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MACEIÓ - ALAGOAS
ANO XVI - Nº 784 - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014
RODRIGO CUNHA BUSCA APOIO EM ARAPIRACA PARA CHEGAR À ASSEMBLEIA
MORTE DE EDUARDO CAMPOS MEXE NA DISPUTA ELEITORAL EM ALAGOAS MARINA – POSSÍVEL SUCESSORA - NÃO SUBIRÁ EM PALANQUE DE ARTHUR LIRA; VILELA QUER APOIO DE FERNANDO COLLOR PARA CHEGAR AO TCU P/ 7 a 9 Júlio Cezar - antes de virar candidato - fazia campanha ao lado de Biu e Toledo
P/10
ESTADO TEM PREJUÍZO DE R$ 22 MILHÕES COM KITS ESCOLARES SUPERFATURADOS P/15
FORNECEDORES LEVAM CALOTE DA USINA CAPRICHO E PEDIRÃO FALÊNCIA DO GRUPO TOLEDO P/18
CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL, LUNA DIZ: “OS CORRUPTOS VÃO TER QUE ME ENGOLIR” P/12
2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014
COLUNASURURU
Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millôr Fernandes)
DA REDAÇÃO
À beira da falência
M
esmo contando com privilégios fazendários e outros benefícios fiscais concedidos ao setor açucareiro por sucessivos governos, o Grupo Toledo enfrenta uma grave crise que ameaça desaguar em mais um pedido de recuperação judicial no setor. O Grupo, comandado pela família Toledo, é proprietário das usinas Capricho, em Cajueiro, Sumaúma, em Marechal Deodoro, e Paísa, no município de Penedo, todas em dificuldade financeira. Das três indústrias, a situação mais grave é a da usina Capricho, que desde janeiro não paga aos fornecedores de cana e seus dirigentes sequer dão satisfação aos mais de 500 credores. Sem qualquer perspectiva de receberem seus créditos, os fornecedores estão dispostos a pedir falência da indústria, como ocorreu com a Usina Larginha, do Grupo João Lyra, cuja crise terminou contaminando todo o Grupo JL, hoje sob liquidação judicial. A crise afeta todas as usinas alagoanas – sem exceção – mas os usineiros vão muito bem, obrigado. Basta citar o caso de João Lyra, dono de cinco usinas falidas e um calote superior a R$ 2 bilhões, mas encabeça a lista dos parlamentares mais ricos da Câmara Federal, com patrimônio pessoal de R$ 265 milhões. Da mesma forma, as usinas do Grupo Toledo estão à beira da falência, mas seus proprietários ocupam o topo da pirâmide social do Estado. Que o digam Cazuza Toledo, diretor da Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool, seu irmão Fernando Toledo, presidente da Assembleia Legislativa, e o primo Alexandre Toledo, deputado federal e candidato a vice-governador na chapa do senador Benedito de Lira. Enquanto isso, milhares de pequenos produtores rurais, trabalha-dores do campo e operários de suas indústrias vivem o drama do desemprego e da falta de dinheiro até para alimentar suas famílias. Uma situação grave e sem perspectiva de solução.
Cerca de 3% da população rural do País detém 43% das terras agrícolas disponíveis. Herança do período colonial... Nessas imensas fazendas, há dezenas de milhares de hectares de terras que não são aproveitadas. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar da atualidade, mas seu destino é a produção de álcool e biocombustível.
Reportagem especial Na próxima semana você vai ler no EXTRA um resumo do nascimento e morte da indústria açucareira em Alagoas e suas transformações. Verá também a incrível trajetória de João Lyra, que já foi um dos homens mais ricos do Brasil e hoje amarga uma espécie de purgatório da economia.
Irregularidade
Empresários da construção civil e profissionais da engenharia estão se mobilizando para lançar o engenheiro Fernando Dacal como candidato à presidência do Conselho Regional de Engenharia de Alagoas (CREA-AL). A eleição será em novembro.
A justiça eleitoral de Anadia parece não existir. A afirmação é devida à irregularidade cometida pelo prefeito do município, José Augusto Souza, que permitiu que veículos locados e próprios da prefeitura fossem adesivados com propaganda eleitoral do candidato ao governo de Alagoas pelo PP, Benedito de Lira. Parece que quem manda em tudo por lá é o gestor mesmo.
Tempo perdido
E agora, Dilma! Marina Silva não conseguiu transferir seus 20% de votos para Eduardo Campos. Se assumir a cabeça de chapa, é possível receber os 10% de Campos, somando 30% e levar a eleição presidencial para o segundo turno. Essa possibilidade – mesmo que difícil - está tirando o sono de Lula, Dilma e de todo o comando do PT.
“Não desistam do Brasil!” Última frase de Eduardo Campos na entrevista à TV Globo.
Tô fora! Morreu a última esperança de Téo Vilela em ver Thereza Collor disputando com Fernando Collor a única vaga ao Senado. A viúva de Pedro Collor disse não ao convite, enquanto seu filho Fernando Collor Lyra confirma apoio ao tio famoso.
Um velho garoto
Concentração de renda
Eleição no CREA-AL
“Apontado com expoente da nova geração, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), revela-se um político tão à antiga quanto Benedito de Lira (PP), que ele escolheu apoiar para o governo de Alagoas”. (Cláudio Humberto)
PT não é dono do País “O PT acha que o Brasil é dele e viverá e morrerá com ele. Assumiu a esquizo-frênica arrogância de Lula e trata a Nação como se fosse uma propriedade dele, um gole de cachaça numa varanda em São Bernardo”. (Sebastião Nery)
Nas duas primeiras entrevistas com os presidenciáveis - no Jornal Nacional William Bonner e Patrícia Poeta desperdiçaram preciosos minutos com dois temas banais: a pista de pousa construída por Aécio Neves nas terras do tio-avô e a nomeação da mãe de Eduardo Campos para o TCU. Ao fustigar os candidatos, os dois globais pareciam estar mais preocupados em “vender” a imagem de uma TV indepen-dente, e não com a disputa presidencial. Nesse diapasão, espera-se que a dupla “castigue” também a candidata Dilma Rousseff com relação às refinarias de Passadena (EUA), Abreu e Lima (PE), o Mensalão e outros escândalos comandados pelo governo do PT. Como dizia Padre Vieira, mais importante que a pregação é o exemplo. O que, certamente, não é o caso da poderosa Rede Globo.
SOS Vigilância A Vigilância Sanitária Estadual precisa ir a Pão de Açúcar. A total falta de higiene no Mercado Público, onde proli-feram moscas e baratas, o esgoto corre a céu aberto e a situação dos banheiros é deplorável, está a exigir providências imediatas. Lembrando que o abate de animais nem é feito mais no local, mas na vizinha São José da Tapera.
SOS Vigilância 2 Na mesma situação está o Bar da Fumaça, anexo ao mercado e onde a afluência de pessoas às segunda-feiras
Pressão Outra informação vinda da cidade é a de que os funcionários de algumas secretarias estariam sendo pressionados pelo prefeito José Augusto para que os mesmos adesivem seus carros com a propaganda de Benedito de Lira e do deputado estadual Antonio Albuquerque e seu filho Nivaldo Neto. A pressão é a seguinte: “coloca o adeviso ou perde o emprego”.
Aproveitador Falando no candidato Benedito de Lira, suspeita-se que ele vai querer se aproveitar da morte do presidenciável Eduardo Campos. Isso porque em sua página no Facebook, Biu fez questão de divulgar um texto em que diz que vai realizar o legado do ex-governador de Pernambuco. Ao que parece o candidato vai querer usar da comoção para conseguir votos em Alagoas. Será que essa “esperteza” vai funcionar?
Exemplo Se todos os médicos seguissem o exemplo do profissional Renato Rezende, fazendo o bem sem olhar a quem, com humanidade, humildade e competência, com certeza a situação da saúde no Brasil seria outra.
EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Street Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580
EDITOR: Fernando Araújo CHEFE DE REPORTAGEM: Vera Alves
CONSELHO EDITORIAL
Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros, Maurício Moreira e José Arnaldo Lisboa
SERVIÇOS JURÍDICOS
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 -
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JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com
Siga-me: @jorgearapiraca
Marina é garantia de segundo turno Vitória - A morte trágica de Eduardo Campos muda significativamente o quadro político do país. Marina Silva pode substituí-lo. E aí a coisa vai ficar preta para o PT. O segundo turno, que já se desenhava como provável, agora fica a certeza de que haverá com a candidatura da Marina, que nas eleições de 2010 abocanhou 20 milhões de votos. Com quase 10% nas pesquisas, Eduardo, morto, pode virar um grande cabo eleitoral da Marina porque ela vai contar com o sentimento de perda do povo brasileiro. Mas, para isso acontecer, Marina deverá mudar o discurso, focar em propostas exequíveis e concretas para mudar o país. Eduardo Campos teria dificuldade de chegar ao segundo turno das eleições. É bem verdade que tinha melhorado o discurso, apresentava propostas mais realistas, mas tinha contra ele o pouco tempo de televisão. Preocupou-se demais em consolidar a aliança com Marina e esqueceu-se de aumentar o tempo na TV coligando-se com outros partidos. A companheira de chapa também atrapalhou. Censurou Eduardo quando este tentou outros apoios, numa atitude de infantilidade política, e o resultado foi o pouco tempo de televisão e a restrição a adesão de políticos e de outros partidos à candidatura de E-duardo. Nos bastidores da campanha do socialista já se comentava inclusive a provável substituição da Marina. Dizia-se abertamente que ela tinha sido um blefe, uma pessoa difícil de relacionamento e de posições estreitas para quem se propunha a disputar uma eleição presidencial. O motivo para substituí-la era um só: a Marina não havia acrescentado
um voto sequer à candidatura de Eduardo Campos, que continuava patinando em terceiro lugar. Agora, a situação pode se inverter. Marina, levada pela emoção do povo brasileiro, pode surpreender e levar a eleição para o segundo turno. No segundo turno, Marina teria duas opções: apoiar Aécio ou Dilma, caso não ganhe as eleições. Provavelmente, por suas posições radicais, vai se declarar neutra. Mas mesmo com a neutralidade não deverá ter controle sobre os seus votos que certamente vão migrar para o Aécio. A Dilma, portanto, continuará em dificuldades para ganhar a eleição no segundo turno já que todos partidos de oposição estarão contra ela. Aécio vai continuar sua cami-nhada. Para ele, o quadro não muda muito no primeiro turno. O tucano não vai herdar os votos de Eduardo Campos porque eles migrarão imediatamente para Marina Silva, com quem Campos andava grudado em caminhadas pelo Brasil para colar sua imagem ao da sua companheira de chapa de olho nos votos de Marina que não apareciam. Aécio deve continuar pontuando nas pesquisas devido ao espaço que a mídia já concede igualmente a todos os candidatos. A morte de Eduardo abala mais a candidatura da Dilma. Recordista em rejeição, a presidente continua empacada. Enquanto permanece nos mesmos números, seus opositores crescem e se aproximam dos seus números. Até o programa político na televisão, dificilmente a presidente vai avançar. Sem carisma, quanto mais aparece falando na mídia eletrônica mais tem a sua imagem arranhada e rejeitada pelos
Maquiagem Os marqueteiros da Dilma – muito competentes, por sinal – vão novamente tentar ganhar a reeleição dela na televisão. Vão se utilizar de truques eletrônicos, maquiagens sofisticadas e mostrar obras com belas imagens para impressionar o eleitor. Vão ter que se rebolar, contudo, para convencer a população de que a Dilma é realmente a gerentona que o Lula vendeu ao Brasil. Se errarem na mão, certamente a campanha vai para o brejo.
Contato O contato da Dilma com a população continua frio, distante. A presidente não tem o traquejo dos políticos profissionais. Muitas das vezes ela prefere o discurso escrito por seus assessores ao improviso no calor das emoções. Na morte de Eduardo, por exemplo, a presidente lamentou a tragédia, mas foi indelicada na nota oficial que leu ao dizer que “apesar das divergências... Imprudências como essas é que deixam os marqueteiros de cabelos em pé, sempre assustados com as atitudes da presidente.
4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014
GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br
A compra de votos
Sobra de comida
A
compra de votos tem se acentuado nos últimos dias na capital e no interior e logo, logo alguns escândalos deverão explodir com a atuação da Polícia Federal, que tem recebido, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil, diversas denúncias consideradas escabrosas. Como a eleição em Alagoas é considerada uma das mais caras do Brasil, com certeza o dinheiro vivo tem circulado com muita frequência nos municípios alagoanos, recheados de ´´lideranças´´ às vezes não muito confiáveis, mas que esperam eleição em dois em dois anos para fazer o pé de meia. O difícil, diga-se de passagem, é identificar quem é o mais puro nesse processo eleitoral. Se não compram voto com dinheiro, fazem promessas que habitualmente não são cumpridas, tudo em nome do poder político no Estado. Este expediente, corrupto, também, tem aflorado junto às lideranças políticas em Alagoas e parece, não acabará nunca por aqui e por lá, no sul, sudeste, norte e centro-oeste. É, infelizmente, uma questão cultural de um povo acostumado a isso e que se conforma com migalhas que só trazem cada vez mais sofrimento e desesperança. Até quando?
Depois de amargar uma companhia indesejável, mas que lhe apóia em um município do agreste, um candidato ao governo ficou estressado durante a visita à cidade. Para se ter ideia da rejeição do prefeito, sobrou comida no rega-bofe oferecido aos convidados.
O mais votado O ex-prefeito Cícero Almeida que voltou com a carga toda nesta campanha tem revelado que sua votação ficará na história de Alagoas. Ele acha que será reconhecido por toda a sociedade maceioense pelo trabalho que fez, principalmente na periferia de Maceió.
Em campanha Disputa O prefeito Rui Palmeira começou a fazer caminhadas em defesa da candidatura de Biu de Lira. Quer fazer bonito nas eleições, disse um assessor. Não quer perder a parada para o ex-prefeito Cícero Almeida que faz campanha para Renan Filho.
Disputa 2 Outra disputa interessante é saber quem terá mais votos na capital para deputado federal. Cícero Almeida ou Ronaldo Lessa? Ambos foram prefeitos de Maceió e têm ampla intimidade com o eleitorado, principalmente da periferia da capital.
Dificuldades Velho cadastro A Polícia Federal estaria recebendo denúncias de que o cadastro de eleitores não só é feito na periferia, em ambientes fechados. Há denúncias que ele também está sendo realizado até em gabinetes na Assembleia Legislativa, o que tem preocupado assessores de um certo deputado estadual.
Defesa de Collor
Primeiro turno Mesmo com o trabalho que tem feito em pouco tempo como candidato ao Palácio dos Martírios, Júlio Cézar não chega a preocupar, afirmam pessoas com trânsito livre no governo. Biu e Renan devem decidir a parada no primeiro turno.
Insensibilidade
Algumas coligações já demonstram que dinheiro para a campanha não está tão fácil assim. Muita gente que tem prestado serviços de logística reclama do não cumprimento de alguns compromissos. E ainda faltam 45 dias para as eleições de 5 de outubro.
Mesmo com a confirmação da morte de Eduardo Campos, a Globo não se preocupou com o trágico acidente. Forçou a barra para o PSB definir como iria proceder na substituição do candidato à presidente, numa demonstração de indiferença com o desastre aéreo que matou sete pessoas.
Assim não dá
Duvidosas
Pela falta de compromissos assumidos, algumas lideranças de Maragogi já migraram para outros candidatos. É o toma lá, dá cá. Se a grana não aparecer, adeus votos.
O Diretório Municipal do PTB saiu logo em defesa do senador Fernando Collor, que novamente voltou a ser citado pela revista Veja por ligações com o doleiro Youssef. O Partido diz que isso foi uma grande armação pelo fato de Collor ter recebido indenização por haver sido caluniado pela revista.
Acordo desfeito
O Brasil de luto
Reprovação
A morte trágica do candidato Eduardo Campos, deixou uma lacuna irreparável na política brasileira. Homem público dos mais sérios e com uma administração em Pernambuco de fazer inveja aos outros Estados brasileiros, ele deixa um legado de decência, trabalho e honradez.
Enquanto Cícero Almeida se mexe na periferia da cidade para angariar votos para a Câmara Federal e para Renan Filho, o prefeito Rui Palmeira e o vice Marcelo Palmeira arregaçam as mangas das camisas para eleger Biu de Lira.
Um candidato pronto para emplacar na Câmara Federal, fechou um acordo de dez mil votos, mas parou no caminho. Desconfiou que não sairia nem a metade dos votos prometidos pelas lideranças.
Mais de 80% dos prefeitos alagoanos estão mal na fita e serão, com certeza, péssimos cabos eleitorais durante toda esta campanha. O índice de rejeição chega à estratosfera. Não pagam salários, não cumprem com os compromissos com fornecedores e pouco aparece na cidade. Quem for na onda perde o dinheiro e os votos.
Muitas pesquisas que estão sendo divulgadas por aí estão longe de serem as que realmente estão corretas. Tem pesquisa para todos os gostos, dizem especialistas no assunto.
De olho As coordenações jurídicas das coligações estão de olho na divulgação de pesquisas ´´fabricadas´´ e pedem punições para quem se habilita a contrariar as normas da Justiça Eleitoral.
Contribuições Fazia tempo que as doações de campanha não se restringiam somente ao poder econômico local. Agora vem de fora, da JBS, proprietária da Friboi e de velhas e conhecidas construtoras nacionais. Uma beleza.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 -
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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 MARECHAL DEODORO
Prefeito diz desconhecer motivo da ação do Ministério Público
Procurador-Geral de Justiça ofereceu denúncia contra Cristiano Matheus no TJ e pediu o afastamento dele
REDAÇÃO
D
enunciado esta semana pelo Ministério Público Estadual junto ao Tribunal de Justiça, o prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, afirmou que nem ele e nem os secretários que como ele são acusados de improbidade foram ouvidos e que não conhece o teor do processo. No entanto, reconhece que é papel do MP investigar qualquer suspeita de irregularidade. Segundo o prefeito, ele e sua equipe jamais se opuseram a qualquer solicitação, acrescentando que a prova disso é que desde janeiro desse ano o Ministério Público teve toda liberdade para atuar. “Estamos aguardando o desenrolar da situação. Não sei o porquê de pedirem meu afastamento”, disse Cristiano Matheus. A DENÚNCIA Na última terça-feira, 12, a Procuradoria Geral de Justiça, juntamente com o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), ajuizou ação penal contra o prefeito de Marechal Deodoro. Pesa sobre o gestor a acusação de ilícitos penais de fraude à licitação, formação de quadrilha e crimes de responsabilidade de
prefeitos e vereadores, causando prejuízo de mais de R$ 1,3 milhão ao erário. O MP solicitou ainda à Justiça que o prefeito seja afastado da função. Vale ressaltar que em janeiro desse ano, a 17 ª Vara Criminal da Capital expediu mandados de busca e apreensão, onde foram apreendidos documentos e equipamentos que serviram, juntamente com depoimentos, para a formulação da denúncia. “Essencial o afastamento do denunciado Cristiano Matheus diante da concretude de atos ilícitos por este reiteradamente praticados e pela iminente possibilidade de dificultar-se a instrução processual, haja vista que se instalou no município de Marechal Deodoro um esquema destinado a incessante prática de crimes contra a administração pública”, diz trecho do documento. A ação é assinada pelo procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, o subprocurador-geral Judicial, Antiógenes Marques de Lira, o promotor e coordenador do Gecoc, Alfredo Gaspar de Mendonça, e o assessor técnico e promotor de Justiça Vicente José Cavalcante Porciúncula. De acordo com a denúncia, nos anos de 2009 e 2013,
Cristiano Matheus afirma desconhecer as razões que teriam levado o MP a pedir o seu afastamento
diversas despesas foram realizadas pelo município em favor da empresa L.Carvalho da Silva Produções - ME, que, supostamente, teria realizado serviços de locação de equipamentos para uma festa, em 2009, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, padroeira daquela cidade. A empresa também teria sido contratada para fornecer orquestras para se apresentarem em blocos carnavalescos durante o carnaval do ano passa-
do.
Segundo o MP, ao analisar os contratos e ordens de pagamento, foi verificado que três processos de licitação e 19 processos de pagamento foram fraudados. O prejuízo foi estimado em R$ 1.342.081,00. O órgão constatou ainda que o processo de pagamento acorreu de forma completamente irregular. O prefeito divide as acusações com outras pessoas ligadas a prefeitura do município. Respondem pelos mesmos ilí-
citos Robério Limeira de Lucena, José Albérico de Souza Azevedo, José Roberto Lessa Peixoto, Givanildo Mendes da Silva, José Jorge Bastos de Melo, Augusto César Andrade Cruz, Flávia Viviane Ribeiro Costa, Sônia Maria dos Santos Amaral e Antônio Vieira da Silva Filho. Dentre os acusados, apenas Givanildo Mendes não foi acusado de fraude em licitação, enquanto José Jorge não responderá pelo crime de peculato.
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MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 - 7
ELEIÇÕES 2014
Morte de Eduardo Campos mexe com as eleições em Alagoas
Possível sucessora, Marina Silva não divide palanque com Arthur Lira; Júlio Cézar é escalado para ‘salvar’ herança tucana; Vilela quer eleger sobrinho e tenta apoio de Collor ao TCU ODILON RIOS REPÓRTER
A
morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a comoção nacional em torno de um dos políticos mais carismáticos do País fazem os partidos tentarem alcançar o legado do terceiro colocado nas pesquisas presidenciais. Único nordestino na disputa, o neto de Miguel Arraes alcançou notoriedade ao ser ministro da Ciência e Tecnologia no Governo Lula e governar Pernambuco com altíssimos índices de aprovação. Em Alagoas, a expectativa das legendas que se formavam ao redor do senador Benedito de Lira (PP) e reivindicavam o palanque campista (sem desgrudar dos cargos federais da era Dilma Rousseff) é descobrir quais os rumos dos socialistas. Vão lançar a ex-senadora Marina Silva, nome que se tornou referência nas eleições presidenciais de 2010 (alcançou 19% dos votos válidos) e virou sinônimo de mudança nos protestos realizados ano passado? O PSB vai liberar seus filiados, que se dividirão entre o senador Aécio Neves (PSDB/MG) e a presidente Dilma? Estas e tantas outras perguntas povoam os palanques de Alagoas. Com Eduardo Cam-
pos, que esteve em Alagoas na última sexta-feira (8) existia uma definição. Mas, com Marina Silva os acordos são mais difíceis. Ela se recusaria a subir no palanque de Biu e ter de dividir espaço com o deputado federal Arthur Lira (PP), acusado, entre tantos crimes, de dar uma surra na ex-mulher durante 40 minutos. Além disso, Marina teria de pedir votos ao ex-presidente da OAB e candidato ao Senado, Omar Coêlho de Mello, do Democratas e rival da vereadora Heloísa Helena (PSOL) - de quem é amiga e confidente. E dividir o palanque com o deputado federal e usineiro Alexandre Toledo, sócio da usina Paisa, que esta semana foi condenada, pelo juiz do Trabalho, André Antônio Galindo Sobral, da Vara do Trabalho de Penedo, a pagar verbas rescisórias, férias e por atraso no pagamento do salário de seus empregados. A empresa alegou que “o setor sucroenergético do Brasil vem enfrentando grave crise, e que a usina estaria reunindo esforços para ajustar o pagamento das verbas laborais ao prazo estipulado na legislação”. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi proposto para os problemas serem sanados de forma extrajudicial, mas a usina informou que, por cau-
sa da crise financeira do setor, não poderia firmar o TAC. Seria um currículo complicado para Marina Silva administrar. Pior, com repercussão nacional e negativa. E a ex-senadora não deve deixar de lado a campanha de Heloísa Helena. Biu de Lira se adiantou e disse nas redes sociais que sua campanha assumirá o legado de Eduardo Campos. Mas, este legado inclui Marina Silva e seus milhões de votos? O PP avalia a resposta. PSDB O PSDB mudou de candidato. Saiu o procurador Eduardo Tavares e entrou o ex-militar e jornalista Julio Cézar, vereador em Palmeira dos Índios. Júlio irá cumprir um papel inovador nas campanhas alagoanas, na medida em que, sabendo da impossibilidade de disputar de verdade a eleição, utilizará o tempo gratuito para exclusivamente defender as obras do governo tucano. Seu principal municiador de informações não será o seu partido, o PSDB, mas a Secretaria Estadual de Comunicação- que também enfrenta uma crise interna ao não ter forças de revidar a série de matérias da Gazeta de Alagoas sobre os números do Governo. Mesmo assim, sem aliados
Marina Silva, provável substituta de Campos, é o centro das atenções
Governo de Téo Vilela detém os mais altos índices de reprovação
políticos ou apoio mesmo do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) que o lançou, nem de seus deputados ou prefeitos e candidatos proporcionais, Júlio terá apoio decisivo do experiente publicitário Jácome Einhart, responsável pelas duas campanhas vitoriosas de Vilela e dono da Paz Publicidade, agência que abocanha um quinhão bastante expressivo da Secom. Einhart já deu o tom da campanha em um de seus posts nas redes sociais dizendo que o palmeirense poderá ser a “surpresa” nesta campanha. Será um produto do bom marketing que utilizará os minutos da coligação para fazer o que ninguém topou: defender as realizações de um Governo com os mais baixos índices de aprovação.
A campanha de Júlio Cézar também levará nas costas as dificuldades dos últimos meses da administração tucana, em sérias dificuldades nas áreas de educação, saúde e segurança. O clima no Palácio dos Martírios é de despedida, ou melhor, o do “tempo de Murici, cada um por si”. Cada notícia que chega aumenta ainda mais o clima de desolação. Se Eduardo Tavares abandonou a candidatura por falta de apoio, seu vice, o deputado estadual Gilvan Barros (PSDB), refez o plano que nunca abandonou: o apoio ao deputado federal Renan Filho (PMDB), agora publicamente, afirmando que a escolha do vereador de Palmeira era “para encher linguiça”. CONTINUA
8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 ELEIÇÕES 2014
Um ex-secretário de Estado que agora apoia Biu de Lira diz, em tom crítico, que a candidatura de Julio Cezar “é tão real quanto o Estaleiro Eisa”- referência à fábrica de navios-fantasma, usada há duas eleições para atrair o eleitorado sem um único tijolo erguido e acumulando muitas gargalhadas nos corredores do Palácio República dos Palmares. Nas secretarias, os novos ocupantes das cadeiras deixadas pela equipe anterior, que foi afastada ou se afastou para concorrer ou apoiar outro candidato, não conseguem mais engrenar a máquina. O que poderá fazer um secretário em quatro meses finais de governo? Muitos aceitaram para incrementar o currículo, outros pela conveniência ou vaidade de ser secretário, outros para poder apoiar melhor o nome indicado pelo grupo político ao qual pertence. Mas, ninguém assumiu para mostrar resultados na gestão. O fim da era tucana é pura desolação. Diante da paralisia do governador tucano, muitas são as especulações, que vão desde um acordo com Renan Calheiros para facilitar a vida de Renan Filho, garantindo, em troca, as eleições do sobrinho Pedro Vilela, um mandato nas eleições gerais de 2018 e até um possível cargo no Tribunal de Contas da União, quando seria apoiado, por unanimidade, pela bancada federal de Alagoas, incluindo o senador Fernando Collor (PTB). Há quem alimente esta ideia se Aécio Neves for o escolhido ao Palácio do Planalto. E usaria o mesmo estratagema de Fernando Henrique Cardoso, o tucano que indicou, Guilherme Palmeira, do PFL, cotado para ser seu vice, ao TCU. Há por outro lado a preferência pelo deputado estadual José Eduardo Riva (PSD/MT)- que responde a mais de 100 processos. Neste caso, a costura seria se Dilma fosse reeleita. Enquanto nada disso vira realidade, no governo, Téo deverá aproveitar a distância da campanha para aplicar os recursos já depositados pelo Banco Mundial para algumas obras em Alagoas e melhorar sua imagem de governador.
Biu é o candidato do Palácio
O
candidato da maioria absoluta dos que fazem o governo estadual é Biu de Lira. A frente liderada pelo PP tem o apoio de alguns atuais secretários (e a totalidade dos ex-secretários), e da maioria do PSDB e do PRB de Galba Novais. Prefeitos e deputados estaduais que um dia foram da base do Governo declaram voto em Biu de Lira. O nome de maior peso, sem dúvida, é o do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, do PSDB, que apoiava e apoia abertamente o senador do PP. Os cargos comissionados estão quase todos em campanha, principalmente no interior, apoiando o candidato que, segundo o slogan “Biu resolve”. A campanha de Biu deverá arrecadar mais recursos que a frente tucana. E com o apoio especial. A Cooperativa dos Usineiros forma uma torcida pela eleição do candidato do PP porque permitiria a ida do usineiro Givago Tenório (sobrinho de João Tenório, que é cunhado do governador) para o Senado na vaga do próprio Biu. Se o senador do PP tem mais apoio dos proprietários de usinas, Renan Filho é um forte candidato junto aos plantadores de cana. Existe uma explicação: Renan-pai sempre foi um defensor dos interesses da Asplana (Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas) em Brasília, principalmente em relação aos subsídios aos fornecedores de cana. No lado tucano, o vereador Júlio Cézar e o candidato a senador, professor Eduardo Magalhães, contam apenas com o tempo de rádio e televisão na dura tarefa de retribuir a nomeação do governador com a defesa de suas obras e feitos. Entre os considerados partidos pequenos- que não negociam cargos ou não são laranjas- apenas o engenheiro agrônomo Mário Agra vem marcando alguma presença nos debates, aproveitando o prestígio e a popularidade de Heloísa Helena, sua parceira de chapa. E o historiador Golbery Lessa, com pouca participação nas redes sociais e bastante aproximação com o eleitorado de nível superior, mas bastante restrito: apenas 5,9% do eleitorado alcançou este “topo da pirâmide”. Na disputa para o Senado, Fernando Collor (PTB) leva uma grande vanta-
Heloísa Helena terá menos de um minuto na TV e Omar Coêlho o segundo maior tempo
gem em relação aos demais candidatos. Com mais de um terço de votos cativos no eleitorado alagoano, o ex-presidente parte na frente nas duas pesquisas Ibope divulgadas até o fechamento desta edição (14 de agosto, pela manhã). Heloísa Helena será penalizada com um tempo mínimo de menos de um minuto, enquanto Collor terá mais de quatro minutos. Omar Coelho é o candidato de Biu, tem o segundo maior tempo entre os candidatos ao Senado, mas não é bem visto na sua própria coligação. A suplente Eudócia Caldas foi convidada a sair da suplência porque seu filho, o deputado João Henrique Caldas (SDD) não acreditou nas possibilidades de Omar e resolveu apoiar Heloísa Helena. O deputado Joãozinho Pereira (PSDB), ligadíssimo a Biu, garante os votos das cidades
de Junqueiro, Teotônio Vilela e Campo Alegre a Collor, assim como o prefeito da Barra de São Miguel, o Zezeco, do PP de Biu mas fechado com o senador. Para os que fazem a campanha de Biu, o ex-presidente da OAB não traz votos para a chapa nem mesmo juntos aos advogados. Muitos dos candidatos proporcionais da frente liderada pelo PP estão em plena campanha para Fernando Collor, que mantém uma ótima relação com Biu de Lira. Entre os comitês alagoanos, as novas denúncias sobre o caso do doleiro Alberto Youssef, saídas na Revista Veja, envolvendo Collor, mas trazendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), citado pela primeira vez, mais Artur Lira e Biu de Lira, aparecem como notícias velhas e que, por isso, não causam mais impacto no eleitorado alagoano.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 -
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ELEIÇÕES 2014
Eleitorado alagoano está mais conectado ODILON RIOS REPÓRTER
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ma incógnita para este ano é o desempenho do eleitorado alagoano, que está cada vez mais escolarizado e mais conectado. É o que dizem as estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cada eleição vai desaparecendo o eleitor analfabeto ou que apenas lê e escreve, sem ter frequentado a escola. Nesta eleição, 10% do eleitorado tem nível superior completo ou incompleto, quase o mesmo percentual dos analfabetos; eleitores com nível médio completo e incompleto superam o número somado dos que são analfabetos ou apenas sabem ler.
Para alguns analistas, esses dados podem refletir a combinação entre o acesso mais fácil a escola e uma melhoria de renda (e de vida) da população mais pobre. Alguns pessimistas dizem que o eleitorado está mais escolarizado, é verdade, mas não necessariamente mais consciente politicamente. Outro fator importante é que o eleitorado alagoano está mais conectado. Praticamente 100% dos lares alagoanos possuem rádio e televisão, o que significa mais informações na cabeça do eleitor. Os programas gratuitos e os debates terão uma influencia cada vez maior na decisão eleitoral. A novidade é a internet. Para o IBGE, 25% dos lares de Alagoas possuem computador, com 20% da população conectada as redes sociais
Collor deve acelerar campanha
e aos blogs e sites de informação. Todas as campanhas estão apostando na disputa virtual. Qual será o peso destas in-
formações no resultado final? Ainda não se sabe, mas deverá ser diferente das eleições anteriores. Já nas ruas, as duas primeiras semanas depois das convenções parecem apontar para um resultado esperado. Renan Filho partiu mais forte na propaganda e na presença no asfalto e chão de barro. Biu de Lira também se lançou, mas ainda sem refletir sua força partidária. É notória a vantagem do marketing de Renan Filho. Espera-se para esta semana a estreia de Julio Cézar nas ruas de Maceió. Como o tempo de tv e rádio favorece a Renan Filho, Biu de Lira deverá fazer um esforço maior para compensar essa vantagem que ficará clara a partir do próximo dia 20. Para o Senado, Collor de-
verá acelerar ainda mais a campanha, preocupado com a possibilidade de crescimento de Heloísa Helena, principalmente se confirmados os apoios que são anunciados por alguns candidatos da frente tucana e da chapa de Biu de Lira. As pesquisas, principalmente a do Ibope, deverão dizer a situação da disputa no começo de agosto, ainda antes do tempo gratuito. Mas, esta eleição, no âmbito majoritário, parece que vai terminar mesmo sem novidades. Nas eleições proporcionais, a velha e tradicional política alagoana deverá prevalecer, ainda com alguma renovação, mas fazendo maioria na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa com seus antigos representantes. Como era de se imaginar.
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ELEIÇÕES 2014
Filho de Ceci Cunha busca apoios em Arapiraca para chegar à Assembleia “Meu nome é Rodrigo Cunha, sou filho de Juvenal, sou filho de Ceci, sou filho de Arapiraca”
DA REDAÇÃO
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a última semana o ex-superintendente do Procon, Rodrigo Cunha, lançou sua candidatura em Arapiraca e emocionou os conterrâneos que apoiam seu nome para a Assembleia Legislativa de Alagoas. A emoção em retornar à terra de sua mãe (Ceci Cunha) ficou clara em toda a fala do candidato, principalmente quando Rodrigo resgatou a conquista do maior objetivo de sua vida. “Sempre achei que a missão da minha vida era dar um desfecho digno à covardia que fizeram com a minha família. Consegui cumprir com meu objetivo há dois anos e hoje vivo um momento que eu jamais imaginei, mas tenho certeza que me candidatar a deputado estadual foi a decisão mais certa da minha vida”, afirmou. O evento reuniu amigos, familiares, engajados e contou com a presença do candidato ao Senado, Omar Coêlho, e do candidato a Câmara Federal, Rogério Teófilo. O filho da saudosa ex-deputada federal Ceci Cunha falou emocionado sobre a decisão de ingressar na política: “Aprendi em casa que política é assunto sério e que precisamos ter pessoas de
bem para nos representar. Eu acredito em uma forma diferente de fazer política e também vejo na minha candidatura um estímulo para que os jovens da minha geração ingressem na política, pois precisamos de pessoas comprometidas com a população”, disse Rodrigo. Uma das engajadas da campanha, Socorro Catonho, fez um discurso que comoveu todas as pessoas presentes no evento. “Participei da primeira campanha de sua mãe, Ceci Cunha, e hoje estou muito feliz em estar aqui engajada na sua primeira campanha. Saiba que onde tiver eleitor de Rodrigo Cunha, irei até lá levar sua mensagem de justiça e cidadania para o povo alagoano”, afirmou Socorro. O candidato encerrou sua fala agradecendo a presença de todos. “Eu sou filho de Juvenal, sou filho de Ceci, sou filho de Arapiraca. Muito obrigado pelo carinho e vamos juntos fazer uma Alagoas Diferente”, concluiu Rodrigo. FIM DA IMPUNIDADE “Fim do ciclo de impunidade.” Essas foram as palavras proferidas por Rodrigo Cunha, filho da deputada federal Ceci Cunha, ao termino do julgamento dos al-
Rodrigo Cunha é considerado uma das apostas do PSDB para a Assembleia Legislativa de Alagoas
gozes da parlamentar. Os sete jurados decidiram pela condenação do ex-deputado federal Talvane Albuquerque e dos seus quatro assessores: Jadielson Barbosa e José Alexandre (o Zé Piaba), Alécio Alves e Mendonça Medeiros. O dia 16 de dezembro de 1996 chegou ao fim na manhã do dia 19 de 2012, quando a “Chacina da Gruta” teve seu desfecho após três dias de julgamento. A família de Ceci saiu do plenário da Justiça Federal com a certeza de que a justiça foi feita e que o caso emblemático sirva de exemplo para inúmeros casos de crime de mando que continuam impunes em Alagoas. Além da pena de prisão,
o médico Talvane Albuquerque foi condenado a indenizar a família das vítimas em R$ 100 mil. Na história das oligarquias políticas do Estado, Talvane se torna um exemplo de figurão que foi julgado, condenado e preso. Outros deputados e ex-deputados do estado de Alagoas também são acusados de participar de uma série PISTOLAGEM Na noite do dia 16 de dezembro de 1998, horas depois de ser diplomada deputada federal pelo PSDB de Alagoas, a médica Ceci Cunha estava na casa do cunhado Iran Carlos Maranhão, no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió, em companhia do marido, Juvenal Cunha,
e da mãe de Iran, Ítala Maranhão, onde comemorariam a eleição, quando foi morta a tiros por pistoleiros. As outras três pessoas também foram assassinadas. Ceci Cunha foi atingida na nuca e morreu instantaneamente com uma flor branca no colo. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e acatada pelos jurados, o crime teve como motivação a não eleição do médico Talvane Albuquerque para um segundo mandato na Câmara Federal. Matar a deputada Ceci Cunha, então, seria a única maneira de Talvane voltar ao cenário político e à imunidade parlamentar, pois ele era o primeiro suplente da coligação.
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12 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 ELEIÇÕES 2014 / DIREITO DE RESPOSTA
Candidatura de Pinto de Luna é aprovada pelo TRE Suplente de deputado federal, delegado da PF disputa agora uma vaga na Assembleia VERA ALVES veralvess@gmail.com
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itado como um dos 13 concorrentes das eleições de outubro próximo que teriam tido as candidaturas impugnadas junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), o delegado da Polícia Federal José Pinto Luna enviou ao jornal EXTRA pedido de direito de resposta, sob o argumento de que, contrariamente ao que foi publicado pelo semanário em sua edição de número 780, nunca houve qualquer impedimento à sua candidatura. Segundo Luna, que é suplente de deputado federal e advogado e disputa este ano uma vaga de deputado estadual pelo PT, o jornal foi induzido a erro por conta de “um equívoco no sistema informatizado do Tribunal Regional Eleitoral”, que levou
seu nome a aparecer na lista dos candidatos impugnados. Confira, na íntegra, o pedido enviado Luna: “Venho, por meio deste instrumento, informar a toda sociedade alagoana que sou candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de outubro próximo. Essa informação é necessária tendo em vista que, por um equívoco no sistema informatizado do Tribunal Regional Eleitoral, meu nome apareceu na lista de candidatos impugnados para concorrer ao pleito. Entretanto, esse erro já foi corrigido pelo próprio TRE na semana passada, o que me torna absolutamente apto e quite com a Justiça Eleitoral para disputar a eleição. Neste contexto, acredito que este combativo semanário tenha sido induzido a erro ao publicar notícia
sobre meu impedimento. Ainda nesse plano, estranhei que minha foto tenha figurado na capa do jornal em meio a personagens que respondem por diversos crimes, já que eu sou ficha limpíssima. Diante do exposto e da grande repercussão negativa causada à minha imagem pela aludida matéria, solicito ao prezado editor esse amigável direito de resposta no mesmo espaço ocupado pelo texto que deu margem ao equívoco. Por fim, quero reiterar minha disposição de continuar na luta política, forma pela qual acredito contribuir para recuperar a desgastada credibilidade do parlamento junto à opinião pública numa sociedade carente por mudanças sociais urgentes”. IMPUGNAÇÕES DIVULGADAS PELO TRE A informação de que Luna teria tido a candidadura impugnada foi dada à imprensa pelo próprio TRE, através de sua assessoria de Imprensa, no dia 16 de julho último. A informação foi
publicada em todos os sites locais de notícias no mesmo dia e publicada pela mídia impressa posteriormente. Como todos os candidatos que concorrem ao pleito deste ano, o delegado também teve que ter os documentos obrigatórios para registro de candidatura analisados pelo tribunal, cuja aprovação se deu no dia 30 de julho último. Os detalhes da candi-
datura podem ser conferidos na internet no endereço http://divulgacand2014.tse. jus.br/divulga-cand-2014/ eleicao/2014/idEleicao/143/ cargo/7/UF/AL/candidato/20000000346. O ex-superintendente da Polícia Federal em Alagoas também destaca que, eleito para a Assembleia, os corruptos que se cuidem: “Eles vão ter que me engulir”.
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Renan Filho tem mais seguidores no Facebook entre candidatos a governador Especialista destaca importância das redes sociais, mas alerta: “o mundo digital é um campo minado”
REDAÇÃO
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avanço das tecnologias chegaram também às eleições. Em 2010, a aposta de especialistas em marketing político era de que, quatro anos depois, as redes seriam largamente usadas pelos candidatos para conquistar eleitores e apresentar propostas, o que de fato está sendo visto em todo o país. O jornal EXTRA decidiu conferir esta situação em Alagoas e acessou as páginas no Facebook dos dois principais candidatos ao governo e fez o levantamento de seguidores e compartilhamentos. Renan Filho (PMDB) publica de forma instantânea cards da campanha que informam sua agenda, propostas e fotos dos eventos, como caminhadas, carreatas, visitas e encontros do projeto Queremos Ouvir Você. Segundo o levantamento, ele é o candidato que tem os conteúdos mais curtidos e compartilhados. As postagens dele têm uma média de 100 compartilhamentos, 60 vezes a mais que o segundo lugar, Benedito de Lira (PP). Em relação
aos seguidores, Renan Filho também lidera: são, em média, 64.879 pessoas que o seguem, quase 30 mil seguidores a mais que Benedito, que tem 27.714. Dentre todas as publicações dos candidatos no período relativo ao domingo do Dia dos Pais (10/08), o post mais compartilhado e curtido foi o que Renan Filho publicou com seu filho no colo: foram 116 compartilhamentos e 1.127 curtidas. Já Benedito de Lira em sua postagem em homenagem aos pais teve 69 compartilhamentos e 827 curtidas. Luiz Siqueira, especialista em Estudos de Mídia e responsável pelo planejamento e redação da Agência Mais, ressalta que as redes sociais mostram a todo instante, para as empresas, o que já deixou de ser tendência e é uma realidade e oportunidade de negócios. “Os candidatos encontram nessas ferramentas meios instantâneos de estarem mais próximos de uma parcela cada vez mais crescente dos eleitores, apresentando suas propostas, trabalhos realizados, agenda além
“Em época de campanha eleitoral, os candidatos encontram nessas ferramentas, meios instantâneos de estar mais próximos de uma parcela cada vez mais crescente dos eleitores” LUIZ SIQUEIRA especialista em Estudos de Mídia
do lado pessoal para humanizar as redes. Porém é preciso ter muito cuidado, o mundo digital é um campo minado, precisa de monitoramento constante, muita pesquisa, saber ouvir, interpretar números e acima de tudo, nas redes sociais você não tem o direito de errar”, disse. De acordo com o especialista, nas redes sociais é importante que o candidato se dirija a seu público-alvo, deixando para a TV a fun-
ção de conquistar um eleitorado mais amplo. Um ponto positivo dos candidatos é no quesito transparência, já que há poucas informações sobre a trajetória política, projetos e informações de contato nos perfis. Outro ponto avaliado com nota máxima foi a integração multimídia: a capacidade de dialogar, no Facebook, com outras redes sociais e também com aplicativos ligados ao candidato.
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Cícero Almeida pode ajudar filho de desafeto a se eleger deputado federal Com grandes chances de ser eleito, segundo bastidores da política, ex-prefeito de Maceió pode “puxar” Val Amélio, filho do presidente do TC, Cícero Amélio CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com
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ara ser eleito deputado federal ou estadual em 5 de outubro deste ano, além de obter votos para si, o candidato também depende dos votos que serão dados ao partido ou à coligação a que pertence. Outro fato que o eleitor deve saber é que ao receber muitos votos, o candidato a deputado federal, por exemplo, pode levar à Câmara companheiros de legenda com votação inexpressiva. Pode ser o caso do ex-prefeito de Maceió, Cícero Almeida, que está concorrendo a uma vaga na Câmara Federal pelo PRTB, e segundo pesquisas internas dos bastidores da política deve ter uma votação expressiva, podendo assim “puxar” um ou dois deputados. Entre esses que podem ser favorecidos está o filho do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Cícero Amélio, o Val Amélio. Em meados de 2009 e 2010, Almeida foi fiscalizado pelo TC, o que gerou uma desavença com o presidente do Tribunal. Na época o ex -prefeito alegou que a fisca-
lização era pessoal, acusando Amélio de persegui-lo. Um ano depois o conselheiro do TC determinou que Cícero Almeida pagasse dez multas no valor total de R$ 42.146,00. Motivo: o prefeito deixou de apresentar vários documentos obrigatórios ao TC. Hoje Cícero pode ajudar a levar o filho de seu “desafeto” à Câmara Federal. MÁFIA DO LIXO O que mais chama atenção em tudo isso é a popularidade de Cícero Almeida na capital alagoana, mesmo com o ex-prefeito carregando acusações de corrupção e desvio de dinheiro enquanto administrou o município por dois mandatos; o povo o idolatra nas ruas. Em 2010 o Ministério Público Estadual de Alagoas entrou com ação civil pública, por ato de improbidade administrativa contra Cícero Almeida, ele é acusado de desviar R$ 200 milhões de contratos nos últimos cinco anos. Respondem também os ex-superintendentes de Limpeza Urbana (Slum) João Vilela e Ernande Baracho, e de mais cinco empresas de lixo. O MP afirmou que, após
Almeida pode levar Val Amélio, filho de Cícero Amélio, à Câmara
começar a prestar serviços em Maceió, a empresa Viva Ambiental virou “uma gigante do trabalho de limpeza”. “Antes ela era uma empresa pequena e atuava em apenas três pequenos municípios [Caucaia (CE), Parnaíba (PI) e Madre de Deus (BA)].” À época das denúncias, o prefeito Cícero Almeida e as duas empresas negaram a existência de um esquema e alegaram que os contratos emergenciais foram fechados, sem qualquer irregularidade, para que a cidade não ficasse sem coleta de lixo, após o abandono da empresa que fazia a coleta de lixo na gestão anterior. Em 2007, Almeida foi indiciado pela Polícia Federal, por integrar uma organização criminosa que desviou R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa.
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CORRUPÇÃO NA EDUCAÇÃO
E os milionários kits escolares, onde andarão? Estado terá prejuízo superior a R$ 22 milhões com a compra de materiais superfaturados DA REDAÇÃO
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erá uma sina? Mais um negócio envolvendo compra de material escolar pela Secretaria de Educação de Alagoas vai parar nas barras da justiça. A mais nova denúncia está sendo apurada pelo Ministério Público Estadual e investiga, por meio da Promotoria de Justiça Coletiva da Fazenda Pública Estadual, os contratos celebrados entre o Estado de Alagoas e a empresa WEJ Livraria e Papelaria para fornecimento de material escolar. É mais uma. Mas nem é a primeira nem é a maior. Em reportagem rigorosamente apurada pelo jornalista Davi Soares, originalmente publicada na Gazeta de Alagoas, ainda em dezembro de 2013, soube-se que o governo de Alagoas, através da Secretaria Estadual de Educação (SEE/AL), irá gastar aproximadamente R$ 64 milhões com a compra de 600 mil kits escolares para alunos da rede estadual de ensino. Em atualização do tema, feita através do blog Davi Soares, em 6 de junho de 2014, os tais kits (de 2013) poderiam ser entregues “entre o final deste ano, que coincide com período eleitoral, e o início do ano de 2015, deixando mais um problema
para o primeiro ano do próximo gestor estadual”. Segundo a reportagem, “os kits serão montados com produtos comprados por R$ 19,1 milhões mais caros que os vendidos no varejo da cidade de Maceió”. AUTORIA DA PROEZA MILIONÁRIA Os processos de cotação e licitação foram feitos e autorizados durante a gestão de Josicleide Moura, indicada pelo senador Benedito de Lira (PP), atualmente candidato ao governo de Alagoas. Publicado em junho deste ano, o pregão eletrônico SRP nº SEE-002/2014, datado de 5 de junho de 2014, referente ao processo nº 1800-9187/2013, informava que a empresa vencedora da licitação foi a Fergbras Comércio e Serviços LTDA. O valor da pregada? R$ 63.912.700,00 (sessenta e três milhões, novecentos e doze mil e setecentos reais), pelos 600 mil kits escolares. No conteúdo contratado devem estar 18,5 milhões de itens escolares, divididos em dois lotes. O primeiro lote com 70 mil kits, será entregue para alunos da educação infantil e para os primeiros anos do ensino fundamental do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). O segundo lote, com 530 mil kits, para
estudantes do ensino médio e para os alunos dos anos finais do ensino fundamental do EJA. Cada kit será composto por 19 itens contendo mochila, estojo, garrafa d’água, lápis de cor, caixa de giz de cera, canetas azul, preta e vermelha, lápis, borracha, caderno brochura, caderno de desenho, régua, apontador, tesoura, cola, tinta para pintura a dedo, hidrocor e massa de modelar. A reportagem de Davi Soares foi publicada, pela Gazeta, ainda durante o processo de cotação de preços realizado pela SEE (processo administrativo nº 1800-009187/2013). Com as apurações realizadas então pelo jornalista, os kits escolares seriam adquiridos pelo Estado por até R$ 22,1 milhões mais caro que os valores no mercado de varejo. PESQUISA DE CAMPO Em cotação feita para a realização da reportagem os kits escolares poderiam ter sido comprados por menos de R$ 44,7 milhões. As pesquisas de preço foram feitas em papelarias e supermercados de Maceió e com empresas do Rio de Janeiro e São Paulo especializadas em personalizar mochilas e nécessaires. Durante a pesquisa a unidade do lápis de cor foi encontrado por R$ 2,80. Na cotação
de preços inicial da SEE, proposta pela empresa Fergbras, os lápis coloridos seriam comprados pelo preço unitário de R$ 6,00. Com a pesquisa de preço feita para a realização da matéria ficou evidenciado que os preços cobrados pelas empresas do pregão eram superiores aos preços cobrado no varejo, que deveriam ser mais caros que os produtos que são comprados por atacado. À época o jornalista ouviu a Secretaria de Educação e os empresários que alegaram “que as diferenças de preços teriam relação com os valores cobrados para a montagem dos kits, distribuídos individualmente, e com as variações de disponibilidade em estoque que derrubariam os preços no mercado varejista. Outras situações hipotéticas foram alegadas, entre elas a burocracia para a liberação dos recursos públicos para as empresas que faturam junto ao Estado”. DESORGANIZAÇÃO RECORRENTE E MILHÕES CORRENTES Outro problema com a aquisição dos kits escolares é uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que já havia punido a SEE/AL, em outubro de 2013, por irregularidades no Pregão Eletrôni-
co para Registro de Preços nº 10.221/2012, onde a empresa vencedora da licitação foi a mesma Fergbras, que recebeu R$ 16,7 milhões pelos kits na época. Entre as irregularidades encontradas pelo TCU nessa ocasião foram: desclassificação irregular da empresa; ofensa ao princípio da publicidade; exigir declaração de solidariedade do fabricante para cada item dos kits escolares; falta de motivação devida do processo licitatório. Apadrinhados políticos de Biu de Lira comandaram a SEE/AL durante quarto anos Os secretários que estiveram à frente da SEE/AL, durante todo o segundo mandato do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), foram indicados pelo senador Benedito de Lira. As denúncias e os processos movidos por alegadas irregularidades foram muitas, mas a turma do Biu só saiu (dizem que parcialmente) depois do rompimento do pai de Arthur Lira com o governador. E as perguntas que não querem calar continuam azucrinando os ouvidos de todos: “E os kis de ouro, afinal, serão mesmo comprados e pagos conforme essas cifras milionárias?”; “Logo tão perto da eleição?”; “Será que o Biu resolve isso também?”.
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ELEIÇÕES 2014/ENTREVISTA
Ao contrário de Eduardo Tavares, Júlio Cezar afirma ter “estrutura necessária” Candidato do PSDB diz que sua história de vida o credencia para governar o estado de Alagoas JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com
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lano “B” do PSDB para o governo do Estado, Júlio Cezar, disse que conhece os 102 municípios de Alagoas e considera a toxicodependência “o maior problema de Alagoas, [...] um problema que tem relação com saúde e com a educação”. Confira a entrevista com o candidato ao governo de Alagoas: Jornal Extra - Qual o principal problema de Alagoas e como resolver? Júlio Cezar – O maior problema de Alagoas é toxicodependência, já que 75% dos assassinatos ocorridos no Estado tem origem nesse problema. A toxicodependência é um problema que tem relação com saúde e com a educação, além de criar um problema mais profundo de segurança pública. Alagoas não produz craque, não produz armas. Essas são heranças do tráfico de drogas. Jornal Extra - A segurança pública é outro aspecto negativo crônico em Alagoas. Como combater esse câncer social? Júlio Cezar – Me sinto muito à vontade para falar de segurança pública porque eu mesmo sou egresso da Po-
lícia Militar. Eu sei que para resolver esse problema da violência é preciso armar a polícia, ter efetivo suficiente e pagar salários justos. Agora, veja onde está a violência? Na periferia. Onde o Estado não chega e, consequentemente, se estabelece um estado paralelo: o tráfico de drogas. E a solução para esse problema passa também pela oferta de uma educação de qualidade para todos os jovens em idade escolar. Hoje, apenas 28% dos jovens brasileiros de baixa renda concluem o ensino médio. Educar é também uma forma de combater desequilíbrios históricos e gerar igualdades de oportunidades. Com uma escola pública de qualidade nós podemos ganhar esses jovens do tráfico, porque a escola é uma medida civilizatória, redutora do crime e amplificadora da segurança. Jornal Extra - Como o senhor avalia a saúde de Alagoas e qual seu projeto para a pasta? Júlio Cezar – Durante seis anos me dediquei ao Sistema Único de Saúde e, portanto, conheço o sistema público de saúde como a palma da minha mão. E uma das maiores tristezas que nós vivíamos nesse estado era a deficiência do número de leitos, que obrigava
Júlio Cezar afirma ser ‘o novo’ no pleito deste ano em Alagoas
os pacientes a passarem semanas acomodados no chão, em colchões e macas. Isso fere a dignidade de um povo. Mas, em sete anos, o governo do PSDB criou 600 leitos hospitalares, além de entregar equipadas mais nove UPAs em uma parceria com o Governo Federal. Foi feito mais: tivemos a redução de 80% da taxa de mortalidade infantil, a reabertura da maternidade de Rio Largo, o centro de tratamento de queimados do HGE que hoje é referência em Alagoas. Mas é preciso fazer
mais, porque a vida é o bem maior dos direitos fundamentais, e é dever do Estado viabilizar a efetivação do direito à saúde no país. O nosso projeto segue, agora, sob três aspectos básicos: sanar a deficiência na estrutura física, a falta de disponibilidade de material-equipamento-medicamentos e a carência de recursos humanos. Jornal Extra - O senhor tem um plano de governo. Caso eleito, quais suas principais metas? Júlio Cezar – Existe uma discriminação imposta ao es-
tado de Alagoas que precisa ser corrigida. Hoje, Alagoas é sangrada mensalmente em R$ 50 milhões para pagar os juros de uma dívida contraída há 15 anos com o Governo Federal. Ou seja: a União dá com uma mão e retira com a outra. Esse é um ato de Justiça federativa. Nós precisamos melhorar a federação brasileira, precisamos garantir o fortalecimento local como uma das principais metas. Tenho defendido também um novo Pacto Federativo que oferte mais independência para os poderes estaduais e municipais. Hoje, cada vez mais o Governo Federal investe menos que os estados. E os municípios sofrem de uma excessiva dependência com relação à União, que se reflete no Estado. É preciso desconcentrar os recursos da União e propor um pacto com mais equilíbrio entre União, estados e municípios. Jornal Extra - Seus oponentes vão gastar milhões. O senhor é a favor desses gastos com candidaturas, sendo Alagoas um dos estados mais pobres da federação? Júlio Cezar – Não posso julgar meus adversários. Acho que cada um deve agir de acordo com a sua consciência. Eu tenho a minha e sei que nós não vamos gastar nada de exorbitante. Nada mesmo. Agora, quem deve fiscalizar isso é a Justiça Eleitoral e, obviamente, a imprensa, a qual pertenço. Jornal Extra - É possível fazer uma campanha
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“pra valer” com recursos escassos? Júlio Cezar – Claro que é possível. Não acredito em ‘recursos escassos’. Acredito em recursos necessários. E com os recursos necessários, acreditando na democracia e no sistema eleitoral, estou indo pra luta. Ou será que a democracia tem preço? Jornal Extra – Você não é conhecido do grande público. Qual a estratégia para levar seu nome até os 102 municípios do Estado? Júlio Cezar – Eu conheço cada um dos 102 municípios de Alagoas. E olha que passei nessas cidades mais de uma, duas ou três vezes. Mas nossa meta é caminhar por todos os municípios alagoanos até o final da campanha, mostrar quem eu sou e quem quiser me acompanhar será muito bemvindo.
Jornal Extra – Eduardo Tavares retirou sua candidatura ao governo de Alagoas por falta de estrutura. Você tem estrutura de campanha? Júlio Cezar – Eu tenho a estrutura que acredito ser necessária e não vou comentar um campo que desconheço.
Sou um Silva, filho de uma verdureira e de um vendedor de ‘passaporte’, com muito orgulho, e pretendo realizar esse sonho de governar Alagoas”
E o que passa pela cabeça do Eduardo Tavares eu desconheço. Jornal Extra - O senhor é vereador e sabe das dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios. Como governador é possível sanar o caos social nas regiões periféricas do interior? Júlio Cezar – Serei governador de todo o estado de Alagoas, mas não tenho dúvida de que a minha preferência é fazer política para a parte mais pobre da sociedade alagoana, que é quem precisa do Estado. E no meu governo o Estado assumirá o compromisso de estar mais próximo aos municípios. Veja o caso da saúde, por exemplo, as dificuldade no acesso e a ineficácia dos serviços prestados na Atenção Primária é o que têm contribuído
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cada vez mais para superlotação dos hospitais públicos. Com o Estado trabalhando junto das prefeituras, dialogando com os gestores, essa engrenagem funciona. Não tem como não funcionar. Jornal Extra – O senhor representa a continuidade do governo Téo Vilela? Júlio Cezar – Implantação do respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, organização salarial dos servidores, boa organização financeira que permita deixar o Estado apto a colaborar com a contrapartida necessária para as obras que estão chegando no Estado, dar continuidade às grandes obras como o Canal do Sertão, a duplicação da AL 101 norte e tantas outras. Se é disso que você está falando, sim. Pretendo dar um passo adiante. Jornal Extra – A inexpe-
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riência em gestão será um problema na sua administração? Seus adversários usam o argumento da experiência para captar votos. Júlio Cezar – Eu sou a grande novidade dessa eleição. E tenho uma história de vida e de vitórias pessoais como todos os Silva de Alagoas. E isso, com certeza, me credencia a governar o Estado de Alagoas. Jornal Extra - Qual o seu diferencial em relação aos seus adversários? Júlio Cezar – Não pertenço a nenhuma família de políticos, não tenho sobrenome importante, não faço parte de nenhuma oligarquia. Sou um Silva, filho de uma verdureira e de um vendedor de “passaporte”, com muito orgulho, e pretendo realizar esse sonho de governar Alagoas.
18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 GRUPO TOLEDO EM CRISE
Plantadores de cana tentam acordo extrajudicial com a usina Capricho Fornecedores estão sem receber desde janeiro e se acordo falhar pedirão falência do Grupo Toledo DA REDAÇÃO
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ezenas de produtores de cana da usina Capricho se reuniram semana passada em Cajueiro para discutir alternativas de receber seus créditos junto à indústria, que desde janeiro não paga o que deve aos fornecedores. A maioria é de pequenos plantadores de cana que estão endividados e sem perspectivas de receber o pagamento pelas canas que forneceram à indústria na última safra. Muitos deles estão sem condições até mesmo de comprar alimentos para a própria família. O encontro de Cajueiro contou com a participação de dirigentes da Asplana, que colocou um escritório de advocacia à disposição dos associados. A idéia é propor a Capricho um acordo extrajudicial, como ocorreu na Utinga Leão, que mesmo em regime de recuperação judicial, está honrando o compromisso com centenas de fornecedores. Os termos do acordo estão sendo redigidos por um grupo de advogados e deverão ser apresentados aos diretores da usina Capricho na próxima semana. “Se falhar esse acordo, vamos
à justiça pedir a falência do Grupo Toledo”, informou ao jornal Extra um dos fornecedores que preferiu não se identificar por temer represália da indústria. Além da Capricho, em Cajueiro, o Grupo Toledo é proprietário das usinas Sumaúma, em Marechal Deodoro, e Paísa, no município de Penedo, ambas também em crise financeira. Além de não receber os créditos a que têm direito, os fornecedores são humilhados pela diretoria da usina. “Toda sexta-feira amanhecemos na porta do escritório da usina e lá ficamos o dia todo na esperança de falar com diretor-geral da indústria, Antônio Toledo, que chega e sai pela porta dos fundos, sem falar com ninguém”. Essa foi uma das maiores reclamações dos participantes da reunião em Cajueiro. Em tempo: Antônio Toledo é irmão do deputado federal Alexandre Toledo – candidato a vice-governador na chapa de Biu de Lira – e primo de Fernando Toledo, presidente da Assembléia Legislativa, cujo filho Bruno é candidato a deputado estadual. PAISA - A Penedo Agroindustrial S.A. (Paisa)
Presidente da Asplana coloca um grupo de advogados à disposição de seus associados
Plantadores de cana reunidos em Cajueiro para discutir como enfrentar o calote da usina Capricho
também não vem pagando verbas rescisórias, férias e atraso no vencimento do salário de seus empregados, além de atrasar o pagamento dos créditos de seus fornecedores de cana. Semana passada os trabalhadores da usina paralisaram as atividades durante o período da manha para registrar a insatisfação com a gestão da empresa. O clima de des-
contentamento já reflete na candidatura de Alexandre, já que a região faz parte de um reduto eleitoral do candidato. A Procuradoria do Trabalho no Município de Arapiraca (PTM) tomou conhecimento das irregularidades trabalhistas através de fiscalização realizada pela SRTE/ AL e cobra soluções emergenciais. A Paisa pertence ao
Grupo Toledo, juntamente com as usinas Capricho (Cajueiro/AL), Sumaúma (Marechal Deodoro/AL) e Ibéria (Borá/SP). Em audiência realizada nas dependências da PTM, a empresa informou que “o setor no Brasil vem enfrentando grave crise, e que a usina estaria reunindo esforços para ajustar o pagamento das verbas”.
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PEDROOLIVEIRA pedrojornalista@uol.com.br
O marketing pode ganhar eleição M
uitos candidatos ainda não compreenderam que marketing político nas mídias sociais parte do pressuposto da criação de um relacionamento mais próximo entre o candidato e seu eleitorado, já que é essencialmente, marketing de relacionamento. É essencial a ideia de que faz toda a diferença nas campanhas de marketing eleitoral nas mídias sociais; o retorno do candidato para os eleitores e o uso desse feedback como base para o refinamento de propostas de campanha. O uso das mídias sociais em uma campanha eleitoral só faz sentido se houver plena consciência por parte do candidato e sua equipe, que questionamentos nesse canal precisam ser respondidos, ou seja, é vital que haja interação entre as duas partes. O eleitor digital exige uma resposta para seus questionamentos e o silêncio por parte do candidato ou a “notória resposta terceirizada” é um sinal imediato de desrespeito com o possível eleitor. Não se iluda; ter um perfil em uma rede social não vai garantir a eleição de ninguém. O que realmente elege um candidato é uma ação de marketing digital planejada e estritamente sincronizada com outras ações da campanha, inclusive as do marketing convencional. O candidato ao governo Renan Filho ao que parece entendeu perfeitamente este importante leitura e sai na frente com um profissional e competente marketing. Esta semana convocou um selecionado grupo de jornalistas e blogueiros para apresentar o seu site de campanha (por sinal de excelente formato e conteúdo) e na oportunidade conversou com esses profissionais de imprensa sobre estratégias de inter-relacionamento nas redes sociais. Fez questão de dizer que tem se comunicado permanentemente e interagido com seus eleitores, como também o seu vice Luciano Barbosa, e com eles discutido ideias, plano de governo e soluções para os problemas de Alagoas. Mostrou-se competente e muito bem assessorado no quesito “comunicação com o eleitor” e canal aberto com a imprensa. Não vai parar por ai. Confessou-me na oportunidade sua disposição de estreitar e tornar frequentes conversas com jornalistas políticos e formadores de opinião com “pauta aberta para ouvir e falar aberta e francamente”. Levou a vantagem de sair na frente, mas isto não quer dizer que os adversários não farão o mesmo. Pelo menos é o que se espera, pois há muito está claro que o marketing pode ganhar a eleição.
A decepção de JHC É sempre assim: “quem fala demais acaba mordendo a língua”. Foi exatamente o que aconteceu com o deputado João Henrique Caldas, pretendente a uma vaga na Câmara Federal. Uma premeditada visita à casa do desembargador Antônio Sapucaia, recebido gentilmente por ele e sua esposa Marli, bastou para que espalhasse nas redes sociais que teria o apoio do casal na sua candidatura. Meu amigo Sapucaia não tem votos ( e nem sabe se vai votar nas próximas eleições de tão decepcionado com os políticos), mas certamente sua imagem de magistrado integro, de defensor intransigente do moral e do legal, ajudaria a qualquer candidato. Indagado sobre o pretendido apoio respondeu o magistrado: “Não vou apoiar a candidatura de ninguém. Não tenho apoio para dar a ninguém não. E provavelmente, não vou votar em ninguém. De maneira alguma. De jeito nenhum”. Esse é o Sapucaia que conheço há 40 anos.
Nos grotões, bem acompanhado É inegável a popularidade do candidato Benedito de Lira e sua aceitação, principalmente nos camadas mais populares da população. Em Maceió suas caminhadas pelos bairros da periferia têm reunido um invejável número de seguidores e cada evento vira uma festa. Apertando mãos, abraçando e enfrentando o corpo-a-corpo ainda leva em suas incursões a partir desta semana o prefeito Rui Palmeira, que oficializou seu apoio e ganhou as ruas em companhia do Biu.
A PALAVRA DOS CANDIDATOS BENEDITO DE LIRA A meta de Benedito de Lira é expandir o VLT por meio de um ramal entre a Estação Central e o Aeroporto dos Palmares, passando pelos bairros do Poço, Man-gabeiras, Jacintinho, Barro Duro e Benedito Bentes. O projeto elaborado pela CBTU oferece a opção de traçado que aproveita o Vale do Reginaldo. Esta alternativa certamente tornará o empreendimento mais arrojado porque, além dos custos da ferrovia, serão necessários investimentos para a urbanização e obras de compensanção ambiental de áreas degradadas. Segundo Benedito de Lira, caberá ao governo de Alagoas a responsabilidade pela obra mas será necessário buscar recursos em pelo menos três importantes Ministérios: Cidades, Transportes e Meio Ambiente. Como todos sabem, o senador Benedito de Lira é maior responsável pelo VLT em Alagoas que hoje transporta cerca de 200 mil passageiros por mês, nos embarques e desembarques das 14 estações entre
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Para refletir: “Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada”.(Otto Von Bismarck) Maceió e Lourenço de Albuquerque. RENAN FILHO “Caro Pedro, aproveitando e agradecendo sua presença na reunião com os blogueiros, na segunda-feira, para o lançamento do site de campanha, retomo o tema que conversamos naquela ocasião. Considero três atitudes essenciais para o governo que pretendemos fazer: Ética, Transparência e Proximidade (entre governante e povo). O alagoano saberá, com clareza, o que o Estado acorda em contratos, valores, prazos, além do que o povo terá espaço incondicional em nosso governo. Lideranças comunitárias não encontrarão portas fechadas. Pois para se fazer uma boa gestão e otimizar os recursos é preciso ouvir, e estamos fazendo; na sequência, é fundamental planejar e para só então, executar. E para essa proximidade, para a transparência e para a garantia da ética no trato da coisa pública, a interação oferecida pela internet, através das redes sociais, é algo fundamental, uma ferramenta contemporânea ao alcance da maioria da população. Nosso governo vai interagir, em tempo real, com a população, também e intensamente, via as redes sociais, ampliando o exercício da democracia participativa.”
CALENDÁRIO ELEITORAL- ELEIÇÕES 2014 AGOSTO - SÁBADO, 16/8 Último dia para os partidos políticos recorrerem da decisão do Juiz Eleitoral sobre a nomeação dos membros da Mesa Receptora, observado o prazo de 3 dias, contados da publicação da decisão. Último dia para os responsáveis por todas as repartições, órgãos e unidades do serviço público oficiarem ao Juízo Eleitoral, informando o número, a espécie e a lotação dos veículos e embarcações de que dispõem para o primeiro e eventual segundo turnos de votação. AGOSTO - TERÇA-FEIRA, 19/8 Início do período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na te-levisão (Lei nº 9.504/97, art. 47, caput). Último dia para os Tribunais Regionais Eleitorais decidirem sobre os recursos interpostos contra a nomeação dos membros das Mesas Receptoras, observado o prazo de 3 dias da chegada do recurso no Tribunal . AGOSTO - QUINTA-FEIRA, 21/8 Data em que todos os pedidos de registro de candidatos a governador, vice-governador, senador, suplentes e deputados federais, estaduais e distritais deverão estar julgados pelos Tribunais Regionais e publicadas as respectivas decisões. Data em que todos os pedidos de registro de candidatos a presidente e vice-presidente da República deverão estar julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral e publicadas as respectivas decisões . Último dia para o eleitor que estiver ausente do seu domicílio eleitoral, em primeiro e/ou segundo turnos das eleições 2014, requerer sua habilitação para votar em trânsito para Presidente e Vice-Presidente da República, com a indicação da capital do Estado onde estará
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ARTIGOS
Crônica da adversidade MAURICIO MOREIRA
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ou ligado ao senador Renan Calheiros por laços de afinidade que o tempo consolidou. Construímos uma longa amizade desde a juventude em que demos os primeiros passos nas lides políticas de nossa geração. Tudo começou em 1978 quando Renan, então líder estudantil, com 22 anos de idade, se candidatou ao primeiro cargo público de deputado estadual. Mas foi justamente no começo dos anos 80 que estreitei profundamente os laços de amizade e com ele cerrei fileiras nos momentos mais difíceis que enfrentou pessoalmente e contra as tradicionais oligarquias violentas de Murici e cercanias. Na época, eu era vizinho do então juiz de Direito de Murici, o Dr.
Heterofobia IRINEU TORRES Diretor do Sindifisco
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sentir não se pode definir. O necrófilo sente imenso prazer em tocar com sensualidade o corpo de um cadáver. O zoófilo se apaixona perdidamente por animais. O heterossexual ama o sexo oposto. Os homossexuais têm preferência por pessoas do mesmo sexo. Os bissexuais apreciam ambos os sexos. O que todos, a princípio, têm em comum é um sentimento de repúdio pela pratica sexual que não é a do seu livre e natural sentir. Alguém heterossexual sonhar mantendo relações homossexuais seria o seu pior dos pesadelos. No entanto, se constata um erro grosseiro e generalizado no alcunhar de preconceituoso alguém que exterioriza sincera e respeitosamente o seu natural sentimento de repúdio, de nojo, por prática que não seja a da
José Olavo Lopes. E Renan me procurava constantemente para acompanhá-lo até a residência do magistrado, para que ele relatasse a situação de terror e perseguição política. E também na mesma época passou por opressão e aperto financeiro e na ocasião o levei para abrir uma conta no extinto banco Sul Brasileiro, tendo como então Gerente, o nosso amigo Venâncio. Fui dezenas e dezenas de vezes seu fiel avalista em promissórias e empréstimos. Pouco tempo depois ele comprou, por indicação minha, seu primeiro imóvel, uma casa vizinha da minha, quando na época morava na Ponta Verde na Rua Prefeito Abdon Arroxelas. E mais uma vez fui seu avalista. No período em que fui vizinho do casal, lembro-me, também, de Verônica, esposa de Renan, de quem testemunhei a vivência exemplar, como esposa dedicada e mãe extremosa. No dia do nascimento do primeiro filho de Renan, o Renanzinho, fomos comemorar em frente à lagoa, no Bar do Alípio, comemoração que varou a madrugada. Presenciei o Renanzinho engatear pela primeira vez e tomar ba-
nho de piscina na minha casa. Sou testemunha da luta titânica de Renan Calheiros e sempre fui solidário. Por circunstâncias da vida, também estabeleci com ele laços familiares. Por capricho do destino fui seu cunhado e tenho uma filha que é sobrinha dele. E na ocasião da minha separação, passei por extremas dificuldades. Renan bem sabe dos problemas que passei e venho passando. Como sempre nessas ocasiões de adversidades aproximaram-se de mim pessoas oportunistas, frias e calculistas que usavam o nome de Renan, para distorcer a realidade e tirar proveito. Como também inimigos meus que se aproveitaram da situação para cruelmente e covardemente me atacar. Durante a fase em que fui cunhado de Renan Calheiros, ele ocupou os cargos mais importantes da República, dentre eles Senador e Líder do PMDB, Ministro da Justiça e por duas vezes Presidente do Senado. Nesses períodos ocorreram varias operações capitaneadas pelo Ministério Público Federal, Justiça Federal e Polícia Federal. Operações que foram as maiores que o
Estado de Alagoas presenciou e com certeza o Brasil. E a minha conduta sempre foi de retidão exemplar, enquanto muitos usavam o nome de Renan, sem ele saber, para tirar proveito. Eu sempre mantive a honradez e retidão. E nunca provoquei nenhuma espécie de embaraço ou situação que colocasse Renan em situação difícil, muito pelo contrário. Quando a Operação Gabiru estourou, o Renan enviou uma pessoa ligada a ele na época, em minha casa, para agradecer, porque sempre tratei no seu nome com zelo, respeito e lealdade. E no passado o ajudei muito. Hoje em nome deste passado, eu peço publicamente a Renan Calheiros, que não permita que pessoas de má-fé e já conhecidas por práticas de maldades, tirem proveitos da situação para me fazer o mal. Termino citando o grande pensador espanhol, gênio das letras, escritor e poeta, Miguel de Cervantes, quando afirmou, com muita propriedade: “É de gente bem nascida agradecer os benefícios recebidos e um dos pecados que mais ofendem a Deus é a ingratidão”.
sua preferência sensual. Os necrófilos gostam de ser necrófilos. Os pedófilos gostam de ser pedófilos. Os homossexuais gostam também de ser homossexuais. Os heterossexuais igualmente. O sentir determina a preferencia sexual. O sentir, porém, reside no mundo infinito dos sentimentos e da fé, exorbita o minúsculo terreno dos conceitos e das definições. O sentir prazeroso de um é repugnante para outro. Falar em preconceito relativamente aos sentimentos é confusão cognitiva. Certo que ninguém deve ser alijado ou discriminado socialmente por ter preferencia sexual diferente da maioria ou da minoria, seria e é, tal hipótese, uma discriminação perversa, desde que a prática não seja criminosa, como a pedofilia, necrofilia ou a zoofilia. Influenciar a pratica sexual alheia é atentar contra a liberdade individual. O preconceito não está no sentir, o preconceito se perfaz pelo agir de modo a mudar o sentimento alheio. Configura inominável violência impor aos outros a preferência sexual
de alguns. No Rio Grande do Sul uma juíza tenta obrigar a realização de solenidades para formalizar uniões afetivas entre homossexuais dentro do recinto do Centro de Tradições Gaúchas, uma entidade privada, que preserva instituições como a família formada por um casal e seus filhos naturais e a virilidade e destemor do gaúcho macho. Essa decisão administrativa de uma juíza impondo gays em “casamento”, nas dependências do Centro de Tradições Gaúchas, em Santana do Livramento (RS), no dia em que se comemorará e revolta farroupilha, é um deboche, um estupro moral, seria coisa de skinhead togado se não fosse pró gay, uma temeridade equivalente a realizar comemorações da Mancha Azul na sede do Comando Vermelho. Na casa alheia só se entrar quando se é convidado. O fórum de Livramento seria o local adequado, é neutro, é público e dignifica igualmente a todos. Nada mais hediondo do que usar o poder público para atender instintos ou idiossincrasias pessoais. As denunciadas doutrinas homossexuais pregadas pelo Ministério da Edu-
cação e em novelas de televisão, de longa data, exibindo enredos heterofóbicos que, de forma subliminar, denigrem sistematicamente a figura paterna e materna, direcionam as virtudes como sendo exclusivas de personagens homossexuais, configuram, em fim, uma ameaça crescente à liberdade de religião e de preferencia sexual do Povo Brasileiro, em particular a das crianças. As sub-reptícias doutrinas heterofóbicas são urdidas com o propósito levar a sociedade como ovelhas que vão aonde quer que se vá, mercê das ideologias de grupos desejosos de mudar o estado a partir da destruição da família tradicional. O povo brasileiro já não mais vive racionalmente, mas, sim, vive por imitação. É justo e responsável ser o que se è. Heterossexual é heterossexual. Homossexual é homossexual. Bissexual é bissexual. Totalflex é totalflex. Porém, bullyings midiáticos, judiciais, familiares, legiferantes ou outros que conspiram para moldar o livre sentir dos indivíduos são uma aberração infame, renitente, que empurra para a infelicidade pessoas de todas as idades, credos e níveis econômicos.
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ARTIGOS
Promessas e nada mais... JORGE MORAIS Jornalista
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artigo de hoje não é dirigido, especialmente, a ninguém. Mas, ao mesmo tempo ele atinge aos candidatos em geral, alguns com mais culpa, outros menos, e uma boa parte não se enquadra em nenhuma das situações, porque não sabe nem o que está fazendo nesse processo todo. Tem uma música do Márcio Greyck, chamada Aparências, que um trecho de sua letra diz assim: “aparências e nada mais, sustentar as nossas vidas”, mas, nesse caso, poderia ser promessas e nada mais, que daria no mesmo. E é exatamente de promessas que vamos viver nos próximos dias. Quando o eleitor tem a oportunidade de se reunir, conversar com o candidato, ele ouve muita coisa em relação ao futuro do seu estado ou da sua nação. Ao mesmo tem-
po, promessas e mais promessas vão ser expostas ao eleitor, a partir do dia 19, no Guia Eleitoral pelo rádio e televisão, será o grande aliado dos candidatos majoritários e proporcionais. Não vamos radicalizar. Claro que algumas das promessas feitas por candidatos até hoje, em todos os tempos, foram cumpridas, mas certeza absoluta que a maior parte delas não saiu do papel. Se assim o fosse, não teríamos um caos na saúde pública nacional, exemplo visto na matéria do Fantástico, domingo, 10, em relação às Santas Casas de todo o País, onde apenas a de Maceió foi destacada como bem administrada, numa avaliação dada como positiva. No restante do País, são instituições filantrópicas sucateadas, principalmente nas grandes cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com um prejuízo anual em suas contas de 10 milhões de reais, e culpam os recursos mínimos que são repassados pelo SUS, em 50% do que é gasto com os pacientes. A Santa Casa de Misericórdia de Manaus,
inclusive, fechou as suas portas e muitas outras estão no mesmo caminho. O cumprimento dessas propostas, não exigiria do povo nenhum sacrifício diário. Sacrifício de acordar cedo ou dormir nas portas dos postos de saúde e hospitais, para conseguir uma ficha de atendimento médico ou tentar despachar uma receita dos medicamentos. Não passaria pelo sacrifício de passar dias em filas gigantescas para conseguir uma vaga para seus filhos em escolas públicas. Não passaria pelo sofrimento com a perda de amigos e familiares, vítimas da violência nossa de cada dia. Poderia, aqui, relacionar muito mais, como as indústrias geradoras dos milhares de empregos prometidos em palanques; o fim da miséria; o combate a corrupção, com administrações transparentes; cadeia para bandidos ricos e pobres; enfim, o que os eleitores pedem, exigem até, mas que não são sempre cumpridas pelos candidatos em seus governos. Não chegaria a ser leviano em afirmar
que não tivemos avanços. Claro que sim. No entanto, as coisas relacionadas acima ainda superam em muito os benefícios que poderiam ser levados ao povo. O retorno até agora é pequeno diante de tanta gente que precisa desse atendimento. Reconhecemos, também, o gigantismo do Brasil e seus problemas localizados, não sendo de fácil solução, mas já faz muito tempo que é assim. Finalizando este artigo e, retornando a letra de Márcio Greyck, ele complementa: “Que apesar de mal vividas têm ainda/Uma esperança de poder viver/Quem sabe rebuscando essas mentiras/E vendo onde a verdade se escondeu/Se encontre ainda alguma chance de juntar/Você, o amor e eu”. Final de letra que poderia muito bem se encaixar nesse momento de campanha: “promessas feitas e cumpridas para com uma esperança de poder viver, sem mentiras e com uma chance de dias melhores para você e eu”. Apesar de tudo, como no artigo anterior, continuo afirmando: vou continuar votando e acreditando.
e o Governador, tudo levando em conta o dinheiro e os currais eleitorais. A imprensa publicou o quanto vale o cabo eleitoral, o Prefeito, e o grupo de apoio aos candidatos. Querer ser eleitopelo idealismo é um sonho inalcançável. Poucos conseguem tal façanha. O moço de quem falo entrou na política muito jovem e foi levando com ele pessoas do interior, totalmente desconhecidas. Lembro-me de um Deputado bem moço que conseguiu ser Presidente da Assembleia graças ao empenho do Governador. Hoje é um tirano que amedronta eleitores e possíveis candidatos. Quando Collor foi Governador de Alagoas e saiu para ser candidato a Presidente do Brasil, deixou nosso estado atolado em dívidas. O jovem político foi eleito Governador pela terceira vez e fez um enorme esforço para equilibrar as finanças de nosso pequeno Estado. Tentou tomar empréstimos internacionais e se deu mal. Entramos numa fase difícil e passamos 7 meses sem receber salários, mas o jovem governante não disse ao povo de onde vinha o erro. Insistiu em corrigir os graves problemas advindos do governo anterior e não conseguiu. Teve que sair do palácio, passando as rédeas do governo
para o Vice-Governador que, segundo minha opinião, traiu o companheiro. Daí em diante, foi desastre após desastre. Os Governadores seguintes foram afundando Alagoas, a dívida crescendo e os políticos viraram empresários do voto popular. Apareceram os célebres redutos eleitorais. A partir daí, o Executivo navegava em águas turbulentas, o Legislativo inchou, virou cabide de empregos e o Judiciário foi ficando cada vez mais lento. Nosso amigo foi perdendo a força política, só conseguiu se eleger suplente de Deputado Federal e virou escritor. Que eu saiba, nunca matou ninguém, nunca roubou ninguém, empregou centenas de pessoas no Estado, na maioria, pobres. Conheço criaturas beneficiadas por ele, hoje inimigas ferrenhas do protetor. Lembro-me de ouvir eleitores dizendo: “Vamos sair de Divaldo e Guilherme, Alagoas não aguenta mais.” E nós passamos por vários dirigentes para chegarmos a uma situação caótica. Os políticos compram votos, os currais eleitorais são controlados, os taturanas foram presos e algemados, a Mesa Diretora da ALE foi afastada por improbidade administrativa, o atual Governador está mais perdido
do que cego em tiroteio. Criou-se a lei da ficha limpa e até hoje nada entendi: criminosos, taturanas, corruptos, pré-condenados, todos são candidatos. Tem até gente com pulseira de preso que é candidato. De repente, os jornais estampam: Divaldo Suruagy é ficha suja e não pode ser candidato a Deputado Estadual e o motivo, se não me engano, é o empréstimo que tomou durante o seu terceiro governo. Meu Deus, só esse homem vai pagar pelos erros cometidos em tantos anos no nosso pequenino Estado? E os outros que hoje estão ricos, informam ao TRE patrimônios elevadíssimos, compostos de milhões de reais? Lembrei-me do Coronel Cavalcanti: ainda hoje responde por crimes cometidos. Tudo bem, tudo certo! Mas, só ele? E os outros? Não quero comparar Divaldo Suruagy ao Coronel Cavalcanti, entretanto o que me intriga é a punição atingir só um ou dois! Divaldo, hoje, é um homem de classe média, família constituída, 4 filhas que trabalham e uma mulher decente. Foi Governador 3 vezes, devia ter muitos bens, ser uma megalomaníaco, viver às custas do Estado. E não é!!! Por que só ele? Não entendo!
Injustiça cruel ALARI ROMARIZ TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa.
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vida vai nos ensinando durante anos e anos, surpreendendo os próprios filhos que nos acham capazes de adivinhar certos fatos. Conheci um jovem rapaz em Maceió que foi Prefeito, Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador por três vezes e ficou velho como classe média, andando livremente no shopping sem temer inimigos, sem precisar de seguranças, falando alegremente com os vários conhecidos encontrados. A política em Alagoas foi se tornando meio suja, com os parlamentares andando acompanhados de homens armados, com criminosos, corruptos e toda espécie de gente entre os eleitos e selecionados através do voto popular. Claro que ainda há poucas exceções. Uma campanha eleitoral é uma verdadeira disputa ilegal entre partidos. Os votos são vendidos através de grupos políticos do interior. O Prefeito apoia o Deputado Estadual, o Federal, o Senador
22 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 NOVELA SEM FIM
Licitação do transporte urbano em Maceió depende de pesquisa Uma nova audiência pública será convocada quando Estado enviar resultado do material coletado MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com
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inda não será dessa vez que os quase 350 mil usuários do transporte coletivo de Maceió vão contar com o serviço realizado através de licitação. Sem data para acontecer, os contratos vão continuar “de boca”, como disse certa vez o prefeito Rui Palmeira (PSDB). É que o trâmite esbarra na falta do resultado da pesquisa domiciliar de origem/ destino realizada pelo governo do Estado e que, segundo a prefeitura, servirá de suporte para o edital. A pesquisa teve início em março desse ano e se estendeu até julho, mas o resultado ainda não foi enviado a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). O estudo mapeou a necessidade de mobilidade dos usuários da capital alagoana e vai ajudar na escolha dos potenciais de cada região e o que pode ser feito para atender a demanda de ônibus na cidade. Segundo o presidente da Comissão Especial de Licitação das Concessões do Transporte Coletivo Urbano do Município de Maceió, Jorge Bezerra, não há previsão de publicação do edital, pois depende da pesquisa. Ele garantiu que o perfil do edital já está pronto, mas afirma que não se pode desprezar
a vontade do povo. “Estamos aguardando o material do governo do Estado para juntar ao que temos. Precisamos saber o que a população quer e assim convocar nova audiência pública ”, disse Bezerra. O adiamento da licitação da Concessão do Serviço Público de Transporte Coletivo por Ônibus de Maceió tem se tornado um problema crônico a ponto de perder credibilidade por parte do usuário que não suporta conviver com ônibus superlotados, sem condições de uso, longo período de espera nos pontos, além da tarifa que é uma das mais caras do país. Na verdade, nunca houve esse tipo de procedimento na capital, fato que obriga parte da população a migrar para o transporte particular, aumentando os congestionamentos. Vale ressaltar que o assunto tem causado polêmica e atrito entre os poderes. Em 2011 a licitação dos Transportes Urbanos de Maceió foi “esquecida” na Câmara, dando margem para especulações e intrigas. Após ter deixado o governo sem conseguir a licitação, em dezembro de 2013, o ex- cobrador de ônibus e ex -prefeito da capital, Cícero Almeida, usou o espaço em uma rede de TV para detonar o Ministério Público e alfinetar o Tribunal de Contas a ponto
Usuários reclamam de terminais sem estrutura, além de superlotação, filas e horários irregulares
de afirmar que a licitação teria acontecido ainda em seu mandato se não fosse “uma conselheira do Tribunal de Contas que mandou suspender a licitação”. Na ocasião, Almeida acusou o TC de ter “engavetado” o processo. Ainda no final do ano passado a novela exibe novo capítulo. Na época, o prefeito Rui Palmeira e o superintendente Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Tácio Melo, anunciaram novos ônibus, tarifas que iriam variar de acordo com o destino, construção de terminais, ciclovias e novos corredores de ônibus. Em janeiro desse ano a população foi convocada para uma audiência pública e compareceu em massa. No entan-
to, sete meses depois, suas sugestões ainda estão sendo analisadas pelos órgãos competentes e enquanto isso, o processo fica estagnado. NA BRONCA Cansados de esperar por dias melhores, os usuários do transporte coletivo da capital alagoana se manifestam das mais variadas maneiras. As redes sociais são alguns dos mecanismos para desabafo, sugestões e críticas ao sistema. O grupo Bicicletada de Maceió, além de defender a magrela como meio de transporte alternativo, participa das audiências públicas, dar sugestões e critica a morosidade na licitação. Há algum tempo o enge-
nheiro de trânsito e ex-assessor especial de transportes da SMTT, José Arnaldo Lisboa Martins, tem publicado artigos no EXTRA sobre o tema. Na edição 782 ele escreveu a crônica “Vem aí mais um escândalo”, onde fala da importância das licitações públicas e dos perigos delas, “quando mal redigidas, propositalmente, pelos sabichões em concorrências públicas”. E vai mais longe ao relembrar que já se passaram 20 meses da nova administração municipal e “alguma coisa aconteceu e, ela foi para o brejo.” Enquanto isso, o cenário continua o mesmo: ônibus lotados que degradam o sistema e “convida” os usuários a comprarem motos ou automóveis.
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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com
No topo da elite
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CRB, após recuperar o espaço que ocupava no G-4 da Série C, ao vencer o ASA no Rei Pelé na segunda-feira, carrega otimismo para se manter em segundo no Grupo A. Soma 15 pontos e na rodada deste novo fim de semana pega o Central em Caruaru. É outra parada indigesta e o mesmo se diga na rodada seguinte, contra o Crac, mas em Goiás.
Outra derrota O Coruripe não se acertou na Série D e prova disso foi a derrota para o Central (PE) mesmo com o jogo em Caruaru. Placar de 3x1 identificou uma certa facilidade para o time pernambucano. Mesmo sendo ele um dos líderes do grupo. No jogo estreou três reforços. O Hulk já conseguiu pontuar no seu grupo?
Série B O CRB dá uma passada firme para seguir na linha de frente pela busca de uma das vaga na Série B de 2015. Soma 15 pontos após vencer o ASA (2x1) no Rei Pelé, segunda-feira e passou a semana em quarto na classificação do grupo A. Pela ordem: 1º Fortaleza (22 pontos); 2º Cuiabá (17); 3º Botafogo-PB (17) 4ª CRB (15) e 5º Salgueiro 11 pontos.
Jogos do Galo O Clube de Regatas Brasil tem dois jogos da Série C fora de Alagoas. O primeiro já neste fim de semana pega o Paysandu no Pará.O segundo contra o Crac, em Goiás, é duvidoso. O time goiano enfrenta problemas financeiros sérios e a diretoria ameaçou, começo da semana, o propósito de abandonar o campeonato
Mano Menezes
ASA com chances
“Jogos de grandes clubes têm que ter qualidade”. Análise de Mano foi após o Corinthians enfrentar o Santos, jogo que acabou em empate. Já torcedores alagoanos, habitués dos estádios pela ausência de Alagoas nos principais campeonatos nacionais, voltando aos tempos da Série B com ASA e CRB.
Na classificação da Série C e pelos jogos por acontecer, é cedo descartar favoritismo de um dos times do grupo B. A classificação do momento não deixa dúvida disso. O ASA é exemplo: soma 11 pontos e o Crac tem 8, mas na terça-feira estava pendente para sair do campeonato. O Águia de Marabá tem a mesma pontuação.
Voleibol José Roberto, técnico da seleção brasileira feminina adulta de voleibol, tem para comemorar neste ano os seus 47 anos de carreira, com maior parte desse tempo mantendo o Brasil entre os melhores do ranking mundial. E lembrando: ele comemorou recentemente 60 anos, mas de idade.
De torcedores “O que impede técnico da seleção brasileira não chamar jogadores que atuam no Brasil e são xodó de torcidas? Não é discriminação? Questão foi levantada pelo estudante Manoel Silva de Moraes, defendendo o princípio de serem merecedores das atenções dos que dirigem a CBF.
Novo momento
Peso ouro David Luiz, capitão do Brasil no recente mundial de futebol, mudou de clube. Assinou contrato com o PSG da França, com o liberatório do passe fechado em 60 milhões de euros, transação das mais caras do mundo envolvendo um jogador de defesa. Mas ninguém duvida: ele merece.
Jogo da Paz Ronaldinho Gaúcho, mesmo sem participar de jogos há mais de 15 dias (ainda está sem clube), não se desliga do futebol. Na última semana foi convidado pelo papa Francisco para o “Jogo da Paz” em Roma com organização direta do Vaticano.
Algo errado Conca foi observado no sábado (9), na vitória do Fluminense sobre o Paraná, como o jogador que no futebol brasileiro mais erra passe. Mas a observação teve esclarecimento imediato: ele é também quem no time mais participa do jogo. Tanto no apoio à defesa como organizando os contra-ataques.
“O Flamengo ganha novo rumo no Brasileiro”. Frase de advertência no sentido positivo foi dita por Vanderlei Luxemburgo e tem a ver com a vitória do rubro-negro na semana anterior. Soou importante no quesito estímulo aos jogadores e creditar mais fé na torcida daqui pra frente.
Confiança O rubro-negro carioca tem muito chão para percorrer e alcançar o que a torcida mais deseja: estar na linha de frente da classificação. Mas no momento segue na zona do rebaixamento e tem uma das defesas mais vazadas neste começo dos jogos, somando 18 gols negativos.
FRASES “No CSA decisões no futebol só em setembro” Roberto Mendes, diretor do clube.
“Não tenho que provar mais nada” Pato, artilheiro do São Paulo.
“ Grandes jogos têm que ter jogadores de qualidade” Mano Menezes, técnico do Corinthians.
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S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO
Calçada livre
Campanha
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Prefeitura de Maceió vai tirar das calçadas os entulhos que dificultam o pedestre caminhar? Pergunta tem a ver com informações de haver ação nesse sentido. Mais comuns e perigosas são as rampas fora de padrão na altura, em área de comércio, “garagem” e ampliação de imóvel.
Cobrança
Ato cidadão
Banco não tem como hábito telefonar a cliente para fazer cobrança de dívida ou oferecer certas vantagens. O cidadão, em caso como esse, não deve dar atenção a conversa, suspender a ligação com proposta de orientação ou exigência e se informar direto na agência bancária.
Como anda a “farra de hora extra” no Congresso Nacional? Curiosidade tem sustentação em denúncia recente divulgada na Revista IstoÉ, edição 2326, instigando o cidadão a enviar carta de indignação pelo abuso de “um Poder de estrutura cara e repleto de vícios”.
Campanha Conversas de quem segue o movimento da campanha são de que em Cacimbinhas e outros municípios da região do Sertão Benedito de Lira ganha impulso como opção do voto. Mas no estilo em cima do muro advertem que Renan Filho “aparece bem na sombra do pai”.
Compromisso Renan Calheiros, presidente do Senado, agenda para setembro por em votação no plenário proposta nova que permita ser feita uma revisão nos cálculos das dívidas ativas dos Estados. Entre os alagoanos há uma pergunta: na lista dos endividados em que situação está Alagoas?
Candidatos Campanha das eleições, prestes a ir às ruas, permite ao eleitor alagoano ter ideia sobre o montante de candidatos às cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal? E o tempo no guia eleitoral na televisão terá espaço para que todos apareçam?
Doer no bolso Na Rua Jangadeiros Alagoanos, na Pajuçara, apesar de ter tráfego intenso de veículos, cai na rotina motorista estreitar área de circulação de veículos com estacionamento duplo. É, daí, recomendável presença frequente da SMTT na hora do rush. Fim da manhã e começo da tarde, principalmente.
Cadê as grades? A saída dos ambulantes do calçadão mereceu ponto favorável, mas a falta de grades no sistema de esgoto de águas pluviais, trecho do Ponto Central até a Praça Deodoro, tem desaprovação de comerciantes e do pedestre. É obra de solução fácil e baixo custo.
A campanha presidencial, mesmo sem estar nas ruas, já transmite no eleitor sensação de que vai ser bastante polarizada entre Aécio Neves, carregado por Fernando Henrique Cardoso, e Dilma Rousseff na carona da popularidade de Lula.
Adversário
Nova conversa “Teotonio Vilela está uma ova, alheio às eleições”. Frase de cabo eleitoral tem sustentação na frieza com que o governador tratou a definição dos candidatos tucanos às eleições estaduais e do mesmo modo na presidencial. Mas como eleitor, será que ele vota em Benedito de Lira ou no Renan, o Filho?
Pique de campanha Deputados aprovaram dois dias na semana para sessões plenárias na Assembleia Legislativa para os próximos 57 dias de campanha às eleições. Ato tem respaldo na Resolução 3696/93 e as sessões são as terças e quartas-feiras, disse o deputado Fernando Toledo, presidente da Casa.
Reclamação “O próximo governador de Alagoas dizem terá muito o que fazer no litoral Norte”. Observação é de moradores reclamando como problema maior a ausência de estrutura para acolher turistas. Um alheamento que começa pela AL-101, principal rodovia da região ligando pelo litoral Sul Maceió a Pernambuco.
Sinalização Semáforos em cruzamento de ruas como na Avenida Maceió, sentido Pajuçara/Centro ou vice-versa, e da Praça Sinimbu até a Praça do Martírios, caminhando pela Rua do Sol, não dão tempo extra ao pedestre para a travessia em segurança, a não ser para um único lado da calçada.
Nesta campanha eleitoral, petistas entendem que o maior adversário à reeleição de Dilma Rousseff não será o candidato tucano Aécio Neves, mas a mídia e proclamam revistas semanais como as mais radicais no palanque tucano. Assinantes concordam.
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MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br
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Poluição do ar
As autoridades municipais de Pequim anunciaram no dia 5 a proibição progressiva da venda de carvão para diminuir a extrema poluição do ar na capital da China. De acordo com um comunicado do Departamento Municipal de Proteção Ambiental, a partir de agora, e até o ano de 2020, a venda e a utilização de carvão será reduzida gradativamente em seis distritos da cidade e as termoelétricas abastecidas com esse combustível serão fechadas.
Embarcação do Greenpeace
Rinocerontes
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A África do Sul vai retirar centenas de rinocerontes do famoso parque Kruger, na fronteira com Moçambique, para proteger os animais da caça furtiva que ameaça a espécie há vários anos.”Uma decisão foi tomada sobre a questão do deslocamento”, declarou a ministra do Meio Ambiente, Edna Molewa, que confirmou a medida de capturar e enviar a centenas de rinocerontes para outras reservas do país ou do exterior.
embarcação “Artic Sunrise” do Greenpeace, retida em setembro de 2013 no mar de Barents com 30 tripulantes da organização a bordo, retornou no dia 9 à Holanda, após zarpar de Murmansk há nove dias.O navio atracará no porto de Amsterdã, perto do escritório do Greenpeace, e ali será restaurado, porque se encontra em más condições após um longo tempo sem manutenção, informou a agência holandesa “ANP”.
Rio Paraguai
Filhotes de lobo-guará Animais soltos Um zoológico na Dinamarca pretende permitir que seus visitantes passeiem entre animais soltos – estando invisíveis para eles. No projeto futurístico do renomado arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, o público entrará em cápsulas espelhadas, se esconderá atrás de troncos de árvores ou debaixo da terra.
Mina no México Uma mina do estado mexicano de Sonora (noroeste) contaminou um rio com milhares de metros cúbicos de substâncias tóxicas, deixando sete municípios com restrições no abastecimento de água - incluindo a capital estadual, Hermosillo -, informaram autoridades locais, no dia 10.
O Zoológico Municipal ‘Quinzinho de Barros’ de Sorocaba (SP) tem dois novos habitantes: filhotes macho de lobo-guará, espécie que consta na lista oficial dos animais ameaçados de extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Animais (Ibama). Os filhotes tiveram que ser retirados do convívio dos pais logo após o nascimento e foram levados ao setor veterinário do zoológico para cuidados neonatais.
A partir de Corumbá, conforme o Rio Paraguai vai descendo rumo à foz, as histórias de um grande conflito se tornam mais presentes. A Guerra do Paraguai começou há 150 anos. Em quase seis anos, morreram entre 50 e 60 mil brasileiros – ou nas batalhas ou de doença. Do lado paraguaio, os números são mais espantosos: 300 mil mortos.
Carcaça de golfinho O animal morto foi flagrado pelo professor Tugrul Metin flutuando na costa de Izmir, oeste do país, no dia 4. O golfinho siamês morto tinha 97 centímetros de comprimento. O professor Mehmet Gökoğlu, da Universidade Akdeniz, destacou que o caso é extremamente raro, semelhante ao nascimento de gêmeos siameses entre humanos.
Trigêmeos Uma panda deu à luz trigêmeos no parque safári Chimelong em Guangzhou, na China. O nascimento triplo é considerado raro, devido à baixa taxa de reprodução da espécie.Os animais nasceram no dia 29 de julho, mas as fotos do recém-nascidos foram divulgadas apenas no último dia 12.
Geleira no Tibete Estudos mostram que a geleira Purog Kangri, no Tibete, está derretendo por influência do aquecimento global. Uma das maiores geleiras do mundo, com 422 quilômetros quadrados e situada em altitudes entre 5.350 e 6.400 metros, ela encolheu 50 metros ao longo dos últimos 30 anos.
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ALTARODA
FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br
Ford KA repensado
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om o lançamento dos novos Ka (hatch) e Ka+ (sedã), a Ford completou seu objetivo de ser o primeiro dos quatro tradicionais fabricantes a ter todos os modelos produzidos no País ou na Argentina alinhados aos existentes no exterior (Focus ficará igual já em 2015). O próprio Ka, que nada tem a ver com o conceito original de subcompacto, segue o exemplo do EcoSport e chegou primeiro aqui do que na Europa. Hatches e sedãs compactos somados, em gama de preços que vai de R$ 25.000 a quase R$ 60.000, representaram cerca de 60% de todos os automóveis vendidos no primeiro semestre. A Ford optou por evitar a briga na base do mercado e posicionou os novos Ka entre R$ 35.390 (hatch SE) e R$ R$ 47.490 (sedã SEL). Pelo menos no início não haverá nenhuma versão sem ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas de portas
(controle remoto) e tampa do porta-malas, direção eletroassistida com coluna regulável em altura, bom equipamento de som, suporte central para celular ou GPS, 21 porta-objetos e pneus verdes. Comandos por voz e chamadas telefônicas automáticas de emergência para o Samu em caso de acidentes graves integram a central multimídia Sync (sem tela tátil), como opção na versão intermediária SE Plus. É o primeiro compacto com controles eletrônicos de trajetória e tração, além de assistente de partida em rampa, recursos de segurança importantes. Ambos podem vir com motor de 4 cilindros/1,5 L/110 cv (etanol) ou tricilíndrico/1 L/85 cv (etanol). Certamente vão interferir nas vendas dos New Fiesta, apesar da grade de preços estudada para amenizar. Os dois modelos compartilham arquitetura e igual distância entre-eixos (2,49 m),
RODA VIVA mas o Ka é mais amplo internamente com destaque nos assentos dos bancos dianteiros e espaço para pernas e cabeças atrás. Porta-malas do hatch é um ponto fraco (apenas 257 litros), porém o do sedã oferece muito bons 445 litros e sem que tampa interfira com a bagagem ao utilizar dobradiças pantográficas. Estilo agrada bastante, em particular o equilíbrio de linhas do sedã, além de rodas de liga leve bonitas. Materiais no habitáculo são compatíveis com a proposta do carro e o acabamento tem algumas deficiências. Há regulagem de altura dos cintos de segurança, porém a do banco do motorista só na versão mais cara. Comando elétrico dos espelhos retrovisores externos (com luzes repetidoras de sinalização) não é oferecido, embora disponível no Fiesta. Resta a instalação na concessionária, como acessório original, a custo maior.
Um dos destaques é o motor de 3 cilindros que surpreende pelo nível baixo de ruído e vibrações. Descontando o inexplicável bloco em ferro fundido, no lugar do quase onipresente alumínio dos projetos modernos, o Ka mostra desenvoltura incomum para um propulsor de apenas 1 litro. Entrega a maior potência entre os de aspiração natural disponíveis hoje no mundo, quando abastecido com etanol. A fábrica, no entanto, preferiu escalonamento mais aberto do câmbio (apenas manual, de cinco marchas) para garantir consumo de combustível mais baixo no País, pelo padrão Inmetro cidade/estrada. Direção, manuseio do câmbio, suspensão e freios nivelam-se aos melhores compactos do mercado. Manutenção ficará mais barata: correia dentada dispensa substituição e troca de óleo do motor e revisões passarão a anuais (antes semestrais).
pitstop
Novo Ka chega para ser líder
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nova linha Ka chega ao mercado em setembro para disputar a liderança do segmento de compactos com a versão hatch e atingir o maior volume da história da Ford no segmento de sedãs, com o Ka+. Os dois modelos foram apresentados nesta quinta-feira (7) em Trancoso, Bahia. E ambos têm uma versão com motor mais potente, 1.5, e contam com equipamentos inéditos na categoria. O carro é realmente novo e segundo a fábrica oferece a maior economia e tem o melhor desempenho da categoria. O interior é espaçoso e traz de série direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos
dianteiros, travas elétricas com controle remoto, rádio com bluetooh, compartimento no painel para acoplar o celular ou GPS e controle de frenagem em curvas (CBC). O ABS vem com EBD. Como opcional, os modelos oferecem controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e sistema de conectividade com comando de voz. Mas o diferencial do novo carro pequeno da Ford é o sistema de assistência de emergência, que faz uma chamada automática para o serviço de emergência
192, o SAMU, em caso de acidente com acionamento dos airbags ou do corte de combustível do veículo. O carro tem ainda um equipamento que permite o acesso a aplicativos do celular. O Novo Ka e o Ka+ nas versões com motor 1.5 já obtiveram o selo A de eficiência energética do Inmetro/Conpet. O motor 1.0 de três cilindros supera em potência e torque concorrentes que usam motor de três e também de quatro cilindros. Ele gera 85 cv e torque de 105 Nm com álcool e 80 cv e torque de 100 Nm com gasolina. Faz 8,9 km/l com
álcool e 13 km/l com gasolina na cidade, e 10,4 km/l com álcool e 15,1 km/l com gasolina na estrada. Já o motor Sigma 1.5 16Vflex tem potência de 110 cv e torque de 146 com álcool e potência de 105 cv e torque de 143 Nm com gasolina. Faz 7,9 km/l com álcool e 11,5 km/l com gasolina na cidade e 9,5 km/l com álcool e 13,6 km/l com gasolina na estrada. A Ford espera tomar as vendas de seus principais concorrentes e mira as vendas em cima do HB20 e Onix para o Kahatch e Prisma e HB20S para o sedã Ka+.
O HONDA prepara uma surpresa aos apreciadores de SUVs compactos, antecipa a coluna. Em meados de 2015 já terá em produção o Vezel (com outro nome) na fábrica atual de Sumaré (SP), sem esperar conclusão da nova unidade de Itirapina (SP), no final do próximo ano. Quando esta ficar pronta, produzirá o CR-V em Sumaré. MERCADO continuou encolhendo com números fechados de julho. No acumulado a queda já é de 8% ante 2013. Alguns esperam que 2014 fique até 15% pior do que o ano passado, proporção três vezes maior do que a previsão de menos 5% da Anfavea. Este mês, com mais dias úteis, se poderá polir a bola de cristal. ESTOQUES de veículos nas fábricas e concessionárias, que encerraram o primeiro semestre com 45 dias de vendas, recuaram no final de julho para 39 dias. Alívio é relativo pois existem variações estatísticas no modo de calcular o número de dias necessários para escoar os pátios. MOTOR do BMW 320i demonstra: turbocompressor/injeção direta é a melhor combinação possível para o etanol. Embora não tenha alterado valores de potência (184 cv) e torque (27,6 mkg.f), a diferença com etanol aparece em acelerações de retomada, principalmente, além de pequena melhora no consumo em relação à gasolina. Inexplicável é o sistema desliga-liga o motor ser inibido, quando se usa etanol. PESQUISA da J.D. Power com consumidores nos EUA aponta mau funcionamento de alguns comandos de voz, que avançam nos sistemas avançados de multimídia. Possivelmente por interferências de ruídos normais do veículo e vozes a bordo. Para melhorar essa deficiência, a Ford deslocou do rádio para o teto o microfone no novo Ka.
28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 CRÔNICA
Vá encher o saco da sua mãe JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br
E
u já fiz várias ligações para essas “operadoras” de telefones celulares para dizer a elas que eu não quero, absolutamente, receber as insistentes mensagens que elas estão mandando pra mim. São mensagens gravadas e dirigidas para todos nós, em qualquer dia e em qualquer hora. Já reclamei e, depois de muita demora, me atenderam e me deram números de protocolos, para comprovar o atendimento, contudo, continuam enchendo o meu saco. Pensei que iria ficar livre das várias invasões à minha privacidade, porém, parece que estão fazendo de propósito, quando não acabando com as mensagens, muitas
elas até com frescuras. Afinal de contas estamos em um país onde quem manda nele são as tais de “agências reguladoras”, as mesmas que distribuem propinas para todos os lados, para políticos e administradores safados. Eu ainda tenho lembrança da Companhia Telefônica de Alagoas, a nossa CTA e que, depois, foi substituída pela nossa eficiente Telasa, ambas destruídas pelo senhor Fernando Henrique Cardoso, quando acabando com as “teles”, para dar elas de “mãos beijadas” aos estrangeiros. Esse senhor, “já gagá”, foi o mesmo que “comprou” o Congresso Nacional, para que prolongassem seu mandato para 5 anos, tendo conseguido o que os senadores e deputados queriam. Foi este mesmo cidadão que ficou conhecido como “o namorador de misses”. Com ele, todo o patrimônio dos brasileiros em telecomunicações passou para as mãos dos estrangeiros. Milhões de reais foram jogados fora, com as ven-
das dessas “teles”. Pura safadeza! Semanalmente, os meios de comunicação sempre estão noticiando que essas “operadoras”, por conta das reclamações, recebem multas vultosas, porém elas se defendem e nunca pagam as multas, pois são protegidas pelos mesmos “mensaleiros” que sempre estão mamando nas tetas do governo. O tratamento que é dado ao povo que tem telefones celulares é um tratamento humilhante, além dos preços serem os mais altos do mundo. Além de tudo, todas as semanas eles inventam promoções e ficam fazendo suas propagandas insistentes, com nomes em inglês, para enganarem os brasileiros bestas. Durante esta semana que está no fim, eu recebi umas 20 ou 30 mensagens, perguntando se eu queria fazer um “pacote” para ouvir músicas; se eu queria acompanhar jogos de futebol do meu time; se eu queria ganhar na tele-sena; se eu gostaria de ler versículos da Bíblia
Sagrada; se eu queria conhecer excelentes e incríveis piadas, semanalmente, por R$ 0,35/dia; se eu gosto de filmes e quais são os filmes; se eu quero ganhar R$ 150.000,00, devendo responder SIM ainda hoje e, além de outras porcarias. Gostaria de saber, com orientação de um advogado, se existe alguma lei através da qual eu possa processar essas “operadoras” por violação da minha privacidade por ficarem me enviando mensagens que vêm infernizando a minha vida e de outras pessoas. Eu não acredito que eu seja obrigado a aceitar essas mensagens ou se é melhor eu mandar que elas sejam enviadas “para as mães dos diretores.” Em Tempo - Eu tenho três leitores “VIPs”. São eles: dr. Cleber de Castro Vasconcelos, dr. Carlos Galvão e o dr. Cláudio Eugênio Tenório de Albuquerque. Agradeço a estes meus amigos pelo incentivo e pelos elogios.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014 -
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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com nigel santana - interino - nigeljornalista@ig.com.br
Na mira
O
prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus (PMDB), estava na mira do Ministério Público Estadual, que pediu o afastamento do prefeito por fraude em licitação que causou danos em mais de R$ 1 milhão ao erário. Antes, Matheus andava pelas ruas da cidade confiante que estaria imune a denúncias sobre a sua administração.
Fatura
Lamentável
O prefeito de União dos Palmares, Beto Baía (PSD), precisa mostrar que tem votos na cidade. Os deputados João Henrique Caldas (SDD), Francisco Tenório (PMN) e Paulão (PT) estão comparecendo rotineiramente à cidade para falar com o prefeito sobre as eleições proporcionais. Baía precisa ainda convencer eleitores que o candidato à reeleição João Lyra (PSD) precisa de mais quatro anos na Câmara Federal.
Um candidato que concorre pela primeira vez nas eleições deste ano, disse a Coluna que está desapontado com o eleitorado. Ao viajar pelo interior e se apresentar, ele ouve que o voto está comprometido com candidato ‘fulano de tal’ que aparecerá às vésperas das eleições com alguns benefícios. Fica a o registro para a fiscalização da Justiça Eleitoral.
Base eleitoral O deputado Gilvan Barros só tece comentários ruins acerca da conjuntura elaborada pelo PSDB ao governo estadual. Barros exaltou que falta estrutura e que os planos do partido não condizem com a realidade construída pelo governador Teotonio Vilela Filho. O parlamentar, que mira ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, já partiu para o lado do senador Renan Calheiros, que tem seu filho como candidato ao governo. Segundo Gilvan Barros, as bases eleitores dele agradecem.
Quando assumiu a gestão em Marechal Deodoro, Cristiano Matheus foi crítico ferrenho da antiga gestão na histórica cidade, que era comandada pela família Dâmaso. A oposição no município agora diz que Matheus prova do próprio veneno por causa da investigação realizada pelo Ministério Público Estadual.
O prefeito afastado de Joaquim Gomes, Toinho Batista (PSDB), não tem conseguido resultados favoráveis ao seu retorno no Tribunal de Justiça de Alagoas. Batista está afastado há mais de cinco meses da gestão municipal e convive com as investigações incessantes por parte da promotoria. A vice-prefeita, Ana do Jayme, que está administrando a cidade, contribui com documentos para mostrar que Toinho Batista não administrativa a cidade como deveria.
Pelo cenário, o PSDB está a fim de ver ou Benedito de Lira ou Renan Filho ao governo de Alagoas. Investe em candidatos que não conseguem cativar o eleitor e fecha aos olhos para os filiados que não estão mais ‘nem aí’ para a história do partido em Alagoas.
Esperto Em campanha, o senador Benedito de Lira (PP) que pretende ser governador, tem utilizado um método para não perder votos. Nas cidades em que Renan Filho tem a maioria do apoio, de Lira vai ao encontro da oposição para fechar acordo para conseguir votos no dia das eleições.
O crítico
Sem êxito
Bandeira Branca
Incômodo Candidato a deputado estadual, Rodrigo Cunha (PSDB), segue viajando por diversas cidades no interior de Alagoas. No entanto, é em Arapiraca que Rodrigo tem sido acolhido. Ele tem participado de reuniões promovidas por famílias que lhe declaram votos abertamente. As propostas feitas ao candidato começam a incomodar candidatos à reeleição para a Assembleia Legislativa do Estado que acreditavam que o reduto em Arapiraca continuaria o mesmo.
Ao encontro
A família Beltrão e a família Pereira aos poucos começam a se enfrentar na disputa de votos. A próxima batalha pelo convencimento do eleitorado será em São Sebastião, onde Jó Pereira tem apoio do prefeito. Entretanto, sem conseguir encontrar um candidato, a oposição passa a trabalhar no nome de João Beltrão, que tenta se reeleger pela sexta vez deputado estadual.
PELO INTERIOR ... Candidato a deputado estadual pelo PTC, o advogado Carlos Alberto chegou a ter seu nome ventilado para ser candidato ao governo de Alagoas. Carlos Alberto foi candidato a prefeito de Coruripe por duas oportunidades e é conhecido no município por fazer oposição. ... Ainda em Coruripe, o ex-candidato a prefeito, Zé Enéas, desistiu de uma candidatura a deputado estadual. Ele disse que o senador Benedito de Lira o colocou em uma coligação teoricamente fácil, no entanto, dias depois, candidatos fortes começaram a surgir na chapa. O jeito foi deixar a campanha de lado e apenas observar. ... Ao lado do candidato Renan Filho (PMDB), o prefeito de Pilar, Carlos Alberto Canuto, tem vivenciado uma situação delicada na cidade. Ao falar do seu candidato ao governo, os eleitores discordam e avisam que ele precisa melhorar a administração em Pilar e não se preocupar 24 horas com a candidatura ao governo. ... Quem também pode esperar denúncia do MP Estadual é o prefeito de Piranhas, Dr. Dante (PDT). Promotores estão apurando casos com suspeita de improbidade administrativa na cidade. Segundo o Ministério Público, não é possível repassar mais informações para não prejudicar o andamento dos trabalhos. ... A prefeita de Palestina, Lane Cabudo (PT), está em absoluto silêncio quando o assunto é a auditoria nas contas da prefeitura. Lane informou à imprensa que estaria realizando uma série de investigações no município para começar uma gestão com responsabilidade. Até agora, nenhuma informação foi revelada pela prefeita.
30 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014
REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com
Consumo consciente
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prender a conviver dentro do seu poder de compra, sem ultrapassar o limite de 30% da renda com prestações, é consciente de que nada é mais prazeroso do que ter uma vida tranquila e uma reserva financeira capaz de realizar um sonho de consumo ou uma emergência qualquer, sem recorrer a empréstimos e se endividar a longo prazo. A inflação não vem dando trégua. Não necessariamente como ocorria na década de1980, mas teimando em existir, com a gangorra dos preços exi-gindo que se faça muita pesquisa antes de comprar. Há 20 anos, o consumidor dispõe de um código em sua defesa, capaz de punir os infratores, bastando apenas que se prove que foi enganado no ato de comprar. Mas não garante, por exemplo, a questão do preço mais alto. Isso fica a cargo de quem compra, que deve saber aproveitar o valor menor, observando ainda a qualidade e prazo de validade. É preciso exigir a nota fiscal de compras, para qualquer eventualidade, guardando por um bom tempo. Assim se é um consumidor consciente, economicamente correto.
Despesas fixas As despesas fixas, devem ser cumpridas à risca. São, por exemplo: aluguel ou prestação da casa própria, energia, água, telefone, plano de saúde, mensalidade escolar e qualquer outro compromisso mensal, com valor estabelecido. As demais despesas, como alimentação, material de limpeza e higine, se cumpre, com a mesma dica: pesquisar preços. E assim, vai se conseguindo sobreviver com economia.
Seu cartão Quem sabe utilizar o cartão de crédito com disciplina, pagando o valor total da fatura, age corretamente. Mas amortizar (parcelar o débito, pagando apenas o valor mínimo), é sinal que nunca vai conseguir quitar tudo, entrando num círculo vicioso, caminho para o “fundo do poço”. Evite isso!
Sem cheque Esqueça o cheque especial, mesmo com “as facilidades” que os bancos oferecem. As taxas de juros são as mais altas do mercado. Isso pode deixar você na mesma situação do crédito parcelado do cartão. Evite esse prejuízo e use apenas o cartão de débito ou dinheiro em espécie.
Pesquisando A dica continua a de sempre: pesquisar preços exaustivamente, até conseguir fazer uma boa economia. Portanto, não compre com pressa, por impulso. Mesmo sendo promoção. O comércio investe em propaganda constantemente. E a concorrência é muita grande entre às lojas.
Salário Quem é aposentado ou pensionista do INSS vai receber a primeira parcela do décimo terceiro salário a partir do dia 25, indo até a primeira semana de setembro. É um dinheiro muito esperado, que deve ser usado com res-ponsabilidade. Pode pagar dívida, consumir ou poupar. A última parcela sai no salário de novembro.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 -
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CULTURA
Jornalista Pedro Oliveira vai escrever segundo livro sobre eleições no Brasil Novo livro-documento trará noticias e fatos das eleições estado por estado, os eleitos para os governos, para o Senado, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas
E
m abril de 2007 o jornalista Pedro Oliveira, integrante da equipe de analistas políticos do Jornal EXTRA lançou em Alagoas, Brasília e várias capitais o livro “Brasil 2006 – A História das Eleições” - Uma obra-documento abordando as eleições para presidente da República, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas em todos os estados. No livro o autor narra a história das eleições no país desde o primeiro pleito para governador em 1532, os processos de votações que começaram com as “bolas de cera”, as urnas de madeira, as de ferro e as de lona, até a implementação do voto informatizado em todo o país em 2000 e que ainda hoje levanta polêmicas e suspeitas de fraudes. A campanha presidencial mereceu um capítulo especial no qual são mostrados os embates e os bastidores da guerra eleitoral que reuniu oito candidatos: Lula (candidato e à reeleição), Geraldo Alckmin, Heloisa Helena, Cristovam Buarque, Luciano Bivar, Ana Maria Rangel, José Maria Eymael e Rui Costa Pimenta. No primeiro turno os três mais votados foram Lula (46.662.365 ou 48,61 dos votos válidos); Geraldo Alckmin (39.968.369 – 41,64%) e Heloisa Helena com a expres-
siva votação de 6.575.393 (6,85%) em uma campanha praticamente solitária e lutando contra estruturas milionárias e poderosas dos dois principais adversários. No segundo turno Lula saiu vencedor com 58.295,042 (60,83%) e Geraldo Alckmin 37.543.178 (39,17%). Os escândalos do governo Lula e também no Poder Legislativo foram narrados e documentados, a exemplo do Mensalão, caso Waldomiro e Correios, a queda do superministro José Dirceu, o caso do caseiro Francenildo e a demissão de Palocci, a Operação Sanguessuga, o escândalo dos aloprados e outros. O novo livro-documento escrito por Pedro Oliveira vai trazer, a exemplo do anterior, notícias e fatos das eleições estado por estado, os eleitos para os governos, para o Senado, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas, com suas respectivas votações, sendo considerado um importante instrumento de consulta, além de uma radiografia panorâmica de todo o processo eleitoral em 2014. A primeira edição – “Brasil 2006 – A História das Eleições” – serviu de comentário e pronunciamentos no Senado Federal, a exemplo do então senador Mão Santa que afirmou na tribuna “o
Como fez em 2006, Pedro Oliveira vai documentar as eleições 2014
autor nos oferece não apenas um livro bem escrito e de conteúdo extraordinário, mas também um documento histórico das eleições no Brasil”. SEBASTIÃO NERY: UM LIVRO DE QUEM CONHECE A POLÍTICA NACIONAL POR DENTRO O prefácio do livro Brasil 2006– A História das Eleições, foi escrito pelo consagrado jornalista e maior cronista político do país Sebastião Nery, que dá sua opinião sobre a obra: “ Brasil 2006 - a História das Eleições de saída tem a virtude básica de
um verdadeiro livro de jornalista: não inventa nada. Documenta. São os fatos, secos, enxutos, exatos. Abre com uma rápida história das eleições no Brasil, desde a Constituinte de 1823 até aqui. E traça um perfil forte, correto, sem falsas tintas, do quadro político de cada estado antes da eleição e no desenrolar das campanhas para presidente da República, governadores e senadores. Cada estado está ali inteiro, com seus rostos, suas marcas, suas cicatrizes. Mas, sobretudo a força principal do livro está na análise sucinta, segura, com um
texto leve, sóbrio, brilhante, de quem conhece a política nacional por dentro, em quatro décadas de jornalismo no sul do país e em Alagoas, de um saber de experiência feito, como ensinou Camões. José Américo de Almeida dizia que ver bem não é ver tudo, é ver o que os outros não veem. Pedro Oliveira em poucas linhas, às vezes em uma frase, um título, mostra o que determinou e principalmente o que representou o resultado da eleição em cada estado. Política é assim mesmo como dizia o sábio Vitorino Freire: vivemos tempos em que vaca não reconhece bezerro. Leiam o livro. É todo assim. (Sebastião Nery). O autor dará início, nos próximos dias, a uma maratona de viagens a vários estados do país para, in loco, acompanhar de perto os fatos que antecedem as eleições. O livro, de acordo com Pedro Oliveira, deverá ser lançado em março de 2015 em Brasília, São Paulo e outras capitais.
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- MACEIÓ, ALAGOAS - 15 A 21 DE AGOSTO DE 2014