Segurito 66

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Manaus, Março 2012 – Edição 66 – Ano 6

SIMULADOS SIMULADOS

ASFIXIANTES

uando estamos estudando para um concurso é comum realizarmos simulados para que seja possível avaliarmos o nosso conhecimento sobre o assunto ao mesmo tempo em que vamos adaptando a situação similar a ser enfrentada. Em uma empresa, a brigada deve realizar vários simulados com o mesmo intuito, ou seja, estar preparada para situações adversas. Alguns dos principais simulados que devemos realizar são os seguintes: a) Evacuação de fábrica: neste exercício devemos verificar as dificuldades em relação ao deslocamento de todos os colaboradores da empresa até um determinado ponto de encontro. Para isso devemos atentar para o tempo de deslocamento, verificar quais colaboradores precisam de ajuda neste deslocamento, seja por dificuldade física ou por elevado nervosismo (caso o simulado tenha sido realizado com os colaboradores acreditando que esteja ocorrendo um sinistro), inspeção geral da fábrica para identificar postos em que o alarme não seja escutado de forma clara, etc.

ocê sabe a diferença de um asfixiante simples (aquele que tem produtos indicados no anexo 11 da NR 15) de um asfixiante químico? Os produtos asfixiantes simples são aqueles que apesar de não atuar diretamente no organismo humano, “empurra” o oxigênio presente no ambiente, tomando lugar deste no pulmão. Exemplos de asfixiantes simples: metano, etano, butano, acetileno, hidrogênio, hélio, etc. No caso dos asfixiantes químicos a ação é diferente, enquanto os asfixiantes simples são inertes e apenas empurram o oxigênio, os químicos acabam “travando” a entrada do oxigênio em função de uma reação o que impede a oxigenação do organismo. Por exemplo, o Monóxido de Carbono (CO) reage com a hemoglobina do sangue ingressando na corrente sanguínea no lugar do oxigênio. No entanto, podem agir de outras formas, como por exemplo diretamente no cérebro, paralisando os músculos da respiração. Além do Monóxido de Carbono, são exemplos de asfixiantes químicos: o gás cianídrico, a anilina,o sulfato de hidrogênio, etc.

Q

V

TECNÓLOGOS H

b) Primeiros socorros: peça para um voluntário desmaiar no meio do processo e acompanhe as ações dos brigadistas. Pontos a observar: se foi realizada a avaliação inicial de batimento cardíaco e respiração, se houve a comunicação da ocorrência para o ambulatório da empresa, observar se o transporte do “acidentado” para a maca e posteriormente para o ambulatório foi adequado, tempo da realização de todo o exercício, etc. c) Derramamento ou vazamento: em empresas com produtos químicos é necessário que a brigada saiba o que fazer no caso, por exemplo, do derramamento de um tambor com solvente. Devemos observar se houve o isolamento da área, como foi realizada a contenção do produto químico, para isso devemos ter disponível de acordo com o produto materiais para esta retenção, como por exemplo areia, vermiculita, cordões absorventes, etc. Devemos verificar também se o material para manuseio como pá, vassoura, luva, dentre outros, estava disponível. d) Combate a incêndio: para que o brigadista saiba como atuar em um sinistro com fogo é preciso que haja prática no uso de extintores e hidrantes. No entanto, minha recomendação é que este simulado não seja realizado na empresa, mas sim em campo de treinamento adequado a possíveis riscos. No entanto, podemos realizar na empresa o manuseio da mangueira de hidrante (lógico que sem a presença de fogo). Outros simulados devem ser realizados de acordo com os riscos de cada empresa. Além da ação dos brigadistas, os simulados servem para avaliar se os materiais estão adequados ao uso e não estão obstruídos.

á muita discussão em relação a situação dos tecnólogos de segurança do trabalho e resolvi dar a minha opinião sobre o assunto. Os principais argumentos contra o curso é não haver previsão legal de contratação nos quadros da NR 04 e alguns considerarem ser um “curso superior menor”. Em relação ao primeiro argumento, concordo que o profissional terá dificuldade na contratação, mas se pensarmos bem, advogados, fisioterapeutas, higienistas, ergonomistas, dentre outros profissionais também não possuem um respaldo legal para sua contratação e conseguem trabalhar na área. Ou seja, o problema não é a obrigatoriedade da contratação, mas o profissional se fazer necessário.

BOA LEITURA Este livro é uma visão geral de vários temas relacionados à ergonomia. Tratando da história, da biomecânica, de ferramentas de análise, ergonomia cognitiva, legislação, etc. Sua principal qualidade é ser uma coletânea de artigos, com isso cada assunto é abordado por um especialista.

Ergonomia: Trabalho Adequado e Eficiente - Ed. Campus Organizadores: Francisco Soares Másculo e Mário Cesar Vidal

PIADINHAS Uma tartaruga caminhava por um beco quando foi assaltada por uma gang de lesmas. Na delegacia o detetive pede para ela explicar o que havia acontecido. A tartaruga, com ar confuso, respondeu: Não sei, tudo aconteceu tão depressa!

Dois loucos estavam em cima da árvore. De repente, um cai e o outro pergunta: - Escorregou? - Não, caí de maduro!

INSUSTENTÁVEL Caso eu tenha uma empresa grau de risco 03 com 400 funcionários, a empresa tem os técnicos, mas não tem a obrigatoriedade de contratar um engenheiro de segurança, muitas o fazem, mas poderiam optar por um tecnólogo. Em relação ao curso superior ser “menor“, precisamos entender qual o seu objetivo. O tecnólogo é um curso mais rápido que o de bacharel com foco mais específico no mercado de trabalho. E como qualquer curso superior possibilita a realização de especialização, mestrado ou doutorado e participação em curso de nível superior. No entanto, ainda há uma resistência para a sua contratação. Em parte por desconhecimento deste, relativamente, novo profissional por parte dos empresários e em parte por um “medo” dos demais profissionais da área em perder mercado de trabalho.

Você pode me explicar novamente porque o nosso livro de ecologia é impresso com árvores mortas

Para sugestões ou críticas : Prof. Mário Sobral Jr. sobraljr27@ibest.com.br


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