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ESTUDOS COMPROVAM Seis a cada 10 jovens negros concluem o ensino médio; número é maior entre brancos, diz levantamento

Pretos e pardos também são minoria entre os estudantes nesta etapa de ensino. Dados compõem um levantamento do Todos Pela Educação com base em dados do IGBE.

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Acada 10 jovens pretos de 19 anos no país, apenas seis concluíram o ensino médio. É o que mostra um levantamento do Todos Pela Educação, com base em dados do IBGE, entre 2012 e 2022. A análise considera adolescentes de 15 a 17 anos que frequentam ou já concluíram esta etapa de ensino.

Apesar de o número ter dobrado desde 2012, quando apenas 3 a cada 10 jovens pretos na faixa etária tinham concluído a etapa de ensino, a taxa ainda é significativamente menor do que a de jovens brancos da mesma idade (veja o gráfico ao lado).

Entre os pardos, no ano de 2012, quatro a cada 10 jovens tinham ensino médico completo, marca que evoluiu para seis a cada 10 em 2022. Apesar da discrepância na conclusão do ensino médio, os números que demonstram o abismo entre os estudantes brancos dos pretos e pardos vêm desde o ingresso na etapa de ensino. Somente no ano passado os indicadores alcançados pelos jovens pretos e pardos ficaram em níveis semelhantes aos que alunos brancos já tinham 10 anos antes. Para Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, a desigualdade étnico-racial ainda é algo muito presente no sistema educacional no país, apesar dos avanços.

“Os números revelam o resultado de um ciclo de exclusão de jovens pretos e pardos que, no contexto educacional, também é determinado por décadas de ausência de políticas intencionalmente voltadas à equidade das relações étnico-raciais. Ao deixar para trás um enorme contingente de estudantes, as políticas educacionais não atingem sua finalidade de promover Educação de qualidade para todos. Os dados demonstram a urgente necessidade de ações voltadas à equidade racial, que somente serão efetivas se houver real comprometimento das lideranças políticas e de gestores públicos”, conclui.

Globo repudia agressão contra Delis por seguranças de Maduro

Após noticiar a agressão praticada por seguranças do ditador venezuelano Nicolás Maduro contra a repórter Delis Ortiz, a Globo divulgou uma nota de repúdio sobre o caso e cobrou providências contra os responsáveis pelo ocorrido. O texto foi lido pela âncora Renata Vasconcellos durante a edição desta terça-feira (30) do Jornal Nacional.

– A Globo repudia o ato de violência contra os jornalistas, se solidariza e aguarda providências a serem tomadas para punição dos responsáveis – disse. Segundo informações divulgadas pela

TV Globo, Delis levou um soco no peito, mas foi atendida posteriormente e passa bem. A emissora informou ainda que outros jornalistas foram agredidos por agentes de segurança venezuelanos e seguranças a serviço do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A confusão envolvendo os seguranças e os jornalistas ocorreu nesta terça após a reunião de presidentes da América do Sul na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. Ao tentarem realizar a cobertura, os profissionais de imprensa foram afastados à força pelos

STF suspende ação de Lira contra Renan Calheiros

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (31) suspender a tramitação de uma ação penal na qual o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acusa o senador Renan Calheiros (MDB-AL) de crimes contra a honra. O caso estava em tramitação na Justiça do Distrito Federal após Lira processar Calheiros por declarações postadas nas redes sociais no ano passado. O senador acusou seu adversário político de desvios de recursos e interferência na Polícia Federal em Alagoas.

Ao analisar o recurso da defesa de Renan, Mendonça entendeu que o caso deve tramitar no Supremo em função do foro privilegiado. O ministro relembrou que a Corte já definiu que acusações relacionadas ao mandato de parlamentares devem ser julgadas pelo STF. "Entendo presentes os requisitos que autorizam o deferimento do pedido liminar. Em sede de cognição não exauriente, vislumbro plausibilidade jurídica na tese de que a postagem realizada por senador da República, endereçando crítica em contexto de disputa política contra deputado federal, ainda que, em tese, incorrendo em possíveis tipos penais, e enquadra-se no critério fixado pelo STF", decidiu Mendonça. seguranças de Maduro.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores lamentou a agressão a profissionais de imprensa e afirmou que tomará providências para apurar responsabilidades.

– A Secretaria de Imprensa da Presidência divulgou nota em que se solidariza com jornalista Delis Ortiz e repudia toda e qualquer agressão contra jornalistas. A nota afirma que todas as medidas possíveis serão tomadas para que episódios como esse não se repitam – disse Renata durante o Jornal Nacional.

Edicão: Jota Carvalho, (O Velho Escriba/Jornal POVO) - jota.carvalho@yahoo.com

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