Nº 14
26 de outubro de 2017
quinzenal
custo 0,5 euro
diretor: agostinho ribeiro
Voluntários ajudam a reflorestar Valongo
Finalmente começam obras na Secundária de Ermesinde
fazemos reparações damos orçamentos grátis com envio de fotografias 916622965
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Jornal Novo Regional 26 de outubro de 2017
Abertura
Procura-se Jurado número 8
Opinião de
Rui Machado *
Sem que isso seja importante, começo a escrever estas palavras numa segunda-feira, sem saber, portanto, qual será o assunto que esta semana incendiará as redes sociais.
Porque vai acontecer. Acontece sempre, como se se tratasse da maior das fatalidades, invariavelmente, a cada semana - ou ainda em cadência maior - soltase um tema, assunto ou notícia que pega em violentas e agitadas labaredas sempre alimentadas pela gasolina despejada por grunhos que se parecem revesar por turnos. A coisa já tomou percursão tal que, nos dias que correm, uma das frases mais ditas na comunicação social portuguesa é, justamente, que determinado assunto “incendiou as redes sociais”. De facto, não se pode negar que estes sites e aplicações entraram no nosso quotidiano e em força, confirmando-se assim a nossa especial atracção por desgraças. Estima-se que metade da população portuguesa seja utilizadora e dado o que por lá se passa,
não será seguramente neste facto que encontraremos a esperança de nos fazer um país melhor. Não querendo, por agora, encontrar razões para que assim seja, estes lugares virtuais não primam pela razoabilidade e sensatez. Cada vez mais são espaços de ódios incompreensíveis e acusações de preferência infundadas, onde ninguém se apresenta sem saber tudo sobre tudo. Talvez este seja o caminho mais fácil e os bons estejam cansados de aturar os maus. Não sei… Sei sim que esta realidade me fez lembrar um filme extraordinário que constituiu uma adaptação de uma peça de teatro de Reginald Rose. Foi Sidney Lumet que realizou primorosamente, em 1957, o “12 Homens em Fúria” que não é mais do que um debate entre os
doze membros de um júri para decidir sobre a culpa ou inocência de um jovem desfavorecido acusado da morte do seu pai. Na prática (e na teoria) o que está em causa é a execusão do rapaz em cadeira eléctrica. À excepção de duas cenas muito breves, todo o filme é passado numa sala que quis, a genialidade de quem escreveu, que funcionasse como uma poderosa metáfora de ser a mente do próprio espectador em funcionamento. No início dessa reunião fez-se a votação preliminar que contou com onze homens a darem o jovem como culpado e apenas um como inocente. O jurado nº 8 tomou tal posição porque encontrou dúvida onde todos viram certeza. Não quis ser imprudente, inconsciente e insensato. Quis compreender antes de determinar,
ponderar antes de decidir. Quis ainda tempo e usálo para reflectir, trocando argumentos e pondo em questão convicções sem qualquer fundamento recusando seguir o caminho básico dos preconceitos, das ideias pré-concebidas e das opinões de maiorias que não questionam. Sinto que, cada vez mais, o facebook, twitter, instagram e similares não são mais do que a sala daquele tribunal americano. Todavia, com uma trágica diferença: falta o jurado nº8. E o resultado está à vista de todos os que não negam evidências. Haters que parecem reproduzir-se como coelhos e opiniões vindas directamente do paleolitico inferior actuam nestes palcos e tentam espalhar a urgência do ódio e a penumbra da ignorância. Falta parar, pensar, com-
preender e calar muitas vezes. Ao disparate e ao ódio não devem ser concedidas as luzes da ribalta que com estas novas tecnologias conseguiram alcançar. E apesar de acreditar que quem faz isto não passa de cobarde, não deixo de considerar este caminho muito perigoso. Somos portugueses e estamos sempre à espera de alguma coisa. Eu agora aguardo o jurado nº 8. Sou português, preciso sempre de um salvador que vá na frente e me faça acreditar que a mudança é possível.
* Escritor
Vereadores já têm pelouros distribuidos O executivo da Câmara de Valongo já reuniu por duas vezes e os vereadores já têm pelouros atribuidos através de despacho do presidente da Câmara José Manuel Ribeiro. Assim a vice-presidente Ana Maria Rodrigues ficará, entre outros com os Recursos Humanos, Turismo e Cultura. Orlando Rodrigues mantém a Educação e a Juventude. Paulo Esteves Ferreira será o responsável pelas Obras e ainda pelo Desporto. Manuela Duarte terá a seu cargo a Ação Social. Quanto a José Delgado ficará com o pelouro da DMOT. Também está definida a periodicidade das reuniões. A maioria aprovou que se realizem de 15 em dias, com o voto contra da coligação PSD/CDS que pretendia manter reuniões semanais. Os eleitos do PSD/ CDS ficam sem pelouros atribuidos
FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO REGIONAL
Diretor: Agostinho Ribeiro: Diretor Adjunto: Filipe Marques: Colaboradores: Carlos Silva;
O Jornal de Valongo e da Região
Paginação e gestão: Podium D’Emoções Lda Registo ERC 126951 Depósito Legal BN 372095/14
Nº 14 (91 Valongo)
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Propriedade: Pódium D’Emoções Lda; NIF 514192720 Detentores de mais de 10% do capital social - Filipe Marques e Agostinho Duarte Ribeiro
Abel Sousa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva; Rui Machado; Nuno Sousa (Publicidade) Morada: Sede e Redação - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS 4440-569 Valongo Filial - Rua José Seara 41 2º Esq sala 1 Valongo T: 220 184 611 email jornalnovoregional@gmail.com telm 932041387 (direção/redação) e 932041388 (comercial) Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis Tiragem - 4000 exemplares
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Valongo
Posse dos Eleitos para Câmara e Assembleia Com o tempo recorde de 11 dias após as eleições, os eleitos da Câmara e da Assembleia Municipal de Valongo tomaram posse numa cerimónia que decorreu no dia 11 de outubro, no Fórum Municipal de Ermesinde. Foram empossados como eleitos para o Câmara, o presidente José Manuel Ribeiro e os vereadores Ana Maria Gonçalves, Orlando Rodrigues, Paulo Esteves Ferreira, Manuela Duarte e José Delgado, todos do PS e Luís Ramalho, Rosa Maria Rocha e Alberto Neto pela Coligação Unidos por Todos (PSD/ CDS). Para a Assembleia Municipal foram empossados os 15 eleitos do PS, (Abílio Villas Boas, Armando Baltazar, Catarina Lobo, António Queijo Barbosa, Miguel Cardoso, Cátia Sofia Lima, Fernando Jorge Ferreira, António César Ferreira, Esperança Teixeira, Agostinho Silvestre, Hugo Padilha, Anabela Sousa, Manuel Melo, Joaquim Moreira e Ana Carina Silva), (mais três presidentes de Junta- Valongo, Ivo Neves, Ermesinde João
Morgado e Campo e Sobrado, Alfredo Sousa), os nove dos Unidos Por Valongo, (Alexandre Teixeira, Miguel Santos, Trindade Vale, Daniel Felgueiras, Hélio Rebelo, Ana Isabel Pereira, Tiago Dionísio, Daniel Torres Gonçalves e Paula Cristina Moreira), os dois da CDU, (César Ferreira e Sónia Sousa), o eleito do Bloco de Esquerda (António Monteiro) e o independente presidente da Junta de Alfena (Arnaldo Soares). Nos discursos perante uma sala cheia e com os presidentes de Câmara de Paredes e Oliveira de Azeméis entre os convidados, José Manuel Ribeiro agradeceu o contributo dos
vereadores do anterior executivo que deixam funções (Luísa Oliveira e Sobral Pires) e deixou no ar a ideia de que aceitará as boas propostas que venham da oposição. O autarca disse ainda que “vamos procurar fazer mais, que é o que a população quer ao ter dado uma maioria reforçada ao PS” e prometeu ainda cumprir todos os compromissos assumidos em campanha. Quer o presidente da Câmara, quer Abílio Villas Boas (presidente da Assembleia Municipal) salientaram as marcas que promovem Valongo e que têm dado ao concelho uma grande visibilidade.
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Valongo Voluntários do projeto GIRO ajudam a reflorestar as Serras do Porto
Intervenção na floresta de Valongo Cerca de 140 voluntários participaram, no dia 13 de outubro, no processo de reflorestação em curso na área do Parque das Serras do Porto, no âmbito da iniciativa de voluntariado corporativo GIRO promovida pelo GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, em parceria com o projeto Futuro. Esta ação incluiu várias atividades na Serra de Santa Justa, designadamente corte e remoção de espécies invasoras (descasque e arranque); manutenção de áreas recentemente plantadas com correção de tutores e tubos, sacha e amontoa; arranque de rebentação de eucalipto na nova área da Junta de Freguesia de Valongo; sensibilização para prevenção de incêndios florestais e proteção civil. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, que também preside ao Conselho Executivo da Associação Parque das Serras do Porto, e o Presidente da Junta de Freguesia de Valongo, Ivo Vale Neves, deram as boas-vindas aos voluntários desta iniciativa no Centro de Interpretação Ambiental de Valongo, uma das principais portas de entrada do Parque das Serras do Porto. Na abertura desta ação do dia 13, José Manuel Ribeiro e Ivo Neves, falaram da importância de preservar a floresta autoctone e agradeceram a participação dos voluntários e a ação do projeto Futuro. Diga-se já agora que a Junta de Valongo prescindiu de uma receita anual de alguns milhares de euros ao não manter o aluguer do terreno à Navigator, que aí tinha eucaliptos plantados. Nesta ação no Parque das Serras do Porto participam 140 Voluntários, colaboradores de 24 empresas e 3 entidades académicas: A. Silva Matos, Auchan, Biorumo, DHL, Esposende Ambiente, Fundação Manuel António da Mota, Groundforce, IBM, Klepierre, Lipor, MSD, Michael Page, Miranda e Associados, Moneris, Montepio, Prio, Quasar, RTP, Santander
Totta, Servilusa, Trivalor, Turn Around Social, Unicer, Wdmi; e Porto Business School, Universidade de Porto, Politécnico do Porto. Esta 12ª edição do GIRO, a maior iniciativa nacional de voluntariado corporativo, foi dedicada à defesa do Território. A nível nacional, no dia 13 de Outubro, 54 empresas associadas, 7 entidades académicas e mais de 850 voluntários vão participar em 8 ações, incluindo Regiões Autónomas. O GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial - é uma associação sem fins lucrativos e exclusivamente dedicada à promoção da Responsabilidade Social Corporativa. Esta associação, fundada em 2000, reúne mais de 150 empresas de todo país, de várias dimensões e setores de atividade, empenhadas em aprofundar o seu papel no desenvolvimento social de pessoas e organizações. O GRACE dinamiza anualmente a iniciativa de voluntariado empresarial “GIRO” que abrange várias intervenções a nível nacional. Este ano é a 12ª edição e o tema é a Floresta e a prevenção de incêndios. Para a desenvolverem a iniciativa na região norte o GRACE convidou o projeto FUTURO. O GIRO é a iniciativa de voluntariado corporativo com maior dimensão nacional que já contou, nas suas onze anteriores edições, com cerca de 7.000 voluntários de empresas
associadas do GRACE. No âmbito do GIRO são realizadas várias intervenções de um dia a nível nacional, tendo como objetivo trabalhar, por exemplo, a inclusão social, a defesa dos animais ou a recuperação de espaços naturais. O ano passado iniciouse o estudo para a integração de uma nova área no FUTURO. É uma área de 30 hectares, no coração do Parque das Serras do Porto, propriedade da Junta de Freguesia de Valongo. A área esteve até junho de 2017 exclusivamente dedicada à produção intensiva de eucalipto. Neste momento o eucalipto foi cortado (de acordo com o contrato que estava em vigor) e temos um novo e grande desafio em mãos. Ao longo dos últimos meses foram auscultados vários especialistas e procurado financiamento para as operações necessárias de reabilitação ecológica, que são muitas. Existe um completo guião de trabalhos, embora se continuem a procurar recursos para o implementar na sua totalidade. Um dos desafios de curto prazo passa por tentar eliminar os eucaliptos presentes (que após o corte rebentaram com grande vigor, como habitual). Um dos métodos ecologicamente adequados para atingir este objetivo é a inoculação de fungos saprófitos nas touças do eucalipto. E foi precisamente esse método que o Projeto FUTURO começou a testar
no passado 13 de outubro, com a colaboração da Mycotrend, de vários Voluntários já veteranos do FUTURO e ainda com o apoio dos Voluntário participantes no GIRO 2017. Nas próximas semanas continuará a ser dado corpo a este investimento que, esperam os responsáveis, ofereça resultados
(decomposição das touças dos eucaliptos) dentro de três anos. Este trabalho foi possível porque os colaboradores da Junta de Freguesia de Valongo investiram vários dias de trabalho na eliminação da rebentação do eucalipto (1,5 hectares) antes de ser realizada a furação e inoculação com
fungos. A intervenção de reabilitação ecológica deste antigo eucaliptal, que está agora no seu início, resulta de uma articulação entre a Junta de Freguesia de Valongo, a Câmara Municipal de Valongo e o CRE.Porto / FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto.
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Divulgação
VALONGO - ValEventos - E-Leclerc; Pódium d’Emoções (Jornal Valongo) Rua José Seara 41 2º Esq Sandes e Pratos (Largo Centenário) - Mário’s - Av. Emidio Navarro e Praça Machado dos Santos
ERMESINDE - Mário´s - Rua D. Afonso Henriques 4442
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Concelho de Valongo
Instalação das Assembleias de Freguesia
As cerimónias de instalação das Assembleias de Freguesia do concelho de Valongo e posterior eleição do executivo da Junta e Mesa da Assembleia, pautaram-se pela cordialidade e pela presença de muitas pessoas a quererem manifestar um sinal de confiança nos eleitos. Por ordem alfabética das fotos: Em cima à esquerda, a posse da JF Alfena, onde o eleito dos Unidos Por Alfena, Arnaldo Soares, continua presidente da Junta, apoiado por
uma maioria na Assembleia de Freguesia. Ao lado, na União de Freguesias de Campo e Sobrado, tudo continua na mesma, com Alfredo Sousa a liderar apoiado por uma maioria do PS. Em baixo à esquerda, João Morgado do PS é o novo presidente de Junta, apoiado numa maioria socialista na Assembleia. Ao lado, na Junta de Valongo, Ivo Vale Neves mantém-se, com apoio da maioria PS na Assembleia de Freguesia.
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Ermesinde
Obras na Secundária de Ermesinde arrancam Vai demorar 13 meses a concretizar a requalificação da Escola Secundária de Ermesinde, frequentada por milhar e meio de alunos. Trata-se um desejo antigo dos responsáveis, alunos e professores. A intervenção esteve prevista há anos, mas foi descartada pelo anterior governo. A consignação da empreitada aconteceu na segunda feira, dia 16 e a obra tem o preço contratual de 3.111.232,39€. O investimento é comparticipado em 85% por fundos comunitários, sendo o remanescente financiado pelo Governo (7,5%) e pelo Município de Valongo (outros 7,5%). O prazo
de execução das obras é de 395 dias. O projeto foi elaborado em articulação com a comunidade escolar, designadamente com a Direção do Agrupamento e a Associação de Pais. Entre outras intervenções, a empreitada inclui a requalificação total interior e exterior dos 3 blocos de aulas; a ampliação do refeitório e a requalificação da cantina; o tratamento exterior total do edifício administrativo; a construção de uma nova portaria; arranjos exteriores; e a reformulação dos balneários do Pavilhão desportivo. Só que até à conclusão
da obra vai ter de haver uma adaptação dos alunos e professores, já que serão utilizados três dezenas de contentores durante os treze meses de duração prevista. Na sessão de consignação, tendo a assistir dezenas de alunos, professores e funcionários, o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro pediu colaboração aos intervenientes, enquanto que Álvaro Pereira, diretor da escola, desejou que as obras decorressem com toda a segurança e garantiu que 16 de outubro “é um dia muito importante para a nossa escola”. Para José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, “com o montante
Campanha para apoiar os Bombeiros de Ermesinde Nos próximos dias 28 e 29 de Outubro, os Bombeiros Voluntários de Ermesinde vão efectuar uma campanha de angariação de fundos, tendo por objectivo a aquisição de mais e melhores equipamentos para o socorro e protecção de pessoas e bens das Freguesias de Alfena e Ermesinde. AJUDE-NOS A AJUDAR.
disponível não podemos fazer todas as obra necessárias, mas as possíveis”. O autarca lembrou que o projeto da Parque Escolar era o de investir 17 milhões
em Ermesinde, só que o processo foi suspenso. Depois desta primeira fase na Escola de Ermesinde ficam a faltar a segunda fase nesta escola de Erme-
sinde e as obras na Escola Secundária de Valongo e na Escola Básica Vallis Longus que são igualmente urgentes.
Teatro em Ermesinde Este fim de semana vai haver teatro em Ermesinde. Trata-se do “Grande Fimde-semana de Teatro no Fórum Cultural de Ermesinde, com duas comédias: Dia 28 de outubro 21h30 - “Crise a Quanto Obrigas...” - Grupo de Teatro Casca de Nós da AACE (Associação Académica e Cultural de Ermesinde) Reposição da peça apresentada na Mostra de Teatro Amador. Dia 29 de outubro 15h30 - “Cais Quer Coisa Show” - Grupo de Teatro da Linha 5, do Cais Cultural de Caíde de Rei - Peça constituída por divertidas rábulas da vida moderna. A organização é da Associação Académica e Cultural de Ermesinde
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Diversos
Caminhada Solidária para a Mãe d’Água A COMUTE (Comissão de Utentes da USF Santa Justa) e a USRV (Universidade Sénior de Rotary de Valongo) organizaram, na manhã do passado domingo, dia 22, um evento solidário a favor do Centro de Acolhimento Mãe d’Água. Tratouse de uma caminhada
histórico-cultural sob o tema da Batalha de Ponte Ferreira. Os cerca de 75 participantes, entre os quais algumas crianças, ouviram falar sobre a batalha, caminharam entre a Estação de Valongo e Ponte Ferreira e contribuíram com um total de 311 euros entregues à instituição de
Presidente da Câmara discursa em Estrasburgo
acolhimento de crianças em risco. A atividade contou com o apoio da “Taberna do Centenário”, que ofereceu água aos participantes, e o apoio de “Construções Carlos Ribeiro - Obras e reparações em sua casa”, com oferta de lanche.
O presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, foi um dos oradores na 33.ª sessão plenária do Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, que decorreu nos dias 18,19 e 20 de outubro em Estrasburgo. Além das atividades promovidas na Semana Europeia da Democracia
Local a que Valongo se associa desde 2015, na sua intervenção, o autarca destacou também o Orçamento Participativo Jovem de Valongo e a Semana da Prestação de Contas, que têm contribuído decisivamente para promover a participação da comunidade e a transparência da governação, fortalecendo assim o sistema democrá-
tico. “Acreditamos na democracia, mas isso não é suficiente, devemos cuidar do nosso jardim comum da democracia todos os dias com ações, não apenas palavras, porque as ervas daninhas de todo tipo estão sempre por perto”, concluiu.
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Cultura
Apresentada a Coletânea Arte pela Escrita X O site EscritArtes. com comemorou no Clube dos Fenianos do Porto o seu décimo aniversário com um almoço, no passado dia 14 de Outubro de 2017, culminando com a apresentação da Coletânea Arte pela Escrita X. Segundo explicou Goreti Dias, responsável pela seleção de textos e revisão da obra, além de proprietária do site, “Arte pela Escrita é uma coletânea nascida há 10 anos, resultado de uma parceria entre o site EscritArtes.com e a Editora Mosaico de Palavras. Este ano, foram selecionados 115 autores, dos quais 18 são naturais ou residentes no Concelho de Valongo. A obra conta com quase 500 páginas”. No site, podem inscrever-se gratuitamente poetas e prosadores, gente das artes, gente que gosta de mostrar o que faz nas
várias vertentes artísticas e de ver o que fazem outros. A cada aniversário do site, organizou-se sempre um convívio com lançamento de um livro, designado de bolo de aniversário pelos habituais convivas, e em que a participação de cada um era uma fatia. Assim nasceu a cada ano Arte pela Escrita. Esta publicação é já muito conhecida pela continuidade e qualidade. Este ano encerrou-se o projeto “Arte pela Escrita”. O site irá estudar a viabilidade de outros projetos. O que agora termina nunca conseguiu outros apoios além dos da Caves Castelar e da Editora Mosaico de Palavras. A editora não cobrando pelo seu serviço, as Caves Castelar contribuindo para “molhar” a palavra com o seu espumante nos “Parabéns”. O site é responsável pela publicidade, recolha de textos, seleção, revisão
da obra e organização da festa. Em jeito de conclusão, Goreti Dias afirmou: “Fal-
50 anos dos Juniores do SC Campo
Na edição de 13 de setembro noticiamos a entrega, por parte de elementos que integraram a primeira equipa de juniores do SC Campo em 1964, de uma lembrança das comemorações dos cinquenta anos à atual direção. Devido a lapsos na legenda aqui fica a retificação e a foto que foi oferecida (em baixo) Na foto de cima podem ver-se David, Sousa, Espanhol, José Bessa, Fernando Pingo do SC Campo, M. Catrino, Quim Faria e o diretor de então Vitor Ferreira. Na foto de baixo vêm-se Anselmo, David, M. da Marta, Garrido, M. Catrino, Espanhol, José Bessa, Sousa, Rebelo, Vitor, Cruz e Quim Faria.
ta alguém interessado em patrocinar a impressão dos livros. Infelizmente, tal não tem sido possível o que faz
com que não possam ser oferecidos, mas vendidos. O apoio das autarquias, neste caso, tem sido zero
pois, nascidos na Internet, não somos de “Terra” alguma! “
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Autรกrquicas 2017
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Atualidade/Opinião Em 2016, o valonguense Paulo Moreira escreveu a Marcelo Rebelo de Sousa sobre os incêndios florestais
“Uma ajuda para combater os incêndios” Sobre o FLAGELO DOS INCÊNDIOS, que afetou o país e naturalmente também a nossa região, o valonguense Paulo Caetano Moreira escreveu ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, há pouco mais de um ano, no rescaldo dos incêndios de 2016, sobre uma possível solução para os mesmos que, infelizmente, continuam e para pior. É essa carta, em forma de contributo, que transcrevemos.
“Senhor Presidente da República Portuguesa Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa Excelência Atualmente temos vindo a assistir a um grave problema a nível nacional, o qual a meu ver, poderá, se as forças políticas portuguesas assim o entenderem, ser, nos próximos anos, minimizado substancialmente. São os fogos florestais que necessitam de um travão. Abaixo exponho uma ideia que poderá ser posta em prática e socorro-me do Senhor Presidente, por reunir consensos e por ser admirado pelos portugueses, para junto do Governo e dos partidos políticos difundir esta ideia, que apesar de não ser nova, necessita de ser fomentada e o mais urgentemente possível, apesar de estarmos já a caminhar para o fim da época estival. Desde já peço desculpa pelo abuso, mas creio que esta seja a melhor forma de se lançar o debate e de se poder vir a reunir consensos. […] Incêndios Florestais: como acabar com o flagelo nacional? Anualmente, durantes os meses de verão, Portugal assiste ao grande problema dos incêndios florestais. Este ano, de 2016, a situação tem sido particularmente grave: hectares e hectares de área ardida, mortes, imóveis destruídos, pessoas desalojadas… Este flagelo agrava-se gradualmente com o correr dos anos, pois os incêndios
são cada vez mais violentos, apesar dos meios empregues na prevenção e no combate, com envolvimento de avultadas verbas suportadas pelo erário público. O principal fator para isto acontecer é a total desvalorização dos matos e resíduos florestais. Mas o problema não se resolve com verbas aplicadas no aumento de meios de combate e de prevenção conforme se tem vindo a fazer. Infelizmente a realidade tem vindo a corroborar esta ineficácia, dados os prejuízos anuais e pela já costumeira e elevada quantidade de hectares reduzidos a cinzas em todos os verões. Este flagelo resolve-se com uma nova prevenção, uma prevenção que venha revolucionar o modo de olhar para a floresta. A prevenção que tem sido feita, por ventura, tem dado os seus frutos, no entanto, estes frutos são muito exíguos face ao aumento de ignições e ao lavrar descontrolado de imensos fogos por todo o país, causando angustia e uma preocupação nacional frustrada e impotente. É tempo do país encarar este problema de forma séria, olhando para o passado e perceber que a floresta era valorizada na sua totalidade. Será que conseguimos calcular quão riqueza se perde anualmente com as imensas chamas que nos invadem através dos noticiários? E se estas chamas fossem aproveitadas para a produção de eletricidade, um bem que todos consumimos? A floresta necessita que a valorizemos, de uma forma simples, à semelhança de antigamente, mas com um olhar e necessidades atuais. É necessário que valorizemos os matos e resíduos florestais e não somente a madeira. Nas florestas abundam matos e desperdícios do abate de árvores, os quais se encontram à mercê dos pirómanos e das chamas. Ciclicamente, em períodos de poucos anos, um mesmo espaço florestal é repetidamente devastado, ardendo e destruindo ecossistemas, gerando
preocupações ambientais e colocando em perigo pessoas e bens. A própria produção de madeira comumente tem avultados prejuízos, ou pela sua destruição total, ou porque as plantações não conseguem atingir a maturidade necessárias para a plena produção geradora de riqueza. Devemos olhar para a floresta com vista à sua total valorização, incluindo o que agora ela tem de menor valor económico e que é a grande causa do flagelo dos incêndios. Tem menor valor porque não tem sido valorizado, mas se reparamos na quantidade anual de chamas resultantes dos incêndios poderemos ter uma ideia de que muita eletricidade poderia ser produzida, com benefício para a economia de um país extremamente dependente dos combustíveis fósseis responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa. Com tanto combustível (renovável) disponível e desaproveitado nas nossas florestas até nos faz parecer que os preços do petróleo e do gás natural estão demasiado baratos. Estamos a desperdiçar um importante bem e cabe ao Estado reverter esta situação. Os matos, que no passado eram utilizados, em larga escala, na agricultura, no conforto e alimentação dos gados e como combustível, e os desperdícios resultantes dos abates de árvores que eram, igualmente, usados como combustível, podem agora gerar eletricidade em Centrais Termoelétricas de Biomassa, evitando assim que, anualmente, se perca imensa energia de uma forma descontrolada e prejudicial, com todas as consequências associadas. A Central Termoelétrica de Mortágua, já em funcionamento desde 1999, é um bom exemplo e encontrase, ou encontrava-se, num plano nacional que previa a construção de muitas mais pelo país. Talvez tenham sido os custos associados à desmatação, à limpeza e transporte que não tenham permitido a competitividade, ou então outros interesses económico financeiros tolheram este projeto?
Implementar um projeto eficaz a nível nacional, que seja viável e permita a valorização do que tem sido mais desvalorizado não é tarefa fácil. Deverá o Governo incrementar as Centrais Termo elétricas de Biomassa e delinear um plano que incentive e estimule, nomeadamente, produtores florestais, proprietários e empresas produtoras de energia, e caso seja necessário, financiar as desmatações e os transportes, canalizando para o efeito e paulatinamente verbas que deixarão de ser precisas no combate aos fogos. Proceder à limpeza de matos e fazer o seu transporte até às centrais de combustão a um preço competitivo com os combustíveis fósseis, poderá não ser viável, daí a necessidade de intervenção e incentivo estatal no financiamento. Em contra partida o financiamento despendido no combate, com toda a certeza, diminuirá e com todas as vantagens resultantes da diminuição drástica de áreas ardidas. Se tivermos uma floresta limpa, mesmo que haja incêndios estes serão muito mais facilmente extintos.
Repare-se que numa floresta ordenada, sem excesso de matos e desperdícios, em que um simples ramo de árvore na mão de um popular consegue extinguir um incêndio, não é o mesmo que fazer um combate em locais que os próprios bombeiros (mesmo devidamente equipados) são obrigados a manter uma distância considerável dada a intensidade e altura das chamas por causa da existência de desperdícios florestais e matos densos que por sua vez transmitem os lumes até ao topo das árvores. Canalizarmos devidamente o que tem estado ao abandono, e tem sido menos valorizado na floresta, para a produção de energia elétrica pode acabar com o flagelo nacional dos incêndios, além de que pode: permitir a criação de muitos empregos por todo país, estimulando a economia; contribuir para a diminuição da dependência energética face ao exterior; contribuir para a diminuição de áreas ardidas; evitar que as chamas ano após ano devorem o país; evitar preocupações a nível nacional com os incêndios;
evitar a destruição de propriedades e bens; evitar a morte de pessoas; contribuir para a redução de gastos no combate às chamas; e contribuir para um melhor ambiente. Obviamente que haverá necessidade da aplicação de boas práticas em matéria de preocupação ambiental, no que respeita a especificidades da fauna e flora. Haverá necessidade de espaços de proteção dos ecossistemas e ao mesmo tempo necessidade de controlo para não haver lugar a exageros, os quais podem resultar em áreas “demasiado limpas” e desertificadas, sem fauna e flora. O diálogo com proprietários e especialistas na defesa da vida selvagem e do ambiente será, pois, necessário para não se cair em exageros. Complementarmente deve-se investir na educação para o respeito e a proteção da floresta e sua limpeza, para que não continue a ser vazadouro de todo o tipo de lixos, melhorando-se a imagem das nossas localidades e consequentemente do nosso país.”
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Desporto
Empate no derby Sobrado-Ermesinde A.F. PORTO - DIVISÃO ELITE
SOBRADO 1 - ERMESINDE 1 Jogo no Estádio Municipal de Sobrado Árbitro Pedro Campos auxiliado por Nuno Lopes e Fernando Pinto Ação disciplinar cartão amarelo para Pacheco (24) e Dembelé aos (28) ao intervalo 1-0 golos Leo Bonfim 15 (GP) e Pimpão aos 82( GP) Equipas: SOBRADO - Pedro Miguel, Rui Miguel, Ruizinho, Patrick, Leo Bonfim, Tiago Veiga, Gui, Caio, Filipe (78), Dembelé, João Miguel (61), Sàvio, Fabricio e Ruben(60) treinador: Mário Heitor ERMESINDE; Pedro, Pacheco, Fajó, Gustavo, Espinho, João Lindo, Pimpão(45), Nuno, Coentrão, Alves (70), F Ribeiro, Melo (70), Herdeiro e Quim treinador: Jorge Lopes
DERBY VALONGUENSE DEU EMPATE Uma tarde com sol aberto para receber o derby entre estas duas equipas do concelho de Valongo. Uma boa moldura humana a presenciar e apoiar as duas equipas. Antes, um minuto de silêncio (bem respeitado) em memória das vitimas dos incêndios. Após o inicio do jogo, a equipa da casa toma as rédeas e com mais bola, consegue chegar mais vezes com perigo à baliza ermesindense mas infrutífera na finalização. Deste domínio resultou uma grande penalidade a favor da equipa da casa a castigar o Ermesinde por falta sobre Fabricio. o experiente Leo Bonfim não perdoou e colocou a sua equipa na frente do marcador, resultado com que se chegou ao intervalo. Neste primeiro tempo o Sobrado foi de facto a equipa mais esclarecida no terreno. No reatamento, à excepção de uma boa oportunidade para aumentar a vantagem, que não aproveitaram, os homens de Sobrado foram largando as rédeas, muito por força dos forasteiros que entraram para o segundo tempo mais determinados em conseguir o empate. Dominaram praticamente a segunda metade do jogo e conseguiram o golo também através de uma grande penalidade . Corria o minuto 82, Herdeiro cai na área, o juiz deixa seguir a jogada mas o seu assistente, muito próximo dos dois jogadores, anuncia ao seu chefe a falta para o castigo máximo. O arbitro apontou para a marca e Pimpão na conversão fez o empate, de resto o resultado mais justo perante o futebol produzido em campo. Na classificação, o Sobrado é oitavo com 10 pontos e o Ermesinde é décimo com oito. Na próxima jornada o Sobrado vai jogar no Nun’Alvares e o Ermesinde recebe o S. Pedro da Cova. Texto e Foto: Carlos Silva
Outros campeonatos Divisão de Honra da AF Porto
O Alfenense venceu o Rio de Moinhos por 2-0 e está em terceiro lugar com 17 pontos. O Valonguense venceu o Citânia de Sanfins por 2-1 e está em décimo com oito pontos. Lidera esta série o Gondomar B com 21 pontos, o Vila Caíz está em segundo com 17 pontos (os mesmos do Alfenense). Na próxima jornada temos um Vila Caíz-Alfenense (os dois têm os mesmos 17 pontos) e um Gens-Valonguense.
1ª Divisão
O SC Campo perdeu em casa com o S. Pedro de Fins por 2-1. Está a ser complicado este início de época para a equipa de S. Martinho de Campo. Na classificação está em antepenúltimo com 3 pontos e na próxima jornada recebe o Mocidade Sangemil.
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Jornal Novo Regional 26 de outubro de 2017
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Diversos
Lentes de contacto coloridas Uma questão meramente estética ou não?
Conselhos de Saúde A sua visão 10
O uso de lentes de contacto tem sido cada vez mais usual e procurado pela população mundial e de todas as idades. Esta tendência deve-se principalmente à necessidade de correção de erros refrativos como a miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia e, principalmente, em pessoas que pretendem dimi-
nuir a dependência do uso de óculos. No entanto, esta não é a única razão pela qual as lentes de contacto têm conquistado cada vez mais o mercado e apoiantes na sua utilização - podem ser utilizadas em casos patológicos, como por exemplo, em olhos com rasgos e/ou deformações na pupila, e, também, por questões estéticas no sentido de alterar a cor dos olhos (acaba por ser uma das grandes razões pela qual a população mostra interesse na utilização de lentes de contacto coloridas) Este tipo de lentes de contacto tem uma parte colorida que coincide com a parte colorida do nosso olho e uma parte central – não colorida – pela qual a visão é possível. Tal como as lentes de contacto normais, sem coloração, estas são maleáveis e ajustáveis
ao nosso olho permitindo um conforto duradouro. Existem duas formas de substituição destas lentes: - diárias usam-se apenas durante um dia sendo descartáveis após a sua utilização; - mensais tratam-se de lentes de troca programada e, por isso, precisam de limpeza e desinfecção diária – utiliza as lentes durante um dia, depois deverá lavá-las, desinfectá-las e guardá-las num estojo para lentes de contacto até voltar a utilizá-las. Ao fim de um mês de utilização deverá colocar um novo par de lentes de contacto. As principais razões para o uso deste tipo de lente são duas: estética e terapêutica. Quanto à primeira razão podemos encontrar várias marcas e cores, sendo as mais usadas as lentes
azuis, verdes, cinzentas e cor de mel. As pessoas procuram este tipo de lentes para mudar a cor habitual dos seus olhos e para disfarce em festas temáticas, como o carnaval ou dia das bruxas. O que muitos não sabem é que existem lentes de contacto coloridas com graduação, ou seja, para além da questão de mudar a cor dos olhos podemos usufruir de ver bem com elas igualmente. Quanto à segunda razão existem vários motivos para a utilização terapêutica destas lentes. Um dos mais experimentados é devido a deformações na pupila como rasgos e furos que fazem com que não haja boa visão, em muitos dos casos as pessoas vêem duas imagens. Nestes casos uma lente colorida irá uniformizar a pupila e melhorar a visão. Pupilas de tamanhos diferentes podem
ser uniformizadas com o uso deste tipo de lentes. Olhos baços ou opacidades da córnea é outro dos motivos pelos quais as pessoas aderem a este tipo de lentes de forma disfarçar esse embaciamento, assim como em casos de heterocromia (a mesma pessoa com cores de diferentes de olhos, por exemplo olho castanho e olho azul) de forma a igualar a cor de ambos os olhos. Em pessoas com muita sensibilidade à luz – fotofobia – o uso destas lentes permite atenuar esse desconforto melhorando a qualidade de visão. Em suma, a utilização deste tipo de lentes de contacto pode ser uma mais valia para muitos casos, assim como pode prejudicar caso o seu uso não seja adequado e cuidado, como em qualquer lente de contacto. A sua procura deve ser sempre consciente e
com a ajuda de um profissional de visão em ópticas certificadas. Informe-se mais e melhor connosco. Tire todas as suas dúvidas na sua ótica de confiança! Encontre-nos na Opticalia Valongo, na Rotunda 1º Maio nº 44, 4440-519 Valongo. Contacto telefónico: 224 226 164 Dra. Rosária Barbosa
Magusto Paroquial
Filipe Marques Eventos e fotojornalismo, sessões fotográficas/books, edição e restauro de fotografias. Foto-reportagens de Eventos Sociais, Culturais, Desportivos, Moda, Musicais, Teatro, Casamentos, Batizados, Comunhões etc
E-mail: filipe_sergio@portugalmail.pt Tlm: 934609637 Localidade: Valongo
A Paróquia de Valongo, com a colaboração dos diversos grupos paroquiais existentes nesta paróquia, está a organizar o tradicional Magusto Paroquial com vista a angariação de fundos para as obras a re-
alizar na nossa Paróquia. Este evento terá lugar no Centro Paroquial de Valongo, no dia 05 de novembro, com início previsto às 12 horas. Assim, convidamos todos a tomar parte neste evento e a contribuir no
sentido de integrar neste objectivo, pois trata-se da preservação, não só da Igreja Matriz, como de vários outros edifícios que necessitam de uma intervenção. Contamos com a sua presença!”
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26 de outubro de 2017 Jornal Novo Regional
Documento
A civilização da Lousa Documento Nas décadas de 60 e 70, algumas empresas da indústria extrativa da ardósia (lousa) queixavam-se das dificuldades no recrutamento de pessoal. Acrescentavam ainda, que circunstâncias de ordem legal, constituíam um forte obstáculo e impedimento para ultrapassar o problema. Estava em causa, diziam: a sustentabilidade da indústria extrativa da lousa. Nos anos sessenta, as empresas lousíferas de Valongo, conheciam amplamente, a situação dos mineiros e operários contaminados pela silicose, doença profissional mais antiga que se conhece. Reconheciam que a solução, para além das medidas profiláticas empreendidas nos próprios locais e postos de trabalho, eram insuficientes. Consideravam que o Estado devia intervir, rapidamente, através de legislação apropriada, no âmbito da saúde, para protegerem estes trabalhadores afetados por esta doença profissional, com medidas de natureza social e económica, e ainda de cuidados continuados, a nível da saúde, para permitir a sua reintegração laboral, social e familiar. Recomendavam como medida fundamental, a proibição absoluta do trabalho em casa (indústria artesanal do fabrico de penas) que submetia os operários e as suas famílias, à intensa poluição das poeiras sílicas, um veneno para os seus pulmões. O enfraquecimento físico dos menores, empregados na indústria caseira, deveria merecer preocupações da parte das entidades oficiais. Um estudo sobre este trabalho infantil levaria certamente à sua eliminação. O problema excedia o âmbito de intervenção das empresas louseiras, que procuravam debelar os efeitos do empoeiramento nefasto nas minas, e recuperar o operário, afastado do seu posto
A falta de pessoal nas décadas de 60 e 70
de trabalho, por ser portador da doença profissional, com uma irrisória pensão de qualquer Companhia de Seguros. Adaptando-o a outro posto de trabalho, como, por exemplo: soleteiro, (Fabrico de soletos à superfície, sob um alpendre sem vedações laterais. Dadas as condições da sua execução, com o destaque da ardósia por palmetas e cortes por guilhotina, não oferecerem perigo de empoeiramento.) Uma forma de melhorar as suas condições de vida, condenados a usufruir uma insuficiente Pensão de Invalidez. Neste momento, o operário, sem apoio social válido, acrescentavam, sente-se incapaz de sustentar a família, e vê-se forçado a aceitar o novo posto de trabalho, concedido pela empresa, auferindo um salário proporcional ao seu novo desempenho. Consideravam, que apesar de no início dos anos sessenta, se ter assistido a várias movimentações no país, ao nível da prevenção e estudo da problemática da silicose, nada se alterou. O Ministério da Saúde, realizava, pelas empresas lousíferas de Valongo, várias ações para alertar os operários para os perigos do empoeiramento para a saúde: Campanhas Nacionais de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, bem como campanhas de radiorrastreio. As iniciativas, demonstravam, inequivocamente, o grave problema da silicose. Infelizmente, longe da atitude e do apoio verificado nos outros países europeus, a nível de assistência social, dado a estas doenças profissionais, com eficiência e eficácia. Uma das empresas, alertava ainda, para o problema da falta de pessoal, perante a exigência dos exames sanitários. Surpreendente, a posição assumida, a mais de uma década do 25 Abril de 1974. Vir a terreiro, irreverentemente, abordar temas tão polémicos, como a silicose e a sua envolvente social e, ainda a falta de pessoal. Nos anos subsequentes, mantiveram-se as dificuldades de substituição dos operários, que por qualquer motivo adoeciam ou deixavam de exercer a sua atividade profissional nas pedreiras,
por força da silicose. A exigência dos exames radiográficos, e a preocupação das Companhias de Seguros de reduzirem ao mínimo os seus riscos de indemnização, complicavam ainda mais a situação. As empresas impedidas de admitir pessoal, sem o acordo prévio das Companhias de Seguros, consideravam esta exigência lesiva dos seus interesses. A empresa insistia ser do interesse nacional o aumento das exportações e que a solução deveria emergir do próprio Estado. Faltam medidas de carater legislativo para consolidar a atividade mineira. O problema das inspeções médicas e dos seguros contra as doenças profissionais, necessita de uma solução que não afaste o pessoal desta atividade, acrescentavam. Só em 1936, e ainda assim de modo ineficaz, a legislação portuguesa reconheceu a silicose como uma doença profissional. Apenas em 1947, os Tribunais de Trabalho, passaram a impor o pagamento de indemnizações por incapacidade total ou morte, resultante da patologia referida. A mecanização nas minas continuava. Procediase à substituição de meca-
nismos obsoletos, ao nível do trabalho e dos transportes, reduzindo o empoeiramento, e melhorando as condições de trabalho, tentando-se ainda suprir a falta de pessoal. Porém, as medidas revelavam-se ainda insuficientes. A falta de pessoal, receavam, poderia provocar eventuais assimetrias na produção, e criar problemas futuros aos operários ainda válidos e às suas famílias. Nos anos sessenta, as empresas, atuavam com os cuidados na profilaxia contra a silicose e a sensibilização, junto dos encarregados, procurando a eliminação do trabalho a seco. A falta de pessoal é uma constante. A idade mínima de 18 anos, imposta para a admissão nesta indústria extrativa, leva a que os pais, para que estes contribuam para o esforço do orçamento familiar, os coloquem noutras atividades. Comentava uma empresa, que o trabalho no fundo dos poços, não pode considerar-se de maior perigo que os da construção civil em edifícios de grande altura. Será difícil, que estes menores de 18 anos, a trabalharem na indústria caseira, sem controlo de poeiras, passar num exame radiográfico, favorável à
sua admissão. Reiteram: a não serem tomadas medidas apropriadas, estará em causa o trabalho subterrâneo nas indústrias extrativas. Nota Pessoal: “A comparação do fundo da pedreira com o trabalho na construção civil, em altura, parece-me descabida. O que estava em causa não era um problema de acrofobia (medo das alturas) ou de claustrofobia (medo dos espaços fechados), mas sim um problema de silicose.” Nesse tempo, em Valongo, só em último recurso, um pai desejava para o seu filho um trabalho na pedreira. Não se pode ignorar que eram várias as famílias valonguenses e não só, destroçadas pela silicose e pelos vários acidentes mortais ocorridos nas pedreiras. Razões mais do que suficientes. Quando cheguei ao Susão, no início dos anos setenta, deparei ainda com várias viúvas da lousa. No entanto, era na lousa que muitas famílias, de prole numerosa, retiravam o seu sustento. Algumas crianças, auxiliavam em casa, na indústria artesanal de fabrico de penas, com os inconvenientes da poluição do pó da lousa. No entanto, havia pais que os afastavam das divisões da casa (a cozinha ou um acanhado barraco) onde o trabalho se processava. Quanto à posição assumida pelos pais dos rapazes, ou pelos próprios, após completarem os 14 anos de idade e antes dos 18 anos, apresentava-se com várias alternativas: Após os 14 anos de idade, (quase sempre antes) poderiam optar definitivamente, por uma profissão, sem nunca terem pensado ou contactado com lousa. Depois desta idade, (14 anos) poderiam optar, definitivamente, por outra profissão, mas manterem o contacto com a lousa, como o faziam antes, participando na atividade caseira das penas, sujeitando-se ao empoeiramento. Ou, no seio de uma família numerosa, cujo pai era mineiro, ajudando-a,
na produção caseira de penas e seu abicamento, antes e depois da idade escolar. Por vezes, mesmo analfabeto, sem a 4.ª classe (2.º grau). Talvez um pretenso candidato ao trabalho nas minas de ardósia (lousa). Neste último caso, não se libertava das poeiras sílicas. Estamos certamente na presença de um menor que provavelmente na mina ou em qualquer pequena fábrica de fazer lousas escolares e penas, em Valongo, evitava, escapulindo-se, as eventuais visitas de inspeção. (Continua no próximo jornal) No próximo trabalho, apresentarei algumas conclusões, demonstrando que as causas da falta de pessoal, não eram apenas de natureza regional, mas de âmbito nacional. O país vivia então, numa conjuntura social, económica, política e cultural, diferente do contexto europeu. No entanto, não se pode ignorar, que o panorama atual é bem diferente! Outra curiosidade. Nessa época, a indústria da lousa, apesar das dificuldades, nunca paralisou a sua atividade, por falta de pessoal. Cheguei a conhecer esta empresa irreverente. Era bem organizada e ativa no âmbito da inovação. Uma das suas minas, situava-se, relativamente afastada dos núcleos populacionais de Valongo. Daí as suas dificuldades na admissão de pessoal. Este é mais um texto, para um trabalho mais elaborado sobre a minha caminhada pela civilização da lousa. Infelizmente, algumas das pessoas, com quem privei, partilhei e recebi conhecimentos, já desapareceram. É difícil virar as costas à Civilização da Lousa! Desenho: realizado por Francisco Granja, desenhador e amigo, após o meu esboço. Texto Joaquim Manuel Pereira Marques 2017.10. 16
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