Boas
Nº 16
13 de dezembro de 2017
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diretor: agostinho ribeiro
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Jornal Novo Regional 13 de dezembro de 2017
Abertura
Às Cavalitas
Opinião de
Rui Machado *
Por vezes, vêm-nos parar aos olhos e ouvidos, histórias extraordinárias que, pela forma e velocidade com que se propagam e ainda por toda a dimensão do que nos ensinam e emocionam, ganham o
estatuto de lenda sem sabermos muito bem se, de facto, aconteceram na realidade. No entanto, isso acaba por ganhar uma importância secundária, pelas necessidades tão humanas e urgentes de aprender e emocionar que, de forma particularmente competente, vão proporcionando às gentes. Não raras vezes também se constata a disseminação de várias versões da mesma história. Elas vão variando de acordo com a época em que se vive e também de acordo com os contextos de vida que vão assumindo importância ao longo da história de cada sujeito. Disto não se pode maldizer pela evidência de a intenção ser ajustar o
mais possível a história a quem dela tomará conhecimento e assim garantir maior impacto no mesmo e, por extensão, no mundo que o rodeia. Quero trazer-vos um exemplo disto que vos tento descrever. “He Ain’t Heavy, He’s My Brother” é uma música escrita pela dupla Bobby Scott & Russell Bob e que os The Hollies tornaram um sucesso mundial, mesmo no fecho da década de 60. Existem, pelo menos, duas versões da história que deu origem a esta balada, sem que nenhuma delas perca a grande mensagem que tentam transmitir. Desconhece-se qual a verdadeira ou qual é a falsa. Na verdade está por provar a veracida-
de de qualquer uma delas. Uma leva-nos para a sangrenta guerra do Vietname onde um jornalista americano terá encontrado um miúdo de dez anos com o irmão de quatro às costas. Perante o que via perguntou se era muito pesado. Como resposta ouviu: “Ele não pesa, é meu irmão”. A história terá aparecido nos jornais como símbolo, tanto da crueldade, como também da resiliência dos conflitos bélicos. A outra versão tem cenário e contexto diferentes. Conta-se que numa noite de uma forte nevada, em Washington, um padre de um orfanato ouviu alguém a bater à porta. Ao abrila constatou personagens idênticas à versão anterior,
mas provavelmente com menos traços asiáticos nos rostos. O Presbítero pediu para entrarem, sem deixar de comentar: “Ele deve ser muito pesado”. Como resposta teve a mesma: “Ele não pesa, é meu irmão”. O que importa se é verídica uma história que nos contam e que é sentida por nós como absolutamente verdadeira? Assim a senti quando tomei conhecimento de todas as histórias e/ou versões agarradas a esta música lindíssima. Eu sei do que trata. Eu passei a infância às cavalitas do meu irmão. Sem um “ai”. Sem um “ui”. Às cavalitas seguimos até à idade dos crescidos. E mesmo agora, já rapagões, e ele com dois filhos ao colo, deixa
sempre as cavalitas livres para quando eu preciso. E, infelizmente, vou precisando. Apesar de todo o peso que eu sei que tenho e que nenhuma geringonça consegue determinar com rigor, eu tenho um lugar que me acolhe e me leva para onde eu tenho de ir. Desde sempre e, acredito, para sempre. Eu e ele somos a verdadeira história que inspirou a música “He Ain’t Heavy, He’s My Brother”. Eu não queria estar para aqui a dizer estas coisas, mas é a verdade. E, por favor, não duvidem porque eu levo a mal.
* Escritor
Valongo ganha selo da boa governança O Município de Valongo conquistou o Selo Europeu de Boa Governança (ELoGE – European Label of Governance Execellence), uma distinção de excelência atribuída pela primeira vez pelo Conselho da Europa. O ELoGE é representado por um dodecaedro de cristal com os 12 princípios da Boa Governação a nível local gravados nas suas faces. Os 12 Princípios foram consagrados na Estratégia de Inovação e Boa Governação a nível local, aprovada pelo Comitê de Ministros do Conselho da Europa
em 2008. Abrangem questões como a transparência, a boa gestão financeira, a prestação de contas, a conduta ética, o Estado de Direito, a eficiência e a eficácia, a inovação e abertura à mudança, direitos humanos, diversidade cultural e coesão social. No âmbito deste projeto piloto promovido pelo Conselho da Europa, os municípios foram contactados e desafiados a participar através de agências nacionais. No caso português, o convite chegou através da ATAM – Associação dos Trabalhadores
da Administração Local. De todos os municípios interessados a nível europeu só 15 chegaram ao fim. Destes, apenas sete receberam o selo ELoGE. Valongo ficou classificado em segundo lugar com 3,49 pontos. O Selo Europeu de Boa Governança foi também atribuído aos seguintes municípios: Parets del Vallès - Espanha com 3,51 pontos; Naxxar - Malta com 3,25 pontos; Águeda - Portugal com 3,24 pontos; Ta’ Giorni - Malta com 3,15 pontos; Cork - Irlanda com 3,14 pontos e Limerick - Irlanda
com 3,04 pontos. Os prémios foram atribuídos em Madrid, no passado fim-de-semana, no âmbito da Conferência Internacional destinada a promover o ELoGE – European Label of Governance’ Excellence. Os sete municípios galardoados assumem agora a responsabilidade de serem uma referência para os seus pares no que respeita à implementação de boas práticas de governação local e de serviço público à comunidade.
Consultório Jovem na Vila Beatriz O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, inaugurou esta quinta-feira, os novos serviços de atendimento da Casa de Juventude do Município de Valongo, localizados no edifício principal da Vila Beatriz, sita na Rua José Joaquim Ribeiro Teles, em Ermesinde.
As novas valências incluem o Consultório Jovem e o Consultório da Saúde. Nestes postos de atendimento, os jovens do Concelho de Valongo terão acesso a consultas médicas protocoladas com uma unidade de saúde privada e a várias outras valências gratuitas nos domínios sociais, apoio ao empreende-
dorismo, associativismo, Eurodesk, ocupação de tempos livres, etc. Foram também inaugurados o Ponto Eurodesk, um Gabinete de Atendimento criado em colaboração com a Agência Nacional, Juventude em Ação, assim como, um outro espaço, desta feita dedicado ao público em geral e
relacionado com a Doença do Alzheimer. Este serviço tem como nome «DAREAB» e é o culminar de um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo Jovem de Valongo da 4.ª Edição (2017).
FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO REGIONAL
Diretor: Agostinho Ribeiro: Diretor Adjunto: Filipe Marques: Colaboradores: Carlos Silva;
O Jornal de Valongo e da Região
Paginação e gestão: Podium D’Emoções Lda Registo ERC 126951 Depósito Legal BN 372095/14
Nº 16 (93 Valongo)
13 de dezembro de 2017
Propriedade: Pódium D’Emoções Lda; NIF 514192720 Detentores de mais de 10% do capital social - Filipe Marques e Agostinho Duarte Ribeiro
Abel Sousa; J. Marques Bernardo; A. Cardoso; Rui Machado; Nuno Sousa (Publicidade) Morada: Sede e Redação - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS 4440-569 Valongo Filial - Rua José Seara 41 2º Esq sala 1 Valongo T: 220 184 611 email jornalnovoregional@gmail.com telm 932041387 (direção/redação) e 932041388 (comercial) Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis Tiragem - 4000 exemplares
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Divulgação
Jornal Novo Regional 13 de dezembro de 2017
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Diversos
Pedro Pereira vence Alma do Fado Decorreu em, novembro e dezembro a edição 2017 da Alma do Fado. A final foi no primeiro dia de dezembro e Pedro Pereira, do Marco de Canaveses, venceu a sétima edição da Alma do Fado, sendo secundado por Joana Pereira (Valongo) e Dinocrato Santos. António Pinto Basto foi a atração de uma noite de brilho no Fórum de Ermesinde. O acompanhamento
musical foi de Lino Lobão, Miguel Silva a Manuel Silva e a apresentação de Catarina Magalhães. Para votar integraram o juri Jacinta Quelhas, em representação do Jornal Novo e Cuca Macuca, Pedro, músico e técnico da CMV, Gisela Afonso, fadistas e técnica da CMV, Inês Martins vencedora da edição passada e António Pinto Basto, fadista convidado.
Na edição deste ano da Alma do Fado participaram 29 concorrentes. Na altura dos discursos, José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, deu os parabéns aos concorrentes salientando a qualidade dos fadistas participantes. Parabéns a todos pela grande qualidade apresentada.
C A M PA N H A A S S I N AT U R A S PAGUE somente 20 euros e só volte a pagar em 2019 para saber mais contacte 932041387 ou jornaldevalongo@gmail.com Rua José Seara, 2º Esq Sala 1 - Valongo
Orçamento Participativo Jovem Portugal 2017 Decorre até 22 de dezembro o período de votação para o Orçamento Participativo Jovem Portugal 2017 e duas das propostas incidem no Parque das Serras do Porto: - na área temática “Desporto Inclusivo”, o projeto da Cátia Azevedo “Trail Inclusivo Serras do Porto” - na área temática “Sus-
tentabilidade”, o projeto da Vanessa Freitas “Cara da Natureza” Podem votar todos os cidadãos nacionais e também estrangeiros a residir legalmente em Portugal, com idade compreendida entre os 14 e os 30 anos inclusive, através do site (https://opjovem.gov.pt) ou via SMS.
Consultem, divulguem e participem, vamos ajudar as nossas jovens a implementar as suas ideias em prol da comunidade e do território! O Governo compromete-se a respeitar a decisão dos participantes, executando os investimentos vencedores.
Boas Festas
Desejamos um Santo e Feliz Natal, a todos os colaboradores, clientes e fornecedores
Boas Festas
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13 de dezembro de 2017 Jornal Novo Regional
Atualidade
Homenagem aos Bombeiros
O Município de Valongo integra a rede de Cidades Educadoras e assinalou o Dia Internacional da Cidade Educadora com uma Homenagem aos Bombeiros Voluntários de Ermesinde e aos Bombeiros Voluntários de Valongo.
Na manhã de quintafeira, dia 30 de novembro, pelas 10h15, alunos e alunos de todos agrupamentos escolares do concelho, autarcas e população em geral concentraram-se em frente aos Paços do Concelho e aplaudiram durante um minuto os elementos das duas corporações de bombeiros voluntários do concelho. Também no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Cidade Educadora, foi hasteada a bandeira das Cidades Educadoras e efetuada a leitura da Declaração das Cidades Educadoras em reconhecimento do trabalho desempenhado pelos agentes educativos locais. A ação dos Bombeiros Voluntários é particularmente reconhecida através das ações de socorro (a
que o combate a incêndios tem uma visibilidade máxima) mas também através de ações de prevenção que sensibilizam e preparam as populações para possíveis situações de desastre. No entanto, e não menos importante, é a sua forte ação educativa. Os Bombeiros Voluntários desenvolvem um intenso trabalho na área da captação, treino e formação de jovens, ajudando a desenvolver cidadãos e cidadãs socialmente mais responsáveis e a formar homens e mulheres, que expressam um dos mais elevados valores: a solidariedade humana. Decorridos mais de 25 anos sobre a criação da Carta das Cidades Educadoras, a Assembleia Geral da Associação Internacional das Cidades Educadoras acordou fixar o dia 30 de novembro como Dia Internacional da Cidade Educadora. Este dia visa criar consciência, à escala mundial, da importância da educação como motor de mudança e juntar novos aliados a favor deste modelo de cidade.
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Valongo Comemorações dos 180 anos da criação do concelho terminaram com homenagem a personalidades
180 Valonguenses homenageados As comemorações dos 180 Anos do Município de Valongo terminaram, no dia 28 de novembro, com uma homenagem a dezenas de personalidades do concelho, que se notabilizaram em áreas diversas, designadamente na Cultura, no Desporto e na Solidariedade. Os nomes foram propostos pela Comissão Honra das Comemorações dos 180 Anos do Município de Valongo que foi constituída por todos os atuais e antigos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal e também das Juntas e das Assembleias de Freguesia do Município de Valongo, que aceitaram associar-se às comemorações. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, destacou a “legitimidade muito forte da Comissão destas Honra para reconhecer o valor das pessoas, que são uma inspiração para o futuro”. O autarca apelou ainda à “partilha da História e das estórias” para se dar continuidade ao trabalho de afirmação deste território multifacetado constituído pelas cidades de Alfena, Ermesinde e Valongo e pelas vilas de campo e Sobrado. No âmbito das Comemorações dos 180 Anos, foi também apresentada a ementa típica de Valongo, proposta no âmbito do projeto PROVE. Foram degustados Peito de Frango do Campo à Vallis Longus, Alheira à Padeira e Lousa de Chocolate. No
final do jantar, os membros da Comissão de Honra foram também agraciados com uma peça de ardósia alusiva às comemorações. LISTA DE HOMENAGEADOS: Adérito Ferreira de Moura, Agostinho Dias Pinto, Albino da Silva Martins Poças, Alexandre Paulo de Aguiar Falcão, Álvaro Pereira, Américo Carneiro Moreira, Antonieta Alves Moreira, António Abel da Silva Santos, António Abreu Teixeira, António Manuel Esteves Monteiro, António Fernando Ferreira Santos, António José Almeida da Rocha Felgueiras, António José Cruz Sousa Vale, António Martins Pereira, António da Silva Cunha, Armando Guimarães Pedroso, Artur da Conceição Ferreira, Artur José Alves Oliveira, Augusto Ferreira Bento, Aurélio dos Santos Ferreira, Be-Dom / Miguel Ferreira, Delfim Alberto Moreira Santos Pires, Delfim José Teixeira Moreira, Diamantino Manuel Pinto Fernandes, Domingos Marques das Neves, Ernesto Almeida Mendes, Felisbina Moreira das Neves, Francisco José Marques Santos Pires, Henrique Queirós Rodrigues, Isilda Araújo, Jacinto Correia Araújo Soares, João Carlos Santos Castro Paupério, João Melo Costa, João Rafael Koehler, João da Silva Peixoto, Joaquim Augusto Carvalho dos Santos, Joaquim Fernandes Oliveira, Joaquim
Leão, Joaquim Alberto Ferreira Penela, Joaquina Rosa Moreira Rodrigues da Silva Dantas, José Afonso Teixeira Magalhães Lobão, José Alberto Reis, José Barbosa Ferreira Alves, José Joaquim Alves Nora, José Joaquim Dias Rebelo, José Manuel Macedo, José Manuel Pereira, José Miguel Lopes Cunha Marques, José Rodrigo Sousa Magalhães, Júlio Alexandre Ferreira Penela, Júnior Sampaio, Laurindo Marques Barbosa, Lisete da Conceição Martins Paranhos de Oliveira, Luis Borges Martins, Luís Miguel Ismael, Manuel Aires Batista, Manuel António Pinto Suzano, Manuel Augusto Dias, Manuel António dos Santos Carneiro, Manuel Fernando Soares da Silva, Manuel Joaquim da Silva Pinto, Manuel Rocha Ferreira, Manuel da Silva Poças, Manuel Valdrez, Margarida Mª Abreu de Sousa Aguiar, Maria Antónia Ferreira Sousa, Maria do Carmo Gonçalves Dias, Maria Eduarda Nicolau Ferreira, Mª da Trindade Morgado do Vale, Maria Vilaça, Martinho Fernando da Silva Abreu, Nelson de Camões Castro Neves, Paula Maria Pinto Ferreira Sinde Monteiro, Rosa Maria Martins Rocha, Rui Vinhas, Sebastião Martins Luis Brás, Timoteo Costa Silva, Vicente António Nunes da Silva e Vitorino da Silva Neves
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Grande Entrevista Metereologia não ajudou Aldeia de Natal em Valongo. Vem aí a de Ermesinde
Natal comemorado por todo o concelho O concelho de Valongo vive várias celebrações alusivas ao Natal, quer levadas a cabo por Coletividades, Juntas de Freguesia e Câmara Municipal. São várias as iniciativas promovidas pelo Município, destacando-se as Aldeias de Natal, o ciclo de concertos de Natal/Reis e as exposições patentes no Museu Municipal de Valongo e no Centro de Documentação da Bugiada e Mouriscada. A «Aldeia de Natal» prevista para o Parque Radical em Valongo, de 8 a 10 de dezembro, não teve colaboração da metereologia e por isso não teve a repercussão desejada. Esta semana começa a de Ermesinde, de 16 a 23 de dezembro no Parque Urbano. Com a colaboração da Junta de Freguesia de Ermesinde, a abertura oficial realiza-se às 15h00, do dia 16. Com entrada gratuita, a iniciativa Aldeia de Natal visa celebrar esta quadra festiva com toda a sua magia, promovendo a alegria, o convívio, a solidariedade, o empreendedorismo social, a entreajuda, o conhecimento, a partilha, demais valores associados à amizade, com uma forte vertente de inovação e criatividade. A «Aldeia de Natal» inclui casinhas mágicas dinamizadas pelas associações locais com contos de encantar, um presépio vivo, a Casa do Pai Natal, jogos tradicionais, gastronomia típica, venda de artesanato e muita animação específica para o público infantil (carrossel, insufláveis, canhão de neve, etc.). Este ano, na programação cultural da quadra natalícia destaca-se também o Ciclo de Concertos de Natal/Reis dinamizados pela Câmara Municipal de Valongo em parceria com o Orfeão da Associação Académica e Cultural de Ermesinde e a Banda Musical de S. Martinho de Campo, com o apoio das paróquias de Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo. Entretanto, está paten-
te ao público a tradicional Exposição e Venda de Presépios do Município de Valongo. A mostra pode ser visitada até ao dia 5 de janeiro de 2018, no Museu Municipal de Valongo, que além do horário habitual (segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30) estará também aberto nos domingos de 3, 10 e 17 de dezembro, entre as 15h00 e as 18h00, com trabalho ao vivo de artesãos do concelho. Estão expostos mais de 500 presépios nos mais variados formatos, cores e materiais (ferro, cerâmica, lousa, crochê, etc.) pertencentes a colecionadores e artesãos do concelho de Valongo. Nesta época natalícia, o Centro de Documentação da Bugiada e Mouriscada, em Sobrado, leva a efeito a sua habitual “Montra de Natal”, que estará patente até 8 janeiro do próximo ano. A mesma tem como objetivo a exibição e venda de objetos de arte, artesanato e merchandising alusivos à temática da festa de S. João de Sobrado, potenciando uma produção local, associada com a referida tradição cultural, que se pretende valorizar e dar a conhecer. A par da venda de Natal estará patente, igualmente no CDBM, a exposição “Edifícios Religiosos de Sobrado em Maquete”, onde são mostrados trabalhos da autoria do sobradense Joaquim Rocha. O certame destina-se ao público em geral e tem entrada gratuita. O horário será nos dias úteis entre as 14h00 e as 17h30. No período da manhã, dos referidos dias úteis, a visita entre as 9h00 e as 12h30 será sob marcação prévia. À semelhança dos anos anteriores, o Município de Valongo vai também iluminar os principais edifícios do concelho e colocar estruturas luminosas com desejos de Boas Festas em cada uma das cinco freguesias: Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo, num investimento que não ultrapassa os 2.500€.
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Chefs Michelin de Valongo Rui Silvestre conquista terceira Estrela Michelin. João Oliveira estreia-se no lote restrito de cozinheiros de elite
Duas Estrelas Michelin deste ano são de Valongo O Chef Rui Silvestre conheceu este ano, pela terceira vez consecutiva, o sabor de ganhar uma Estrela Michelin. Esta distinção é quase como que um Óscar para os melhores cozinheiros do mundo. O valonguense é conhecido por ter sido o mais jovem chef português a ganhar uma estrela Michelin, no restaurante Bon Bon, no Algarve, em 2015. Sendo natural de Valongo, o Jornal Novo Regional quis saber mais deste cozinheiro Michelin. Sobre o seu gosto pela cozinha, Rui Silvestre revela ao JNR que vem “de uma família em que a cozinha é um dos nossos grandes pilares. Na nossa história misturam-se três culturas importantes, a Indiana, a Moçambicana e a Portuguesa. Habituei-me desde cedo a comer bem, penso que o gostar de comer é uma parte fundamental para um bom cozinheiro. O meu gosto pela cozinha vem por isso de família”. Sobre a formação e referências, Rui Silvestre refere que “ a formação foi feita na escola de hotelaria de Portimão, um curso de três anos onde aquilo que tinha como hobby se tornou numa paixão. Penso que as escolas de formação profissional têm hoje em dia um papel preponderante no futuro dos nossos profissionais, é lá que temos o primeiro contacto com a profissão que escolhemos. Pelo que disse acho que deveria existir mais apoios para essas instituições e mais incentivos para os futuros formandos”.
Sobre o futuro profissional, o cozinheiro Michelin diz que “depois do curso decidi ficar um ano em Portugal e depois desse tempo viajar. Previ na altura ficar fora dois ou três anos para aprender um pouco do que se fazia por esta Europa fora, mas acabei por ficar quase sete anos, em que passei por hotéis de luxo na Normandia, no sul de França, Paris, Budapeste, Suíça, sempre em restaurantes de alto nível. Cheguei a “bater à porta” de algumas cozinhas em que queria imperativamente trabalhar e oferecer os meus serviços de forma gratuita só para poder fazer parte das equipas. Foi uma altura difícil mas que deixa saudades. Estamos a falar de há 10 anos atrás, em que era complicado entrar numa cozinha de alto nível em Portugal, sem termos alguma experiência. Hoje é bem diferente, um jovem que queira trabalhar, aprender e investir num futuro tem agora em Portugal uma enorme escolha entre vários tipos de restaurantes”. Questionado sobre se a cozinha pode ser uma arte, Rui Silvestre diz que depende do que se considera arte. Diz o chef que “se partirmos do princípio que arte é uma forma de expressão então sim a cozinha é uma arte, talvez a arte mais efémera do mundo, quando ouvimos uma música temos sempre a oportunidade de voltar a escuta-la, podemos sempre rever um filme ou um quadro...um prato só será comido uma única vez, uma colherada ou uma garfada será sempre única”.
Sobre a ligação a Valongo, este distinguido cozinheiro revela que “família é sempre o mais importante. Não mew posso privar de ir a Valongo. Sempre que vou ao norte em trabalho vou a Valongo, nem que seja só para trazer uma regueifa e umas broas de mel do Santa Justa”. O Jornal Novo pediu ao chef Rui Silvestre para escolher um prato para este Natal. A resposta foi esta: “É sempre uma escolha muito pessoal, eu fico muito feliz com o tradicional bacalhau com todos, é sempre um grande prato desde que cozinhado em condições, se os produtos forem bons, é um prato perfeito pois é convivial e cheio de Portugalidade, ainda para mais é simples de fazer bem, quer dizer que sobra mais tempo para usufruir da família que é o “ingrediente” mais importante no Natal”. Sobre a importância de ter ganho já três Estrelas Michelin o cozinheiro diz ser acima de tudo uma honra. “Existem excelentes cozinheiros e excelentes restaurantes sem estrelas, mas a verdade é que é um dos únicos barómetros para nós enquanto profissionais e sem duvida é o mais imparcial. As estrelas fazem com que vejamos o nosso trabalho reconhecido, todos os cozinheiros sonham com ela e quando elas chegam é como termos cumprido uma meta. Traz-nos clientes, o reconhecimento dos nossos pares e uma atenção especial dos media sobre aquilo que fazemos, e é claro um grande orgulho
O Chef João Oliveira, tem 31 anos e há cerca de 15 começou a estudar cozinha. Jogou futebol no SC de Campo, foi árbitro e trabalhou no restaurante Sopa de Pedra, no Porto. Agora é o chef responsável do Vista, o restaurante do Bela Vista Hotel & Spa, em Portimão e este ano foi distinguido com uma Estrela Michelin. O JNR quis saber mais deste chef valonguense. Quanto ao gosto pela cozinha, refere que “surgiu mais como uma necessidade de ajudar a minha avó que se encontrava acamada e posteriormente o meu avô. Era uma tarefa para ajudar a minha mãe, uma vez que vivíamos a quatro km da casa deles e ela tinha de ir várias vezes ao dia (ao pequeno almoço, almoço e jantar). Para ela por vezes não fazer tantas viagens diárias, fui ajudando e surgiu aí o gosto por cozinhar. Sobre a formação e referências, João Oliveira revela que a formação foi feita no Porto, na Escola Profissional Infante D. Henrique. Há alguns anos atrás, logo a seguir a 2001, a formação de cozinha ou mesmo dentro dessa área era muito limitada então tinha muitas opções, mas por ventura revelou-se sendo a melhor, visto saírem grandes pessoas e profissionais daquela escola e curso”. Sobre o percurso profissional até este momento alto, o chef valonguense diz que “estive a trabalhar
num restaurante na Régua cerca de dois meses depois de finalizar a minha formação, mas queria e sentia necessidade de voltar a aprender. Fui para a Casa da Calçada, em Amarante, onde estive a trabalhar mais de quatro anos. Após esse tempo a minha mãe faleceu e tudo alterou um pouco na minha vida. Necessitava de vir para mais perto da família então surgiu o convite para colaborar na abertura do The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, como sub-chef e não hesitei. Aí se passaram cerca de quatro anos e meio com muito trabalho e também conquistas pelo meio. Decidi dar a volta a minha vida e arrisquei num desejo que tinha há muito e que era de trabalhar num dos melhores locais de aprendizagem de cozinha no país. Tratava-se do Vila Joya em Albufeira, que ocupava a posição 22 dos melhores restaurante dos mundo. Depois surgiu o projeto do Hotel Bela Vista Hotel e Spa em que abracei de corpo e alma em Janeiro de 2015 até atualmente. Sobre se a cozinha pode ser considerada uma arte, João Oliveira é de opinião que “todo mundo adora comer e isso faz da cozinha uma arte que transporta memórias, sabores e mensagens aos clientes” Sobre a sua ligação a Valongo diz que “as raízes estão ai, toda minha família é de Campo (Valongo) e a minha mulher é de Sobrado. Apesar de agora
vivermos o dia a dia no Algarve, continuamos a ir regularmente a Valongo no geral, temos sempre assuntos pessoais a tratar, visitar a família e amigos. Toda minha infância significou muito pelo que sou hoje, fui criado na zona do Outeiro em Campo, no meio da aldeia, zona de lavradores, animais e tudo resto, e isso fez de mim uma pessoa melhor, por isso nunca irei fugir das minhas raízes ou das pessoas com quem cresci”. O Jornal Novo pediu ao chef que sugerisse um prato para o Natal e a escolha foi óbvia “bacalhau cozido ou grelhado com todos que é um clássico nesta época natalícia e sem nunca fugir à tradição”. Sobre a importância desta conquista e eventuais repercussões que possa vir a ter, João Oliveira responde que “a importância de estar neste restrito leque de eleitos é enorme, é um reconhecimento meu mas também de toda equipa que trabalha diariamente para dar o melhor de nós e proporcionar uma excelente experiência gastronómica aos nossos clientes. Estar neste lote significa que subimos mais um degrau no nosso trabalho e fomos reconhecidos por isso, quanto à sua repercussão, não sei o que pode acontecer, apenas sei que quero continuar a ser a pessoa que sou, calma, tranquila que ama o que faz e estar com a minha mulher e família a aproveitar todo tempo possível desta vida”.
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13 de dezembro de 2017 Jornal Novo Regional
Diversos
JS com novo líder Com a presença de José Manuel Ribeiro e Ivo Neves, dirigentes do PS Valongo, os novoas responsáveis da JS Valongo tomaram posse no dia 2 de dezembro. Pedro Marques Pimenta é o novo presidente da Direção enquanto Melissa Loureiro preside à meda da Assembleia Geral. Na hora dos discursos José Manuel Ribeiro salientou a importância da JS, como estrutura autonoma do PS. Desafiou os novos dirigentes a encontrar mais militantes e a uma intervenção civica ativa. Já o novo líder, Pedro Pimenta, agradeceu a colaboração de militantes mais antigos e afirmou ser intenção da JS Valongo aumentar o número de militantes, defendendo uma JS completa e participativa. Sobre as ações que tenciona dinamizar realçou como exemplo a realização de tertulias sobre temas importantes da sociedade atual.
Trail Quinta das Arcas Aproximadamente 900 participantes desfrutaram dos magníficos cenários das serras e vinhas que ladeiam os trilhos de Sobrado, no II Trail Quinta das Arcas.. A prova dos 20 km pontuou para o Circuito Trilhos de Valongo.
Com partidas e chegadas nas instalações da Quinta das Arcas, este evento desportivo integrou ainda um Mini Trail com 10 km e uma caminhada igualmente com 10 km, mas sem fins competitivos.
Convívio Taekwondo dos Susanenses O Clube Estrelas Susanenses promoveu um convivio de taekwondo com mais de uma centenas de jovens atletas de várias clubes do norte do país. O vereador da CMV, Paulo Esteves Ferreira esteve presente na distribuição de lembranças, dando os parabéns a Narciso Alves (presidente) e Jaime Pereira (seccionista)
Trail Noturno de Valongo Mais de 700 participantes coloriram a noite de 9 de dezembro em Valongo, em mais um Trail Noturno organizado pelo Clube BTT de Valongo em parceria com a CM Valongo, Junta de Freguesia de Valongo e Kemedo.
Uma vez mais a organização foi excelente, apesar do frio, os presentes não deram por mal empregue o tempo dispendido. O vereador do Desporto da CMV marcou presença, aqui com o responsável Nuno Sousa.
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Valongo
Aprovado orçamento de quase 50 milhões A Câmara Municipal de Valongo aprovou, no dia 7 de dezembro, o Plano e Orçamento para 2018, com o valor global de 49.477,00€, o que representa um aumento de 18,12% face a 2017. “Apresentamos um orçamento ambicioso, mas realista e coerente com o nosso programa. Vamos apostar cada vez mais na promoção do concelho e no reforço da sua identidade, na desmaterialização e modernização dos serviços, prosseguindo a crescente aproximação ao munícipe e indo ao encontro das necessidades da população”, referiu o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, citado numa nota enviada ao JNR. José Manuel Ribeiro, salienta ainda o “forte investimento nas áreas sociais como a Educação e a Habitação Social, na regeneração urbana e nas infraestruturas de mobilidade sustentável e acessível para todos”. “Acreditamos que os projetos aqui propostos serão uma realidade a médio prazo e que este território constituído pelas cidades de Alfena, Ermesinde e Valongo e pelas vilas de
Campo e Sobrado será cada vez mais atrativo e um exemplo reconhecido por todo o País”, sublinhou o autarca, ressalvando que será mantida a estabilidade das contas do Município, bem como garantida uma tesouraria saudável e prazos médios de pagamento reduzidos (5 dias em média). No Plano e Orçamento para 2018 destacam-se os investimentos relativos à Requalificação e Modernização nas Escolas (4.594.024€), que incluem a substituição integral de todas coberturas em fibrocimento existentes nas escolas do Município (pré e 1º ciclo). Além das escolas da responsabilidade direta da autarquia, estão contempladas as obras na Secundária de Ermesinde (3.188.265€) e na Secundária de Valongo (464.632€), bem como o projeto (100.000€) para a requalificação da EB2/3 Vallis Longus. De salientar também as candidaturas do Programa Operacional Regional do Norte 2020 no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, que incluem obras emblemáticas como a Oficinas
de Promoção da Regueifa e do Biscoito (já em execução) e do Brinquedo Tradicional Português (em fase de candidatura). Enquadradas no PEDU, continuarão também a ser executadas avultadas obras de requalificação dos empreendimentos de habitação social (2.231.012€). As Grandes Opções do Plano contemplam também o projeto do Centro de Serviços do Parque das Serras do Porto (596.609€). Na área das vias e arruamentos, destacam-se as dotações atribuídas ao Programa de Incremento de Infraestruturas de Mobilidade Suave, ao Programa Municipal de Acessibilidade para Todos e à Implementação do Programa Circulação Pedonal no perímetro da Área de Reabilitação Urbana, que totalizam quase 3 milhões de euros. Na área Social, o Fundo de Emergência Municipal vai aumentar 50%. Além dos montantes previstos no âmbito da ação social escolar (refeições e atividades de animação e apoio à família), será dada continuidade aos apoios às associações culturais e desportivas, às instituições
particulares de segurança social e às Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários do concelho. O programa de Férias Escolares Tok´Amexer vai ter um custo menor para famílias e será duplicado o número de bolsas de apoio a estudantes no ensino superior. Na proposta de orçamento para 2018, realçamse ainda o projeto do Novo Centro Veterinário Municipal, a criação da Polícia Municipal, o projeto “O Meu Bairro Não Tem Pa-
redes» e o Programa Stop Buracos (para reparação corrente e pontual de vias, arruamentos de passeios). Com montantes mais pequenos, mas com grande impacto na comunidade, estão também contemplados o Orçamento Participativo Jovem (acréscimo de 50%), novos parques infantis e um reforço muito forte nas aquisições bibliográficas para reforçar as Bibliotecas Municipais e bibliotecas escolares. O executivo decidiu aumentar o IMI (passa de
0,355% para os 0,409%). Segundo José Manuel Ribeiro, esta alteração coloca o valor na média da Área Metropolitana do Porto e vai possibilitar o aumento de investimento. Na oportunidade, a vereadora do PSD, justificou a oposição a esta decisão, referindo que os valonguenses vão passar a pagar mais pela água, saneamento e IMI “agora que o executivo tem maioria”. O documento foi aprovado por seis votos a favor (PS) e três contra (PSD).
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Ermesinde
AAC de Ermesinde com novos Dirigentes A Associação Académica e Cultural de Ermesinde elegeu novos dirigentes e a tomada de posse aconteceu no dia 7 de dezembro. Constantino Moreira sucede a Alberto Mateus na liderança desta associação de Ermesinde, que tem pautado a vida cultural e recreativa da cidade de Ermesinde e do concelho de Valongo. Integram os corpos gerentes, para além do presidente Constantino Moreira, José Quintanilha (vice-presidente), Albertina Natálio (tesoureira), Joaquim Santos (secretário), José Pereira (vogal) e António Carvalho e Abílio
Neto (vogais suplentes). Na cerimónia de tomada de posse estiveram presentes, entre outros convidados, o presidente
da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, presidente da Junta de Ermesinde, João Morgado e o presidente da Associação
de Coletividades, Joaquim Oliveira. Na hora dos discursos foi referida a importância da AACE de Ermesinde no
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panorama cultural da freguesia e do concelho. Nas fotos: Os elementos dos corpos gerentes com José Manuel Ribeiro e João Morgado na foto
da esq. e à dta o novo presidente Constantino Moreira com o antecessor, Alberto Mateus. fotos: Armindo Ferreira
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Divulgação
Mais um Jantar Vínico na Regional Valonguense O restaurante A Regional Valonguense, em parceria com a Casa de Arrochella, promoveu no passado dia 10 de novembro o seu 26º Jantar Vínico com uma ementa especialmente elaborada para a ocasião. Como é hábito, o Jantar Vínico foi um sucesso. Com casa cheia – mais de 80 pessoas marcaram presença na iniciativa -, a Regional Valonguense superou as expectativas dos presentes, demonstrando a qualidade e excelência que o caracteriza. A Regional Valonguense, um restaurante vínico de essência desde a sua criação, como explicou o proprietário Ismael Lourenço, organiza com frequência jantares vínicos com o intuito de aumentar o conhecimento e apreciação dos vinhos e também explorar a associação do vinho à
gastronomia. Coube a João Lourenço, sommelier da Regional Valonguense falar sobre essa associação do vinho à gastronomia, detalhando as escolhas da ementa e dos vinhos que a aompanharam. Presente esteve também Pedro Sousa Pinto, enólogo e Brand Manager da Casa de Arrochella. Para o início da refeição, nas Boas Vindas, houve espumante Portal
da Calçada Cuvée Prestige a acompanhar os famosos Cacos de Valongo. Seguiuse uma variedade de entradas composta por presunto, salpicão, enchidos, polvo com molho verde, panadinhos, queijos variados, mexilhões vinagreta, sapateira, folhados de alheiras, entre outras iguarias, acompanhada com “Grandes Quintas” branco. Depois da sopa, a Regional Valonguense apresentou
para prato principal cabritinho transmontano assado no forno com arroz do mesmo harmonizado com Grandes Quintas Reserva tinto. Para fechar a refeição, seguiu-se queijo de cabra transmontano curado, desta vez acompanha-
Jantar de Natal dos Bombeiros Uma vez mais os Bombeiros de Valongo tiveram o seu jantar de Natal. Foi esta quarta-feira dia 22 de novembro, e pelo quinto ano consecutivo, aconteceu no Restaurante Regional Valonguense. Bruno Fonseca e Armando Pedroso, respetivamente comandante e presidente da Direção da corporação, manifestaram o apreço por mais uma vez ser possível este convívio entre os bombeiros e os diretores. Ismael Louren-
do por Vinhas do Cerval tinto. Como é já marca da Regional, houve ainda uma mesa de sobremesa variada com fonte de chocolate, acompanhada de Mostacatel Grandes Quintas. Com boa comida, bom vinho, facilmente se continuou
o Jantar e assim se entrou em Dia de S. Martinho. E como não há S. Martinho sem castanhas, a Regional Valonguense rematou o repasto com café e castanhas “quentes e boas”. Isabel Monteiro
Dia do Cliente
ço, gerente da Regional mostrou-se disponivel para continuar a apoiar os voluntários de Valongo e a boa disposição era uma realidade entre os 130 presentes no jantar de Natal. Este acontecimento contou com vários apoios, para além do restaurante, a saber: Continente, Quinta das Arcas, Canorte,Cafés Tropical, Vinhos Leonês, António Marques Legumes, Divino Doce, Park Hotel e Luciano Pinto. E para o ano há mais.
Nos dias 23 e 24 de novembro o Restaurante Regional Valonguense levou a cabo o dia do cliente. Vários produtores de Valongo e não só, mostraram os seus produtos aos visitantes, que desta forma tiveram oportunidade de apreciar in loco, licores, cafés, vinhos, biscoitos, artesanato e outros produtos da melhor qualidade. Durante estes dias A Regional Valonguense apresentou a sua mais re-
cente novidade: O Licor Código 69
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Diversos
Alfenense vai comemorar meio século de vida O Atlético Clube Alfenense - clube representante da cidade de Alfena e concelho de Valongo - foi fundado a 22 de dezembro de 1967. Este clube que tem a sua sede e as suas instalações sociais e desportivas em Alfena comemora, este ano, 50 anos de existência. Sendo esta data, um marco importante para o clube que carrega este emblema cheio de história e vitórias -,vai celebrar meio século de existência, dia 22 de Dezembro, sexta-feira, pelas 21 horas. Espera-se o Centro Cultural de Alfena, repleto de caras que foram e continuam a ser, importantes para o progresso do desporto nacional. Esta é uma gala focada em homenagear atletas, diretores e mais altos comissários desta viagem que o ACA deseja que não tenha fim. O ACA, como clube de formação de atletas e seres humanos - tem o orgulho de ter nas suas prateleiras de prémios, vitórias de exatletas olímpicos, como José Magalhães: atleta com o campeonato nacional inúmeras vezes, campeonato europeus, mundiais e dois jogos olímpicos, tendo ainda no seu currículo, prémios nos campeonatos de veteranos; Augusto Cardoso - atleta que é hoje também uma referência no desporto nacional – que re-
presentou Portugal mais de 34 vezes. Para além dos galardoados do atletismo, são representantes deste clube outras modalidades deste clube: futebol sénior, que registou subida do futebol júnior, para a primeira divisão distrital, o futebol em sexto lugar, na atualidade, da divisão de honra. No que respeita ao basquetebol, que foi campeão da segunda divisão distrital, campeão na competição de inter- associações (sub18) e, no decorrer desta época desportiva, é primeiro no campeonato nacional de segunda divisão. Este é um emblema que foi também já representado na pesca, no ciclismo – tendo nas páginas da sua história, lugares de topo na Volta a Portugal, teatro – todos com memórias vitoriosas traduzidas nas salas de prémios do clube. As modalidades do ténis, futsal, xadrez e dança continuam a dar cartas também no nosso núcleo desportivo. 50 anos de Alfenense, que tem vindo a registar - já há um bom espaço de tempo e de uma forma crescente – vitórias nos quadros nacionais, aumento de atleta e de notoriedade. 750 atletas que defendem o emblema, 3500 sócios e um património de 3 milhões de euros. A estes dados, aliam-se a melhoria das suas infraestruturas:
três courts de ténis descobertos em piso rápido com iluminação artificial, um dos quais com uma parede bate bolas; quatro campos de futebol - dois de futebol 11- dois de futebol de 5, sendo um deles, coberto. Todos os campos estão equipados com relva sintética. O campo de futebol principal (futebol11) possui duas bancadas totalmente equipadas com cadeiras, uma das quais com cobertura. O clube tem ainda uma Academia de Futebol desde os 6 aos 13 fruto de um protocolo celebrado com o Sporting Clube de Portugal, do qual resulta a Academia do Sporting Alfena. Nos últimos anos tem crescido também a secção de futsal, no início, no sector feminino, onde conta com uma equipa sénior e, neste momento, também com uma equipa sénior e outra veterana no masculino. Em termos de modalidades de ginásio, o clube também tem tido um forte crescimento contando, neste momento, com muitos atletas na modalidade de danças e Karaté. O ACA possui ainda a modalidade de Xadrez com muita tradição no clube. Patricia Sofia Pereira ACA
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A JUNTA DE FREGUESIA DE ALFENA DESEJA A TODOS OS ALFENENSES UM FELIZ NATAL E UM ANO DE 2018 CHEIO DE PROSPERIDADE
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Religião Expoval 2017
Padre Américo lembrado em Valongo Sofia Escobar Entre as pessoas pre- po (Valongo) e faleceu no No dia 16 de novem- rencista apresentou alguns no papel de de Teatro Musical. Escobar nasceu do Jasmine. itinerário vo- sentes, algumas tiveram a Hospital Geral de Santo bro Sofia no Centro Paroquial de detalhes É nesta altura que a A sua paixão pela na cidade realizou-se berço de Portudandomúo António (Porto), em 16 de Valongo, uma cacional de Américo Mon- sua intervenção, atriz decide adquirir mais sica e pelo teatro gal, Guimarães ondea desde nomea- julho, dia de Nossa Senhoconferência sobre Vida teiro de Aguiar até ser Frei seu testemunho, estendeconhecimentos começa damente: se tambémsobre à televisão e ao ra do Carmo. Tinha afirviver outras Américo, Padre e Américo uma carta epequena Obra doquis Padre Américo, 15 a estudar em Londres. A cinema, querendo-se dar vidas conferencista e utilizou a suaPadre fértil ou Pai Américo, foi lem- do pai Ramiro ao seu filhoa mado: Sou da Santa Madre pelo jovem com aventureira obte- Américo; conhecer aoe público portu- Igreja Católica, aonde esimaginação para conseguialgumas notas das devotas Manuel Mendes, da Casa brado ve a oportunidade e veste guês, participando em no- pero morrer. Na sua última lo. Gaiato de Miranda do biográficas do próprio e (uma delas de nome Esdo assim, 50 anos depois da velas como Morangos com Assim, para perseguir Corvo, Vice-Postulador da da sua família e do baptis- perança!) que cuidam das vontade, deixou isto: Não estreia West Side Story, Açucar e Ouro Verde como desejo os paramentos do os seusdesonhos em 1998 em de 4 de Novembro de alminhas de Pai Américo, Causa Beatificação do mo a pele da porto-riquenha também fazendo parte do altar, mas somente a batina ingressou na Padre companhia Servo de Deus Amé- 1887 na Igreja Paroquial em S. Martinho de CamMaria que se apaixona por Júri do programa Got Tade teatro “A Oficina” onde, de Salvador de Galegos, po. e descalço. O seu corpo esrico. Tony, antigo líder do do ganlentÉPortugal. como atriz residente, par- Penafiel, Diocese Porde notar que, em 14 teve na Igreja da Trindade, Integrada nas comegueFicámos rival do assim seu irmão. A de Julho Atualmente, a atriz esta aonde acorreram muitas ticipou emdos diversas peças a saber de 1956, sofreu morações 130 anos do to. no papel de Jasmine. de Teatro Sofia Escobar nasceu crítica foi unânime e por a representar em Londres apresentadas do em fundador Portugal mais sobre a vida e obra do um acidente de automóvel,o Musical. pessoas a chorar o Pai dos nascimento É foi nesta em altura que a donoCamA sua Pobres. paixão pela mú- Cerena cidade Portuissodea Américo. atriz portuguesa papel Christine Mue também Brasil. Padre S. de Martinho O Cardeal da obra danorua. O confe-berço atriz decide adquirir mais sica e pelo teatro estendeelogiada pelos grandes jorgal, Guimarães onde desde sical “O Fantasma da OpeNa mesma altura, a jojeira, Patriarca de Lisboa, começa nomeada ra”. eSofia também à televisãoassim: e ao Está de Escobar se atua na exprimiu-se quis nais viverlondrinos outras e conhecimentos vem audaciosapequena decide ter para os principais prémios a estudar em Londres. A Expoval no dia 16 às 22h. formação musical, cinema, querendo-se a vidaspassane utilizou a sua fértil luto a Igreja dar em Portugal e do conseguiteatro britânico, tendoaventureira obtedo a estudar canto e piano para jovem conhecer ao público mais órfãosportuos rapazes da imaginação na Academia lo. de Música ganho o de Melhor ve aAtriz oportunidade e Manuel veste Sampaio rua. Jaz em guês, participando emcampa no- rasa na Valentim MoreiraAssim, de Sá. para perseguir da Casa assim, 50 anos depois da velas comoCapela Morangos comdo Gaiato Algum tempo os mais tarde, de Paço decomo Sousa, desde Verde seus sonhos em 1998 estreia de West Side Story, Açucar e Ouro frequentou o curso básico 17 de julho ingressou na companhia a pele da porto-riquenha também fazendo partededo1961. Na de canto do Conservatório verdade, Got cumpriu-se na Tade teatro “A Oficina” onde, Maria que se apaixona por Júri do programa do Porto, enquanto adquisua vida o que escreveu como atriz residente, par- Tony, antigo líder do gan- lent Portugal. ria experiência cantando com profunda convicção: Atualmente, a atriz esta em diversas peças gue rival do seu irmão. A em diversas ticipou cerimónias. A missão do Padre é um crítica foi unânime e por a representar em Londres o Então, surge o apresentadas seu primei- em Portugal mistério de luz. E o Pai isso a atriz portuguesa foi papel de Christine e também ro papel em teatro musical,no Brasil. Américo no foi Mufigura impar elogiada pelos grandes jorsical “O Fantasma da Na mesma altura, a jona peça de Artur Guimapela luz que Opederramou em Escobar atua na audaciosa decide ter nais londrinos e nomeada ra”. Sofia época rães, “Scents ofvem Light”. sombria.... para os principais prémios Já depois da conclusãomusical, passanExpoval no dia 22h. Manuel formação ... 16OàsPadre do curso do Conservatório, Mendes pediu à assemdo a estudar canto e piano do teatro britânico, tendo Sofia é escolhida dar bleia queSampaio as pessoas dessas Manuel na para Academia de Música ganho o de Melhor Atriz voz às músicasValentim da trilogiaMoreira de Sá. terras nunca se esqueces“Aladino”, da Walt Disney, sem da memória do Padre Algum tempo mais tarde, Américo, pelo bem que fez frequentou o curso básico aos pobres. Tendo passado de canto do Conservatório muitas vezes em Valondo Porto, enquanto adquigo, ao serviço dos pobres, ria experiência cantando na última viagem, acabou em diversas cerimónias. dois dias depois por ir para Então, surge o seu primeio Céu! ro papel em teatro musical, No dia 19 de Novemna peça de Artur Guimabro, Domingo, pelas 11 Praça Machado dos Santos, 149 VALONGO - tel 22 422 0123 rães, “Scents of Light”. horas, na Matriz de Valongo, lembrando o Padre Já depois da conclusão Américo, foi celebrada a do curso do Conservatório, Eucaristia, precisamente Sofia é escolhida para dar no Dia Mundial dos Povoz às músicas da trilogia bres, instituído pelo Papa “Aladino”, da Walt Disney,
Sofia Escobar
CAFÉ COSTA
roco, Padre Luís Borges, e concelebrada pelo Padre Manuel Mendes, que se fez acompanhar de alguns gaiatos e na homilia falou da importância do serviço aos pobres, a exemplo do Padre Américo, como sendo ao próprio Jesus de Nazaré. Foi um momento festivo, abrilhantado pelo coro paroquial. No final, foram distribuídas muitas pagelas da oração para a beatificação do Servo de Deus Padre Américo. A comunidade paroquial de Valongo (terra do pão, do biscoito e da lousa!) ficou assim mais feliz e comprometida na sua missão! Seguiu-se, nesse dia, no Centro Paroquial, um almoço simples (servido por voluntários e membros da Conferência Vicentina) com pobres da comunidade cristã paroquial, manifestamente felizes por estarem todos à mesa com o seu pastor! ... ... Esta foi a sua missão: cuidar dos pobres, os reclusos e os doentes. Esta decisão compreensiva, marcada pela bondade,
obediente e pronta aceitação da missão que lhe foi confiada vão decidir para sempre o futuro do seu ministério. 13 setembro 2017 Jornal No E no meio da sua ação pastoral foram muitas as dificuldades, mas, o Padre Américo não era um homem de lamentos! Era um profeta e um discípulo que se deixava conduzir por Deus e pelos pobres. Quando nos aproximamos de Deus e dos pobres o caminho só pode ser o das bem-aventuranças, que nos leva sempre mais longe e nos dá força para praticarmos as obras de misericórdia com alegria! Nada o demovia. Havia nele uma força interior que o impelia a agir. Era o amor de Jesus Cristo que o chamava a segui-l’O e o enviava a servir os pobres. Foi desta forma que em Valongo, com um interessante serão sobre a vida do Padre Américo e com uma Eucaristia, que foi celebrado o 130.º aniversário de Pai Américo! (Informação Paróquia de Valongo)
Expova
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Francisco, que afirmou: Os pobres não são um problema: são um recurso de que lançar mão para acolher e viver a essência do Evangelho. Com a Igreja Paroquial cheia de fiéis, a Missa foi presidida pelo Pá-
OUÇA A DE VA ER
CAFÉ COSTA A organização agradece a todos os patrocinadores da edição 2017 dos do Santos, concurso Alma do Fado Praçade Machado 149 VALONGO - tel 22 422 0123
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Boas Festas
Jornal Novo Regional 13 de dezembro de 2017
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Campo e Sobrado
Estádio do Campo já está relvado Recentemente os presidentes da Câmara de Valongo e da Junta de Campo e Sobrado, receberam provisoriamente a obra do Campo de Jogos de S. Martinh de Campo. Recorde-se que o arrelvamento sintético foi assumido pela Câmara e pela Junta de Freguesia. Um desejo antigo das gentes de Campo fica assim concretizado, sendo interessante ver para já a procura das camadas jovens do SC Campo.
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Almoço de Natal da Associação de Pensionistas A Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Campo, realizou o seu tradicional almoço de Natal. O evento ocorreu no passado sábado, dia 9 de Dezembro e teve como local, o espaço para eventos, a Fábrica, em Valongo e esteve inserido no encerramento das comemorações dos vinte e cinco anos que Associação ao longo do ano comemorou. Estiveram presentes 200 pessoas, entre associados e convidados e o evento decorreu num muito agradável ambiente, abrilhantado pelo duo, Russo e Sérgio Fontes. A Câmara Municipal de Valongo e as Associações de Reformados do Porto e S. Pedro da Cova, fizeram representar-se. O Presidente da Associação Adriano Ribeiro, dirigindo-se aos presentes, manifestou o seu agrado pela forma como decorreu a organização do almoço e que este, desde o início do mandato da actual Direcção presidida por si, foi o maior evento realizado. Pelos fundadores e por todos os associados que à Associação pertenceram ao longo destes vinte e cinco anos, foi guardado um minuto de silêncio.
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Natal 2017
MENSAGENS DE NATAL DOS PÁROCOS DE SOBRADO, CAMPO E VALONGO
Natal:
A Alegria da Vida A Alegria de Deus Todos temos escutado, ou até já o teremos dito umas quantas vezes: a vida é um vale de lágrimas! Uma certa espiritualidade cristã de uma determinada época, que chegou até nós, tinha esta afirmação como uma peça fundamental, e até parecia que quanto mais se vivesse a vida como um “vale de lágrimas”, mais fiel se era à fé cristã e mais próximo de Deus se estava. E é certo, o nosso mundo é muitas vezes, e mais para uns do que para outros, um doloroso vale de lágrimas. Mas enganar-nos-íamos se pensássemos que isso seria a vontade de Deus. A narrativa do nascimento de Jesus no evangelho de S. lucas é uma clara amostra de que Deus não quer um mundo assim, pelo contrário: Deus quer que, no mundo, apesar de todas as dores e angústias, sejamos capazes de encontrar, tanto quanto possível, uma alegria mais intensa. Uma alegria que é espiritual, mas que por sua vez é material, profunda e plenamente humana. A cena do nascimento de Jesus que acontece na grande pobreza, não nos é explicada recreando-se na dor de José e Maria, que certamente existia, mas o evangelista oferece-nos um relato cheio de luz e de alegria: anjos e pastores nos convidam a viver toda aquela situação como uma grande alegria. Não alegria de encontrar a Deus no meio da pobreza, mas outro tipo de alegria muito humano que transparece através de tudo quanto ali acontece: a alegria do nascimento de um menino, a alegria da ternura de seus pais, a alegria dos pastores que oferecem o seu amor “espantífico”… É a alegria da presença de Deus, é a alegria da vida humana na sua riqueza profunda. Oxalá saibamos transmitir esta alegria nos nossos ambientes – família, trabalho, escola, comunidade cristã… – nestes dias natalícios e em todos os dias da nossa vida! Festas felizes do Padre Vicente Silva 08.12.2017 Paróquia de Sto André de Sobrado
Natal:
“Estender a mão aos pobres...” Movidos pela estrela que brilha no amor, é o lema que a nossa Diocese do Porto propôs para o Natal que Jesus quer trazer ao mundo deste tempo. Ao ver as ruas e praças das cidades enfeitadas com luzes resplandecentes, nos façam recordar a Luz verdadeira, invisível aos olhos, mas não ao coração: O Deus connosco, a Estrela da nossa vida! Maria, a Virgem do silêncio e da escuta, de quem celebramos o centenário das suas Aparições em Fátima, foi totalmente envolvida pela Luz e deixou-nos um recado muito importante: - Precisamos muito de silêncio, para escutar o bem que recebemos no encontro com Jesus, saborear a bondade do Seu amor e a beleza da Sua amizade por nós. - Precisamos muito de silêncio para viver esta alegria de estarmos juntos, em família e saber escutar muito mais do que falar. Movidos pela Estrela que brilha no amor nos leve ao presépio onde nasce a Luz, a responder com todo o amor ao amor do Senhor. E a nossa resposta seja a que o Papa Francisco propôs ao criar o Dia Mundial dos pobres: …estender a mão aos pobres, a encontrá-los, fixá-los nos olhos, abraçá-los, para lhes fazer sentir o calor do amor. Padre José Macedo Paróquia de Campo
Natal:
Um Santo e Feliz Natal No tempo de Natal celebramos o nascimento de Cristo, Deus infinito que Se fez um de nós, assumindo todas as vicissitudes dos seres humanos. Um tempo em se estreitam os laços da família e dos vários círculos de relações e solidariedade; com o amor a tronar-se mais presente, mais próximo dos nossos próximos. Que os gestos de entreajuda, solidariedade e partilha se multipliquem. Por isso, este tempo de Natal é precedido pelo gesto familiar da Consoada partilhada nas nossas casas. Aí anunciamos a alegria que o evangelho nos traz: “Nasceu-nos um Salvador, que é Cristo Senhor” (Lc 2, 11). Nas ceias familiares realizadas no aconchego das famílias, envolvidas pelo amor que as une e abençoa, anunciam e antecipam o Natal. São muitos os preparativos, os gestos e os caminhos do Natal cristão como foram igualmente muito belos os itinerários da Caminhada de Advento-Natal, em que nos propusemos construir na nossa Diocese “Movidos pela Estrela que brilha no Amor”. Não faltaram testemunhas e mensageiros de Deus a iluminar com sabedoria, com trabalho, com carinho e com fé, estes preparativos da Festa de Natal. Saúdo com afeto, alegria e saudade as mães e os pais de família que fazem de suas casas verdadeiros presépios, cheios de ternura, onde Jesus nasce em cada dia do ano. Saúdo as pessoas, grupos, movimentos, instituições e serviços que não podem interromper o seu trabalho na noite nem parar no dia de Natal. Saúdo e agradeço a tantos voluntários presentes nos hospitais, nas prisões, nos lares de idosos e nas casas de acolhimento de crianças e jovens, que se desdobram em alegria e em dedicação para que haja Natal nos lugares mais difíceis, nos espaços vazios e nas vidas magoadas pela dor e pela solidão. É este o Natal que, também nós, queremos celebrar, anunciar e viver, a partir do acontecimento de Belém de Judá e a partir do Altar da Eucaristia, onde o mistério da nossa redenção realizada em Jesus Cristo, se renova e se atualiza. É igualmente missão e sonho do Natal cristão abrir a Deus as portas do mundo de hoje no contexto de uma sociedade felizmente livre e democrática onde Deus é cada vez mais necessário, embora o nome de Deus às vezes seja silenciado ou esquecido na vida dos povos e o lugar de Deus ignorado ou substituído no íntimo do coração humano e da cultura do nosso tempo. Pede-nos a Igreja e exige-nos o Evangelho que vivamos este Natal mais próximos dos pobres e mais atentos aos novos grupos de pobres, provenientes de setores sociais e profissionais impensáveis há algum tempo. Levemos aos pobres e aos que sofrem a nossa presença fraterna, a nossa proximidade solidária, o nosso pão partilhado e a alegria e ternura do evangelho que lhes anuncie tempos novos e antecipe um Mundo melhor, também para o nosso País. Nesse sentido, é necessário que a economia recupere e esteja assente e sustentada no esforço persistente de tantos empresários e trabalhadores honestos e dignos e não em interesses de lucro fácil e de enriquecimento hábil. Procuremos, também, celebrar a alegria de tantos emigrantes que tiveram a oportunidade de se reunirem, neste Natal, em família e pensemos em todos os jovens cheios de talento e famílias plenas de sonhos, que vivem longe de Portugal, obrigados a uma emigração forçada porque não encontram aqui trabalho. Rezemos e trabalhemos sem desânimo a favor dos que estão exilados e refugiados em terras estranhas, sobretudo as crianças, vítimas inocentes de tantos conflitos e guerras sem sentido. O Natal convida-nos a todos crentes e pessoas de boa vontade, a abrir a Deus as portas do mundo, as portas da cidade, as portas das comunidades cristãs e as portas de todas as casas das famílias da nossa Diocese para receberem a alegria do evangelho que o Natal nos traz. O Mundo precisa de sentir esta alegria, de ouvir esta voz, de abraçar esta esperança e de se deixar iluminar pela luz do nascimento do Filho de Deus. Todos somos mensageiros desta boa noticia, que se transforma em missão de comunicar a alegria do evangelho e de a partilhar em gestos solidários e fraternos junto dos que mais sofrem, indo ao encontro dos que não creem e de todos quantos aqui vivem ou dia a dia nos visitam. Que o Senhor nos abençoe, e abençoes este tempo novo que em cada Natal começa na vida do mundo, na ação da Igreja, no ambiente de cada família e no coração de cada pessoa. Um santo e feliz Natal! Luis Borges Pároco de Valongo
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Conto de Natal
O lobo de Natal Conto Infantil de Goreti Dias *
A neve pinta de branco as planícies e as montanhas. Os campos de erva tenra deram lugar a um manto fofo onde as crianças brincam jogando pedaços do que parece ser algodão doce uns aos outros. Fazem bonecos de neve com cenouras retiradas do alguidar que repousa na cozinha à espera de entrarem na panela com as batatas, as couves e o bacalhau. - João, porque será que eu não gosto muito de bacalhau e hoje apetece-me comer um bom pedaço?-
pergunta a Margarida, entre correrias. - Pois… será porque é véspera de Natal? Continuam as brincadeiras. Um gorro repousa no cocuruto do boneco, um cachecol envolve-lhe o pescoço suavemente. Riem a bandeiras despregadas quando o vêm sem olhos e boca: - Ó João, com que fazemos os olhos e a boca? - Não sei… duas batatas para os olhos? Outra para a boca? Voltam à cozinha, correndo pelo pátio e assustando as galinhas que se recolheram, friorentas, na capoeira. Até os coelhos, medrosos, espreitam a algazarra.
Boas Festas
Terminado o boneco, aproxima-se já a noite. O sol que espreitou durante o dia, já desapareceu no alto das montanhas. O frio aumenta à medida que o vento sopra cada vez mais forte. Numa caverna abrigada na encosta, um focinho branco confunde-se com a neve que a rodeia. O bafo morno faz caracóis no ar gélido. Gemidos fracos ouvem-se ao fundo do esconderijo. Uma e outra vez. Uma e mais outra, sempre, mas cada vez mais débeis. A loba esfaimada cheira o ar em seu redor, trémula e ansiosa. Não come há muitos dias e quase não tem leite para amamentar as suas crias. Um olhar
feroz planta-se-lhe no focinho. Uma tenacidade felinamente perigosa arroja-a colina abaixo. A sua fome e a certeza da fome dos seus filhos impelem os
- João, espreita aí no pátio porque fazem tanto barulho as galinhas. Não posso deixar agora o fogão e o teu pai está no banho – grita a mãe atarefada na
- A minha mãe arranja outra comida, a loba decerto não tinha o que comer, devia ter fome… deixá-la! Também é Natal para ela. E, quem sabe, para os seus
seus passos a caminho do povoado, da planície onde espera encontrar a comida que escasseia nos bosques despidos da montanha coberta de branco. Todos os animais se esconderam nas tocas, nada bole à superfície da terra. A fome aperta. Nunca se aventurou até à povoação. Mas há sempre uma primeira vez. A noite chega com seu manto negro, mas o seu pelo branco reluz mais do que a lua e as estrelas. Na atmosfera, paira o cheiro de rabanadas, das filhós e sopas secas, da aletria e arroz doce. Mas isso não lhe importa. Tão pouco o bacalhau cozido com as batatas que os humanos veneram nesta noite. Segue no rasto de outros cheiros. Segue sempre…sempre… Atravessa um pátio, a algazarra das crianças assusta-a, mas não pode parar. As suas crias esperamna, cheias de fome. Apura o cheiro, dá mais uns passos. As galinhas desatam num cacarejo ensurdecedor.
cozinha. João, um pouco temeroso acerca-se da porta. Entreabre-a e vê uma silhueta mais branca que a neve, destacando-se do branco, branco do chão. - Mas é um lobo! – pensa com ele mesmo. Um focinho volta-se na sua direção, uns olhos tristes, pedindo compaixão. João continua pregado ao chão sem dizer uma palavra. Não se mexe, não fala… A loba acerca-se da capoeira, passa à coelheira, força a rede que a separa dos coelhos e arrebata o mais gordo de todos. O que estava destinado ao almoço de Natal do dia seguinte. Luzidio e pesado… Volta os olhos para o rapaz que continua a observar a cena, incapaz de abrir a boca e chamar por ajuda. João volta a fechar a porta: - Não vejo nada, mãe… E pensa para si mesmo:
filhinhos… A minha mãe também era capaz de fazer o mesmo para me dar de comer! Correu a abraçar a mãe: - Amo-te muito minha mãe! Feliz Natal!
* Biografia M.ª Goreti A. C. Dias nasceu em Santo Tirso, a 30 de Janeiro de 1958. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em deficiência mental/motora (reabilitação psicomotora). Participou, entre outras coletâneas, em A Arte pela Escrita, Nas águas do verso, Entre o sono e o sonho, Contos cardeais, Imagens da nossa memória… Autora de Diários, escritas quase inverosímeis, Animais nada animais e Livro da Distância. Obteve o 1.º prémio nos II Jogos Florais de Avis, a Menção Honrosa nos III Jogos Florais e “textos de amor”, Museu Nacional da Imprensa, 2009. Proprietária legal do site EscritArtes.com . Aposentada.
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Diversos Valonguense e Alfenense defrontaram-se para a Divisão de Honra da AF Porto e empataram a um golo
Dérbie concelhio dá empate VALONGUENSE 1 ALFENENSE 1 Jogo no Estádio do Calvário em Valongo Árbitro Rui Ferreira Ao intervalo 0-0 Golos Cenoura 71 e Reis aos 89 Ação disciplinar: cartão amarelo para Pimenta aos 54, Almeida 71, Ribeiro 72, Reis 88 e Simão 89 VALONGUENSE Vel o s o, Fi l i p e Ferreira,Vital, Ricardo Pimenta, Ivo Lopes, Nuno Moreira, Rui Oliveira, Paulo Silva, Postiga, Pedro Marques e Futre, Jogaram ainda, Sousa, Reis, Sousa, Joel e Andre ves
Treinador Filipe Al-
a alça muito levantada e vesga. Poderiam ter ido para o balneário a vencer mas falta a concretização. Na segunda metade, apareceu mais Alfenense. mais posse de bola, mais objetivo, mas a defesa valonguense estava muito certinha e atenta. Aos 72 minutos o Alfenense recupera uma bola no meio campo, inicia o contra ataque rápido (transição), apanha a defesa de pernas trocadas e facilmente entram na área onde surge Cenoura frente a Veloso que nada pode fazer para evitar o
golo. Depois acontece o habitual. O Valonguense a correr atrás do prejuizo. A partir de então o derby teve lugar apenas no meio campo dos forasteiros onde até, Veloso tinha vontade de tentar o golo pois situava-se no grande circulo no meio campo. O empate surgiu aos 89 por Reis, que do lado esquerdo rematou rasteiro aos segundo poste. Os homens da casa acabam por merecer o resultado pelo que fizeram na primeira parte. texto: Carlos Silva
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ALFENENSE
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Simão, Xana, Cenoura, Diogo, Wilson,Vitinha, João Sousa, Luis Miguel, Fernando Gomes, Rui Correia e Nando Jogaram ainda Nuno, Almeida, Rodrigues, Ribeiro,
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O Valonguense, definitivamente, não tem a pontaria afinada às balizas adversárias. perde imensas oportunidades de fazer golo e só depois de sofrer é que desperta. E mais uma vez consegue o milagreiro golo ao cair do pano quando naverdade poderia ter feito o resultado no primeiro tempo. Apesar de ter sido o Alfenense a primeira equipa a causar perigo, através de uma bola parada que correu a área toda sem que aparecesse um pé a empurrar a borracha para dentro. Aliás, aos 35 minutos, este pontapé livre ensaiado repetiu-se tal e qual. Estes dois momentos acrescidos de outro pontapé livre, frontal, este mais perigoso, foram as oportunidades da equipa de Alfena. O Valonguense criou várias, muito por ação de Pedro Marques, o melhor em campo, mas os artilheiros da casa tinham
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13 de dezembro de 2017 Jornal Novo Regional
Solidariedade
Casa do Bugio apoia Bombeiros de Valongo A Associação da Casa do Bugio organizou um jnatar solidário, cuja receita reverteu na integra para os Bombeiros Voluntários de Valongo. O valor arrecadado (1070 euros), foi entregue recentemente pelo presidente da Casa do Bugio, António César e pelo tesoureiro, Fernando Rocha. Recebeu o apoio, o presidente dos BVV, Armando Pedroso, com a presença do comandante Bruno Fonseca. Armando Pedroso afirmou ser importante que as associações e entidades apoiem o esforço dos bom-
beiros, agradecendo à Casa do Bugio, esta e outras iniciativas de colaboração. António César salientou que a Casa do Bugio está disposta a continuar a apoiar os voluntários de Valongo, uma vez que o trabalho que fazem “é de
uma importância enorme”. Na organização do jantar solidário, que decorreu na Casa da Bugio, colaboraram a Câmara de Valongo, a Junta de Valongo, a Junta de Campo e Sobrado e a Paróquia de Sobrado.
Intermarché de Jovim apoia Bombeiros A Gerência do Intermarché de Jovim, Gondomar, entregou na quintafeira 9 de novembro, dez equipamentos completos de proteção individual contra incêndios florestais. Cinco foram entregues aos voluntários de Gondomar e outros cinco aos de S. Pedro da Cova. Rui Dias e Lídia Dias, o casal proprietário do Intermarché de Jovim (e também de Alfena e Valongo) estavam naturalmente satisfeitos por apoiarem uma causa solidária como esta, tendo Rui Dias dito, a dada altura do breve discurso que proferiu, que “nós
vestimos a camisola das localidades onde estamos inseridos e temos sempre todo o interesse em apoiar, sobretudo quando são causas tão importantes como esta”. Este apoio foi proveniente das receitas da venda do livro “Bombeiro dos Pés à Cabeça”, tendo ainda a gerência do Intermarché de Jovim comparticipado com uma parte dos custos. Damião Neves, presidente da direção dos Bombeiros de Gondomar e Romero Bandeira, presidente da direção dos Bombeiros de S. Pedro da Cova, agradeceram o apoio tendo dito
ser importante que as empresas apoiem os bombeiros, porque “todos somos bombeiros, tenhamos ou não vestida uma farda”. Artur Teixeira, Comandante Municipal da Proteção Civil de Gondomar, em representação do Presidente da Câmara, também falou da importância destas parcerias entre a comunidade e os bombeiros. Na cerimónia de entrega estiveram presentes representantes das Juntas de Fânzeres e SP da Cova e Jovim, S. Cosme e Valbom e do Comando da GNR.
Intermarchés de Alfena, Jovim e Valongo solidários Dia 16 de dezembro, os Intermarchés de Alfena, Jovim e Valongo vão apoiar a maior Ceia Solidária de Natal conjunta alguma vez realizada em Portugal. Ao todo no país, serão levadas a cabo, com organização da Cruz Vermelha Portuguesa e algumas juntas de freguesia, 61 ceias solidárias e localmente as iniciativas serão organizadas pelas Juntas de Alfena, União de Freguesias de Gondomar, Valbom e Jovim e pela Delegação de GondomarValongo da Cruz Vermelha e serão totalmente fornecidas pelos Intermarchés de Alfena, Jovim e Valongo. No total do país serão servidos mais de 7 mil beneficiários da Cruz Vermelha Portuguesa. Rui Dias, aderente do Intermarché de Alfena, Jovim e Valongo explica: “Estamos presentes em 245 localidades com um modelo de gestão diferenciador, composto por empresários independentes, que como eu, vivem nas localidades onde as lojas estão implantadas e que por isso conhecem bem a história dos
seus clientes. Este modelo permite-nos desenvolver uma relação de proximidade directa quer com quem nos visita, quer com as instituições da região, tornando possível uma ação como esta”. Acrescenta ainda “o projecto da ceia solidária de Natal nasceu de uma vontade de querer proporcionar um momento de convívio e amor a quem de outra forma poderia não usufruir de um momento como este,” conclui. Francisco George, Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, acrescenta: “Esta ceia solidária de Natal representa o culminar de um trabalho que as Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa têm edificado por todo o país. Esta ação não teria sido possível
sem o apoio do Grupo Os Mosqueteiros, que através do Intermarché, a sua marca alimentar, nos forneceu mais de 7 mil refeições completas de Natal proporcionando assim todas as condições para pormos em prática um momento natalício que de outra forma poderia não existir.” A ceia solidária de Natal acontece em simultâneo de norte a sul do país. Para além da maior ceia solidária de Natal organizada pela Cruz Vermelha Portuguesa, no dia 16 de dezembro o Intermarché vai fornecer mais 22 ceias solidárias, perfazendo um total de 83 ceias que irão chegar a mais de 10 mil pessoas carenciadas.
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Diversos Conselhos de Saúde
Importância da periodicidade Novo livro de das consultas visuais Manuel Bastos
A sua visão
Desde pequenos que ouvimos expressões “com a visão não se brinca!” ou “os nossos olhos são as nossas janelas para o mundo”. Uma melhor visão é sinónimo de mais qualidade de vida uma vez que os nossos olhos são os órgãos mais importantes de nossos sentidos. 80% das impressões que assimilamos do nosso ambiente são obtidos através dos nossos olhos. Fazer testes de visão regularmente deveria ser uma parte integrante dos cuidados de saúde preventiva – os nossos olhos e, portanto, a nossa visão estão em constante mudança à medida que envelhe-
cemos e nem sequer nos apercebemos disso. O primeiro sinal de que a nossa visão se está a deteriorar nem sempre é uma visão desfocada. As dores de cabeça ou o cansaço visual no final do dia também podem indicar a existência de algum problema de visão. Muitas doenças oculares como o glaucoma ou a retinopatia diabética muitas vezes não apresentam sintomas nas suas etapas iniciais. Por exemplo, um doente diabético pode estar a ver 100% mas ter a retina afetada. Por isso, qualquer diabético deve ser observado uma vez por ano, mesmo que não sinta nada. O glaucoma é uma doença que afecta muitos portugueses – provoca a destruição selectiva das fibras do nervo óptico e consequente perda de amplitude visual, sem o doente se aperceber disso. Antigamente pensava-se que o glaucoma era resultado de um aumento da
pressão intra-ocular; no entanto, há muitas pessoas com uma pressão ocular normal e que têm lesões intra-oculares semelhantes às do glaucoma clássico. A detecção e o tratamento precoce podem reduzir o risco de incapacidade visual ou de perda de visão permanente. Todos necessitámos de fazer avaliações oculares regularmente! Os adultos, sem fatores de risco ou antecedentes familiares, devem fazer uma avaliação de dois em dois anos e, depois dos 60 anos ou se pertencem a grupos de risco, uma vez ao ano. As crianças devem realizar uma exame aos 6 meses, aos 3 anos, aos 6 anos (antes de iniciar o 1º ciclo), e depois anualmente – como a visão está fortemente relacionada com o processo de aprendizagem é muito importante que se façam estas avaliações. Proteja a sua visão: faça rastreios visuais com frequência, adote uma dieta saudável, conheça a histó-
ria médica da sua família, use óculos com protecção UV, não fume, não force os olhos. Se forçar muito os olhos, por exemplo, quando está em frente a um ecrã durante muitas horas, pode ficar com os olhos cansados. Experimente a regra 20-20-20: a cada 20 minutos olhe para outro lado durante 20 segundos para descansar os olhos. Informe-se mais e melhor connosco. Tire todas as suas dúvidas na sua ótica de confiança! Encontre-nos na Opticalia Valongo, na Rotunda 1º Maio nº 44, 4440-519 Valongo. Contacto telefónico: 224 226 164 Dra. Rosária Barbosa
Foi apresentado no dia 25 de novembro, no Forum de Ermesinde, o novo livro do autor ermesindense, Manuel Bastos. O título revela muito da obra. “Gente Assim Não” é mais um manifesto deste cantautor que, para além da escrita, tem na música outra forma de divulgação
artistica. Álvaro Maio, Jacinta Quelhas e Isilda Nunes colaboraram na apresentação que esteve a cargo do editor Vitor Rocha. Para além da apresentação da obra, neste dia o autor comemorava 67 anos e assim a festa foi mais bonita.
Valonguenses em coletânea poética
Refood Ermesinde Amor Perfeito
A Refood Ermesinde levou a cabo uma ação de angariação de apoios. Foi no Fórum de Ermesinde com a Orquestra Ligeira da Região Militar Norte e o publico afluiu, tendo quase enchido o recinto. Com instalações no Mercado de Ermesinde, a Refood recolhe material em restaurantes para distribuir por quem precisa.
O Take Away DL, a exemplo do que vem acontecendo desde há tempos, ofereceu mais uma refeição as sem abrigo que são apoiados pelo grupo Amor Perfeito. O Take Away forneceu a refeição e alguns valonguense foram ajudar à distribuição, no Parque de Estacionamento da Trindade no Porto. Como refere Luis Miguel Pereira, do Take Away “Foi uma noite de partilha. Foi uma satisfação ver aquelas pessoas a comer uma refeição quente, que o take away ofereceu (sopa,feijoada,maçãs,sumos e bolo rei). Queremos agradecer à associação Amor Perfeito o trabalho que fazem todas as quintas feiras. São eles que dão o jantar a estas pessoas,durante todo ano, um trabalho maravilhoso. para o ano lá estaremos”.
Como é usual há cerca de 8 anos, dia 18 de novembro, terceiro sábado do mês, a Galeria Vieira Portuense, sob a Direção de Agostinho Costa, no Largos do Loios, no Porto, abriu as portas para receber mais uma sessão de “Poesia na Galeria”, tendo como fundo a exposição de pintura “Depois do Oriente” de Natália Gromicho. Entre um trago do habitual vinho do Porto e um biscoito caseiro gentilmente servidos, foi lançada a Coletânea Geleria
Portuense 2017: poemas da antologia Galeria Vieira Portuense, com prefácio de Agostinho Costa e capa de Luís Pedro Viana, da Corpos Editora. Esta é já a 7ª edição e nos 67 participantes, podemos encontrar 8 escritores do concelho de Valongo. São eles: Goreti Dias, Dionísio Dinis, Jacinta Quelhas, Nelson Neves, Conceição Lages, Dina Magalhães, Maria Afonso Morais e Luís Oliveira. Alice Santos
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A Civilização da Lousa DOCUMENTO Na Rua da Outrela, Susão, Valongo, existe uma empresa, que se dedica ao Fabrico Exclusivo de Lousas, Quadros Escolares e Artigos em Ardósia, denominada Manuel Carvalho da Silva, Ld.ª. Esta empresa, já com 38 anos de existência, foi fundada em 1979, por Manuel Carvalho da Silva. Inicialmente, a empresa, encontrava-se sediada perto do centro de Valongo, mas há 25 anos, em 1992, instalouse no Susão, ocupando uma antiga pedreira de lousa (ardósia). Um espaço degradado, que foi progressivamente, melhorado e valorizado. Vários edifícios foram “nascendo” constituindo hoje, as suas instalações industriais. Estas instalações, estão hoje equipadas com uma ETAR – Estação de Tratamento de águas residuais, utilizadas no corte e polimento da ardósia, revelando uma constante preocupação com o ambiente. Um pouco de história Trata-se de uma empresa familiar, de raiz. Com apenas 10 anos de idade, Manuel Carvalho da Silva, ainda sócio gerente, começou a trabalhar, como aprendiz, numa das inúmeras fábricas de lousa em Valongo. Ao longo desta atividade profissional, foi adquirindo experiência e conhecimentos, que o habilitaram e motivaram a estabelecer-se e a criar o seu próprio negócio, fundando em 1965, a MCS. Em 1985, o seu filho, Joaquim Tavares, integrouse na empresa, como sócio gerente. A entrada da nova geração, um novo impulso na organização, contribuiu para a consolidação de um trabalho, perseguido e desenvolvido ao longo do tempo. Foram realizados investimentos, construídas novas instalações, adquiridos novos equipamentos, provocando, inevitavelmente, um aumento da sua capacidade produtiva. Fundamental, para satisfazer a carteira de encomendas dos seus clientes e otimizando-a para enfrentar novos mercados. Atualmente, 95% dos produtos produzidos são exportados. Esta evolução gradual e sustentada da empresa, catapultou, uma pequena
MCS - Manuel Carvalho da Silva, Lda oficina, para os novos desafios. Só possível, graças ao dinamismo, dedicação e vontade de vencer de Manuel Carvalho da Silva. Foi surpreendente, assistir, ao crescimento desta oficina, que se transformou numa organização sólida, criando estruturas próprias, vocacionadas para esta atividade. Curiosamente, enquanto várias oficinas do ramo, iam encerrando as suas portas, esta empresa, ia consolidando a sua posição, estrutura e organização industrial, absorvendo novos mercados. O seu produto final, é sobejamente reconhecido quer a nível nacional quer internacional, mercê da sua elevada qualidade. Atualmente, é a maior empresa deste ramo em Portugal. Neste momento possui ao seu serviço, 14 colaboradores. Uma equipa de profissionais polivalentes, capazes e qualificados para o desempenho da transformação da matéria-prima. Um fator decisivo para a qualidade do produto final. Ambos os sócios gerentes desenvolvem uma liderança de proximidade, junto dos colaboradores, planeando, orientando, coordenando… A empresa, sediada em Valongo, produz, como já foi referido, lousas, quadros escolares e artigos de ardósia, utilizando a mesma matéria-prima, a lousa (ardósia). Geologicamente, a ardósia, é uma rocha extraída dos estratos do anticlinal de Valongo, do período ordovícico (cerca de 450 milhões de anos) da era paleozoica. É uma rocha metamórfica, formada a partir de uma rocha sedimentar (xisto argiloso), de granulação muito fina e homogénea. Ao formar-se, devido ao calor e à pressão exercida sobre os minerais, clorite e mica, estes, são empurrados para o seu interior, na mesma direção, o que permite fendêla ou fraturá-la em folhas. Este processo denomina-se clivagem. Concebeu, projetou e desenvolveu as suas próprias máquinas Manuel Carvalho da Silva, com quase quatro décadas desta atividade, desenvolveu, naturalmente,
uma qualidade inata, que lhe permitiu criar as suas próprias máquinas, transformando um conjunto de tarefas e trabalhos manuais, mecanizando-os. A necessidade aguça o engenho. Este adágio popular adapta-se perfeitamente a este talento, tanto mais, que as máquinas concebidas, não existiam no mercado. A empresa, está dotada de uma grande variedade de máquinas, com a particularidade de a maior ter sido construída, ou adaptada especialmente para a aplicação da moldura em madeira. Da produção Atualmente, são produzidos cerca de um milhão de quadros, dos quais, 95%, aproximadamente, destinam-se à exportação. Nos últimos anos, acentuou-se a procura, dos quadros de ardósia, principalmente por ser um produto 100% verde, cuja utilização escolar, permite realizar, grandes poupanças em papel de rascunho e desta forma proteger a natureza. Há cerca de três décadas, os quadros de ardósia, eram utilizados nas escolas primárias nacionais, mas caíram em desuso. Atualmente, os cerca de 4000 quadros de ardósia produzidos, diariamente, pela MCS, destinam-se às escolas de diversos países: França, Alemanha, Holanda, Inglaterra, Suíça, Itália, EUA, Angola, Ilhas Maurícias… A empresa, gerida pelo pai e filho, respetivamente: Manuel Carvalho da Silva e Joaquim Tavares, garante, que cerca de 90% da produção dos quadros da MCS se destina às escolas do 1º. Cíclo. Principais mercados e suas especificidades: A empresa não tem uma produção, estandardizada, padronizada ou uniformizada, mas sim diversificada, atendendo às exigências e particularidades do mercado A França, é o maior mercado dos quadros de ardósia produzidos em Valongo (abrangendo cerca de 70% das exportações), e parte do material escolar destinado a este país sai já
da empresa em “packs” individuais, constituídas pela lousa (quadriculada de um lado), lápis próprio e esponja. Para a Holanda, outro grande mercado, os quadros são pautados de um lado, enquanto que uma parte dos quadros de ardósia destinados aos EUA são, normalmente, constituídos por uma parte para escrever e duas filas de bolinhas, em madeira, (estilo ábaco) utilizadas para aprender a contar. Os quadros exportados para a Suíça, apresentam a particularidade de se destinarem a servir de apontadores nos jogos de cartas, pelo que, levam impresso um desenho próprio. “Dado que, é frequente os fornecedores oferecerem as lousas em ardósia na compra dos jogos de cartas,” esclarece Manuel Carvalho. Processo de Fabrico de Lousas e Quadros Escolares Desde as matérias-primas em bruto utilizadas, a ardósia (lousa) e a madeira de pinho. A fabricação das lousas e quadros escolares, passam, por várias fases, dum processo que culmina com o seu produto final, que se descreve de forma sucinta: Lousa clivada, desbaste
e polimento, lousa polida, corte em guilhotina, lousa com dimensões finais, secagem, riscador, lousa pautada, riscador, lousa quadriculada. Perfil de madeira de pinho, abertura de ranhura e afeiçoamento de bordo, corte de perfis em comprimento, corte de perfis em largura, abertura de encaixes, aplicação de cola. Fase do encaixilhamento, a fase em que as duas matérias-primas, já aperfeiçoadas, se juntam: Aperto, secagem, abertura de buraco para pendurar, arredondamento de cantos, lixadeira, acabamento final, contagem e embalagem e expedição. Surpreendido por encontrar lousas sintéticas a “conviver” com as lousas tradicionais, questionei os responsáveis pela empresa. A resposta foi a seguinte: “ - os quadros sintéticos não representam uma ameaça à tradicional lousa. Ambos possuem os seus espaços definidos no atual mercado.“ A nostalgia da lousa A lousa é um símbolo de Valongo. Foi o segundo pólo de desenvolvimento de Valongo. O pão, foi o primeiro. Ela traz-nos à memória,
questões emotivas e sentimentais. São inúmeros os portugueses que associam a lousa à educação. Especialmente aqueles, cuja instrução primária, não foi além da lousa. Refiro-me, naturalmente, ao ensino obrigatório – 4.ª Classe ou 2º. Grau – instituído no país, desde 1948 a 1974. A lousa, é para muitos, um elo de ligação com as memórias das gerações, passadas, presentes e futuras. Por isso, há quem não dispense em casa, a presença da popular, tradicional e prática, lousa escolar. Não apenas como um elemento artesanal ou decorativo, mas também como uma recordação, da sua antiga atividade escolar ou mesmo da atividade escolar dos seus progenitores. A lousa, apresenta um vasto campo de aplicações práticas, que a sociedade contemporânea, tem sabido descobrir e usar. Há exemplos da sua eficaz utilização, como na restauração, e outras atividades. Nos chocantes campos de refugiados, espalhados pelo mundo, o uso da lousa, seria fundamental para que as crianças e não só, mantenham o contacto com a sua educação, mesmo que precariamente. Embora reconheça, o sacrifício das várias organizações, em garantir as necessidades básicas no tocante ao acolhimento, higiene pessoal, assistência médica, educação, alimentação… Não deixo de recordar aquele velho princípio de que, “nem só de pão viverá o homem”.
Texto de Joaquim Manuel Pereira Marques (colaboração e fotos da Empresa) - 17.11.2017
Jornal Novo Regional 13 de dezembro de 2017