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MARCO ZERO

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MARCO ZERO

Curitiba, agosto de 2011

Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Facinter • Ano III • Número13 • Curitiba, agosto de 2011

Andanças pelo Brasil

Arquivo pessoal

Você usa fones de ouvido?

Claudia Bilobran

Um bate papo com o urbenauta brasileiro, Eduardo Fenianos (p. 3)

O Rio Belém pede socorro Hamilton Júnior

Sabia como está a situação do rio que corta cidade de Curitiba (p. 4)

Para comer com os olhos Os cafés estão por todo o centro da cidade, oferecendo uma grande variedade de receitas deliciosas (p. 10)

Eles são os companheiros de muitas horas, seja durante as viagens, passeios ou nos momentos de lazer. Mas a má utilização pode trazer males à saúde de quem usa. (p. 6 e 7)


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EDITORIAL

Ao leitor Nesta edição, o jornal Marco Zero trata de temas como a poluição intensa do Rio Belém, por conta dos esgotos clandestinos e da falta de conscientização por parte da população que mora nas proximidades do Belém. E mostra como o rio “pede” ajuda para poder se recuperar. O Marco Zero foi às ruas do centro da cidade e constatou que é preciso muita calma ao trafegar no local, principalmente nos horários de rush. Com o aumento do número de veículos nas ruas, o trânsito fica praticamente parado em alguns pontos do centro, o que requer do motorista muita paciência. E já que não há nada melhor para amenizar o estresse do que um bom café, o Marco Zero saiu à procura de lugares aconchegantes e de qualidade para indicar aos leitores. Não faltam opções. Veja na matéria sobre “Cafés, sabores e memórias”. Também nesta edição, nossos repórteres investigaram os males que o fone de ouvido causa e descobriram que muitos jovens já têm problemas auditivos causados pelo uso dos fones. Aproveitando a deixa, leia uma crônica irreverente de Alexsandro Teixeira, que fulmina os DJs de ônibus com seus funks e raps que nem todos os passageiros gostam de ouvir. Estas e outras matérias estão esperando por você. Boa Leitura!

Expediente O jornal Marco Zero é uma publicação feita pelos alunos do Curso de Jornalismo da Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter) Coordenador do Curso de Jornalismo: Tomás Eon Barreiros Professores Responsáveis: Roberto Nicolato Tomás Barreiros * O jornal Marco Zero obteve o 1º lugar na categoria jornal-laboratório no 16º Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná Diagramação: André Halmata (7º período) Gabriel Sestrem (7º período) Facinter: Rua do Rosário, 147 CEP 80010-110 • Curitiba-PR E-mail: assessoriajr@grupouninter.com.br Telefones: 2102-7953 e 2102-7954.

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ARTIGO

Curitiba, agosto de 2011

Boca no trombone!

A internet comanda as grandes marchas com o devido zelo. Se há uma questão que deve ser encarada com seriedade nisso Cada vez mais, o Brasil vem tudo, é o fato de esses movimenmostrando que, além de ser um país tos estarem cada vez mais unidos e democrático, em desenvolvimento com isso muitos mais fortes em seus com economia estável, possui uma objetivos. A internet e as redes soforte vocação para ser uma nação ciais são ferramentas decisivas para moderna ao tratar assuntos internos convocar essas marchas de forma com aspirações globais e com trans- organizada e pacífica. No norte da parência e responsabilidade social. África, países inteiros são mobilizaO Supremo Tribunal Federal (STF) dos para marchas e protestos, lá por liberou, no início do mês de julho, motivos políticos bem mais complea chamada “Marcha da Maconha”, xos, mas não menos importantes. movimento que organiza passeatas O Brasil tem muito a aprender com pelo Brasil a favor da descriminali- outras nações, mas também pode zação das drogas, como já ocorre ser exemplo de democracia em exem outros países. pansão, com valores bem definidos Ocorre que durante o ano e respeitados. todo acontecem passeatas pelas Por isso, é bom que pencapitais brasileiras, assim como nos semos, um dia, em como seria se demais países, organizássemos “Pensemos em como seria como a Parada uma marcha de Gay, a Marcha da se organizássemos uma forma pacífica e Liberdade, a Mar- marcha de forma pacífica objetiva contra a cha para Jesus e corrupção neste e objetiva contra a a “Marcha das Vapaís. Aliás, uma corrupção neste país” dias”, que surgiu não, tantas quanna Europa neste tas fossem necesano e se alastrou pelo mundo. Isso sárias. Começando com um simples cada vez mais toma corpo pelas gesto – com respeito e coragem grandes praças dos países desen- para enfrentar organizações e prátivolvidos e vem crescendo a cada cas ideológicas arcaicas e opressoano no Brasil. Deve-se levar em ras –, como a Marcha da Maconha, conta o fenômeno da internet e as que rompeu o véu da hipocrisia que redes sociais, ferramentas essen- infelizmente impera em muitos seciais para mobilização de grandes tores da sociedade, o Brasil pode grupos nesses eventos. ser um país ainda mais justo com Recentemente, o ex-presi- seus cidadãos. Basta que acordedente Fernando Henrique Cardoso, mos para a realidade, que busqueque sempre admitiu publicamente mos a união e saibamos usufruir ser a favor da descriminalização das novas tecnologias como ferradas drogas, saiu em palestras pela menta para mobilização e difusão liberação da maconha. Realmente, de novas ideias e valores. o Brasil tem dados muitos passos O Brasil é muito grande e rumo ao um futuro mais democrá- acolhe bem novas ideias. Está na tico e também socialmente mais hora de o povo se unir e pensar responsável em relação a ques- também em mudanças, em reforma tões polêmicas e velhos tabus. política, em distribuição de renda e O que é estranho, nesse caso, é na tão sonhada Reforma Agrária. O que, quando ocupava a Presidên- dia em que o pessoal do campo diacia da República, Fernando Henri- logar com o pessoal das cidades, o que nunca tenha tratado o assunto Brasil não será mais o mesmo. Eliseu de Oliveira

Qual a sua opinião sobre o Centro da cidade? Juliana Morelli “Deveria ter um caixa 24 horas na região central, pois os que têm na Rua XV só funcionam até as 22 horas”. Tania Mara Silva, 33 anos, professora. “Deveria ter mais policiais fazendo a ronda na Rua XV à noite, para garantir a segurança dos estabelecimentos e também para evitar o desperdício de água diário que é usado para lavar a calçada próxima do bondinho. Os andarilhos urinam lá, e o mau cheiro é insuportável”. Luciane Vieira Soares, 29 anos, atendente do Café Metropolis. “Eu gosto muito da Rua XV, saio à noite no calçadão e nunca fui assaltada”. Mara dos Santos, 40 anos, gerente do Café Avenida. “O dia inteiro vejo pessoas se drogando na Praça Osório. Falta policiamento aqui no centro”. Emilin Navarro, 17 anos, caixa do Café da Boca. “O negócio é que falta segurança. No ano passado, aqui na feirinha, tinha mais policiamento que neste ano. Neste ano, estamos sem segurança, teve uma briga aqui e não tinha nenhum policial para controlar a situação”. Neia Aparecida Pereira, 35 anos, vendedora autônoma em barraca de artesanatos na feira da Praça Osório. “Falta policiamento na noite na Rua XV. À noite, os clientes deixam de vir após as 18 horas porque sentem medo. Nós mantemos a confeitaria aberta até as 23 horas e vemos as barbaridades que acontecem por aqui”. Manoel Garcia, 76 anos, gerente e confeiteiro.


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PERFIL

Eduardo Fenianos, o urbenauta O jornalista-viajante fala sobre Curitiba e sua cidade-gêmea, suas andanças pelo país, a opção das pessoas em viajar para o exterior e não pelo Brasil e outros assuntos a partir das suas experiências Arquivo pessoal

Eliaquim Junior

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jornalista Eduardo Fenianos, mais conhecido como urbenauta, voltou recentemente de uma viagem em que percorreu todas as capitais do Brasil. Nessas andanças, vale destacar, ele comeu e dormiu nas casas dos moradores. Todas as curiosidades dessa incrível jornada se transformou numa novela de cem capítulos que começou a ser publicada no seu twitter (@urbenauta) no mês de julho. Todos os causos, as dificuldades, os desafios, as peculiaridades de cada região, o encontro com pessoas e culturas diferentes está nessa tweet novel. Veja a seguir um exemplo de um tweet sobre a viagem: “Depois de dez tentativas, consegui um lugar. Vou dormir na casa de um frentista. Mas tem que esperar. Ele sai às 23h. Que ñ desista.” O urbenauta “nasceu” em 1995, quando, em uma entrevista, o jornalista se deparou com um homem que se gabava de conhecer todo o mundo, porém, mal conhecia o vizinho da frente. A partir daí, Eduardo resolveu viajar pela cidade onde morava, Curitiba foi a primeira. “As pessoas não conhecem a cidade onde elas moram, por isso criei o urbenauta”, explica.

dinheiro para a hospedagem, então, comecei a dormir nas casas dos moradores”, conta. E foi assim que nasceu esse novo padrão de viagem adotado pelo urbenauta. Fenianos relembra algo inesquecível: “A parte mais incrível é que vi a cidade não pela visão de um livro, ou da TV, mas pelo morador que vive na região”.

Criando urbenautas

Será que Fenianos não pensa em capacitar pessoas para se tornarem os “urbenautinhas” num futuro próximo? Ele já fez essa experiência com alunos da oitava série de uma escola de Curitiba. Os alunos, no Fenianos: “Esse padrão de viagem, comendo e dormindo nas casas dos moradores, nasceu em Curitiba” seu dia de urbenautas, saíram da sala letivo com vias exclusivas para os mais urbenautas e menos internau- de aula e foram para a rua descobrir ônibus, ambas têm 26 parques que tas. Conforme o viajante, devemos a geografia do bairro, os recursos foram transformados em áreas de conhecer mais o lugar em que vive- ambientais que existiam (ou não) ali, lazer, as duas têm sistema de coleta mos, explorando-o pessoalmente, como árvores e rios, pesquisar a hisseletiva. Curitiba tem duas ou três porque nem os mapas são confiáveis, tória da região. Fenianos conta um favelas, e... surpresa! Goiânia não inclusive o de Curitiba. “Chegou ao fato emocionante ocorrido nesse dia: tem. Eduardo questiona: “Por que ponto de nós vendermos mapas “Fizemos esse trabalho numa área Curitiba é exemplo de capital orga- para Curitiba, que é tida como uma que tinha o maior grau de depredanizada, e Goiânia não é conhecida cidade referência, urbanisticamente, ção do patrimônio público. Entre os por isso?” Fenianos fez essa pergun- mas encontrei 800 erros no mapa da alunos, o cara mais “maloqueiro” da ta ao prefeito da capital goiana, e ele cidade. Nós publicamos livros, e to- classe chegou a chorar porque desrespondeu em uma só palavra: ma- dos nossos mapas são corrigidos”, cobriu, após uma entrevista que fez rketing. É, Curitiba faz marketing, afirma. Como ele faz isso? Andando com seu avô, que ele tinha ajudado a na rua, ora essa. “Corrigimos até o carregar a manilha para passar o esGoiânia não. Google. Pesquisamos e usamos refe- goto. Então o menino se deu conta rências bibliográficas, mas vamos ao de que estava destruindo o que sua Visão limitada mundo real também. As pessoas não família havia construído”. Autodidata em antropologia e Curitiba imperfeita Mas o maior sonho de Feniaviajam porque ficaram preguiçosas, Sua visão de Curitiba, depois de psicologia social, Eduardo se preoé porque a mídia fala que o Brasil é nos é criar um urbenauta em cada conhecer todas as capitais do Brasil, cupa com a visão limitada e alterada cidade do país, nos 5.565 municíperigoso”, argumenta. certamente agora é diferente de qual- veiculada na mídia sobre as cidades pios. “Não sou mais eu. Se a gente quer morador da capital paranaense. O do Brasil. “A mídia nos dá uma viconhecer o lugar que mora, cuidareurbenauta ressalta que Curitiba é sen- são distorcida: Salvador é só axé, Rio Os quatro botes mos desse lugar. Isso é crescimento Esse padrão de viagem, cosacional e bem organizada e tem um de Janeiro é violência, e São Paulo se sustentável, temos que usar a cidade ótimo planejamento urbano. Quanto resume a congestionamentos. Isso mendo e dormindo nas casas dos como sala de aula”. afasta as pessoas de sua moradores de cada cidade, nasceu ao povo, é fechado, tímido. “Do ponto de vista Curitiba tem duas realidade. Viajei por 120 em Curitiba, na sua primeira expediArquivo pessoal ambiental, Curitiba não ou três favelas, e... dias dentro de São Paulo ção pela cidade. Com o lema “antes é perfeita, todos seus surpresa! Goiânia e ainda estou vivo”, alega de começar a rodar o mundo, dê três o urbenauta. voltas ao redor de sua casa”, que rios estão poluídos, e no não tem Para o jornalista, ele pegou emprestado de filósofos trânsito não há educação. Em Boa Vista, capital de Roraima, a a falta de incentivo e divulgação é gregos, Fenianos pediu alguns bopopulação é mais educada que aqui, uma das razões que explica o fato de tes para o corpo de bombeiros, pois porque lá não existem semáforos, os o brasileiro não conhecer seu pró- queria navegar pelos rios poluídos veículos param nas faixas e deixam os prio país. Ele ainda critica o povo da capital e ter assim um novo ponbrasileiro por não se valorizar, pre- to de vista da cidade. Mas algo inespedestres atravessarem”, compara. Eduardo diz que Curitiba tem ferir viajar para lugares longínquos perado aconteceu. “Furei os quatro botes. Daí, uma cidade “gêmea”, Goiânia. As a percorrer seu próprio país. Para o duas têm sistemas de transporte co- jornalista, o mundo hoje deveria ter tive que pagar os botes e fiquei sem Entrevistando pescador em Fernando de Noronha


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Curitiba, agosto de 2011

MEIO AMBIENTE

O Rio Belém pede socorro

Segundo especialistas, principais problemas são a poluição e as ligações clandestinas de esgoto Hamilton Zambiancki

André Vinicius Bezerra Edno Pereira Júnior

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uem mora na cidade de Curitiba e nunca ouviu falar no Rio ou Canal Belém? É difícil que isso ocorra. O rio, que começa no bairro Cachoeira e deságua no Parque Náutico do Boqueirão, tem 21 km de extensão e passa por 15 bairros da cidade, entre eles, Prado Velho, Centro Cívico, Centro, Uberaba e Hauer. Ao longo desse percurso, o canal cruza áreas onde estão instalados monumentos e pontos turísticos do município, como Jardim Botânico, Ópera de Arame e Parque São Lourenço, entre Sem medidas efetivas de proteção, o Rio Belém se transformou num canal de esgoto outros, sendo visível ou não. Um problema que assola, não despoluí-lo por meio de um proces- contribui com a má conservação do somente o Belém, mas praticamente so de tratamento da água dentro do rio é a poluição difusa: “São pequenos todos os córregos e rios da cidade, é próprio leito. Com isso, será possível pedaços de pneu, casquinhas de pintua poluição. Ainda há casos de ligações eliminar 99% dos coliformes fecais, ras, pó de pastilhas de freio... Imagine irregulares de esgoto que caem direta- 98% da carga de fósforo (poluente), tudo isso, de toda a cidade, acumulado mente nele. Segundo pesquisa feita por 97% de metais pesados e 92% da tur- e transportado pela chuva. Vai direto um grupo que busca a revitalização do bidez presentes na água. para o leito do rio. Sem contar que, Rio Belém, a bacia do rio é a maior Segundo o ambientalista César logo na nascente, os produtores rurais de Curitiba em número de ligações de Paes Leme, presidente da Associa- usam muito agrotóxicos, o que tamágua e de esgoto, ção dos Amigos bém é prejudicial”. “O importante é descobrir mas há pelo menos dos Moradores O presidente da AMA fala ain12,7 mil ligações irdo São Lourenço da sobre as iniciativas de conscienticomo a sujeira chegou, regulares. (AMA), a revi- zação: “Organizamos concursos de os responsáveis e Os muitos talização do Rio hortas mais bonitas, palestras em esporque ela está ali”. moradores que reBelém poderá ser colas, caminhadas, passeios ciclísticos, Cesar Paes Leme, ambientalista sidem às margens feita a partir do reposição de mata ciliar, que evita o do canal não condiagnóstico de assoreamento”. Existe dificuldade, tam com rede de esgoto e não são poluição. “O importante é descobrir conforme Paes Leme, com pessoas educados a não jogarem lixo, o que como a sujeira chegou, os responsá- mais velhas. “É mais fácil trabalhar faz com que o rio fique mais sujo e veis e porque ela está ali”. com pessoas na faixa dos 20 anos”, acabe transbordando em época de De acordo com César Paes comenta. Mesmo assim, os resultados muitas chuvas. Leme, a poluição que aflige o Rio Be- vêm aparecendo. “Dos últimos anos O grupo sugere seis soluções vi- lém é histórica. “Desde a fundação de para cá, mais pessoas têm aderido à áveis para despoluir o rio. São elas: Ex- Curitiba, o Rio Ivo era usado para co- causa. Tanto empresas quanto pessoas pandir a rede de esgoto para 100% das letar água, e o Belém, para despejo de tem demonstrado preocupação com o casas; combater as ligações de esgoto esgoto. Ao longo dos anos, o Ivo tam- ambiente. Às vezes, os próprios clienclandestinas, pois em várias casas as li- bém se poluiu”, esclarece o ambienta- tes querem saber se o produto respeigações do esgoto estão nas galerias de lista, informando que outro fator que ta a natureza”, completa Cesar Paes Hamilton Zambiancki águas da chuva; envolver a população no projeto de revitalização; resgatar a identidade da população com o Belém; revalorizar o rio com obras paisagísticas para torná-lo um local aprazível de se frequentar, com praças, bosques e jardinetes; implantar sistemas de contenção de enxurradas e de reservatórios para conter a água da chuva em residências e prédios e tratar a água poluída dentro do próprio rio. Se a poluição continuar a chegar ao Rio Belém, ainda é possível Esgoto cai diretamente no Rio Belém, em seu cruzamento com a Rua Brasílio Itiberê

Mau cheiro nos parques

O Parque São Lourenço, um dos dos pontos de desembocadura do Rio Belém, é frequentado como opção turística e por ter “academias ao ar livre”. Em uma delas, o aposentado Rodolfo Zsbuinovicz, de 66 anos, comentou suas impressões a respeito do Rio Belém: “De dez anos para cá, melhorou a questão do cheiro, que era muito ruim. Sobre a conscientização, acho tem que partir tanto da população quanto do governo”, diz ele, com a experiência de quem mora há 40 anos em Curitiba. Na entrada do parque, a pipoqueira Tereza Maria, de 72 anos, disse “ter até pena dos peixes” e que o cheiro piora quando passa muito tempo sem chover. Já no Passeio Público, localizado no Centro, a situação é diferente. Nesse parque, há um poço artesiano, sujeito à poluição, que desemboca no Belém. Mas o funcionário da Prefeitura que atua na reserva, Osmail Ferreira, garante haver um controle sobre os turistas para que o poço não se polua. “Toda a água passa por uma manutenção; esporadicamente e somente a menor parte desemboca no rio. A maioria é reaproveitada”, diz Ferreira.


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TRÂNSITO

Dirigir no centro de Curitiba exige paciência Motoristas se queixam dos engarrafamentos e do aumento do número de veículos Claudia Bilobran

Gilberto Garcia

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trânsito em Curitiba está em constante crescimento. A frota de veículos na capital hoje é de 1.210.839, entre carros, caminhões e motocicletas, conforme dados atualizados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). As facilidades de crédito para compra de carros fizeram crescer o número de motoristas nas ruas. A cada dia, está mais difícil dirigir nas principais vias da cidade. É um exercício de paciência trafegar em horários de pico nas Os motoristas precisam ter muita paciência, principalmente nos horários de pico ruas Marechal Deodoro, Silva Jardim Gustavo Silva, que trabalha há 15 anos no trânsito de Curitiba. O objetivo e Avenida Iguaçu, por exemplo. Para fazer otrajeto do centro de Curi- no centro, o trânsito vem melhorando, é melhorar a mobilidade e a acessitiba ao bairro Água Verde, cerca de exceto em algumas regiões. “É difícil bilidade em toda a região central, 5 km, um motorista leva em média trafegar em algumas ruas da cidade. que inclui as ruas Marechal Deodo35 minutos nos horários de rush. Para Nos horários em que as pessoas vão ro e Silva Jardim e a Avenida Iguaquem mora em bairros mais distan- e voltam do trabalho, chego a andar çu. Também será feita a adequação e tes, o trajeto até o centro pode passar 200 km em um só dia e tenho que ter sincronização dos semáforos para o muita paciência. Fazia entre 12 a 15 trânsito fluir melhor. Os motoristas, de uma hora. Segundo a Diretoria de Trân- viagens por dia no centro, hoje faço a alega Amorim, poderão percorrer distâncias maiores em tempos menosito de Curitiba (Diretran), vinculada metade disso,” diz. Já para o entregador de enco- res e encontrarão mais fluidez. à Urbs, a prefeitura vem trabalhando mendas Antonio Amorim informa ainda que para melhorar o “Curitiba tem mais de 1,2 Moraes, dirigir no Curitiba está inscrita no PAC da fluxo de veículos centro de Curitiba Mobilidade das grandes cidades, do nas ruas da camilhão de veículos, um não é muito difícil. Governo Federal, com o projeto da pital. Foram redos maiores índices de “Gosto das ruas primeira fase da Linha Azul, que tiradas vagas de motorização do país” Marechal Deodo- tem 14,2 quilômetros e liga a estaEstacionamento ro e Silva Jardim e ção CIC-Sul, próxima à Rua Nicola Regulamentado na Rua Visconde de Guarapuava para da Avenida Iguaçu, pois acredito que Pelanda, à Rua das Flores, no centro que o trânsito desafogue. O trânsito nessas ruas o trânsito é bom, os sina- da cidade (percorrendo 13 estaçõesestá em permanente mudança, o que leiros são sincronizados. Em alguns tubos). Esse projeto está orçado exige intervenções frequentes, acom- bairros, está mais difícil dirigir, como, em R$ 2,25 bilhões na sua primeira panhamento permanente e adequa- por exemplo, Sítio Cercado e Boquei- etapa. O PAC da Mobilidade prerão”, comenta. vê financiamentos para sistemas de ções periódicas. O assessor da diretoria do transporte sobre pneus, corredores Curitiba é uma cidade que tem Instituto de Pesquisa e Planejamen- de ônibus exclusivos e de veículos 1,7 milhão de habitantes e mais de 1,2 milhão de veículos, um dos maio- to Urbano de Curitiba (Ippuc), João leves sobre trilhos. O resultado sobre a aprovação res índices de motorização do país. Pedro Amorim, afirma que, para garantir a mobilidade segura dos curido projeto será divulgado pelo MinisA prefeitura de Curitiba apresentou proposta para o governo federal para tibanos, a Prefeitura está investindo tério das Cidades. “Antes mesmo de o início das obras do metrô para ju- nas obras do Anel Viário, que devem o metrô se tornar realidade, estamos lho próximo e aguarda definição do beneficiar milhares de motoristas e investindo na mobilidade urbana para garantir a segurança e a rapidez nos governo. “Acreditamos que isso re- usuários do trânsito. As obras estão sendo feitas em deslocamentos. Com a Linha Verde solverá grande parte dos problemas com o trânsito da capital”, afirma a parceria com o Governo Estadual, e os Ligeirões que fazem a Linha Pidiretora de trânsito da Diretran, Ro- com recursos do Fundo de Desen- nheirinho-Praça Carlos Gomes, já divolvimento Urbano (FDU). No to- minuem muito os congestionamentos sangela Batisttella. Para o motorista de táxi Luis tal, serão investidos R$ 36 milhões em várias ruas da Capital”, afirma.

Falta segurança na Praça Rui Barbosa Carlos Laertes

Encontrar pessoas em desespero em uma das principais praças de Curitiba, a praça Rui Barbosa, está se tornando comum, pois os furtos parcem fazer parte da rotina dos curitibanos. Muitas pessoas que já presenciaram práticas como essas reclamam da falta de segurança nesses pontos que são alvo dos delinguentes. O cabelereiro Lucas Barbosa faz uso todos os dias de uma das linhas de ônibus que passa pela praça Rui Barbosa e relata que já foi assaltado quatro vezes no meio da praça, tanto à noite como durante o dia. “A população não recebe a devida segurança que é proposta pelo políticos na época das campanhas eleitorais e nem mesmo aquela que sabemos que é de nosso direito”. Barbosa reclama que a falta de segurança faz com que todos andem com medo nas ruas e com muita pressa. Já o presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Centro, Mário Daher, acredita que o trabalho feito pela Polícia Militar na região tem sido “excelente”, e que os policiais têm cumprido o seu trabalho. Para ele, a situação de violência e tráfico na região central é “normal”. A Prefeitura de Curitiba alega que o policiamento da Guarda Municipal, responsável pela preservação do patrimônio público, acontece durante 24 horas por dia. No perímetro central, que inclui as praças Carlos Gomes, Rui Barbosa e Zacarias, há um efetivo de 100 guardas, além dos 22 guardas no posto avançado do Largo da Ordem. Até que haja mudanças na segurança do local, a população deve tomar cuidado nas intermediações da Praça Rui Barbosa, pois existem vários grupos de delinquentes reunidos nas proximidades, principalmente durante a noite. A julgar pelos relatos da população, há mais marginais distribuídos pela praça do que policiais.


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ESPECIAL

Um amigo inseparável que po

O fone de ouvidos se tornou nos dias de hoje, assim como o celular, um objeto indispensável no dia a dia. Ma

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Eliaquim Junior

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tualmente, sair de casa e esquecer o fone de ouvido é inadmissível. É uma situação desesperadora: “Meu Deus, esqueci o fone de ouvido e agora terei que ouvir aquelas pessoas no ônibus conversando sobre o nada. E se tiver alguma criança chorando? Pior, se tiver alguém com o celular com som alto tocando funk”. Assim como o celular, o “foninho” já é algo que faz parte de nossa rotina, quiçá até, é uma extensão de nosso corpo, parodiando Mc Luhan. A estudante Camila Camargo que o diga: “É automático, entro no ônibus e coloco o fone de ouvido. É a primeira coisa que eu faço”, revela a jovem universitária que cursa Jornalismo na Eseei. Mas vale alertar: o fone de ouvido é um vilão disfarçado de “melhor companheiro no ônibus, no trabalho ou em casa” e tem levado muitos jovens a se consultarem com o médico Alexandre Gasperin, do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia, num crescimento gradativo. “Cada vez mais, vêm jovens aqui com perda de audição causada pela pré-disposição ao barulho. Aí entra a questão de estarem trabalhando cada vez mais cedo em empresas metalúrgicas, entre outras. Somando isso ao surgimento de aparelhos como o MP3 e o Iphone, notamos que muitos jovens têm perdido a audição. Foi comprovado que um dos grandes fatores é o uso indiscriminado do fone de ouvido”, declara Gasperin. Ele completa: “Nos últimos cinco anos, aumentou de 8 a 10% a quantidade de jovens com problemas auditivos”. Conforme o especialista, o uso inadequado e prolongado do “foninho” é extremamente prejudicial à saúde dos usuários, pois o objeto é colocado diretamente no conduto auditivo, e a amplificação sonora se torna muito

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Mesmo os fones de ouvidos do tipo concha podem causar danos à audição e devem ser usados moderadamente, no máximo uma hora por dia

maior que um som ambiental. O pode continuar com o “foninho” recomendável é usar o fone no por mais de uma hora. Se algum máximo uma hora por dia e num dia você sentir um desconforto ou um zumbido após a retirada do volume bem baixo. “O quê? Não dá para usar fone, algo está errado, e você devefone de ouvido apenas uma hora rá procurar um especialista. Isso se por dia. O trajeto do meu trabalho você perceber algo, não é?! O médico Alexandre Gaspeaté minha casa dura mais que isso. Não consigo restringir o tempo de rin conta que a perda de audição ouvir música. Sou viciada nisso”, é percebida pelos familiares, não pela pessoa atingida. “São os pareplica Camila. rentes que detectam Não pense “Nos últimos cinco a perda de audição que com o fone de concha, o headfone, do usuário, porque anos, aumentou de organisas consequências 8 a 10% a quantidade nossos diminuem. Segunmos vão se adapde jovens com do Gasperin, ele é tando com a perda problemas auditivos” sim um pouco meprogressiva e lennos agressivo, mas ta e acabamos nos também tem proximidade com a adaptando. Se a pessoa está atenorelha interna e causará lesões. Ou dendo o telefone e não entende o seja, não tem jeito mesmo: se uma que falam ou está num ambiente hora por dia é pouco, ou você para com sons competitivos e não conde usar fone de ouvido ou você segue entender o que dizem, isso para de usar. Mas se você é como é sinal de perda”. Se a pessoa não a Camila, cujo amor pela música é está nesse estágio, pode continutão grande a ponto de esquecer as ar a usufruir de seu foninho, mas possíveis futuras lesões no ouvido, com moderação.

so m se qu da é da

“Comprei este celular apenas porque ele permite


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ode prejudicar a saúde

as seu uso pode trazer danos à saúde e até à vida social

Comportamento antissocial

Usar fone com moderação no mundo tão barulhento de hoje em dia? erá que não estaremos nos privando os curtos momentos de escapismo a realidade e do prazer que é escutar ua seleção de músicas preferidas no MP3 nos trajetos casa-trabalho, trabaho-faculdade e faculdade-casa? Devemos nos privar de usar o one de ouvido e ter medo de ficarmos urdos precocemente? Mesmo quando poluição sonora em tempos atuais, ormada pela junção de barulhos de arros, ruídos ambientais, máquinas muitos outros já colaboram bastante ara nossa surdez precoce? Acredito que devemos refletir obre essas questões e decidir o que melhor convier a cada um, tendo bom enso e responsabilidade. Essa última uestão foi corroborada e exemplificaa pelo médico Alexandre. “O mundo já barulhento o suficiente para causar anos na orelha. Hoje temos visto pes-

soas entre 40 e 50 anos que estão com perda de audição, isso não é normal, há mesmo muito barulho, isso tudo está influenciando”. Essas questões são apenas para forçar o pensamento, a reflexão, o propósito aqui não é respondê-las.” A temática “fone de ouvido” pode se estender além da abordagem simplista sobre os danos causados à saúde. O tema também pode ser abordado por um viés psicológico, como para caracterizar o comportamento da geração jovem, que também pode ser chamada de “Geração Foninho”, “Geração Facebook”, em resumo, a “Geração Digital”. O uso do fone de ouvido pelos jovens em locais públicos, como nos transportes coletivos, transmite mensagens que eles mesmos desconhecem. Falando sobre o uso do fone de ouvido, a psicanalista Cristina Suss, explica que os jovens de hoje já não sentem a necessidade de contato direto, face a face. “Quanto menos contato com o outro eu Eliaquim Junior

tiver, menos contato eu terei comigo. Quando você está com fones de ouvido, você não vê o outro”, adverte. É a geração do computador, acostumada com a conversa via MSN. A estudante Camila Camargo foi alertada sobre o fato de que usar o fone pode inibir um possível pretendente de se aproximar dela no ônibus. A garota ficou pensativa e disse: “Será? Acho que não, não vou encontrar pretendentes no ônibus. Vou?” É difícil avaliar a probabilidade de alguém puxar assunto com um desconhecido no no ônibus, mas, com um fone de ouvido, a probabilidade é quase zero. Cristina Suss, referindo-se à proximidade cada vez mais virtual e menos real, diz que as pessoas estão confundindo amigos com conhecidos. “Daqui a pouco, o ser humano terá nojo do outro, estamos ficando assim, quanto menos contato com o outro, melhor”, profetiza a psicanalista.

Projeto proíbe som alto nos ônibus O uso do fone de ouvido é um assunto polêmico. Se, por um lado, especialistas não recomendam seu uso, por outro lado, é comum que seja “fuzilado” com os olhos o indivíduo que dispensa o fone nos ônibus e escuta músicas em volume desrespeitoso, inclusive pelos celulares e até em caixinhas acústicas um pouco maiores que a palma da mão. Em meados do ano passado, o vereador Odilon Volkmann apresentou à Câmara Municipal um projeto de lei que proíbe som alto de aparelhos celulares e outros aparelhos de áudio nos transportes coletivos de Curitiba. “É um abuso, o trabalhador cansado não é obrigado a escutar um som alto com timbre estridente em todo o seu percurso. Não custa colocar o fone do ouvido”, argumenta o vereador. Ele alega que propôs a lei porque recebeu centenas de reclamações de usuários sobre essa situação. “Quero punir esses excessos”, justifica.

armazenar centenas de músicas para eu ouvir no ônibus”, conta a estudante Camila Camargo

Volkmann comenta que a fiscalização, caso a lei saia do papel, será feita pelo motorista do ônibus ou pela Polícia Militar. Segundo o parlamentar, “vai demorar um ou dois anos para a lei tramitar, ir ao plenário, e ainda terá que passar pela aprovação do prefeito”. Enfim, resta ter paciência e, principalmente, esperar dos “DJs do busão”, um pouquinho de bom senso e respeito.


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Qual o melhor: Xbox 360 ou PS3?

Na guerra pela concorrência, indústrias procuram colocar o usuário cada vez mais dentro do jogo Antonio Costa Junior

Antonio Costa Junior

N

a sociedade moderna, os indivíduos estão cercados pela evolução da tecnologia. Nos últimos 25 anos, o mundo pôde presenciar o progresso da ciência ao aperfeiçoar bens de consumo já existentes e criar outros tantos. A velocidade com que a tecnologia avança é tamanha que as inovações são criadas e rapidamente tornam-se obsoletas. Com a indústria dos videogames, não foi diferente. O popular Atari funcionava com definição mínima, revelando os “quadradinhos” que formavam a imagem dos jogos. Hoje, é considerado peça de museu, já que atualmente os consoles modernos são capazes de rastrear os movimentos dos jogadores, permitindo que o usuário sinta-se dentro jogo. Há 20 anos, isso era completamente surreal. Além da rapidez evolutiva, os consumidores podem escolher no mercado os produtos conforme a eficiência e o custo-benefício. A guerra pelo mercado de videogames e a concorrência entre Microsoft e Sony crescem cada vez mais. Xbox 360 e Playstation 3 (PS3) aumentam as vendas de maneira gradativa e fazem com que os consumidores tenham esses dois produtos aprimorados periodicamente, o que também permite exigir muito deles. Consumidores, vendedores e especialistas foram ouvidos a respeito dos dois consoles de ultima geração. Pode-se observar que a diferença entre ambos é pouco notável, pois, segundo os comerciantes, ambos apresentam o mesmo nível de visibilidade, o que torna as imagens próximas à realidade e oferece a possibilidade de adquirir bons jogos. Segundo a vendedora Daniela Fróis, da loja Amazing Games, o Xbox 360 é o mais vendido em sua loja por ser destravado, não exigindo jogos originais. Os jogos mais vendidos para os consoles são os de tiro em primeira pessoa, principalmente os de guerra. Para ela, o Xbox apresenta menos problemas que o Playstation 3, por suas peças serem mais baratas e de fácil acesso. Já o PS3 apresenta muitos erros no leitor de mídia, ocorrência comum e de difícil conserto.

Ricardo Ribeiro, da Eletro Mania: jogos de luta, como Mortal Kombat, e os exclusivos do PS3, como God of War e Gran Turismo, são os mais vendidos

Mesmo com esses pontos negativos Network, e desde 20 de Abril de 2011 em relação ao PS3, Daniela acredita a Playstation Network e a Sony Onque o console da Sony ainda possa se line Entertainment têm estado períomanter por mais tempo que o Xbox dos “offline” devido a uma “intromisno mercado, por ser considerado o são externa”, como resultado de uma console mais desenvolvido e, portan- invasão ilegal, comprometendo inforto, melhor adaptado às mudanças tec- mações pessoais. nológicas, como também por possuir Dentre os serviços oferecidos mais componentes exclusivos que seu pela PSN, estão: a jogabilidade multiconcorrente. Outro dado preocupan- jogador, em que um usuário pode ligar te em relação ao PS3 é quanto aos ser- até sete controladores do Playstation viços online da Playstation Networks 3 para jogabilidade local ou conectar(PSN). Desde abril, seus usuários pas- se online a muitos outros jogadores; saram a ter dificuldade para utilizá-lo, pontuação e classificação para come cogita-se a possibilidade de perda paração de jogadores; troféus recomtotal de dados online. pensados por atingir Segundo os produto- “A guerra pelo mercado objetivos em certos de videogames e a res do PS3, o mesmo jogos; presença virtual concorrência entre hacker que conseguiu em formas de avatares destravar o aparelho, e voz com vídeo e sala Microsoft e Sony permitindo a falsifica- crescem cada vez mais” de bate-papo entre joção de seus jogos, engos. Tudo isso de fortrou no sistema online e o tirou do ar, ma gratuita, basta apenas fazer o cacom todos os dados dos usuários. dastro online. A Playstation Network, geA Microsoft também disponibiralmente abreviado para PSN, é um liza uma rede semelhante, chamada de serviço de jogo multijogador online e Xbox Live, lançada em 15 de novembro fornecimento de mídia digital presta- de 2002 e posteriormente adaptada ao do e administrado pela Sony Compu- Xbox 360 e relançada em 22 de novemter Entertainment para utilização com bro de 2005, com algumas mudanças e os consoles de videogame Playstation melhoras, incluindo o novo Xbox Live 3 e Playstation Portable. Existem em Marketplace (conhecido como Mercado torno de 50 milhões de contas regis- Xbox Live no Brasil) e os novos jogos tradas mundialmente na Playstation do Xbox Live Arcade. Entretanto, para

ter acesso, o jogador precisa pagar por assinaturas trimestrais ou anuais. Os preços variam de R$ 60,00 a R$ 250,00. O vendedor e especialista Ricardo Ribeiro, da loja Eletro Mania, relata não perceber uma grande diferença em vendas entre os dois consoles. Jogos de luta, como Mortal Kombat, e os exclusivos do PS3, como God of War e Gran Turismo, são os mais vendidos. O Xbox tem uma pequena vantagem por ser mais barato e permitir jogos “piratas”. Já o Playstation 3 tem um grande problema: se o leitor estragar, ele indica que o usuário compre outro aparelho, pois o seu nunca mais será o mesmo. Ricardo ressalta o sucesso de vendas do sensor de movimentos do Xbox: “O Xbox ganhou muito com o lançamento do Kinect, foi uma grande sacada dos produtores da Microsoft. Eles uniram os gráficos excelentes do console a um sensor de movimento que capta tudo. O Kinect foi lançado perto do Natal no ano passado. Nenhuma loja mais o tinha no dia 24, pois foi um sucesso estrondoso de vendas. Mas, com esse sucesso todo do Kinect, uma coisa ainda a Microsoft pode melhorar: o DVD é uma coisa praticamente ultrapassada, eles precisam atualizar para o Blu-Ray, senão o PS3 vai engolir o Xbox 360 daqui a pouco”.


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Memórias Paranaenses

O jornalista José Wille lança série de livros de entrevistas com personalidades do Paraná Divulgação

Janiele Dalquiqui

Lucas Ortiz, adepto do XBox: “PS3 é modinha. É bonito falar que tem um, nada mais”

Consumidores se dividem quanto à melhor opção Em relação aos consumidores, a possibilita que as empresas adicionem opinião segue dividida. O estudante de mais conteúdo a um jogo. Isso sem faAdministração da PUCPR Lucas Ortiz, lar em assistir a um filme em Blu-Ray”. Segundo ele, os controles funde 18 anos, tem um Xbox 360 e opina: “O Xbox é mais barato, e o seu sistema cionam com baterias internas e não online simplesmente funciona. Ele pos- com pilhas simples, o que dá muito sui uma vastidão de conteúdo online. mais tempo de duração. “Tem vários Sem falar que hackers não podem jogar, jogos sensacionais e exclusivos da Sony, acredito que todo mundo já os nem trapacear na Live da Microsoft”. Ele diz que o controle do PS3 lhe conheça”. Girardi afirma que, devido à rotidá dor no pulso. “Já o do Xbox é mais confortável. O PS3 é grande, feio, sem na de trabalho, consegue jogar apenas jeito. Resumindo: já liguei os dois lado nos finais de semana e, por isso, passa a lado em TVs iguais, rodando jogos o dia inteiro jogando: “Sinto muita falta de jogar durante a seiguais e, simplesmente, o Xbox ganha dispara- “Ambos os consoles mana, chego tarde em do do PS3 nos gráficos garantem a satisfação de casa, cansado, e só me e velocidade. Enfim, seus usuários, tornando resta dormir. Nos finais PS3 é modinha, é bo- a diferença entre os dois de semana, pego os meus jogos favoritos e nito falar que tem um quase imperceptível” jogo até cansar”. PS3, nada mais”. A decisão de Lucas Ortiz relata que, antes de iniciar a faculdade, tinha compra depende do perfil do consumais tempo para jogar, principalmente midor, das suas preferências quanto com os amigos. Prefere os jogos de fu- aos jogos disponíveis no mercado e tebol e não se importa em jogar sozinho. de quanto ele está disposto a pagar. O “Ainda assim, eu consigo me divertir”. A preço do Xbox varia de R$ 990,00 a R$ frequência com que joga está em duas 1.400,00, e o do PS3, de R$ 1.260,00 a três vezes ao dia em média, quatro a R$ 1.600,00. A variação de preços vezes na semana e por uma hora e 30 deve-se à capacidade de memória que o videogame consegue suportar para minutos aproximadamente. Já Jean Giraldi, de 26 anos, pro- jogos online e componentes conjuntos, prietário de um Playstation 3, relata: “O comprados como “kits”. No final das contas, ambos os PS3 tem inúmeras vantagens perante o Xbox. Primeiro, obviamente, é o Blu- consoles garantem a satisfação de seus Ray, que, além de aumentar a capaci- usuários, tornando a diferença entre os dade de armazenamento dos discos, dois quase imperceptível.

A partir gravações realizadas para a televisão e para o rádio, o jornalista José Wille lançou recentemente seis livros. A série Memórias Paranaenses foi desenvolvida de 1997 ao final de 1999 e reúne 62 depoimentos de personalidades que marcaram a história do Paraná. As entrevistas foram feitas dentro do projeto Fundação Inepar e Rádio CBN-Curitiba e também apresentadas pela NET, TV Educativa e UFPR TV. Para participar do projeto, o jornalista escolheu personalidades de diferentes áreas que tivessem contribuições importantes para o Paraná e para o Brasil. Wille destaca que, dessa forma, preservou muito sobre a vida, a obra e o pensamento de cada entrevistado. “Participaram com depoimentos muitos historiadores, políticos, empresários, jornalistas, ex-governadores, profissionais, professores, incluindo quase todas as personalidades importantes da história paranaense”, conta. O formato das entrevistas é o mesmo: a história do entrevistado em ordem cronológica, com sua visão sobre a própria vida, e os momentos históricos que vivenciou. Uma entrevista que chamou muito a atenção do jornalista foi a história de Zilda Arns: “Ela foi uma médica que ficou viúva com cinco filhos e formou a todos. E, depois disso, se dedicou às crianças de todo o país e, mais tarde, com projeção internacional. Ela morreu trabalhando por essa causa. Foi um exemplo de doação integral de uma vida em benefício da humanidade”. O jornalista acredita que o projeto se tornou uma fonte de informação e pesquisa histórica sobre o Paraná, aberta à consulta da comunidade: “É possível encontrar cópias das gravações no Museu Paranaense, no Museu da Imagem e do Som e na Biblioteca Pública do Paraná”. Ele enfatiza que é um trabalho útil para quem quiser conhecer a gente do Paraná e muito de sua história e para os pesquisadores, que futuramente precisarem de mais

José Wille em uma de suas entrevistas

dados e depoimentos de personalidades que já morreram, mas deixaram os seus registros nessas entrevistas. O trabalho de Wille não para por aqui, pois ele pretende futuramente lançar outros livros da mesma série.

Sobre José Wille

Jornalista em atividade em Rádio, TV e jornal desde 1983, José Wille Scholz Sobrinho foi professor do curso de Jornalismo da UFPR, repórter, diretor de jornalismo e apresentador em várias redes: Bandeirantes, Globo, Manchete, CBN e Rádio Globo no Paraná. Atualmente, dirige o jornalismo e é âncora da Rádio CBN Curitiba, é âncora do telejornal Band Cidade e produz e apresenta o programa de economia EneBusiness, exibido na TVA, na NET e na Band. Também coordena a programação da UFPR TV e dirige a JWS Comunicação, especializada em palestras e treinamentos corporativos nas áreas de Comunicação, Produção

A série de livros reproduz entrevistas com diversas personalidades da vida paranaense


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MARCO ZERO

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CULTURA

Cafés, sabores e memórias Divulgação/Casa Lilás

Divulgação/Casa Lilás

Natali Carlini e Suzayne Machado

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uritiba, principalmente no inverno, deixa transparecer o seu lado europeu. Aquele friozinho típico, as roupas pesadas, o romantismo dessa época são fatores específicos do clima que levam muitas pessoas a procurarem um bom café para saborear. Com o aumento do número e da qualidade dos cafés do centro, a variedade e o requinte são percebidos nas receitas. O Marco Zero selecionou alguns estabelecimentos para apreciar e levar um pouco de cada um deles ao leitor. Começando pelo centro histórico da cidade, encontra-se a Casa Lilás. Inicialmente, o espaço era um atelier que oferecia cursos de artesanato local e acabou se transformando em restaurante e café. Localizado no Largo da Ordem, é um ponto de gastronomia bastante procurado por turistas e moradores da região. A Casa Lilás se destaca por propiciar aos fregueses um espaço para leitura e arte, contando com frequentadores assíduos que procuram conforto e tranquilidade. Oferece um dos pratos típicos do Paraná, o famosíssimo Barreado. Como sobremesa, é impossível deixar o local sem experimentar um doce considerado “carro chefe” da casa, o bolo de chocolate, que só de ver já dá água na boca. Além do aconchegante espaço interno, a casa conta com um belo jardim, cujos frequentadores podem utiliDivulgação/Casa Lilás

O atraente bolo de chocolate da Casa Lilás

O barreado, mais famoso entre os pratos típicos paranaenses, oriundo do litoral, é oferecido no almoço

zar para almoços ou cafés. revista Veja como melhor café de Outro estabelecimento Curitiba. reHá 11 anos no mercado, comendado e conhecido é o Café conquistou seu espaço na gastronoAvenida, que está no mercado mia há curitibana. mais de 30 anos. O prédio onde está Chegando à Praça Osório, instalado é considerado um monupara quem procura um lugar informento histórico da cidade e fica mal, na é indicado o Café Boca MaldiBoca Maldita, palco de encontrota, dehá 20 anos no mercado, que leva políticos, advogados e empresários. como diferenciais o atendimento e Os diferenciais do estabelecimento a qualidade, além da qualidade de são o atendimento e o conforto que seus doces e salgados. proporciona aos seus clientes. Segun- Encerrando o percurso, sudo o advogado Mauricío Pardo, o bindo lo- a rua XV de Novembro, está cal é ótimo para um happy hour depois a Confeitaria das Famílias, umas de um dia cansativo de trabalho. das mais tradicionais da cidade. AndanInaugurada em do só algu1945, guarda um Pelo Café Metrópolis, mas quadras, pouco da história passaram famosos como é possível de Curitiba. O esa atriz Letícia Sabatella e paço foi fundado encontrar o o cineasta Francis Ford Café Metrópor comerciantes polis, um loCoppola, em sua visita a espanhóis e, com cal tranquilo receitas vindas do Curitiba em 2004 e refinado, exterior, é refelocalizado na rencial de delícias, esquina, com mesas sobre a calçapois mantém o mesmo confeiteiro da cercada de floreiras, lembrando há mais de 40 anos, característica os cafés europeus. É frequentado especial para manter a qualidade principalmente por advogadospor e tanto tempo. bancários, devido a sua localização, Com uma filial no Rio Granmas atende a todos os públicos, de in- do Sul, a confeitaria já ganhou clusive famosos que por lá já passainúmeros prêmios, inclusive na ram, como a atriz Leticía Sabatella, França. Ficou famosa nas décadas o jornalista Jasson Goulart e o de ci- 50 e 60 com a criação da torta neasta Francis Coppola, quando Martha esRocha, homenagem que o teve em Curitiba em 2004. confeiteiro espanhol Jesus Tezardo O seu diferencial está no café fez à Miss Brasil da época, Martha selecionado do Sul de Minas Gerais. Rocha, para confortá-la por perder A casa já recebeu vários prêmios, o etítulo de Miss Universo que disseu cappuccino é um dos mais hoputou em 1954, quando ficou em menageados da cidade. O Metróposegundo lugar. lis já foi premiado quatro vezes pela A Confeitaria das Famílias é

A Casa Lilás com sua simpática fachada

frequentada por várias gerações, além de ser muito procurada por turistas, artistas e escritores. Essas são as dicas para quem quer sair de casa, sozinho ou acompanhado, para desfrutar não apenas de um simples café, mas da paisagem, da memória, das delícias e dos novos e antigos sabores e cores de Curitiba. A região central da cidade está cheia de boas opções para um

Serviço: Casa Lilás: Rua Dr. Claudino dos Santos, 90, Largo São Francisco Café Metrópolis: Alameda Carlos de Carvalho, 15A, Centro Café Avenida: Avenida Luiz Xavier, 68, Boca Maldita, Centro Café Boca Maldita: Rua XV de Novembro, Praça Osório, Centro Confeitaria das Famílias: Rua XV de Novembro, 374, Centro


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MARCO ZERO

Curitiba, agosto de 2011

CRÔNICA

Homero e o funk no busão

TÁ NA WEB

Um ladrão cara de pau

Divulgação

Alexsandro Teixeira

Alexsandro Teixeira

“Canta-me, ó deusa, do Peleio Aquiles a ira tenaz, que, lutuosa aos Gregos, verdes no Orco lançou mil fortes almas, corpos de heróis a cães e abutres pasto: Lei foi de Jove, em rixa ao discordarem o de homens chefe e o Mirmidon divino”. Eram mais de dez e meia da noite, o ônibus estava lotado, e eu, bravamente, suando frio, tentava, Ilíada em punho, num dos últimos bancos do expresso metropolitano, entender de verso em verso o rebuscado e pedante linguajar de Manoel Odorico Mendes para a trama milenar homérica. Lá pelas tantas da peleja nas praias troianas, sangue, gritos, machados e muita influência dos mitológicos deuses, Ájax, imponente, grita: “Solta o som! Dedjay!” Eis que os mirmidões abrem espaço na fervorosa multidão para que Aquiles, dos pés ligeiros, se mostrasse um verdadeiro pé de valsa nos embalados passos de um funk carioca. Não! Isso não está no livro, mas Homero talvez cogitasse a possibilidade se estivesse escrevendo naquele ônibus e ouvisse a merda da “égua capenga”, ou qualquer que seja o nome da música, soando da porra do celular de um infeliz que acha bonito compartilhar seu mau gosto. E não é a primeira vez que isso acontece. De outros escritores já visualizei, também no ônibus e nas mesmas malditas circunstâncias, personagens exibindo estrelato musical, dentre os quais destaco Zaratustra como repentista, o jovem Werther como pagodeiro e até Bentinho e Charles, depois de traídos

(será?) pelas esposas, num misto de Machado e Flaubert, como dupla melosa de tomateiro goianense. Imprescindíveis – ao menos é o que achamos –, de alguns anos para cá, os celulares têm agregado tantas inúteis funções que relegaram a primordial a último lugar. Há também os aparelhos que agregaram ao telefone os MP7, 8, 9, “doze mais sete elevada à quinta potência com três cadeias de carbono vezes Baskhara”. Bacana, até. O problema não está no aparelho, mas na falta de bom senso de quem o usa. Fecho o livro e com os olhos procuro a origem do barulho, não acho. Abro-o novamente e tento me concentrar. Consigo, por algumas linhas, até que um filho da puta de marca maior se irmana ao anterior e, do banco atrás do meu, haja coragem, resolve tocar emocore no celular. Olho pra trás com uma cara de “Porra, meu! E na bundinha, não vai nada?”, mas o cara nem dá bola. Bem tranquilo, olha pra fora da janela segurando um aparelho que, de tão permeado de quinquilharias virtuais e piscantes, mais parece uma penteadeira de puta. Penso: “Será que um lazarento desses, que paga mais de quatrocentas pilas numa joça dessas, não tem dez reais pra comprar um fone de ouvido? Provavelmente, ele não está nem aí pra isso.” Extinguida a vontade e paciência para ler, dou-me por vencido e guardo o Homero. Que vão pras cucuias os gregos, os troianos e o chato do Odorico. Ligo o MP3 e me junto ao inimigo. Porém, com fone de ouvido, a última gota de dignidade que me resta.

Seria apenas mais um roubo mal sucedido se Neliton Serafim, o “ladrão cara de pau”, como foi apelidado na internet, não tivesse tanto senso de humor ao contar como se deu mal ao tentar fazer mais um assalto. Mesmo levando choque de cerca elétrica e pedrada de um “bombadão fedorento”, ele não perdeu o bom humor e afirmou que não foi tão ruim assim ser preso, já que vai dormir e comer de graça por uns tempos. Acesse http://www.youtube.com/ watch?v=9MaIkozU-wk. Nova investida Dessa vez, o “ladrão cara de pau” teve um final feliz, apesar de ter que passar pela delegacia. Sua “atuação” continua sendo hilária, contando como aconteceu para acabar lá novamente, com direito a dancinha e tudo. Pelos comentários finais, sua última estada de cinco meses na prisão não foi tão “di boa”, mesmo comendo e dormindo de graça. No final das contas, ele conseguiu provar que não tinha culpa no cartório e saiu feliz da vida da delegacia. Veja em http://www.youtube.com/watch?v=_SqxI8-E98E.

Grupo de teatro musical O Teatro Mágico (TM) é um grupo musical e político brasileiro criado em 2003 na cidade de OsascoSP por Fernando Anitelli. Tem como diferenciais elementos do circo, do teatro, da poesia, da música, da literatura, da política e do cancioneiro popular, tornando possível a junção de diferentes segmentos artísticos numa mesma apresentação. O grupo tem dois CDs gravados. Seu primeiro CD foi concebido em 2003 com o sugestivo nome “O Teatro Mágico: Entrada para Raros” (inspirado no best seller “O Lobo da Estepe”, do autor alemão Hermann Hesse). Em 2008, o grupo lançou seu segundo trabalho: “O Teatro Mágico Segundo Ato”, mais recente álbum de Fernando Anitelli e sua trupe. As composições escolhidas colocam em debate o homem e a sociedade na qual vive. O terceiro CD, “A Sociedade do Espetáculo”, logo estará disponível no site, mas o clipe da música “Amanhã... Será?”, carro chefe do novo trabalho, já está disponível no site http://www.youtube.com/watc

Divulgação

h?v=smyyQfsPhBs&feature=topvid eos_music. O vídeo conta com uma ótima edição, com imagens bem atuais da revolução que está acontecendo na Líbia e que casa perfeitamente com a letra da música. O grupo já tem data certa para apresentação em Curitiba: será no próximo dia 8 de outubro, às 22 horas, no Colégio Marista Santa Maria, que fica na rua Professor Joaquim de Matos Barreto, 98, Bairro São Lourenço. Os ingressos estão à venda na Yoguland Batel (Rua Dom Pedro II, 499), na Bella Banoffi (Rua Itupava, 1091) e no site www.ingressorapido. com.br.


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MARCO ZERO

Curitiba, agosto de 2011

FOTOGRAFIA

Mulher é sexo frágil?

Texto e fotos de Claudia Bilobran

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uerreiras e meigas. Frágeis mas ao mesmo tempo fortes e decididas. Essas são as mulheres de hoje que brigam por seus direitos, contra o machismo que as vê apenas como um objeto e as impede de serem livres. As mulheres de hoje não abaixam a cabeça diante das dificuldades, elas saem em busca de felicidade e mostram que podem ser mais competentes que muitos homens. Mistura de sensações e emoções, donas de um poder incrível, mas muitas vezes humilhadas, subjugadas, violentadas e tratadas como lixo. Para mostrar o quão fortes e determinadas elas são, saem em grupos contra a violência e a cada dia ganham mais espaço na sociedade. Nesta página, imagens do que foi a “Marcha das Vadias” que aconteceu no mês passado em Curitiba.


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