86º aniversário AH Bombeiros Voluntários de Vagos

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10 de setembro 2014

86 anos

Bombeiros Voluntários de Vagos

É na próxima segunda-feira (dia 15) que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos (AHBVV) comemora o seu 86º aniversário. De forma «simples, mas sentida», internamente, a efeméride será assinalada logo pela manhã com a formatura geral com todo o corpo ativo, comando e diretores, seguida do hastear da bandeira e pequeno-almoço convívio. Segue-se a romagem aos cemitérios de Vagos e Santo André por parte de alguns diretores e bombeiros em homenagem a elementos dos corpos sociais e soldados da paz já falecidos. O programa termina à noite, com eucaristia em memória de todos os falecidos na igreja matriz de Ouca. No final, no largo da igreja, será realizada cerimónia de bênção da nova ambulância e convívio entre todos os elementos da direção e corpo ativo.

Comandante Miguel Sá

Financeiramente no bom caminho

Bombeiros preparam-se para as obras no quartel

Prestes a assinalar o seu 86º aniversário, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos (AHBVV) está num «bom caminho em termos financeiros». A afirmação é do presidente da direção que, em declarações a’O PONTO, falou das iniciativas efetuadas e da motivação da equipa que lidera e da necessidade das obras no quartel. Se, um pouco por todo o país, há várias associações humanitárias de “mãos e pés” atados no momento de pagar os vencimentos, o mesmo não acontece em Vagos. Quando a atual direção tomou posse, em março passado, os funcionários recebiam o vencimento faseadamente. «Conseguimos pagar o primeiro mês de trabalho (relativamente a março) a 100% no dia 5 de abril e o mês passado pagámos no dia 28 do mês vincendo, também a 100%», referiu o presidente da direção à nossa redação. De acordo com César Grave, a AHBVV vai no «bom caminho em termos financeiros», muito graças ao «esforço e empenho» dos membros da direção, comando, corpo ativo e pessoas envolvidas

nas iniciativas que a associação tem promovido. A presença nas festas da vila, sardinhada de S. João, festival Vagos Open Air e recriação da outorga do foral, para além do tradicional auto-stop em agosto, renderam já cerca de 20 mil euros. Neste momento «gastamos apenas o que é indispensável sem nunca desfavorecer nenhuma das áreas onde intervimos», disse, comprovando que, em stock, a associação possui consumíveis para os próximos três meses. Além disso, a direção investiu cerca de oito mil euros na aquisição de botas para incêndios florestais para a grande maioria dos bombeiros. «Não podemos só exigir, temos também que dar algo que seja necessário», admitiu. Remoção de telhado com amianto para início de 2015 Uma das necessidades apontadas por César Grave são as obras de beneficiação do quartel vaguense. Ainda estão a ser dados todos os passos necessários para a legalização de todas as propriedades da Associação Humanitária – recordese que o terreno onde está implantado o quartel é propriedade do município de Vagos – mas é objetivo desta direção analisar

nas próximas semanas o projeto que a anterior direção delineou e avançar com as «tão necessárias» obras. Uma análise que será efetuada pelos membros da direção em conjunto com os elementos do comando, já que «são eles quem mais sabem das necessidades da parte operacional». As obras serão realizadas «fase a fase, intervenção a intervenção», mediante as possibilidades da associação. O primeiro passo será a requalificação exterior do edifício e a substituição do telhado, que é de fibrocimento (que contém amianto). Seguir-se-ão posteriormente as obras no primeiro piso para adaptar e ajustar a operacionalidade à realidade dos dias de hoje. Terminarão na zona da parada, com a sua cobertura através de uma nave industrial, que permitirá abrigar todos os veículos e criar uma zona coberta para a instrução semanal e atividades dos bombeiros em dias de mau tempo. Obras que não irão colidir com a parte operacional, como garantiu César Grave. Ainda não há previsão de verbas ou de prazos, mas a ideia é avançar com a remoção do telhado no início do próximo ano, «com ou sem projeto já concluído». Para obter as verbas necessárias, a direção conta com o apoio de todas as entidades, continuando também a trabalhar como tem feito até aqui. «Já mudámos roupa de camas, varremos o chão, lavámos louça ou servimos, e até já acompanhámos o serviço de transportes de doentes desde que aqui estamos» porque o objetivo é «trabalhar para a associação». Aproveitando também o próximo quadro de apoio comunitário, que se prevê rico em medidas para melhorar eficiência energética, «iremos candidatar o máximo de projetos possíveis para reduzirmos na energia», recorrendo nomeadamente à colocação de painéis solares entre outros, mencionou.

Última hora entrada, No fecho desta edição deu Vagos, de no corpo de bombeiros indião teç pro de o equipamento restais, flo ios ênd inc a par vidual so público proveniente do concur dade Inuni Com a pel promovido Aveiro. de ião Reg da l ipa nic termu is proma im ass O corpo ativo fica n em me dól e ças cal as tegido com ios ênd inc a material ignífugo par florestais.

É hora de apoiar o núcleo e deixar os satélites hou. Miguel Sá atribui a redução dos incêndios e ocorrências a S. Pedro e às condições meteorológicas que se têm registado, caracterizadas pela elevada humidade, para além da consciência das pessoas. «O ano passado foi muito mau e houve uma boa atuação por parte das entidades fiscalizadoras. Enquanto as pessoas se lembrarem do horror que foi o verão passado não irão, a meu ver, fazer mau uso – e até negligente – do fogo», defendeu. Corporações perdem 20% dos voluntários

Como prenda pelo 86º aniversário da associação humanitária vaguense, o comandante do corpo ativo gostaria de ver a nova ambulância de socorro ao serviço da corporação e comunidade local. Apesar de já estar no quartel desde junho passado, resta ainda efetuar a inspeção por parte do Instituto de Emergência Médica (INEM). «A ambulância já foi alvo de inspeção mas reprovou por quatro pontos em falta que não me atrevo a enumerar por ser tão ridículo e até colocar em causa o próprio INEM», afirmou Miguel Sá, referindo apenas que se trata de consumíveis. «Eu pergunto: o veículo sai da inspeção e, apto para a emergência, vai para um serviço consumindo metade dos consumíveis. No final desse serviço o INEM vai confirmar se os mesmos foram repostos?», questiona, garantindo que, caso tivesse sido necessário, a ambulância teria sido já utilizada. Apenas não o foi porque o atraso causado por este «processo complicadíssimo» por que está a passar «não está a colocar em causa a operacionalidade». Com esta nova ambulância – conseguida através de verbas angariadas em diversas atividades

promovidas por uma comissão criada para o efeito –, a corporação passará a ter as atuais cinco ambulâncias de socorro ao serviço. É que uma passará a dar apoio ao serviço de transporte de doentes acamados, substituindo uma que ficou inoperacional aquando de um sinistro há alguns anos. Trata-se, portanto, de uma «renovação de equipamentos», vincou o comandante. Outra crítica que deixou diz respeito ao atraso na vinda do fardamento adquirido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA). «A CIRA tratou de todos os procedimentos atempadamente para que o fardamento fosse entregue aos quartéis antes do início do período crítico dos incêndios florestais mas houve falhas, ao que parece, na resposta por parte das empresas que ganharam o concurso», adiantou. Valeu o facto de não ter havido muitos incêndios este verão? A esta questão, o comandante vaguense esclareceu que o equipamento apenas vem proteger mais os bombeiros, sendo um «reforço da sua segurança» e não um meio para extinguir as chamas. «Não é o fardamento que apaga os incêndios», sublin-

Mais uma vez, a corporação de Vagos abriu uma nova escola de estagiários de bombeiros. Iniciaram oito candidatos, mas alguns desistiram por «força das obrigações» a que a lei exige. Criticando as «muitas leis existentes para quem quer ser voluntário e ajudar», o comandante Miguel Sá apela à necessidade de «repensar o que se pretende para os bombeiros do futuro». «Tal como em todo o país, também Vagos viu reduzir, por força da realidade atual que se vive (que obriga à emigração), o seu corpo ativo em cerca de 20%». Uma realidade que obriga as autoridades a repensar no esquema que, apenas na resposta de voluntários, poderá não ser suficiente em breve. «Tem que haver uma maior responsabilização de quem tem o dever de criar um esquema profissional a nível nacional. Está na altura de deixar de gastar tantos milhões nos satélites que gravitam em redor dos bombeiros e passar a pensar no núcleo e em quem trabalha. E não vai lá com fardamentos e carros novos… caso contrário trabalhamos apenas em retalhos e nunca teremos uma manta capaz de tapar bem o problema», criticou.

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