Climatização Especial
Cai a folha e chega o frio A climatização como base do seu conforto
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Especial Climatização
06 de novembro 2013
Energias renováveis e alternativas Existem no mercado vários sistemas de climatização que utilizam, no seu funcionamento, fontes de energia renováveis/alternativas.
Solar térmico A utilização de painéis solares térmicos é uma boa opção de investimento para o aquecimento das águas sanitárias de uma casa. Porém, se os pretende utilizar com o intuito de aquecer o ambiente, o investimento deixa de ser economicamente viável dado que é necessário adquirir um número superior de painéis que depois serão utilizados poucos meses durante o ano. Pode, no entanto, viabilizar o investimento de vários modos. Por exemplo, aproveitar os painéis solares para aquecer a água de uma piscina ou no pré-aquecimento de uma casa de férias, durante o período em que esta está desabitada, economizando no aquecimento quando a ocupar. A utilização de painéis solares térmicos no aquecimento ambiente deve ser feita com um sistema de piso radiante, pois estes sistemas, ao contrário dos radiadores, não precisam de água tão quente e têm um melhor rendimento.
Neste momento encontra-se em estudo a viabilização dos painéis solares para arrefecimento ambiente.
Biomassa A biomassa pode ser utilizada no aquecimento ambiente através das seguintes formas: 1. lareira com recuperador de calor; 2. sistema a pellets.
Na escolha de uma lareira existem dois importantes fatores a ponderar: se a pretende aberta ou fechada e se esta terá ou não um recuperador de calor. A presença de um recuperador de calor torna o uso da lareira mais racional ao permitir uma queima controlada da madeira, economizando matéria-prima e tendo uma irradiação de calor muito superior às de queima aberta.
Sistema a pellets O sistema a pellets funciona como um recuperador de calor. Utiliza uma fonte de energia renovável – a biomassa – sob a forma de granulado da madeira, os pellets. Estes são produzidos a partir dos desperdícios resultantes da limpeza de florestas e das sobras da indústria da madeira. Ambos os sistemas podem ser utilizados, quer no aquecimento da divisão onde o sistema está instalado, quer no aquecimento
de outras divisões da casa, através de tubagens que conduzem o ar aquecido para as restantes divisões. De modo a viabilizar a utilização destes sistemas noutras divisões poderá ser necessária a instalação de um pequeno motor para ajudar a puxar o ar quente para as divisões a climatizar.
pretende aquecer/arrefecer uma habitação. Estes sistemas, abastecidos por eletricidade, utilizam a temperatura estável do subsolo e/ou dos lençóis de água subterrâneos para aquecer ou arrefecer uma casa ou um edifício. O tipo de solo e a existência ou não de lençóis de água determinarão a sua
Solar térmico + Biomassa Um sistema misto solar térmico + biomassa permite, no Verão, aquecer as águas sanitárias através do painel solar. Já no Inverno, o painel solar contribui para o aquecimento da habitação, através do préaquecimento da água que depois circula no sistema a biomassa. Estamos a falar de um sistema que funciona com radiadores ou piso radiante. Contudo deve-se ter em atenção que o piso radiante não precisa de temperaturas tão elevadas como os radiadores, apresentando assim uma necessidade energética inferior para fazer o aquecimento da habitação.
Bomba de calor geotérmica As bombas de calor geotérmicas não são sistemas que utilizam energias renováveis, pois precisam sempre de energia elétrica para funcionarem. No entanto, devido aos elevados rendimentos energéticos que estes equipamentos atingem, tornam-se uma solução a considerar quando se
eficiência. Usando o processo de refrigeração, as bombas de calor de subsolo aproveitam a energia térmica armazenada no subsolo e/ou nos lençóis de água subterrâneos e transferem-na para a habitação ou vice-versa. Este sistema assegura também o aquecimento das águas sanitárias.
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Especial Climatização
06 de novembro 2013
Economia verde está Uma empresa dedicada à climatização a abrandar ritmo de crescimento das emissões Lanzai
Prestes a completar dois anos de existência no concelho de Vagos, a Lanzai é uma empresa ligada a energias de climatização e tem nas energias renováveis o seu forte. Sistemas solares, biomassa, bombas de calor, geotermia e, ainda que menos utilizado, a aplicação de energias fósseis como o gás e o gasóleo. Segundo o gerente desta empresa, a biomassa (sistemas de aquecimento a lenha) é o sistema que mais tem crescido na nossa região «pela facilidade de adquirir as energias». Os sistemas a pellets também são uma opção, no entanto há que ter em atenção alguns fatores como por exemplo a limpeza e carregamento (pode levar vinte minutos por dia), dependendo da máquina em causa. Quanto à energia solar, este sistema «é mais usado para o aquecimento de águas residuais mas também já há aplicações para servir a habitação», disse, à nossa redação, Maurício Rua. Num sistema de climatização de painéis solares os mais comuns a serem usados para difundir o calor pela casa são os ventilo-convetores ou o chão radiante. «Os radiadores convencionais dificilmente trabalham», alertou. Nas grandes cidades, um dos sistemas de aquecimento que mais funciona é o gás, pela facilidade ao gás natural, mas ainda assim não é o único em decréscimo. «Temos 3 milhões de caldeiras a gasóleo para trocar neste país. É incomportável uma família que gastava 300/400 euros por inverno passe a gastar entre os 1500 e os 3000 euros», referenciou o gerente da Lanzai. E trocam por qual? «As trocas têm sido
feitas essencialmente por biomassa. Mas a aerotermia e a geotermia também tem crescido em relação às trocas. E o que mais se aplica? «Devido à economia, são os radiadores por ser o mais económico. Mas o que eu aconselho é o ventilo-convetor ou chão radiante. O rendimento é outro, os equipamentos trabalham a baixas temperaturas, e com uma pequena b o m b a de calor conseguese alimentar uma casa de chão radiante enquanto que para aquecer os radiadores os preços disparam para o triplo», respondeu.
a Lanzai saia, a Solius assume todas as responsabilidades perante os clientes». Colocando-se muitas vezes na “pele” do consumidor final, a Lanzai gosta muito de informar/aconselhar os seus clientes sobre os melhores produtos a utilizar pois cada caso é um caso e nem sempre o «serviço do vizinho é o mais adaptável», alertou.
Embora continuem a aumentar, o ritmo de crescimento das emissões globais anuais de CO2 está a abrandar, o que se deve a uma crescente aposta na economia verde, revelou um estudo divulgado ontem pela PBL Netherlands Environmental Assesment Agency e pelo Joint Research Centre da Comissão Europeia.
Lanzai e Solius juntas pelo seu conforto
De acordo com a mesma fonte, em 2012, as emissões globais atingiram o valor recorde de 34,5 mil milhões de toneladas, mas registando um crescimento anual de 1,1%, o que é menos de metade do crescimento médio anual na última década (2,9%). Estes números ganham mais significado numa altura em que a economia global cresceu 3,5% - “este desenvolvimento significa uma viragem para actividades com menos intensidade de combustíveis fósseis, um maior uso de energias renováveis e aumento da poupança energética”, aponta o relatório “Trends in global CO2 emissions”.
A empresa situada em Ponte de Vagos está agregada à Solius, uma empresa que dá garantias de futuro neste mercado. «Mesmo que
Este desaceleramento “pode ser o primeiro sinal de um abrandamento permanente no aumento das emissões globais de CO2 e, em última análise, do seu declínio”. Para que tal seja verdade, diz o relatório, é necessário que a China atinja as metas que a própria estabeleceu de um nível máximo de uso de energia em 2015 e uma quota de 10% de gás natural em 2020, que os Estados Unidos (EUA) continuem a
FOGÕES DE SALA, RECUPERADORES DE AQUECIMENTO CENTRAL, CHURRASQUEIRAS E PAINEIS SOLARES
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apostar num maior contributo do gás e das energias renováveis para o seu mix energético e se os países da União Europeia concordarem em “restaurar a eficácia do Sistema de Comércio de Emissões Europeu para reduzir as emissões actuais”. China, EUA e Europa continuam a ser as regiões do mundo mais poluidoras, sendo responsáveis por 55% do total de emissões globais. Destes três, só a China aumentou o nível de emissões, embora com uma variação pequena (3%) face aos 10% anuais que se registaram na última década. Graças a uma maior utilização de gás em detrimento do carvão, os EUA conseguiram reduzir as suas emissões em 4%. No caso europeu, uma diminuição do uso de energia e no transporte rodoviário reflectiu-se num declínio de 1,6% das emissões.