Nº 17
17 janeiro de 2018
quinzenal
custo 0,5 euro
diretor: agostinho ribeiro
Câmara entrega Nuno Ribeiro quer habitações a voltar a vencer 17 famílias Volta a Portugal
“Bad Investigate” de Luís Ismael em estreia
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Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
Abertura
Os burros de Buridan
Opinião de
Rui Machado *
Mais um ano que passou e a vontade deste cronista vos fazer balanços não era muita, até ter esbarrado com a extraordinária notícia da aprovação da nova lei de financiamento dos partidos. Lido muito mal — e acredito que o caro leitor também — com aquilo que se chama, em linguagem técnica de eleitor, “falta de vergonha na cara”. Não é a primeira vez, por certo, que ficamos com esta desagradável sensação. De qualquer forma, este exemplo tão próximo torna-se extraordinariamente útil para tentar perceber de que substância são feitos aqueles a quem pagamos para nos governar. Comecemos, então, com esse exemplo que serve de mote a esta reflexão. A incredulidade que, todo o processo de desenvolvimento e aprovação da nova lei de financiamento dos partidos encerra, é difícil de descrever, sem que dê uma volta ao estômago, a quem escreve e também, acredito, a quem tenha a bondade de ler. Todavia, como já foi referido, merece bem a pena o esforço por tão paradigmático exemplo se revelar. Vamos lá então com coragem e determinação! Primeiro deve-se dizer que não existiu qualquer estudo ou audição da sociedade civil para as alterações feitas à lei e ainda, repare-se, a votação aconteceu na véspera de Natal, não fossem os portugueses estarem desocupados e a prestar atenção – só por essa razão –, àquilo que os nossos políticos estavam a obrar. Depois,
o site do parlamento teve uma incompreensível e incomum falta de informação, não sendo possível saber quem foram os preponentes das alterações que acabam com os limites das angariações aos partidos políticos e ainda os tornam isentos de IVA. Ao que foi dado saber, existiu um grupo de trabalho formado na Assembleia da República mas com ausência registos porque se tratou de um grupo informal. Sim, informal! Sim, sem registos dos trabalhos que todos os portugueses financiam! “Proposta A, B” e por aí em diante, foram assim apresentadas as ideias de alteração que até os políticos tiveram vergonha de identificar como suas. Neste caso ressalta um outro aspecto interessante que se prende com o facto de, em matéria de proveito próprio, não haver qualquer diferença nos partidos, até naqueles considerados e dirigidos numa lógica de contra-poder e de necessidade de reforma ao sistema vigente. Tudo farinha do mesmo saco, é justo dizerse. O veto do Presidente da República só devia envergonhar os partidos que pariram esta lei. Mas ao que parece não se envergonham. O secretismo e falta de escrutínio foram para eles, e só para eles, absolutamente normal. Mas não há razão para nos espantarmos. Estes episódios pouco claros e transparentes são perfeitamente normais na classe política que temos permitido que nos (des)governe. Mais do que nunca é importante não esquecer que somos o país onde um exprimeiro-ministro é arguido num caso gigantesco de corrupção que engloba o maior banqueiro do país e, na altura, a maior empresa portuguesa que entretanto, naturalmente, se foi desgraçando, desmembrando e vendida à pressa. Somos o pais em que ser ministro
não é uma oportunidade única e honrosa de melhorar o próprio país, mas sim a forma mais eficaz de conseguir empregos de sonho em empresas ou instituições que tutelavam. Estão à vista de todos, exemplos de ex-ministros das obras públicas que se tornaram gestores de grandes empresas de construção, ou ainda, secretários de estado da área da saúde ou solidariedade social que vieram, e depois reforçaram, os seus lugares em concelhos de administração de grandes instituições de saúde e de apoio social, num claro conflito de interesses. Temos ainda políticos que depois de se esgotarem politicamente se tornam comentadores televisivos, muitíssimo bem pagos, para criticarem socraticamente esta promiscuidade, depois de terem deixado familiares seus na bancada parlamentar do partido que no passado presidiram. Outros ainda conseguem bater recordes de robustez testicular e, quando damos por ela, já vemos o pai, a mulher, o filho, a nora e o irmão em cargos de eleição ou nomeação política. E se quisermos falar no nosso actual governo, não será tão cedo que esta crónica terminará. O Ministro da Administração Interna e a Ministra do Mar são marido e mulher, o que não constitui qualquer surpresa já que, como é bem sabido, em Portugal, as pessoas competentes, em Portugal, casam todas umas com as outras. Mas ainda temos o ministro Vieira da Silva que tem a sua esposa na bancada parlamentar e sem trabalho conhecido na área das doenças raras foi a escolhida pela célebre IPSS Raríssimas para ir à Suécia cuidar da temática. Do ministro do trabalho, solidariedade e segurança social há ainda a referir a sua filha com uma fulgurante carreira enquanto adjunta que assume actu-
almente o cargo de secretária de estado adjunta do primeiro-ministro, depois de ter sido adjunta da ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues, entre 2005 e 2009, e também, nos dois anos seguintes, de José Almeida Ribeiro, secretário de estado adjunto do primeiro-ministro, José Sócrates. Depois há ainda o secretário de estado dos assuntos fiscais, irmão da secretária-geral adjunta do PS e também vice-líder parlamentar, casada com um ex-ministro de António Guterres. E como ninguém estranhou absolutamente nada disto, a nova secretária de estado da saúde é esposa de um eurodeputado socialista. É justo prever que esta gente – coitada –, não teve consoada mas sim reunião de conselho de ministros, ou
então, da comissão nacional do seu partido. Assim é a vida complicada de quem tem um fortíssimo espírito de missão e tão evidente desígnio nacional. E no meio de tudo isto, já me ia esquecendo, o presidente da maior câmara do país (e também a mais endividada, curiosamente) comprou, cartolas para festejar a passagem de ano, a um camarada de partido e antigo autarca sobre o qual recaíram suspeitas de incompatibilidade quando estava em funções. São 57 mil euros, com certeza, muito bem gastos a divertir o povo que bem precisado anda e andará. E não acontece nada porque como dizia o Almirante Pinheiro de Azevedo: “O povo é sereno”. Vivemos aquilo que parece ser uma eterna experiência do
Burro do Buridan que, perante dois fardos de palha equidistantes e iguais, acabou por morrer à fome por não conseguir decidir qual deles devia comer. Está bom de ver que o burro somos nós e os políticos são Buridan (sim, confirmase que ficam sempre com a melhor parte). É esta a razão para o perpétuo divórcio dos portugueses da política e a causa para níveis de abstenção altíssimos. Está na altura de nos deixarem de oferecer sempre palha, em alternativa à mesma palha, e creio ter chegado, já há muito, o momento de deixarmos que nos tratem como burros. Caso contrário morre burro, morre Buridan e morre um país inteiro. * Escritor
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17 de janeiro de 2018 Jornal Novo Regional
Divulgação
Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
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Política/Diversos
Rui Rio ganha em Valongo Nas eleições primárias para a escolha do líder do PSD, realizadas no dia 13 deste mês, Rui Rio venceu no país e no concelho Valongo. No país, Rio conseguiu 54,37% contra 45,63 de Santana. Com 197 votos a favor de Rui Rio e 172 a favor de Santana Lopes, o resultado na concelhia valonguense traduz um pouco do que se passou em todo o distrito. Na eleição para delegados ao congresso, a lista A, afeta a apoiantes de Santana Lopes venceu com 187 votos, a lista Z afeta à JSD, mas com posições publicas de apoio a Rui Rio, teve 99
votos e a lista R afeta a apoiantes de Rui Rio teve 69 votos. Quanto a número de delegados a lista A e a Z elegeram dois delegados e a lista R elegeu um dele-
gado. Entretanto o PSD deverá ter eleições para a concelhia valonguense em março, restando saber se irá haver uma ou duas listas em confronto.
Rua de Natal em Balselhas
CDU critica acordo de Concessão de Estacionamento Em comunicado remetido para a nossa redação, a CDU de Valongo critica o acordo entre a Câmara de Valongo e a concessionário do estacionamento em Valongo e Ermesinde, a Parques VE. Diz a CDU que foi recentemente discutida na AM de Valongo a velha questão dos parquímetros, processo iniciado em 2003 e que muita tinta correu desde então. “Muitos compromissos e entendimentos correram entre aqueles que sempre estiveram de acordo quanto aos reais objetivos deste processo de interesses económicos e imobiliários privados”. A CDU critica a gestão PSD de então e a gestão PS de agora deste processo que dá “a continuidade do favorecimento dos mesmos interesses privados à custa da coisa pública”. A CDU diz ainda que a atual Câmara “conseguiu finalmente, juntar dois em
um: a concessão dos parquímetros e do respetivo policiamento, legalmente atribuídos, à mesma concessionária. Assim, fica tudo em casa. Para a CM revertem uns míseros 7 % das receitas. O reverso de tão dourada medalha serão os prejuízos sempre crescentes para a população e para os comerciantes do
concelho. Os moradores das ruas com parquímetros vão ter a possibilidade de obterem um cartão de morador para um veículo, se não tiverem garagem. Os pequenos comerciantes vão continuar a ser prejudicados, pois continua a ser muito mais apetecível estacionar no parque grátis das grandes superfícies”.
Dormia no Parque mas foi encaminhado para albergue
A exemplo do que aconteceu no ano passado, Balselhas (Campo) voltou a celebrar a época natalícia de forma diferente. Com a iniciativa da Escola de Balselhas e com apoio da comunidade, incluindo a Associação Canários de Balselhas e Junta de Freguesia de Campo e Sobrado, o lugar foi enfeitado a preceito e iluminado a condizer. A iluminação teve o apoio da Junta de Campo e Sobrado, com alguns elementos do executico, entre eles o presidente Alfredo Sousa, aqui numa visita ao espaço. Estão de parabéns os professores, os alunos e os pais que ajudaram a colorir de forma diferente aqueles arruamentos. E para o ano há mais.
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José Garcia de 63 anos, desempregado, e que vivia em Valongo, esteve desde o início de janeiro até esta quinta-feira, a dormir no Parque da Cidade de Valongo. O homem foi acompanhado pela Segurança Social e esteve a ser alimentado pelo Centro Social de Ermesinde. Nesta quinta-feira o JNR sabe que José Garcia foi transportado (numa carrinha do Centro Social de Ermesinde) para um albergue em Vila do Conde. O homem foi expulso de casa por desavenças familiares e durante este tempo dormiu ao frio, contando com a ajuda de várias pessoas que lhe forneceram colchão, mantas e alguns alimentos.
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17 de janeiro de 2018 Jornal Novo Regional
Divulgação Lista de espera para habitação social é ainda extensa
17 famílias com casa nova A Câmara Municipal de Valongo entregou mais 17 habitações sociais a 47 pessoas carenciadas, incluindo 15 crianças, que passaram a época festiva a viver com condições de conforto e dignidade. A cerimónia formal de entrega das chaves realizou-se na segunda-feira, dia 18 de dezembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, apelou às famílias para que “estimem as novas habitações pois representam um esforço de toda a comunidade através dos seus impostos e são espaços de esperança que dão oportunidade para a vida melhorar”. Apesar de não dispor de casas em número suficiente para as necessidades do concelho, a Autarquia através da Empresa Municipal Vallis Habita esforça-se por dar resposta aos casos mais dramáticos de uma lista com quase 1000 agregados familiares inscritos para habitação
social. As 17 famílias serão realojadas em casas de diferentes tipologias (T1 a T4) em urbanizações localizadas em Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo. As rendas variam entre os 4,21€ e os 189,79€. Esta primeira entrega formal de casas no ano de 2017 só foi possível porque as habitações foram desocupadas pelos anteriores moradores. A recuperação de cada casa deixada vaga pelos anteriores ocupantes custa em média 8.000€. Entretanto, com recurso aos fundos comunitários que o Município contratualizou no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Programa Operacional Regional do Norte 2020 estão já a ser reabilitados diversos empreendimentos de habitação social do concelho. Trata-se de um investimento de 2.231.012€, que permitirá aumentar o conforto térmico das casas e requalificar os espaços exteriores envolventes.
Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
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Valongo
400 mil euros em apoio associativo Realizou-se no dia 18 de dezembro o ato público de Assinatura de Contratos Programa de Desenvolvimento Desportivo e Protocolos de Colaboração para a isenção do pagamento da taxa de utilização de Instalações Desportivas, Transporte e/ou Publicidade – Época Desportiva 2017/2018, com 58 associações e instituições do Município de Valongo. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, salientou que está em causa um investimento público superior a 400.000€, entre apoio direto e isenções por utilização de equipamentos desportivos municipais, bem como reforço de apoio às colectividades com instalações próprias. O autarca apelou ao sucesso e à ética desportiva dos atletas, dos dirigentes e respetivas famílias, revelando que as instituições beneficiadas ficam também obrigadas a uma cláusula de transparência para que a comunidade saiba como são gastos os recursos públicos. Para o vereador com o Pelouro do Desporto, Paulo Esteves Ferreira “pela primeira vez um executivo camarário promove uma descriminação positiva oferecendo um apoio financei-
ro adicional às associações que possuem equipamentos próprios e por isso não utilizam os municipais e cumulativamente descrimina positivamente as duas associações da única freguesia que não tem nem estádio municipal nem pavilhão. O Atlético Alfenense e o Centro Social e Paroquial de Alfena recebem assim, pela primeira vez, um apoio que pretende corrigir uma injustiça antiga.” São as seguintes as associações apoiadas: Academia de Formação Equestre e Hipoterapia de Valongo e Campo; Academia de Ténis de Valongo; ADTKDVL Associação de Taekwondo de Valongo; Agorarte – Associação Cultural e Artística; Agrupamento Centros de Saúde Maia/Valongo – ACES Maia - Valongo (parceria c/ Junta de Freguesia de Valongo); Agrupamento de Escolas de Alfena; Agrupamento de Escolas de Ermesinde; Agrupamento de Escolas de Valongo; Agrupamento de Escolas S. Lourenço - Unidade de Ensino Estruturado da EB Carvalhal e São Lourenço: Agrupamento de Escolas Vallis Longus; Associação Centro Social Figure Skating (CSPA); Associação Clube Zupper; Associação de Defesa Pessoal de Alfe-
reparações em: Computadores Telemóveis Consolas GPS CC E-Leclerc Loja 24 919 609 423 22 421 1336
na; Associação de Futebol Clube de Vilar; Associação de Promoção Social do Calvário; Associação de Taekwondo Estrelas do Susão; Associação Desportiva de Valongo; Associação Desportiva e Recreativa da Gandra; Associação Para o Desenvolvimento Integrado de Ermesinde - ADICE; Associação Recreativa e Cultural da Azenha - ARCA, Associação Social e Cultural de Sobrado; Associação Sójovem das Saibreiras; Associação Tradicional HANGUK MOO SOOL; Atlético Clube Alfenense; C. P. N. Clube de Propaganda da Natação; CENFIM – Centro Formação Profissional Industria Metalúrgica e Metalomecânica - Núcleo Ermesinde; Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Município de Valongo - CCD; Centro Hospitalar de S. João, EPE - Pólo Valongo; Centro Recreativo Estrelas da Balsa; Centro Social de Ermesinde; Centro Social e Paroquial de Alfena, Centro Social e Paroquial de Alfena - Hóquei, Clube de Atletismo “Os 5 à Hora”; Clube de Karaté Budo Dojo; Clube de Karaté de Alfena; Clube de Natação de Valongo; Clube de Propaganda da Natação; Clube Desportivo da Palmilheira; Clube Desportivo
de Sobrado; Clube Desportivo, Recreativo e Cultural da Chã; Clube Karaté de Valongo; Clube Ténis Ermesinde; Ermesinde Sport Clube 1936; Fenómeno Dinámico - Associação; Futebol Clube Estrelas Susanenses; Grupo Desportivo da Ribeira; Grupo Dramático e Recreativo de Retorta; Inteligência Corajosa - Ass. Desportos Combate; Junta de Freguesia de Alfena; Junta de Freguesia de Campo e Sobrado; Magriços de Ermesinde Cultura e Desporto; Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo; Núcleo Desportivo do Colégio de Ermesinde; Profival - Escola Profissional de
Valongo; Rancho Folclórico de S. André de Sobrado; Sporting Clube de Campo; União Desportiva, Cultural e Recreativa da Bela; União Desportiva Valonguense 1937; Paralelamente aos Contratos Programa de Desenvolvimento Desportivo, a Câmara Municipal de Valongo atribuiu um apoio pontual com vista a apoiar as entidades locais que possuem instalações próprias desportivas, ao serviço da população, uma vez que as existentes não são suficientes para o número de praticantes, de acordo com os seguintes critérios: 1. 4.000,00€ por espaço
desportivo, para entidades com instalações próprias, nomeadamente, Pavilhão, Piscina ou Estádio de Futebol; 2. Ao valor mencionado no ponto 1, acresce uma majoração de 2.000,00€, por instalação desportiva, desde que não exista na Freguesia oferta ao nível do Município. Assim, foi concedido um apoio pontual às seguintes entidades: ·Atlético Clube Alfenense - 12.000,00€; Centro Social e Paroquial de Alfena - 6.000,00€; Clube de Propaganda da Natação - 4.000,00€; ·Grupo Dramático e Recreativo de Retorta - 4.000,00€.
Gala dos Trilhos de Valongo A Gala do «Circuito dos Trilhos de Valongo» realiza-se no dia 20 de janeiro, pelas 21h00, no Auditório Dr. António Macedo, localizado no CCC Vallis Longus, em Valongo. Através desta iniciativa pretende-se distinguir os melhores e enaltecer o empenho, o trabalho e a dedicação dos atletas e clubes envolvidos no Circuito dos Trilhos de Valongo que, em 2017, juntou mais de 6.000 participantes nas cinco provas de trail running que integraram o circuito: Trilhos do Paleozoico, Trail de Santa Justa, Trail dos 4 Caminhos, Trail Quinta das Arcas e Trail Noturno de Valongo. Serão atribuídos troféus aos atletas e equipas dos três primeiros classificados das várias categorias.
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17 de janeiro de 2018 Jornal Novo Regional
Diversos
Plano de Gestão do Parque das Serras do Porto Teve lugar no passado dia 4 de janeiro a reunião da equipa técnica dos estudos prévios do plano de gestão do Parque das Serras do Porto, a paisagem protegida de âmbito regional criada em 2017. Este encontro contou com a presença do conselho executivo e da assembleia geral da Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto e vários elementos das vereações das três autarquias que integram a associação: Gondomar, Paredes e Valongo. Nesta sessão a equipa
técnica apresentou os resultados finais dos estudos prévios do plano de gestão organizados em 4 áreas temáticas: mineração romana do ouro, espaços florestais e defesa contra incêndios, património natural (geologia e biodiversidade), património cultural e história do parque. Os estudos resultaram de seis meses de trabalho de uma equipa mista constituída por consultores externos e técnicos dos três municípios e o respetivo relatório será concluído durante o mês de janeiro. Brevemen-
te, será dado início a uma nova fase da elaboração do plano de gestão. Estes estudos vieram sistematizar a importância dos valores em presença, quer do ponto de vista cultural, quer geológico, arqueológico, histórico, mineiro, ambiental e paisagístico. O Parque das Serras do Porto é um território constituído por 6 mil hectares de área, com imenso potencial recreativo, turístico, produtivo, mineiro e desportivo, gerador de mais-valias económicas para a população.
Casa da Juventude com mais valências A Casa da Juventude de Valongo, a funcionar no espaço Vila Beatriz em Ermesinde, tem novas valências, a saber: - Consultório Jovem: Os jovens portadores do Cartão Jovem Municipal EYC, válido, poderão usufruir de atendimento personalizado gratuito em variadas áreas. - Consultório da Saúde (ao abrigo de um protoloco de cooperação, celebrado entre o Município e o Hospital de S. Martinho): permitirá aos jovens que reúnam as condições acima
descritas e façam marcação presencial na Casa da Juventude, usufruir de consultas e exames gratuitos nessa entidade hospitalar. - Ponto Eurodesk: Tem como missão sensibilizar os jovens sobre oportunidades de aprendizagem de mobilidade e incentivá-los a tornarem-se cidadãos ativos. A Eurodesk é uma rede europeia de informação com serviços em 31 países e é um ponto de acesso à informação europeia para os jovens e para os profissionais da área da juventude. Esta
rede recebe apoio contínuo da Comissão Europeia através do Programa Juventude em Ação, operacionalizado pela DG Educação e Cultura. Acesso gratuito. - DAREAB (Projeto vencedor do OPJV) – Tem como missão proporcionar à população do Concelho de Valongo o acesso gratuito a uma intervenção especializada no âmbito da Demência e da Doença de Alzheimer, quer para os Doentes, quer para os seus Cuidadores Formais e Informais. Assim, o seu público-alvo
neste caso é alargado, sem idade específica. Excetuando o Ponto Eurodesk e o DAREAB, estes serviços destinam-se aos jovens portadores do Cartão Jovem Municipal EYC, válido (com idades entre os 12 e os 29 anos, inclusive). Os serviços funcionam sob marcação, pela Equipa da Juventude, de segunda a sexta-feira, sendo o Horário de funcionamento das 09h30|12h30 e entre as 14h00|17h30.
Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
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Valongo
Bad Investigate - Novo filme de Luís Ismael Chega esta quinta-feira às salas de cinema o novo filme de Luís Ismael, o responsável pela trilogia ‘Balas e Bolinhos’. ‘Bad Investigate’ é a quarta película do realizador do Porto, que também produz, interpreta e assina o argumento desta comédia policial. “Tinha este filme na cabeça desde o ‘Balas e Bolinhos 3’. Era um projeto mais ambicioso, mas conseguimos fazêlo”, revela ao CM Luís Ismael, explicando que o orçamento de 500 mil eu-
ros foi subsidiado em 40% pelo ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual) que, ironicamente, já tinha rejeitado o filme anteriormente. “Conseguimos graças ao programa de Apoio Automático [atribuído em função dos resultados de bilheteira da última obra], que, felizmente, não tem júri”, explica o cineasta, que critica o preconceito contra as comédias. “Aprendi a desligar-me deste racismo intelectu-
al, que distingue patetas e iluminados, gerando uma guerra civil entre o cinema de autor e o cinema comercial. Eu acho que há espaço para todos...” ‘Bad Investigate’, que tem ainda Eric da Silva, João Pires e Francisco Menezes no elenco, segue as peripécias de dois polícias corruptos que tentam ludibriar um agente do FBI na sua caça a um terrível traficante. texto CM
Natal na Santa Casa Nos dias 17, 20 e 21 de Dezembro, a Santa Casa da Misericórdia de Valongo esteve em festa! Dia 17 foi celebrada a Festa de Natal das crianças da Creche e Jardim de Infância, no dia 20 dos idosos do Lar, Centro de Dia e Serviço de Apoio
Domiciliário e no dia 21 das crianças do Centro de Acolhimento Temporário Mãe D’Água. Todos os espectáculos foram abrilhantados por momentos de dança, poesia, música, rancho e de teatro. Esta é uma forma mui-
to especial de a instituição celebrar para todos que nela participam esta data tão importante. O objetivo máximo da instituição é zelar pela felicidade de todos, proporcionando sorrisos e aquecendo os corações de todos.
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Natal dos Rezingões A Associação Motard “Os Rezingoes de Valongo” realizou no no dia 9 de dezembro um jantar de natal com cerca de 80 pessoas, entre associados e amigos. No dia 10 pelas 10h30 realizou um passeio de
Pais Natal pelas ruas das freguesias do concelho de Valongo iniciando a volta junto à Biblioteca Municipal de Valongo e terminando o seu percurso no Largo de Centenário. Aqui a comitiva foi recebida pelo presidente da Junta de Va-
longo, Ivo Neves. Nesse mesmo dia da parte da tarde, esta associação foi comemorar um dia natalício com as crianças da instituição Mãe de Água onde proporcionaram uma tarde de alegria a quem ali está acolhido.
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17 de janeiro de 2018 Jornal Novo Regional
Alfena
Alfenense comemorou 50 anos O Atlético Clube Alfenense comemorou, no dia 22 de dezembro, o seu cinquentário. Os discursos foram marcados por aquilo que os responsáveis defendem ser um tratamento desigual por parte dos vários executivos municipais em relação ao clube. Quer Camilo Moreira, presidente da Assembleia, quer António Oliveira, presidente da Direção, quer Arnaldo Soares, presidente da Junta de Alfena, comungaram da mesma posição, a de exigir mais apoio à autarquia, considerando o referido tratamento desigual, uma vez que as despesas do clube com os espaços ascendem a mais de 100 mil euros ano, despesas, dizem, “que os outros clubes não têm porque é a Câmara que as assegura, já que os espaços são municipais”. Já Paulo Esteves Ferreira, vereador do Desporto da edilidade valonguense, no seu discurso salientou a importância da data e referiu que o atual executivo implementou um apoio suplementar de 12 mil euros, tendo em atenção o facto do clube ter instalações próprias. O vereador referiu ser a primeira vez em que é efetuada “uma discriminação positiva”. De seguida fica um pouco da história da fun-
dação do clube, retirada da publicação “O Alfenense” de 1987. Como e Quando Nasceu o A.C. Alfenense «Certo dia, que se desconhece, à volta de uma mesa de trabalho de uma oficina de malas, pertencente ao sr. João de Carvalho Ribeiro, vários rapazes do lugar se reúnem em conversa habitual. A oficina era o local de encontro da juventude do lugar, ao fim do dia e fins-de-semana, pois aí podiam ver televisão e conversar enquanto os Ribeiros [N.R.: «Maleiros»] trabalhavam. Do grupo destacamos três: Avelino F. Ribeiro, José F. Ribeiro e Joaquim A. Ferreira, os primeiros filhos do sr. J. C. Ribeiro e o terceiro, companheiro inseparável dos dois. Foram os três quem tomaram a iniciativa que deu origem ao A.C. Alfenense. E qual dos três teve a ideia? Só eles o poderão dizer. Mas como com apenas 3 não se forma uma equipa de futebol, outros rapazes se juntaram e aos poucos foram comprando camisolas e calções com o dinheiro que se iam quotizando semanalmente. Ainda que oficialmente se diga que a fundação do
A.C.A. foi em 22-12-67, sabe-se que os jovens se quotizavam para a compra de equipamento e outras despesas, em Outubro de 1967 [N.R.: Domingo, 22 de Outubro de 1967], pois tal ficou registado num velho livro que parece ter desaparecido quando alguém, irresponsavelmente, queimou livros e outros documentos do Clube como sendo velharias inúteis. De notar que, no início, estes jovens, em especial os irmãos Ribeiro, tiveram a oposição do pai, que mais tarde os apoiaria incondicionalmente. Tiveram, no entanto, o apoio de alguns, poucos, adultos e de outros jovens, o que muito os incentivou. Foi de tal modo firme a vontade dos jovens que conseguiram vencer e afirmar através da sua vontade férrea, que os jovens sabem o que querem. E de tal modo o afirmaram que, hoje, o que era então um sonho e utopia para muitos, é uma realidade que orgulha todos aqueles que são verdadeiros Alfenenses. O primeiro jogo feito pelo A.C. Barreiro [N.R.: nome original do Clube, em alusão ao lugar de origem dos seus fundadores – o lugar do Barreiro (Alfena)] foi em Água Longa, numa altura em que o cam-
po de jogos estava abandonado. Aprazou-se um torneio com quatro participantes: o A.C. Barreiro, o Desp. de Sá (Ermesinde) e dois grupos de Vilar (Alfena). Feito o sorteio, jogou o A.C.B. com um dos grupos de Vilar a quem ganhou, para minutos depois jogar com o vencedor do outro jogo. No final dos 90 minutos registou-se um empate, pelo que o vencedor do torneio foi apurado por grandes penalidades, sendo favorável ao A.C.B.. Depois de um esforço de 3 horas calcule-se a alegria daqueles jovens! [N.R.: ainda hoje a pequena taça amolgada está exposta em lugar de destaque
na Sede do Clube] A partir daí foi um constante caminhar de vitória em vitória até ao dia 02 de Agosto de 1969, dia importante na história do Clube e que relataremos num dos próximos números. Lembramos os nomes dos jovens que hoje se orgulham [N.R.: infelizmente, hoje, alguns já não estão entre nós] de terem sido os primeiros a viver as alegrias e tristezas do A.C. Alfenense. Foram eles:
mes Barbosa [«da Xica»]; António Moreira Campinho; Manuel Carneiro Nunes [«Gigueiro»]; Américo Ferreira Magalhães [«Pesqueira»]; José Joaquim André da Silva Carvalho; Manuel Francisco Matias do Vale; Ilídio Carneiro da Rocha [«Xixo»]; David Monteiro Machado [«do Alto»]; A todos presta homenagem «O Alfenense» certo de que todos os sócios e simpatizantes comungam da mesma ideia.»
Avelino Fernandes Ribeiro [«Maleiro»]; Joaquim Alves Ferreira; José Fernandes Ribeiro [«Maleiro»]; José Augusto Moutinho Maia; Joaquim Go-
Junta de Alfena questiona Câmara Municipal A Junta de Freguesia de Alfena tem vindo a divulgar no seu facebook várias cartas que têm sido enviadas para a Câmara de
Valongo, pedindo explicações ou intervenções. Está nesta situação o pedido para a colocação de iluminação no Parque
do Vale do Leça, explicação sobre a demora nas obras na Ponte de Cabeda, estacionamento da Rua da Costa e outras.
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in «O Alfenense» n.º 2 – Agosto de 1987
Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
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Ciclismo Nuno Ribeiro confiante numa boa época da equipa de ciclismo de Sobrado
“Queremos voltar a ganhar a Volta” O sobradense Nuno Ribeiro é o Diretor Desportivo da equipa de ciclismo com sede em Sobrado, W52 FC Porto, equipa que conquistou cinco Voltas a Portugal consecutivas. Aos 40 anos de idade encara com otimismo a época que começa em fevereiro com uma prova em Estarreja e depois de 14 a 18 a importante Volta ao Algarve. Nuno Ribeiro afirmou ao Jornal Novo Regional que, “a equipa vai tentar renovar a supremacia conquistada na época passada e se possível ainda fazer melhor”. Foi nesse sentido que a maioria dos ciclistas permaneceu no plantel e houve a contratação de mais dois ciclistas. A equipa irá contar com quatro vencedores da Volta a Portugal, a saber, Gustavo Veloso, Raul Alarcon, Rui Vinhas e Ricardo Mes-
tre. Ficam na equipa ainda Angel Sanches Rebollido, António Carvalho, Samuel Caldeira e Ricardo Ferreira. Juntam-se ainda os contratados este ano César Fonte e João Fernandes. Nuno Ribeiro considera ser o plantel adequado para enfrentar os desafios que se colocarão à equipa. Sobre o facto de coexistirem quanto antigos vencedores da volta, o diretor da equipa de Sobrado refere que “se trata de um grupo coeso e unido e que todas irão trabalhar no sentido de ajudar a equipa”. No caso da Volta a Portugal, Nuno Ribeiro disse ao nosso jornal que “o objetivo é voltar a vencer, quer individualmente, quer por equipas”. Sobre se haverá um chefe de fila, o responsável afirmou que “na hora certa decidirei quem será, mas o mais importante é que continue e existir o espirito de grupo habitual
na nossa equipa”. Acerca dos objetivos a nível internacional, Nuno Ribeiro refere que “gostaríamos de subir de divisão e ascender ao escalão Profissional Continental (anterior ao ProTour), mas para isso teríamos de ter outro poderia financeiro, que não temos. Essa ascensão ao ProTour dar-nos-ia possibilidade de participar noutro tipo de provas, mas importantes e com mais prestigio”. Para fazer a época toda, a equipa de ciclismo de Sobrado necessita de muitos patrocinadores, os mais importantes são a W52 Quintanilha e o F.C. do Porto. A estes juntam-se várias outras empresas que também contribuem para que a época seja possível. Do concelho de Valongo, há ainda poucas empresas a patrocinar. Nuno Ribeiro defende que “uma vez que divulgamos Sobrado e Valongo, penso que deveríamos ter mais empresas do concelho a apostar em nós, mas este é um trabalho que se está a fazer e que vai, com certeza melhorar”.
Masters de ténis de mesa
No passado dia 6 de janeiro, no Pavilhão Municipal de Campo, decorreu a terceira edição do Torneio de Masters Ranking List de Valongo, com organização local do Núcleo C.R. Valongo. Participaram 165 atletas de todo país, tendo os primeiros sido Filipa Couto (Caldas) em femininos, No primeiro escalão o vencedor foi Pedro Silva (atleta da casa e também dirigente do NCRV) no segundo escalão venceu o atleta da Casa João Ramalho e no terceiro escalão venceu Jorge Pereira da Quinta dos Lombos. Para o vereador Paulo Esteves Ferreira este torneio mostra que há uma diversidade de modalidades para os jovens e para Pedro Silva (NCRV) este torneio foi um sucessso e o clube está a pensar em levar a cabo um outro, destinado às camadas jovens. mas com a presença de centenas de atletas da modalidade.
Sobre o apoio das entidades oficiais locais, o diretor da W52 FC Porto refere que “também poderia ser superior atendendo aquilo que disse atrás, a divulgação que fazemos de Sobrado e de Valongo.
É importante ter as autarquias connosco e por isso tudo fazemos para isso”. Entretanto e para além da equipa de ciclismo, Nuno Ribeiro continua a sonhar ser possível a criação de uma Academia de
Ciclismo em Sobrado. “Ainda não desisti e vou continuar a fazer todos os esforços para que tal seja uma realidade”, refere o técnico. ADR
Futebol distrital
Na divisão de elite da AF Porto Sobrado e Ermesinde tiveram sortes diferentes. O Sobrado venceu em casa o Baião por 2-1 e o Ermesinde foi a Barrosas perder por 2-0. Na classificação Sobrado é oitavo com 26 pontos e o Erme-
sinde é nono com 22. Na próxima jornada o Sobrado desloca-se a Paredes e o Ermesinde recebe o Vilarinho. Na divisão de honra o Valonguense foi ao Felgueiras B e empatou a uma bola.
O Alfenense recebeu o Alpendurada e ganhou por 3-1. Na classificação o Alfenense subiu à quarta posição com 27 pontos e o Valonguense é 11º com 20 pontos. Na próxima jornada o Alfenense vai a Citânia de Sanfins e o Valongo desloca-se ao Bougadense. Na primeira divisão o Campo voltou a perder, agora com o Atlético de Rio Tinto, por 3-1. Na classificação está em ultimo com apenas 8 pontos. Na próxima jornada o SC Campo desloca-se ao Aldeia Nova.
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17 de janeiro de 2018 Jornal Novo Regional
Associativismo
Ciclocross Internacional No próximo domingo, dia 21 de janeiro, o Parque Aventura da Lipor, localizado em Ermesinde, no concelho de Valongo, vai acolher pela primeira vez uma prova de Ciclocrosse Internacional de categoria C2, inscrita no calendário da UCI – Union Cycliste
International. Esta prova de âmbito Internacional é dirigida a atletas de alta competição, federados e tem a colaboração da Federação Portuguesa de Ciclismo, de forma a garantir as condições técnicas e competitivas para os cerca de 180 a 200
ciclistas vindos de várias zonas do País e restante Europa. Esta iniciativa é organizada pela Candibyke – Associação de Ciclismo, com o apoio do Município de Valongo e da Lipor.
Andebol do CPN Decorreu em dezembro o Torneio de Andebol CPN / Cidade de Ermesinde Natal 2017 (Juvenis Masculinos), Os premiados foram: 1º Classificado - CPN (9pt.) 2º Classificado - AA São Mamede (6pt.) 3º Classificado - Estrela Vigorosa Sport (5pt.) 4º Classificado - ADA Maia/ISMAI (4pt.)
gador - Luis Alves (CPN) com 3 votos (eleição pelos treinadores) Prémio Município de Valongo para Melhor Guarda-Redes - Pedro Machado (CPN) - com 5 votos (eleição pelos treinadores) Prémio Roscas.pt para a Melhor Defesa - AA São Mamede - com apenas 65 golos sofridos (67 pelo CPN; 76 pelo EVS; 83 pelo ISMAI)
Prémio Cidade de Ermesinde para Melhor Jo-
Houve ainda lugar à entrega do prémio para o
vencedor do concurso de fotografia, realizado pelas redes sociais da Secção de Andebol do CPN, e patrocinado pela Brinmedi - vencedor Paulo Gouveia (78 votos). Na entrega de prémios estiveram presentes o presidente do CPN, Rui Moutinho, o vereador da CMV com o pelouro do Desporto, Paulo Esteves Ferreira e o presidente da Junta de Ermesinde, João Morgado.
Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
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Diversos
Mais vacinas contra gripe
Com o pico da gripe previsto para estes dias em Portugal, as farmácias estão a fazer um derradeiro esforço para vacinar a população ainda desprotegida. O distrito do Porto tem pelo menos 339 farmácias habilitadas a administrar vacinas contra o vírus da gripe. No continente e nas ilhas, existem pelo menos 2.326 farmácias portuguesas habilitadas a administrar a vacina contra a gripe. Esta semana reforçaram stocks, para facilitarem o acesso à vacina aos portugueses de qualquer ponto do território. «As farmácias ão a rede de serviços de saúde
melhor distribuída no território e de mais fácil acesso pela população, por isso devem assumir a sua responsabilidade na protecção da Saúde Pública», declara Rute Horta, Diretora de Serviços Farmacêuticos da Associação Nacional das Farmácias (ANF). A vacinação evita mortes, diminui os riscos associados à doença e está indicada durante todo o Outono e Inverno. «As pessoas devem vacinar-se já. Nunca é tarde para prevenir», apela Rute Horta, farmacêutica com dez anos de experiência em campanhas de vacinação. As farmácias dispõem de farmacêuticos com for-
mação específica e reúnem todas as condições de segurança protocoladas para a administração de vacinas. Até ao momento, já foram dispensadas 509 mil vacinas na rede de farmácias. No concelho de Valongo pode dirigir-se às seguintes farmácias: Em Valongo as farmácias Central, Marques da Cunha e Marques dos Santos, em Alfena as farmácias de Alfena e BemMeQuer, em Ermesinde as farmácias Sá da Bandeira, Confiança, Ascensão, Formiga, Mag. e Palmilheira e ainda Farmácia de Sobrado e Bessa em Sobrado.
Marante em Valongo
O conhecido cantor Marante foi o denominador comum das festas de Natal da Associação de Socorros Mútuos e Fúnebre de Valongo e do Centro de Dia Mutualista. Na festa dos Socorros Mútuos, que aconteceu n dia 17 de dezembro no Sa-
lão Paroquial de Valongo, para além de Marante, que interpretou alguns dos seus conhecidos temas e fez dançar os presentes, atuaram “Os mesmos”, grupo da Associação Vallis Longus e o duo Horácio e Cristina. Para além disso houve
bolo rei e bebidas para os cerca de 400 associados presentes. No dia seguinte foi a festa no Centro de Dia. Depois da missa, tempo para a surpresa da tarde, já que não estava anunciada a presença de Marante.
Festa de Natal do Calvário
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17 de janeiro de 2018 Jornal Novo Regional
Diversos
Equipa Cinotécnica dos BVV resgata cães Ao início da tarde do primeiro dia do ano, a Equipa Cinotécnica dos Bombeiros de Valongo foi accionada para um Salvamento Animal, na freguesia de Sobreira, concelho de Paredes. Dois cães ficaram enclausurados numa galeria de uma mina (com cerca de 600mts), após um deslizamento de terras no seu interior. Após ser efectuada uma análise pormenorizada ao interior da galeria e sua segurança a equipa cinotécnica efetuou o trabalho de abertura de acessos
até junto dos cães que se encontravam na respectiva galeria desde a passada quinta feira. Depois de cerca de cinco horas de trabalho na abertura de acessos, foram resgatados os dois canídeos que depois foram entregues ao seu proprietário. Parabéns aos operacionais dos Bombeiros de Valongo que estiveram no local demonstrando total operacionalidade e disponibilidade. Texto e foto: facebook da equipa cinotécnica dos BVV
Mercadinho de Natal No dia 16 de dezembro, de2017 realizou-se na Praça Machado dos Santos um Mercadinho Solidário de Natal, no âmbito das disciplinas de Sociologia, Psicologia e Filosofia, da Escola Secundária de Valongo, em parceria com a Junta de Freguesia de Valongo. Os objectivos gerais da atividade incidiram na sensibilização dos alunos para a vida ativa, desenvolvendo práticas de empre-
endorismo. A compreensão do mundo envolvente fundamenta competências a vários níveis, possibilitando a consciência do Outro e a sua relação com o Mundo. Esta atividade foi possível graças ao empenho despendido pelos alunos (12º LH1,12º CT1,11º LH3 e 10º LH2) pelos professores (Margarida Sousa, Cândida Bessa e Celestina Ançã), pelos Encarregados
de Educação, salientando a Purificação Matos pelo seu afinco e envolvimento total na atividade e à Junta de Freguesia de Valongo por todo o apoio logístico fornecido. Este projeto será o início de outros uma vez que incrementa o diálogo social e desenvolve atitudes empáticas com o meio envolvente. Margarida Sousa
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Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
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Diversos Beatriz Campos Cantante NOTÁRIA Concelho de Valongo Extracto para publicação ---Natália Abelha Figueiredo, por delegação expressa da Notária Maria Beatriz Vieira Campos Cantante, com Cartório Notarial, sito na Rotunda 1º de Maio, nº 160, 1º sala 28, em Valongo: ----CERTIFICA narrativamente, para efeito de publicação, que neste Cartório Notarial, no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 212, a folhas 108, se encontra exarada uma Escritura Pública de Justificação Notarial, outorgada hoje, na qual JOSÉ MANUEL PEREIRA RIBEIRO, casado, natural da freguesia de Massarelos, concelho do Porto, com domicilio profissional na Avenida 5 de Outubro, cidade e concelho de Valongo, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Valongo, em representação do Município de Valongo, pessoa colectiva com o NIPC 501138960, declara que o Município seu representado é dono e legitimo possuidor, com exclusão de outrem, do seguinte: -----Verba Um -----Prédio Urbano, sito na Rua Vasco da Gama, nºs 307 e 313, e Rua Martins Afonso de Sousa, nº 22, freguesia e concelho de Valongo, composto de edifício de rés-do-chão e andar, com a área coberta de cento e trinta e seis metros quadrados e logradouro com a área descoberta de duzentos e trinta e cinco metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Valongo e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 2646, da freguesia de Valongo. -----Verba Dois -----Prédio Urbano, sito
na Rua Vasco da Gama, nºs 345 e 353, e Rua Martins Afonso de Sousa, nº 50, freguesia e concelho de Valongo, composto de edifício de rés-do-chão e andar, com a área coberta de cento e trinta e seis metros quadrados e logradouro com a área descoberta de trezentos e quinze metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Valongo e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 2647, da freguesia de Valongo. -----Verba Três -----Prédio Urbano, sito na Rua Gaspar Corte Real, nº 66 e Rua Martins Afonso de Sousa, nºs 51 e 53, freguesia e concelho de Valongo, composto de edifício de rés-do-chão e andar, com a área coberta de cento e doze metros quadrados e logradouro com a área descoberta de duzentos e sessenta e quatro metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Valongo e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 2648, da freguesia de Valongo. -----Verba Quatro -----Prédio Urbano, sito na Rua Martins Afonso de Sousa, nº 91, 95 e 101, freguesia e concelho de Valongo, composto de edifício de rés-do-chão e andar, com a área coberta de cento e doze metros quadrados e logradouro com a área descoberta de cento e noventa e seis metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Valongo e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 2649, da freguesia de Valongo. ----- Que, desde tempo que não pode precisar, mas pelo menos desde o ano de mil novecentos e sessen-
ta e três, o Município de Valongo entrou na posse e fruição dos referidos imóveis. ----- Que, não obstante a falta de qualquer título formal que legitime o domínio dos referidos imóveis, o Município tem exercido a posse sobre os mesmos, em nome próprio, desde então, e portanto há mais de vinte anos, sem interrupção, de forma ostensiva, à vista de toda a gente, sem violência ou oposição de quem quer que seja, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, traduzindose em factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades dos imóveis, nomeadamente através da construção dos edifícios, sua administração, procedendo a obras de conservação, melhoramento e recebendo as respetivas rendas, sendo os supra identificado imóveis reconhecidos sem reservas pela população do município como pertencentes ao seu domínio privado. -----Que, a posse pacifica, pública, contínua, e em nome próprio dos citados imóveis, desde pelo menos o referido ano de mil novecentos e sessenta e três, conduziu à aquisição dos mencionados prédios por usucapião, que invoca em nome do Município de Valongo, para justificar o direito de propriedade para fins de registo. -----Está conforme o original. Valongo, 14 de dezembro de 2017. A Colaboradora autorizada pela Notária Lic. Beatriz Campos Cantante, Natália Abelha Figueiredo
Câmara Municipal de Valongo Edital n.º 12/2018
DR. JOSÉ MANUEL PEREIRA RIBEIRO, Presidente da Câmara Municipal de Valongo, torna público, nos termos do disposto na alínea t) do n.º 1 do artigo 35.º, conjugado com o disposto no n.º 1 do artigo 56.º ambos do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e atento o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 4.º do DecretoLei n.º 146/2014, de 09 de Outubro, que a Assembleia Municipal de Valongo, em reunião realizada no dia 23 de novembro de 2017, deliberou aprovar o aditamento aos contratos de concessão de fornecimento, instalação e exploração de parcómetros nas zonas de estacionamento de duração limitada nas freguesias de Ermesinde e Valongo. ----------------Mais torna público, em cumprimento dos mesmos normativos legais, que as escrituras das alterações aos contratos foram celebradas em 22 de dezembro de 2017, no Cartório Notarial da Dr.ª Beatriz Campos Cantante, em Valongo. ________________ Torna ainda público que os aditamentos aos contratos foram celebrados entre o Município de Valongo, NIPC 501138160, com sede na Av. 5 de Outubro, n.º 160, Valongo, representado pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal Dr. José Manuel Pereira Ribeiro, na qualidade de Concedente e a empresa Parque VE Gestão de Parques de Estacionamento, S.A., NIPC
504856103, com sede no Parque Industrial de Celeirós, 2ª fase, Lugar da Talharinha, União das Freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro, concelho de Braga, representada pelo seu Presidente do Conselho de Administração, Sr. Domingos Ferreira Correia, na qualidade de Concessionária. ---------------Os aditamentos aos contratos têm por objeto a reorganização do número e localização de lugares de estacionamento abrangidos pelos contratos de concessão; a adaptação dos contratos de concessão ao novo regime substantivo dos contratos públicos estabelecidos no Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro; e atribuir à concessionária a competência para exercer a atividade de fiscalização do estacionamento nas zonas devidamente delimitadas e sinalizadas, que estão concessionadas pelo Contrato de Concessão e que se encontram identificadas e delimitadas no Regulamento Municipal de Trânsito e de Estacionamento de Duração Limitada e que correspondem aos seguintes arruamentos: ----------- Na Freguesia de Ermesinde: Rua José Joaquim Ribeiro Teles, Rua D. António Ferreira Gomes, Avenida Primavera, Rua Bernardim Ribeiro, Rua D. António Castro Meireles, Rua Infante D. Henrique, Rua S. Lourenço, Rua S. Silvestre, Rua Rodrigues de Freitas, Rua Vasco da Gama, Rua Fábrica Cerâmica, Rua Gil Vicente, Rua Professor Joaquim Teixeira, Rua Dr. Egas Moniz,
Rua Vasco Lima Couto, Rua Lourenço Marques e Praça 1.º Maio; ----------- Na Freguesia de Valongo: Rotunda 1.º Maio, Avenida dos Desportos, Rua Dom Pedro IV, Avenida 25 de Abril, Avenida 1.º de Maio, Rua do Mercado, Rua Dr. Nunes da Ponte, Rua Padre Joaquim Lopes dos Reis, Rua de São Mamede, Praça Machado dos Santos, Rua Joaquim Marques dos Santos, Rua Visconde Oliveira do Paço, Rua do Norte, Parque Norte, Avenida Emídio Navarro, Avenida 5 de Outubro, Rua José Seara e Rua de Portugal. O prazo de execução dos contratos é de 20 anos, com início em 2 de março de 2004, sendo a retribuição ao concessionário efetuada através dos montantes retirados da exploração dos parcómetros após entrega à Concedente, Câmara Municipal, da participação de 7% das receitas brutas de exploração. ----------------------Os Contratos de Concessão encontram-se disponíveis no sítio da internet www.cm-valongo.pt . Para constar e devidos efeitos, se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser fixados nos lugares de estilo, nos dois jornais de maior circulação na região e no sítio da internet suprarreferido. ---------------------
Valongo e Paços do Concelho, aos dezassete de janeiro de 2018 O Presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro, (Dr.)
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17 de janeiro de 2018 Jornal Novo Regional
Documento
A Guerra do Sucessão Portuguesa Documento No Mapa Roteiro da freguesia de Gandra, hoje cidade, lê-se o seguinte: “Gandra viveu o momento alto da sua história, que a elevou à escala nacional, aquando das ferozes lutas entre liberais e absolutistas, nos anos 30 do século XIX. Tornada conhecida como Batalha de Ponte Ferreira, desenvolveu-se entre Gandra e São Martinho do Campo”. Segundo Pinho Leal in Portugal Antigo e Moderno, relata assim os acontecimentos: «No dia 22 de Julho de 1832, o General Conde de Vila Flor (depois Duque da Terceira), à frente de 5000 homens do exército liberal, ataca os realistas em Ponte Ferreira. A investida foi rude e a resistência obstinada. Depois de um dia de combate, e de muitos mortos e feridos de parte a parte, os liberais tiveram de retirar as suas posições. (…). No dia seguinte, pelas 10 horas da manhã, Vila Flor ataca novamente os realistas pelo sítio da Gandra em Ponte Ferreira. A acção foi ainda mais encarniçada do que a da véspera, e durou 10h (até às 8 da tarde), senão fazerem aos contrários muitos mortos e feridos». Uma guerra civil que destruiu parte do tecido económico do País. Durou cinco anos e teve várias fases. De 1828 a 1832, os liberais contaram apenas com a Ilha Terceira como ponto de apoio, alargado mais tarde às outras ilhas açorianas. Aí foi constituída uma Regência, a de D. Pedro, e aí se legislou abundantemente. Em Julho de 1832, desembarcou, com uma expedição de 7500 homens, próximo do Porto, no Mindelo, conquistando a cidade. Deu-se nesta fase da guerra a referida Batalha de Ponte Ferreira. Até 1834, o País iria sofrer os estragos, a todos os níveis, ficando à mercê dos credores externos. Ingleses, franceses e vários outros tomaram o seu quinhão da riqueza pátria e impuseram ao País um controle maior do que nunca. Auxílio estrangeiro e interferência directa nos assuntos internos do País iriam caracterizar a conturbada história do constitucionalismo monárquico até à década de 1840.” Pinho Leal in Portugal Antigo e Moderno – 1875 Vol. VI – p. 481. “No logar de Ponte Fer-
O Cerco do Porto - A batalha da Ponte Ferreira
reira, freguezia da Gândara, d´êste concelho se feriu a primeira batalha, entre tropas realistas e liberaes, a 22 e 23 de Julho de 1832 (vide Ponte Ferreira).” (Este lugar não pertence a Gandra, concelho de Paredes, mas sim à freguesia de Campo, (agora União de Freguesias de Campo e Sobrado) do concelho de Valongo) O Dr. José do Barreiro na sua Monografia de Paredes – 1922 – p. 9, referindose à batalha diz: “Não foi um grande combate; e o local dele foi o monte da Boa Vista, ao poente da igreja de Gandra. O lugar de Ponte de Ferreira é da freguezia de S. Martinho do Campo, do concelho de Valongo e por isso o padre Joaquim Alves Lopes Reis na monografia chamada A Vila de Valongo se ocupou desse combate e mostrou o pouco valor dele. Houve em dois dias tiroteio, e ambas as partes fugiram; os liberaes para o Pôrto e os absolutistas ou miguelista para Baltar, Penafiel e até alguns para Amarante!” Pinho Leal in Portugal Antigo e Moderno – 1876 - Vol. VII – pp. 184-185, como testemunha dos dois combates, deixa-nos o seu relato: “Ponte Ferreira – aldeia, Douro, na freguezia da Gândara. (Vol. 3º., pag. 258, col. 1ª.) – (Este lugar, Ponte Ferreira, pertence a S. Martinho do Campo (Valongo) e não a Gandra (Paredes). Localizase, no outro lado da ponte, na margem direita do rio Ferreira.) A aldeia de Ponte Ferreira tornou-se celebre pelos dois combates aqui dados entre realistas e liberaes. A 4.ª divisão do exercito realista, passára o rio Douro, para operar ao N. do Porto. Era commandada pelo tenente-general, visconde de Santa Martha. «No dia 22 de Julho de 1832, o general, conde de Villa-Flor (depois, duque da
Terceira), á frente de 5:000 homens do exercito liberal, ataca os realistas (commandados pelo coronel Henrique da Silva da Fonseca) em Ponte Ferreira. A investida foi rude, e a resistencia obstinada. Depois de um dia de combate, e de muitos mortos e feridos de parte a parte, os liberaes tiveram de retirar para as suas posições. A notícia d´êste desastre aterrou a guarnição e povo do Porto, e o governo liberal mandou, na noite da acção reforçar Villa-Flor, com todas as tropas disponiveis. No dia seguinte (23), pelas 10 horas da manhan, Villa-Flor, ataca novamente os realistas (então commandados por Santa Martha) pelo sitio da Granja de Ponte Ferreira. (Granja é um lugar da freguesia de Gandra) A acção foi ainda mais encarniçada do que a da vespera, e durou dez horas (até ás 8 da tarde), sem outra vantagem, de parte a parte, senão fazerem aos contrarios muitos mortos e feridos, e alguns – poucos – prisioneiros. O Porto ainda não estava fortificado, e a sua linha de defeza, tanto na cidade como na Serra do Pilar, debilmente guarnecida; de modo que, se o general realista, Póvoas, atacasse a cidade pelo sul, a derrota dos liberaes era infalivel. Mas o general Póvoas, conservouse mero expectador, vendo a acção por um occulo!... Só no dia 27, é que se resolveu a fazer um reconhecimento sobre Villa Nova de Gaia. Assisti a estas duas acções e ainda hoje é para mim um mysterio impenetravel… a causa porque, retirando os liberaes – alguns em bastante desordem – para o Porto, os realistas fugiram (é o termo próprio) para Baltar, e d´alli para Penafiel, chegando muitos a fugir a unhas de cavallo, até Amarante!” O Dr. José do Barreiro, na sua Monografia de Paredes, faz alusão à Batalha de Ponte Ferreira, apresentan-
do para o efeito nas pp. 395396-397, um depoimento: Batalha de Ponte Ferreira Vejamos o que me informa sobre ela o snr. Manoel António Nogueira da Rocha, ilustre professor de Gandra: «Já vi a noticia dela em datas diversas. Quanto ao local anda isso muito errado. O rio Ferreira atravessa a freguezia de Sobrado e a de S. Martinho do Campo (ambas de Valongo). Pouco abaixo da entrada dele na freguezia de Campo ha uma ponte chamada ponte Ferreira, na estrada velha, e junto dessa ponte ha o lugar Ponte Ferreira, na freguezia de Campo, concelho de Valongo, margem direita do rio, que naquele sitio corre do poente ao nascente. Na margem esquerda ha ainda o lugar de Alem do Rio, ainda de Campo, e logo o de Vilarinho de Baixo, desta freguezia de Gandra, concelho de Parêdes, a leste do de Alem do Rio. No estremo nascente deste lugar de Vilarinho de Baixo e pouco a poente da igreja paroquial e ao norte da Granja e de Currêlo, ha um monte com os sitios de Boa Vista, Marnotes e Salgueirô. Aqui é que foi a batalha de Ponte Ferreira. De modo que devia chamar-se Batalha de Gandra, porque Ponte Ferreira é um lugar bem acanhado, doutra freguezia (de Campo) e na margem direita do rio Ferreira, e a batalha deu-se em Gandra num monte amplo e á esquerda do rio (que na ponte corre para nascente) e a mais de 1.500 metros da
ponte que atravessa o rio na estrada velha. Desde a ponte ao local da batalha são cerca de 1.500 metros para nordeste. Segue-se um ligeiro esboço. Agora um episódio que, para a gente daqui, é engraçado. Eu estou aqui ha 46 anos e 4 mezes. Conheci muito bem o heroi da história que vou contar; chamava-se Joaquim Domingues e era já velhote quando eu vim para cá. Era um bocadito amigo do alheio. Aqui estão vivas e sãs duas netas dele de cerca de 40 anos cada uma. Na tarde da batalha foi ele com outros ao saque, isto é, despojar os soldados mortos dos seus haveres. Encontrou um belo cavalo sem cavaleiro. Entendeu que era um bom despojo, montou nele e tomou o caminho de casa (logar da Granja). Quando vinha a meio do caminho, todo contente, tocou a reunir a trombeta do corpo a que o cavalo pertencia, o cavalo tomou o freio nos dentes e aí vae ele á desfilada direito a Ponte Ferreira, com Joaquim Domingues em cima do lombo. Foi fortuna daquele desgraçado haver um grôsso ramo de carvalho em que ele bateu com a cabeça, caindo. Isto livrou-o de ser varado pelas baionetas, como lhe sucederia se aparecesse montado no cavalo. Foi dali para a cama entre a morte e a vida. A muito custo escapou, mas ficou todo o resto da vida a abanar com a cabeça, a dar um pouco
aos hombros e a piscar os olhos. Ficou-lhe por isso o nome de – Abana cabeça – e por abreviatura – O Abana. Ainda hoje as netas são conhecidas pelas – Abanas – e diz-se: - A´porta do Abana ou das Abanas – O campo, a casa do Abana ou das Abanas. – etc.» Gandra, 26 de março de 1919. Manoel António Nogueira da Rocha O que se pretende com este trabalho, proveniente do mapa roteiro de Gandra, da Monografia de Paredes e de Pinho Leal – Portugal Antigo e Moderno. É motivar o leitor para o seu interesse sobre os acontecimentos dois combates - da Batalha de Ponte Ferreira. Acompanhar-me, numa caminhada, por diversos documentos e depoimentos, de quem viveu direta ou indiretamente estas lutas fratricidas. Para isso, pretendo, sem qualquer presunção, analisá-los e cruzá-los, numa perspetiva pragmática e racional. Assim, nos próximos trabalhos falaremos sobre: o espaço que envolve a Ponte Ferreira, com a Casa da Portagem e as Alminhas, nas suas extremidades, e a relevância da ponte, no contexto da guerra civil portuguesa (entre liberais constitucionalistas e absolutistas, de 1828 a 1834), que assumiu o nome de uma batalha. Texto de Joaquim Manuel Pereira Maques 2018.01.08
Jornal Novo Regional 17 de janeiro de 2018
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