Nem toda guerra é nonsense
Vôlei feminino dá show em Londrina
PF aposta: Você está lendo com postura errada
Dia das eleições na visão de candidato
Editorial 03
sumário
Bovespa não é só para ficar rico
Piso salarial 04
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Movimento “Não pise no meu piso”
esporte 06
Seleção brasileira de Vôlei em Londrina
Guerra de ilustrações 10
Nem toda guerra é nonsense
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Saúde 14
Senta certo nessa cadeira muleque!
Twitter 16
Analfabetismo do século XXI
Cultura 17
Relicários, um voyer delicado
Ficção 22
PONTO FINAL. 10/2010
S.O.S. Zona da Mata chama atenção
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Eleições 23
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Espionagem: o dia D dos candidatos
Greve dos bancários 26
Bancários versus banqueiros
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isso é plausível. Ele irá criar uma petrolífera em 2011, mas desde o ano passado já abriu o capital dela na Bovespa para captar investimentos. Ou seja, ele não colocará um centavo do próprio bolso, nem precisará emprestar para fazer os investimentos iniciais da OPX Petróleo. Excluir o banco da brincadeira é benéfico por tornar as coisas mais fáceis e lucrativas para todos, menos os banqueiros. A melhor conseqüência é fugir das alavancagens absurdas praticadas pelos bancos, o que evita radicalmente crises profundas. Outra coisa, o investidor não fica preso a uma taxa ridícula de dividendos e a empresa não corre perigo de ser engolida pelos juros, uma vez que o pagamento de dividendos fica atrelado aos seus lucros. O investidor corre o risco do investimento junto com a empresa, mas também corre o risco de ganhar mais dinheiro junto com a empresa. Em grandes S.A. o risco é praticamente nulo, por tanto o que se obtêm é uma forma mais direta e barata da empresa capitalizar e uma forma mais lucrativa e livre dos investidores aplicarem dinheiro. 3º A idéia de sociedade anônima, como diz o nome, é uma espécie de socialismo proposto pelo capitalismo. Ao invés de tornar os bens propriedade do estado (que teoricamente seria da sociedade), a Bolsa de Valores torna o cidadão diretamente dono dos bens de produção. Investimentos em ações fazem todos serem donos da empresa, e ainda divide a “mais-valia” explorada pela empresa. Claro que estou simplificando, mas com certeza é um mecanismo que distribui a propriedade e a renda, uma vez que são divididas entre seus acionistas, ao invés de ficar na mão de apenas um proprietário. Saber investir tem fundamental importância para o enriquecimento e a distribuição de renda de um país. Se queremos morar em um país desenvolvido, temos que aprender a lidar com o dinheiro e a bolsa de valores é um importante instrumento para isso.
Expediente Editores
Fabrício Alves Gabriel Oberle Guilherme Santana Naiá Aiello
Diagramadores
Allan Fernando Edson Vitoretti Gabriela Pereira Mariana Guarilha
Jornalista Responsável Rosane Borges
Repórteres
Gabriel Bandeira Guilherme Costa Iuri Furukita Julio Barbosa Maria Amélia Gil Roberto Alves Rodrigo Fernando Vanessa Silva
Iuri Furukita
Esta revista é produzida pela turma do 3º ano de Comunicação Social - Jornalismo Noturno da Universidade Estadual de Londrina para a Professora Doutora Rosane Borges, na diciplina 5NIC030 - Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa jornalística III
PONTO FINAL. 10/2010
A cultura de investir na bolsa de valores, ou seja, investir em ações de empresas S.A., ainda é pequena no Brasil. Alguns países, em especial nos Estados Unidos, comprar ações é uma opção habitual para pequenos e médios investidores e também para investidores à longo prazo. No Brasil, a BM&F está lançando campanhas para fomentar essa cultura de investimento na população e há três bons motivos para torcer pelo seu sucesso. Como investidor, enxergo três grandes benefícios para um país em que se investe em ações. Não entrando no mérito pessoal, pois é relativo se a pessoa vai se tornar bilionário ou perder tudo. 1º - Investir na Bovespa traz um aspecto interessante: acompanhar notícias econômicas com uma curiosidade e ansiedade gigantesca. Passei a ler colunas de economia, procurei entender os mecanismos e, e é aqui que quero chegar, ganhei uma postura crítica em relação políticas econômicas de minha cidade, estado, país e do mundo inteiro. Isso é muito importante, pois ouvimos que os juros subiram ou desceram, que a inflação precisa ser controlada, que o poder de compra mudou, que as taxas e os impostos foram alterados, mas nem sempre temos posições formadas (e informadas) em relação a isso. Se uma parcela maior da população investisse na bolsa, o número de pessoas capacitadas em discutir questões politicoeconômicas seria maior. 2º - Veja como funciona a economia hoje. Uma empresa quer capitalizar, ou seja, colocar dinheiro em caixa para investir ou realizar qualquer outro objetivo. Ela precisará recorrer aos bancos e fazer um empréstimo. E um pequeno investidor quer guardar dinheiro ou fazê-lo render, ele também terá que recorrer ao banco para aplicar esse capital. Com a bolsa de valores, esse relacionamento acontece de forma direta, sem o intermédio do banco. Eike Batista, a pessoa mais rica do Brasil e o melhor sucedido empresário do país, já mostrou que
editorial
A cultura de investir na bolsa de valore$
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Piso salarial
“Não pise no Onde está o trabalho imparcial, justo e com argumentos concretos das empresas de jornalismo?
PONTO FINAL. 10/2010
Julio Barbosa A frase pode parecer sem sentido a primeira vista, está mais para uma dona de casa esbravejando sobre o chão que acabou de limpar e não quer ver ninguém sujando, mas não é exatamente isso. A campanha “não pise no meu piso” surgiu entre os jornalistas após uma reunião entre o Sindjor-PR e o sindicato patronal da categoria realizada no dia 20 de setembro. O que seria uma discussão de avanços na remuneração dos jornalistas e
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Ayoub Hannah Ayoub, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná
de propostas para melhoria das condições de trabalho acabou por se transformar em uma sessão de horrores para com os profissionais. Depois de ouvir as propostas feitas pelo sindicato dos jornalistas - reposição da inflação e o aumento real dos salários, valealimentação, plano de saúde, adicional noturno de 50%, obrigatoriedade de jornalista responsável por veículo ou programa, entre outras - o sindicato dos patrões de rádio, TV, jornais e revistas fizeram uma contra-proposta considerada absurda. Além de irem contra todos os pedidos dos jornalistas ainda “ofereceram” a redução do piso salarial dos profissionais em todas as cidades do estado, com exceção de Curitiba, para R$1200,00 (frente ao piso atual de R$2049,00 é uma redução de cerca de 40%), a redução do adicional de hora extra que passaria dos atuais 100% sobre a hora normal para 50%, e consequente redução do banco de horas com uma hora de folga para uma hora trabalhada e não mais uma por duas como é hoje. Após essa sequência de absurdos surgem as dúvidas: onde estaria a imparcialidade dos meios de comunicação, porque essa diferenciação entre capital e interior se o trabalho desenvolvido pelo profissional se baseia nas mesmas diretivas e exige esforço igual? O que é considerado justo pelos patrões quando se refere a remuneração de seus funcionários? E onde estão os argumentos
lógicos que explicariam tal necessidade de redução de direitos adquiridos? São questões como essas que mobilizam os jornalistas a pensar, e deveriam fazer a todos pensarem, pois são vocês que estão sujeitos a essas empresas e aquilo que elas querem como profissionais e como notícias. Mas podemos tentar responder algumas questões. No trabalho desenvolvido pelo profissional não há nada que diferencie a capital de outras cidades. A carga horária, os desafios e as necessidades dos jornalistas são as mesmas. Mas para os patrões existe uma diferenciação clara entre Curitiba, cidades de grande e médio porte como Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, entre outras; e cidades pequenas. As propostas feitas pelo sindicato dos jornalistas são justas ao ponto que visam melhorar a remuneração dos profissionais sem exigir absurdos dos patrões. Pede-se uma reposição anual condizente com a inflação e um ganho real, além de propostas que buscam estabelecer um plano de carreira, que é desejado em qualquer profissão. Já o sindicato patronal não apresenta argumentos concretos que signifiquem a necessidade de redução dos direitos dos jornalistas. Um exemplo seriam as TVs, que no primeiro semestre tiveram um aumento de 33% no faturamento. Então, não é lógico
diferença entre o trabalho realizado na capital e em outras cidades do estado, e que “tais propostas são lamentáveis e vão contra a qualidade do produto jornalístico”. De acordo com o aluno do 4º ano de jornalismo, Gustavo Assumpção, a proposta feita pelo sindicato patronal só “colabora para diminuir o interesse pelo exercício da profissão”. Segundo ele outro problema é a falta de divulgação na mídia das ações contra as propostas do sindicato, fazendo que com tais propostas não cheguem ao conhecimento da maioria. Um exemplo disso é que há pouca discussão sobre o assunto entre os profissionais da área onde faz estágio. Gustavo também fala sobre a deterioração progressiva da profissão, causada por propostas como essas e outras medidas já tomadas por empresas e decisões políticas contra os profissionais da área. Uma posição levantada pelo sindicato e bem discutida na internet entre os jornalistas é uma possibilidade de greve caso não haja acordo entre as partes. A próxima reunião já está marcada para o dia 18 de outubro, o sindicato dos jornalistas mantém sua posição aprovada em assembléias e que vai contra as propostas do sindicato patronal. Resta saber agora se os patrões vão respeitar os nossos direitos, ou então, quem serão os responsáveis pelas notícias amanhã.
Marcelo Frazão, jornalista
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pensar que por você estar ganhando mais seus funcionários tenham de ganhar menos, ou absurdamente menos. Mas o que pensam as pessoas diretamente envolvidas com isso? Segundo o presidente do sindicato dos jornalistas do Norte do Paraná, Ayoub Hannah Ayoub, “a lei proíbe que se reduza o salário nominal da pessoa. Porém, a partir do momento que é estabelecido um novo piso, o salário de quem está trabalhando não seria modificado, mas há a possibilidade do mercado demitir jornalistas para a contratação com o novo piso”. Esse piso valeria para novas contratações, o profissional tendo experiência ou não. Mas Ayoub deixa claro que tal proposta do sindicato patronal já foi recusada pela assembléia realizada em Londrina no dia 27 de setembro, assim como já havia sido rejeitada por outras assembléias no estado. A pauta de reivindicações será mantida pelo sindicato como acordado anteriormente e que eles vão lutar por essa medidas. Para o jornalista Marcelo Frazão, o que está sendo oferecido pelo sindicato patronal “está fora de propósito e é completamente sem sentido”. Para ele não falta às empresas reposições e ganhos para que essa medidas sejam necessárias. Na sua opinião, o sindicato patronal usou a tática de “vamos jogar uma bomba e ver como eles (jornalistas) reagem”. Frazão deixa claro que não há
Piso salarial
meu piso”
Gustavo Assumpção, estudante de jornalismo
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Esporte
De olho no Mundial
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Seleção feminina de vôlei brilha contra os Estados Unidos com Ginásio Moringão lotado
Guilherme Costa Se depender de garra e simpatia, o Mundial já é nosso. Pelo menos foi o que mostrou a seleção brasileira feminina de vôlei, que visitou recentemente o norte do Paraná para uma série de amistosos. Dois jogos em Maringá, um em Londrina e o último em Arapongas. A turnê rendeu bons resultados: quatro vitórias consecutivas e com sabor de revanche. Isso porque as adversárias eram nada menos que as
americanas - as mesmas que derrotaram o Brasil na final do último Grand Prix realizado em agosto. O jogo em Londrina teve um sabor especial para os espectadores. Depois de algumas reformas, o Ginásio Moringão finalmente voltou a receber grandes eventos esportivos. Com casa lotada, o público londrinense, que há algum tempo não presenciava um jogo importante na cidade, empurrou as brasileiras para uma vitória fácil
por três sets a zero. Toda vez que alguma jogadora brasileira se dirigia para o saque, a arquibancada gritava em coro: “ace, ace, ace...”, torcendo para que a bola logo atingisse o solo da quadra adversária. Quando alguma jogadora americana sacava, tinha antes que ouvir uma chuva de vaias da plateia. Também não faltaram aplausos às brasileiras toda vez que perdiam algum ponto, compensando-as pelo esforço. Quanto aos gritos ensurd
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esporte
Foto: Guilherme Costa
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esporte
Fotos: Guilherme Costa
A série de amistosos faz parte das preparações para o Mundial ecedores que podia se ouvir quando algum ataque do time brasileiro era convertido em ponto, não há nem a necessidade de comentários. Com Sheilla, Fabiana, Natália, Sassá, a levantadora Dani Lins e a líbero Fabi, o Brasil começou o jogo equilibrado. Do lado americano: Larson, Bown, Glass, Akinradewo, Hodge e a líbero Sykora abriram três pontos de vantagem. Enquanto isso, da arquibancada, a platéia gritava por Mari - pé vermelho, inclusive, nascida em Rolândia -, que acompanhou o
jogo de fora. O motivo? O ligamento do joelho direito rompido no último Grand Prix. Depois de passar por uma cirurgia, a fase é de recuperação e a
As brasileiras venceram com facilidade por 3 sets a 0 jogadora desfalca o time brasileiro no próximo Mundial. Holofotes nos ban-
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O técnico José Roberto Guimarães fala aos jornalistas
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cos também para Jaqueline, eleita de forma unânime pelos comentários dos jornalistas que acompanhavam a partida como a mais bonita da noite. As brasileiras logo tomaram o controle da partida e o primeiro set foi vencido por 25 a 20. As americanas jogavam bem: cometiam poucos erros e tinham sangue frio para preparar os contra-ataques. Só que o time brasileiro tem Sheilla, que sempre soube como explorar a defesa ofensiva das americanas. Tem Natália, com um salto poderoso e uma força no braço que nem mesmo bloqueio triplo das americanas conseguiu parar. E ainda a levantadora Dani Lins, sempre imprevisível na escolha do lado de ataque. Sem contar, claro, Fabi na defesa, que só admite bola no chão de um lado da quadra: o das adversárias. No segundo set os Estados Unidos não tiveram chance. Sassá chegou a ficar por seis pontos seguidos no saque e Sheila sacou por sete vezes quando fechou o set em 25 a 12. A jogadora mineira, aliás, junto com Natália, foi a maior pontuadora da partida e cada uma fez 16 pontos no total. A jovem Natália, de apenas 21 anos, gostou do desempenho técnico do time. “Nós melhoramos no saque, no ataque e na defesa. Só precisamos agora ter um pouco de mais calma para cometer menos erros”. Já Sheilla foi bem mais cética na avaliação do desempenho da
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Fotos: Guilherme Costa
realizado de 29 de outubro a 14 de novembro no Japão. Este é ainda um título inédito para as brasileiras que já somam duas medalhas de prata no Mundial. Em 1994, em São Paulo, a seleção perdeu a decisão para Cuba por três sets a zero. Em 2006, em Osaka, no Japão, o time verde-amarelo foi derrotado pela Rússia por três sets a dois e novamente ficou com o vicecampeonato. Neste ano, o Brasil está no grupo
B na primeira fase do Campeonato Mundial, ao lado de Itália, Holanda, Porto Rico, Quênia e República Theca. Apesar dos desfalques de duas das jogadoras mais experientes - além de Mari, a jogadora Paula Pequeno se recupera de uma fratura no tornozelo e é destino incerto no Campeonato -, se as brasileiras demonstrarem o mesmo desempenho que os dos jogos realizados aqui no Paraná, o Mundial já é nosso.
BRASIL 3 X 0 EUA 1° SET: 25-20 2° SET: 25-12 3° SET: 25-22
ESCALAÇÃO AMERICANA 1 Ogonna Nnamani 1 Fabiana 2 Carol Gattaz 2 Alisha Glass 5 Stacy Sykora 3 Dani Lins 6 Nicole Davis 5 Adenísia 7 Heather Bown 6 Thaísa 8 Cynthia Barbosa 8 Jaqueline 9 Jennifer Tamas 10 Sassá 11 Jordan Larson 11 Joycinha 12 Nancy Metcalf 12 Natália 13 Lauren Paolini 13 Sheilla 15 Kimberly Glass 14 Fabi 16 Foluke 16 F. Garay Akinradewo 17 Fabíola 17 Mary Spicer 18 Camila Brait 18 Megan Hodge Técnico: José 19 Destinee Hooker Roberto Técnico: Hugh McCutcheon Guimarães ESCALAÇÃO BRASILEIRA
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seleção na partida. A atleta acredita o grupo tem muito a evoluir para disputar o Mundial. “Nem de longe nós estamos preparadas. Ainda tem muita coisa para ser vista, tem muito para ser feito. Muitos aspectos a serem corrigidos, mas estamos no caminho certo”. O terceiro set também foi todo dominado pelas brasileiras, que abriram nove pontos de diferença. Mas o time deixou a seleção americana ganhar força quando o técnico José Roberto Guimarães decidiu testar novas jogadoras. A decisão levou a seleção a cometer alguns erros, o que permitiu com que as americanas encostassem no placar. Mas com Sheilla e Natália de volta à quadra, as brasileiras recuperaram o fôlego e o Brasil fechou em 25 a 22. Resultado final: três sets a zero. O técnico José Roberto, que aparentava estar à beira de um enfarto durante o jogo, se mostrou muito contente com o resultado: “foi tudo perfeito, foi tudo maravilhoso. Queria que todos os jogos fossem assim. As jogadoras estavam motivadas mostraram maturidade e superioridade contra um time que é um dos melhores do mundo”. A turnê de amistosos faz parte da preparação do Brasil para a disputa do Campeonato Mundial que vai ser
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Nem toda
Guerra de Ilustrações
nons
Batalha no Copacabana Pizza Grill
Um nonsense histór verdade fala so Ilustrações, um e de artistas c de fome criação em
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Exposição no Museu de Arte de Londrina
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Iuri F Há muitos tipo Exposição exemplo, existem as Malvinas (para inglês ler, uma região cuja temperatura m 20°C, suficientemente fria para os a verdadeira guerra fria veio na derrota Waldomiro Neto e Bernardo Faria Quem diria que o General Inverno russo fa guiam estudantes na Exposição do pônei, nem todos sabem, mas Bonaparte inve plongeé). Hitler iria anos mais tarde comprovar que n Batalha VI ego” do que a Sibéria. E ainda tem quem insiste em dizer A história é tão cíclica que em todo último sábado do mês a composta por batalhas regulares, planejadas e organizadas. O conce e ilustrador profissional, explica: “é um encontro mensal em que ilustra tar a cultura da arte imagética. Cada batalha (encontro) tem um tema pré de mês nos reunimos para ver o que cada um criou. A ideia é conversamos, trocarm Cada guerra precisa ter seu motivo, seja territorial, religioso, social ou a sede de s tas, Vikings, Inferno, Filme B, Luta Livre, Vizinhos, Copa do Mundo, Insanidade, Exposi O próximo conflito só será no fim de outubro, mas as desavenças já estão crescendo. Desta vez massacrando o samba, tango, sertanejo, rap, dentre outros estilos musicais. Mesmo com tamanha
a guerra é
rico-cultural que na obre a Guerra de encontro mensal com objetivo entar a o visual 2D
Guerra de Ilustrações
sense
Batalha IV
Daniele Stegman apresenta ilustração em Batalha
Exposição: Ilustras com o tema “Piratas”
PONTO FINAL. 09/2010
Furukita os de guerras, por Diego Ramirez e Marcela Vicentini analisam ilustra de Waldomiro s guerras frias. A das , Falklands) aconteceu em mínima é de -7°C e máxima de s calientes latinos americanos. Mas a de um grande estrategista: Napoleão. faria o francês cair do cavalo? (na verdade entou o que o Tom Cruise tanto gosta, o contraninguém sabe lidar melhor com um “tiny man, huge r que a história não é cíclica. acontece uma guerra em Londrina. A Guerra de Ilustrações é eito da GI é bem simples, Waldomiro Neto, um dos organizadores adores, independente da profissão que tenham, se juntam para alimenefinido que é votado e divulgado no site da Guerra, e no último sábado do mos figurinhas, conhecermos gente nova e principalmente: nos divertirmos”. sangue. Nas dez primeiras batalhas da Guerra de Ilustrações, os temas foram: Piraição no Museu de Londrina e agora em setembro o assunto foi os Sete Pecados Capitais. ez, o motivo é realmente polêmico: Rock. Ele ganhou as eleições online com 58% dos votos, a aceitação popular, o novo eleito deve gerar conflitos ilustrativos em breve.
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Guerra entretenimento de Ilustrações
Bottons da Guerra de Ilustrações
PONTO FINAL. 09/2010
Carlos Nascimento
Diego Geronymo
Uma característica importantíssima nos embates são as alianças. Na II Guerra Mundial, chamada de bárbara por Jesús Barbero (mas provavelmente só pelo adjetivo ser parecido com seu sobrenome), isso não foi diferente. O Brasil demorou em sair de cima do muro na II GM, porém sua entrada ao time dos Aliados, que por formalidades não virou “Time do Brasil”, foi primordial para a reviravolta no cenário da guerra. A atuação dos praçinhas na Itália deve ter desencadeado um processo da teoria do caos (aquela da borboleta e do furacão) que resultou na vitória anti-germânica, que por sua vez não é anti-hegemônica, já que participavam Estados Unidos e Rússia. A união, claro, aconteceu somente por causa daquela máxima “inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Mesmo assim, no dia seguinte ao dia D, o inimigo do inimigo deixou de ser amigo para virar novamente inimigo, iniciando uma nova guerra. Na Guerra de Ilustrações a criação de panelinhas é liberada, afinal muito se pode na guerra e no amor. Swings são permitidos e quase vistos com normalidade no grupo das 70 pessoas que já participaram do encontro. Bernardo Faria, também designer e um dos organizadores, provavelmente é o mais promiscuo. Ele já fez ilustrações com o Pablo, Edson, Rafael, Rodrigo, André e Estevão. E pior, não necessariamente um de cada vez! Além de ménages à trois, nas batalhas II e III as ilustrações foram em quintetos. Somente sobre insanidade ele fez sozinho. Aliás, nesse oitavo encontro, só quatro “ilustras” foram feitas em conjunto. Parece que nesse tema reinou o “cada louco com sua loucura”. Muito se pode na guerra e no amor, mas tudo tem limite. Por mais estranho que seja, as guerras são regulamentadas. Conferências como de Genebra ou Haia e a ONU (alguém já tinha pensando em entrar no site da ONU?) trazem regras como proibições do uso armas biológicas e tó-
xicas, ou a obrigatoriedade de uniforme militar, de respeito aos recursos ambientais inimigos, assim como prisioneiros de guerra, civis, feridos... Na Guerra de Ilustrações, a regra é clara. Cada ilustrador pode fazer apenas um trabalho e as imagens precisam ser em duas dimensões (algo importante hoje em dia, lembrando que a PF 06 publicou imagens em 3D). Fora essas duas condições, os artistas de fim de semana utilizam as técnicas e equipamentos que quiserem, do jeito que bem entenderem. Com isso, nem sempre as condições são igualitárias. Um bom exemplo é o impasse palestino-israelense, em que as batalhas são passeios judeus de poucos dias ou semanas. E tal qual na Palestina, crianças também podem participar da Guerra de Ilustrações. Em agosto, muitos pequenos empunharam suas pedras para não ficar de fora do evento. Eles duelaram con-
Silvio Costa
12 Diego Geronymo
Paulo Ramos Neto
Waldomiro Neto
trações tem sua própria marca. No site, é possível comprar bottons da grife GI por R$2,50 a unidade ou cinco por R$10,00. A tão esperada vitória na guerra, nem sempre é consenso. Temos casos em que não há dúvidas, como as Guerras Púnicas, em que a destruição de Cartago deixou livre o caminho para que Romanos dominassem o mundo (na época, isso significava conquistar o mediterrâneo). Talvez, se Aníbal não tivesse inventado de dar a volta para chegar por trás nos romanos, hoje o norte do continente africano seria a civilização modelo. O fator surpresa não funciona quando seus soldados atravessaram os Alpes e o rio Pó! Está no capítulo 14 da Arte da Guerra. Por outro lado temos Estados Unidos que diz que nunca perdeu uma guerra na história desse país, ou o Rio de Janeiro, que mesmo quando ganha, está perdendo. Afinal, guerras não têm lógica, ninguém disse que têm. Na GI londrinense nunca se fica sabendo quem ganhou ou quem perdeu o conflito. Na verdade, não há conflito, ninguém participa para competir, não há jurados e nem sangue derramado (fora das ilustras, que fique claro). Cada um levanta da cadeira, descreve seu trabalho e depois contempla o trabalho dos outros. Nada mais, nem olhares tortos de inveja! Então por que Guerra de Ilustrações? Deveria ser “Armistício de Ilustradores”, não? Bom, parece que apesar de ter boas intenções, talvez nem essa guerra esteja livre do nonsense.
As fotos e ilustrações foram gentilmente cedidas pela GI Para ver mais, acesse: www.guerradeilustracoes.com
Paulo Perez
Guerra de Ilustrações
tra as mais sofisticadas armas dos profissionais de design e artistas da cidade, o que não significa que o resultado é predeterminado. Pouco importa o Photoshop CS6, dane-se o CorelDraw X5, que o Ilustrator trave seu Mac! O giz de cera e os recortes de revistas têm a força bíblica de Davi nesses casos. A Guerra de Ilustrações ainda não acabou, mas já foi para o museu. Em agosto, o Museu de Arte de Londrina, que um dia foi um prédio comedor de baratas que fumam, recebeu de arcos abertos mais de 100 “ilustras” criadas pelos guerreiros. Assim como a exposição das imagens da Guerra do Vietnam fizeram a juventude norte-americana formar uma opinião pública habermasiana e se unir contra a violência, a exposição no MAL (essa sigla não é oficial) foi um agregador de pessoas. A Woodstock londrinense se limitou ao consumo de substancias lícitas, palestras caretas e a uma única noite de diversão com banda e apresentações. Segundo os organizadores, a intenção será fazer exposições regularmente a cada semestre. Conquistar territórios. Embora não sempre admitido, noventa e nove vírgula nove por cento dos marechais querem expandir suas terras. De Xerxes à chimpanzés. Os ilustradores possuem um mapa estratégico (como em casa de ferreiro o espeto é de pau, o mapa foi impresso do Google Earth) em que seis pontos da cidade já foram conquistados. São eles: Tereza Bar, Vila Badú, Chá das Cinco, Copacabana Pizza Grill, Alma Brasil e o MAL. A questão, é que hoje em dia não se expande poder com armas, mas com produtos. O branding é a melhor maneira de dominar uma população, por isso a Guerra de Ilus-
Bernardo Faria, Edson Vieira, Pablo Blanco, Rodrigo Haur e Rafael Hatadani
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Rafael Alvino
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Rayrá Alves
Cuidados c om LER e
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saúde
Adequação do ambiente e mudança d
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Fotos: Maria Amélia
Maria Amélia Gil Uma boa postura é fundamental em todo tipo de atividade, principalmente durante o trabalho ou os estudos. A educação postural deve ser aprendida ainda na infância e mantida nas demais etapas, evitando, assim, o surgimento de problemas na coluna e doenças como LER (lesão por esforço repetitivo). Adolescentes e jovens comumente relaxam a postura na hora de estudar, acomodando-se de maneira incorreta por horas, sem preocupações com as conseqüências desse hábito. Os problemas causados pela má postura, no entanto, são percebidos apenas a longo prazo. De acordo com a fisioterapeuta Tatiane Hampel Vecchia, o primeiro sinal é o desconforto acompanhado de dor. Se o sintoma persistir mesmo após o uso de medicação, um ortopedista ou fisioterapeuta deve ser procurado. Os tipos de desvios posturais mais comuns são escoliose, lordose e cifose. O primeiro é caracterizado por uma curvatura lateral da coluna, a lordose é o aumento anormal da curva lombar, enquanto a cifose representa o aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral. Já no ambiente de trabalho os esforços repetitivos em longas jornadas de atividade podem provocar a LER, entre outros distúrbios osteomusculares. A lesão acontece pelo uso excessivo do sistema músculo-esquelético sem tempo suficiente para recuperação. As queixas mais comuns são dor localizada, desconforto, fadiga, sensação de peso, formigamento, dormência, sensação de diminuição de força, inchaço, enrijecimento muscular, choques nos membros e falta de firmeza nas mãos. Em ambos os casos é importante estar atento aos sintomas e procurar ajuda específica. Tatiane Vecchia afirma que quanto mais cedo os problemas forem identificados, mais eficaz é o tratamento: “Quando a alteração postural é descoberta na fase adulta é mais difícil recuperar, já na infância e adolescência o organismo está em processo de crescimento e se torna mais fácil a recuperação.”
s i a r u t s o p e desvios
Escolha a cadeira ideal
• Ao sentar em uma cadeira os dois pés devem ficar apoiados no chão • O assento deve ser firme e profundo o suficiente para suportar as coxas sem forçar o ângulo posterior dos joelhos • As bordas anteriores do assento devem ser arredondadas • A cadeira deve ter apoio para os antebraços • O encosto deve ser
levemente inclinado para trás, para dar suporte e evitar que a pessoa escorregue • O assento precisa ser firme para impedir que a pessoa afunde ao sentar, o que forçaria as articulações vertebrais • O assento deve estar em uma altura que permita à pessoa manter-se em ângulo reto nas articulações dos joelhos e tornozelos; pessoas mais baixas podem usar um apoio para os pés
PONTO FINAL. 10/2010
A fisioterapeuta Tatiane Vecchia alerta: “Quando a alteração postural é descoberta na fase adulta é mais difícil recuperar”
A má postura e o esforço repetitivo também podem ter alguns agravantes e até facilitar o surgimento de outras doenças. A fisioterapeuta Joseane Balzer explica que em alguns casos a LER pode se tornar irreversível, levando à imobilização e ao repouso prolongado quando o esforço mecânico apresenta-se insuportável. Casos de extrema gravidade precisam de intervenção cirúrgica. Os desvios posturais podem levar ao encurtamento de músculos, enrijecimento de articulações, formigamento de membros, hérnia de disco e dores de cabeça moderadas. Tatiane Vecchia alerta sobre o ambiente ideal aos estudos para não comprometer a coluna: “O melhor é ter uma cadeira com escrivaninha, porque é o mais perto da posição correta. Já os outros locais, como sentar no chão ou na cama, permitem posições que sobrecarregam a coluna com posturas erradas.” A fisioterapeuta também ressalta a importância do mobiliário adequado: “É preciso uma boa cadeira com regulagem de altura do assento, do encosto e do braço, bordas arredondadas do assento e apoio para os pés.” O uso de computador também exige adequações: o teclado deve estar aproximadamente na mesma altura dos cotovelos, o monitor em torno de quinze graus abaixo da linha horizontal e entre 40 e 70 centímetros de distância dos olhos. Para quem costuma ler documentos enquanto digita é recomendável o uso de um suporte para leitura, evitando os movimentos combinados do pescoço e do tronco, que podem causar dores com o passar do tempo. O uso de apoios para os punhos reduz a atividade muscular na região superior dos ombros e melhora a irrigação sanguínea nos tendões e bainhas sinoviais (membranas que revestem os tendões), prevenindo a LER. Outra medida importante na prevenção das lesões por esforço repetitivo é fazer intervalos programados durante o expediente de trabalho, além de alongamentos básicos que movimentem as articulações. O tratamento dessas doenças é feito com uso de medicação acompanhado de fisioterapia e não têm duração determinada, variando de acordo com a gravidade do caso.
saúde
dos hábitos podem evitar as doenças
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#analfabetodigital?
A vida de uma pessoa sem
*Rodrigo Fernando em um desabafo de mais de 140 caracteres
PONTO FINAL. 10/2010
Toda hora na TV, na internet, no boteco, o assunto invariavelmente chega a parte do “você viu no Twitter?” Faço aquela cara de paisagem e ouço o que alguém disse no tal do micro-blog. Não ter Twitter é uma opção. Mas as pessoas parecem não entender isso, normalmente reagem com indignação “COMO VOCÊ NÃO TEM TWITTER?” (Xuxa e eu aprendemos que escrever em caixa alta é o mesmo que gritar). A reação é bem próxima a de tempos atrás quando alguém dizia “comprei um cd”, ou era IDIOTA ou era muito RICO (parei de usar o caps lock, não é meu jeitinho).
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Não saber o que é um Twitpic ou RT é motivo suficiente para ser olhado com desconfiança. Muitos já não te levam a sério. Na contra mão, correm boatos de que em alguns países, mantidos em sigilo, o MRT (movimento de resistência ao twitter) ganha cada vez mais adeptos. O movimento enfrentou sérios problemas de comunicação para se expandir, o último chefe (devidamente deposto) sugeriu que usassem os 140 caracteres para difundir as ideias do MRT. Pode ser que amanhã você abra o jornal (ou toque na tela de seu i-pad) de manhã e veja a notícia: O movimento de resistência ao twitter fracassou. A terceira guerra mundial começou hoje. @obama comunicou @ahmadinejad: minhas tropas estão invadindo seu país agora. Pouco depois @chavezhugo declarou apoio ao presidente iraniano. @camerondavid disse: #tamojunto @casabranca. @lula ficou #indeciso. @ bentoXVI disse que, isso não é de deus, e aproveitou seus 140 caracteres com lembretes: sexo só depois do casamento, deus quer que façamos amor não guerra (ou isso é coisa de hippie?).
Em resumo, será muito parecido com outras guerras, pois os americanos controlam o principal meio de comunicação. Os iranianos desacostumados com tweets e retweets demorarão até aprender todos os jargões. Japoneses se aperfeiçoam rápido e logo dominam o site. Chineses aderem em massa o Twitter (ou tuintingynsxoing como eles preferem chamar) gerando mais aparições da simpática baleia. Brasileiros se tornam a turma do “vai deixar?” ou “nossa falou da mãe, eu jogava uma bomba nele”. Não seria muito diferente de outras guerras. Com a diferença que os países seriam proibidos dar unfollow no @ONU. Nada tão drástico quanto uma nova guerra mundial, mas a ferramenta da moda já foi usada para discussão entre famosos (obviamente que de não famosos também, mas esses não são notícia). Marcelo Tas e Luciano Huck já brigaram. Xuxa e seus fãs também, Tas (de novo) e Diogo Mainardi. Huck (mais uma vez) e o produtor do programa do Gugu. Os vocalistas Di Ferrero, NX Zero, e Tico Santa Cruz, Detonautas e Raimundos, também já trocaram tweets não muito carinhosos. Mas mesmo os dissidentes e o MRT têm que concordar, o twitter é interativo, e um bom passatempo (ou roubatempo?). E ainda há chance de ficar famoso, isso vai depender de seus tweets. Uma dica: quanto mais bobeira escrever, mais chance tem de fazer sucesso.
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Entre o
CÉU ea
TERRA
Conheça a história dos relicários e as criações de Jaqueline Almada, uma artista que impressiona pela beleza e originalidade de seus trabalhos
cultura PONTO FINAL. 09/2010 18
Vanessa Silva Amém, Salamaleico, Namastê, Oxalá! Para cada crença uma atribuição de fé que lembra a religiosidade popular. Meios para expressão desses cultos não faltam: orar e pedir por bênçãos, conhecer novas religiões ou ainda contemplar uma divindade. Muitos encontram nos relicários- objetos que permitem guardar relíquias de um santo- a melhor forma de estar perto do Criador e assim, propagar sua fé. No Brasil, os relicários expressam as diferenças e similaridades religiosas resultante das modificações trazidas pelo Brasil colonial. Os oratórios eram vistos em casas de famílias de posses e, tempos mais tarde, tiveram lugar reservado em fazendas e senzalas, como meio de celebração aos santos; a religiosidade católica dos portugueses teve a influência das crenças indígenas e dos rituais africanos. Mas nem sempre foi assim. Na Idade Média, época em que
tudo começou, os oratórios eram uma capela particular de reis e nobres. No passado, os relicários eram considerados objetos de veneração, não só por conterem partes do corpo de um santo, como também porque por meio dessas pequenas caixas aconteciam verdadeiros milagres, este era o mito atribuído as relíquias. No decorrer da história, transformações modificaram as manifestações religiosas. Os relicários, como fato inevitável, também. Hoje, os oratórios e relicários invadem a casa de quem não é devoto, de quem não é rico e, em muitos lares apenas serve como um objeto de decoração. As peças têm uma versão moderna, embutidas de lantejoulas, pedrarias e fitas, além de divindades de diversas crenças. Há seis anos confeccionando relicários e dona de uma marca de objetos religiosos, Jaqueline Almada explica que a tendência das peças hoje, são a combinação de cultura popular
CURIOSIDADES SOBRE AS RELÍQUIAS O culto das relíquias atingiu o seu ápice na religião budista e algumas denominações cristãs.
As relíquias de Buda foram divididas entre os crentes do budismo para veneração.
A Igreja católica classifica as relíquias em três classes: a parte do corpo de um santo (como ossos, unhas e cabelos); objetos pessoais de um santo (como roupas, cajados e pregos da cruz) e os pedaços de tecidos que tocaram no corpo do santo.
e história. “A arte se faz com a mistura de vários elementos. A minha arte, por exemplo, é um mix de várias coisas, desde a chita e da religiosidade popular, até os standarts; é a cultura oriental, budista, o candomblé e os santos da igreja católica.”
Na exposição encontra-se apenas relicários com santos católicos. No entanto, as criações da artista misturam as mais diversas crenças
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Entre as relíquias mais famosas conhecidas estão: a Coroa de espinhos, a Madeira da Cruz, os Pregos da Cruz, o Prepúcio Sagrado, o Santo Graal e o Sudário de Turim.
cultura
A artista e seu trabalho Mineira,e com forte tradição voltada à religiosidade popular e o gosto por santos, Jaqueline Almada tinha a arte em sua vida apenas como uma distração. Isso até 2004. O ano em que a artista resolveu assumir sua paixão e se dedicar exclusivamente a arte de produzir relicários. “Uma grande amiga minha, uma artista plástica me instigou a fazer a minha história com os relicários. Eu fui pesquisar a respeito, achei que tinha muito haver comigo e vi que era isso que queria fazer. Foi um momento de mudanças na minha vida, queria buscar algo novo, e achei nos relicários a minha arte.” A partir de então, a artista não parou mais. Conta que começou a procurar cursos paralelos para se aperfeiçoar e com suas primeiras criações, partiu para as vendas das peças. No ano de 2007, criou a marca Santeria Objetos. “Comecei a estudar a cultura popular e a criar outros objetos também, móbiles, caixas decoradas, quadros, bijuterias, estandartes; sempre tentando tratar o universo das divindades independente da religião.” Jaqueline faz questão de ressaltar que apesar das dificuldades, o gosto pela arte e pela de criação vão além das técnicas e do lucro: “Cada peça para mim é única. É claro que às vezes, é preciso criar peças parecidas. Se um cliente pede vou seguir as orientações dele, mas quando me dizem que posso criar à vontade, fico muito satisfeita, pois agrego a cada material, a cada elemento as minhas histórias, o meu conhecimento de cultura popular e a minha inspiração.” A produtora de relicários, que começou criando apenas para os amigos, fornece peças para lojas e frequentemente participa de feiras. Atualmente, expõe algumas de suas criações no espaço Espadaria, que fica na rua Paranaguá 1200, em Londrina.
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Fotos: Vanessa Silva
As criaçþes de J desvendam o que cultura popu
Jaqueline Almada e de mais rico hรก na ular brasileira
cultura PONTO FINAL. 09/2010 21
Imagem bonita do Rio São Francisco que apareceu no Google imagens
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Ficção
Campanha da S.O.S. Zona da Mata gera polêmica
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A primeira etapa, “faça xixi no banho”, gerou discussões na comunidade científica, mas as duas próximas campanhas devem superar o número de reclamações Iuri Furukita Recife – Depois que um estudo do Vox Populi confirmou que a Zona da Mata seria extinta devido ao uso irracional de água potável em apenas dez anos, com margem de erro de 3% para mais ou para menos, o Instituto SOS Zona da Mata criou uma série de campanhas, iniciando pela “Faça xixi no banho”. Premiada internacionalmente, a primeira publicidade resultou em uma grande mobilização popular para comprar Havainas de banho com proteção especial para respingos. Feita pelo Datafolha, pesquisa mostra as sandálias sumiram dos estoques e seu preço dobrou em um mês, com margem de erro de 3% para mais ou para menos. Como qualquer sucesso, a campanha gerou controvérsias da comunidade científica. Segundo o presidente do SOS Zona da Mata, João das Árvores, ao evitar apenas uma descarga ao dia, cerca de 0,0001% do consumo diário seria reduzido, “parece pouco”, admite das Árvores, “mas se multiplicarmos pela população brasileira, é 0,0001% vezes 200 milhões! Isso é uma economia de 2000% de toda água utilizada no Brasil. Um número que não pode ser ignorado”. Porém, para o cientista ambiental, José Ceticismo, a conta desconsidera que enquanto urinam, “as pessoas não fecharão o registro do chuveiro, aumentando o tempo do banho e gastando mais água do que se dessem logo a porra da descarga”. O presidente da instituição recifense contra-argumenta: “é só os colegas fazer xixi enquanto ensaboam a cabeça”. Contudo a segunda parte da campanha em defesa da preservação da Zona da Mata nordestina, está causando um rebuliço ainda maior. Inspirado na frase de Ceticismo, o título da peça é “Garotão, não alivie os hormônios no chuveiro”. João das Árvores explica com cautela, “todo garoto a partir de uma certa idade passa por uma fase peculiar em que certas atividades braçais são de fundamental importância para a manutenção de seu estado de espírito ameno e estável. A menos, claro, que ele seja cris-
tão”. O problema é que o tempo de masturbação eleva significativamente o período do banho, por isso, é muitas vezes, conhecida pelo eufemismo: “aqueles banhos mais demorados”. Diante desse grave quadro ambiental, a campanha busca conscientizar ecologicamente sobre a necessidade de fontes alternativas de privacidade. Novamente bem sucedida, a SOS Zona da Mata teve rejeição do Sindicato das Empregadas Domésticas. Cidinha Asseada da Silva, representante de classe, enfatiza: “nós somos empregadas domésticas, domés-ti-cas! A partir do momento em que temos essas condições de trabalho, queremos receber o piso salarial das faxineiras de motel”. Associação dos Nerds Sem Fundos também se manifestou. Em uma publicação no Facebook, a diretoria, que não compreendeu o termo “entrevista presencial”, comentou que a demanda de mouses e teclados grudentos ou formatações devido à pop-ups incansáveis estão kilogigas acima da capacidade de processamento. Outra preocupada com a repercussão do “Garotão, não alivie os hormônios no chuveiro”, foi a revista de entretenimento no chuveiro, Plastboy. Diferenciada de seus concorrentes por ter todas as edições plastificadas, o editor chefe, Joaquim Greatjob, anunciou a diminuição dos textos publicados nas revistas e aumento no número de fotos impactantes para que o tempo do banho seja reduzido. “Nós da Plastiboy ficamos igualmente preocupados com a situação da Zona da Mata e resolvemos que deveríamos fazer nossa parte. Temos certeza que a mudança editorial fará desse mundo, um mundo melhor.” João das Árvores defende as campanhas comentando que não podem responsabilizar a SOS Zona da Mata por todos e quaisquer acontecimentos que possa ter remota ligação direta com ações da instituição. “Quando me mostrarem um estudo não-impresso, detalhado e feito por um instituto de confiança, o que significa margem de erro abaixo de 5%, poderemos conversar sobre fatos reais”, desafia ele. A próxima etapa da campanha já está pronta para ser veiculada, com o lema: “se os cachorros podem, nós podemos!”. Ela irá incentivar o uso ecologicamente correto de jornais para evitar mais descargas desnecessárias, seu jingle radiofônico diz: “Reutilize seu jornal, número dois é na folha, isso é bem ambiental, agache e solte a rolha, pois se assim fazem os caninos, nós também conseguimos!”.
Sorrisos, abraços, apertos de mão
Fotos: Rodrigo Fernando
Toda tensĂŁo e simpatia do dia 3 de Outubro para um candidato a deputado federal Rodrigo Fernando
eleições PONTO FINAL. 10/2010 24
“Tá bombando, tá bombando, tá chegando a eleição, tá na ponta da raquete o 1477 tá na boca do povão”. Esse jingle cheio de significados e rimas que jamais apelam para a obviedade, foi a trilha sonora do candidato a deputado federal e presidente da Câmara dos Veradores de Apucarana-PR, Mauro Bertoli (PTB). No dia das eleições ela não podia ser tocada, mas como toda música chiclete, ficou na cabeça. Depois de algumas conversas nos dias anteriores, encontrei Bertoli às duas horas do domingo em seu comitê. Caminhamos a pé as duas quadras até o colégio onde ele iria votar, no caminho: cumprimentos, abraços, apertos de mão. Ao chegarmos, uma multidão de jornalistas o esperava. Na verdade eram só três: um fotógrafo e um repórter do principal jornal da cidade e um cinegrafista da TV local, isso é, quase toda a imprensa apucaranense. Mais cumprimentos, algumas poses, uma rápida entrevista. Estamos de volta à rua, algumas pessoas param para mostrar a colinha com o 1477. Retornamos ao comitê, uma sala de uns 30 metros quadrados com divisões de compensado de madeira, formando três salas sem janelas, ventilador nem ar condicionado. Se a ideia era juntar calor humano, conseguiram. Afundo em um sofá - literalmente afundo, não há espuma que aguente ser sentada por 5.084.312 cabos eleitorais, eleitores, e pessoas pedindo “uma ajudinha” enquanto Mauro recebe pesquisas de boca de urna feita por seus correligionários. As notícias são animadoras, mas talvez não muito confiáveis, entre um telefonema e outro, pergunto quanto ele gastou na campanha “olha, rapaz, isso eu não sei te dizer”. E declarado? “ah, declarado uns 50, 60 mil”. Mauro Bertoli começou sua carreira política em 2000, – quando se elegeu vereador - atendendo
a um pedido do pai, seo Volveno Bertoli, ex-vereador, que antes de morrer pediu que ele se candidatasse ao legislativo. Depois disso se reelegeu mais duas vezes, em 2004 foi o vereador mais votado. Dois anos depois se tornou presidente da Câmara dos Vereadores, posto que ocupa até hoje. Cogitase que ele seja candidato a prefeito nas próximas eleições, mas ele é evasivo: “isso eu não sei te dizer agora, depende da coligação”. Depois de contar essa breve biografia, acalma a assessora a beira de um ataque de nervos, motivado pela ansiedade, pelo cansaço ou pelo simples prazer de ter um ataque de nervos. De volta às ruas, entramos em um Gol, que parecia ter acabado de sair de um rally, com a cor branca original denunciada apenas pela única parte sem barro, o teto. “Pra fazer campanha só com carro alugado”, isso explica por que ninguém se preocupou em lavá-lo. Andando sem pressa, o candidato conta que fez campanha em quarenta cidades do Vale do Ivaí, “fui no peito, sem apoio. Vereador quer R$30.000 para apoiar”. Precisando de 30 a 35 mil votos para se eleger, Bertoli prefere não prever quantos votos fará. Em uma cidade com mais de noventa mil eleitores, daria para eleger um deputado federal tranquilamente. Mas as contas não são tão simples na cidade alta. Não há união em torno de um candidato, é quase uma tradição no município que há 22 anos não elege ao menos um deputado estadual. O prefeito, João Carlos de Oliveira, preferiu apoiar o londrinense Alex Canziani. Vereadores também apoiaram candidatos de outras cidades, a maioria sem nenhuma identidade com Apucarana. Embaixo de uma chuva fina e com um frio camposdojordaniesco, lá vai o presidente da Câmara novamente no corpo a corpo em frente à maior zona eleitoral da região, “não tô fazendo boca de
Quadro no comitê demonstrava confiança
Mauro não desperdiçou a chance de cumprimentar eleitores em uma barraquinha de lanches
A esperada apuração dos votos não traria boas notícias
eleições PONTO FINAL. 09/2010
urna, só to cumprimentando os amigos. O pipoqueiro, por exemplo, se eu fico um dia sem falar com ele, ele fica chateado”. Fico cansado só de ver tantos sorrisos e abraços, e o candidato do “tá na ponta da raquete” ainda tem ânimo para fazer piadinhas. Tenho um momento de admiração, que desaparece quando vemos o promotor (caçador de bocas de urna) vindo. Vamos para outro colégio. Enquanto Mauro conversa com alguns amigos, um tiozinho puxa assunto, mais para monólogo: “nunca peguei nada de candidato: gasolina, dinheiro, nada. Sou cabeça feita. Já votei no Bertoli pra vereador, agora pra deputado, e quero votar pra prefeito”. Na rua, eleitores (ou puxa sacos?) gritam “ô deputado”. O relógio marca 16:42. Só esperar os últimos dezoito minutos se arrastarem para acompanharmos a abertura das urnas. Tudo calmo, ou quase tudo. De repente surge uma mulher de mais ou menos cinquenta anos, calça e jaqueta de couro, caminhoneira (isso, obviamente, descobri depois). Eis sua abordagem: “ô Mauro, vim do Mato Grosso só pra visitar minha mãe e votar em você. Minha mãe morreu, e não vai dar para votar em você por que vim no colégio errado. Eu voto no Djalma Mendes”. O bairro a 10 quilômetros de onde estávamos - lá vamos nós em busca do voto quase perdido - onze minutos, quinze quebra molas pulados depois Antes de agradecer pela carona, pediu um vale transporte, na falta deste ganhou quatro reais, sorriu, agradeceu e prometeu o voto. Voltamos ao comitê. Alguns cabos eleitorais mais exaltados batem palma, estapeiam a mesa, choram. Todos em volta do único computador disponível, acompanhando a apuração dos votos. As notícias não são boas. Os votos estão muito abaixo do esperado – esperava-se oitenta por urna, mas raramente passou dos cinquenta. Começam as caras de abatimento, um trabalho de sessenta e cinco dias indo pelo ralo. Apenas a assessora mantém o ânimo, “vamos conseguir, Mauro, vamos conseguir”. “Foi-se”, responde desanimado. O assunto paralelo fica por conta das despesas de campanha a pagar. Sentado, conversando com cabos Ao fundo: Mauro Bertoli eleitorais de outras cidades, Mauro já admite que não depois de votar será eleito, “vamos chegar a 20.000, mas não vai dar”. A assessora ainda mantém a fé. Trinta e poucos minutos depois, não há mais esperança, a derrota está confirmada. O clima de velório é contagiante, não tenho vontade de perguntar mais nada. Resultado final 17.859 votos, muito abaixo dos 35.000 esperados. “O gente vamos tomar chope de graça, que o nosso governador ganhou!”, tenta animar Bertoli, mas sua animação não convence ninguém. Me despeço e vou embora, com a sensação estranha de quem acaba de perder alguma coisa.
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greve dos bancários
Os bancários e bancárias estão saturados com tanta pressão e exploração por parte dos bancos
A maior em 20 anos PONTO FINAL. 10/2010
O aumento de agências fechadas demonstra a insatisfação dos bancários e a busca de melhores condições de trabalho
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Gabriel Bandeira O Sindicato dos Bancários de Londrina seguiu a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e está em greve desde o dia vinte e nove de setembro para pressionar por melhorias na proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários em Londrina, Wanderley Crivellari, a categoria bancária enviou para a Fenaban algumas reivindicações como o aumento de 11% nos salários, o piso de 2.157 reais, 510 reais para cada um dos benefícios: vale refeição, vale alimentação e auxílo
creche, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o fim da cobrança de metas e do assédio moral, que compromete a saúde dos trabalhadores e a contratação de mais funcionários – para diminuir a sobrecarga de trabalho e melhorar o atendimento à população. Em resposta, a Fenaban propôs repor a inflação do último ano (4,29%) que contempla do dia 1 de setembro de 2009 até 31 de agosto de 2010. Em Londrina não existe representante da Fenaban e o único comunicado oficial da entidade à imprensa foi publicado em seu site www.febraban.org.br no dia 08 de setembro desse ano:
Ponto Final: Como está adesão dos bancários à greve? Wanderley Crivellari: Aumenta a cada dia. A indignação é muito grande porque o trabalho bancário tem adoecido os trabalhadores devido a pressão e o assédio moral exercida pelos bancos. PF: Como ocorre o assédio moral? WC: Cotidianamente, o trabalhador sofre muita cobrança e maus tratos para que as metas sejam alcançadas, sem ser bem remunerado para isso. Cumprir 100% da meta é considerado algo banal. É preciso vender sempre mais. Nos bancos privados, o funcionário pode ser demitido caso não alcance a meta mínima. Assédio moral é uma prática que precisa ser abolida em qualquer categoria de trabalho. PF: Qual é o número de bancários em Londrina? Qual é o nú-
mento real, acima da inflação, todos os anos, desde 2004, e contam com a melhor convenção coletiva de trabalho do país, a única de âmbito nacional e garantia de Participação nos Lucros e Resultados (PLR); com a maior e mais ampla lista de benefícios, incluindo a menor jornada de trabalho do país, de seis horas e cinco dias por semana (30 horas semanais, enquanto a jornada legal para outras categorias é de 44 horas semanais). Assim, tomando-se como referência o CAIXA, que constitui o cargo mais numeroso na categoria, temos: Piso salarial do CAIXA para jornada de seis horas = R$ 1.501,49. • Adicionando-se vale refeição (371,36/mês), vale alimentação (289,36/mês) e auxílio creche (207,95/ mês), chega-se a um total de R$ 2.370,16 mensais, além de vale transporte, plano de saúde, treinamento etc. Tudo isso para 6 horas diárias de trabalho em 5 dias da semana. Os que têm jornada diária de 8 horas recebem salário, pelo menos, 55% maior do que os que têm jornada de 6 horas. • Participação nos lucros dos bancos. É a única categoria profissional que conta com este benefício em convenção coletiva de âmbito nacional. Cláusulas sociais e de saúde (base: CCT vigente)
mero necessário para diminuir a sobrecarga de trabalho e atender a população de forma adequada? WC: Existem aproximadamente 2.200 bancários em Londrina. É preciso aumentar esse número em 10%, no mínimo. O sindicato propõe que o horário de funcionamento dos bancos seja das 09:00 às 17:00 horas, com dois turnos de trabalho. Cada turno com cinco horas trabalhadas. PF: Quais são as reivindicações pelas quais o Sindicato dos Bancários tem lutado mais ainda não conquistou? WC: Vou falar algumas delas. Fim da dispensa imotivada porque hoje não existe garantia nenhuma de emprego. Valorização do piso salarial e um plano de cargos e salários. PF: Ao longo da história, como foi a relação do sindicato com os Bancos?
• Auxílio refeição de R$ 16,88/dia, inclusive nas férias. • Cesta Alimentação de R$ 289,36/ mês + 13ª cesta no fim do ano. • Auxílio Creche/ babá de R$ 207,95/mês. Auxílio para filhos excepcionais/deficientes de R$ 207,95/mês (sem limite de idade); • Complemento de auxílio doença: a todo empregado afastado por doença ou acidente do trabalho, o banco complementa a diferença entre o valor do benefício do INSS e o valor da remuneração mensal do empregado, até 24 meses. • Assistência médica após a demissão: cobertura de planos de saúde de até nove meses após a demissão, de acordo com o tempo de casa. • Pagamento de até R$ 831,28 para cursos de requalificação profissional, em caso de demissão. FENABAN - Federação Nacional dos Bancos Diretoria de Comunicação
greve dos bancários
Fenaban e bancos manterão agências abertas Diante da radicalização do movimento sindical, que abandonou a mesa de negociações apesar da Federação Nacional dos Bancos-FENABAN ter garantido reposição da inflação a fim de negociar aumento real, a entidade e os bancos manifestam sua firme intenção de adotar todas as medidas legais cabíveis e necessárias para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências e postos bancários. E é justo no início do mês que os bancos recebem maior afluxo de público devido ao pagamento dos 27 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que recebem o benéfico pela rede bancária. A FENABAN e os bancos respeitam o direito de greve. O que não se pode admitir são os piquetes contratados que barram o acesso da população às agências e postos bancários para impor uma greve abusiva, injustificada, pois a FENABAN aceita discutir reajuste real dos salários e demais benefícios da convenção coletiva, inclusive a participação nos lucros e resultados. Mas não pode aceitar um índice exagerado como o pleiteado pelos sindicatos, que nos últimos anos tem recorrido à tática de interromper o diálogo, sem tentar uma aproximação de números na mesa de negociações. Os bancários vêm recebendo au-
Segundo a Contraf-CUT, a greve já é a maior dos últimos vinte anos, superando a de 2009, quando os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior pressão do movimento. Os dois lados alegam que a outra parte não quer negociar, por isso não previsão para o fim da paralisação dos bancários.
WC: Sempre de muito combate e enfrentamento porque a relação capital-trabalho pressupõe isso. O sindicato serviu como instrumento de luta da categoria em relação aos patrões. PF: Judicialmente, o que os Bancos têm feito? WC: Judicialmente, os Bancos tentam utilizar um instrumento da área civil, o interdito proibitório. Com isso, os Bancos alegam que os trabalhadores querem tomar posse das agências bancárias. Mas não é nada disso. Nós queremos apenas lutar por melhores condições de trabalho. PF: Existe previsão para o fim da greve? WC: Não. Qualquer mudança nas reivindicações dependerá das negociações com a Fenaban. Ainda assim, vai depender da avaliação e aprovação da assembléia dos traba-
“Não é uma luta apenas pelos 11%, mas também por trabalho decente, com mais proteção à saúde e menos assédio moral”, ressalta Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato.
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Nós já sabiamos!
Está é a prova irrefutável de que o drama dos mineiros chilenos, na verdade, é uma super produção hollywoodiana de Cameron e Spielberg.