Jardins da Primavera
Ed 226 - 23 Fevereiro 2011
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Jardins da Primavera
O jardim começa na Primavera Com o aproximar do início da Primavera, abandonamos os dias gélidos e damos lugar aos mais amenos, longos e de muita luz. Largamos os sobretudos e camisolas de gola alta para dar lugar aos fatos macaco. O Jardim espera por nós. Para saber o que se pode fazer nesta altura do ano, no que diz respeito aos jardins, falámos com dois profissionais que operam na região: Paulo Alves e Óscar Moura. «A relva, as plantas e as flores estão agora à defesa de intempéries que as impediam de desenvolver no inverno», começou por afirmar Óscar Moura. Todas as suas energias estiveram,
neste ultrapassado período rigoroso, voltadas para a sua autodefesa. O frio e as geadas. É tempo agora de lhes devolver a vitalidade. Criar novos jardins é hoje a melhor altura, pois as sementes gozam do tempo ameno e húmido para germinarem. Segundo Paulo Alves, «os adubos actuam na sua plenitude e as regas não necessitam de ser abundantes. Apenas terá de haver um cuidado suplementar com as ervas infestantes que se aproveitam das regas e dos adubos orgânicos». A escarificação dos solos e relvados reverte-se, segundo os nossos profissionais, da maior importância para a saúde dos mesmos. Ajuda a arejar os solos e liberta os relvados de ervas e folhas mortas que abafam as saudáveis. Este é um trabalho que se deve efectuar anual ou na pior das hipóteses bienalmente. Quanto aos cortes, estes devem ser semanais ou quinzenais na Primavera e Verão. Nos tipos de relva, Oscar Moura
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destaca a utilização actual das «festucas que substituíram as tradicionais relvas finas, por serem mais resistentes no inverno e manterem mais facilmente um verde vivo durante o Verão». Já o gramão, menos vistoso e pouco agradável ao tacto, estagna numa aparente morte durante o inverno mas tira vantagem na diminuta necessidade de água frequente na Primavera e Verão. Também as sebes e canteiros devem ser atendidos no início da Primavera. A poda já lá vai e a vegetação prepara-se para eclodir. «Por força de novos métodos, como plantação em vasos de grandes dimensões, as árvores de fruto podem ser plantadas em várias épocas do ano», assegura Paulo Alves. Contudo, esta não deixa de ser a melhor época para a sua plantação. Se quer ter frutos à mesa, deve ter também em atenção a necessidade de aplicar caldas protectoras de pragas que começam a surgir nesta fase do ano. Prepare os seus espaços verdes. Nos jardins, as flores dão cor, os relvados dão liberdade e juntos fomentam o lazer e a alegria.
Rolo ou sementes de relva? Para ter tapetes de relva no seu jardim poderá obtê-la através de duas maneiras: com um rolo de relva ou semear a relva directamente no solo. A grande vantagem da aplicação do rolo de relva é que este permite que o seu jardim fique imediatamente verde e, duas semanas após a sua aplicação, já possa ser pisada. Tipos de relva Relva ornamental – É uma relva de caule fino, que se usa curta. Para este tipo de relva aconselham-se as misturas de sementes com grande componente de “Rotschwingel”. Relva de flores – Conhecida como a relva romântica. Aplica-se no solo com misturas de várias sementes, que contêm também sementes de margaridas e outras plantas silvestres que irão dar um efeito florido na relva.
ARVORES
ARBUSTOS
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ARTIGOS ORNAMENTAIS
Relva de família – É uma relva robusta e forte que normalmente é utilizada para desporto. É a preferida para as famílias numerosas com algumas crianças. Utilizam-se também com misturas
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de sementes que contenham “panícula dos prados” que dão o aspecto resistente à relva. Tratamento da relva A escarificação é uma cura intensiva para a relva, actuando durante longo tempo, com efeito em profundidade. O escarificador é um instrumento de cuidado para a relva que penetra verticalmente no relvado. Feltro da relva, musgo e ervas daninhas são afastados da relva por longo tempo e de forma efectiva. A melhor altura para escarificar é na Primavera, após o primeiro corte, consoante a região e as condições atmosféricas da zona. Como adubar relva Adubar regularmente é imprescindível. As superfícies exigentes devem ser adubadas diversas vezes por ano, mas sobretudo após a escarificação na Primavera, uma vez no Verão e se for necessário mais uma vez no Outono. Recomendam-se adubos de longa duração e, em especial, adubos desenvolvidos para este fim, que abastecem a relva durante várias semanas ou até meses, evitando assim a repetição das adubações.
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Jardins da Primavera Grandiosos jardins em pequenos espaços E se o espaço que tem não é assim tão grande como desejaria para obter um grandioso jardim como sempre sonhou? Como conseguir um jardim com impacto grandioso num espaço apertado? Estas são algumas das questões que muita gente se coloca na hora de construir o seu jardim. Para esse efeito, deve possuir as estruturas e as plantas certas e ter em atenção determinados pormenores… Faça misturas Deve fazer uma mistura de flores. Por exemplo, bolbos com peneres. Deste modo, as cores de Primavera dos bolbos e as cores de Verão dos peneres vão-se misturando à medida que vão florindo, causando um impacto alegre. Por outro lado, os peneres têm a vantagem de cobrir as folhas dos bolbos depois de secas. De salientar que não convém cortar essas folhas, porque elas têm capacidade de dar energia necessária para que os bolbos floresçam no ano seguinte. Faça um jardim em cima de uma mesa Para quem tem mesmo muito pouco espaço e gosta de jardins – ou para quem não se pode ajoelhar para jardinar – o tampo de uma mesa é a opção ideal. Deve utilizar o cimo de uma pesa que suporte algum peso para colocar vasos de flores, plantas de jardim ou ervas aromáticas. Neste jardim não vai ser necessário sachar, arrancar ervas daninhas, utilizar o ancinho ou qualquer outro tipo de ferramenta de jardinagem. Para o manter belo, basta regar os vasos de vez em quando para que as plantas e flores se mantenham
em boa forma. Este é um tipo de jardinagem que não requer muito tempo e que irá poupar as costas. As vantagens dos vasos Os vasos de flores são uma óptima opção para quem quer dar alguma cor a locais onde não há terra. Os pátios, terraços, varandas e átrios ficam muito bonitos quando enfeitados com vasos de flores e plantas. Para diminuir as regas, escolha plantas de exterior que sejam resistentes à seca. Se possível, utilize vasos grandes para a terra não secar facilmente. Pode também colocar terra já misturada com cristais para reter melhor a água. Deixe um espaço para os vegetais Deverá reservar algum espaço para plantar vegetais. Mas se optar pelos tomateiros ou pimenteiros, tenha em atenção que esses vegetais gostam muito de sol. No caso dos pepinos ou feijão verde, faça com que eles trepem por um gradeamento; pode também espetar umas estacas ou canas e cruzá-las, de modo a que possam subir por elas. A alface pode ser colocada nas bordas do canteiro. Caso não tenha terreno disponível, a grande maioria dos vegetais cerce bem em vasos – têm ainda uma vantagem: podem ser transportados, sendo mais fácil encontrar lugar para cada um dos vegetais. Por exemplo, os tomates gostam muito de sol, mas a alface prefere a sombra. Poderá ainda colocar o vaso dentro de casa e obter um avanço sobre a estação, poupando mais tempo porque não terá que transplantar.
Regras para regar a relva
As árvores são fundamentais Mesmo que o jardim seja pequeno, as árvores verdes são sempre fundamentais para oferecer sentido de estrutura. As variadas árvores anãs são a opção ideal para jardins com pouco espaço. Deixe espaço para relaxar É imprescindível que o seu jardim, por mais pequeno que seja, tenha um espaço reservado para colocar um banco de jardim ou umas cadeiras. O objectivo de possuir um jardim não é só cuidar dele ou regar as plantas/relva, mas também poder desfrutar dele. Planos para ter cor todo o ano Para que o seu jardim tenha cor durante todo o ano, deve ser efectuada uma selecção de plantas de exterior com tempos de floração diferentes. Desta forma é que conseguirá ter sempre flores a florir em momentos distintos.
Poupar água Para economizar água e humidade no seu jardim terá de seleccionar plantas que sobrevivam bem à seca e, em conjunto com algumas técnicas de conservar água, poderá ter um jardim bonito sem ter de gastar muito dinheiro no consumo de água.
Todo o pormenor conta Se o espaço para trabalhar for pequeno, para ser o mais rentabilizado possível deve-se utilizar o método de camadas, ou seja, vários níveis. Começando pelo chão, vá subindo cada nível com plantas de jardim. Pode encher o primeiro nível com plantas rasteiras como anuários e perenes, e depois vá subindo até chegar aos arbustos e árvores. Pense de modo vertical Nas vedações pode optar por plantar trepadeiras floridas. Deste modo, o impacto visual é maior, ocupando pouco o espaço do seu jardim. A vedação de privacidade também pode ser enfeitada com vasos de flor ou plantas de exterior.
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- Comece por regar a relva logo cedo de manhã ou ao pôrdo-sol, pois se o fizer durante o dia na altura de calor a humidade irá evaporar-se com mais facilidade. - Se não for possível regar de manhã cedo ou ao entardecer, uma rega profunda uma vez por dia é preferível do que várias regas superficiais várias vezes ao dia. - Se o seu jardim tem um solo extremamente seco e árido, pode optar por regar aos poucos facilitando a drenagem da água pelo solo, e depois, ao entardecer, fazer uma rega mais profunda. - Existem plantas de jardim que são mais sensíveis e não gostam de água muito fria. Se esse é o seu caso utilize uma mangueira com um sistema de chuveiro que distribui melhor a água e não incide directamente na planta. Pode também utilizar águas provenientes de um depósito de chuva, que normalmente tem uma temperatura mais amena do que a água que sai directamente da torneira.
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Jardins da Primavera
Piscinas: 8 tipos de tratamentos Para além de um sistema de filtro a funcionar a 100%, manter uma piscina limpa, higiénica e apelativa requer um equilíbrio perfeito entre a água e os produtos que nela são aplicados. Caso contrário, uma piscina com água que não é tratada pode apresentar um sem número de problemas: a água pode apresentar-se escura e turva, sendo ainda potencialmente perigosa quando em contacto com a pele ou olhos; o desenvolvimento de bactérias nocivas para a saúde; o desenvolvimento de algas que, para além de ser esteticamente desagradável, pode promover a formação de bactérias prejudiciais; para além de que a água que não é tratada pode danificar a própria piscina. Existem vários produtos que podem ser utilizados nos tratamentos para piscinas, mas existem oito que são usados. 1 - Tratamento de cloro: um dos produtos mais importantes no que toca aos tratamentos para piscinas – se não o mais importante – é definitivamente o cloro. Multifuncional, não só mantém a limpeza da água da piscina, como desinfecta-a, eliminando bactérias e outros microorganismos que possam ser
nocivos para a saúde de quem utiliza a piscina. O tratamento de cloro está disponível em pastilhas, tabletes e pó granulado. 2 - Tratamento de pH: um dos aspectos mais básicos na manutenção de uma piscina é assegurar o nível de pH da sua água, que deve ser testado regularmente. Um bom nível de pH situa-se entre os 7.2 e os 7.6; o nível ideal situa-se entre os 7.4 e 7.5. Em termos de tratamento para piscinas, se verificar um nível inferior a 7.2 deve aplicar um incrementador de pH, para subir esse valor; se verificar um nível superior a 7.6, deve aplicar um redutor de pH, para baixar esse valor. Estes produtos existem em forma de pó granulado ou em líquido. 3 - Tratamento anti-algas: as algas são uma ameaça constante à estrutura e ao aspecto visual da piscina e o seu tratamento consiste na aplicação de um algicida. O tratamento anti-algas para piscinas pode ser standard ou de concentração elevada e a sua aplicação depende do tamanho da piscina e do nível de actuação necessária.
4- Tratamento choque: o tratamento choque para piscinas é exactamente aquilo que o seu nome sugere. Quando a água da piscina se torna instável (nomeadamente devido à formação de cloraminas), ou seja, passa a causar a irritação da pele e dos olhos e a libertar um odor muito desagradável, é necessário efectuar um tratamento choque. Existem produtos específicos para este tratamento, de forma a assegurar a sanificação da água, restabelecendo assim o seu equilíbrio. 5 - Tratamento de limpeza da linha de água: este tratamento para piscinas está especificamente pensado para a limpeza da linha de água, ou seja, a limpeza da sujidade e gordura que se acumula nas paredes das piscinas acima da linha de água. Para efectuar este tratamento, pode utilizar um produto específico para o efeito, em gel ou líquido.
clarificador que não é mais do que um líquido clarificador de água que é adicionado à água da piscina, fazendo com que as pequenas partículas se juntam para formar partículas grandes que, por sua vez, são mais facilmente filtradas e/ou aspiradas.
6 - Tratamento clarificador: por vezes, as partículas de sujidade ou lixo que entram para a piscina são demasiadas pequenas para serem filtradas e a sua acumulação torna a água da piscina escura e turva. Nestes casos, é necessário aplicar um tratamento
7 - Tratamento anti-calcário: outro tratamento popular para piscinas é o tratamento anti-calcário que combate a formação de sais cálcicos na água. A existência de sais cálcicos na água pode levar ao aparecimento de incrustações na estrutura da piscina, causando
danos e a consequente deterioração da mesma. Utiliza-se um produto anticalcário para efectuar este tratamento para piscinas. 8 - Tratamento contra metais pesados: as pequenas partículas de metais podem escapar ao filtro da piscina e manterem-se suspensos na superfície da água. A sua não remoção pode causar manchas nas paredes da piscina, o que implica um tratamento contra metais pesados.