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Rui acumula pouco destaque em secretaria-vitrine do Governo Dantas

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MEIO AMBIENTE

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ODILON RIOS

Especial para o EXTRA

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Líder do PSD em Alagoas, Rui Palmeira desacelerou as intenções de disputar a Prefeitura de Maceió, apesar de seu nome estar na boca do prefeito JHC (PL), sempre comparando sua gestão com a do antecessor.

Hoje secretário de Infraestrutura, Rui se comporta como um personagem apagado, uma tática manjada: quando as eleições se aproximam ele se lança na busca por votos. Seu desempenho nas urnas mostra que essa estratégia é um fracasso: na disputa ao governo ficou em quarto lugar; em Maceió obteve míseros 13,81%, uma ninharia a quem ocupou, por duas vezes, a principal cadeira da capital, além de ter sido deputado estadual, federal e filho do ex-governador e ex-prefeito da capital Guilherme Palmeira.

Rui culpa a falta de apoio, de dinheiro, de prefeitos indo atrás de votos pelo desempenho nas eleições passadas. E caminha para o próprio acaso político. Deverá ser o último Palmeira, diretamente ligado aos ascendentes mais diretos desde os tempos do Império, a passar pela política local.

Mas o secretário carrega certezas. Há quem diga que uma delas é: não vai disputar a

Prefeitura da capital e se prepara para as eleições de 2026. Creem que até lá mostrará um bom desempenho na Seinfra, uma das principais vitrines de qualquer governo.

Entrevistado por Geraldo Câmara, no programa Bartpapo, mostra resultados pequenos nos 100 primeiros dias na pasta, usando tom de grandeza: a Seinfra paga R$ 10 mil para reformar cada casa que esteja em péssimas condições (habitações sem banheiro ou piso, por exemplo) em Maceió e outras 24 cidades (os prefeitos licitam e o governo paga as reformas). Ele quer ampliar esta ação para 30 municípios. E já fala em investimentos privados no Canal do Sertão, uma obra tocada exclusivamente com recursos públicos e apenas um dos quatro trechos estão com perímetros irrigados, um desperdício tratandose da segunda maior obra hídrica do Nordeste (a primeira foi a transposição do rio São Francisco).

Nos outros trechos, busca apoio de grandes empresários, citando como exemplo Petrolina (PE), mas estas sondagens nunca prosperaram nem quando Teotonio Vilela Filho (PSDB) foi governador por dois mandatos nem nos tempos de Renan Filho (MDB) quando alguns interessados chegaram a sobrevoar a região do Canal. Sob a administração

Paulo Dantas (MDB), a prioridade máxima, até agora, é a captação de dinheiro para o trecho 5, sem que o governo apresente ideias ou planejamento ao funcionamento dos demais trechos, já concluídos e com água.

A expectativa é que Rui e PSD surfem na popularidade de alguns nomes que disputarão prefeituras, como Toninho Lins, velho conhecido em

Riscos

Essa falta de ambição pela Prefeitura de Maceió pode custar caro. Presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, o PSD não é nem direita nem esquerda, mas é ligado a focos do poder. Tem cargos no Planalto e também em São Paulo, na gestão do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Arthur Lira quis tomar para si o partido, Rui denunciou a trama durante a campanha eleitoral. Mas Kassab tem uma dívida de gratidão com Guilherme Palmeira, pai de Rui. Essa dívida nunca será paga? Não existem certezas na política, os interesses ditam as regras.

Enquanto isso, Rui é peça útil aos Calheiros. A família busca um nome com viabilidade eleitoral para encarar as urnas contra o atual prefeito, num território que nunca se deu bem: a capital rejeita os Calheiros e virou a mais nova fábrica de extremistas e conservadores nas eleições, buscando se ramificar pelo Nordeste. Será muito difícil expor o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Maceió, levando em conta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu nas urnas, mas Lula ainda é um forte cabo eleitoral (obteve 43% dos votos nas urnas de Maceió). Mas é difícil Rui estar lado a lado com o atual presidente. Além disso, o prefeito Jota elege o antecessor como seu inimigo mais direto para enfrentar, ou seja, publicidade gratuita ao palaciano, ao mesmo tempo chamando para o centro da rinha. No programa semanal ‘Bom Dia, Prefeito’ ele manda recados para a “gestão passada” enquanto Rui diz que o prefeito inaugura obras ou toca projetos deixados prontos por ele, como o saneamento do riacho Salgadinho, asfalto em Maceió e a construção de seis mil casas.

Rio Largo, e nome quase certo para, direta ou indiretamente, ir para o confronto com Gilberto Gonçalves (PP), amigo-irmão do presidente da Câmara Arthur Lira (PP).

Em Maceió, o PSD é presidido por Tereza Nelma, secretária nacional de Aquicultura do Ministério da Pesca. Ela quer a reeleição da vereadora Teca Nelma, líder do PSD na Câmara.

PERSONALIDADE ZERO

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