Bodas de Sonho 2014

Page 1

Ed nยบ 297 de 5 fevereiro 2014

Bodas de Sonho


O Ponto | 12/

II

«Amor são as pessoas que gostam das crianças e também das outras pessoas.»

Camila Neves, 5 anos, Calvão

Bodas de Sonho

Os passos certos e definidos para o casamento de sonho Há quem defenda que, para melhor preparar o seu casamento de sonho, o casal deve começar a idealizar todos os pormenores com um ano de antecedência. No entanto, é possível fazer em cerca de meio ano. Ficam aqui umas dicas. Basta saber aproveitar bem cada minuto…

- A noiva deve encomendar o vestido; - Caso pretendam meninos das alianças, façam o convite aos pais das crianças; - Definam o convite de casamento (não se esqueçam de providenciar mapas com localização da igreja e do local da boda, sobretudo para os convidados de fora); - Definam o menu com o responsável do local da boda; - Escolham a lembrança de casamento para oferecer aos convidados.

6 meses antes

3 meses antes

- Comuniquem aos familiares e amigos; - Definam a data, horário e local do casamento religioso; - Façam reserva na igreja; - Escolham os padrinhos; - Comecem a planear o que pretendem para a cerimónia e para a festa com os convidados; - Se optarem por não contratar um profissional especializado na organização de eventos, definam como será a receção para convidados (buffet, bebidas, música, decoração, segurança, …); - Comecem a orçar os serviços de buffet, floricultura, músico, gráfica, foto e filmagem; - Façam as reservas de todos os serviços que a cerimónia e festa irão precisar; - A noiva deve começar a definir o seu vestido e acessórios; - Comecem a pensar onde vão morar depois do casamento caso ainda não tenham local definido.

- Definam a data, horário e local do casamento civil; - Reservem o cartório e providenciem toda a documentação necessária; - Escolham os arranjos florais da igreja, do ramo da noiva e do buffet; - Encomendem as lembranças; - Concluam a lista de convidados; - Definam o repertório musical quer para a cerimónia religiosa como para a festa; - Comecem a pensar e organizar a lua-de-mel, definindo destino e período; - Façam lista de casamento.

com o gerente do local da boda, da floricultura, músicos, oficial do cartório e da igreja; - Definam a ou as lojas onde vão deixar a sua lista de presentes; - A noiva deve decidir se vai mudar seu nome nos seus documentos e, se assim pretender, deve solicitar a alteração; - Escolham cabeleireiro, sobretudo a noiva, e comecem a definir o penteado que vai querer no dia. 5 a 4 semanas antes

5 a 4 meses antes

2 meses antes - Escolham o fato do noivo; - Orientem padrinhos e madrinhas sobre os seus trajes de cerimónia; - Imprimam os convites 7 semanas antes - Certifiquem-se de que está tudo em perfeita harmonia e de acordo com o que tinham idealizado; - Verifiquem os últimos detalhes

- Enviem e/ou entreguem em mão todos os convites; - A noiva deve fazer um ou mais testes do penteado e maquilhagem; - Definam o transporte para o casamento e a receção dos convidados. 3 a 2 semanas antes - O noivo e a noiva devem fazer a prova final do fato e do vestido; - Definam os acessórios que pretendem usar no dia (no caso da noiva há que decidir as meias, lingerie, joias ou bijuterias); - Verifiquem o número exato de convidados para poderem fornecer ao responsável pela boda. 1 semana antes - Preparem a mala para a lua-demel; - Realizem a vossa festa de despedida de solteiro (em separado ou em conjunto); - Confirmem os últimos detalhes (entrega das flores e das lembranças, do horário com o transporte, fotógrafos e com o responsável pela boda, …)

2 dias antes - A noiva deve fazer a depilação, pedicure e manicure; - Se assim desejarem, devem fazer tratamento completo de pele e cabelos. 1 dia antes - O vestuário e todos os acessórios devem ser levados para os locais onde a noiva e noivo se vão arranjar; - Caso partam diretamente da boda para a lua-de-mel, deixem as malas prontas; se forem passar a noite de núpcias a algum local específico

devem igualmente deixar pronta a mala com tudo o que vos será necessário. No Dia D - Tomem um bom café da manhã com tudo o que mais gostam e bem reforçado, porque o dia vai ser de grande agitação e nervosismo. - Aproveitem cada minuto e cada momento. Caso estes passos tenham sido seguidos à risca, tudo sairá perfeito… tal como sonharam.


«Amor é partilhar.»

O Ponto | 13/

Gonçalo Pandeirada, 5 anos, Santo António

III

Bodas de Sonho Laurentina e Manuel António dos Santos

Casar há meio século Ela chama-se Laurentina dos Santos e tem 74 anos; ele chama-se Manuel António dos Santos e tem 70. São naturais e residentes na freguesia de Santa Catarina, casaram-se no dia 28 de janeiro de 1963 e nos já 51 anos de casamento os dedos das duas mãos não chegam para contar a família que construíram (quatro filhos, oito netos e uma bisneta há três anos). Uma vida marcada, como qualquer outra, por «altos e baixos» mas que foi sempre mantida em equilíbrio depois de um casamento que em nada tem a ver com os dias de hoje. Sempre se conheceram, de vista, por serem «da mesma terra», embora de lugares diferentes. A vida era dura, pobre, obrigando Manuel António a ter que procurar trabalho em Lisboa, já que aqui poucas oportunidades havia. Partiu com 15 anos e foi na capital, sozinho, que decidiu «arranjar uma namorada». «Decidi escrever-lhe uma carta a proporlhe namoro. Se me aceitasse respondia, se não respondesse era porque não teria aceite», conta. E porquê Laurentina? Porque a conhecia da mocidade, porque lhe pareceu rapariga séria e, claro, «porque se calhar já trazia alguma coisa no meu sentido a pensar nela», confessa. Laurentina diz-nos que ficou «admirada» com o teor da carta que recebeu, mas aceitou. Com resposta afirmativa, namoraram cerca de quatro anos. Namoravam por carta e, sempre que vinha à terra que o viu nascer, aproveitava para estar com ela. Naquele tempo em que não havia carros e se andava a pé e descalço, Manuel António ia-a namorar à porta dos pais dela, mas também aproveitava o final da missa para conversar enquanto ela apanhava erva para o gado. Dança não era muito o gosto dela, por isso raras eram as vezes que se encontravam nos arraiais ou bailaricos e, quando iam, ele dançava com outras. «Éramos livres mas com respeito», revela Laurentina para

justificar a ausência de ciúmes. «Não havia a “mesquinhice” que hoje existe e, além disso, tinha que respeitar os pais dela», acrescenta Manuel António. Uma boda “pobre” mas rica em sentimentos «Casei aos 19 anos e ela tinha mais quatro. Antigamente casava-se cedo porque éramos adultos mais cedo; tínhamos uma maneira de ser, estar e pensar que a juventude de hoje não tem», contam, apontando o dedo à «miséria» que os “atirava” cedo para o mundo do trabalho. Quando decidiram casar, Manuel António, acompanhado de um primo mais velho, respeitado e respeitador na freguesia, foi pedir a bênção aos pais de Laurentina. Daí ao casamento passou-se um mês. O tempo necessário para ir ao registo civil e, com o documento, ir falar com o padre da paróquia. «Na altura pertencíamos à paróquia de Covão do Lobo e era o padre Ribau. Era ele quem marcava a data do casamento, as reuniões preparatórias e a confissão». Entretanto, com data marcada, era tempo de tratarem dos convidados. Na altura, os convites eram feitos pessoal e verbalmente, «não havia convites escritos». Convidavam-se o padrinho e a madrinha de batismo e a família mais próxima, alguns vizinhos e amigos mais chegados. «Tivemos entre 40 e 50 convidados», recordam. A “boda”, no final da missa, foi na casa da mãe de Manuel António, onde ainda hoje residem depois de remodelada a casa. «O almoço foi batatas e bacalhau, confecionado pela minha mãe e uma senhora que chamavam, na altura, para cozinhar para este tipo de festas. Foi servido aqui em casa, no antigo pátio que tínhamos. Bolo da noiva não existia, mas adoçámos a boca dos convidados com pudim, aletria ou arroz doce, tudo caseiro, que era mais barato», riem-se. O casamento foi a um sábado, mas só na missa de domingo é que o padre

lhes deu a bênção. «Era uma forma de nos ver na missa ao domingo», brincou Manuel António. «Não havia o esbanjar de dinheiro que hoje há» O tempo não foi muito, mas todos os pormenores fundamentais não faltaram. Ele foi ao alfaiate da freguesia a quem comprou a fazenda e mandou fazer o fato à medida. Ela não levou vestido de noiva (não era muito usual). Optou por um fato que comprou na feira. Penteado fê-lo ela própria – uma trança para os cabelos compridos, como era usual nas mulheres – e unhas pintadas «nem pensar; só se fosse de negro de trabalharmos a terra», disse em jeito de brincadeira. Lembranças nem sequer existiam na época e registo fotográfico apenas houve quando, tempos depois, se deslocaram ao fotógrafo no centro da vila de Vagos. A lua-de-mel, se assim se pode chamar, durou 15 dias: tantos quantos Manuel António teve de férias, dados pelo patrão para se poder casar. Depois, ele voltou para Lisboa e ela ficou em casa com a sogra, tendo engravidado pouco tempo depois.

«Não havia o esbanjar de dinheiro que hoje há», sublinharam, garantindo que não foi por não gastarem muito dinheiro que o casamento deixou de ter sucesso e felicidade. «Os nossos filhos também fizeram a boda em casa, embora com mais modernices. Achamos que o importante é que seja sempre um casamento religioso porque, seja qual for a religião, a igreja é uma fonte de

educação». Um conselho que deixam aos noivos e novos casais de hoje: «casem-se pela igreja e namorem muito para que, perante uma qualquer chatice, não acabe em separação. Nós namoramos à nossa maneira e assim conseguimos superar os problemas que a vida nos vai trazendo».


O Ponto | 14/

IV

«Amor é dar flores a quem se gosta.» Rodrigo Jesus, 5 anos, Stº André

Bodas de Sonho

Penteados da noiva Loiro, moreno, preto, com ou sem madeixas, liso, encaracolado, apanhado, …, há várias formas, cores e feitios de ter os seus fios de cabelo, e é dessas várias formas, maneiras e feitios que os poderá ter no grande dia onde tudo é possível. Escolher o penteado perfeito e ideal para a cerimónia pode ser uma tarefa complicada já que este deve combinar com vários pormenores. Para este ano as tendências nos cabelos passam muito pelas tranças, flores e acessórios, bandoletes e apanhados simples ou com algum volume, trabalhados…. mas é claro que vai depender do busto da noiva, do vestido e de todo o resto. «Primeiro marque o cabeleireiro com alguma antecedência de modo a garantir que esteja disponível e depois a cronologia até ao dia é acordado entre as duas (profissional e noiva) para que tudo saia perfeito no dia», aconselhou Sara Rito. O vestido que a noiva escolhe vai depois traçar qual o penteado e a maquilhagem que a noiva deve usar. Quando faltar mais ou menos dois meses para o grande dia, deve idealizar o penteado que quer levar bem como iniciar alguns testes. Mesmo que tenha algumas ideias definidas, há sempre retoques a fazer, e mais que tudo «tem de ser um penteado que aguente muito bem, afinal serão horas imensas de emoções e alegrias e muito movimento», sublinhou a cabeleireira de Ponte de Vagos. No último mês deverá hidratar bem o cabelo, e fazer as experiências com os acessórios, caso opte por usar. A uma semana do grande dia… Falta uma semana para o dia em que irá festejar o seu casamento e, sem dúvida, que será o centro de todas as atenções. Por isso terá de estar deslumbrante e encantadora. Para além de si própria, o vestido, os cabelos e a maquilhagem ajudam a tornar a festa ainda mais especial. Por isso mime-se, cuide de si e comece por fazer uma limpeza de pele. Se usar coloração no cabelo volte a pintar para que não se note a diferença da raiz e volte a ensaiar o penteado. No dia anterior trate das suas mãos e pés. E eis que chega o grande dia!! Certamente que o nervosismo começa a tomar conta de si, mas no cabeleireiro não precisa…. Apenas relaxar e deixar que o cabeleireiro trate de si e colabore para que seja realmente a pessoa mais bonita da festa.

Trâmites legais para o casamento Independentemente do tipo de cerimónia, os noivos devem seguir um conjunto de vários trâmites legais para casar. Desde logo, para dar início ao processo, é necessário deslocaremse à conservatória e apresentar determinados documentos, tais como bilhete de identidade ou cartão de cidadão de ambos os noivos e, caso não desejem o regime de comunhão de bens adquiridos, devem levar uma convenção antenupcial. Por outro lado, caso algum tenha menos de 18 e mais de 16 anos, terá de apresentar um documento escrito pelos pais, ou pelo tutor, declarando a sua permissão da união. Em caso de viuvez ou divórcio de um dos noivos, deverá levar um documento que comprove o seu divórcio ou o falecimento do conjugue anterior. De salientar que para darem início ao processo preliminar de publicações, existem algumas despesas no Registo Civil (os emolumentos) que têm de pagar: processo de casamento, assento de casamento, convenção antenupcial, alteração de regime bens ou processo de alteração de nome. Decidir o regime de bens Em Portugal existem três regimes matrimoniais de bens: comunhão geral de bens, comunhão de bens adquiridos e separação de bens. Caso não deem qualquer indicação, aplica-se o regime da comunhão de bens adquiridos. No entanto, se tiver mais de 60 anos, a lei obriga a casar pelo regime de separação de bens. Se desejarem optar pelo acordo de regime da comunhão geral de bens ou separação de bens, devem expressálo na altura em que se dirigirem à Conservatória do Registo Civil e efetuar uma escritura antenupcial. No regime de comunhão geral de bens, todos os bens posteriores ao casamento ou adquiridos seguidamente ao casamento são pertencentes aos dois, excluindo-se prémios ou indemnizações de seguros bem como objetos de uso

pessoal. No caso de existirem filhos de casamentos anteriores este regime não se aplica. No regime de comunhão de bens adquiridos, tudo o que adquirirem depois do casamento pertence aos dois. No caso dos bens herdados, doados ou trocados por bens próprios continuam a ser pertence de cada um. Por último, no regime de separação de bens, cada um preserva em seu nome aquilo que já era seu antes de casar, o que herdar, o que lhe for doado e o que adquirir depois do casamento. Se depois do casamento, por exemplo, o casal adquirir algo, cada um será proprietário da percentagem do montante que gastou. O casamento pode ser impedido: - caso um dos noivos não tenha pelo menos 16 anos; - caso exista um casamento anterior que não tenha sido dissolvido; - entre parentes de linhagem reta, como avós, pais, filhos, sogros e genros; - entre irmãos, parentes de linha colateral; - em caso de demência evidente de um dos noivos; - caso o prazo inter-nupcial não tenha sido cumprido, para os homens 180 dias e para as mulheres 300 dias para voltarem a casar.

Diferença da celebração do casamento civil e do católico No casamento civil é necessária a presença dos dois noivos, ou de pelo menos um deles e do procurador do outro, e de um funcionário da Conservatória do Registo Civil. Este casamento pode celebrar-se na conservatória ou no local a designar pelos noivos. O casamento católico é celebrado pelo pároco da igreja paroquial de um dos noivos. Neste caso é o sacerdote que lavra o assento de casamento nos livros paroquiais, encarregando-se de enviar os documentos necessários para o Registo Civil, para ser feito o registo. Em Portugal, a única igreja que pode celebrar diretamente o casamento é a igreja católica. Esta aceita o casamento entre um católico e um não católico.


«Amor é dar comida a quem não tem.»

O Ponto | 15/

David, 4 anos, Stº André

V

Bodas de Sonho decorativos muito adequados, tais como os pequenos barcos, as âncoras, entre outros. O corredor dos noivos poderá ser decorado com pétalas e delimitado por tochas, ou algo do género, pois tornam o casamento mais romântico. Para decorar com flores recomendamse as orquídeas cymbidium, as próteas, as orquídeas dendrubium, as orquídeas mokara, os verdes, os amarílios, os jarros, as folhas ou as flores de lótus. A hora certa A maioria dos noivos sonha num casamento ao pôr-do-sol. Realmente é uma boa altura para realizar o casamento. A esta hora a praia já tem mais privacidade, assim como logo pela manhã. Se desejam fotografias com o pôr-do-sol de fundo, é importante referir isso ao fotógrafo. Atendam sempre às marés pois estas mudam muito, sendo sempre melhor realizar o casamento quando a maré não está a encher; a maré baixa também permite um ambiente com menos ruído.

Como celebrar um casamento na praia Descalços a sentir a leveza da areia branca, com o som ambiente das ondas e como pano de fundo o horizonte onde mar e céu se confundem. A praia poderá ser um dos locais mais românticos para celebrar o casamento de um casal apaixonado. Com a praia aqui tão perto, por que não aproveitar para concretizar esse sonho e fazer uma cerimónia fora do vulgar? Se assim for, há pormenores que não devem deixar de ter em conta. O clima Ninguém consegue prever, a 100%, como estará o clima, porém antes de marcar a data do casamento podem consultar o site do instituto de meteorologia, para saber as épocas onde o tempo seja menos imprevisível. Descubram mais acerca de alguns fatores relacionados com o estado do tempo, tais como: quão ventosa é a

praia em diferentes alturas do ano, mês e do dia; saibam como se comportam as marés nessa altura do ano, podendo assim planear a cerimónia, evitando situações desagradáveis. Sítio pensado No verão, a praia pode ser muito utilizada por veraneantes, por isso têm de ter cuidado com o sítio que escolhem. Têm, também, de pensar num lugar onde os convidados possam estacionar, e convém dar indicações para tal. Para não correr riscos, reservar os estacionamentos para os convidados seria o indicado. Se possível providenciem marcas e rotas identificativas para que os convidados se desloquem para o local correto. Os convites Informem os convidados que o casamento vai decorrer na praia para que eles se

vistam apropriadamente. Façam os convites de acordo com o casamento, colocando uma frase como: “Cerimónia à beira-mar” ou “Cerimónia na areia”. A aparência Considere vestir algo mais casual e menos pesado, nada de saltos altos ou um look muito exagerado, pois não iria combinar com o ambiente. Linhos, crepe ou organza, são os tecidos mais indicados para o seu vestido de “cerimónia na areia”. Não use seda, pois não se dá com a humidade e aumenta a temperatura corporal. Ir descalça ou com sandálias rasas, sem meias, é o aconselhado, e flores no cabelo combina sempre com a praia; também por causa do vento, véu não é aconselhado. Se fizer muita questão de usar véu, certifique-se que este é pesado, mesmo que seja necessário aplicar ornamentos.

E não se esqueçam de aplicar protetor solar, sempre debaixo da maquilhagem. Os convidados Pensam convidar um grupo pequeno, ou celebrar um grande casamento tradicional? Embora seja possível conseguir um casamento tradicional de sucesso na praia, um grupo de convidados mais restrito permite uma flexibilidade maior para o planeamento da cerimónia. A decoração Como decidiram escolher um lugar com um cenário natural, a decoração terá de ser o mais minimalista possível. Aconselha-se o uso de cores como o verde-água, vários tons de rosa, vários tons de azul ou até várias tonalidades de beges e castanhos-claros. Conchas e estrelas-do-mar são elementos

O piso Atualmente as praias já têm os passadiços de madeira, como acesso fácil. Todavia pensem sempre nos seus convidados, e nas suas dificuldades que apresentam em chegar ao local da cerimónia. O instrumental O violino, a flauta, o saxofone, uma harpa, um violoncelo ou uma guitarra são escolhas bem-sucedidas, pois não abafam o ruído natural do oceano. A casa de banho Se a cerimónia for realizada num resort ou num hotel, devem sempre informar os convidados onde estão localizadas as casas de banho. Se a cerimónia for num local mais remoto deverão considerar a hipótese de alugar casas de banho portáteis. Permissões e legalidades Para celebrar um casamento na praia deverão dirigir-se à capitania. Se decidirem usar fogo-de-artifício ou música, é importante submeter à autarquia local um pedido para obtenção da emissão de uma licença especial de ruído, com um mínimo de 30 dias para poderem usufruir das respetivas licenças.


O Ponto | 16/

VI

«O amor é o respeito.» Leonardo Rumor, 5 anos, Calvão

Bodas de Sonho

Dias em que não se deve casar Na hora de escolher o “Dia D” há que ter em conta que nem todos os dias são ideais para o casamento ser marcado. Para além de ter em conta a estação do ano (primavera, verão, outono ou inverno), há que ter em atenção diversos e variados fatores desde a ocasião perfeita para a lua-de-mel ou a probabilidade de determinados convidados (importantes) poderem ou não comparecer. Deve-se, portanto, evitar, alguns dias, desde logo: Dias supersticiosos Embora as pessoas garantam que não são supersticiosas ou não ligam a estas datas mais ligadas à superstição, o dia 13 é sempre associado ao azar, mais ainda quando se trata de uma sexta-feira dia 13. Aliás, alguns noivos chegam mesmo a evitar o fim de semana seguido a uma sexta-feira 13; Dia de todos os santos Já não é feriado, mas o dia dos finados ou de todos os santos, pelo seu teor ligado à morte e, sendo seguido ao dia das bruxas (Halloween), não será o dia mais ideal para marcar o dia do casamento; Dias em que muda a hora Nada mais chato do que ter convidados a chegar à cerimónia do casamento uma hora depois da marcada, ou mesmo uma hora antes;

Dia 1 de abril O dia das mentiras, ou o dia 1 de abril, é sempre um dia de partidas e de mentiras, tudo que não é propriamente romântico; Feriados ou dias de festa Pode parecer muito romântico casar no dia da passagem de ano, ou até no dia de Natal, mas a verdade é que se devem evitar datas entre o dia 22 de dezembro e 5 de janeiro, porque o mais certo é acabar com menos convidados do que se esperava. Não se esqueçam que esta é altura de férias, de viajar para estar com a família ou para celebrar a passagem de ano. Outra festa marcante também a evitar é o Carnaval, porque poderá ofuscar o romance do dia do casamento; Dias de grandes jogos de futebol Se não querem ver os convidados mais entusiasmados com a ideia de escaparem até um café para darem uma vista de olhos ao jogo de futebol, o ideal é marcar o dia do casamento num dia que não existam grandes jogos de futebol. Evitem especialmente o final da época ou jogos do mundial e europeu.

Fotografias que não deve dispensar O dia do casamento é um dia pleno de momentos e sentimentos misturados com detalhes e pormenores que o casal irá querer fazer perdurar no tempo. Nada melhor do que captar esses pequenos momentos ou detalhes recorrendo à fotografia. Diz-se que é «para mais tarde recordar», mas através de uma fotografia, anos mais tarde, já mesmo com os filhos e netos, os noivos terão oportunidade de reviver os momentos vividos no seu dia. Com uma fotografia sente-se emoção, a ligação ao momento e vê-se perspetivas únicas. Existem algumas que são fundamentais para imortalizar esse tão grande dia: - tirar fotos humorísticas com os amigos; - detalhes do vestido e look da noiva e do fato do noivo; - o vestir da noiva e do noivo; - sorriso da noiva; - dos noivos com o animal de estimação; - anel de noivado e as alianças; - homenagem aos pais; - emoção dos pais tanto da noiva como do noivo; - momento antes do primeiro olhar; - olhar do noivo; - a saída da cerimónia; - a saída dos noivos para o local da boda; - do placard com a constituição das mesas; - um momento de amor; - um momento inesperado; - uma fotografia encenada a sós, familiares ou amigos; - uma fotografia com os amigos do noivo; - a comida; - a primeira dança dos noivos; - o atirar do ramo da noiva; - o bolo e o partir do bolo da noiva; - de momentos de ternura entre os noivos.


«Amor é sermos amigos uns dos outros.»

O Ponto | 17/

Leandro Silva, 5 anos, Calvão

VII

Bodas de Sonho

Lua-de-mel Momentos inesquecíveis… Situações a resolver

partiam para a noite de núpcias, os vizinhos costumavam desenhar, com mel, uma lua na porta da casa do casal para dar sorte.

antes de ir em Lua-de-mel O dia terminou mais rápido do que esperava. Tudo foi perfeito mas passou a correr. Lembre-se que há coisas que não deve esquecer antes de partir para a lua-de-mel!

porque, afinal, trocar um lugar inesquecível por um escritório sem ar condicionado de um dia para o outro será um choque para a sua sanidade mental.

- Fazer todos os pagamentos que ainda estão pendentes associados ao casamento, pois regressar de um local paradisíaco e encontrar uma montanha de contas para pagar é uma chamada à realidade algo brusca. Neste seguimento, faça também os pagamentos das suas contas mensais básicas;

Se necessário, elabore uma lista para que não se esqueça de nada!

- Não se esqueça de passar na lavandaria para deixar a roupa da cerimónia (vestido e fato); será bastante mais simbólico se no reencontro estiver como novo, pois fará com que reviva o dia do início ao fim em pequenos flashes; - Despeça-se verdadeiramente dos que lhe são mais próximos, para que não corram como abutres para sua casa aquando da sua chegada, a cobrar-lhe a atenção que não lhes deu antes de partir; - Combine uma data previamente para reunir amigos e familiares com o intuito de mostrar as fotos e contar os pormenores da sua viagem. Assim evitará que o seu telemóvel desate a tocar mal deixa o avião; - Deixe a sua casa limpa e arrumada. Não há como voltar ao “ninho” e encontrá-lo limpo, organizado e cheiroso; após uma viagem será bastante reconfortante; - Reserve alguns dias entre a sua chegada e o regresso ao trabalho,

Quantos e quantos destinos…

Mantenha o romance da sua luade-mel quando voltar à rotina A maioria dos casais deixa que as suas relações se desgastem com o tempo. Quantas vezes não ouviu algum conhecido comentar que os problemas chegaram com a rotina? Pois, a chave para que faça a diferença consiste única e simplesmente em não deixar que a rotina se estabeleça na sua relação. Reproduza constantemente e com criatividade o romantismo inocente que viveu na sua lua-de-mel: mantenha jantares a dois fora de casa, mantenha passeios à beiramar ao cair da noite, surpreenda o seu marido/mulher com pequenos pormenores, apimentando os seus dias, e nunca se torne previsível nem nos seus atos românticos. Acima de tudo, lute para que o romantismo se mantenha vivo dentro de si e na relação. Se não é romântica/o por natureza, este é um dos campos da sua personalidade que pode trabalhar. Surpreenda-se a si a sua/seu parceira/o, e não permita que o tempo deteriore a sua relação e, essencialmente, se sentir que algo mudou e não foi para melhor, construa uma boa comunicação!

Depois de um dia fatigante, a noite de núpcias é a considerada “cereja no topo do bolo”. Neste momento em que, realmente, o casamento é contraído, o casal deverá escolher um local não muito distante do local da boda, para aproveitar todos os momentos antes da partida da luade-mel. Mas, afinal, porquê chamar-lhe luade-mel? O termo poderá ter a sua

origem nos casamentos por captura, ou seja: um homem apaixonavase por uma mulher, capturava a amada (muitas vezes contra a sua vontade) e escondia-a por um mês (de uma lua cheia até outra) num lugar afastado. Durante esse período, eles bebiam uma mistura afrodisíaca, adocicada com muito mel, até que ela se rendesse à sua sorte. Outra versão defende que, nos tempos antigos, quando os noivos

Mais exóticos e mais tranquilos para se conhecer melhor a pessoa amada e passar bons momentos a sós, ou mais cosmopolitas para viver e aproveitar cada momento, mais distantes ou mais próximos, mais românticos ou mais culturais, o destino da lua-de-mel tem sempre que ir ao encontro dos perfis e características de ambos mas, fundamentalmente, da sua carteira. Existem mil e um destinos para descansar do “stress” e do “correcorre” necessário para a preparação do casamento. Nunca se esquecendo da máquina fotográfica e/ou da câmara de filmar para registar todos e quaisquer momentos – “para mais tarde recordar” -, o casal tem todo o continente português ou ilhas para descobrir verdadeiras maravilhas. No entanto, a grande maioria dos casais opta por sair do país, escolhendo essencialmente as praias. República Dominicana, Caraíbas, Punta Cana ou, na Europa, a Polinésia Francesa – considerada como um dos lugares mais aprazíveis e bonitos de todo o mundo! – são alguns dos destinos onde a água límpida e sol quente farão com que os dias passem num instante. Também na Europa, outros locais românticos, mas também culturais, aconselhados são a cidade da luz (Paris) e a cidade dos eternos apaixonados: Veneza - mais conhecida como a cidade dos canais. Basta imaginar-se nos longos jardins e por entre a bela arquitectura da capital francesa, ou então numa gôndola a navegar pelos canais da cidade italiana, para começar a sonhar com a sua lua-de-mel… ou quem sabe… planear uma segunda lua-de-mel…


«Amor é beijinhos e abraços.» Gonçalo Teixeira, 5 anos, Stº André

Bodas de Sonho


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.