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Vinde, Espírito Santo! Editorial

Afesta de Pentecostes, celebrada anualmente pelos judeus cinquenta dias após a celebração da Páscoa, no tempo de Jesus, era um dia dedicado à ação de graças pela boa colheita, “fruto da terra e do trabalho do homem”, resultante da harmônica e produtiva parceria entre Deus, o Criador, e o homem, na administração dos bens da criação.

A data também faz memória ao dia em que, segundo a tradição mosaica, Deus entregou ao seu povo, pelas mãos do patriarca Moisés, as Tábuas com as leis sagradas, conhecidas por Torah, contendo os Dez Mandamentos.

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Tal qual ocorria por ocasião da Páscoa judaica, em que o povo de Deus do Antigo Testamento comemorava a libertação da escravidão e a fuga do Egito, essa festa reunia em Jerusalém multidões de judeus que viviam em outros países.

No ano em que Tibério César era o Imperador de Roma, Pôncio Pilatos, procurador em Jerusalém; e Herodes, rei-governador, algo de novo ocorreu durante aquelas tradicionais celebrações, com impacto posterior sobre o mundo inteiro: Jesus Cristo celebrou a ceia pascal com os seus discípulos e instituiu a Eucaristia; logo após, foi preso, agelado e, injustamente condenado à morte, foi cruci cado. Morreu e, três dias depois, ressuscitou.

Uma vez ressuscitado, ao longo de algumas semanas, fez diversas aparições aos seus Apóstolos e alguns discípulos, con rmando-os na fé, depois do que ascendeu aos Céus, levando com Ele a inteira natureza humana. Uma vez sentado à direita do Pai, enviou o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, com o Pai e Filho, Deus verdadeiro, tantas vezes prometido durante o seu ministério público. Anunciava-o como o Paráclito (Defensor), como o Espírito da Verdade, como o Consolador.

O livro dos Atos dos Apóstolos narra o dia em que, durante a festa de Pentecostes, os Apóstolos, reunidos em Jerusalém, com a presença da Mãe de Jesus, receberam o Espírito Santo: “De repente, veio de céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-

-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhe concedia que falassem. (...) Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de cada um os ouvir falar na sua própria língua”. (At 2,2-4.6).

A vinda do Espírito Santo marca uma nova etapa na história da redenção, em que Deus Pai e o próprio Deus Filho continuam agindo em meio ao mundo, sob a ação do Espírito Santo, por meio da Igreja, o Corpo Místico de Cristo, da qual são convidadas a participar toda pessoa, de todos os povos, de todas as línguas, raças, culturas e condição social, pois o amor de Deus não exclui a ninguém.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a “Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos, é o lugar de nosso conhecimento do Espírito Santo: nas escrituras que Ele inspirou; na Tradição, da qual os Padres da Igreja são as testemunhas sempre atuais; no Magistério da Igreja, ao qual Ele assiste; na Liturgia

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