Duas pandemias se encontraram nos últimos dois anos. A primeira está em curso há décadas e segue em constante expansão à medida que o crime organizado encontra novos meios de distribuir as drogas ilícitas. A mais recente potencializou o uso de alucinógenos entre as pessoas que se viram obrigadas a viver em quarentena por causa do novo coronavírus, segundo estudo realizado pela Unicamp. Do mesmo modo que a pandemia de Covid-19 impacta de forma negativa as famílias, a pandemia das drogas faz o mesmo com os familiares dependentes químicos. Os usuários de substâncias lícitas ou ilícitas não sofrem sozinhos. Mães, irmãos, tios, avós, são arrastados em uma espiral de sofrimento, dores, doenças e danos psicológicos. A reportagem de capa do jornal Marco Zero, de autoria de Ana Oliveira, traz números que dão a real dimensão deste problema que afeta o mundo todo. Mais do que isso, traz histórias de dor de quem se vê ou se viu envolvido com alguém que sucumbiu ao poder destrutivo das drogas.