheceram o jardineto do IMA e o Herbário MAC. A professora Erivânia Virtuoso, que leciona a disciplina de Botânica Sistemática, falou sobre a necessidade desse tipo de aula de campo. “Aqui, os alunos têm a possibilidade de conciliar, na prática, as informações que discutimos em sala de aula. É a chance de conhecer uma grande diversidade biológica dentro de um mesmo lugar”, comentou. Ela disse também que “o Herbário do IMA é uma referência. Na Uneal não temos um local específico como este para nossas atividades. Tenho alunos que já manifestaram interesse em desenvolver estudos que só serão possíveis porque existe este local de pesquisa”, revelou.

Cultivo de planta Cada folha de qat mascada pelos iemenitas, grandes adeptos desta droga estimulante, aumenta a sede em um dos países mais áridos do mundo, onde o cultivo do arbusto absorve metade de seus recursos aquíferos. As plantações de qat (ou khat) demandam muita água, mas se estendem de forma incontrolável em um país devastado pela pobreza e a violência.

Acordo climático Um dos desafios da próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 20), prevista para dezembro em Lima, no Peru, será criar as bases para um novo acordo sobre o tema em 2015, que deve ter resultados por volta de meados do século, afirmou Christiana Figueres, secretária-executiva das Nações Unidas para o clima.A costa-riquenha destacou que os efeitos de um novo acordo “poderiam ser vistos a partir de 2050, mas para poder chegar a isto, temos que começar a dar os passos agora”. A vigésima Conferência das Partes convocará no Peru representantes de 194 países que tentarão costurar o novo pacto para reverter os efeitos da industrialização sobre o clima.

CO2 na Amazônia Um grupo de cientistas de mais de 20 instituições de todo o mundo irá medir o impacto sobre a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, se o planeta chegar a ter 30% mais dióxido de carbono (CO2) do que atualmente.O experimento, lançado esta semana, contará com torres que vão emitir CO2 em áreas de floresta densa. Essas plataformas serão construídas em uma região ao norte de Manaus, no Amazonas. Sensores e observações de campo irão avaliar a reação das árvores quando forem submetidas a uma concentração de dióxido de carbono de 200 partes por milhão (ppm) mais elevadas que as atuais 400 ppm, que já é o nível mais alto registrado.


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ALTARODA

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Lugar ao sol

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atches compactos têm excessiva representação no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, nada menos que 45%. Por isso, a Nissan elegeu esse segmento para acelerar seu plano de crescer e se tornar a número um entre as marcas japonesas no Brasil. Não se trata de missão fácil, mas o erro inicial de depender de importações da fábrica mexicana foi superado com a fábrica de Resende (RJ) toda nova (inclusive de motores, como essa coluna antecipou). A fábrica tomou cuidado de posicionar muito bem o preço do New March: de R$ 32.990 (motor 1-L) a R$ 42.990 (motor 1,6-L). A antiga versão continuará vindo do México e com preço menor, mas não responderá por mais de 25% das vendas do modelo (Mille e Rocam, por exemplo, chegaram a responder por 50% de Uno e Fiesta).

RODA VIVA Esteticamente ficou melhor, em especial a nova frente e o console central. As pequenas mudanças dimensionais (mais 5 cm no comprimento e 1 cm na largura) não alteraram o espaço para passageiros, que já era bom, nem o modesto tanque de combustível de apenas 41 litros. Manteve características únicas no segmento como diâmetro mínimo de giro excelente (9 m) e janelas traseiras totalmente baixáveis. A robusta lista de equipamentos de série, desde o básico, demonstra a estratégia ousada: ar-condicionado, direção com assistência elétrica, computador de bordo, conta-giros, espelhos de cortesias nos dois para-sóis, iluminação no porta-malas, tomada de 12 V no console (mal localizada, por sinal), banco e volante com regulagem de altura, cintos de segurança com pré-tensionadores e auxílio extra à fre-

nagem (importante complemento aos freios antibloqueio ABS). É o único compacto a dispor de câmera de ré, na versão de topo. Pneus chineses foram trocados por marcas conhecidas aqui. Motor de 1 litro é o mesmo da Renault, mas de geração antiga, embora a Nissan o destaque como o mais econômico do mercado com ar-condicionado ligado. No entanto, sua potência (74 cv) é notavelmente inferior (10%) ao do VW up! (82 cv) e também em relação aos 80 cv do novo Renault. Já o motor de 1,6 L (111 cv) também não é lá muito brilhante, principalmente abaixo de 3.000 rpm, mas o peso contido do carro (de 956 a 982 kg) ajuda bastante. Segundo a fábrica, aceleram de 0 a 100 km/h em 13,8 s e 9,5 s (ambos etanol), respectivamente. Curioso o fato de a Nissan indicar maior desempenho com etanol, quando potência e

torque são exatamente iguais com os dois combustíveis. Foi melhorado o isolamento acústico, mas o ganho de 1,3 decibel é pequeno, não prontamente percebido. Além disso, a primeira marcha continua tão ruidosa como antes e permanece a queda brusca do volante ao se acionar a regulagem de altura. Suspensão ganhou um centímetro de curso para absorver irregularidades do piso, já que agora oferece a opção de rodas com 16 pol. de diâmetro. Dirigibilidade se manteve no bom nível anterior. Outra boa providência foi tornar mais acessíveis as revisões, com trocas de óleo do motor anuais (antes semestrais). Velas de ignição duram 100.000 km, mais que o dobro das comuns. Pelo que oferece em relação ao preço, o novo March almeja, com razão, mais do que seu simples lugar ao sol.

pitstop March “brasileiro” é bem equipado e espertinho

O

March “brasileiro” chegou, produzido em Resende, numa fábrica referência onde a Nissan investiu R$ 2,6 bilhões e, com ela, pretende conquistar cinco pontos de participação no Mercado brasileiro nos próximos cinco anos. Hoje tem menos de 2%. O carro vai se chamar New March e tem duas opções de motor: 1000cc e 1600cc. Tem a cara da versão vendida na Europa, mas com características próprias, por exemplo: O desenho do volante, detalhe val-

orizado pelo consumidor brasileiro. Pneus especiais, rádio, suspensão adaptada às nossas ruas, calibração da direção (mais pesada em alta, para dar a sensação de firmeza do volante) e maior isolamento acústico. A proposta da empresa é agressiva: o March chega com equipamentos inéditos na categoria e um preço bastante competitivo. O ABS (que é obrigatório) vem acompanhado de EBD, o sistema de distribuição eletrônica da força de frenagem e o BAS, equipa-

mento que auxilia o motorista em frenagens de emergência. Vem de série também com ar-condicionado, direção elétrica e regulagem de altura do banco. No entanto, a empresa economizou com ninharia: a versão básica, mesmo com esses equipamentos sofisticados para um carro da categoria, não tem nem vidros nem travas elétricos. Como opcionais, o carro pode ter ar-condicionado digital que desliga automaticamente quando o ambiente atinge a temperatura planejada, navegador, câmara

de ré integrada e entrada USB. Pode ser equipado também com comando de áudio no volante. O motor 1.6 é produzido na própria fábria de Resende e o 1.0 vem da fábrica da Renault no Paraná. A produção já está em 140 unidades por dia. A Nissan considera o Hyundai HB20 o principal concorrente do New March. O HB20 hatch está entre os dez mais vendidos no Brasil desde que começou a ser vendido no Brasil, em setembro de 2012.

SEGUNDO o anuário do Sindipeças, Brasil se aproximou da Índia, mas se manteve na sétima posição entre os maiores fabricantes mundiais em 2013. Resultou de nosso crescimento de 9%, para 3,73 milhões de unidades (inclusive veículos pesados) e uma queda dos indianos de 7%, para 3,88 milhões. Este ano a produção cairá, tanto lá como aqui. Índia deve continuar à frente. BOSCH, maior fabricante de autopeças no Brasil e no mundo, fechou balanço de 2013 positivo no geral, porém negativo no País, prejudicado em parte pela valorização do euro frente ao real. Empresa nacionalizará seis componentes, inclusive o start-stop (desliga-liga motor). Uma fábrica encomendou esse sistema já para 2014. Desconfia-se que seja opção no VW up! ou Golf nacional. SUAVIDADE e respostas ao acelerador instigantes estão no novo motor turbo de 4 cilindros/2 litros de produção da própria Volvo. Estreia no S60, V60 e XC60 a preços entre R$ 157.950 e R$ 162.950. Substitui a unidade da Ford com ganhos em peso, potência (245 cv) e torque (35,7 kgf∙m). Associado ao câmbio de 8 marchas, start-stop e roda-livre (coasting) ficou até 27% mais econômico. SUZUKI fez pequenas mudanças no Suzuki Jimny 4Sport 2015: os dois para-choques dianteiros são novos e há apoios de pé embutidos nas laterais para facilitar acesso ao teto. Mesmo com motor de 1,3 L/85 cv (gasolina), é um veículo valente no fora-de-estrada graças ao peso relativamente baixo (1.060 kg) para um 4x4 robusto. Acabou de cumprir teste de 100.000 km em 100 dias. SALÃO do Automóvel de Paris (4 a 19 de outubro próximos) voltou a atrair novos participantes (Aston Martin e Tesla), além das consagradas exposições temáticas do Pavilhão 8, a deste ano “o automóvel e a moda”. Haverá mais pistas de testes e a organização escalonou apresentações nos estandes para facilitar o trabalho dos jornalistas.


28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 CRÔNICA

Eu admito ter havido um equívoco JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br

E

u ainda era criança, quando começaram a me dizer que as leis foram criadas para serem cumpridas. Cresci e, continuaram a me dizer as mesmas coisas, de que as leis não devem, nem sequer, serem discutidas e, sim, cumpridas. Se é assim, para que são os diversos Tribunais? Não são, para que eles digam se elas foram ou não, despeitadas ou descumpridas? Às vezes, nós nos deparamos com situações que deixam as leis enfraquecidas, desacreditadas e desrespeitadas. Dentre outros, eu vou dar um exemplo recente. Eu e meus colegas do Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas - DER/AL, estamos diante de um problema para ser resolvido, pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. Dentre várias ações movidas contra esse nosso órgão, na qualidade de Litisconsorte Passivo, entramos com uma ação, vejam bem,

“PEDINDO QUE O ESTADO DE ALAGOAS CUMPRISSE A LEI QUE MANDA, SEJA FEITA A REPOSIÇÃO SALARIAL, EM DECORRÊNCIA DO NÃO REAJUSTE ANUAL DO SUBSÍDIO FIXADO PELA LEI ESTADUAL DE Nº 6.394/2003, COMBINADO COM O ARTIGO 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL”. Para resumir, nós só queríamos, que a Justiça mandasse o Governo nos pagar a reposição salarial, à qual nós temos direito. Só isso! Os anos passaram-se e, 5 anos depois, através de SENTENÇA, o Juiz negou o que nós não pedimos, ou seja, deu uma SENTENÇA, “totalmente diferente do que pedimos.” Na nossa ação, pedimos que o DER/AL sendo constituído de Servidores Públicos, como Autarquia, obtivesse o mesmo tratamento que foi dado ao Departamento de Trânsito de AlagoasDETRAN/AL. É que, ao DETRAN-AL, foi dado “um reajuste anual, com a reposição das perdas salariais”, exatamente, como pedimos. Trocando em miúdos, nós queríamos a ISONOMIA, já que houve uma grande OMISSÃO da Administração do DER/ AL, em não fazer a devida reposição salarial, hoje em torno de 92 %. Com a Senten-

ça do Meritíssimo Juiz, dada agora no mês de Abril passado, o Doutor Juiz, ignorou a ISONOMIA pedida e resolveu “sacramentar” de uma vez, a OMISSÃO do DER/AL. Como se vê, o fogo contra nós foi cerrado e com muitas vítimas inocentes. Alguns colegas já faleceram e outros passam necessidade com seus filhos e viúvas. O nosso competente Advogado, Dr. José Adão de Oliveira, já APELOU através de um RECURSO, falou nos nossos prejuízos e mostrou a OMISSÂO e a FALTA DE ISONOMIA. Ora, o Ilustre Magistrado, nem sequer tomou conhecimento do que nós pedimos, pois, nós não pedimos nada de acrescimento de gratificações, vantagens e adicionais, como disse o Doutor Juiz, na sua negativa. Diz o Art. 128 “O Juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas ............”. No art. 460 “É defeso ao Juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu ........” Diz o Professor Paulo Alcântara que, isso “incide em nulidade porque soluciona causa diversa da que for proposta através do pedido (.....). Assim, seria uma sentença “extra petita”, aquela

que decide fora do que foi pedido. Observa-se nos autos que, devidamente citados, o Governo e o DER/AL não contestaram a ação, ocorrendo, portanto, a REVELIA do artigo 319, do Código do Processo Civil. Mesmo assim, o Doutor Juiz não considerou a REVELIA. Diz o artigo 359 que “Ao decidir o processo, o Juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio dos documentos ou da coisa, a parte pretende provar”. Nós provamos tudo com cópias de contra-cheques, citações de leis, omissões, falta de isonomia e tudo que foi possível provar, porém, o Meritíssimo não considerou nada. Eu sou respeitador da Justiça, desde que ela nos respeite como cidadão e nos dê os direitos, quando, reclamados. Acreditamos num possível equívoco, do Doutor Julgador, devido o acúmulo de processos sob sua responsabilidade e na sua natureza de humano. Nosso Tribunal de Justiça, certamente, saberá compreender a nossa APELAÇÃO e, resolver com “sapiência”, sobre as questões aqui citadas. Em tempo – O meu colega e amigo do DER/AL, Eng. Afrânio Cardoso é um dos meus leitores semanais. Que bom!


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014 -

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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Prefeito faz de conta

Vai disputar

Praticamente recuperado da enfermidade, Beto tomou às rédeas do município e para quem achava que as coisas iriam melhorar, simplesmente quebrou a cara. Piorou e muito. Beto se transformou em um prefeito faz de contas, sem forças para tirar o poder da rainha que provocou estragos não só na área administrativa como na política, transformando, através de atitudes mesquinhas, burras e impensadas, aliados em adversários.

Depois de abraçar e tornar realidade um arrojado projeto para construção do shopping center em Arapiraca, um sonho de mais de 30 anos que vinha sendo acalentado pelo povo arapiraquense, o empresário Adoniran Guerra poderá alçar novos voos e voltar à vida pública. Nos bastidores da politica interiorana, são fortes os comentários de que o empresário poderá disputar mandato de prefeito nas eleições municipais de 2016.

Estão de olho

O fim de um sonho

E

o prefeito de União dos Palmares, Beto Baía, está mais perdido do que cego em tiroteio e mais enrolado do que cordão em bolso de bêbado. Brigou com aliados de primeira hora como o senador Fernando Collor, deputado federal João Lyra e, de quebra, com a maioria dos vereadores.

Estenderam a cuia Bom, mas é importante registrar que alguns representantes do povo palmarino estenderam a cuia e fecharam os olhos para aberrações administrativas praticadas com aval de quem menos se esperava: a primeira dama do município. Ao que parece, o sonho do médico Beto Baía de assumir a Prefeitura se transformou em um pesadelo.

Um desastre Mas como é que essa história pedregosa começou? Bom, Beto após se eleger foi obrigado a se submeter a uma cirurgia em São Paulo e deixou a administração nas mãos da primeira dama que sentou no trono e puxou para si o papel de uma rainha. Com plenos poderes fez o quis: montou equipe, admitiu e demitiu servidores e para a surpresa de todos engrenou uma marcha ré e desfez até o que nunca foi feito pelos gestores que antecederam Beto Baía. Foi um desastre.

Não deu outra: Beto tem o Ministério Público e a Justiça acompanhando de perto a sua administração, diante do caos que se estabeleceu e dos fortes indícios de atos de improbidade administrativa. Beto é um excelente médico e um cidadão, até antes de assumir a Prefeitura, de conduta reconhecidamente irrepreensível. Infelizmente, tudo isso foi jogado no ralo por falta de iniciativas, pulso firme e ações objetivas.

Duro baque Diz o ditado que “Atrás de um grande homem sempre existe uma grande mulher”. Ao que parece, pelo menos em União dos Palmares, esse adágio popular sofreu um duro baque: “Atrás de um péssimo prefeito, existe uma péssima primeira dama”. Pois é. Cada um tem o parceiro que merece e precisa.

Caos em Maribondo Eleito com como 4.710, o prefeito Tonho de Eurico perdeu o rumo da administração que até o momento nada perde para o seu antecessor, o médico Zé Márcio que simplesmente passou para a história como o pior prefeito do município. A inércia simplesmente tomou conta da administração atual que mais se assemelha a um biscuit de geladeira. Ou seja: todo mundo vê, sabe que existe, mas só serve de enfeite. Enquanto isso salários de servidores continuam atrasados, o município continua sem obras estruturantes, isso sem falar que faltam ações para melhorar áreas prioritárias como saúde e educação.

Deputado e vereador Adoniran Guerra possui ampla experiência na vida pública. Na sua bagagem ele carrega grandes conquistas, dentre elas a de ter sido eleito deputado estadual e vereador de Arapiraca. Guerra também foi secretário municipal e superintendente da SMTT na segunda cidade mais importante do Estado.

Não confirma Apesar de não confirmar a sua précandidatura, amigos próximos asseguram que o empresário já abriu um diálogo permanente com diversos seguimentos ligados ao comércio e a indústria e conversando com líderes comunitários das áreas urbana e rural do município.

São Sebastião No último sábado (17), a Prefeitura de São Sebastião entregou à população mais uma importante ferramenta voltada à manutenção da qualidade da Saúde da população. Na oportunidade foi inaugurado um moderno posto de saúde, totalmente equipado, no povoado Terra Nova, um dos mais importantes do município.

PELO INTERIOR ... A Secretaria de Educação de Anadia está com nova Secretária. O Prefeito José Augusto nomeou nesta terça-feira (20), a assistente social Patrícia Rocha, para exercer o cargo. ... Logo após a posse, a Secretária se reuniu com servidores na sede da secretaria, onde se apresentou oficialmente como titular da pasta e falou sobre seus projetos na Educação. ... “Quero dar continuidade aos trabalhos que estão sendo realizados. Minha gestão será marcada pelo diálogo constante com os profissionais da educação e com os sindicatos que representam a categoria. Diálogo é fundamental para uma boa relação. Além disso, irei priorizar a razão de nossa existência; os alunos e professores. Melhorar a educação é uma meta que pretendo atingir, apesar de saber que não será uma tarefa fácil, mas gosto de desafios”, declarou. ... Na ocasião, o Prefeito José Augusto declarou que, mesmo em meio às dificuldades enfrentadas pelo município, a educação tem avançado consideravelmente e desejou prudência, paciência, coragem e disposição para enfrentar os desafios da educação. ... Na semana passada, o prefeito de São Sebastião, Charles Pacheco (PP), esteve na capital federal participando da 17ª edição da Marcha “A Brasília em Defesa dos Municípios”, que contou com a participação de milhares de prefeitos e vereadores de todo o país. ... Charles participou do evento ao lado do ex-prefeito José Pacheco e dos vereadores Henrique Garcez, Moézio Santana, Manoel do Gongo, Paulo Moreno e Eliton Curtinho, integrantes da base de sustentação do prefeito na Câmara Municipal. ... Na manhã de terça-feira (20), o município arapiraquense sediou, no Levino’s Hall, no bairro Novo Horizonte, a edição 2014 do evento de compras governamentais promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Fomenta Alagoas. ... Estiveram presentes na ocasião, o vice-prefeito Yale Fernandes (PMDB), em representação a prefeita Célia Rocha (PTB), a secretária Municipal de Indústria, Comércio e Serviços (Semics), Myrka Lúcio, diretor técnico do Sebrae em Alagoas, Ronaldo Moraes e o diretor do Sebrae Arapiraca, Aristides Minervino, além do prefeito do município de Lagoa da Canoa, Álvaro Melo (PMDB). ... Aos cinco leitores da coluna desejamos um final de semana cheio de paz, saúde e harmonia. Quanto aos desafetos que odeiam o que o colunista escreve, os quintos dos infernos os aguardam. “Eita” cambada de puxa saco. Valeu, inté a próxima edição. Fui!!!!!!!


30 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 23 A 30 DE MAIO DE 2014

REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

Suas compras

C

asal que conversa civilizadamente sobre o orçamento doméstico, dividindo as despesas, anotando tudo que ganha e gasta, além de reservar uma parte para a caderneta de poupança, vive tranquilamente, sem brigas, sem ressentimentos. Mas deve cumprir à risca, não deixando de anotar qualquer gasto que faça, até mesmo o pão diário. Um fica encarregado dessa tarefa do dia a dia e o outro acompanhando tudo. Ao se dirigir a um supermercado para as compras da semana, quinzena ou mensal, vai apenas um, que deve ser o mais disciplinado. O outro fica em casa. A lista de compras é essencial. E só deve comprar mesmo o que estiver anotado. Nada de compra por impulso. Mesmo sendo uma promoção. O tempo livre é importante. Não deve ir com pressa, mas com tempo suficiente para pesquisar preços.

Marca Uma dica importante, é trocar de marcas. Muitas vezes você usa uma marca de sabão em pó por anos. De repente ver um similar na prateleira com um preço menor e com a mesma composição. Não conte conversa: coloque no carrinho e comprove que fez o mesmo efeito.

Na balança

Pagamento

Ao comprar um produto que é pesado, preste atenção se a balança fica num local realmente fixa e atente para o peso e preço. Em casa, se tiver balança, pese novamente. É uma outra tarefa que você deve cumprir.

Na hora de pagar no caixa, vá prestando atenção na tela, do valor exposto no produto e o que foi colocado. Essa operação requer muita paciência. Se houver algum engano do funcionário, reclame e peça para registrar o valor correto.

Preço

Em casa

A etiqueta de preço deve se encontrar no próprio produto ou na prateleira. Atende para os valores. Pode também ver os demais produtos, com a mesma marca e checar se realmente os valores estão iguais. Muitas vezes pode ocorrer de ter diferença entre o que se encontra na frente e o de trás.

Ao chegar com as compras, antes de guardar no armário, vá conferindo produto e preço através da nota e ainda da lista que levou. Faça o comparativo com a compra anterior. Constate quais os produtos que se encontram com o mesmo preço e os que aumentaram.


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