Vagos
Diretor: Emídio Francisco
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Edição nº 286 28 de agosto de 2013
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Candidatos do CDS, CDU, PS e PSD apresentam algumas ideias e projetos em entrevista exclusiva
Futuro/a presidente da câmara Mª Céu Marques CDS
Alexandre Loff CDU
Mário Martins PS
Silvério Regalado PSD
«Vejo a MaisVagos como o sonho de um homem com grande visão»
«Vagos é conhecido pela apetência pelos negócios “sujos”»
«É de gente desta que o concelho precisa de se ver livre »
«Gerir um município é como gerir uma empresa pesada e difícil»
«Estou completamente “limpa” da política»
«Eu tenho as mãos limpas, limpinhas»
«As instituições têm que deixar de ter medo»
«O concelho está de pernas para o ar... estamos com 12 anos de atraso»
«Conheço apenas um buraco de 17 milhões de euros!»
«Não sei como é que uma autarquia se pode, de facto, desviar dos buracos»
«A arte xávega é um postal que temos para vender»
Líderes Cada vez somos mais Con�irmado por mais de dois mil e quinhentos inquéritos realizados porta a porta em agosto de 2012 por todas as freguesias do concelho de Vagos.
«O executivo atual merece claramente um Bom+»
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Ponto de Primeira
Autárquicas 2013
Num novo figurino com apenas 8 freguesias, O Ponto dá-lhe a conhecer alguns nomes já avançados pelas comissões políticas. As listas completas terão que ser entregues no tribunal de Vagos até segunda-feira, dia 5.
Assembleia de freguesia
Assembleia de freguesia
Assembleia de freguesia
Assembleia de freguesia
Calvão
C. Lobo/ F. Angeão
Boa Hora
Ouca
Mário Oliveira
Jorge Bogalho
Hugo Santos
Assembleia de freguesia
Assembleia de freguesia
Assembleia de freguesia
P. Vagos/ Sto André S. António/ S. Catarina Vagos
Assembleia de freguesia
Soza
CDS
Filipe Jorge
Paulo Malta
Juan Oliveira
António Bodas
Fernando Vieira
CDU
Manuel Domingues
PS
Clarinda Margarido
António Amaral
Pedro Moreira
Arlindo das Neves
Fernanda Oliveira
Élio Santos
Ilda Martinez
Paulo Gil
Amílcar Raimundo
Fernando Julião
Nelson Cheganças
PSD
Luís Oliveira
Albano Gonçalves
Silvério Rua
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28 de agosto 2013
Autárquicas-2013
CDS Neves, por quem tenho grande admiração como grande empresário que é.
Mª do Céu Marques
Que quase foi seu adversário… Não acredito nisso. Eu penso que isso foi um pouco de folclore e um pouco triste. Mas é, de facto, um grande e muito bom sonho. Eu tenho para mim que a MaisVagos é também um projeto que eu pretendo dar continuidade embora ainda não saiba em que formato. Está tudo a ser muito maturado.
é licenciada em direito pela Universidade Autónoma Luís de Camões, em Lisboa, tendo feito o seu estágio em advocacia com Fernando Oliveira, em Aveiro. Acabou por se estabelecer em Vagos onde tem escritório no centro da vila. Descendente de vaguenses, nasceu em Carregal do Sal local onde, na altura, o seu pai era comandante. Esta é a “estreia” da candidata pelo CDS à câmara de Vagos na política, eleita presidente da comissão política concelhia do CDS/Vagos no final do ano passado. Filha de pais sempre ligados ao partido, tem vindo a receber convites para integrar as listas mas só agora entende que tem reunidas as condições para avançar com este projeto «mais tentador» do seu ponto de vista. «Eu dizia, num grupo de amigos dos tempos da catequese a que pertenço, que alguém do grupo iria fazer alguma coisa por esta terra. Naturalmente que os anos vão passando e eu sempre fui tendo convites, sempre por parte do CDS». Agora decide ingressar na vida política, sem quaisquer «vícios». O que a distingue dos outros candidatos? Há uma coisa que me distingue dos outros candidatos: estou completamente “limpa” da política, sem vícios, e foi isso que procurei em todas as pessoas que me rodeiam. Distingue-me de alguns candidatos, designadamente o Silvério, o meu percurso de vida e o meu currículo, que falam por si. Criei o meu próprio posto de trabalho e dou emprego, consegui ascender na vida. De facto, eu vim de muito baixo, comecei – digo sem vergonha – na cozinha da dona Anair, que tinha dividido o apartamento em escritórios e eu comecei num espaço muito reduzido que era não mais que uma cozinha de um apartamento. E a partir daí, a pulso, porque não tinha familiares nem “padrinhos” ou “madrinhas”, fui procurar o meu estágio pelo meu pé e depois crescendo à custa também de algumas amizades a quem socorria e que ainda hoje me ajudam sempre que necessário. E dos restantes candidatos? Mário Martins, desde que me recordo, já anda nestas lides políticas há imensos anos, deste ou daquele lado. Ao que sei já foi por mais do que um partido. Penso que, na verdade, é nisso que me distingo: pelo meu perfil e até a minha idade e experiência de vida, e o gostar de Vagos. O CDS apoiou Mário Martins, nas últimas eleições, enquanto candidato do Movimento Vagos Primeiro (MVP). Como é que vê essa tomada de posição do CDS na altura? Não gosto de olhar para trás. Sou uma mulher de olhar para a frente e tomar decisões. Além disso, eu não estava na comissão política concelhia na altura em que essa decisão foi tomada.
Atualmente faz parte dos órgãos sociais da MaisVagos. Já não. Saí. Entendo que não estou, neste momento, em condições de assumir os órgãos da MaisVagos porque estou agora empenhada noutro projeto que é a minha candidatura autárquica. Entendo que estando focada nisso não posso estar a divergir as minhas atenções. No entanto, a MaisVagos é, para mim, um projeto a continuar. Temos o PES que penso que poderá vir a ser o melhor parque empresarial a nível nacional e não sei se não poderemos passar fronteiras nessa classificação. Por ser dos que tem maior potencial nunca poderia descurar isso. Entendo que a MaisVagos sempre foi uma empresa com ar muito secreto e que se quem esteve à frente dos destinos da empresa tivesse sido completamente transparente teria sido muito mais positivo para a região, para os empresários e para o próprio concelho.
Maria do Céu Marques apresenta-se como rosto de mudança
«Sou uma mulher de olhar para a frente e tomar decisões» Mas enquanto apoiante do CDS, viu com bons olhos o apoio ao MVP? Enquanto presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do CDS nunca tomaria essa decisão. Mas não posso estar aqui numa posição de crítica sobre aquilo que aconteceu porque só poderá falar quem viveu o Movimento em si. No entanto, do meu ponto de vista, conhecendo o meu concelho como acho que conheço, independentemente da qualidade das pessoas, a sigla PS não vinga no concelho. Sabemos que no nosso concelho a alternância é entre o CDS e o PSD, daí que se eu fosse a presidente da CPC provavelmente não teria tomado essa decisão. Não me compete a mim julgar quem a tomou, teve o resultado que teve, mas eu acho que o CDS deve concorrer sozinho às eleições. Foi desse modo que me posicionei nestas autárquicas. Mas tendo o CDS, há quatro anos, apoiado o MVP, agora torna-se mais difícil aos candidatos e ao partido marcar uma posição em Vagos? Entendo que não. Aliás, o MVP trouxe ao CDS muito sangue novo. Não sei o que aconteceu com o PS, mas ao CDS trouxe muita gente nova, e prova disso é que temos filiado muita gente para grande orgulho meu enquanto presidente da CPC. Isso é, desde logo, um marcador que isso
não terá sido um diminutivo para o CDS. Neste mandato, como classifica a atuação deste executivo? Que nota daria a 0 a 20? Sinto-me que nem o Marcelo Rebelo de Sousa a classificar (risos). Não querendo dar notas, penso que há quatro anos este executivo não teve, se calhar, a oposição que merecia para não chegar aos 12 anos de executivo. É a análise que eu faço. É má, portanto? Muito má. A imagem que tenho é que o executivo abandonou o concelho e os munícipes. Entramos em Vagos e parece que entramos numa terra abandonada, que não é de ninguém. Consequentemente, entendo também que os munícipes foram abandonados porque não têm qualidade de vida, a vila em si não mexe, os lugares e as freguesias perderam muita da vida que tinham ganho no passado. Faço, portanto, uma análise muito má dos últimos quatro anos, pelo menos. Na área da educação, no que diz respeito à rede escolar do concelho de Vagos, estão em construção os centros escolares das Gândaras (em Fonte de Angeão) e das Gafanhas (Gafanha da Boa Hora). Na sua opinião são necessários os outros três previstos?
Eu ainda não tenho uma opinião completamente consolidada acerca disso porque primeiro temos que avaliar. Para já, temos estes dois centros escolares, mas ainda não sei que número de crianças poderá albergar ou o número de crianças exato que existe. Eu estive a passar os olhos, pela diagonal, a carta educativa, que me parece muito pobre. Parece-me que há um trabalho muito árduo a fazer nessa matéria e daí a minha preocupação de ter na minha lista para a câmara uma pessoa que lida com este sector há quase tantos anos como estou na advocacia, que é Lúcia Vieira. Teremos que analisar a situação antes de dizer se iremos construir mais algum, porque isso tem custos. Não poderemos entrar em obras sem avaliar o que isso significa em termos de custos e de rentabilidade. Uma câmara é uma empresa e tem que ser gerida como tal. Já adiantou que um dos objetivos do CDS será captar investimento e apostar em sectores que criem mais emprego e riqueza. Uma área em franco desenvolvimento no concelho é a industrial/ empresarial, sobretudo com o Parque Empresarial de Soza (PES), gerida pela MaisVagos. Como vê esta empresa? Vejo a MaisVagos como o sonho de um homem com grande visão, que é Carlos
Ainda nesta área, está perspetivado o polo industrial da Ponte de Vagos. Concorda que devem ser desenvolvidos novos pequenos polos ou que se devem centrar as atenções no PES e Zona Industrial de Vagos (ZIV)? A ZIV também é um polo onde a minha atenção está completamente focada porque, além de ser uma realidade muito boa, pode albergar muitas mais empresas, sendo direcionado para o PES outro tipo de empresas. Portanto, não há que descurar nenhum dos dois. Relativamente ao polo industrial de Ponte de Vagos, teremos que realizar um estudo muito rigoroso para saber da sua viabilidade e interesse económico. Daquilo que tenho auscultado nas minhas deslocações pelas freguesias é uma ansiedade das pessoas. Eu verifiquei que já houve desvios para a parte de Mira que podiam ter sido aproveitados. Embora tenham sede em Ponte de Vagos ou Calvão têm unidade em Mira e outras e que poderiam ter ficado na freguesia ou na ZIV. Na área da saúde têm encerrado algumas extensões de saúde. Defende que a câmara deve ter uma posição mais relevante no sentido de serem criadas novas Unidades de Saúde Familiar (USF)? Isto porque a câmara não tem competências nesta área. Daquilo que eu já estive a inteirar-me, se calhar isso é um pouco menos possível. Mas eu sou uma pessoa que acredita que quando eu quero ou as pessoas querem algo têm que fazer por isso. Para mim esta é uma área de capital interesse porque, de facto, dá apoio, especialmente, às pessoas mais idosas. Trata-se de uma questão de proximidade da saúde com as pessoas e naturalmente que, se vier a ser autarca, essa será uma
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28 de agosto 2013 do Orfeão de Vagos, tive a preocupação de colocar o meu filho na Banda e é com agrado que participo também na Confraria As Sainhas que acho que foi algo perfeitamente inovador que apareceu e que dignifica o nosso concelho.
preocupação minha também, porque eu entendo que o autarca tem que sair, ir à procura e a Lisboa reclamar. Por isso é que perdemos algo com isso, porque quem mais reclama é quem mais tem. Mas há a questão das deslocações, sobretudo dos idosos. A solução passa pela criação de uma rede de transportes? Se as pessoas tiverem mobilidade e meio de transporte ficamos com a questão de proximidade resolvida. Aliás, temos já algumas juntas a trabalhar sobre isso para garantir a mobilidade. Através das associações e instituições, podemos colocar meio de transporte ao serviço da população e fazer a ponte entre os serviços de saúde e a própria população de forma a que elas não tenham qualquer dificuldade em aceder aos cuidados médicos. O que é importante é que o
porque tenho receio do plágio (risos). Em relação à cultura, a questão particular da biblioteca é o projeto de Carlos Bento, com mais de doze anos. Naturalmente que a minha equipa está a pensar como a colocar ao serviço da população e de que forma pode ser aproveitada e rentabilizada no séc. XXI. Nessa equipa está Lúcia Vieira, como referiu há instantes? A minha equipa é muito alargada, tanto para a câmara como para as juntas e assembleia. Pessoas pensadas e convidadas para conseguir atingir o meu objetivo: transformar Vagos e pensar Vagos para daqui a 50 anos porque pensar para amanhã ou para daqui a quatro anos não chega. O planeamento é de capital importância porque senão parecemos aquela pessoa de aldeia, que constrói a
Buracos «Se há contrato e ele não está a ser cumprido tem que se interpor uma providência cautelar.»
cidadão, designadamente mais idoso, se sinta completamente apoiado e saiba que, independentemente de a unidade de saúde estar em Ponte de Vagos ou em Vagos, que tem esse serviço e esse cuidado prestado. Na área da cultura está prevista a abertura, em breve, da nova biblioteca municipal. O que propõe o CDS para o sector da cultura em todo o concelho de Vagos? Não vou aqui revelar o meu programa
casa, depois constrói os anexos e depois a barraca para os cães e fica tudo sem sentido. Não, isto tem que fazer sentido. Temos que pensar nas coisas a longo prazo porque isto tem que crescer e se desenvolver de forma muito harmoniosa. Acho que a cultura é inata a todo o povo e naturalmente que na minha equipa tenho também pessoas que saberão articular isso como ninguém. Eu própria sinto que sou uma pessoa que sempre foi muito envolvida nas questões culturais do concelho, tendo sido presidente da direção
Nas praias estão a desenvolver-se diversos investimentos e obras, tanto junto ao mar como junto ao Canal de Mira, estando também previstas obras de intervenção no rio Boco, no âmbito do Polis da Ria. Como vê o turismo no concelho de Vagos? Estou cansada de procurar saber o que em concreto vai ser feito e ninguém sabe explicar muito bem relativamente ao Polis. Para mim, Vagos devia ter acordado há muito mais tempo, e não só agora em final de mandato, porque todos os outros concelhos acordaram há muito tempo para todas estas obras. O que é que eu penso? Que estamos com 12 anos de atraso porque mais uma vez a minha Praia da Vagueira e a minha Praia do Areão foram completamente abandonadas. Quanto às obras que já estão a ser feitas, eu tenho para mim que isto devia tudo ser muito mais participado. Porque quando vi nascer aqueles barracões assustei-me inicialmente. Depois apareceu lá um placard onde já revelava algo sobre o revestimento e fiquei mais descansada com aquelas construções com aquele tamanho e com grande envergadura de ferro. Acho que este tipo de obras deviam ser um pouco mais participadas pela população, que depois se sente menos crítica porque o projeto foi sufragado. Mas será exequível colocar todas as obras a votação? É possível colocar em discussão pública os planos. Algumas é de lei e outras devem ser colocadas para que as pessoas participem. As pessoas têm que participar. Se a participação depois é nula ou residual, as pessoas depois já não têm autoridade moral para dizer nada, porque não participaram. Passam a ter que acatar porque as obras têm que ser feitas. A arte xávega é, noutros municípios, uma bandeira turística. Houve iniciativas de recriação desta tradição há uns anos e que morreram. Qual a ideia para a manter como atividade turística no concelho? Tem que passar por um apoio muito grande porque sabemos todos que a arte xávega, tal como ela é, de origem, não é rentável. Só para levantar um pouco o véu, adianto que estamos, de facto, a pensar em algo a esse nível que poderá envolver isso mas que ainda está um pouco no segredo. Irá ser revelado no nosso programa. Mas entendo que a arte xávega, para ser mantida, tem que ser com apoios. Se a câmara está interessada em manter tem que apoiar. Uma das maiores queixas dos munícipes tem sido as obras de alargamento da rede de saneamento, que deixam quase que intransitáveis as estradas. Qual a posição do CDS, tendo em conta que são obras da responsabilidade da AdRA e não da câmara? É isso que me deixa, até como jurista, um pouco de boca aberta. Curiosamente, quando apresentei os meus candidatos às juntas, a minha intervenção foi nesse
sentido: de dizer e fazer a promessa de que terei que analisar o contrato que foi realizado entre o município e a AdRA para saber, rigorosamente, o que foi contratualizado e o que não está a ser cumprido e porque é que a câmara não fiscaliza. Tem que haver fiscalização, cláusulas penais previstas e alguém que responda por isso. O concelho está de pernas para o ar e não se compreende; é perfeitamente inadmissível andar a engolir pó ou lama durante este tempo todo sem que se faça nada. Terei que ver quem não anda a fazer aquilo que lhe compete, eventualmente saber como se pode renegociar este contrato. Até porque há municípios que não aderiram e há municípios – achei graça por acaso – que, no dia a seguir a ter feito a minha intervenção, vieram dizer para os jornais que já equacionam a possibilidade de rever o contrato com a AdRA. Esse cenário, de revisão do contrato, é demorado. E uma resposta concreta para o município que tem as estradas como tem? A resposta rápida, enquanto jurista, só conheço uma: a providência cautelar. Se há contrato e ele não está a ser cumprido tem que se interpor uma providência cautelar. Mas pouco mais posso adiantar
dura. Portanto, isto não é nenhum favor a partido mas o espelho daquilo que este executivo fez. Porquê votar no CDS e na sua candidatura? Pelo perfil da candidata, pelo perfil do grupo de pessoas que acompanham a candidata. Tive a preocupação de trazer pessoas um pouco de todo o concelho, selecionadas pela sua qualidade e não pela sua ligação ao partido porque é público que tenho comigo, inclusivamente, pessoas que já tiveram alguma participação ativa no PSD. Por tudo isto, entendo que votar no CDS é a única opção para mudar
Projeto «Se nós estamos só a pensar num prazo curto e não a 50 anos, não vamos lá»
porque não conheço o contrato nem as obrigações entre as partes. O que sei é que se, de facto, é uma obra da AdRA não posso chegar ali e colocar alcatrão e resolver o problema às pessoas. Mas há meios coercivos de fazer cumprir contratos e o meio mais expedito é a providência cautelar. E que eu saiba não há nenhuma providência cautelar interposta para resolver o problema desta população que anda a reclamar que já comeu pó e que já engoliu lama a mais. Na página de uma rede social, intitulada Vagos Terra dos Buracos, abordase este assunto. Concorda com aquilo que tem sido publicado? Eu não conheço as pessoas que estão nesse grupo. Pediram autorização para usar a minha imagem e eu sempre disse que se fosse para fazer humor estariam completamente à-vontade e o meu rosto também já lá apareceu. Entendo que isso é mesmo humor que eles fazem e que eu até considero com muita qualidade. E ninguém se pode ofender porque não espelha mais do que a realidade pura e
este rumo. Acha que conseguirá fazer com que o concelho de Vagos não fique para trás como defendeu na sua apresentação? Claro que sim. Se não acreditasse nisso não envolvia o meu nome num projeto. Acredito que sim porque temos tudo. Como disse no início da entrevista, temos uma zona pensada para um parque empresarial que é do melhor e para o turismo temos do melhor mas teremos que criar polos de atração. Como vamos chamar cá o turista se não temos alojamento? E como vamos chamar cá o alojamento se não temos as coisas embelezadas? Penso que ao longo destes últimos anos se perdeu muito asseio nas ruas, nos parques empresariais, nas praias… Falta um pouco de brio para que as coisas possam funcionar. Temos que aproveitar o nosso potencial enorme agrícola, turístico e empresarial e pensá-lo a longo prazo. Se nós estamos só a pensar num prazo curto, e não a 50 anos como dizia há pouco, não vamos lá. PUB
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28 de agosto 2013
Autárquicas-2013
CDU da educação e da rede escolar não é uma coisa para um mandato político ou para se ganhar eleições; tem que ser feita a longa distância.
Alexandre Loff
é «vaguense de gema» que reside e trabalha em Vagos. Professor do 1º ciclo, tirou o curso do magistério primário e posteriormente tirou licenciatura e mestrado em comunicação audiovisual e doutoramento em comunicação audiovisual e publicidade. Na política, desde o 25 de abril que tem vindo a participar nas listas pela CDU, mas só nos últimos 12 anos é que tem vindo a encabeçar as listas, quer à assembleia quer à câmara municipal. Enquanto que nas últimas eleições autárquicas foi cabeça de lista à assembleia, este ano é o candidato à câmara municipal de Vagos, sendo Virgílio Dias o candidato à assembleia. Garante que, pela «verticalidade de ideias e convicções», apenas poderá concorrer pela CDU, porque não concebe a ideia de «mudar de ideias e convicções de um dia para o outro».
O que o distingue dos outros candidatos? Em primeiro lugar, as convicções. Não digo que os outros candidatos não tenham as suas, mas faço questão de ser fiel às minhas. E o que me distingue desses candidatos é que eu não tenho responsabilidades no estado em que chegou o concelho e o país. Existe uma dívida de 17 milhões, mas onde estão esses milhões? Em quê? Em obras megalómanas e em processos judiciais. Quem vive no estrangeiro diz que Vagos só é conhecido pelo pior: pelos processos judiciais, dívidas e pela apetência pelos negócios “sujos” que tem havido a respeito da floresta. Se eu quiser ir apanhar umas pinhas à floresta, eu sou chamado à atenção; se eu aparecer aí com um grande projeto ou um grande investimento para a floresta sou acarinhado e fazem-me contratos que depois acabam em tribunal. E quem é que paga isso tudo? Os contribuintes. Portanto, o que me distingue dos outros candidatos é que eu tenho as mãos limpas, limpinhas. Conseguia arranjar uma forma para travar essa dívida que existe? Teremos que deixar a gestão de “mãos sujas” que se tem verificado até aqui, com presidentes de câmara e vereadores presos, poupar dinheiro para pagar os processos e deixar de construir repuxos para depois os destruir e anos mais tarde voltar a construir. Não tendo uma estrutura concelhia no concelho, torna-se difícil à CDU e ao candidato marcar uma posição em Vagos? Claro que é difícil porque nem temos eleitos na assembleia municipal. Além disso, temos uma votação residual e há ainda, aquando da formação de listas, pessoas
Disse que a falta de meios de transporte é um dos problemas da educação. Também o é noutros sectores? É também no turismo. Veja-se para ir à praia: antigamente, quando eu era garoto, havia um autocarro que nos levava de manhã à praia e nos trazia ao fim da tarde. Hoje, a Praia da Vagueira não usufrui, pelo menos de verão, de uma rede de transportes para levar as pessoas à praia. Pior estão as pessoas do sul do concelho que não têm meios de transporte para se deslocar ao tribunal, centro de saúde, finanças ou segurança social, ou até mesmo para a Zona Industrial de Vagos (ZIV) ou Parque Empresarial de Soza (PES). Não há rede de transportes que permita a mobilidade das pessoas dentro do concelho. Vai existindo a rede de transportes escolar que, na minha opinião, deveria beneficiar também a população em geral. Foram cedidos autocarros às IPSS pela câmara, mas fica caro o motorista e a sua manutenção que até as visitas de estudo pelas escolas, ou saídas de coletividades e ranchos foram reduzindo.
Alexandre Loff lança farpas ao executivo e aos candidatos
«Tenho as mãos limpas, limpinhas» que aceitam integrar as listas mas que pedem para o seu nome não seja colocado em primeiro lugar para depois não ter eventuais represálias ou problemas no emprego. Passados 40 anos do 25 de abril ainda acontece apesar de ter melhorado nalguns aspetos. Pelo menos já não nos insultam nem tratam mal, pelo contrário, devido a esta crise política que estamos a atravessar, as pessoas incentivam-nos a participar e a não desistir. Mas gostaríamos de ver esses apoios que nos dão na rua e no dia-a-dia traduzidos em votos. Mesmo com a estrutura partidária que temos e os poucos votos não deixamos de participar e de lutar pelas nossas convicções. Como avalia o executivo no último mandato? Elogio o trabalho feito na área da educação, nomeadamente na modernização do parque escolar, introdução das TIC, dos quadros interativos e computadores. Fez algumas estradas, tal e qual o Sócrates fez umas autoestradas, mas agora o problema são os buracos. Até foi criada a página “Vagos Terra dos Buracos” na rede social porque são tantos os buracos. O que fez este executivo? Vamos à Praia da Vagueira que corre sérios riscos de
desaparecer com eventual invasão do mar e abandona-se a arte xávega que é aquela que traz pessoas ao concelho. Claro que a culpa não é só de Rui Cruz e deste executivo, mas também de executivos anteriores, do PSD e CDS. Ou seja, em tudo o que está mau no concelho está a mão dos dois partidos. Acho mesmo que estes últimos quatro anos foram de marasmo. Que nota daria ao executivo, de 0 a 20? Daria 10 ao sector da educação e sete ao restante executivo. Este executivo até pode ter tentado desmarcar-se dos erros do passado provocados pelos anteriores executivos do PSD, mas estão todos interligados. São do mesmo partido e houve uma continuidade não só dos processos judiciais que se tentam reparar mas com o aumento de novos processos. São uns atrás dos outros … Na área da educação, que tão bem conhece há muitos anos, estão a ser construídos dois dos cinco centros escolares previstos na carta educativa. Na sua opinião seriam necessários os outros três? Eu trabalhei numa escola pequena na Ponte de Vagos, no lugar de Canto de
Baixo, e o ensino era de qualidade e os pais adoravam a escola. Compreendo muito bem que não se queira perder uma escola de proximidade e mandar os filhos para freguesias vizinhas. Seria fácil à CDU dizer que é contra o encerramento de todas essas pequenas escolas, algumas até com menos de 20 alunos, mas a CDU compreende que temos que acompanhar os tempos e arranjar centros educativos onde vão convergir um conjunto de alunos para aquele polo que terá melhores recursos, melhores instalações para a prática desportiva, tecnologias e espaços verdes. Um dos problemas estará na alimentação dos alunos. Veja-se que na EB2,3 a comida é confecionada por uma empresa concessionada e as crianças não gostam da comida; defendo, por isso, que se dê emprego às cozinheiras cá da terra e que se passe a cozinhar na própria escola. Outro problema é o transporte dos alunos, que terão que sair mais cedo de casa e chegar mais tarde pela falta de uma rede de transporte eficiente. Acredito que os outros três centros escolares não avancem porque para isso é preciso dinheiro. Por outro lado, andou-se a gastar imenso dinheiro na recuperação de algumas escolas que é preciso não desperdiçar. A planificação
A questão da mobilidade, na área da saúde, poderia ser resolvida com a criação de um centro de saúde no sul do concelho? Fala-se na ampliação da extensão de saúde de Ponte de Vagos. Mas para isso a câmara tem que pressionar a tutela, ir a Lisboa fazer barulho, bater o pé e mobilizar as pessoas para não deixar encerrar não só os centros de saúde como as escolas. A câmara municipal poderia e deveria muito bem pressionar o governo central para melhorar as condições da assistência médica da população. E há outras formas de prestar assistência médica à população, indo o próprio médico à população com carrinhas ambulantes, não tem que ser obrigatoriamente num edifício. Os próprios centros de saúde poderiam deslocar-se frequentemente às populações, sobretudo junto das pessoas idosas que não têm meios de transporte. Uma área que está em franco desenvolvimento no concelho é a industrial/ empresarial, sobretudo com a criação do PES, gerido pela MaisVagos. Como vê esta empresa e os investimentos que tem feito? A MaisVagos é uma empresa privada com capitais públicos. Sobre a gestão dessa empresa tem havido vários problemas porque certos elementos da MaisVagos são também membros dos órgãos autárquicos que não podem acumular funções. Há ainda o problema da aquisição dos terrenos no PES que também não está bem esclarecido. Há que apostar - e é bom apostar – no PES, trazendo mais empresas para lá, porque a sua localização, junto da A17, é boa. O grande problema é aumentar o número de empresas instaladas. O candidato do PSD diz que 700 e tal novos empregos. Não sei onde foi buscar esses dados ou que empregos são esses. Sei que há potencialidades para se desenvolver mais, mas as empresas não têm capital para investir. O que é que a
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Autárquicas 2013 à praia, mas não chega. Tem que haver concursos literários, tem que se chamar a juventude à biblioteca, fazer festivais de escrita e leitura e este trabalho não se consegue num ano para o folclore para ganhar eleições, é continuamente. Terminou-se com as marchas porque era muito dinheiro gasto para aquele dia apenas, mas depois gasta-se dinheiro no festival Vagos Open Air com o propósito de ajudar o comércio local. Uma senhora com responsabilidades na câmara e no PSD disse mesmo que, se calhar, o subsídio dado ao VOA mais valia dar aos comerciantes. É certo que este tipo de festivais é necessário que exista, mas existem bandas de música da terra que, essas sim, é preciso apoiar e acarinhar.
câmara na MaisVagos pode fazer? Pode pressionar, mas tem que ser pressão de fundo, mudar esta estrutura de investimento de apoio às empresas para que invistam nos potenciais compradores, para que o PES não esteja praticamente parado como está atualmente. Estão lá instaladas duas empresas grandes, mas no geral o investimento está parado tantas são as trapalhadas da MaisVagos em que sai este e entra aquele, tudo pela luta do poder e se colocar pessoas do partido na empresa. Mas Vagos é um dos concelhos com menor taxa de desemprego. Só o é por causa da emigração que em Vagos aumentou. Não tenho números de quantas pessoas mas, no dia-a-dia, vemos crianças a abandonar a escola porque os pais emigram para França, Alemanha,
cos causados pelas obras de saneamento. Mas, de facto, esta freguesia tem um centro industrial e de desenvolvimento e os três bancos ali existentes demonstram que há dinheiro, gente com vontade de investir e pessoas bairristas. Deve-se apostar nestes pequenos polos, sobretudo na freguesia de Ponte de Vagos, porque não estou a ver mais empresas a instalarem-se na ZIV. Já adiantou que uma das áreas prioritárias de intervenção da CDU é a cultura. O que propõe para este sector em todo o concelho de Vagos? Para ter cultura é preciso que haja dinheiro e vontade. De dinheiro estamos muito mal (sempre estivemos mas agora vamos estar pior). Temos agora uma biblioteca municipal, que está quase concluída (faltam apenas os acessos e a
Como nos veem «Quem vive no estrangeiro diz que Vagos só é conhecido pelo pior: pelos processos judiciais, dívidas e pela apetência pelos negócios “sujos”.» Suíça, Canadá ou América todos os dias. Que importância têm a ZIV e os polos industriais que a câmara tem projetados, nomeadamente a de Ponte de Vagos? O polo de Ponte de Vagos devia ser acarinhado porque existem lá empresas inovadoras a nível nacional e era bom que houvesse condições. Mas, para isso, teriam que ser melhorados os acessos porque agora nem conseguem passar os camiões por causa das lombas e dos bura-
retirada dos repuxos apesar de apenas terem trabalhado uma semana), mas será outro estádio municipal, feito a pensar no Euro2004. Construiu-se a biblioteca mas onde está a política que já deveria ter sido feita há 20 anos, para se captar novos leitores? A atual biblioteca municipal, que já existe de nome há não sei quantos anos, devia estar a rebentar pelas costuras e desejosa que este novo edifício estivesse concluído. Mas, que se saiba, tal não acontece. É verdade que se levam os livros ao café, às escolas ou
No final do mandato houve pelo menos três iniciativas (dois musicais promovidos pela escola e outro pelo grupo Fantástico e Filarmónica) onde se provou que a “prata da casa” também funciona com o apoio da autarquia. O musical do Fantástico e Filarmónica é do tipo de iniciativas a acarinhar, desenvolver e a aprofundar. Já os dois espetáculos das crianças são apenas folclore, para dar trabalho aos professores do 1º ciclo. A ideia é concentrar num mesmo espaço todos os alunos do 1º ciclo e préescolar para um espetáculo que não teve qualquer tipo de ensaios e que apenas foi conseguido com a carolice dos professores e encarregados de educação. Uma carolice que já não existe, por exemplo, nas festas da vila, em que a câmara subsidia a comissão. Mas o mesmo não acontece nas festas religiosas das outras freguesias ou lugares. A carolice está a acabar e as pessoas já não estão para se sacrificar ou andar a fazer os peditórios. Cada vez é mais difícil conseguir mobilizar as pessoas porque começam a ver que estão a ser aproveitadas para promover os interesses das pessoas ou dos partidos A ou B. Fazem-se obras de fachada, fica-se com a ideia do novo riquismo mas o que acontece é que apenas se esbanja dinheiro. E quem o esbanja? A nível nacional foi o PS, aqui em Vagos é o PSD e o CDS. Nas praias estão a desenvolver-se diversos investimentos e obras, tanto junto ao mar como junto ao Canal de Mira, estando também previstas obras de intervenção, no âmbito do Polis da Ria, no rio Boco. Como vê o turismo no concelho de Vagos? Essas obras já deveriam existir há 20 anos. Ílhavo, por exemplo, já fez há muito tempo e nós aqui perguntamo-nos onde está o cais ou o clube de canoagem? Quando existe não é acarinhado e os promotores desistem, mas agora está-se a fazer obra à espera que depois os carolas apareçam. É como a arte xávega: as pessoas vão à Vagueira para assistir à retirada do peixe e não para ver as casas ou os mamarrachos que lá estão. Mas a arte xávega só vai existindo porque ainda há uns carolas que vão resistindo a levar os barcos à pesca. Quando desaparecerem acabou e depois vamos dar subsídios para fazer arte xávega uma vez por mês para o turista tirar fotos. Por que é que não vamos já caminhar neste sentido, enquanto existem algumas companhas, apoiando os pescadores que acabam por ser um atrativo turístico?
28 de agosto 2013 Deveria colocar-se, por exemplo, uma placa identificativa a assinalar as Paredes da Torre porque é património histórico do concelho que marca o ponto de vigia onde a costa chegava antigamente! E o mesmo acontece com o convento da Pedricosa ou a casa dos Duques de Lafões. Manter as antigas e abandonadas casas florestais (que podiam ser requalificadas e entregues a associações ambientais), o edifício do centro de saúde, as ciclovias ou a ponte de madeira da Fareja. A câmara gasta sim em processos judiciais depois de prometidos campos de golfe com não sei quantos buracos. Conheço apenas um buraco de 17 milhões de euros! Deve-se aproveitar os fundos comunitários de 2014/2020 para esse tipo de obras? Desde que não seja para fazer escadas em Santo André ou para repuxos… essas obras também tiveram dinheiro da CEE. Para mim, devia-se aproveitar essas verbas para construir uma praia fluvial e uma marina junto à quinta do Ega. Falou-se há anos de colocar ali um barco moliceiro, mas depois devem ser apoiadas as coletividades para se manter o seu funcionamento. Deve-se apoiar tradições como o é a festa da pinha, em Ponte de Vagos, que revive as tradições do passado, e não apoiar apenas o folclore para
deiramente esgoto, ou seja, estamos a pagar água como se fossem dejetos. Por sua vez, as obras de saneamento estão a ser feitas e isso é bom, mas nos locais por onde passa há muitas casas que não estão ligadas para não encarecer mais a fatura, já que o preço da água duplicou ou até quadruplicou depois que passou a gestão para AdRA. Depois há a questão do problema dos buracos que se fazem para instalação da rede. Estamos na “terra dos buracos”. Fazem estradas muito bonitas mas depois é preciso repará-las. E quando as fazem não têm os passeios para as pessoas como deve ser, colocam sinais
Obras de fachada «Fazem-se obras de fachada, fica-se com a ideia do novo riquismo mas o que acontece é que apenas se esbanja dinheiro.» aparecer na televisão, como foi o maior pão com chouriço. Fala-se em construir um hotel e marina no meio da floresta, mas sendo Vagos um concelho tão bonito e com tantas potencialidades, por que não aproveitar a nossa floresta para, de forma controlada, ir buscar umas pinhas, agulhas, paus ou cogumelos, promover visitas guiadas à floresta para contemplar a fauna e flora e o turismo de natureza? Nada disso existe, apenas projetos megalómanos. Às vezes até penso se não haverá lavagem de dinheiro porque é tanto milhão a querer ali investir, mas não se vê nada… Uma das maiores queixas dos munícipes tem sido as obras de alargamento da rede de saneamento. Qual a posição da CDU? O saneamento é uma vergonha, principalmente no verão, basta passar na rua que liga Vagos a Lombomeão que é um cheirete que não se aguenta. Por outro lado, a SIMRia recebe também as águas pluviais, recolhidas da chuva, e não há qualquer separação daquilo que é verda-
nos passeios o que impede a circulação, os passeios estão irregulares e pistas para bicicletas não existem. E a própria autarquia deve reparar essas situações através dos seus serviços operacionais. Se nas obras da AdRA não pode fazer isso, pode sim obrigar à reposição do pavimento como estava. Porquê votar na CDU e na sua candidatura? Votar na CDU e na minha candidatura é uma voz alternativa e de desagrado para com, em primeiro lugar, Passos Coelho, Paulo Portas e Troika e, em segundo, para com o buraco em que se encontra Vagos, que é cada vez maior. Votar CDU é fazer com que as pessoas que vivem aqui tenham condições de dizer o que pensam e o que querem para o seu concelho e não funcionarmos aqui em função de resultados e estratégias eleitorais e de promessas demagógicas. É sermos uma alternativa ao PSD e CDS que, durante 40 anos, deixaram o concelho com este atraso. A CDU é uma alternativa, é um grito, é o dizer não a isto.
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28 de agosto 2013
Autárquicas-2013
PS Se for presidente de câmara jamais me darei ao direito de ter este comportamento. Aliás, a primeira coisa que eu farei é a planificação das dívidas que a câmara municipal tem às associações e IPSS. Não estou a dizer que irei pagar no dia seguinte, mas em função das disponibilidades a câmara vai planificar essas dívidas, dialogando com as associações. Porque acho que já chega… há dívidas com quatro anos! A inspeção sugeriu que se planificasse mas nunca lhes deve ter passado pela cabeça que a câmara não cumprisse. E eu aproveito para dizer que as associações e instituições têm que deixar de ter medo de reivindicar aquilo a que têm direito. Acredito que se houvesse maior reivindicação a câmara ganharia em eficiência. Diz o vereador (atual candidato do PSD às eleições) que está bem com a dívida da câmara e que ela está no bom caminho; se assim está, que pague às associações e IPSS e provará isso.
Mário Martins,
56 anos, nasceu e cresceu no concelho de Vagos, onde tem desenvolvido a sua vida profissional. Presidente da direção da Comissão de Apoio Social e Desenvolvimento de Santa Catarina e seu gestor e eleito vereador pelo Movimento Vagos Primeiro (MVP) neste mandato, o candidato do PS começou por ser engenheiro técnico de eletrotecnia, mas posteriormente tirou licenciatura em engenharia e gestão industrial e foi professor durante 20 anos na Escola de Vagos. O seu percurso político teve início em 1993. Integrou, como independente, as listas do CDS, que venceu as eleições naquela que considera ter sido uma campanha fantástica, optando por sair da política no fim desse mandato, por entender que «aquele não era o projeto do qual podia assumir uma responsabilidade a 100%». Regressa em 2009 pelas mesmas razões em que esteve em 1993 em que estava em causa a democracia no concelho. Definindose como uma pessoa sem apego ao poder, até porque consegue viver sem a política, garante que está na política para lutar pela liberdade, que «vale tanto como o ar que respiro».
O que o distingue dos outros candidatos? Desde logo, o sentimento que eu tenho daquilo que deve ser a gestão da causa pública e que não tenho visto, principal e particularmente da parte do candidato do PSD - o que verificamos, pela gestão feita e pelos problemas que se vão criando, é que não há noção daquilo que é a gestão pública. Defendo que para gerir bem uma autarquia é preciso ter esse sentimento muito apurado perante as pressões terríveis ou interesses privados que surjam. Da outra candidata confesso que não sei o que dizer. Conheço-a de vista, de contactos fortuitos e não sei, de facto, o que pensa para o concelho porque ainda não disse nada. Pode ser que venha a dizer. Depois de, nas últimas autárquicas, o PS ter apoiado o MVP, do qual era o cabeça de lista para a autarquia, torna-se agora difícil ao partido e aos candidatos marcar posição em Vagos? Não digo que no eleitorado com mais idade isso não seja mais difícil, mas confesso-lhe que tivemos, curiosamente, neste momento de construção de listas e neste primeiro contacto com as pessoas, menos dificuldades do que em 2009. O facto de termos apresentado listas a todas as oito freguesias é sinal disso. Em 2009 havia uma pressão terrível dos nomes proeminentes a que às vezes costumo chamar de caciques, sobretudo de pessoas do PSD sobre as pessoas, e que este ano não se tem feito sentir dessa maneira. Apesar de as pessoas continuarem com medo. Penso mesmo que, por isso, há algum desencanto com o poder e com o PSD. Eventualmente também com os candidatos. Como classifica a atuação do executivo
Mário Martins bastante crítico com a falta de cultura democrática do PSD
«Há um desencanto com o poder e com o PSD» municipal nestes últimos quatro anos? Que nota daria, de 0 a 20? Nestes quatro anos eu não daria mais do que 7. É uma negativa sem direito a oral (risos). Desde logo pela falta de cultura democrática que ao longo destes quatro anos se fez sentir. Acho que as pessoas têm o direito de reclamar sobre aquilo que não está bem, que lhe causa prejuízos e lhe tira qualidade de vida. E um autarca tem responsabilidades na defesa dos interesses dos cidadãos e da sua qualidade de vida. Dá uma nota tão negativa a este executivo. Já falou da questão da falta de cultura democrática. E a questão da gestão em concreto? Em termos de obras, é um mandato em que não conseguimos vislumbrar quase nada. Tenho dado um exemplo a que chamo de desleixo e abandono do concelho: o parque de merendas da Vagueira. Numa manhã, três ou quatro trabalhadores resolviam a questão desta sala de visitas que é das mais importantes deste concelho. Mas os ramos do vendaval do dia 19 de janeiro estiveram muito para além do início da época balnear, não cortaram a erva, não tiraram os cepos das árvores que caíram e ainda permaneceram alguns montes de lixo que alguém colocou. Mas
há ainda os processos judiciais que eu acho que foram geridos com enorme incompetência, a dívida monstruosa que foi sendo criada pelas gestões desta câmara. Dizem que a dívida diminuiu em dois milhões de euros quando se sabe que isso é uma perfeita aldrabice. Por tudo isto eu não posso dar uma nota mais alta a este executivo. Mas tenho pena que pessoas que ainda têm alguma credibilidade se sintam na necessidade de fazer o frete de defender o partido e o executivo, porque sabem que é mentira. Aquilo que a autarquia diminuiu foi a dívida aos seus fornecedores por via do empréstimo do PAEL que o governo lhe fez. Mas a dívida da câmara é igual. Aliás, o que há é uma dívida encoberta com alguma dimensão e isso é que é preciso falar. Dívida encoberta? Quando chegar a conta de gerência de 2013, não só vamos verificar que a dívida da câmara não diminuiu como vamos continuar a assistir, de certeza, ao encobrimento de dívida se o presidente for do PSD; se não for garanto que, naquilo que me diz respeito, haverá uma auditoria às contas da câmara municipal para saber exatamente em que ponto estamos e não andarmos aos tiros uns aos outros. Só a título de exemplo, há
encobrimento da dívida para com as IPSS. Antes da apresentação da conta de gerência pedi uma relação de dívidas de investimento às IPSS. Apresentaram-me uma dívida de 1 milhão e 50 mil euros. Se somarmos ainda um outro compromisso que está vertido numa certidão passada a uma outra IPSS que lhe acrescenta 250 mil euros, estamos a falar em 1,3 milhões de euros de dívida às IPSS. Para minha estupefação, o quadro que aparece na conta de gerência de dívidas da câmara às associações e IPSS tinha uma dívida de 450 mil euros. A única IPSS que lá estava era a de Santa Catarina porque, se calhar, se não estivesse, eu poderia dizer alguma coisa no momento. Aquando da inspeção de que foi alvo a câmara, foi-lhe sugerido que planificasse a dívida. No entanto, no caso da Misericórdia de Vagos, a dívida foi planificada e nunca foi cumprida uma prestação. É de gente desta que o concelho precisa de se ver livre porque este tipo de gestão significa uma falta de respeito pelos cidadãos e pelas suas organizações. Daí a honestidade como «marca de honra» e a «gestão rigorosa e eficaz do verdadeiro interesse público», como afirmou aquando a apresentação da sua candidatura?
Disse ainda que não irá ceder à tentação das tradicionais promessas feitas pelos candidatos. Mas irá ter previstas obras no seu programa eleitoral…? Havemos de ter previstas algumas obras. Já muitas pessoas me disseram que eu não posso dizer isso e que tenho que prometer alguma coisa. Mas, de facto, eu mantenho aquilo que disse. Eu quero estar de uma forma absolutamente diferente, em contraponto com aquilo que acontece hoje. Aquilo que prometo é muito trabalho, muita ambição e entusiasmo. É evidente e todos nós temos a consciência de que a câmara vai ser capaz de fazer algumas obras, sobretudo se gerir de uma forma diferente e se souber aproveitar os fundos comunitários, ao contrário deste executivo cujo presidente já veio reconhecer que não tem pedalada para correr atrás e captar investimento comunitário. Na área da educação, a rede escolar do concelho de Vagos prevê a construção de cinco centros escolares, estando dois deles a ser construídos. Na sua opinião são necessários os outros três previstos? Sempre que fazemos um investimento devemos procurar fazer um estudo económico desse investimento. Digo isto, apesar de ter sido um dos que, desde início, se manifestou a favor dos centros escolares. Lamento que Vagos esteja também atrasado nesta questão, ao ver os concelhos vizinhos com todos os centros escolares construídos ou em fase de conclusão ao contrário de Vagos que está no início. E a informação que eu tenho de dentro do executivo é que não há dinheiro sequer para adquirir o equipamento para eles funcionarem, à semelhança da biblioteca. Acho que deve ser feita a análise da viabilidade desses centros escolares que estão por concluir. Mas o sector da educação é muito mais que isso. Tudo faremos para que nenhum jovem deste concelho deixe de estudar por falta de meios e para que seja criado um banco de manuais. Pretendemos ainda criar uma rede de parcerias entre a câmara, as escolas, as IPSS e todas as outras associações, permitindo-nos fazer mais com menos meios. Pretendemos estar constantemente a construir com
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Autárquicas 2013 apoio ao empreendedorismo que visa exatamente fazer esse trabalho: apoiar os industriais, comerciantes e pequenos agricultores nesse trabalho e andar atrás deles também, facilitando as questões formais até ao limite da legalidade. O concelho, de uma vez por todas, tem que apoiar os pequenos agricultores e os pequenos comerciantes também para lhe permitir chegar aos fundos comunitários para que eles possam ajudar, de uma forma definitiva, a economia deste concelho.
as associações e com as pessoas, em que cada parte tem um papel importante a desempenhar na sociedade local. Já adiantou que cada euro dos contribuintes será para criar desenvolvimento e bem-estar para todos. Uma área em franco desenvolvimento no concelho é a industrial/empresarial, sobretudo com o Parque Empresarial de Soza (PES), gerida pela MaisVagos. Como vê esta empresa? Sempre com muito bons olhos. Ao longo do percurso da MaisVagos, onde estive como elemento do conselho fiscal, tive sempre o cuidado de chamar a atenção
muito mal. É a continuidade do uso da mentira sistemática no dia-a-dia e acho que os cidadãos têm o direito e mais uma oportunidade de se livrar deste tipo de gestão. Como vê a Zona Industrial de Vagos (ZIV)? Acredita que o caminho passa também pela criação de pequenos polos industriais? Se pensarmos no equilíbrio geográfico, acho que faz sentido criar condições para que haja investimentos nas várias zonas do concelho, sobretudo no sul. A grande maioria dos investidores do concelho são do sul, e viram-se obrigados a investir
Dívida da Câmara «Não só vamos verificar que a dívida não diminuiu como vamos continuar a assistir, ao encobrimento de dívida se o presidente for do PSD» às pessoas da forma como colocavam os problemas relativos à empresa para efetivamente não afetarem a imagem da MaisVagos. Acho que pode desempenhar um papel importante na vinda de investimento para Vagos. É com muita tristeza que vejo também o candidato do PSD com slogan no seu cartaz – que eu acho que é um abuso e lhe fica mal – que o faz ligar à criação de postos de trabalho para se promover, quando a obra é de outras pessoas. Mais do que ficar mal ao candidato do PSD, é começar
no norte do concelho ou até fora, por não terem condições no sul de Vagos. Da ZIV falando, também se pode verificar o desleixo e abandono da câmara. Desde logo da sua imagem. Um indivíduo quando entra ali… é assustador. Defendo que aquela zona deve ser dignificada, porque há empresários que não pretendem ali investir para não prejudicar a imagem da sua empresa. Depois de requalificada, é preciso que se ande atrás dos empresários para captar o seu investimento. Como? Através da criação de um centro de
O fecho de extensões de saúde despoletou o problema da falta de rede de transportes. Embora não seja uma competência da câmara, defende a criação de um polo do centro de saúde ou a proximidade é importante? Tenho muita pena que a gestão autárquica passe, muitas vezes, pela politização das situações em vez da luta pelos interesses dos seus cidadãos. Acho que aconteceu isso também, porque se enganou o povo já que se conhecia o desfecho e se apregoou a possibilidade de manutenção desses postos. Já percebemos que o momento é de concentração nesta e noutras áreas e isso é irreversível. Para mim, o que interessa é darmos serviços de qualidade aos cidadãos, passando pela criação de uma unidade de saúde ampliada em Ponte de Vagos. A distância com as freguesias do sul é pequena e a mobilidade das pessoas poderia ser resolvida em parceria com as juntas e IPSS. O que propõe o PS para o sector da cultura em todo o concelho de Vagos, tendo em conta que tem maior presença em Vagos e Vagueira na época balnear? Se nós estimularmos mais as associações e dermos alguns meios, penso que nos ajudarão a resolver esse problema. Não só para haver mais atividades culturais como de torná-las, na área geográfica do concelho de Vagos, com uma distribuição mais equilibrada. De facto, não obstante o meu 7 dado ao trabalho deste executivo, esta foi a área que me pareceu estar melhor. Foram feitas mais iniciativas do que no passado, mas acho que há algum desequilíbrio ao nível do território que deve ser corrigido. Por outro lado, é de salientar que o vereador das finanças devia ser equitativo no pagamento dos subsídios e não pagar essencialmente às associações que tutela, ou seja, as desportivas. Nas praias estão a desenvolver-se diversos investimentos e obras, tanto junto ao mar como ao Canal de Mira, estando também previstas obras de intervenção, no âmbito do Polis da Ria, no rio Boco. Como vê o turismo no concelho de Vagos? Acho que o turismo é dos sectores mais gritantemente desprezados no concelho, face àquilo que são as potencialidades e às condições que tem. A câmara poderia, sem grandes investimentos, ter feito muitos quilómetros de ecopistas bastando aproveitar caminhos rurais e florestais. Acho que a autarquia desperdiçou oportunidades sem conta ao nível do turismo e o que andou a fazer neste sector como noutros foi publicidade enganosa, com Costas do Sal e com outros empreendimentos que nunca tiveram sucesso.
28 de agosto 2013 Mas se não é possível ter esses empreendimentos turísticos que desejaríamos e que dariam jeito à economia deste concelho, temos que criar condições para iniciar outro tipo de turismo mais de natureza para depois criar e potenciar as oportunidades de negócio com investimentos maiores. Defendo, ainda, a criação de uma área protegida neste concelho, como por exemplo o Vale do Boco para rentabilizar o nosso futuro. No âmbito deste sector, falase muito na falta de uma unidade hoteleira na praia. Tem interesse captar um investimento dessa grandeza para uma praia como a Vagueira? Penso que um hotel na Vagueira tem todo o interesse e faz todo o sentido. Mas mais que um hotel com camas para dormir, terá que ser um investimento pensado e que seja uma mais-valia com outro tipo de atrativos para captar turistas não só no verão mas durante todo o ano. Ainda na área do turismo, a arte xávega é um postal de Vagos. O PS vê-a como uma tradição com potencial turístico? Eu acho que é bom que se recrie a faina da arte xávega, quanto mais não seja para fazer marketing e promover a Praia da Vagueira. Embora as opções de
cupação que não se saiba quem são eles - por alguma coisa estarão preocupados! Relativamente às responsabilidades, não sei como é que uma autarquia se pode, de facto, desviar dos buracos. Eu pergunto quem é que gere o território de Vagos? Se há alguma entidade que está a criar problemas aos cidadãos, a câmara tem de intervir atempadamente e não deixar andar tanto tempo como está a acontecer neste caso. A câmara tem obrigação de intervir, desde logo porque acompanha a fiscalização da obra e tem dezenas de relatórios desse acompanhamento. Se os utiliza agora para tentar arranjar
Turismo «A autarquia desperdiçou oportunidades sem conta ao nível do turismo e fez, neste sector, publicidade enganosa» divulgação da câmara em feiras, como a BTL, sejam muito questionáveis. Mas não podemos nunca é esquecer que a arte xávega não é só imagem, tem que ter sustentabilidade económica porque se os seus promotores decidirem fechar a porta, uma vez que não é economicamente rentável, aquilo acaba. Também a lei de captura de peixe através desta arte tem que ser alterada e a câmara de Vagos deve ter essa preocupação e fazer um trabalho junto do governo central para que seja uma atividade sustentável. Uma das maiores queixas dos munícipes tem sido as obras de alargamento da rede de saneamento, da responsabilidade da AdRA e não da câmara. Qual a posição do PS que, com a ajuda da JS, até fez uma brincadeira de uma pescaria num dos buracos provocados por essas obras? Foi, de facto, a JS que despoletou o problema nas redes sociais e que depois se multiplicou. Aqueles desenhos animados não foram feitos pela JS mas por cidadãos anónimos, que têm a preo-
solução, por que não utilizou antes? E recordo que a fiscalização serve para verificar que tudo o que está definido nos cadernos de encargos, os quais os empreiteiros se propuseram executar por aquele preço, está a ser cumprido. Porquê votar no PS e na sua candidatura? O concelho é aquilo que está à vista de todos, com o nível de desenvolvimento que tem; basta ver os concelhos envolventes e a distância que aumenta cada vez mais. Este estado deficitário de desenvolvimento infraestrutural do concelho não se deve, de forma nenhuma, ao PS, que nunca geriu a câmara de Vagos, enquanto os outros partidos tiveram já oportunidade de, efetivamente, fazer pelo concelho aquilo que era necessário e merecido para Vagos. Parece-me que não fizeram. Acho que o PS merecia a oportunidade de mostrar que é capaz de gerir a coisa pública de uma forma absolutamente diferente, criando mais desenvolvimento e mais qualidade de vida para os cidadãos.
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“O INDÚSTRIA” Z. Industrial de Vagos Lt 141 - 234 798 161
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Autárquicas-2013
PSD obras com comparticipações diferentes mas, em média, o financiamento comunitários rondará os 60% do investimento.
Silvério Regalado
Tudo isso dá nota positiva ao trabalho desenvolvido? O balanço do mandato é positivo porque conseguimos cortar drasticamente nas “gorduras” da câmara (por exemplo, a contratação da despesa corrente em 2009 eram de 5.600 mil euros e passou para 3.100 mil euros em 2012). Como? Através de reduções da iluminação pública e de consumo das viaturas, redução da frota da câmara, da publicidade e dos custos com pessoal, não só nas horas extra como nos custos globais com o pessoal (reduziu de 3,8 milhões em 2009 para 3,2 milhões de euros em 2012), através da redução de prestações de serviços e assessorias, com a redução da atribuição de subsídios, entre outras, nós conseguimos reduzir a dívida da câmara em mais de 2,5 milhões de euros (passámos de 19,1 milhões de euros para 16,5 milhões). Um trabalho que implicou consequências positivas mas também um desgaste grande por parte do executivo. Além disso aprovámos ainda a candidatura ao PAEL, por unanimidade, que permitiu reduzir bastante a dívida a fornecedores. Por tudo isso, a nota é claramente um Bom+. Não é o Muito Bom porque poderíamos ter ido mais além na questão da comunicação como já referi. E custa-me às vezes ouvir algumas críticas quando elas não são fundamentadas e descontextualizadas.
Vaguense dos «quatro costados» e com 34 anos, é o mais novo dos candidatos que concorrem à câmara. Licenciado em Gestão pelo ISEG, e com pós-graduação em marketing, desde muito cedo que começou a envolver-se em associações de carácter social e desportivo (ADV e Sosense), bem como recreativo (Sabichões e Vagos sem Fronteiras, por exemplo). «A minha vida sempre foi muito orientada e virada para a causa pública, fruto dos ensinamentos transmitidos pela minha família», como adianta. O seu percurso político ativo iniciou aos 18 anos. «Já sou um dinossauro do PSD», afirma, destacando os 12 anos enquanto autarca (oito como deputado na assembleia municipal de Vagos, quatro dos quais como porta-voz da bancada municipal do PSD, e os últimos quatro enquanto vereador com os pelouros das finanças, desporto e juventude). Razões pela qual se considera como «aquele que está mais bem preparado» para governar o município de Vagos.
O que é que o distingue dos outros candidatos? Entendo que gerir um município é como gerir uma empresa pesada e difícil. Pelo leque de candidatos que se apresenta, do ponto de vista de gestão financeira, sou claramente aquele que tem mais preparação académica e profissional. Por outro lado, existe todo um outro trabalho de proximidade perante as pessoas, de estar presente nas atividades, de acompanhar os clubes e as associações. Estou de consciência tranquila com o trabalho que fiz durante estes quatro anos, quer na área financeira, quer no trabalho de acompanhamento de todas as associações. Porque entendo que estar presente é uma obrigação de um autarca. Isso é uma “crítica” ao atual presidente da câmara? Não, de todo. Porque o município esteve sempre representado quando solicitado ou necessário. Mas não é propriamente uma concordância com a forma de atuação… Eu e Rui Cruz somos pessoas diferentes e invariavelmente com características e personalidades diferentes. A forma de gestão de Rui Cruz, que teve resultados muito bons e que eu apoiei desde sempre, não será necessariamente a minha. Mas a metodologia adotada por Rui Cruz obteve excelentes resultados também, quer para o município, quer em termos eleitorais para o partido. Não se trata aqui de qualquer tipo de crítica, pese embora eu defenda que o município deve comunicar melhor, ressalvando assim as coisas positivas que tem. Não é de todo razoável que não se divulgue, por exemplo, que um município como Vagos, nos últimos três anos, criou mais
Silvério Regalado apresenta-se como mais conhecedor da realidade económica
«Quero que sintam orgulho em dizer que são de Vagos» de 755 postos de trabalho e atraiu mais de cem milhões de euros de investimento privado, nomeadamente nas empresas que se instalaram no Parque Empresarial de Soza (PES). Acho que essa estratégia de comunicação também é fundamental para que o município cresça e para que todos tenhamos orgulho de ser vaguenses. Será desta forma diferente que eu farei política caso seja o vencedor nas próximas eleições. Depois das “confusões” no processo de escolha do candidato do PSD, parte para esta campanha carregando a “cruz” da responsabilidade acrescida? A minha responsabilidade é ganhar as eleições. Acredito que o trabalho contínua e que o processo de escolha não me fragiliza em absolutamente nada. É claro que eu gostaria de ter começado a trabalhar mais cedo para fazer um outro tipo de trabalho em termos de précampanha, mas o partido é quem decide e eu respeito. A minha responsabilidade e o meu objetivo é ganhar a câmara, a assembleia e as oito juntas de freguesia às quais o PSD concorre. Não recai sobre mim qualquer tipo de fantasma de Rui Cruz, até porque ele faz parte integrante do projeto.
O que seria um mau resultado? Um mau resultado, aliás péssimo, seria perder, como é óbvio. Mas será um mau resultado se perdermos qualquer uma das juntas. Acredito que todos os candidatos escolhidos pela comissão política em conjunto comigo são aqueles que, nas suas terras, já demonstraram e já deram provas do trabalho que são capazes de fazer nunca tendo estado numa junta. Todas as pessoas são muito capazes, já deram provas (a longo prazo e não esporádicas) de trabalho às suas freguesias. Sentir-meia mal se qualquer um deles perdesse a sua junta de freguesia, por isso é que vou lutar não só pela vitória à câmara como a todas as juntas e assembleia. Como classifica o mandato deste executivo municipal que agora está a terminar e no qual se “estreou” enquanto vereador? Que nota daria de 0 a 20? Quando chegámos à câmara em final de 2009 as circunstâncias do país e do mundo eram umas e mudaram drasticamente a partir de 2010. Só nos primeiros dois anos de mandato ficámos cerceados de mais de dois milhões de euros de transferências do estado, vimos a nossa receita de IMT baixar mais de 50% e as taxas e licenças camarárias baixaram
também drasticamente. Para além disso, tivemos, por exemplo, neste período o aumento da fatura da EDP por força do aumento do IVA e com consequências no custo da iluminação pública. Assim como aumentos também do preço do gasóleo e das matérias-primas. Por outro lado, foi também uma condicionante as obras que tínhamos já lançado e para as quais estava assegurado o financiamento dos fundos comunitários e que nos obrigavam a ter capitais municipais para o referido investimento. O volume de investimento era cerca de 15 milhões de euros para obras com uma taxa de financiamento real reduzida. Que obras se podem elencar para se chegar a 15 milhões de euros? Estádio municipal, centro escolar da Gafanha da Boa Hora e de Fonte de Angeão, biblioteca municipal, estrada entre rotundas, requalificação da zona entre pavilhão e piscina, do pavilhão municipal, construção de passadiços no Areão e de apoios à arte xávega no Areão e Vagueira, construção do espaço museológico e posto de vendagem na Praia da Vagueira, e rua de Cantanhede. Enfim, uma série de investimentos que ultrapassam os 15 milhões de euros. Só no estádio, centros escolares e biblioteca são 12 milhões. São
Está a referir-se às críticas como aquelas que se vê na página Vagos Terra dos Buracos? Não acompanho a página em questão. Uma das preocupações que a população tinha e continua a ter é a questão do saneamento. Nós fizemos, em parceria com a AdRA, um investimento de mais de 4 milhões de euros em obras de saneamento. Obviamente que isso tem consequências e traz incómodos à população. Reconheço que na mesma circunstância eu próprio não gostaria de passar por algumas coisas pelas quais algumas pessoas passaram, ainda por cima tivemos azar nos empreiteiros que ganharam a obra porque não têm cumprido. Nós temos feito muita força perante a AdRA que, por sua vez, tem feito muita pressão perante os empreiteiros. Acredita que as queixas dos munícipes vão passar com a tomada de posição que a câmara tomou recentemente? Essas queixas só irão passar quando o problema ficar resolvido. E eu compreendo as pessoas. Acredito que vai ajudar a resolver, aliás já tem ajudado a resolver; nós temos vindo a tomar algumas posições junto do empreiteiro e da AdRA que têm tido um acolhimento favorável de todos os intervenientes. Essa intervenção foi uma posição de força do município porque também nos sentíamos impotentes para resolver algumas situações que iam surgindo. Na área da educação, no que diz respeito à rede escolar do concelho de Vagos, estão em construção dois centros escolares. Na sua opinião são necessários os outros três previstos? Eu posso ter a minha opinião, mas a que
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Ocupando os lotes que ainda estão disponíveis? Sim. É preciso requalificar aquele espaço. O próximo quadro comunitário de apoios, que é um dossier extremamente importante para o crescimento do concelho nos próximos 4 anos - e no qual eu também estou extremamente à-vontade -, irá privilegiar o investimento reprodutivo. Portanto, iremos candidatar a requalificação da ZIV. Dando-lhe um ar diferente (com a criação de, por exemplo, maiores condições de segurança e requalificação do espaço exterior), com certeza que iremos conseguir atrair para lá mais investimento. Foi promovido, há anos, um concurso de ideias para aquela zona. É possível agora colocar em prática a ideia vencedora? Temos que perceber o enquadramento e o que era possível fazer na altura e o que é possível fazer hoje. Obviamente que é uma base de trabalho. Mas, de facto, aquele espaço precisa ser requalificado e melhorado para captar mais investimento. Esperemos levar a bom-porto a cativação de mais um investimento de vulto para a ZIV, com a deslocalização de uma empresa de portugueses que neste momento está instalada na África do Sul. conta é a que está expressa na carta educativa. Quando foi feita e aprovada na assembleia, por unanimidade, estava previsto este tipo de investimento. Fruto das circunstâncias e do enquadramento económico-financeiro do país fomos obrigados a suspender uma série de obras, nomeadamente não avançar com a construção dos três centros escolares que restavam. Agora, teremos que reanalisar a carta educativa e perceber se há necessidade ou não dos outros três centros escolares. Hoje, a carta educativa diz que sim. Depois não existirá uma educação de primeira e uma de segunda, já que os centros escolares trarão novas valências que as escolas tradicionais não terão?
uma rede escolar digna e que assegura muita qualidade no ensino no concelho de Vagos. Como classifica o sector da economia no concelho? Esta área deve merecer uma atenção muito especial (não foi por acaso que convidei para nº 2 da minha lista Paulo Sousa, especialista na área do licenciamento industrial). O crescimento industrial do concelho de Vagos deve ser dividido de duas formas: por um lado, o investimento de peso (estrangeiro) deve passar pelo PES porque temos ali condições únicas de acessibilidade (rodoviária, portuária e ferroviária) e de disponibilidades de terrenos ideais, dificilmente encontradas noutro local da nossa região. Prova disso é a instalação de
Presença «Estar presente é uma obrigação de um autarca... Não recai sobre mim qualquer tipo de fantasma de Rui Cruz» Não. Cabe à gestão da área da educação do município perceber essas diferenças e compensá-las com outras atividades. Já conversei com o diretor do agrupamento de escolas e com o diretor do Colégio de Calvão para percebermos da premência da disponibilidade das piscinas (de Calvão e Vagos) para a prática desportiva por parte das crianças. E existem outras formas de ultrapassar essa questão. Apesar das novas obras serem de grande envergadura e até marcantes sob o ponto de vista arquitetónico, temos em Vagos
algumas empresas que representam mais de cem milhões de euros de investimento e ao qual se junta o mais recente contrato com o consórcio luso-chinês da área da metalomecânica que irá criar mais 86 postos de trabalho. Outra aposta será na Zona Industrial de Vagos (ZIV) e em pequenos polos industriais. Obviamente que a realidade dos últimos anos não tem ajudado ao seu crescimento e desenvolvimento, mas pensamos que é possível fazer mais, mesmo na ZIV.
A área da saúde tem sido marcada pelo fecho de algumas extensões de saúde. A câmara defende a ampliação de uma extensão de saúde mais central para concentrar mais serviços? Já está a concurso a ampliação da extensão de saúde de Ponte de Vagos. Foi publicado em diário da república no início do mês, numa obra que será levada a cabo pela tutela. Mas há a questão da mobilidade para aceder a estes serviços, sobretudo pelos idosos. Para criar uma rede de transportes não basta querer. Tem que haver concessões, que são dadas pelo IMTT. Neste momento a concessão na nossa área está atribuída a uma única entidade que é detentora, quase em exclusivo, de todas as redes de transportes da nossa região. Por outro lado a CIRA está a elaborar o plano intermunicipal de transportes, que irá permitir criar redes entre todos os municípios da nossa região e, todos juntos, poderemos intervir junto do concessionário para melhorar a rede de transportes. Eu sou a favor dos serviços de proximidade, quer na área da saúde quer em diversas outras áreas. Para mim, os serviços de proximidade são necessários, úteis e válidos para a população, sendo muito mais fácil deslocarmos um médico e enfermeiro e ter um administrativo de forma permanente do que deslocarmos as pessoas todas de um sítio para o outro. Para o sector da cultura, o que é que o PSD tem previsto para todo o concelho, já que a grande maioria das iniciativas acontece em Vagos e Vagueira? Temos apoiado a cultura um pouco por todas as freguesias, apoiando nomeadamente as associações que trabalham nessa área. A cultura local pode ser potenciada e potenciar o concelho através de uma ligação forte com o turismo.
E como complementar o turismo com a cultura? Nós temos que ter uma oferta cultural não só para dentro mas sobretudo para fora. Exemplos de sucesso implementados são o festival Vagos Open Air, o Museu do Brincar e a Casa-Museu de Santo António. Têm atraído para Vagos milhares de visitantes de fora não só do concelho mas até do país. Por outro lado, temos ainda o turismo desportivo, que também temos que aproveitar porque temos condições únicas, das quais se destacam as obras que foram feitas no estádio municipal. Mas não só, também temos condições únicas de prática de BTT. Para além destes vetores, há ainda outro que é distintivo dos nossos vizinhos: o santuário mariano de Nossa Senhora de Vagos. Refere-se ao turismo religioso? Julgo que deve ser uma forte aposta do município para que se possa aumentar a oferta turística, à semelhança do que acontece em Fátima, mas obviamente numa outra escala. Tem que ser um trabalho a efetuar em parceria com a igreja católica. Temos também uma rede de igrejas e de cultura religiosa muito forte no concelho, não só traduzido em património material como também em património imaterial, nomeadamente as nossas procissões, tradições e romarias.
puxavam as redes e que não se desviavam de quem assistia. E se esse património, que está hoje nas minhas memórias, não for preservado, não estará na memória dos meus filhos. E qual o papel do turismo de sol/ mar/ria? Temos vindo a apostar nesta vertente, com as obras de requalificação enquadradas no Polis da Ria, nomeadamente as obras que já iniciaram da requalificação da Quinta do Ega e do cais das Folsas Novas, e da obra de requalificação da frente ria entre a Costa Nova e Praia da Vagueira. Existem outras que estão em fase de estudo para além daquelas que estão no terreno e outra que irá arrancar
Comunicação «Estratégia de comunicação também é fundamental para que o município cresça e para que todos tenhamos orgulho de ser vaguenses» Devemos preservar esse património, dálo a conhecer a toda a gente e contribuir para que todos tenhamos orgulho de ser de Vagos. Esse orgulho hoje existe mas de uma forma é muito ténue e eu quero que as pessoas sintam orgulho em dizer que são de Vagos e que têm raízes multiculturais (da Gândara, Bairrada, das Gafanhas). E a arte xávega não é também um património material e imaterial a preservar? A arte xávega foi e vai ser uma forte aposta em termos turísticos. É um postal que temos para vender. Ao contrário do que se possa pensar, nunca esteve estagnado, porque se não houvesse interesse na arte xávega não tínhamos feito este investimento, nomeadamente na construção dos apoios à arte xávega e na criação do espaço museológico que irá preservar o património imaterial. Teremos que a defender junto das entidades competentes, para que não seja posta em causa a sua continuidade. Pretendo manter as minhas memórias dos bois que
depois de terminada a época balnear, que é a requalificação da frente entre a praia da Vagueira e o Labrego, que incluirá construção de passadiços. Todas estas obras permitem-nos também apostar em nichos turísticos bastante interessantes, como é o birdwatching em locais com condições únicas como é o Vale do Boco. Porquê votar no PSD e na sua candidatura? Como já disse, tenho muito orgulho do meu passado e do trabalho que fiz para a causa pública. Quer aquele que foi integrado na gestão do município nestes últimos anos, quer o que fui fazendo ao longo dos anos como membro de várias associações. Apresento-me ao eleitorado desta forma e com aspiração de poder dar e fazer ainda mais pelo meu município. Gostava, muito honestamente, de poder dar mais um contributo para que o concelho possa crescer no futuro e ser exemplo para a nossa região. A assinatura da nossa candidatura – “Vagos fez, Vagos vai fazer mais” – assim o demonstra. PUB
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EN 109 nº 206 CALVÃO
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O Ponto dá-lhe a conhecer os nomes das listas completas que foram entregues no tribunal de Vagos no passado dia 5 de agosto, e as restantes candidaturas às assembleias de freguesia.
Câmara Municipal
CDS
1. Maria do Céu Pereira Sarabando Marques
CDU
PS
PSD
1 – Alexandre Claro Loff,
Mário dos Santos Martins Júnior,
Silvério Rodrigues Regalado
57 anos, Vagos, prof
56 anos, Gestor e Professor, Stª Catarina
34 anos, Gestor, Soza
2 – José Alberto Ferreira Tereso 57 anos, Vagos, apos. (ind)
3 – Arminda Mª Serra Jerez Correia Urbano, 49 anos, Aveiro, prof (ind)
2. João Manuel da Cruz Domingues
3. Maria Lúcia Alves Costa Vieira
4 – Carlos Alberto de Jesus Moitas, 39 anos, Lomba, eletricista (ind)
2 - Ana M. Vasconcelos
3 - Bruno Julião
Advogada Vagos
33 anos, Assistente Parlamento Europeu, Stº António
4 - Fernando Santos
5 - Paula Martins
2 - João P. Gonçalves
3 - Dulcínia Sereno
4 - Sara Caladé
5 - Pedro Bento
42 anos, Eng. Electr. Stº António
61 anos, Ceramista Sto André
5 – João Duarte de Almeida Grave, 68 anos, Vagos, motorista (ind)
6 – Lourdes dos Anjos Ramos, 66 anos, Loures, telefonista
4. Marco Filipe dos Santos Lancha
6. Dorina Maria de Jesus Gonçalves
5. Sérgio Manuel Silva Freire
7 – António da Silva Condeço, 62 anos, Vagos, prof (ind)
7. Carlos Guilherme Freire Pereira
As listas do CDS são constituídas, sobretudo nas freguesias, por pessoas que reúnem consenso e que «são muito bem aceites» pela comunidade onde estão inseridos. São, na sua opinião, candidatos «limpos e sem vícios» e que, apesar de não terem muita experiência política, são rodeados de pessoas com experiência e algum conhecimento do funcionamento e orgânica da gestão da junta de freguesia. Para a câmara, Maria do Céu Marques conta, para o segundo lugar, com João Domingues, pessoa ligada ao teatro e à Santa Casa da Misericórdia de Vagos e que tem experiência na gestão empresarial e na vertente de economia que dá à candidata «garantia que pode planificar e reestruturar equipas como são os serviços municipais; será ainda uma peça fundamental para colocarmos as contas em ordem para passarmos a ser catalogados como uma câmara cumpridora com as suas obrigações apesar das dificuldades». Da área da educação, conta com Lúcia Vieira, de Soza. É um sector do qual o CDS pretende não fazer uma bandeira mas antes concretizá-la no local e na realidade de cada uma das escolas vaguenses. «Temos que começar a estimular os nossos jovens para que enveredem para a sua vocação mas com um objetivo e perspetiva de futuro», disse. «Marco Lancha é um jovem que se enquadra bem em diversos sectores, desde o associativismo, desporto, juventude, social e também da política», enumerou Maria do Céu Marques, para quem é uma pessoa que faz a ligação ao sul do concelho. Da lista, destaque ainda para Sérgio Freire, que desempenha atualmente funções na assembleia municipal, enquanto deputado eleito pelo MVP. O também membro da comissão política concelhia do CDS/Vagos «é uma pessoa experiente na área da política, com conhecimento dos dossiers por dentro, possui uma capacidade de trabalho fora do normal».
49 anos, Professor, Fonte Angeão
6 - José Brites
67 anos, Ex-Diretor Empresa (Reformado), Sosa
Eleger um deputado para a assembleia municipal seria uma «grande vitória» para a CDU no concelho de Vagos. Quem o diz é Virgílio Dias, cabeça de lista à assembleia. O candidato adiantou à nossa redação [Alexandre Loff encontra-se ausente do país] que a estrutura sentiu algumas dificuldades «em conseguir candidatos para concorrer» às várias listas, tendo conseguido completá-las para a câmara, assembleia e para 4 das oito juntas de freguesia. «É menos uma lista à assembleia de freguesia quando comparado com as autárquicas de 2009», mencionou, ressalvando no entanto o facto de que teriam conseguido as cinco candidaturas caso não tivesse avançado a agregação de freguesias. Como cabeça de lista à câmara municipal está Alexandre Loff, que «dispensa apresentações» já que é «um nome muito conhecido dos vaguenses». Virgílio Dias lembra que tem vindo a concorrer pelas listas da CDU em vários momentos eleitorais e que se apresenta com «muita experiência» nesta área. A lista que encabeça foi constituída por pessoas «capazes» e «disponíveis» e que têm experiência nas mais diversas áreas. Por sua vez, Virgílio Dias é um estreante na política, mas conta com o apoio de toda a equipa e estrutura caso seja eleito. «Temos que ser realistas de que ganhar é neste momento impossível mas eleger pessoas para os órgãos municipais é extremamente importante para que haja uma verdadeira oposição». Para já, a confiança mantémse alta, tendo em consideração o crescendo da percentagem de votos que o partido tem vindo a conquistar nos últimos atos autárquicos.
36 anos, Advogada Stª Catarina
7 - Paulo Feiteira 30 anos, Economista Vagos
Pela primeira vez, o PS/Vagos apresenta listas a todas as assembleias de freguesia. Um trabalho que «não é fácil», sobretudo num concelho «onde as pessoas têm medo» de assumir e ter o seu nome nas listas, afirma o candidato Mário Martins. A ideia é desenvolver o trabalho de «implantação» do PS no concelho, fundamental, na sua opinião, para a democracia local. Apresentando-se como independente, Mário Martins anuncia que esta é a última vez que se candidata a qualquer órgão como cabeça de lista, «quer vença como perca estas eleições». Contudo, garante que não deixará de exercer os seus direitos cívicos ou de dar a sua opinião. Mário Martins concorre à câmara fazendo-se acompanhar por Ana Maria Vasconcelos em segundo lugar e, em terceiro, por Bruno Julião, presidente do PS/Vagos. «É um jovem com grandes aspirações políticas e com muita energia», comenta. Seguidamente está Fernando Santos, diretor da EPADRV, «com méritos reconhecidos e trabalho fantástico não obstante as limitações que um diretor de escola como esta tem, porque autonomia é uma ficção». Paula Martins (advogada natural de Santa Catarina), José Brites (engenheiro de Soza e que foi, durante muito tempo, diretor multinacional da Bresfor, na Gafanha da Nazaré) e o jovem Paulo Feiteira, presidente da JS/Vagos e economista por formação, são os restantes nomes que constituem a lista à câmara. O objetivo «mínimo» é eleger pelo menos um vereador. «Caso consigamos essa vitória, contamos eleger três a quatro deputados à assembleia», disse, confessando que tem ouvido que as pessoas querem mudar. «Teremos que explicar que o voto útil também pode funcionar a favor da democracia, para que haja não só uma mas três forças políticas no poder», rematou.
38 anos, Engª. Civil G. Boa Hora
6 - Nuno Moura 30 anos, Advogado Vagos
40 anos, Professor Ponte de Vagos
7 - Cláudia Martins 32 anos, Professora Fonte de Angeão
Depois de em 2009 ter conseguido vitória em 10 das 11 juntas, na assembleia municipal e maioria na câmara municipal (5 dos 7 vereadores), o PSD/ Vagos escolheu diversas pessoas com experiência em áreas determinadas e determinantes para o desenvolvimento do município. A acompanhar o candidato Silvério Regalado, atualmente vereador das finanças, juventude e desporto, está, em nº 2, João Paulo Gonçalves, de Santo António de Vagos, eletrotécnico de formação e com «larga experiência na área do licenciamento industrial e em trabalhos multidisciplinares e gestão de equipas». Para o candidato, irá assegurar a ligação da autarquia ao sector empresarial e seu licenciamento. Uma cara conhecida é a de Dulcínia Sereno, presidente do PSD/Vagos, da junta de Santo André e assessora do presidente da câmara. Uma «mulher de armas» nas mais diversas frentes, desde cultura, social e política. Sara Caladé, residente na Gafanha da Boa Hora, é engenheira sénior com experiência e conhecimento na área das obras públicas e privadas, enquanto Pedro Bento, de Ponte de Vagos, está mais ligado ao desporto (é coordenador de futebol na Betel) e à juventude (já passou pelos escuteiros locais). Nuno Moura, presidente da JSD/Vagos, poderá dar o seu contributo e apoio na parte jurídica, mas também no desporto e juventude. Da lista fazem parte Cláudia Martins, professora natural de Fonte de Angeão e ligada à direção do CRAC, Andreia Marques (enfermeira de Ouca) e o militante social-democrata mais antigo de Vagos, Carlos Cazaux. Para as assembleias de freguesia, mantiveram-se como candidatos os que poderiam partir para mais um mandato (com exceção de Soza) e nas restantes «procurámos pessoas que já tivessem demonstrado na sociedade civil que eram capazes de fazer algo pela sua terra», explicou Silvério Regalado.
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Assembleia Municipal
CDS
CDU
PS
PSD
1. Mário Castelhano
1 – Virgílio Dias, Vagos, estd.
1 - Carlos Maia, Soza
1 - Rui Cruz
2. César Manuel Silva Grave
2 – Manuel Mário Domingos, Vagos, apos. (ind)
2 - Mário Tarenta, Calvão
2 - Maria Helena Marques
3. Ana Paula Mourão Branco
3 – Cátia Andreia Dias, Soza, domest.
3 - Carla Gouveia, Santo António
3 - Juan Carlos Martins
4. Manuel José Ferreira Bogalho
4 – Alexandre Rocha, Calvão, empreg com. (ind)
4 - Oscar Gaspar, Vagos
4 - Manuel Marcelino Manangão
5. Filipe Jorge de Mendonça Ramos
5 – Vítor Pereira, Vagos, cerâmico (ind)
5 - Pedro Neto, Santa Catarina
5 - Maria da Graça Gadelho
6. Diana Marques Santos
6 – Maria Fátima Costa, Soza, domest.
6 - Lígia Rocha, Ponte de Vagos
6 - José Augusto Martins
7. Óscar Ferreira Pascoal
7 – Fernando Grave, Vagos, pedreiro (ind)
7 - Pedro Mantas, Fonte de Angeão
7 - Hermes Fernandes
8. António Manuel Ribeiro Bastião
8 – Hermínio Dias, Soza, estudante
8 - Susana Almeida, Ouca
8 - Madalena Pinto
9. Melany Margarido de Almeida
9 – Mariana Vallejo, Vagos, estudante
9 - António Amaral, Gaf. Boa Hora
9 - Marco Aurélio Martins
10. Jorge Henrique da Graça Pereira
10 – Massimo Borioni, Setúbal, prof. univ.
10 - António Tavares, Santo André
10 - Victor Neto
Assembleia de Freguesia - restantes candidaturas XV - Chegou a Hora Boa Hora
XIII - Nós por Todos Boa Hora
PS F. Angeão/ C. Lobo
PS Pt. Vagos/Stª Catarina
CDU* Calvão Lourdes Ramos
Pt. Vagos/Stª Catarina Maria Leonor Monteiro
Soza
Mário Dinis
Aldina Ribeiro
Pierre Quintaneiro
Pedro Neto
Conceição Campos * Não foram enviadas as fotografias atempadamente
Vagos com diferença de 21,11%
Mais eleitores do que pessoas em idade de votar No Diário da República de julho de 2013 (2ª série) está publicado o “mapa com o número de eleitores inscritos no recenseamento eleitoral” para as eleições autárquicas de Setembro. Confrontando-se esses números com os dados dos Censos à População de 2011 do INE, verifica-se que «o número de eleitores inscritos nos cadernos eleitorais é superior à população em idade de votar (com dezoito e mais anos). A nível nacional são mais 835.633 eleitores!», alerta Albertino Ferreira, num artigo de opinião publicado em www. noticiasdeaveiro.pt. O economista de Esmoriz classifica o número como «impressionante», mas admite que haja um desvio inferior a 10%. Deste modo, no distrito de Aveiro, os eleitores inscritos superam a população com direito de votar «em todos os concelhos». A diferença maior observa-se no concelho de Vagos (mais de 21,11%) e a menor em Oliveira de Azeméis (8,16%). Salvo em dois casos, todos os valores superam a média nacional. Contudo, não ultrapassando, em regra, valores
toleráveis. «De facto, é compreensível que o recenseamento eleitoral, num momento dado, esteja desfasado do corpo eleitoral realmente existente, pois, por muito que se deseje, não há hipótese de passar para o arquivo, na hora, as modificações que ocorrem permanentemente. A dinâmica demográfica é constante, o seu registo é mais lento e posterior. Por isso, um desenquadramento pouco superior aos 10% não é alarmante», refere. Deste modo, acima dos 10% estão os concelhos de Vagos (com uma divergência de 21,11%), o caso de maior acuidade, Murtosa (16,92%), Vale de Cambra (16,29), Anadia (15,58%), Arouca (15,57%) e Espinho (15,09%). Defendendo a maior aproximação da realidade retratada por estes municípios, Albertino Ferreira admite que, do ponto de vista eleitoral, as maiores implicações serão na «valoração da percentagem da abstenção», que deverá ser deduzida de 10% em média, «para refletir com maior exatidão o valor realmente verificado».
Autárquicas
Cartazes vandalizados Nestas últimas semanas, vários têm sido os cartazes dos candidatos à câmara que, um pouco por todo o concelho, foram vandalizados. O partido que tem saído mais prejudicado é o CDS, com vários cartazes vandalizados nas freguesias de Ouca, Soza e Santo António de Vagos. À nossa redação, a candidata e presidente da concelhia não quis comentar «para não dar mais relevo ao assunto», mas na rede social Facebook manifestou a sua indignação por «este tipo de comportamentos que há muito deviam ter sido banidos da nossa sociedade». Para Maria do Céu Marques o importante é «debater ideias», mostrando-se disponível para o debate, sobretudo com as pessoas que afrontam a sua candidatura desta forma. Tendo por objetivo “Fazer a mudança e tornar Vagos num município forte” e repudiando estes atos de vandalismo, a coordenação da campanha apresentou queixa junto das entidades competentes. Prometendo não optar pela «campanha suja», adianta que irá continuar a «mostrar as nossas ideias e projetos para criarmos um futuro melhor para todos». Também o PS/Vagos vem, pela segunda
vez, repudiar «de forma veemente» os atos «contínuos» de vandalismo contra a sua propaganda eleitoral. A comissão politica presidida por Bruno Julião fala de «pura falta de civismo, falta de cultura democrática ou da militância fanática» para explicar o sucedido, garantindo que «ninguém ganha com isto». Apela, por isso, aos partidos e cidadãos que assumam as suas responsabilidades para que a campanha se desenvolva num ambiente «sereno», prometendo uma postura «positiva, construtiva e que privilegia o confronto de ideias, por parte dos candidatos socialistas. Do PSD houve conhecimento de um cartaz vandalizado no fim de semana passado. Mas antes, em entrevista ao nosso jornal e depois de ter falado com a candidata do CDS, o candidato mostrou a sua «solidariedade» porque não se revê neste tipo de situações. «Não me revejo numa outra postura de procurar responsabilizar o PSD e as pessoas do PSD por aqueles atos», continuou Silvério Regalado, garantindo que nem o PSD nem as pessoas do PSD têm algo a ver. «Pelo contrário, repudiamos este tipo de atos», disse, confessando que «não me identifico com essa forma de fazer política». PUB
XV - BOA HORA CHEGOU A HORA
XIII - Nós Por Todos
Para o efeito previsto no Artigo 21º da Lei nº 19/2003 de 20 de Junho, o grupo de cidadãos BOA HORA CHEGOU A HORA candidato às eleições para a assembleia de freguesia da Gafanha da Boa Hora no concelho de Vagos, a realizar no dia 29 de Setembro de 2013, informa que o seu mandatário �inanceiro é Mário Miguel Matos Sarabando residente em Rua Principal nº 232 1º direito 3840-252 Gafanha da Boa Hora, Cartão de Cidadão nº 11090248-3ZZ8 e NIF nº 209041056.
Para o efeito previsto no Artigo 21º da Lei nº 19/2003 de 20 de Junho, o grupo de cidadãos NÓS POR TODOS candidato às eleições para a assembleia de freguesia da Gafanha da Boa Hora no concelho de Vagos, a realizar no dia 29 de Setembro de 2013, informa que o seu mandatário de campanha é António de Almeida Marta, de 76 anos, residente na Freguesia da Boa Hora com o cartão de cidadão nº122298462229 e o seu mandatário �inanceiro é Alcides de Miranda Alcaide, residente na freguesia da Gafanha da Boa Hora com o NIF 147757606 e Cartão de Cidadão nº 01583820.
O PONTO, edição nº 286 de 28 de agosto de 2013
O PONTO, edição nº 286 de 28 de agosto de 2013