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MACEIÓ - ALAGOAS

ANO XVI - Nº 781 - 25 A 31 DE JULHO DE 2014

PREFEITO TERÁ QUE RETIRAR NOME DE VIVOS EM OBRAS PÚBLICAS

P/19

Isolado e sem dinheiro, ET abandona candidatura DEPUTADO GILVAN BARROS DEVE ASSUMIR CABEÇA DE CHAPA, TENDO THEREZA COLLOR COMO VICE P/ 7

NONÔ É ACUSADO DE ATROPELAR MOTOTAXISTA E NEGAR ASSISTÊNCIA P/14 e 15

EX-DEPUTADO CONDENADO A 12 ANOS DE PRISÃO GANHA SALVO-CONDUTO DO TJ P/10

DEPUTADOS E VEREADORES CUSTARÃO QUASE R$ 2 MILHÕES NO RECESSO BRANCO P/12 e 13

PREFEITO DE ESTRELA DE ALAGOAS DEVE PERDER MANDATO POR CRIME ELEITORAL P/6

ENTREVISTA GOLBERY DEFENDE FIM DA POLÍCIA MILITAR E LEGALIZAÇÃO DA MACONHA

P/16 e 17


2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014

COLUNASURURU

Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados (Millôr Fernandes)

DA REDAÇÃO

Abuso de poder

Fadiga de material

O

Ministério Público Estadual abriu inquérito civil público para investigar a concessão irregular de habite-se pela SMCCU – Secretaria Municipal de Controle e Convívio Urbano de Maceió. Com a medida, muitos figurões da República das Alagoas serão pegos com a mão na cumbuca. É de conhecimento público que na maioria dos condomínios de luxo em Maceió existem várias mansões construídas à revelia das leis e ocupadas por seus ilustres moradores sem o Habite-se. Essas “autoridades” sempre apostaram na impunidade, usando como arma a famigerada “carteirada” para pressionar servidores e órgãos públicos a cederem aos seus interesses mesquinhos. É até aceitável que famílias de baixa renda habitem imóveis irregulares por falta de dinheiro para pagar a extorsiva carga tributária cobrada pelo poder público. Difícil é tolerar que ricos morem em mansões clandestinas sem pagar impostos nem respeitar as leis e normas relativas à construção civil. Como diz Jô soares, “o erro dos “espertos” é achar que todos somos otários”. Chega de impunidade! Chega de abuso de poder!

Entre a cruz e a espada O juiz Leo Denisson, da comarca de Marechal Deodoro, está sendo pressionado pelo governo tucano a decidir uma disputa por terras pela força bruta da espada, sem a balança da justiça. Se se submeter às pressões do poder estará rasgando o estado de direito e jogando a toga na lama.

Luz para todos A pedido do senador Renan Calheiros, o Ministério de Minas e Energia autorizou um novo contrato do programa Luz para Todos em Alagoas. A iniciativa beneficiará com energia elétrica mais de 10 mil famílias rurais.

Rádio corredor “Se o Biu se eleger governador, o filho Arthur é quem vai tomar conta do cofre do Estado”. É o que se ouve nos bastidores da campanha eleitoral. Pura maldade!

A vaga

Lula está surpreso com o alto índice de rejeição ao PT em todo o país. O ex-presidente esperava que o eleitorado acusasse a “fadiga de material” apenas em 2018. Agora, vai correr atrás do prejuízo. Talvez seja tarde demais...

Te cuida, Biu!

Vale a pena relembrar ... O Funrural - maior conquista social do campo no Brasil - está completando 23 anos de reestruturação. A partir de 1990, milhões de trabalhadores rurais – que recebiam uma esmola como benefício previdenciário – passaram a ganhar salário mínimo. Aos de memória curta vale lembrar que essa conquista histórica tem a assinatura do então presidente da República Fernando Affonso Collor de Mello.

Muda Brasil! De tanto pregar a “mudança” o PT está levando os eleitores da Dilma a mudarem para Aécio.

Desistência do ET 1 A primeira confirmação de que o procurador de Justiça Eduardo Tavares havia desistido da candidatura ao Governo veio do governador Teotonio Vilela Filho, em sua página do Facebook.

Desistência do ET 2 Na verdade a candidatura de ET já vinha apresentando sinais de fraqueza e nos últimos dias o que mais se falava nos bastidores da política era que a nave do ET não iria decolar; e não decolou mesmo.

O projeto do VLT, que já rendeu votos para muita gente, vai dar muita dor de cabeça ao senador Biu de Lira, auto proclamado pai da criança. É que no MP existem denúncias de irregularidades envolvendo o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos para Maceió. .

Estaleiro de papel

Outro projeto que não saiu do papel – e assim continuará - é o famigerado estaleiro Eisa, que já ajudou a eleger alguns políticos na última eleição. Quem se aventurar em vender ilusão pode ser punido pelo eleitor nas urnas.

Pais da criança A autorização do MEC para criação do curso de Medicina do Cesmac é uma conquista da equipe técnica da Fejal, com o apoio decisivo dos senadores Fernando Collor, Renan Calheiros e Biu de Lira. Mas nenhum deles pode assumir a paternidade da criança, sob pena de incorrer em ato de desonestidade.

Outra desistência

O candidato a governador pelo PRTB, Jeferson Piones, desistiu da candidatura. A informação foi dada à imprensa pelo presidente do partido, Adeilson Bezerra. Segundo ele, nada a ver com a falta de condição igualitária para disputar a eleição de outubro.

Três candidatos já se armam para a única vaga do Senado. Fernando Collor, Omar Coelho e Heloisa Helena tentam ocupar o reduto um do outro. A estratégia dos dois últimos é enfraquecer Collor nas grandes cidades, leia-se Arapiraca, Maceió, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios e Maragogi. A estratégia de Collor é de helicóptero percorrer todo o Estado; Heloisa vai no grito e com a militância. Já Omar Coelho conta com um exercito de 5 mil advogados.

Bicudos Aviso aos puxa sacos. Não convidem Téo Vilela e Biu de Lira para o mesmo evento. O governador é um poço de mágoas contra o senador, que esvaziou a candidatura tucana ao governo e deverá ser responsabilizado pela desistência do ET.

Bicudos 2 A preocupação de Vilela é garantir a vitória do sobrinho Pedro à Câmara Federal. A meta de Biu é a reeleição de Arthur Lira para garantir a impunidade parlamentar do filho.

Omissão Prefeitura e Ministério Púlico do Trabalho fizeram vistas grossas, esta semana. ao atraso intencional da circulação dos ônibus de Maceió por conta das assembleias dos rodoviários. Atitude imperdoável para quem diariamente anda feito “sardinha em lata” nos coletivos da capital. Omissão 2 E já que o assunto é coletivos, quem vai se posicionar sobre os gradeados instalados pelas empresas na parte de frente dos ônibus em substituição aos assentos que eram destinados a idosos, portadores de necessidades especiais e gestantes?

EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97 Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Street Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

EDITOR: Fernando Araújo CHEFE DE REPORTAGEM: Vera Alves

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Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros, Maurício Moreira e José Arnaldo Lisboa

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No ambiente do Aécio e de Eduardo, caso este cresça, será de euforia a cada ponto que avançar nas pesquisas, o que certamente vai influenciar os programas da TV, as caminhadas e a militância que se mobiliza com mais rapidez a medida que o seu candidato cria expectativa de poder. Pelo andar da carruagem, o PT amarga uma das disputas mais acirradas dos últimos dez anos. Com um detalhe: vai ter que administrar a tendência de queda na intenção de voto e o crescimento da rejeição da sua candidata.

Tribunal dos mortos-vivos Brasília - O Tribunal de Contas de Alagoas divulgou uma lista negra com os nomes de políticos inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa. Incluiu, entre eles, o senhor Danilo Dâmaso de Almeida, ex-prefeito de Marechal Deodoro, condenado por crime de improbidade quando exercia o mandato. Acontece que Dâmaso morreu no dia 30 de abril de 2012 e, portanto, por força maior, não pode disputar mais eleição alguma. O curioso é que o ex-prefeito quando era vivo - e muito vivo - alimentava políticos e empresários corruptos com dinheiro sujo e nunca foi banido da vida pública, mesmo tendo sido preso algumas vezes. Agora, no além, teve a alma penalizada pelo tribunal alagoano. O Globo publicou uma extensa matéria sobre o papel dos tribunais de contas no país. E o resultado a que se chega é o esperado: órgãos inúteis, lotados de ex-políticos pusilânimes, subservientes ao poder Executivo a quem deveriam vigiar, mas fazem vista grossa aos desmandos. Alguns dos conselheiros, como em São Paulo, mesmo condenados, continuam refestelados nos gabinetes como se nada tivesse afetado a sua conduta moral. O que ocorreu em Alagoas é apenas um aperitivo da inoperância desses tribunais no país. Lá, o órgão,sem serventia, já morreu antes do prefeito. Só não foi enterrado. Os TCs no Brasil são depósitos de páreas, ex-políticos inescrupulosos, nomeados por governadores e prefeitos irresponsáveis que transformam esses tribunais em depósitos de serviçais e mercenários. Eles são escolhidos a dedo pelo Executivo para não questionar suas contas, normalmente aprovadas sem ressalvas mesmo quando constatadas inúmeras irregularidades. Seus conselheiros vivem de salários altos, carros e combustível à disposição, motoristas em tempo integral, servidores 24 horas, mordomias sem limite. Muitos não têm nem formação universitária e quando apresentam diploma de curso superior é falso, como já aconteceu em Alagoas. Ao dizer que o “senado é o céu, o paraíso que você alcança ainda em vida”, o ex-senador Darcy Ribeiro esqueceu-se dos tribunais de contas. Ao contrário do senador que precisa renovar o mandato de oito em oito anos, o conselheiro é cargo vitalício conseguido sem concurso público. São nomeações sem critério de qualidade. Basta, para isso, exercer um mandato de deputado estadual e cair nas graças do governador para chegar ao paraíso. A função é fiscalizar as contas do Executivo. Isso é o que menos eles fazem, porque saem da política mas deixam os parentes como seus sucessores. Assim, para elegê-los, chantageiam os prefeitos ameaçando-os rejeitar as contas se os filhos não forem apoiados nas eleições. É assim que funcionam essas arapucas com o dinheiro público. É uma anomalia do sistema democrático que deveria ser revisto. Essas nomeações não deveriam ocorrer indiretamente, já que são cargos vitalícios, nem decididas por indicação do governador ou do prefeito. Conselheiros escolhidos deveriam ser sabatinados por entidades da sociedade civil, a quem caberia a indicação pelo voto direto e soberano. Enquanto essas nomeações ficarem a cargo da panelinha do Executivo, o Brasil estará fadado a ser sempre o país da corrupção e das mazelas, onde o eleitor, coitado!, ainda é obrigado a votar em alguns desses pulhas sob o risco de ser multados e não legitimá-los no cargo.

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Mobilização

JORGEOLIVEIRA arapiraca@yahoo.com

- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 -

Correção O últimos números do Datafolha, já contabilizados depois da Copa do Mundo, mostram que o comercial do Blatter a favor da organização do evento não surtiu efeito. Não pingou um voto sequer nas urnas a favor da Dilma. Ao contrário, todos os seus índices: aprovação do governo, rejeição e aceitação são desfavoráveis. E para piorar, o Datafolha tratou de corrigir o erro do Ibope na rejeição dos adversários da Dilma.

Dissidência Não faz muito tempo o Ibope deu uma de João sem braço e tentou aproximar Aécio e Eduardo da rejeição da Dilma. Agora, a pesquisa do Data Folha, conserta o erro. A Dilma lidera a rejeição com quase 40% e os seus dois principais adversários têm entre 15% e 16% respectivamente. Com a queda em mais dois pontos, de 38% para 36% na intenção de voto, a presidente caminha para o cadafalso e dificilmente será reeleita. Além disso, seu governo é considerado ruim por quase 30% dos eleitores. No segundo turno, uma revelação que deixou os petistas arrepiados: Dilma empata com Aécio, que ainda não é conhecido por boa parte da população. Quem apostou na Dilma vai mudar de palpite, se não quiser se frustrar.

Outro fator que joga contra o PT é a estagnação econômica que reflete negativamente em todos os setores, inflação alta e sem controle, inadimplência da pessoa jurídica e física na estratosfera, maquiagem dos números para falsear os índices econômicos, obras inacabadas e superfaturadas na Copa, falta de planejamento e inaptidão dela para administrar o país. Para coroar o fracasso, na política ela conta com outras adversidades: o fastio dos militantes petistas e de parte da cúpula do PT com a sua campanha, a falta de apoio do empresariado, que começa a debandar para o Aécio, e a dissidência do PMDB, principal aliado, em vários estados. Em 2015, quem sabe, o Brasil não respira melhor.

Patinando

Futebol

As campanhas ainda não estão nas ruas. Os candidatos fazem apenas caminhadas em algumas capitais e participam de debates fechados. Mas o espaço na mídia agora é igual para todos eles. Quem se planejar para bons eventos evidentemente vai chamar a atenção dos eleitores, o que não vem ocorrendo com Eduardo Campos que caiu nas pesquisas depois que começaram as campanhas. Continua com um discurso vazio e sem objetividade. Carrega o peso da vice Marina Silva que tem dificuldade em se comunicar com o eleitor pelo discurso rebuscado e de difícil compreensão.

A Dilma agora está se metendo nos assuntos futebolísticos para tentar tirar uma casquinha para sua reeleição. A presidente entende tanto de futebol como Lula de fissão nuclear. Reuniu no Palácio representantes de jogadores para dizer que o Brasil precisa aplicar leis mais severas e preparar melhor seus atletas para disputas internacionais.

É o fim

Televisão O Planalto aposta numa reviravolta. Considera que o bom tempo de televisão que dispõe pode reverter a popularidade da presidente que já sente, como a Seleção Brasileira, o peso de ter que vencer as eleições para não enfurecer os petistas no poder há 12 anos. Mas se não deslanchar durante os primeiros programas, o ambiente dentro da campanha vai ficar insuportável e a partir daí ninguém se entende. A exemplo de Felipão, em quem a Dilma disse se espelhar, os marqueteiros serão execrados e responsáveis pelo fracasso da candidata.

Anarquia O futebol brasileiro é o reflexo da anarquia e da corrupção que imperam no país. O que o Brasil pode esperar de um senhor como José Maria Marin, presidente da CBF, com esse currículo: ladrão de medalhas, aliados dos militares na ditadura, político formado na antiga Arena e corresponsável pela morte do jornalista Vladimir Herzog. A Dilma acha que pode resolver a crise no futebol por Medida Provisória e estatizar o esporte mais popular do Brasil. É o país sem comando, à deriva, procurando alguém para botá-lo nos trilhos. Quem sair por último apague a luz, se ainda tiver luz, claro.


4 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014

GABRIELMOUSINHO gabrielmousinho@bol.com.br

Visão de Apratto

Do vice-reitor do Cesmac, professor Douglas Apratto sobre o ensino médio no país e particularmente em Alagoas: ´´ a situação somente será resolvida se o ensino médio for conduzido pelo governo federal´´. Sobre a Educação no Estado Apratto defendeu um secretário que esteja sintonizado com a realidade de Alagoas e que passe pelo menos quatro anos à frente da Educação. Ou seja, trocar secretários para atender situações políticas é um erro dos governantes.

Campanha da baixaria

Assaltos

O

que já circula nas redes sociais já dá o tom de como será a campanha majoritária este ano. Vídeos com denúncias as mais variadas, agressões verbais, chacotas de candidatos, enfim, peças que incitam os adversários e que, segundo alguns deles, não perdem por esperar. Parece mesmo que embora o Tribunal Regional Eleitoral tenha alertado os candidatos e pedido que não haja baixaria durante o Guia Eleitoral e consequentemente nas redes sociais, vai ter que em determinado momento intervir. E já tem motivos suficientes para isso. O que se entende até agora, é que os candidatos majoritários ficam reféns de alguns assessores mal intencionados os quais, nas escondidas, pintam e bordam sobre os candidatos, abrindo brechas para ataques de todos os lados. Renan Filho e Biu de Lira, os candidatos com maiores chances de vitória, devem ficar alertas ao que está acontecendo no mundo político e recomendar às suas equipes que nem sempre tripudiar sobre a vida dos outros trará resultados positivos nas eleições. A continuar assim, a roupa suja será lavada publicamente e aí todos sairão perdendo. Mas como as agressões já começaram nas redes sociais, cada candidato deve se preparar para a defesa e naturalmente o ataque. O TRE sabe que os excessos irão permitir uma chuva de ações eleitorais, transformando uma festa democrática num caso de polícia.

Sujeira, já Um fato curioso tem chamado a atenção nos últimos dias, ou seja, a presença em Alagoas, do marketeiro Adriano Gheres, que fez a campanha de Marconi Perilo, em Goiás. Contratado pelo Chapão para a campanha majoritária, Gheres já esteve enrolado com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e tem outro atributo que deixou perplexos outros profissionais na área; é radicalmente contra a presidente Dilma Rousseff.

Sujeira, já 2 Durante a última campanha de José Serra, quando tentou a presidência da República, vídeos comparando os petistas a Hotiwaleis foram colocados à disposição do candidato na época, que foram rejeitados e denunciados à polícia.

Sujeira, já 3 Pelo visto a campanha majoritária em Alagoas vai pegar fogo e o expediente utilizado por alguns marketeiros vai proporcionar aos adversários também de usar uma artilharia para responder aos ataques. Ou seja, baixaria à vista.

Outro alvo Os ´´terroristas´´ de plantão estão escolhendo outros alvos para atingir candidatos majoritários. Como se alguns deles não tivessem telhado de vidro.

Mesmo sem comprovação corre à boca miúda que os assaltos a caixas eletrônicos em todo o interior do Estado tem tudo a ver com as eleições de 5 de outubro. Será?

Infidelidade Se as coligações exigirem na forma da lei a fidelidade partidária, muitos políticos com mandatos serão punidos pela justiça eleitoral. Tem prefeito de partidos que apóiam outros candidatos e vice-versa. A região norte está cheia deles.

Collor a cavalo

De fora

Ao contrário de campanhas anteriores, Collor não utilizou mais a estratégia de disputar eleições faltando apenas um mês para a contenda política. Agora, mais maduro, seguro e menos explosivo, o ex-presidente tem apertado fundo o pé no acelerador no interior. Na semana passada o senador percorreu pelo menos oito quilômetros numa cavalgada em Lagoa da Canoa, demonstrando que quer mais votos e que está em plena forma.

Pelo comportamento, o prefeito de Maceió Rui Palmeira não vai nem tomar conhecimento das eleições deste ano. Está se mantendo distante, ausente, indiferente ao que está acontecendo na política alagoana. Tem se preocupado com as obras da prefeitura que estão em andamento.

Disposição Depois de dar a partida na campanha com um evento de grande porte no Iate Clube Pajuçara, o senador Biu de Lira, no mesmo dia, fez uma caminhada pela orla marítima e à noite já estava em busca de votos no interior. Biu tem arrastado, além do vice Alexandre Toledo, o candidato ao Senado Omar Coelho.

Enquanto o prefeito de Maceió se mantém afastado da efervescência política, o vice, Marcelo Palmeira, tem dado a carga toda para eleger Biu de Lira governador. Palmeira participa de reuniões, faz contatos com lideranças políticas, tem participação ativa nas negociações políticas e na organização de eventos e agendas e já entrou no clima de corpo a corpo para buscar votos.

Renan na área

Definidos

O deputado Renan Filho tem agradado onde passa com seu jeito simpático de fazer política. Tenta fazer uma campanha longe da presença do pai, senador Renan, buscando espaço próprio na capital e no interior.

O vice Ao contrário de Renan Filho, o vice Luciano Barbosa não é lá muito simpático entre os candidatos do Chapão. Muitos acham Luciano retraído, de pouca conversa, distante dos problemas eleitorais.

Homem forte O médico Fábio Farias é hoje a pessoa mais importante na campanha de Renan Filho. De absoluta confiança do senador Renan Calheiros, Farias é um misto de apaziguador, conselheiro e articulador.

Eleição cara Candidatos estão reclamando do preço do voto em todas as regiões, principalmente depois que a imprensa nacional noticiou que Alagoas terá a terceira eleição mais cara do país. Só que ela não avaliou que isso são números oficiais. Os extra-oficiais naturalmente ninguém divulga.

Fidelidade

Os deputados Antônio Albuquerque e Francisco Tenório participaram do evento realizado por Biu de Lira no Iate Pajuçara. Os dois vão participar ativamente da campanha majoritária. Cícero Ferro e João Beltrão ficaram do lado do Chapão, embora tenham sido defenestrados por decisão da coligação.

Otimismo Até o início da semana, o governador Téo Vilela continuava declarando otimismo com a candidatura de Eduardo Tavares ao governo, embora o PSDB tenha ficado somente com o PRB de Galba Novaes. Téo dizia estar apostando no novo na política, mesmo tendo desprezado seu então homem de confiança no Governo, Marco Fireman. Tavares, como se sabe, renunciou à candidatura.

Devastador Foi o discurso do deputado João Caldas contra o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Cícero Amélio, na Câmara Federal. Caldas convocou até a Polícia Federal para denunciar Amélia, que revidou dizendo que o ´´deputado é um irresponsável e que vou processá-lo´´. Parece que o episódio não ficará somente no disse-me-disse.


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 -

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6 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 ESTRELA DE ALAGOAS

Arlindo Garrote a um passo da cassação Pleno do TRE julga na primeira quinzena de agosto ação em que prefeito é acusado de crime eleitoral VERA ALVES veralvess@gmail.com

M

enos de um ano após ter o mandato cassado e retornar um semana depois por força de uma liminar, o prefeito de Estrela de Alagoas, Arlindo Garrote da Silva Neto (PP), corre o sério e real risco de ser definitivamente afastado do cargo, além de ficar inelegível por oito anos. Na primeira quinzena de agosto, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deve julgar em definitivo a ação em que ele e o vice-prefeito José Teixeira de Oliveira são acusados de captação ilícita de sufrágio – a famigerada compra de votos –nas eleições municipais de 2012. Em 4 de dezembro do ano passado, Arlindo Garrote e seu vice tiveram os mandatos cassados pela juíza da 10ª Zona Eleitoral, Isabelle Coutinho Dantas (Palmeira dos Índios), além de serem condenados ao pagamento de multa de R$ 27.134,55, cada um. A condenação se deu em face da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (processo número 223.2013.602.0010) impetrada pela coligação “Juntos é possível mudar”, encabeçada

por Geralda Nunes Ferro Silva (prefeita) e Paulo Medeiros (vice), adversária de Garrote nas eleições. Com base no inquérito da Polícia Federal e nos depoimentos colhidos durante a fase de instrução, a juíza Isabelle Dantas entendeu estar configurado o crime eleitoral, mas sua decisão foi suspensa uma semana depois por conta de uma liminar concedida pelo desembargador do TRE Alexandre Lenine de Jesus Pereira. Em abril deste ano, o Pleno do Tribunal chegou a iniciar o julgamento do mérito, que acabou sendo suspenso devido à juntada de documentos pelo relator sem a abertura de vistas para as partes interessadas. A expectativa é de que o julgamento definitivo ocorra até o dia 15 de agosto. FLAGRANTE E AÇÃO PENAL Vice de Geralda Ferro, o advogado Paulo Medeiros, que também a representa na ação, explica que Arlindo Garrote e José Teixeira, que se mantêm nos cargos de prefeito e vice amparados pela liminar de 11 de dezembro de 2013, também estão respondendo a ação pe-

Arlindo Garrote e a mãe, Ângela Garrote, são acusados de corrupção eleitoral nas eleições de 2012

nal por conta da compra de votos nas eleições de 2012 junto com a mãe do prefeito, Ângela Garrote, e outras cinco pessoas. Todos foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral em fevereiro deste ano, depois de terem sido indiciados pela Polícia Federal. O inquérito da PF, aliás, traz os detalhes da prisão em flagrante do prefeito no dia da eleição. Arlindo Garrote foi flagrado com R$ 1.690 escondidos sob o piso do seu carro durante uma operação da Polícia Federal para apurar crime contra o sistema de telecomunicações, a instalação de uma base de comunicação sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e cujo objetivo era o de monitorar a movimentação de eleitores. Ao chegar ao local e depois de apreender os equipamentos, os agentes federais foram cercados pelo então candidato a prefeito e um grupo de correligionários, que fecharam a única saída do local e acaba-

ram recebendo voz de prisão. Na abordagem, a PF encontrou o dinheiro, santinhos e aparelhos de radiofrequência em poder dos detidos. No desenrolar das investigações, acabou vindo à tona a denúncia formal de compra de votos por parte de uma eleitora. Flaviana de Souza Silva contou que a mãe, o pai, um irmão e o ex-namorado tinham recebido dinheiro dos Garrote para votarem em Arlindo. A negociação fora intermediada por José Mariano de Souza, conhecido como “Zezinho Aureliano”. A denúncia terminou sendo confirmada pelos próprios acusados no desenrolar do inquérito policial conduzido pelo delegado federal Polybio Brandão Rocha, na época chefe da Delegacia de Defesa das Instituições (Delinst), e nos depoimentos à justiça. Em fevereiro último, o promotor eleitoral de Palmeira dos Índios (comarca à qual pertence o município de Estrela de Alagoas), Maurício Amaral Wanderley, denunciou o prefeito, a

mãe dele e ex-prefeita Ângela Garrote - citada nominalmente como tendo entregue R$ 100 ao ex-namorado de Flaviana, Alex Fernando dos Santos, para que votasse em Arlindo Garrote Neto - por corrupção eleitoral ativa, junto com “Zezinho Aureliano” O pai, a mãe e o irmão de Flaviana - Floriano Aureliano de Souza, Quitéria Maria da Silva e Flaviano de Souza Silva - que receberam, cada um, R$ 50 para votarem em Arlindo Garrote, e Alex foram denunciados por corrupção eleitoral passiva. No recurso apresentado ao TRE contra a cassação de seu mandato, Arlindo Garrote argumenta que o dinheiro encontrado pela Polícia Federal em seu poder no dia da votação era destinado ao pagamento de cabos eleitorais. Ocorre que o montante - em cédulas de R$ 10 e R$ 20 - não foi incluído na prestação de contas do prefeito junto à própria Justiça Eleitoral.


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MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 - 7

ELEIÇÕES 2014

ET abandona candidatura; vice Gilvan Barros pode assumir cabeça de chapa Governador Téo Vilela lamenta decisão de Tavares e garante manter-se firme na campanha tucana ao governo de Alagoas

DA REDAÇÃO

O

procurador de Justiça Eduardo Tavares Mendes renunciou à candidatura ao governo do Estado, abrindo nova crise política nas hostes tucanas. ET se sentia isolado politicamente e sem recursos financeiros suficientes para tocar uma disputada campanha majoritária. O relacionamento do candidato tucano com o governador vinha se deteriorando a cada dia, ao ponto de passar uma semana sem manter nenhum contato com Téo Vilela. Sem apoio e sem dinheiro, ET se enclausurou esta semana em sua residência e se recusou a atender telefonemas até do governador. Téo Vilela já sabia da decisão de Tavares de abandonar a candidatura, mas chegou a enviar seu secretário de gabinete Civil Álvaro Machado até a casa de ET para convencer o procurador a manter-se na disputa. Em vão. Diante da resistência de Tavares, o governador se reuniu quarta-feira à noite com o deputado Gilvan Barros, vice na chapa de ET, para discutir os novos rumos da candidatura tucana. Convidado por Vilela para assumir a cabeça de chapa, no lugar de ET, Gilvan Barros não descartou o convite e ficou

de estudar essa possibilidade. Um de seus obstáculos ao aceitar a missão seria encontrar um candidato a vice, visto que o nome mais cobiçado – Rogério Teófilo - está empenhado 24 horas na sua campanha à Câmara Federal. Outra opção não descartada pelo PSDB para vice é a empresária Thereza Collor de Mello, que inclusive já havia sido sondada para disputar o Senado na chapa tucana. Ao divulgar a renúncia em seu perfil no Facebook, Vilela lamentou a decisão de Eduardo Tavares e garantiu manter-se firme na campanha tucana ao governo de Alagoas. Leia na íntegra a nota assinada pelo goverandor: “Com tristeza, acabei de ser comunicado por Eduardo Tavares que ele desistiu da candidatura ao Governo do Estado. Lamento profundamente essa decisão. Continuo convencido de que a história pessoal, a postura pública e o compromisso dele com uma Alagoas melhor, o capacitam para ser um excelente candidato e um grande governador. De toda forma, estarei junto com o PSDB na disputa eleitoral para assegurar o projeto de mantermos Alagoas no rumo do desenvolvimento, com políticas públicas fortalecidas e ampliadas”.

Eduardo Tavares agradece confiança de Vilela, mas lamenta falta de estrutura na campanha eleitoral

Eduardo Tavares diz que não teve apoio partidário nem estrutura de campanha Na carta-renúncia encaminhada ao comando do PSDB, o candidato tucano agradece a confiança do governador, mas diz que lhe faltou apoio partidário e estrutura para a campanha eleitoral. Leia na íntegra, a nota do procurador: “Depois de muito pensar, acabo de tomar mais uma importante decisão na minha vida. Com muita tristeza, venho comunicar que decidi abrir mão da minha candidatura ao governo de Alagoas. Sei que nosso Estado precisa de gestores decentes e honestos para continuar caminhando no rumo certo. Mas, diante das limitações impostas pela falta de estrutura para a campanha eleitoral e apoio partidário, foi preci-

so reconhecer a hora de recuar. Agradeço a todos os amigos que conquistei ao longo dessa trajetória. Ao longo de minha vida tudo o que fiz e faço é pensando no bem do meu Estado. Ao governador Teotônio Vilela Filho, um grande amigo que cultivei ao longo dos anos, deixo meu sincero agradecimento por ter reconhecido a correção da minha decisão e aceitado-a. Ele foi muito correto comigo. Reitero também meu sincero agradecimento a todos que confiam em mim, no meu trabalho e pelo apoio neste momento. Quero agradecer, também, toda a equipe que me acompanhou nesse processo”. Eduardo Tavares


8 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014

ELEIÇÕES 2014

Renan Filho tenta sair da sombra do pai ODILON RIOS REPÓRTER

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o lado da oposição, a campanha está nas ruas com a frente liderada pelo PMDB apresentando o número máximo de candidatos permitidos por lei. A forte chapa proporcional é apoiada pela maioria de prefeitos e vereadores do interior. Renan Filho aproveitou esses dois últimos meses para fazer reuniões com setores da sociedade civil e do empresariado alagoano. Sua peça forte é um programa de governo bem elaborado. Sua peça mais fraca é a exagerada heterogeneidade. Uma aliança eleitoral entre Collor, o ex-governador Ronaldo Lessa (candidato a deputado federal) e Renan Calheiros era impensável há tempos atrás. A presença de 16 partidos coligados é a garantia de problemas de todos os tipos. A vantagem nas últimas pesquisas eleitorais e o privilegiado tempo de televisão e rádio conseguem, por enquanto, acalmar as divergências internas. Além disso, Collor começa a se desprender de Renan Filho. Ganha apoio de prefeitos, vai a eventos, sem estar com o filho de Renan. Os Calheiros tentam acompanhar o ritmo de Collor e evitar as diferenças. Collor, porém, não esconde- também- seu gosto por Biu. Tanto que o prefeito da Barra de São Miguel, Zezeco, é do PP, de Biu. As eleições estão cada vez mais dependentes do tempo gratuito na rádio e televisão, que começam no próximo mês. Esse tempo é gratuito somente no acesso, mas os gastos com a elaboração dos programas televisivos e radiofônicos são astronômicos. Somente os custos de uma produtora para

cobrir diariamente, durante a campanha, nove minutos do PMDB ou os cinco do PP de Biu de Lira serão de milhões de reais. Com mais recursos e mais tempo eleitoral, essas duas frentes devem mobilizar mais os eleitores alagoanos. Os dois minutos do PSDB custarão também um preço alto, mas terão apoio da máquina tucana. A campanha na TV e rádio servirá para apresentar propostas encantadoras para as áreas sociais, como o fim da violência e do analfabetismo; ou econômicas, a exemplo do “mágico” estaleiro Eisa (agora Enor), que não navegou, ou da antiga fábrica de aviões que não decolou. Para os pequenos partidos resta apresentar programas artesanais em tempo minúsculo. As chapas majoritárias já se movimentam pelos bairros e pelos municípios do interior. Biu de Lira resolveu re-lançar sua candidatura em Atalaia, onde sempre é o mais votado. Renan Filho escolheu Maceió como alvo eleitoral pela rejeição detectada nas pesquisas, decorrência de ser o herdeiro de Renan Calheiros. Entre os menores, o destaque é Mário Agra que vem utilizando as redes sociais para divulgar sua plataforma, atrelando seu nome ao da vereadora Heloísa Helena (PSOL), o que lhe deve render uma boa soma de votos. Os primeiros debates, num canal local de TV fechada ou na Fecomércio, não ajudaram muito os candidatos pelo pouco interesse gerado e pouca repercussão na mídia. A verdadeira comunicação começará no horário gratuito, que cobre as quatro televisões de sinal aberto e as dezenas de rádios na capital e interior, com inserções diárias de 30 minutos.

Para minimizar a rejeição ao nome do pai, Renan Filho investe na capital

Para o Senado, os lançamentos das candidaturas de Omar Coelho pelo DEM na coligação com o PP, e do professor Eduardo Magalhães na coligação com o PSDB, vêm apenas confirmar o favoritismo de Collor na aliança com o PMDB. Sem lançar o nome esperado, que seria Thomaz Nonô, o DEM apresentou Omar Coelho, ex-presidente da Ordem dos Advogados, na qual foi derrotado na última eleição, num pleito marcado por denúncias de compra de votos. Nunca disputou uma eleição e seu nome foi uma maneira encontrada de fechar o acordo com o PP. No PSDB, o escolhido, por absoluta falta de alternativa, e depois de muitas idas e vindas, foi o professor Magalhães, um “tucano de carteirinha” que está sempre presente nos comentários radiofônicos, onde se apresenta como cientista político. Magalhães e Omar são ilustres desconhecidos para os quase dois milhões de eleitores alagoanos. Essas duas candidaturas, ainda assim, terão um relativo

tempo na TV e rádio (2 minutos para Omar e um minuto para Eduardo Magalhães), e tentarão ser alternativa ao favorito Collor de Mello (4 minutos), retirando voto da segunda mais forte candidatura que seria Heloísa Helena. Sem apoio federal, sem um grande partido e com pouco tempo de TV e rádio (apenas 27 segundos), Heloísa trabalha o apoio dos movimentos sociais e dos movimentos voluntários de seus muitos e fiéis eleitores, tentando repetir, no Estado, o resultado que obteve para vereadora em Maceió, quando foi a mais votada. PROPORCIONAIS Essas eleições estarão marcadas também pela disputa proporcional. Neste caso, a vantagem da chapa liderada pelo PMDB é clara. Montada pelo ex-governador Ronaldo Lessa, a coligação de dezesseis partidos deverá eleger quatro federais e, pelo menos, doze estaduais. Com uma chapa única para federal, essa coligação arriscará, inclusive, eleger um quinto deputado. A frente liderada pelo

PP garante dois nomes e poderá emplacar o terceiro representante na Câmara dos Deputados. O esforço pessoal de Biu de Lira é fazer seu filho Arthur Lira o mais votado. Os tucanos mais o PRB de Galba Novaes garantem uma vaga, que será do sobrinho do governador. A frente PMN e PRTB deverá eleger um deputado e o nome mais forte é o de Cícero Almeida. No plano estadual, as chapas estão fracionadas. O PMDB não conseguiu somar todos na mesma lista e o PT resolveu sair solitariamente, na expectativa de eleger três deputados, com Judson Cabral puxando os votos da bancada petista, na medida em que foi beneficiado pela ausência de Rui Palmeira e de nomes novos na disputa. A frente de Biu de Lira deverá fazer uma bancada expressiva de mais de oito deputados. A aliança PSDB com o PRB garante pelo menos dois parlamentares, e a frente PMN com o PRTB espera eleger quatro estaduais. Mesmo diante das dificuldades financeiras, mas apoiado no nome de Heloísa, a aliança PSOL/PSTU deverá eleger um deputado estadual, inaugurando a presença deste partido no parlamento estadual. Nem mesmo os especialistas em resultados eleitorais, os observadores mais atentos, têm claro os nomes mais fortes em cada chapa, podendo ocorrer surpresas, principalmente no interior do Estado, como é o caso da região de Arapiraca,


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ELEIÇÕES 2014

Presidenciáveis inflam palanques locais ODILON RIOS REPÓRTER

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campanha presidencial deverá influenciar um pouco os resultados locais, principalmente no campo majoritário. O candidato tucano apoiará abertamente e terá o apoio direto de Aécio Neves; uma situação que é melhor para o nome que substituir o procurador de Justiça Eduardo Tavares, que renunciou à candidatura. Renan Filho terá um palanque privilegiado que será o do ex-presidente Lula, o maior cabo eleitoral nordestino, e da presidente Dilma, que continua liderando todas as pesquisas nacionais. Problemática é a frente de Biu de Lira. O candidato escolhido, Eduardo Campos, não sobe nas pesquisas e sua vice Marina Silva faz questão de hostilizar essa candidatura, declarando voto a Heloísa Helena.

Por precaução, Biu de Lira diz que vota em Dilma, de quem recebeu todo apoio, e que não permite “oposição à Lula na sua campanha” e que ele é unicamente “por Alagoas”. Nesta eleição, como nas anteriores, os vereadores e prefeitos atuais, assim como aquelas lideranças que sonham com a disputa municipal de 2016, têm um papel fundamental nos resultados das urnas. São eles que mobilizam os eleitores em suas localidades e bairros, e que garantem, segundo especialistas, pelo menos um terço dos votos em Alagoas. A briga entre o deputado federal João Caldas, pai do candidato JHC, com Cícero Amélio, presidente do Tribunal de Contas do Estado e pai do candidato Val Amélio, ilustra a presença das lideranças locais nas eleições gerais. Caldas acusou, em discurso na Câmara federal, Cícero Amélio de fazer

Heloisa Helena e Fernando Collor disputam única vaga de senador

pressão e intimidar prefeitos para que votem em seu filho. As eleições de Alagoas caminham rapidamente para ampliar a polarização entre Renan Filho e Biu de Lira, decorrente das

alianças destes candidatos, com força eleitoral bem distante dos demais. No âmbito do Senado, o expresidente Collor parte como favorito por duas razões: ele tem

um eleitorado cativo de um terço dos votos e vem ampliando com uma presença constante no interior, o que não fazia em outras campanhas. Sua única adversária real é Heloísa, único nome capaz de criar algum problema, mas que vai precisar de muitos apoios para enfrentar o favorito. As entradas de Omar Coelho e Eduardo Magalhães na disputa facilitam a vida de Collor, porque dividem o eleitorado de Heloísa. No plano proporcional, o eleitorado alagoano não deverá apresentar surpresas, continuando a representação alagoana em Brasília com uma bancada na Câmara dos Deputados muito semelhante à atual e, na Assembleia Legislativa, as mesmas bancadas de deputados, que, com raras exceções, agem mais como vereadores de localidades como a imaginária Sucupira, aquela da novela Bem Amado de Dias Gomes. É o que temos em Alagoas.


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JUSTIÇA

Condenado por corrupção ativa, ex-deputado ganha salvo-conduto para não ser preso Dudu Albuquerque foi sentenciado a 11 anos e 8 meses de cadeia por tentativa de suborno a delegados

CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com

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ex-deputado estadual Edwilson Fábio de Melo Barros, conhecido como Dudu Albuquerque, obteve salvoconduto no dia 21 deste mês, concedido pelo desembargador Fernando Tourinho Filho. Em 2013 ele foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa (tentativa de suborno). Dudu foi acusado de oferecer, em 2008, 100 mil reais a dois delegados da Polícia Civil (PC), para que seu primo-irmão, Carlos Albuquerque, à época indiciado por um crime de homicídio, fosse beneficiado nas investigações. O pedido de liminar foi impetrado pelo advogado Luiz de Albuquerque Medeiros Neto. De acordo com o advogado o habeas corpus foi pedido por considerar que houve um equívoco na expedição do mandado de prisão. No dia 9 de janeiro deste ano, o juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, Carlos Henrique Pita Duarte, determinou a prisão de Dudu Albuquerque, pelo crime de corrupção ativa e pelo qual ele havia sido condenado em novembro de 2013, pelo juiz Helder Loureiro, falecido em maio último. Segundo Luiz de Albuquerque, a disponibilização da publicação da sentença no Diário da Justiça Eletrônico teria ocorrido no dia 29.11.2013, quando para o juiz teria sido promovida no dia 27.11.2013, de sorte que o recurso de apelação

interposto em 09.12.2013 estaria dentro do prazo legal para que fosse feita a defesa do réu. Esse lapso de dois dias interfere no prazo para o recurso de apelação. O desembargador Fernando Tourinho concedeu o salvo-conduto porque concordou com a defesa em relação à data de publicação da sentença. “O advogado busca nesta ação constitucional evitar que o réu inicie o cumprimento da pena aplicada pelo Juízo de primeiro grau, uma vez que, de acordo com o advogado, a sentença prolatada não transitou em julgado”, diz o despacho do desembargador.

A DENÚNCIA

Em 2008, o ex-deputado teria convidado os delegados Nilson Alcântara e Flávio Saraiva, responsáveis pelas investigações do assassinato imputado a um primo seu, para uma visita à sua casa, no condomínio Aldebaran, quando lhes ofereceu R$ 100 mil para livrarem Carlos Albuquerque da cadeia, arranjando outro nome como executor. As autoridades policiais reprimiram a proposta e denunciaram a tentativa de suborno ao Ministério Público. Em 2010, o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), acatou, por unanimidade de votos, a denúncia de corrupção ativa, feita pelo Ministério Público (MP), contra Dudu Albuquerque. Em sua defesa, o deputado sustentou fragilidade da acusação, alegando ausência de provas e o fato

Dudu Albuquerque tentou subornar delegados para facilitarem investigações sobre Carlos Albuquerque de que a denúncia fora feita por três funcionários públicos, supostamente vítimas da corrupção, que teriam problemas pessoais com acusado. Por tais motivos, requereu o reconhecimento da inépcia da denúncia pela ausência de justa causa para ação penal.

OUTRA ACUSAÇÃO

Há três anos, o ex-deputado foi indiciado pela Polícia Federal, acusado da prática do crime de falsidade ideológica por ter apresentado um documento supostamente falso em sua prestação de contas da campanha de 2006. O inquérito concluído pela Delegacia de Defesa Institucional apontou que um recibo, no valor de R$ 1 mil, foi entregue como parte da prestação de contas de Dudu Albuquerque, quando ele disputou - e venceu - a eleição de deputado estadual. No entanto, esse documento foi questionado pelo Ministério Público Eleitoral, que não emitiu parecer favorável pela sua aprovação.

O CRIME DO PRIMO Carlos Alberto Schienke de Albuquerque Melo, que é primo do ex-deputado, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 14 anos e 2 meses de prisão pela execução do jovem Carlos Evandro Alves Dias, em 12 de março de 2007. Mesmo com a sentença, o réu confesso está respondendo pelo crime em liberdade, já que sua defesa recorreu da decisão. O juiz Rodolfo Osório condenou Carlos Albuquerque a pagar uma indenização de R$ 100 mil aos dois filhos da vítima. Vale lembrar que o sobrinho do ex-deputado tem um histórico de violência. Caso o crime fosse considerado homicídio qualificado sua pena seria maior e a prisão certamente decretada. O crime teria sido motivado por vingança, em função de uma discussão ocorrida durante o carnaval do mesmo ano do crime, na Cidade de Barra de São Miguel. Quem presenciou a cena, à época, ficou horrorizado com tamanha violência. Foram oito disparos que tiraram a vida do estudante. Durante o julgamento, o réu alegou que agiu por desespero, em razão de constantes provocações feitas pela vítima em diversas ocasiões, em eventos públicos. Carlos Alberto disse também que chegou a ser agredido fisicamente. O réu contou que no dia 13 de março de 2007 – dia do crime – foi novamente provocado pela vítima, em frente a um bar localizado no bairro Stella Maris em Maceió. Na saída do local, Carlos Alberto - que é primo do ex-deputado estadual Dudu Albuquerque - assassinou o estudante com oito disparos de pistola 380. Em 2009, Carlos Albuquerque foi acusado de tentativa de homicídio contra um casal, ao qual teria ferido à bala durante o Festival da Juventude, festejo comemorado no mês de julho, no município de Santana do Ipanema.


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Deputados estaduais e vereadores irão custar quase R$ 2 milhões no recesso branco Salários que serão repassados aos parlamentares durante o período de campanha eleitoral dariam para serem usados na resolução dos principais problemas sociais do Estado ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE ALAGOAS CARLOS VICTOR COSTA carlosvictorcosta@hotmail.com

N

os próximos 70 dias os deputados estaduais e os vereadores de Maceió não devem comparecer com muita frequência ao trabalho, porém, vão deixar uma conta salgada para o contribuinte arcar. Apenas entre salários dos 27 deputados e 21 vereadores da Capital, os cofres públicos vão bancar R$ 1.712.683,92 no período de dois meses (agosto e setembro). Um valor expressivo que poderia ser utilizado para Saúde, Educação, Segurança e Assistência Social. Tanto a Câmara de Vereadores de Maceió quanto a Assembleia Legislativa de Alagoas estão em recesso legislativo, com o fim deste marcado para o dia 5 de agosto, o que na prática não vai acontecer. Em um ano de eleições, os políticos se dedicarão nos próximos meses à caça de votos, sendo eles candidatos ou que estejam apoiando concorrentes no pleito. Na volta oficial aos trabalhos legislativos, deve haver um acordo entre as lideranças partidárias para priorizar a campanha eleitoral. Os deputados e vereadores devem fazer um “esforço concentrado” em 5 e 6 de agosto e em 2 e 3 de setembro para possíveis sessões e votações de projetos.

Entretanto, os salários permanecerão os mesmos. Assim, de 6 de agosto a 30 de setembro, serão gastos, conforme o levantamento do EXTRA, R$ 540.675 por mês para os 27 deputados e R$ 315.666,96 com vereadores. No período os 27 parlamentares estaduais vão custar R$ 1.081,350,000. Os vereadores, R$ 631.333,92. Em contato com as assessorias da Câmara de Vereadores e da Assembleia Legislativa, a reportagem foi informada de que o “recesso branco” será discutido em plenário, quando os deputados e vereadores retornarem aos trabalhos no dia 5 de agosto.

Antonio Albuquerque (PRTB) - candidato à reeleição

Joãozinho Pereira (PSDB)- não disputa a reeleição A irmã será a candidata (Jô Pereira) (PP)

Fernando Toledo (PSDB) – não disputa a reeleição. O filho será o candidato (Bruno Toledo) (PSDB)

Dudu Hollanda (PSD) – candidato à reeleição

Inácio Loyola Isnaldo Bulhões (PSB) – candidato à (PDT) – candidato à reeleição reeleição

Jeferson Morais (DEM) – candidato à reeleição

Judson Cabral (PT) – candidato à reeleição

Luiz Dantas (PMDB) – candidato à reeleição

Marcelo Victor Marcos Barbosa (PROS) – candidato (PPS)- candidato à à reeleição reeleição

Marquinhos Madei- Olavo Calheiros ra (PT)- candidato à (PMDB)– candidato reeleição à reeleição

Ricardo Nezinho (PMDB)- candidato à reeleição

Ronaldo Medeiros (PT)- candidato à reeleição

Sergio Toledo (PDT)- candidato à reeleição

Severino Pessoa (PPS)- candidato à reeleição

JHC (SDD)- candidato a deputado federal

Flavia Cavalcante (PMDB) - não disputa a reeleição O pai será o candidato (Cícero Cavalcante) (PMDB)

Gilvan Barros (PSDB)- não disputa a reeleição O filho será o candidato (Gilvan Barros Filho) (PSDB)

João Beltrão (PRTB) – candidato à reeleição

Edval Gaia Filho (PSDB) – candidato à reeleição

SENADO E CÂMARA FEDERAL Segundo um levantamento feito pelo site Congresso em Foco, a Câmara e o Senado começaram no dia 18 um “recesso branco”, que vai até as eleições de outubro e que, praticamente sem votações, as despesas serão mantidas como se houvesse trabalho normal nas duas Casas até 5 de outubro. Sendo assim, de 18 de julho a 5 de outubro, serão gastos, R$ 378 mil com cada deputado e R$ 422 mil com cada senador. No período, os 594 membros da Câmara vão custar R$ 194 milhões. Os 81 senadores, R$ 34 milhões.

Thaise Guedes (PSC)– candidata à reeleição

Jota Cavalcante (PDT) – candidato à reeleição

Mauricio Tavares (PTB) - Nelito Gomes de Barros (PSDB) - Temoteo Correia (DEM) - não disputam a reeleição


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ELEIÇÕES 2014

CÂMARA DE VEREADORES DE MACEIÓ

Antonio Holanda apoiará os dois filhos: Fernando Holanda(foto) a federal- PMDB e Dudu Holanda a estadual - PSD

Chico Filho apoiará a candidatura do pai Chico Holanda a estadual- PP

Davi Davino apoiará candidatura do filho Davi Davino Filho a estadual - PSB

Dr. Cleber Costa- candidato a deputado estadual - PT

Fátima Santiago apoiará candidatura da filha Bárbara Santiago a estadual- PT

Galba Novaes Neto- candidato a deputado estadualPMDB

Heloisa helena- candidata ao Senado - PSOL

Kelman Vieira apoiará o sogro Cícero Cavalcante a estadual- PMDB

Pastor João Luiz – candidato a deputado estadual - DEM

Pastor Marcelo Gouveia- candidato a deputado estadualPRB

Silvania Barbosa apoiará reeleição do marido Marcos Barbosa a estadual – PPS

Wilson Jr- candidato a deputado estadual - PDT

CÂMARA FEDERAL

Arthur Lira- disputa a reeleição – PP

Francisco Tenório- não disputa a reeleição- é candidato a deputado estadual- PMN

Mauricio Quintela Lessa- disputa a reeleição- PR

Givaldo Carimbão- disputa a reeleição – PROS

SENADO FEDERAL

Renan Filho- não Rosinha da Adefaldisputa a reeleidisputa a reeleiçãoção- candidato ao PTdoB Governo de AlagoasPMDB

João Caldasnão disputa a reeleição- é candidato a deputado estadual- SDD

Alexandre Tole- Paulão- disputa do- não disputa a reeleição- PT a reeleição- é candidato a vice na chapa de Biu de LiraPSB

Renan Calheiros (PMDB)não disputa reeleiçãomandato até 2018

Fernando Collor (PTB)disputa a reeleição

Benedito de Lira (PP)- não disputa a reeleição- candidato ao Governo Estadual de Alagoas


14 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 ACIDENTE DE TRÂNSITO

Vice-governador é acusado de atropelar mototaxista na Barra e negar assistência Nonô ajuda para os medicamentos e conserto da moto. “Ele (Nonô) mandou a gente procurar nosso direitos, pois ele não tinha nada a ver com isso. Ele deu 93 reais para consertar a moto e pagou alguns remédios e depois disso não fez mais nada para ajudar”, afirmou Baiano.

Trabalhador sofreu fraturas na perna; associação da categoria cobra amparo de José Thomaz Nonô à vítima JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

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ssociação dos Mototaxistas Autônomos da Barra de São Miguel cobra auxílio a um membro da categoria, José Roberto dos Santos, vítima de acidente de trânsito envolvendo o vice-governador de Alagoas, José Thomaz Nonô (DEM). Segundo integrantes da categoria, Nonô deu uma ré em seu veículo de forma brusca e atingiu em cheio o motociclista e a moto que dirigia. Após o acidente, José Thomaz teria ido embora do local sem prestar qualquer tipo de assistência à vítima. “Todos viram que a culpa foi do vice-governador. Nós só queríamos que ele arcasse com as despesas hospitalares e médicas do rapaz acidentado”, expôs José Cícero, presidente da Associação dos Mototaxistas. O jornal EXTRA ouviu na tarde de terça-feira, 22/07, José Roberto Santos, por telefone. A vítima disse que foi levada para o HGE pela unidade do SAMU e lá não teve a devida assistência médica. “Só enfaixaram a minha perna e me mandaram de volta para casa”, contou. José Roberto acrescentou que as dores eram insupor-

táveis e sua perna estava ficando roxa. “Vinte e dois dias depois do acidente tive ajuda do vereador Chiquinho para conseguir uma cirurgia. Hoje estou me recuperando, mas não sei quando volto a trabalhar. Tive fraturas, colocaram pinos e platina na minha perna”. A vítima foi questionada sobre a sua condição financeira, já que está sem trabalhar desde o último dia 31 de maio, data do acidente. “Estou com três meses de aluguel atrasado. E os amigos mototaxistas estão me ajudando com algumas coisas para eu não passar necessidade”, revelou. IN LOCO A reportagem do EXTRA foi até a Barra de São Miguel, na quarta-feira, 23/07, para ver de perto o estado de saúde de José Roberto dos Santos e colher depoimentos de outros mototaxistas que presenciaram o fato ou que desejassem se posicionar sobre o caso. Na sede da Associação, o mototaxista Josimar Elias da Silva, conhecido como Baiano relatou que esteve na residência do vice-governador, na Barra de São Miguel, junto com outro mototaxista, identificado como Júnior, para solicitar a

José Roberto dos Santos recebe a solidariedade dos amigos mototaxistas em sua residência, na Barra de São Miguel

MEDO, INTIMIDAÇÃO? Ao deixar a sede da associação, um amigo de José Roberto, que se identificou como Tiago, pegou carona com a reportagem do EXTRA para localizar a residência da vítima. Foi questionado a José Roberto se ele confirmava as informações de “atropelamento” da sua moto e se os relatos feitos por telefone eram para ser acrescidos de mais alguma informação. Visivelmente nervoso, o mototaxista, que se encontra com a perna ainda engessada resumiu: “Não vou falar disso mais não. Uma pessoa veio falar comigo ontem à tarde (22/07) e hoje (23/07) vai voltar à tarde pra resolver tudo isso”. Após a negativa de falar com a imprensa, o amigo de José Roberto foi taxativo: “A hora de falar a verdade é agora, dizer o que tá acontecendo”. Mesmo após o conselho, José Roberto apenas confirmou o que tinha dito no dia anterior por telefone ao EXTRA e a um site local; e preferiu permanecer em silêncio.


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ACIDENTE DE TRÂNSITO

Nonô culpa mototaxista pelo acidente e diz que auxílio financeiro foi ‘mera caridade’ “É apenas mais um caso infeliz provocado pela velocidade, irresponsabilidade que parece ser uma tônica de boa parte das pessoas que se dedicam a isso (mototaxista)” JOÃO MOUSINHO Joao_mousinho@hotmail.com

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vice-governador José Thomaz Nonô concedeu entrevista ao jornal EXTRA para narrar os fatos do acidente na Barra de São Miguel segundo sua ótica. “No dia 31 de maio fui com minha mulher fazer compras num supermercado, na Barra de São Miguel. Depois de fazer as minhas compras dei ré no carro, por quase toda extensão, quando fui surpreendido por uma pancada na traseira do meu carro, na pontinha do meu para-choque e vi passar já deitado no asfalto uma moto e uma pessoa que foi parar pelo menos uns 10 metros embaixo de outro veículo; depois vim a saber que esse veículo que o motociclista estava embaixo era do juiz de direito Sóstenes Alex”. Nonô comentou detalhes do socorro: “Como tudo ocorreu diz bem a velocidade que esse cidadão vinha. Preocupado, desci do carro e telefonei para o meu assessor militar e pedi para que ele providenciasse uma ambulância do SAMU em Maceió. Fiquei aguardando no local mais de 30 minutos até que o SAMU viesse e prestasse o socorro. Depois de prestado o socorro,

voltei para minha casa”. O vice-governador revelou que na mesma noite do incidente foi procurado por duas pessoas (que ele não sabe os nomes) e que diziam ser parentes ou amigos do motoqueiro. “Eles me disseram que o motoqueiro acidentado estava com muitas dores e não podia pagar os remédios; eu disse: ‘Me traga a receita e eu pago’. Embora, nessa ocasião, eu deixo bem claro, estava pagando por humanidade e não por nenhum tipo de dívida. Até porque dívida eu não tenho com ninguém, porque eu não bati em ninguém”. Nonô acrescentou que os mesmos rapazes pediram, também, uma ajuda para reparar a motocicleta, que não era nem do rapaz que se acidentou, já era de terceiros. “Me lembro que paguei 90 e poucos reais da avaria da moto e os remédios”, disse. José Thomaz também fez uma análise das fotos tiradas por ele do acidente: “As pessoas podem observar pelas fotos a distância absurda que está a moto e o corpo do rapaz do meu automóvel. O que por si só já é um testemunho eloquente. Na foto também pode ser percebido

Vice-governador José Thomaz Nonô mostra fotos, nega culpa no acidente e diz que não há versões, mas sim ‘uma única verdade’

que a moto já bate no meu carro caindo; tanto que quebra o farol do meu para-choque traseiro, o que presumo ter sido com punho e a própria direção da moto. Depois do acontecido é que vim a

saber que o rapaz tinha quebrado o pé ou alguma coisa por aí e pronto”. “Depois de algum tempo fui procurado aqui (sede da vice-governadoria) pela minha amiga Mana Soriano

que me disse que o rapaz estava passando fome, que era um rapaz modesto e que eles estavam fazendo uma “vaquinha” na Barra para poder sustentar o rapaz e eu ainda dei um auxílio financeiro para ela entregar, mas como um mero gesto de caridade. Eu não me sinto, em absoluto, responsável por nada.” Por fim, o vice-governador colocou: “Lamento tudo isso, pois sei que essas histórias podem ser vendidas como o rico contra o pobre. É apenas mais um caso infeliz provocada pela velocidade, irresponsabilidade, que parece ser uma tônica de boa parte das pessoas que se dedicam a isso (mototaxista). Essa não é uma versão; é realmente o que aconteceu”.


16 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 ENTREVISTA

GOLBERY LESSA apoia descriminalização da maconha e extinção da PM Candidato ao governo fala de soluções práticas para os problemas de Alagoas e de temas polêmicos JOÃO MOUSINHO joao_mousinho@hotmail.com

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maceioense Golbery Luiz Lessa de Moura (PCB) formado em História, mestre em Serviço Social e doutor em Ciências Sociais é o candidato ao governo de Alagoas entrevistado pelo jornal EXTRA dessa semana. Saiba o que o comunista pensa sobre a insegurança no Estado, projetos para educação, como buscar o apoio popular e muito mais. EXTRA - Na sua avaliação qual o principal problema de Alagoas e como solucioná-lo? Golbery Lessa - O principal problema imediato de Alagoas é o latifúndio canavieiro e o domínio político das oligarquias que o representam. O setor açucareiro paralisou a complexificação econômica desde os anos 1960 e tornou residual o Estado de Direito na terra de Pontes de Miranda. A solução é derrotar as oligarquias por meio de um projeto político unificador do campesinato, dos trabalhadores assalariados, das minorias étnicas oprimidas e da classe média. Para ser coerente, esse projeto precisa

propor um desenvolvimento econômico e social radicalmente contrário à concentração de terra, de conhecimento e de capital, necessita ser, portanto, anticapitalista, mesmo aceitando as dimensões de mercado necessárias às atividades dos pequenos comerciantes, autônomos e profissionais liberais. EXTRA - Em artigos de sua autoria, o senhor defende o poder popular baseado numa posição anticapitalista. Em resumo: como isso seria aplicado em Alagoas? Golbery Lessa - O poder popular se expressaria, entre outras instituições de demo-

Ampliar, por meio de concurso público, o quadro de educadores e outros profissionais lotados na Secretaria de Educação e reformar suas carreiras no sentido de melhorar seus vencimentos”

cracia direta, nos conselhos populares de políticas públicas que funcionariam da seguinte maneira: em todas as cidades alagoanas, uma rede formada por cada bairro ou outro tipo de unidade agregadora dos indivíduos e famílias (como o povoado e as comunidades quilombolas) definiria as diretrizes de todas as políticas públicas, inclusive indicando e exonerando os secretários do governo estadual. Essa proposta tem uma longa tradição no movimento socialista e se harmoniza, inclusive, com o sentimento expresso nas ruas em junho de 2013: o sistema político precisa ser horizontal e direto. É importante esclarecer que esses conselhos constituirão uma estrutura de mobilização popular e governo direto fundamentada no compromisso do PCB-AL com os seus eleitores, não precisarão de legislação específica, aprovada pela Assembleia Legislativa, para funcionar. Esses conselhos não serão ilegais e nem deslegitimarão os conselhos já existentes em todas as políticas públicas ou a própria Assembleia Legislativa. Eles existirão por decisão do PCB-AL de administrar sob o olhar direto do povo. EXTRA - O senhor é historiador e doutor em Ciências Sociais. Qual seu principal projeto para a caótica educação pública do Estado? Golbery Lessa - A proposta do PCB-AL para a política de educação baseia-se em quatro

linhas básicas: a) Transformar a articulação entre o sistema público estadual de educação e o sistema público de cultura na ferramenta mais importante para a melhoria do bem-estar social, da capacidade produtiva e da consciência política crítica da população; b) Ampliar, por meio de concurso público para servidores, o quadro de educadores e outros profissionais lotados na Secretária de Educação e reformar suas carreiras no sentido de melhorar seus vencimentos, condições de trabalho e os mecanismos de reconhecimento dos seu mérito; c) Efetivar a educação integral em todas as escolas estaduais, focando o segundo turno de aulas nas atividades esportivas e de desenvolvimento cultural (teatro, música, cinema, artes plásticas, etc.), o que implica em dotar as unidades de educação dos equipamentos necessários a essas atividades, como quadras,

A extinção da PM, com a transferência de seus quadros para novas instituições de segurança pública regidas por valores democráticos, seria capaz de diminuir a cultura da violência ”

piscinas, ginásios, teatros e salas de mídia; d) Destinar uma porcentagem substancial da receita do orçamento do estado para o desenvolvimento da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), ampliar seus quadros funcionais por meio de concurso público para servidores efetivos e valorizar suas carreiras a partir de recomposição salarial e de melhorias das condições de trabalho. EXTRA - A segurança pública é outro aspecto negativo crônico em Alagoas. Como combater esse câncer social? Golbery Lessa - A proposta do PCB-AL para a política de segurança pública baseia-se em seis linhas básicas: a) Conceber o problema da violência como uma derivação da ineficiência de todas as políticas públicas e não como mera expressão de escolhas livres dos indivíduos envolvidos em crimes, invertendo o diagnóstico tradicional relativo ao tema; b) Apoiar o movimento nacional pela desmilitarização das polícias. A extinção da PM, com a transferência de seus quadros para novas instituições de segurança pública regidas por valores democráticos, seria uma medida capaz de diminuir o espaço da cultura da violência instalada entre os policiais e desenvolver sua identificação com as correntes de democráticas e


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populares da sociedade; c) Humanizar o sistema prisional alagoano por meio de programas de escolarização dos presos, de auxílio à manutenção dos vínculos familiares, de trabalho agrícola e urbano e de assistência jurídica de qualidade; d) Propor legislação que aumente as exigências de qualificação para a ascensão ao cargo de diretor de presídio e unidades de acolhimento, exigindo conhecimentos no nível de doutorado na área das ciências sociais e larga experiência em programas não-governamentais

O poder do dinheiro pode ser vencido pela capacidade de expressar com coerência os anseios da população oprimida. A trajetória exemplar e a coerência ética de uma candidato pode derrotar os representantes do grande capital”

de ressocialização ou luta pelos direitos humanos; e) Transformar todo policiamento ostensivo em policiamento comunitário, com a integração dos policiais nas atividades de todas as políticas públicas estaduais, como as de educação, saúde e lazer; f) Apoiar o movimento nacional pela descriminalização da maconha e pela regulamentação de sua produção e venda de acordo com os interesses da sociedade civil e não do grande capital. EXTRA - Em que aspectos as manifestações populares de 2013 motivaram sua candidatura? Golbery Lessa - As manifestações de 2013 demonstram que os eixos do programa estratégico do PCB para o país estão afinados com as inquietações políticas do povo. As massas urbanas expressaram insatisfação radical com a ineficiência das políticas públicas e o sistema de representação. Em 20 de junho do ano passado, Maceió efetivou a maior passeata de sua história. As multidões rejeitaram o status quo, mas, devido

à despolitização promovida pelo PT, o PSDB e outros partidos ligados à Ordem, demonstraram ainda dificuldade de aderir a um projeto alternativo. Foi inquietante perceber o desnorteamento de grande parte dos manifestantes, apesar de ter sido prazeroso assistir sua capacidade de lutar e rebelar-se contra a opressão. Assim, as Jornadas de Junho ampliaram a urgência de o PCB apresentar de forma mais sistemática e inovadora o seu projeto para a população. As manifestações populares do ano passado funcionaram como uma inspiração a mais para as nossas candidaturas nas eleições de 2014. EXTRA - Intelectuais, formadores de opinião e universitários fizeram um abaixo assinado afirmando marchar com o senhor nesse pleito. Mas este apoio não é apenas elitista? Como buscar o voto do grande público? Golbery Lessa - Os amigos que assinaram o manifesto de apoio à nossa candidatura são professores, jornalistas, artistas, cientistas sociais e lideranças dos movimentos agrário e sindical, ou seja, assalariados e profissionais liberais com mais acesso à cultura letrada devido às características dos seus processos de trabalho. Compõem alguns dos setores mais conscientes da classe trabalhadora e não da elite dominante em Alagoas. São apoiadores inseridos nos ambientes de trabalho e debate nos quais a minha militância tem sido maior: o meio científico, a produção cultural, o jornalismo digital e a luta pela reforma agrária. Tenho muito orgulho de tê-los comigo. A maior parte das eleições são vencidas pelo efeito “pedra no lago”, isto é, os vencedores são os candidatos apoiados pelos formadores de opinião, os quais influenciam decisivamente o voto dos outros eleitores. Portanto, o fato de termos uma base de apoio composta por setores da vanguarda cultural da classe trabalhadora é um pressuposto para a nossa

- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 -

vitória, não um problema para a nossa campanha. EXTRA - Alguns dos seus adversários irão gastar milhões durante a campanha. Seu limite de gastos está estipulado em R$ 300 mil, muito abaixo de muitos candidatos à Assembleia e à Câmara. É possível fazer uma campanha “pra valer” com recursos escassos? Golbery Lessa - Em 1947, o PCB-AL obteve mais votos para a Assembleia Legislativa de Alagoas do que qualquer outro partido, elegendo três deputados. Na última eleição para o Senado, o comitê de campanha da vereadora Heloísa Helena, segundo dados do TSE, gastou cerca de 72 mil reais e a atual vereadora obteve 417 mil votos. No mesmo processo, ainda segundo dados do TSE, o senador Renan Calheiros gastou cerca de 9 milhões de reais, recebeu o apoio de dezenas de prefeitos, e obteve 840 mil votos, pouco mais do dobro dos sufrágios de Heloísa Helena. Fazendo uma conta simples, chegamos à conclusão de que os apoiadores da ex-senadora gastaram apenas 18 centavos para que ela obtivesse cada voto, enquanto os doadores do senador tiveram que desembolsar 10,7 reais por sufrágio. Do ponto de vista do custo-benefício financeiro, foi Heloísa Helena quem venceu a eleição. Como demonstra a história política moderna, há muitas variáveis não financeiras decisivas numa campanha eleitoral. O poder do dinheiro pode ser vencido pela capacidade de expressar com coerência os anseios da população oprimida. A trajetória exemplar e a coerência ética de uma candidato pode derrotar os representantes do grande capital, principalmente com o auxílio de redes no interior dos setores mais progressistas e democráticos da sociedade civil. Desse modo, nossa campanha será baseada na tática de fazer a verdade e a honestidade triunfarem por seus próprios meios. EXTRA - O senhor repre-

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senta a esquerda em Alagoas? Membros de outros partidos se intitulam esquerdistas. Como o senhor avalia a falta de unidade na esquerda em Alagoas para alicerçar um projeto de governo? Golbery Lessa - É curioso o fato de poucos perguntarem pela unidade da direita alagoana. O mesmo ocorre com relação à questão sobre a verdadeira esquerda. Ninguém pergunta pela verdadeira direita. É como se apenas a esquerda fosse obrigada a ser coerente e ter honestidade de propósitos e bom senso político. Em Alagoas, o senso comum majoritário parte do princípio de que os candidatos liberal-conservadores não precisam ter coerência e honestidade. Vejo de modo muito diferente esse tema. Procuro cobrar coerência e honestidade dos meus adversários de direita, tenho o hábito de comparar as ações deles com seus pressupostos ideológicos, pois essa comparação é um dos instrumentos eficientes e honestos de fazer o debate político. A esquerda é, obviamente, um gradiente ideológico e político, como ocorre com a direita e o centro. Assim, não faz sentido imaginar a existência de uma única esquerda, que seria a verdadeira. O PCB é um partido marxista e, portanto, está no interior da esquerda revolucionária. O PSOL e o PSTU também podem ser definidos pelo mesmo conceito. O PCB não defende a ideia de que existiria apenas um partido revolucionário, nós comunistas pensamos em termos de frente revolucionária. A coligação eleitoral não foi feita em Alagoas apenas por divergências muito pontuais, relativas à escolha dos nomes para a chapa majoritária. Não há qualquer animosidade ou falta de respeito entre o PCB, o PSTU e o PSOL. Com uma eventual vitória da nossa candidatura, haveria, evidentemente, uma união de toda a esquerda no interior do governo e dos conselhos populares de políticas públicas.


18 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 NEGÓCIOS

Maior rede de farmácias de varejo do país anuncia cinco lojas em Maceió Drogasil inaugura no próximo dia 12 as duas primeiras unidades, uma na Fernandes Lima e outra na Álvaro Calheiros, no bairro da Jatiúca DA REDAÇÃO

M

aior rede farmacêutica do país na área de varejo, a Drogasil inaugura no próximo dia 12 duas das cinco lojas que implantará este semestre na capital. Instaladas em pontos estratégicos de Maceió, elas dão continuidade ao projeto de ampliação da rede que visa marcar presença em todas as regiões brasileiras e aumentar ainda mais seu contigente de funcionários que hoje ultrapassa a casa dos 20 mil. Fundada em 1935, a Drogasil integra desde 2011 a Raia Drogasil, fruto de sua fusão com a Raia, rede de farmácias cuja primeira unidade foi inaugurada em 1905 pelo farmacêutico João Batista Raia em Araraquara (SP). Mediante um modelo diferenciado de gestão, as duas marcas atingiram em pouco tempo a liderança do mercado brasileiro de drogarias em faturamento e número de lojas, segundo ranking da Abrafarma (Associação Brasileira de Farmácias). Vice-presidente de

Operações de Varejo da Raia Drogasil, Antônio Carlos de Freitas revela os números que confirmam a liderança da rede, o faturamento de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano e a marca de 130 novas lojas por ano atuando no segmento de medicamentos e produtos de higiene e beleza. Freitas esteve esta semana em Maceió, junto com o gerente regional Vagner Rogério Moraes e o diretor de Operações de Varejo Drogasil Antônio Carlos Azevedo, acompanhando os últimos ajustes para a inauguração das duas primeiras lojas na capital alagoana, uma no bairro da Jatiúca, na Avenida Almirante Álvaro Calheiros, e a outra no Farol, na Avenida Fernandes Lima, ao lado da Casa das Carnes. O bairro da Ponta Verde vai abrigar outras duas lojas da Drogasil, enquanto a Fernandes Lima, no terreno ao lado da Lojas Americanas, vai ganhar a maior unidade da rede na capital, em um espaço com mais de um mil metros quadrados.

Vice-presidente de Operações, Antônio Carlos de Freitas (E) fala sobre a chegada da rede em Alagoas

SAIBA MAIS

SOBRE A DROGASIL

Criada em 1935, a partir da fusão de duas pequenas redes de farmácias (Drogaria Bráulio e Drogaria Brasil), é uma das bandeiras da Raia Drogasil S.A. Com mais de 500 lojas, atua nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Bahia.

SOBRE A RAIA DROGASIL Criada em novembro de 2011, a Raia Drogasil S.A. (RADL3) reúne as redes de farmácias Droga Raia e Drogasil, presentes em 13 Estados brasileiros. Maior companhia de varejo farmacêutico do Brasil em receita e número de lojas, a Raia Drogasil possui mais de mil lojas e atingiu faturamento de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2014.


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“Quando você vê a Dilma discutindo o futuro do Brasil com Fernando Collor e José Sarney, você não pode imaginar que a vida das pessoas vai melhorar”.

pedrojornalista@uol.com.br

Juiz Federal manda retirar nomes de pessoas vivas de obras públicas

H

á quase dez anos bato nesta tecla e reclamo dos administradores irresponsáveis que insistem em colocar nomes de pessoas vivas em obras públicas. Mostrei por diversas vezes a afronta ao moral e ao legal daqueles que para agradar poderosos ou “puxar o saco” em busca de votos colocam nomes dessas pessoas em prédios, viadutos, avenidas e outros bens públicos, uma grande parte deles sem o devido merecimento para a homenagem imoral. Certa ocasião estive com o então prefeito Cicero Almeida e lhe pedia para que colocasse o nome de Dom Hélder Câmara em uma obra importante do município. Ele não só me prometeu como com um mapa nas mãos me mostrou a obra que estava sendo construída e receberia o nome dessa figura emblemática, considerado o brasileiro do século e agora a caminho da canonização, que ele pouco conhecia. Algum tempo depois vi a tal obra receber um nome de um jornalista, vivo e em plena atividade. Uma troca infeliz, mas certamente mais vantajosa para o “alcaide”. Já estive com o prefeito Rui Palmeira sobre o mesmo tema. Este completamente diferente; sabia e conhecia a história do “padre dos pobres” e é seu admirador, se mostrou contrário a essas homenagens a pessoas vivas e me prometeu (sem mostrar mapas de ficção) dar o nome de Dom Hélder a uma obra importante em Maceió. E vai dar. O Juiz federal Sebastião José Vasques Moraes, titular da 4ª Vara, decidiu por um fim a essa farra imoral e ilegal adotada por administradores estaduais e municipais na maioria dos casos com fins eleitoreiros ou de interesse pessoal. Chegou muito tarde a decisão e muitos estragos foram feitos em afronta à lei, mas a Justiça é assim mesmo: as vezes tarda, as vezes falta. Na sua decisão o juiz dá prazos, estabelece punições e vai além: publica uma relação com os bens públicos que deverão ter seus nomes substituídos pelo Estado de Alagoas e o Município de Maceió. Em minha opinião cometeu dois erros: Ao publicar a lista por que não incluiu os bens públicos do Poder Judiciário, muitos com nomes e homenagens a pessoas vivas? Por que os demais municípios ficaram fora de sua decisão? Decisão boa, mas não completa. É a própria Associação dos Magistrados Brasileiros que apregoa; “A entrega ao povo de qualquer obra, originada de um dos três Poderes, não justifica a fraude; afinal, os governantes devem submeter-se às leis e não servir-se delas para realização de ambições pessoais. O servidor é elevado à função pública exatamente para cons-truir estradas, prédios, escolas, fóruns, monumentos, etc; a execução dessas tarefas implica no simples cumprimento do dever, sem significar favor algum ao cidadão; a lei não autoriza, mas, pelo contrário, proíbe autopromoção à custa do dinheiro público.Os nomes de magistrados, de políticos e de profissionais vivos nas obras públicas tornam as leis descartáveis, profanadas pelo “jeitinho” brasileiro que só acomoda a vaidade dos poderosos”. Nota da coluna: O prefeito Rui Palmeira já vinha se antecipando aos fatos, não recorrerá da decisão e mandou imediatamente que fosse retirado o nome de sua mãe Suzana Palmeira (uma creche) mesmo sem estar na “lista” publicada pelo juiz. É assim que se faz.

Alexandre Murta Entre a disputa acirrada para nove vagas na Câmara dos Deputados aparece um jovem candidato com perfil diferenciado, muito bem articulado e com consideráveis apoios. Com um competente desempenho nas redes sociais tem angariado simpatizantes e adeptos à sua candidatura. Tem experiência no ramo e sabe exatamente “o caminho das pedras”. AlexandreMurta é candidato pelo PMDB e poderá ser uma agradável surpresa nas próximas eleições.

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Para refletir:

PEDROOLIVEIRA Acabou a farra imoral e ilegal

- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014

(Eduardo Campos).

Fica calado Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em mais uma de suas falácias que “é preciso acabar com partidos “laranjas, de aluguel” e, em sua mais dura crítica ao financiamento privado de campanha, disse que a iniciativa deveria ser “crime inafiançável”. Para o petista, é preciso realizar uma ampla reforma política, capaz de colocar fim às siglas que “utilizam seu tempo [na propaganda eleitoral na TV para fazer negócio”. A fala de Lula ocorre logo após a presidente Dilma Rousseff, sua afilhada política, realizar a troca de dois ministros, atendendo demandas do PR, para evitar perder mais tempo de TV no horário eleitoral. Em seu governo o farsante Lula nada fez para mudar este cenário.

Sabatinas e “laranjais”

As entidades que promovem sabatinas para ouvir as propostas dos candidatos ao governo deveriam ter o cuidado de dar qualidade aos debates que cada vez ficam mais esvaziados. Jogam todos em um mesmo nível quando na verdade só existem três candidatos aptos ao debate: Benedito de Lira, Eduardo Tavares e Renan Filho. Os demais nada pesam na disputa e ainda tem os “laranjas”. Já ouvi de um dos candidatos que “vai evitar participar desses debates que não levam a nada”. Por outro lado é bom que as entidades entendam que os candidatos precisam de tempo para se dedicar a campanha interior afora, o que é muito mais produtivo.

Por falar em “laranjas”

Esta semana eu conversava com dois integrantes da Corte Eleitoral e entrou na pauta a questão dos “candidatos laranjas”. Há uma indignação e constrangimento dentro do TRE com relação a essa prática imoral e os juízes vão agir com rigor e muita fiscalização punindo os infratores até com cassação da candidatura ou do cargo se for eleito e estiver envolvido neste esquema. Uma dessas autoridades me contava que já se tem denúncia até de um candidato que haveria comprado um “jornaleco” apenas para denegrir o adversário. O caso está sendo investigado e há evidências do fato criminoso.

RENÚNCIA DE TAVARES O ex-procurador geral de Justiça, Eduardo Tavares, desistiu oficialmente de sua candidatura ao Governo do Estado, conforme carta enviada ao governador do estado e a direção do PSDB. Com um fraco desempenho nas pesquisas eleitorais, sem recursos financeiros para bancar a campanha e abandonado por muitos dos companheiros do próprio partido Tavares decidiu em caráter irrevogável desistir da candidatura. A decisão já havia sido tomada há alguns dias, porém somente foi oficializada na quinta-feira à tarde. A decisão de Eduardo Tavares pegou a maioria de seus correligionários de surpresa uma vez que sua estrutura de campanha estava completamente montada e já começando a funcionar, embora com um grave problema presente : a falta de recursos para tocar as despesas essenciais para a disputa do pleito. Eduardo Tavares vinha continuamente se queixando da falta de apoio dentro do próprio partido e também da falta de recursos para a campanha. Praticamente sozinho contava com raros dirigentes do seu partido ( PSDB) e um grupo de integrantes do Ministério Público que estava engajado no objetivo de ganhar o Governo do Estado na disputa com dois fortes adversários: Renan Filho e Benedito de Lira. Em tom de despedida declarou ao jornalista Ricardo Mota: “Há muitos alagoanos que não se conformam com o atual estado de coisas, inclusive com o processo eleitoral em curso. A todos, eu sou muito grato pelas manifestações de apoio. Mas é preciso entender as nossas limitações e saber a hora de recuar. O governador reconheceu a correção da minha decisão e aceitou-a. Ele foi muito correto comigo”.

Benedito de Lira

O senador Benedito de Lira (PP-AL) afirmou que a campa-nha eleitoral oferece também uma oportunidade para prestar contas de sua ação parlamentar especialmente em favor do seu Estado. Conseguiu transferir quase 2 bilhões de reais por meio de emendas parlamentares, e é reconhecido como aquele que mais conseguiu recursos em favor de Alagoas. Embora seja um montante considerável, ainda assim falta muito para que o Estado de Alagoas atinja um patamar capaz de compensar as suas dificuldades. Benedito de Lira é um dos parlamentares que mais trabalha para minimizar as desigualdades, principalmente com relação àqueles que vivem no semiárido nordestino. Como presidente da Comissão de Agricultura do Senado, trabalha em favor de políticas públicas que possam ajudar os que sobrevivem nas condições mais adversas no Nordeste brasileiro.

Renan Filho

“Meu caro Pedro Oliveira, nesta semana compareci a uma reunião com os agentes de Saúde de Maceió, atendendo a convite do Edinho Rodrigues, líder da categoria em Alagoas. E, aproveitando o generoso espaço disponibilizado por sua coluna, afirmo que nosso programa de governo está dando atenção especial ao trabalho desenvolvido por essa categoria essencial para a preservação da Saúde Pública. As pautas apresentadas por essa categoria precisam ser levadas em consideração pelo governo estadual, que deve estreitar e ampliar as parcerias com todos os municípios para que a missão do agente de saúde possa ser cumprida a contento. Estamos falando numa das bases sobre as quais se apoia o esforço para garantir a saúde da maioria da população. Além das reivindicações estratégicas, o governo do Estado precisa também olhar e cuidar de detalhes que muito ajudam nesse trabalho como a utilização da tecnologia contemporânea”.


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ARTIGOS

Penúria de ideias CLÁUDIO VIEIRA Advogado e escritor membro da Academia Maceioense de Letras

L

i o excelente (segundo minha visão de pai) artigo científico de minha filha Cláudia Maria, publicado pela paranaense Editora Juruá, na obra coletiva FILOSOFIA DO DIREITO NA CONTEMPORANEIDADE, coordenada pelo advogado e professor Adroaldo Catão (e outros). A peça trata do pluralismo democrático segundo teóricos liberais e os comunitários. A leitura fez-me rememorar assunto menor, produzido pelo mi-

nistro dos Esportes do Brasil, Aldo Rabelo – alagoano que fez carreira política em São Paulo e, dizem, pretende agora voltar-se para Alagoas – tratando dos percalços da Seleção Brasileira na Copa do Mundo recém-encerrada. O leitor agudo há de se perguntar o que têm em comum dois temas tão díspares. Respondo que sim; há uma relação, ao menos periférica, pois, afinal a filosofia é sem dúvidas – ao meu pensar – presente em cada ato ou dizer do homem. Disse o ministro, decepcionado com o desempenho do time brasileiro, que o governo deveria (ou deverá) intervir no futebol, certamente (acrescento) criando alguma agência reguladora. Posteriormente, pensando consertar a infeliz ideia, esclareceu que tal intervenção dar-se-ia por financiamento aos clubes e

sugestões de gerenciamento (gestão) dos mesmos. Lembram daquele aforismo, “a emenda foi pior do que o soneto”? Bem, se esta não foi, é do mesmo padrão jejuno de ideias da primeira proposição. O futebol é uma atividade espontânea e privada, nele o Estado pouco intervindo, a não ser quando absolutamente necessário: segurança, observância dos costumes etc. Só membro do atual governo, no qual se sente, senão certa tendência autoritária, a pretensão de a tudo impor os seus desígnios, por considerá-los certos e inquestionáveis, poderia gestar o absurdo. Não vemos que recentemente criou-se, por decreto executivo, uma tal participação dos movimentos sociais (?) em conselhos deliberativos? Antes não se tentou criar uma agência reguladora da imprensa? A ambos os desatinos o governo da Dra. Dilma. Como nessa do

ministro Rabelo, encontrou justificativa capenga em suposta defesa do interesse público, arvorando-se em único paladino dessa defesa. Novamente a pergunta: qual a relação entre isso e o pluralismo democrático segundo as concepções liberais e comunitárias? Quanto às primeiras (liberais) as diatribes governamentais são simplesmente negativas. Já quanto às segundas (comunitárias), são elas, também meramente, deturpadoras, pois levam ao extremo a intervenção estatal, quando se discute um estado mínimo. Ao eleitor, uma advertência: entre os candidatos a representar-nos, seja no executivo estadual ou no legislativo local e nacional, há grandes apoiadores da senhora Dilma Russeff e, via de consequência, de tamanhas absurdezes. A escolha está em nossas mãos.

está imune (muito pelo contrário), à devastação de valores provocada pelo estiolamento moral que o poder, qualquer um deles, gera. Qual será o mal do nosso tempo? O que perdemos e o que precisa ser recuperado no Brasil e em nossa Alagoas? Será que teremos a capacidade de perceber esses sinais ou nos deixaremos engolfar por nossa própria insensibilidade? O fato dos tempos serem outros nos sugere que não se repetirão mais as cenas dantescas que se seguiram à profética advertência de Danton, mas é possível que cabeças venham a rolar no panteão da moralidade pública, daqueles que deveriam praticá-la e se sonegam a esse dever. Dessa feita não arrancadas pela lâmina da guilhotina, mas por iniciativas de regulação social decorrentes de ações, cujos sinais já ecoam aqui e ali. À memória me vêm ecos das décadas de 70 e 80, quando o antigo MDB congregava o ideário libertário do Brasil das ruas, reunindo homens e mulheres, uns jovens, outros maduros, na busca do País dos sonhos, da ética na política e da justiça social; ainda ressoam em meus ouvidos os passos daqueles caminhantes da restauração cívica e cidadã, os pequenos grupos convertidos depois em multidões, que tomaram ruas e praças para advertir o regime de que o povo abjurava a tutela autoritária e exigia o direito de regular a sua própria vida política. Onde andarão homens como José Verner, o advogado da única causa que realmente importava naqueles tempos: a da solidariedade desinteressada e magnânima com os perseguidos militantes dos ideais democráticos? Onde

estará Dilton Simões, o administrador competente e ético que legou a seus sucessores a Prefeitura de Maceió com os cofres abarrotados. Onde estará o espírito de Napoleão Moreira, meu pai, homem que nascido em meio à riqueza, se dedicou aos ideais políticos da igualdade e da justiça social. Hoje, assistimos a líderes que trocam aliados históricos de conduta ilibada por esquemas de votos num lamaçal sem fim. Nessa ciranda só há lugar garantido para os mercadores de votos e os testas-de-ferro, serviçais sorridentes que se alimentam das sobras dos banquetes. Será que perdemos a capacidade de ouvir os ruídos nas ruas ou estarão nossos sentidos entorpecidos pela algaravia dos mercadores de votos? Ou o brilho sonante do poder confere razão ao poeta e “ainda somos como nossos pais”? Fazemos igual ao que fizeram aqueles ídolos de pés-de-barro a quem tanto condenávamos, ou pior do que eles, por sermos mais “modernos”, pragmáticos e termos pressa em “recuperar o tempo perdido”. Através da história, as ruas têm feito milagres. E as ruas aqui têm o sentido de uma grande metáfora. O ruído das ruas pode estar no discurso do desembargador Sapucaia, embora dele se possa dizer que contém algumas injustiças pelo pecado de generalizar. Sabemos que há homens íntegros no Judiciário. A experiência me fez acreditar na auto-regulação social: a sociedade que de tempos em tempos faz a sua purgação, lançando fora seus próprios excessos. É o milagre das ruas.

O milagre das ruas MAURÍCIO MOREIRA*

H

á exatos 12 anos, em plena campanha para prefeitos e vereadores de 2002, eu escrevi este artigo cujo titulo é O Milagre das Ruas, saiu pela primeira vez na gazeta de Alagoas, depois ao longo das campanhas que passaram, republiquei diversas vezes no extra, para minha grata surpresa a alguns meses atras saiu na Gazeta de Alagoas um artigo por conhecidencia com o mesmo titulo, estou mais uma vez republicando o artigo, pois o mesmo esta mais do que nunca atual, nesses últimos 12 anos, diversas operações, principalmente vinda do Ministério Publico Federal, Justiça Federal, em conjunto com a Policia Federal, inclusive com diversas prisões por corrupção e desvio do sagrado dinheiro publico e também por compra de votos, faz necessário que a sociedade como um todo permaneça mais do que nunca vigilante, a chapa de oposição apresentada para os Alagoanos para enfrentar e derrubar definitivamente este que já esta entrando para a historia como o pior governador que o nosso sofrido estado já teve que é o atual governador Teotônio Vilela Filho, dizem as más línguas de pessoas ligadas ao governador que existe um acordo entre o Senador Renan Calheiros e ele Teotônio, por debaixo dos panos, asseguro a vocês meus ca-

ros eleitores que este acordo espúrio não existe, pois se o mesmo existisse seria ludibriar a grande massa de Alagoanos e Alagoanas que querem uma autentica mudança para melhor e o melhor com certeza é Renan Calheiros Filho para o governo, a reeleição do bravo Senador Fernando Collor, bem como a recondução da presidenta Dilma Roussef juntamente com os partidos aliados cujas principais lideranças são: Ronaldo Lessa-PDT, Paulão-PT e o ex-prefeito Cicero Almeida, com estes que compõem a base aliada sim, com certeza é a verdadeira aliança do futuro Governador Renan Filho e de seu pai o valoroso presidente do Senado Renan Calheiros. “Ouçam as vozes das ruas”, bradou certa feita Danton, o maior tribuno da Revolução Francesa, dirigindo-se aos representantes da nobreza que formavam a Maioria nos Estados Gerais, o Parlamento pré-revolucionário, que teimavam em desconhecer os ruídos que ecoavam das vielas e das praças de Paris, na derradeira tentativa de manter seus privilégios abusivos, erro que em breve lhes custaria o poder e, em seguida, as cabeças. Invariavelmente, os que estão sentados no alto têm dificuldade em ouvir o que ocorre abaixo. Desde sempre o poder tem entorpecido os sentidos e produzido miragens inebriantes. Dessa maldição ninguém escapou até hoje, salvo raríssimas exceções que só fazem confirmar a regra. Nem mesmo a democracia está protegida desse mal, pois é sabido que apesar desse regime de governo ser o melhor antídoto contra a degradação que o poder absoluto enseja, mesmo o poder filho da democracia não


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- MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 -

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ARTIGOS

A política JORGE MORAIS Jornalista

O

comentário de hoje é sobre um assunto que eu gosto demais, mas que entendo muito pouco: política. Segundo o radialista França Moura, o último que se meteu a entendido, está até hoje no hospício. Há pelo menos 30 dias, o que se dizia ou escrevia, na verdade, não modificaria a realidade de hoje do quadro político alagoano, mesmo que as atenções estivessem voltadas para as convenções partidárias, o período junino e a realização da Copa do mundo. Como mais nada disso está na mídia, o eleitor alagoano só tem agora a eleição para falar e discutir. Independente se o cidadão gosta ou não de política, no fim das contas, direta ou indiretamente, o tema será esse até o dia 05 de outubro. Se ele gosta do assunto, discute fervorosamente, defende seu ponto

de vista, escolhe cedo seus candidatos, pede voto, aposta naquilo que está fazendo. Se por outro lado ele não gosta, reclama dos candidatos, diz que não vai votar, muda de ideia e, na sua maioria, termina cedendo ao comparecer as urnas para exercer o seu direito de cidadão. Nem sempre a abstenção alta, significa o voto da revolta do eleitor. Muitos outros motivos podem ser relacionados nessa hora. Até esse revoltado eleitor, ao não querer conversar sobre política, mostrar-se contra tudo, que não confia mais em ninguém, também está fazendo política ao seu modo, e não deixa de estar envolvido com o processo, por meio de um discurso inverso ao do tradicional jeitinho dos nossos eleitores. Dito isto, como anda o quadro político alagoano para as eleições que se aproximam? Talvez, não muito diferente de antes. Se observarmos os candidatos ao governo, chegaremos à conclusão que haverá uma polarização entre duas candidaturas; um terceiro nome se posicionará numa faixa intermediária e os demais terminarão na parte de baixo da tabela, se fizermos

essa comparação a uma competição esportiva. Ou seja: serão rebaixados e só estão no processo para ocupar espaço na mídia paga com o dinheiro do contribuinte ou servirem de “laranjas” para as lideranças dessa disputa. Nas pesquisas internas, todos estão eleitos. Benedito de Lira garante que será o governador e disse isso na convenção do partido e em recente encontro das siglas aliadas. Renan Filho acha que o maior número de prefeitos que lhe apóia e o dobro do tempo no Guia Eleitoral do rádio e da televisão em relação a Biu, garantem a vantagem que precisa para vencer e, por isso, confia nas pesquisas que tem em mãos. Por outro lado, Eduardo Tavares – o candidato do governador Teotônio Vilela – não desanima com os números das pesquisas, espera, mesmo sendo quase impossível, reverter um quadro que poucos acreditam, onde para o Palácio do Governo conseguir que ele leve a eleição para o 2º turno, já é um grande negócio. E em relação ao Senado da República? Quase nenhuma diferença do anunciado

anteriormente. Fernando Collor de Mello continua liderando, tem mais tempo no Guia Eleitoral – mais de 4 minutos -, e uma equipe competente trabalhando no seu projeto. No seu retrovisor aparece a vereadora Heloisa Helena; e, por fim, o candidato que se intitula o novo na política alagoana, que é Omar Coelho, ex-presidente da OAB/AL. Para o senado, Collor continuará defendendo a sua liderança; HH será o discurso que vai atirar para todos os lados; e Omar vai tentar ganhar tempo correndo pelo acostamento, sabendo que nem sempre isso é possível e permitido. Portanto, se você tentar entender política vai ficar é doido. O melhor mesmo é conhecer as propostas de seus candidatos; apostar numa realidade possível; torcer por dias melhores; cobrar sempre dos seus governantes mais educação, saúde, segurança, oportunidade de emprego; e, principalmente, não trocar o seu voto por uma cesta básica, um botijão de gás ou uma nota de cinquenta ou cem reais na hora de votar. Talvez, assim, a gente possa ser um dia um estado melhor.

Isso irritou profundamente as raposas velhas do Sul e Sudeste. Uma verdadeira campanha contra Collor estabeleceu-se em todos os rincões do país, com exceção do Nordeste. O feitiço virou contra o feiticeiro, PC foi preso, escândalos surgiram e tudo virou um espetáculo teatral. Collor perdeu o controle da situação e foi para o sacrifício. Uma atitude digna foi a saída do presidente pela porta da frente com a esposa daquela época. Um fato negativo foi a morte de PC Farias e esposa. Vivemos momentos de turbulência e Alagoas virou manchetes escandalosas em toda imprensa local, nacional e internacional. Com o passar do tempo o ex-presidente foi saindo do obscurantismo e voltou à política. Eleito senador, tem se destacado e vem sendo absolvido de processos que foram impetrados contra ele. Carrega uma culpa muito grande, ainda é visto como político perigoso, mas milita na política alagoana e no cenário federal com certa facilidade. Quero crer que perdeu muitos amigos e fez novas amizades, todavia deve ter aprendido quem são os ¨amigos do poder¨. Estou cansada de ver tais tipos.

Conheci um assessor dele que devia tudo ao presidente e na hora ¨H¨ votou contra ele. Nunca votei em Collor, não sou amiga dele, mas acho uma injustiça afirmar que ele foi um péssimo presidente. Não o acho melhor, nem pior, acho-o igual à grande maioria que passou pelo Palácio do Planalto. Nós não precisamos citar melhores exemplos: Lula e Dilma têm feito um péssimo governo, cheios de escândalos, de denúncias fortes e não estão sendo punidos com tanta severidade. Por que Collor foi ao fundo do poço? Porque não soube dividir o bolo político. Uniu-se ao PC Farias, contrariou a família, os políticos do Sul e Sudeste e irritou grandes nomes do cenário brasileiro que se viraram contra ele. Tivesse o presidente se aliado a nomes famosos, obedecido às raposas velhas, não seria afastado da Presidência da República com tanta gritaria. Sei que muita gente vai rir do que estou dizendo, outros vão pensar que quero agradar alguém, mas o meu objetivo principal é botar para fora a opinião guardada por uma velhinha alagoana, observadora e brasileira.

A opinião da velhinha alagoana ALARI ROMARIZ TORRES Aposentada da Assembleia Legislativa

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esde que Collor foi praticamente expulso da Presidência da República, fico pensando no que realmente aconteceu. Apesar de não ser alagoano, ele se projetou através de nosso Estado e ficou conhecido como político alagoano. Nós sofremos quando ele estava afastado, ouvindo piadas pelo país inteiro e escutamos elogios quando foi candidato a presidente da República e eleito pouco depois. Ainda jovem foi prefeito de Maceió: uma verdadeira euforia! Cercou-se de bons assessores e também de algumas pessoas não muito boas. Novo, vaidoso, cheio de sonhos, não fez administração muito boa, mas não foi dos piores. Logo em seguida foi governador do Estado com o mesmo tipo de assessoria e a publicidade era tanta que chegávamos a acreditar num bom governo, mas não foi. Moacir encontrou o Estado com pouco di-

nheiro, pois no fim do mandato receberam os tais precatórios de hoje várias figuras ilustres das Alagoas e só personagens importantíssimas. Divaldo Suruagy assumiu o governo e não conseguia pagar o funcionalismo. Chegamos a 7 meses de salários atrasados e o Estado cheio de empréstimos. A culpa caiu nas costas do Suruagy, entretanto o problema vinha de governos anteriores. O moço jovem, bonito, arrogante, vira presidente do Brasil, numa eleição completamente atípica, impulsionada por medidas publicitárias, espalhafatosas como a ¨caça aos marajás¨ e a demissão aleatória de milhares de servidores . Muitos foram readmitidos sem nenhum critério. E começa a administração Collor como presidente da República. Muita propaganda, muito estardalhaço, muito carnaval. E aí aparece um ¨primeiro-ministro¨ num governo presidencialista: PC Farias. Criou-se um verdadeiro mito. O homem andava de avião particular pelo Brasil inteiro. Recebia políticos, ajudava a quem queria. Tornou-se a figura mais importante do país.


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PORDENTRODOESPORTE JOÃO DE DEUS jdcpsobrinho@hotmail.com

Mesma paixão

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quarto lugar do Brasil na Copa do Mundo não refletiu negativamente sobre a paixão do brasileiro pelo futebol. Constatação veio no reinício do calendário nacional com o torcedor mantendo a fidelidade aos times pelos quais torce. Média de público nos estádios é a mesma de antes da Copa, cerca de 40 mil pessoas por jogo.

Comentário Zico, que não precisa de apresentação para falar sobre futebol, carimba os técnicos brasileiros como desatualizados. Essa questão abre polêmica e entre alagoanos é alto o percentual dos que estranham a falta de chances na seleção para ídolos de torcidas locais, discriminados pelos que hoje jogam no exterior.

Foi agradável

Jadílson, mesmo no Águia de Marabá e estreando contra o CRB, foi lembrado de forma positiva pelos tempos em que esteve na Pajuçara. É um dos craques da terra com excelente currículo e passagem por clubes notáveis, inclusive, titular do Fluminense por várias temporadas.

Para anotar

China e Índia despontam para o futebol no mundo como mercado promissor, estimulando até o interesse de clubes europeus em oferecer apoio técnico para formar garotos com vocação para o futebol. Uma proposta da Alemanha: enviar técnicos para apoiar os clubes chineses no preparo e na formação detalentos.

Desabafo

Volta por cima

Rogério Ceni analisa o futebol brasileiro necessitando no comando de pessoas que entendam do assunto. O recado foi direito às entidades ligadas ao esporte como sugestão de “pararem de pensar só em ganhar dinheiro”. Ele foi entrevistado no dia 16 após o jogo do São Paulo com o Bahia.

A rodada da Série B neste fim de semana começa com o CRB em terceiro, somando 11 pontos empatado com o Cuiabá, mas este emsegundo,favorecido nosaldo de gols, e o Botafogo-PBem quarto. O ASA, em sétimo, pega o Crac na rodada, com jogo fora de Arapiraca.

Na Pajuçara

Pindaíba

Só não faz...

Ainda do goleiro e capitão do São Paulo: “A CBF é extremamente rica e nada é feito. Deveria pensar menos em si e em lucrar para pensar mais nos clubes que estão numa pindaíba desgraçada. Quem sabe agora, com a campanha, a presidente não tenta se mexer um pouco”.

“Uma andorinha só não faz um verão”. Frase saiu em conversa de desportistas alagoanos e teve a ver com a baixa performance de Cristiano Ronaldo na seleção de Portugal na Copa do Mundo. Maioria lembrou o futebol como caixinha de surpresas e colocaram o Brasil à reboque.

Simulação

Comentário de torcedores define como infantil o hábito do jogadorbrasileiro“cavar” falta. Das atitudes enumeradas e mais criticadas aparece o hábito do cai-cai. Um hábito que hoje faz a diferençaentre o futebol brasileiro e o europeu.

Esperteza

Nei Franco, técnico do Flamengo, bem que tentou surpreender treinando o time no sistema defensivo mas aplicando outro, ofensivo, no jogo contra o Internacional. Foi decisão de risco que terminou em fracasso. Os gaúchos golearam o rubro-negro. O Flamengo carioca, até a 11ª rodada, somou uma vitória, quatro empates e seis derrotas. Tem só 7 pontos ganhos.

Pés no chão

Um milhão (ou mais?) de torcedores de países que estiveram no Brasil para os jogos da Copado Mundo invalida a crença de ser aqui opaís do futebol? Não é prudente também evitar esseexagerado otimismo? Ou um 4º lugar na Copa que sediou e mais as frustrações nas anteriores são acidentes de percurso?

Surpreende?

Pois é, classificação dos clubes da Série A do Brasileiro seguiu até o fim da semana, jogos da 11ª rodada com placar que surpreenderam. Exemplo, a derrota do Flamengo, na lanterna do Brasileiro, com somente sete pontos ganhos, 18 menos que o Cruzeiro, líder isolado somando 25 pontos.

Sem novidade

Dunga, de volta à seleção brasileira - o anúncio oficial foi na terça-feira -, diz que vai se envolver só com a preparação para a Copa de 2018. Comentou também interesse de se relacionar melhor com a imprensa, está aberto ao diálogo, pediu confiança aos brasileiros e diz que vai trabalhar em grupo.Gilmar Rinaldi como coordenador também não foi novidade.

O CRB volta a entrar em campo neste fim de semanano Rei Pelée pega o Salgueiro, oitavo na classificação com 9 pontos e chega a Maceió otimista de se aproximar do G-4. Na Pajuçara os jogadores estão confiantes em contar com a presença da torcida. Ingressos já estão à venda.

É jogo difícil

Uma atenção: o Salgueiro não deve ser presa fácil do Galo, mesmo com o jogo no Trapichão. Advertência tem sustentação na raça dos jogadores no empate com o Crac. Perdia de 2x0 e teve fôlego e raça para empatar. Para o jogo em Maceió a torcida se organiza para vir pesada.

FRASES “Já fiz muito pelo ASA. É hora de sair” Didira, prata da casa e contrato até novembro.

“Não podemos errar passes” Ademir Fonseca(CRB) sobre o jogo de domingo.

“Estamos bastante ansiosos”

Glaydson (CRB) sobre jogar no Rei Pelé.


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S.O.S.ALAGOAS CUNHA PINTO

É preciso atenção

M

O setor imobiliário no País – Alagoas incluso – registrou no ano passado resultado positivo na linha de empréstimos para compra de imóveis. Um quadro que dá motivação para previsões otimistas também este ano. Em 2013 foi de 32%, algo em torno de 3,6% a mais que em 2012.

Candidatos Para refrescar a memória: dos nove candidatos ao Governo de Alagoas inicialmente registrados, dois já renunciaram: ET e Joathas Albuquerque. Renan Filho, Benedito de Lira, Coronel Goulart, Golbery Lessa, Jeferson Piones, Luciano Balbino e Mário Agra continuam no páreo.

Um apelo A Prefeitura tirou balanços, “rela-rela” e outros brinquedos da Praça Santa Tereza, na Ponta Grossa.Temistocles Soares, do Conselho Gestor da região, comenta haver entre os moradores a expectativa de os brinquedos serem substituídos. Diz que são importantes para o lazer das crianças.

Trânsito

Não acredita O pedestre, entregue à própria sorte nas ruas, não crê na ausência de “padrinho” no trânsito. Define a isenção como “moeda de troca” no voto ou por “amizade”. Descrédito é espelhado na observação e pela insistência às transgressões este ano. Comum até sob placas de proibição.

Calçadão

Polarizada?

Foi lição positiva Ângela Merkel, primeira ministra da Alemanha, assistir a final da Copa do Mundo sem acompanhantes, inclusive seguranças, e pagar as despesas do próprio bolso. O dia do jogo coincidiu com o de uma reunião oficial com autoridades de outros países.

Um estudo com 26 mil pessoas permite uma informação otimista: falta da vitamina D aumenta o risco de morte por câncer e doenças cardiovasculares. Fonte da informação é a Revista Veja, publicada na Coluna Panorama, edição de 5 de junho.

A SMTT divulgou ter aplicado 300 mil multas no trânsito de Maceió. É sinal de estar cumprindo o dever diante de habituais abusos de motoristas nas ruas. Mas a persistência de atos fora da lei no setor permite uma pergunta: quantas doeram de fato no bolso do infrator?

Bom momento

Bom exemplo

Em Maceió privatizar áreas nas ruas já é vício e o alheamento das autoridades sinaliza como cumplicidade com a irregularidade. Abuso que inclui a liberação do uso de corrente bloqueando calçada e o meio-fio em trechos de ruas com movimento pesado de veículos e também de pedestres.

Boa notícia

aceioenses com casa de veraneio na Ilha da Croa, na Barra de Santo Antônio, comentam com tristeza o alto índice de prostituição envolvendo menores pertencentes a famílias vi-vendo em extrema pobreza. O povoado é atrativo para turistas, estrangeiros principalmente.

A campanha eleitoral avança na contagem regressiva para ir às ruas e o eleitor pergunta: para governador haverá polarização entre Benedito de Lira (PP) e Renan Filho (PMDB)? E o que muda com a renúncia de Eduardo Tavares? Será que o PSDB tem chances de surpreender?

Cada uma

É estranho os ambulantes no calçadão não ocuparem a Rua do Comércio, trecho da Praça dos Palmares até cruzamento com a Moreira Lima. Intrigante ainda é a ocupação ser em ano de eleição, e com a proximidade do pleito o número ter dobrado.Todos, óbvio, devem ser cadastrados.

Arrependido “Estou quase onze anos no STF. Sou favorável a um mandato de 12 anos. Acho que chegou a hora de sair”. Palavras do ministro Joaquim Barbosa, na Veja, edição de 19 de fevereiro, mas lembrada recentemente por políticos estranhando (ou temerosos?) o recuo dele à aposentadoria.

Protestos “Não posso dizer que acho uma maravilha. Maravilha foi o papa Francisco no Rio de Janeiro. Protesto traz incerteza”. Comentário antigo do norte-americano Donald Trump numa visita ao Rio de Janeiro. Foi lembrado recentemente por empresários diante da proximidade das eleições.

Encontro Ainda candidato, Eduardo Tavares esteve há poucos dias com empresários na Casa da Indústria para debater propostas de governo. Foi como convidado da Federação das Indústrias que tem o propósito de estender o encontro aos demais candidatos a inquilino do Palácio dos Martírios.

Proposta antiga A Comissão do Mercado do Artesanato mantém sob expectativa uma decisão do prefeito Rui Palmeira sobre um pedido antigo de inclusão do setor na Secretaria Municipal de Turismo. A indefinição gera tensão entre os comerciantes diante de um projeto de mudanças no mercado e a proposta hoje comentada estar sendo outra.


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MEIOAMBIENTE ambiente@novoextra.com.br

Desmatamento da Amazônia Legal

Novos mamíferos

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desmatamento na floresta amazônica em junho deste ano foi de 843 km², aumento de 358% em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com boletim do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado no dia 21. O levantamento é paralelo ao oficial da devastação na Amazônia Legal, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a partir do sistema Deter, que detecta desmates em tempo real com a ajuda de satélites.A maior parte da devastação ocorreu no Pará (464 km²), seguido de Amazonas (136 km²), Rondônia (126 km²), Mato Grosso (115 km²) e Acre (2 km²).

Mês de junho Levantamento divulgado pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, apontou que 2014 teve o mês de junho mais quente desde 1880, quando começaram os registros de temperatura.A temperatura média na superfície terrestre e nos oceanos alcançou 16,22°C no período, ou seja, 0,72°C a mais que a média do século 20 para este mês. A cifra supera o último recorde de junho, que remonta a 2010, informou a NOAA.

2013 As temperaturas globais estão aumentando, com as concentrações de gases de efeito estufa atingindo picos históricos e o gelo do Ártico derretendo, o que faz com que 2013 esteja entre os 10 anos mais quentes de que se tem registro, informou um relatório internacional publicado pela Sociedade Americana de Meteorologia no dia 17.

Reduzir metano Dietas especiais com pastagens mais jovens, a inclusão de certos óleos e a implementação de sistemas silvipastoris podem contribuir para reduzir o metano produzido pelo gado bovino, o segundo maior emissor de gases de efeito estufa, depois das atividades humanas, segundo cientistas colombianos.

Salvar abelhas

Quatro novas espécies de mamíferos que vivem na Mata Atlântica e na Amazônia foram descobertas por uma cientista brasileira com a ajuda de sequenciamento genético. São tipos diferentes de cuícas-de-rabo-curto, marsupiais que são parentes próximos do gambá, mas que, diferente de seu “primo”, não possuem a bolsa abdominal comum em animais desta infraclasse, como o canguru, outro parente distante.

Cinco passos podem ajudar a conter o declínio das populações de abelhas e outros polinizadores vitais para manter a cadeia alimentar da qual as pessoas dependem, afirmaram as autoridades britânicas esta semana ao fazerem um apelo público. Governos de todo o mundo têm se alarmado com o forte declínio no número de abelhas, que desempenham um papel fundamental nos ecossistemas, especialmente nos cultivos que compõem grande parte da alimentação humana.

Carne bovina O gado bovino demanda 28 vezes mais terra e 11 vezes mais irrigação que os suínos e as aves, e uma dieta com sua carne é dez vezes mais custosa para o meio ambiente, segundo um estudo publicado esta semana pela revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a “PNAS”.

Urso polar ‘triste’ Cerca de 200 mil pessoas assinaram uma petição online para transferir um urso polar desanimado da Argentina para o Canadá. Arturo, apelidado de “o animal mais triste do mundo”, vive sozinho em uma jaula de concreto em Mendoza, onde as temperaturas podem atingir 38º C.O urso de 29 anos foi visto cabisbaixo, dando voltas na jaula e apresentava um comportamento que alguns compararam à depressão.Suas fotos circularam na internet e levaram centenas de milhares de pessoas a pedirem sua transferência para o jardim zoológico Assiniboine, em Winnipeg, no Canadá.

Extração ilegal Uma fraude no sistema que deveria controlar o comércio de produtos florestais no Pará foi responsável pela derrubada ilegal de mais de 60 mil hectares de floresta. A área desmatada equivale à metade da cidade de Belém. O alvo da investigação é o Sistema Eletrônico de Comércio de Produtos Florestais no Pará, o Sisflora, que é preenchido por associações e empresas do setor madeireiro.


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VEÍCULOS

Na contramão do setor, venda de carros usados supera a de novos Mas na hora de comprar um veículo usado é preciso ter muito cuidado com as armadilhas desse mercado

DA REDAÇÃO

A

Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que o número de carros seminovos e usados negociados neste ano subiu 5,47% até maio, na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado. No mesmo período, a venda de carros 0 km caiu 5,19%. A queda se aprofundou em 7,3% no acumulado até junho, fazendo este o pior primeiro semestre em quatro anos para automóveis e comerciais leves (picapes, furgões e SUVs) novos, segundo divulgou a Fenabave na última semana. Segundo as concessionárias, o desaquecimento da economia, o crédito mais escasso e o maior comprometimento da renda do brasileiro não são os únicos fatores que explicam a maior procura por usados. “A maior explicação para este fenômeno foi o aumento que os carros novos tiveram a partir de janeiro, com o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), e a inclusão do aribag e ABS, que fizeram o preço subir em torno de 4% a 5% nas várias

marcas”, afirmou o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti. “Muitos dos clientes que estavam dispostos a comprar um carro novo foram para o seminovo e conseguiram um modelo com maior valor agregado por preço semelhante”, complementa. DICAS PARA ADQUIRIR UM CARRO USADO O dilema entre adquirir um carro usado ou um carro zero quilômetro pode ser determinado pelo custo-benefício que cada um pode oferecer. Se a vontade é comprar um carro mais completo pelo mesmo preço de um sem opções adicionais, o usado leva vantagem, mas perde se for levado em conta os custos com a manutenção; já ao adquirir um carro zero, a manutenção é desnecessária, mas a perda financeira se dá pela depreciação do automóvel, muito maior nos primeiros anos do carro. Além disso, a escolha pela aquisição de um carro usado vai muito além da análise da quilometragem e da aparência do veículo. Para isso, o diretor comer-

O comércio de carros usados esconde muitas armadilhas

cial da Super Visão Perícias Automotivas, João Roberto Reis, revela algumas dicas para que os futuros compradores não sejam enganados no momento da compra. “Não adianta apenas analisar o veículo a olho nu, existem modificações ilegais, como alteração de chassi e número do motor, por exemplo, que um leigo não conseguirá enxergar. Carros provenientes de leilões e consertados após um sinistro ou batida, também passam despercebidos, no momento da compra é preciso ter muito cuidado”,

pontua Reis. Para isso é necessário uma Pericia Automotiva profissional, como a realizada pela Super Visão Além disso, existem procedimentos que o próprio condutor pode realizar para avaliar o bom funcionamento do carro como analisar freios, caixa de câmbio, pneus, latarias e vidros, que são imprescindíveis. Um exemplo é pisar no pedal do freio e ligar o carro, se o pedal descer um pouco e parar, fique tranquilo, o freio e as pastilhas estão em ordem. João Roberto Reis ainda revela que é preciso que a quilometragem esteja com-

patível com o ano do veículo. “Em média, um carro com cinco anos, precisa ter no mínimo 90 mil rodados”, resume. De qualquer forma, a vistoria cautelar ainda é a melhor opção, uma vez que ela resume toda a situação do veículo em um relatório, comparando os dados com os que constam nos sistemas dos órgãos competentes, como DETRAN, CIRETRAN, entre outros. E assim que a vistoria é concluída, os proprietários dos automóveis recebem um laudo técnico, um verdadeiro atestado de saúde veicu-


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ALTARODA

FERNANDO CALMON fernando@calmon.jor.br

Troller foi mais longe

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empre se costuma perguntar a razão de o Brasil não ter nenhuma marca de automóvel, utilitário ou comercial leve de origem genuinamente nacional. Afinal, como quarto maior mercado interno no mundo (e caminhando para terceiro, deve passar o Japão, mas pode voltar à quarta posição se a Índia deslanchar) as condições estariam dadas. Tentativas foram feitas, mas mesmo que vingassem seria bastante difícil sobreviver. Indústria automobilística é bem mais complexa do que parece. Está muita sujeita a altos e baixos da economia e a regulamentações severas de segurança e emissões, além dos riscos industriais da produção seriada, entre eles o dos recalls. Por isso, várias marcas sucumbiram ou foram anexadas. Até hoje o cenário mundial não aparenta estar consolidado (ver abaixo em Roda Viva). Nesse cenário a marca nacional que chegou mais longe foi justamente a que é sediada

mais distante dos grandes centros consumidores, a Troller. Fundada em 1995, em Horizonte, a 40 km de Fortaleza (CE), pelo engenheiro cearense Rogério Farias, se especializou em utilitários parrudos para o fora-de-estrada. Produziramse em torno de 10.000 unidades em 19 anos. Desde 2007 a marca se desnacionalizou – pertence à Ford –, porém sobrevive. O interesse se deu pelos incentivos fiscais criados para apoiar a descentralização da indústria em direção ao nordeste e centro-oeste. Incentivos, aliás, há em todos os países. Só recentemente veio à tona o volume fabuloso de recursos que estados menos desenvolvidos nos EUA concederam às marcas japonesas, “convencidas” a se instalar no país depois de enfrentarem cotas de importação. O fato é que, por décadas seguidas, os estímulos retornam em valores muito superiores aos doados. No ano que vem se encerram as vantagens recebidas pela Ford

RODA VIVA (inclusive na baiana Camaçari), enquanto a Troller inicia agora outra fase com o novo T4 lançado semana passada. Investiram-se R$ 215 milhões para aumentar a produção de 1.200 unidades/ano para 3.000/ano em apenas um turno com 400 empregos diretos. O processo produtivo em compósito de fibra de vidro para a carroceria é mais moderno e inclui seis robôs. O T4 foi totalmente reformulado, inclusive no estilo, que pode ser discutível, mas sem abrir mão de forma e função, hoje tão maltratadas em pseudo aventureiros que contaminam as ruas e estradas por puro modismo. O novo Troller tem entre-eixos aumentado (agora 2,58 m), o que melhorou espaço para as pernas atrás, embora o acesso continue difícil como se espera de um veículo alto e de duas portas. O ângulo de saída passou para 51°, ou 14° a mais que o modelo anterior. Agora conta com motor Diesel 5-cilindros de 200 cv/48 kgf.m e câmbio ma-

nual de seis marchas, formando um conjunto mais silencioso e de alto desempenho com tração 4x4 temporária, reduzida e diferencial traseiro autobloqueante. Preço é puxado – R$ 110.990; anterior R$ 97.000 –, porém seu público-alvo já tem dois outros veículos na garagem e concorrente direto, o americano Jeep Wrangler, não sai por menos de R$ 155.000 (gasolina). O preço inclui arcondicionado digital bizona, computador de bordo, sistema de som (CD Player MP3), dois tetos solares fixos, rodas de aro 17 pol, proteções de partes inferiores e freios ABS específico para fora de estrada, entre outros recursos. Há mais de 130 itens de acessórios homologados. Regulamentação do Contran dispensa instalação de airbags, mas uma futura versão de visual “civil” vai dispor das bolsas de ar, desativáveis por chave em caso de uso severo em baixas velocidades.

pitstop

A Tendance THP, um C4 Lounge bem recheado

Nova versão do seda da Citroën tem motor turbo de 165 cavalos de potência

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Citroën está colocando uma versão nova do C4 Lounge no mercado, a Tendance THP, com um pacote de equipamentos que inclui câmbio automático de seis marchas e acabamento de luxo, revestimento dos bancos e do volante de couro, multimídia com GPS, ar-condicionado automático bi-zone, entre outros itens. O motor é um turbo de 165 cavalos. O motor THP (Turbo High Pressure)

é feito em parceria da PSA Peugeot Citroën com a BMW. Tem injeção direta sequencial, turbocompressor, cabeçote de 16v com duplo comando de válvulas, bomba eletrônica de alta pressão, bomba de óleo com gestão de vazão e cárter duplo. O torque máximo é atingido a 1.400 rpm, permanecendo até 4.000 rpm, o que garante boas retomadas. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos e a máxima é de 214 km/h. A expectativa da montadora é que esta versão represente por 70% das vendas do C4 Lounge.

VEJA AS CARACTERÍSTICAS DO C4 LOUNGETENDANCE THP: Motor THP turbo de 165 cv ABS com REF (repartidor eletrônico de frenagem) e AFU (auxílio à frenagem de urgência) Câmbio automático sequencial de seis marchas Roda de liga leve 17” Airbags frontais Alarme periférico, volumétrico e anti-levantamento Faróis com acendimento automático Limitador/Regulador de velocidade

Limpador do para-brisa automático com detector de chuva Luzes de posição em leds Retrovisor interno eletrocrômico Ar-condicionado automático digital bi-zone Detectores de obstáculos traseiros Central multimídia com comandos no volante Sistema multimídia com GPS e tela colorida de 7” Revestimento dos bancos e volante em couro Dupla ponteira de escapamento integrada ao para-choque.

RUMORES sobre possível aquisição do grupo Fiat Chrysler pelo Grupo VW repercutiram no mundo, apesar dos esperados desmentidos. Conversas sempre há, no caso alimentadas pelo “desânimo” de famílias europeias com o negócio de automóveis, que já atingiu a Peugeot Citroën e alegadamente também a Fiat. No entanto, pode haver mais contras do que prós, segundo a maioria dos analistas. CURIOSAMENTE, um dos obstáculos estaria no Brasil, pois enfrentaria óbices regulatórios de defesa da livre concorrência, situação inexistente nos tempos da Autolatina (Ford e VW fundiram suas filiais aqui em 1987). Há quem desconfie de que apenas a Alfa Romeo seria vendida à VW, pois a terceira tentativa de relançar a antiga marca de prestígio italiana não se mostraria viável e até atrapalharia o grupo ítalo-americano. JAPÃO decidiu encerrar os incentivos específicos para seus microcarros urbanos – chamados lá de kei jidosha ou carros básicos, que usam motores de apenas 660 cm³, a maioria com turbo – por motivos fiscais e de distorções de mercado. Espera-se, em razão de preço, que se vendam menos veículos no país. Dessa forma, o Brasil chegaria à terceira posição no ranking mundial mais cedo. PESQUISA feita nos EUA aponta que o advento da internet e as facilidades de pesquisas de modelos e preços levaram os compradores a visitar menos concessionárias antes de fechar o negócio. Antes até seis lojas eram percorridas e agora, no máximo, duas.


28 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 25 A 31 DE JULHO DE 2014 CRÔNICA

Candidatos de fichas imundas JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS jalm22@ig.com.br

P

elo que já temos observado, lido e ouvido, em todo mundo, não existe um só país com uma Legislação Eleitoral mais insegura, mais volátil, mais complexa e mais cheia de improvisos, do que o Brasil. Aqui se brinca de legislar e todos os dias aparecem novos decretos, novas resoluções e novas decisões, tanto para os partidos políticos, como para as coligações. As pesquisas eleitorais e os prazos são mudados a cada dois anos. As regras são modificadas e elas se preocupam mais com as quantidades, do que com as qualidades das leis. Não existem manuais para orienta-

ções genéricas, destinadas aos eleitores e, as únicas coisas que ensinam, é como a pessoa deve apertar a tecla para dar seu voto. Mesmo assim, não explicam aos eleitores mais ignorantes como eles devem votar, mesmo que eles sejam analfabetos “de pai e mãe”. Falam muito em “festa da democracia”, porque as eleições são, realmente, uma festa de compra de votos, de mentiras, de promessas e de fingimentos. Dizem que é proibido pregar cartazes e faixas com as propagandas dos candidatos, porém os carrões dos candidatos ricos são os primeiros a fazerem suas encomendas de panfletos e santinhos para burlarem as leis. Em termos de exigências para os candidatos, as leis eleitorais, são verdadeiras “mamães dôlores”. As “improbidades administrativas” são faladas, todavia, os candidatos

“deitam e rolam”, quando zombado das palavras bonitas dos nossos dicionários. A legislação eleitoral no Brasil está patinando, pois ainda não existem manuais que mostrem como votar bem, neste ou naquele candidato. Ora, dentro de dois meses estaremos testemunhando mais uma eleição, mas o TSE ainda não divulgou, oficialmente, quem são os candidatos de “fichas sujas”, ou melhor, de “fichas imundas”. Como sempre aconteceu em outras eleições, o poderoso TSE vai dizer que não deu tempo para os julgamentos, ficando tudo para as futuras eleições. No Brasil é assim mesmo! Vamos apostar como isso vai acontecer? As eleições estão sendo disputadas por muitos candidatos que não sabem o que é caráter, vergonha, moral e decência. Por sua vez, nas eleições, o dinheiro será o principal motivo para escolhas más ou

para julgamentos imorais. Vamos para a realidade das urnas, sabendo que certos candidatos estão com cinco, sete 10 ou 12 processos para ainda serem julgados; que os que roubaram o dinheiro da merenda escolar serão os mais bem votados; que o dinheiro dos milhões surrupiados dos cofres públicos jamais serão recuperados; que continuarão arquivados os processos de “improbidades administrativas”, que ficarão tudo para “depois das eleições”; que vamos continuar sendo o país onde “a impunidade vai dar de 7 a 1” nas nossas eleições”. Vamos Brasil, amarrem suas chuteiras que, o jogo agora vai começar!!!!!!!!!!! Em tempo – O médico dr. Isaac Nascimento declarou ser meu leitor, semanalmente. Fiquei satisfeito com a declaração desse meu primo!!!


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ABCDOINTERIOR robertobaiabarros@hotmail.com

Reunião com médicos

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omo parte do programa “Queremos ouvir você”, o candidato a vice-governador Luciano Barbosa (PMDB), pela coligação “Com o povo para Alagoas mudar”, esteve reunido, na noite de terça-feira (22), na sede da Unimed Metropolitana do Agreste, em Arapiraca, com profissionais das mais variadas especializações da área médica na região.

Plano de governo A convite do presidente da Unimed Região Metropolitana e diretor-financeiro da Unicred/AL, médico Lenildo Amorim, o candidato a vice-governador Luciano Barbosa apresentou as bases principais do plano de governo, destacando a participação popular na elaboração de propostas para o enfrentamento dos problemas que atualmente dificultam o desenvolvimento de Alagoas.

Novo modelo Luciano Barbosa também mostrou as alternativas de um novo modelo de gestão para oferecer melhor qualidade de vida à população. Barbosa revelou que juntamente com o candidato a governador Renan Filho (PMDB) percorre todas as regiões para ouvir as sugestões de todos os setores da sociedade alagoana. “Desde o ano passado que iniciamos um levantamento de dados, a fim de traçarmos o diagnóstico dos principais problemas de cada município e região, mas é preciso continuarmos ouvindo as pessoas, de modo que possamos ampliar ainda mais participação da sociedade na elaboração desse plano de governo”, lembrou Luciano Barbosa.

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Falta tudo “Foram gastos quase 300 mil reais com bandas no carnaval, enquanto faltam coisas que não podem faltar para o povo a exemplo de médicos, remédios controlados para de pressão, diabetes e para os usuários do Caps, merendas, transportes para doentes e estudantes, estradas, dentre outras produtos básicos no município”, completou o vereador.

Áreas prioritárias

“Prefeito papagaio”

Passado limpo

Ainda durante o encontro, os médicos realizaram uma sabatina com o candidato, que respondeu a todas as perguntas, sobretudo acerca do fortalecimento das áreas de educação, saúde e segurança pública em Alagoas. “Pretendemos criar polos regionais de desenvolvimento, respeitando as potencialidades locais, incluindo nesse caso a descentralização dos serviços de saúde e a valorização profissional, com reflexos diretos na qualidade do atendimento nas áreas de atenção básica e, também, nos casos de média e alta complexidade”, acrescentou.

Messias revelou que o ex-prefeito Neiwton Silva deixou nos cofres da municipalidade R$ 1,1 mi e ele dobrou para R$ 2,2 mi. “Eu quero saber onde está o dinheiro do Município? Ele até agora não fez nada. A única coisa que fez foi melar os grupos escolares de verde. Por isso o povo o está chamando de ‘prefeito papagaio’. Cadê os transportes pra trazer o povo dos povoados pra feira? Cadê as estradas que ele disse que ia fazer com as máquinas da Prefeitura? Cadê os médicos, remédios, a casa de apoio em Maceió para acomodar os pacientes? A merenda escolar, que ele disse na campanha que não ia faltar? Onde estar o di-nheiro da taxa de iluminação pública que o povo paga, se as ruas estão às escuras? Ele tem que pagar as promessas mentirosas que fez ao povo”, cobrou o vereador.

“Entendo que Arapiraca não pode continuar sem um deputado federal e apoio Rogério Teófilo pelo seu passado limpo e pelo que fez por Arapiraca quando deputado federal”, explicou, acrescentando que grandes obras em Arapiraca foram executadas graças a recursos que Rogério enviou para o município.

Desceu a lenha Manoel Messias e Valdy Idalino, vereadores por Igreja Nova - cidade localizada no Baixo São Francisco alagoano e distante 163 quilômetros de Maceió, foram entrevistados recentemente na rádio Triunfo FM, no programa “Igreja Nova é Notícia Especial”, pelo polêmico radialista Atiliano João de Deus. De cara, o vereador Manoel Messias disse que o prefeito José Augusto não sabe administrar e o chamou de mentiroso.

“Mentiroso é ele” “Ele me chamou de mentiroso na rádio de Penedo quando uma mu-lher estava pedindo ajuda pra fazer um exame. Mentiroso é ele. E posso provar: estou com documento-bomba do Conselho da Saúde o denunciando ao Ministério Público. Ele fica dizendo que não tem dinheiro, mas eu sei por que não tem dinheiro. E um dos motivos é a folha de pagamento que está igual um sapo, inchada”, desabafou o vereador.

Parou no tempo O vereador Valdy Idalino disse, por sua vez, que “infelizmente o município parou no tempo, porque o prefeito Augusto não saber administrar, entregou a Prefeitura para pessoas que não tem nada a ver com o município”. Segundo o vereador, todo dinheiro da cidade está sendo levado para fora.

Está com Rogério O vereador Tarcizo Freire (PSD), candidato a deputado estadual, reuniu cerca de 50 lideranças políticas, na segunda, dia 21, incluindo pelo menos 30 suplentes de vereador e anunciou que vai apoiar o ex-secretário de Articulação do Estado, Rogério Teófilo (PSDB), para candidato a deputado federal e que marchará com o PSDB para o Governo.

PELO INTERIOR ... A informação é do colunista social e promoter Harold Marques: “Mais um atrativo para o Arapiraca Garden Shopping. Com inauguração marcada para o dia 29 de julho, o Restaurante Ferreiro Grill dos franqueados Warner Barbosa e Amadeu Dias. ... De acordo com Harold, o Ferreiro Grill tem referência nacional com pratos assinados pelo renomado “chef” Hugo Provout ”. O que mais funciona é um menu adaptado ao gosto de cada região. Com sabores e ingredientes que as pessoas tenham alguma preferência, e sabendo trabalhar bem os grupos alimentares, de forma bem dosada e saudável. ... “É, sem dúvida, mais uma opção para o arapiraquense”, observou. ... O olhar atento para os que mais precisam. É com este viés que trabalha a Prefeitura de Arapiraca, sobretudo no âmbito da saúde. Além do novo carregamento de medicamentos avaliado em R$ 200 mil que chegou esta semana, o município em breve receberá 10 Unidades de Básicas de Saúde (UBS). ... De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Alagoas foi um dos seis estados que mais investiu em Saúde no país em 2013 e a cidade de Arapiraca ajudou bastante no alcance desta posição na lista. ... Desenvolvendo sempre ações em instituições da Rede Municipal de Ensino, capacitando seus técnicos e profissionais e focando na aquisição de remédios – até o mês passado foram adquiridos mais 270 tipos de medicamentos com o montante de mais de R$ 4 milhões –, a Secretaria Municipal de Saúde tem trabalhado bastante na melhoria de vida dos cidadãos arapiraquenses. ... Com o empenho da prefeita Celia Rocha, no início do ano foram anunciadas várias obras de infraestrutura no município e 10 UBS estavam em pauta. ... Desta forma, em parceria com a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Semov), a construção destes locais que oferecerão assistência à população começaram com afinco. ... Prova disso é o andamento acelerado das UBS Vila Capim, Vila Aparecida, Canaã, Bom Jardim, Poção e Massaranduba, todas já em fase de alvenaria. ... A todos, um excelente final de semana cheio de paz e saúde. Até a próxima edição. Fui!!!!!!!


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REPÓRTERECONÔMICO JAIR PIMENTEL - jornalista.jairpimentel@gmail.com

Endividamento, como sair dele!

A

s pesquisas comprovam: o brasileiro vem se endividando cada vez mais, diante de tanta facilidade que bancos, financeiras e lojas, proporcionam. Isso aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, até que “a bomba explodiu”, em 2008, provocando uma das maiores crises econômicas mundiais, com a falência de bancos e consequentemente de milhares de pessoas. Começou com a dívida gigantesca dos empréstimos imobiliários, que provocaram a quebradeira dos bancos, reduzindo a produção e aumentando o desemprego. Quem se encontra na “lista negra”, com o crédito cortado e sem condições de pagar, só existe mesmo um caminho: negociar. É procurar o credor, conversar com ele, pedir redução ou mesmo perdão de juros e multas, ir pagando aos poucos, até quitar tudo e jurar nunca mais se endividar. Se continuar “empurrando com a barriga” esse débito, alegando que “devo não nego, pago quando puder”, é porque não quer pagar. É um vigarista em potencial.

Orçamento Venho sempre “batendo na mesma tecla”. Não se endivide. Viva de acordo com o que ganha e faça um orçamento doméstico, reduzindo as despesas, pagando em dia suas contas e ainda seprando algum dinheiro para uma reserva financeira, que é uma caderneta de poupança. Se você depositar todos os meses um valor referente a 10% do salário, vai conseguir formar essa poupança, para sacar quando realmente precisar.

Seu bolso A inflação que serve para você, é a do seu bolso. A que o governo anuncia todos os meses, vale somente para ele, enganar a população. Os preços sobem constantemente nos supermercados, mercadinhos, feiras livres. Mas a dica é pesquisar preços. Existe uma concorrência muito grande entre os pontos de venda. Visite todos e só compre no que tiver um preço mais baixo. Esqueça as promoções. É tudo propaganda enganosa.

Caminho certo Nada mais prazeroso do que pagar suas contas no prazo certo e claro, de acordo com o que se ganha. Procure seguir à risca, seu orçamento doméstico, fechando o balancete mensal e o do final do ano, ter a certeza de que foi superavitário. Faça como qualquer empresa: Minimize os custos e maximine os lucros. É um ensinamento que as faculdades de Economia ensinam aos alunos. Mas não precisa ser um economista para fazer isso. É uma prática milenar, economicamente correta.

Cartão Jamais use o cartão de crédito para comprar alimentos a prazo. A loja diz que não tem juros. Mas tem! Tudo é “embutido no preço”. E claro que existem as multas e outras taxas. Compre só quando puder mesmo pagar o valor total da fatura, nunca amortizando. Os juros do cartão, são maiores até que os dos agiotas.


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ESPORTE

Alagoana ganha bicampeonato regional de ginástica Júlia Camerino busca patrocínio para participar do Campeonato Brasileiro MARIA SALÉSIA sallesia@hotmail.com

E

la tem apenas 11 anos, mas já coleciona inúmeros títulos e medalhas. Júlia Beatriz Camerino Miranda Santos é daquelas pessoas predestinadas que nasceram para brilhar. Desde muito pequenina se destacava no meio e com apenas 5 anos começou a praticar ginástica rítmica, mas logo deixou de lado o esporte. Para surpresa de todos, em uma apresentação na escola, durante jogos internos, a professora disse que a menina fez uma estrelinha perfeita e que deveria investir na carreira. De lá prá cá não parou mais e vem se destacando pelo Brasil afora. Desde os 9 anos, Júlia treina de segunda a sexta-feira e quando há competição estende até os finais de semana e feriado. Com pouco tempo de carreira, a ginasta contém no currículo o campeonato re-

gional de 2013, em Maceió (AL), e repetiu o feito em 2014, em João Pessoa (PB), levando o bicampeonato na categoria. Mas as conquistas não param por aí. Colecionar título é o que Júlia mais sabe fazer. Ela foi ainda campeã alagoana de 2013, Campeã dos jogos litorâneos 2013 e 7ª colocada no torneio nacional no Rio Grande do Sul, entre outros. Tanto sucesso se deve à dedicação e empenho da ginasta. Como postou em uma rede social, “a quadra é o resultado dos treinos... muitas vitórias virão. Prepare o coração que isso é só o começo”, previu Júlia ao mencionar a treinadora Isabella Menezes como sua grande incentivadora. Apesar da pouca idade, Júlia leva o esporte a sério e busca cada vez mais se aperfeiçoar. Prova disso é que no ano passado participou de cursos com treinadoras búlgaras em Joinvile

Júlia Beatriz Camerino em dia de competição. Ao lado, no pódio, comemorando o 1º lugar com a mãe Carlinda e o pai Jorge

e Florianópolis (SC) e este ano em Maceió. EM BUSCA DE PATROCÍNIO Dos dias 25 a 30 de agosto, Júlia vai participar do Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica, em Belo Horizonte (MG). Como se trata de um esporte que exige bastante recurso, a atleta busca patrocínio para garantir sua ida à competição. “A despesa é grande. Até já

tentamos patrocínio, mas não conseguimos. A cada competição a gente tem mais vontade de investir, por isso, toda ajuda será bem vinda”, disse Carlinda Camerino, mãe e fã número 1 de Júlia. Carlinda destaca a dedicação e o apoio que a filha recebe da técnica Isabelle Menezes a quem classifica como uma mãe. Segundo ela, a treinadora não mede esforço a ponto de alugar espaço para os treinamentos. Tam-

bém leva em consideração o apoio que o Cesmac oferece ao ceder o espaço para os treinos, além do colégio Maria Montessori, onde Júlia estuda, que ajuda nas despesas. Vale ressaltar que ao chegar a competição tudo muda na rotina de Júlia. Ela se transforma, vira a número 1 da ginástica rítmica regional e encanta não apenas pela graciosidade de suas apresentações, mas principalmente pelo espírito competitivo. Não é à toa que com este quadro de medalhas e títulos conquistados pela atleta, a ginástica rítmica de Alagoas aos poucos mostra sua força e a garantia de que terá muitos frutos a serem colhidos em um futuro muito próximo. E Júlia Beatriz Camerino é esta aposta.


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