ANO XII Edição 138 22 de Fevereiro à 20 de Março de 2015 R$ 8,00
jornal.terraecampo@hotmail.com
|
on Facebook: jornal terra e campo
|
www.jornalterraecampo.com.br
Cabanha Vacacaí oferta reprodutores durante a Expogrande 2015
Pg. 14
Feovelha 2015 registra 20 mil visitantes
Pg. 3
Feovelha 2015 comercializou mais de 1,3 milhão Escolhidos os melhores animais da Raça Corriedale Resultados dos julgamentos das raças de carne
Confira as Coberturas Especiais da: 31ª Feovelha e V Nacional do Texel
Pg. 5
Pg. 10
Pg.11
Escolhidos os melhores exemplares da Raça Ideal Pg. 12
Raça Texel apresenta a melhor média durante as feiras de verão Pg. 24
2
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Editorial
Expediente
Charge
Estamos em período de férias: sol e praia para quem veraneia, ou sombra e água fresca para quem prefere o campo. Um período de descanso, uma pausa para rever os amigos, viajar e arejar a cabeça. Um período também para bons negócios. Foi o caso da Nacional do Texel e da 31 ª Feovelha.
Outra boa notícia é a valorização das raças laneiras como é o caso do Merino Australiano e das de dupla aptidão Ideal e Corriedale. Fica a expectativa para o próximo ano, agora com uma notícia inovadora para o mercado do sul, com a introdução de um programa de compra de carne ovina das raças Dorper e White Dorper. Uma grande oportunidade. Boa leitura.
General Osório, 1400 Galeria Acosta sala 10 Fone: (53) 3252.2183 Diretor: Éverton Neves Depto. Comercial: Lindamar Neves Jornalista responsável: Éverton Neves DRT 13145 Projeto gráfico: Luiz Antônio Machado Jr. Diagramação : Matheus Ferreira da Silva
Silva Tavares 1187 - Canguçu/RS
Dê destaque para sua empresa ou Evento
Anuncie conosco!
Confira nosso plano comercial tabela 2015:
Frase destaque
“
Se o homem do campo não tiver segurança não há agricultura
Deputado Estadual Pedro Pereira
Índice
Envio de materiais, fechamento redação: até o dia 23 Fechamento publicitário: até o dia 20.
Colaboradores: Dejalmo Prestes, Fernando Furtado Velloso, Gerson Pinto, Cristiano Costalunga Gotuzzo, Daniel Barros,Emerson Sabedra, Carlos Eduardo Nogueira, Renato Dalto, Marco Medronha, Fernando Zamboni. Tiragem: 10.000 exemplares Abrangência: Regiões Sul e Campanha. Conselho Editorial & Assessoria:
“
Com a ascendência do mercado ovino, a raça Texel vem crescendo em valorização superando as demais raças nas médias apresentadas nas feiras de verão. No caso da Feovelha, embora o número de animais ofertados tenha sido menor que na feira anterior, apresentou crescimento nas médias gerais e uma grande demanda por fêmeas de reposição.
Fundado em outubro de 2002 Grafik Gráfica Expressa CNPJ: 05.038.806/0001-92
Agenda de Leilões.....................4
Pecuária em destaque .........20
Eventos..............................4
VIP Rural.................................21
Curtas / Repórter Rural...............6
Universo dos Vinhos...............22
Raças................................7
Artigo Cristiano Costalunga.....22
Artigo Fernando Velloso...........8
Info Afubra .............................23
Artigo Dejalmo Prestes.......... 18
O Jornal Terra & Campo não se responsabiliza por conceitos emitidos em colunas e artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não.
3 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Feovelha 2015 registra aproximadamente 20 mil visitantes Foto: Humberto Silveira
A Feovelha 2015, mais uma vez se consolida como um evento de importância e proporções regionais. As 15h do dia 01/02 a portaria já registrava a presença de aproximadamente 20 mil pessoas nos cinco dias do evento. Visitantes de vários municípios da região sul estiveram presentes entre eles – Canguçu, Piratini, Arroio Grande, Herval, Candiota, Bagé, Jaguarão, Caçapava do Sul, Pelotas, Rio Grande entre outros. Somente na tarde de domingo, mais de 5 mil visitantes estiveram circulando pelo Parque Charrua, prestigiando os estandes do comércio, indústria e artesanato, o que tem gerado bons negócios. Embora a Comparsa da Canção não tenha sido realizada nesta edição da Feira, o Sindicato Rural de Pinheiro Machado, em parceria com a empresa X13 Produções, realizaram vários Shows, o que agradou ao público presente, movimentando ainda mais o evento durante os finais de tarde e a noite. Desfilaram pelo palco da Feovelha 2015, bandas de projeção nacio-
nal como é o caso do Chimarruts, Eddy Russo e Banda Entrecot. No final da tarde de hoje estará tocando o grupo Os Fagundes. É importante registrar que o talento regional também foi responsável por todo o sucesso do evento. A Banda Recanto se encarregou de empolgar o início e
o término dos demais shows. Os leilões também têm apresentado número recorde de público, nas pistas A e B, onde ocorrem simultaneamente as comercializações com a presença de compradores de várias regiões do estado do Rio Grande do Sul. Pelo se-
gundo ano consecutivo o site MF Rural, transmite os remates online ao vivo, propiciando a venda de animais para todo o Brasil. Até mesmo os moradores de Pinheiro Machado, estiveram conectados via MF, somente nesta tarde de domingo, 80 internautas acompanham o remate da raça Texel.
Concurso Municipal de Borregas estimula o melhoramento genético Visando estimular o melhoramento genético dos rebanhos ovinos do município de Pinheiro Machado a Emater/RS, tradicionalmente realiza durante a Feovelha, a edição do Concurso Municipal de Borregas.
atende cerca de 120 produtores e tem o seu foco na pecuária familiar. Na raça Merino Australiano – o Trio Grande Campeão é de propriedade de Ederson Camacho, do Passo do Sabugueiro.
O evento está em sua 10ª edição e conta com a participação de 15 trios de animais das raças Merino Australiano, Ideal, Corriedale e Texel.
Já o Trio Reservado é de propriedade de Wanderny Baldez Pires, também do Passo do Sabugueiro.
Para Luiz Ignácio Jacques – Médico Veterinário- Assistente Técnico da Emater Regional de Pelotas, o concurso visa estimular os produtores a melhorarem seus rebanhos, “é uma ferramenta de trabalho muito importante, sendo um dos eixos o melhoramento genético”, comenta. A Emater de Pinheiro Machado
Foto: Carlos Eduardo Nogueira
Na raça Ideal, Everaldo Azevedo de Oliveira conquistou o primeiro lugar, o Trio Reservado ficou com o produtor Erani Valente de Oliveira. No Corriedale José de Jesus Camargo foi o vencedor e o Trio Reservado é de Elisângela Camargo. Na raça Texel Laerte Garcia do Passo do Machado foi o vence-
dor, ficando o Trio Reservado com Welligton Ferreira também do Passo do Machado. O jurado do
concurso foi o Médico Veterinário Gustavo Velloso, consultor do Programa Juntos para Competir.
4
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Calendário de Leilões
24/02
25/02
26/02
Cotações Agropecuárias
Gado Geral Local: Canguçu/RS Horário: 21h Gado Geral Local: Santo Antônio da Patrulha/RS Horário: 15h Preferencial de Novilhos Local: Pelotas/RS Horário: 21h Gado Geral
Eventos 23/02 a 26/02 XII Conferência Internacional de Arroz
27/02 Local: Cruz Alta/RS
Horário: 15h 05/03 Leilão Centro Sul
25/02 a 26/02 Trading School ao mercado da Soja e Milho
Local: Santa Maria/RS Horário: 20h
07/03
Fonte: EMATER/RS ASCAR
Remate de Aniversário Local: Canguçu/RS Horário: 16h
09/03 a 27/03 Expodireto Cotrijal
12/03 Preferencial de Novilhos
Local: Pinheiro Machado/RS Horário: 20h
24/03 a 26/03 Expoagro Afubra
Farsul confirma parceria na Expoleite-Fenasul A Farsul prossegue como tradicional parceira da Gadolando na realização da ExpoleiteFoto: agrojornalismo
-Fenasul , de 25 a 31 de maio, no Parque de Esteio. RS. A confirmação é de Francis-
co Schardong e Jorge Luiz Machado Rodrigues, dirigentes da Farsul, que nesta quarta feira, 11 de fevereiro receberam a visita do presidente da Gadolando, Marcos Tang.
neiro vendeu 834 exemplares pela cifra de R$ 891.795,00.
A projeção de Schardong é da participação de 700 terneiras e vaquilhonas nesta que será a XIII Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas e a III Feira de Ventres Selecionados.
Em breve a empresa leiloeira e a Farsul começarão a receber as inscrições para a Feira.
Diante do mercado muito aquecido a projeção de participantes é menor do que na edição 2014 onde a promoção da Farsul ficou com o destaque comercial. No ano passado a Feira do Ter-
A Feira de Esteio ficou marcada para a quinta feira, 28 de maio, na parte da tarde.
Neste encontro entre Gadolando e Farsul ficou ainda confirmada a entrega dos troféus Destaques Expoleite Fenasul 2015. Todos os grandes campeões e grandes campeãs das raças participantes receberam troféus. Local e data ainda serão alvo de ajustes.
5 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Feovelha 2015 comercializou mais de 1,3 milhão Foto: Emerson Sabedra
Os remates da Feovelha 2015 – A maior e melhor oferta de ovinos do Brasil, demonstrou a procura por animais jovens – cordeiras, borregas e borregos, demonstra o excelente momento da ovinocultura. O evento comercializou R$ 1.303.360.00 com 4.444 animais, uma média de R$ 293,00 por animal. No ano anterior a média foi de R$ 202,00. As comercializações apresentaram um crescimento de 45% nas médias gerais. No ano anterior o evento faturou 1,663 milhão, porém com uma oferta maior – 7977 animais. O animal mais caro foi um borrego PO da raça Texel, ao valor de 12mil, o comprador foi Cláudio da Fontoura de Santana do Livramento/RS. A raça Corriedale apresentou o maior volume de comercialização- 1293 animais, já a Texel segunda maior em volume de animais totalizou 1072 exemplares.
Dentre as raças que apresentaram maior quantidade de ofertas/liquidez a Texel registrou média de R$ 313,79 seguida pela raça Ideal com R$ 334,07 com 626 animais. Segundo Rossano Lazzarotto presidente do Sindicato Rural de
Pinheiro Machado, a Feovelha 2015 foi novamente um sucesso em comercializações: “-Embora o volume de animais tenha sido menor, ficamos satisfeitos com a valorização da ovinocultura, com o acréscimo de 45% nas médias
gerais; algo incomum para a região, e que só é possível devido ao prestígio de um evento que comparado com os demais apresentou um crescimento muito superior, acima dos 20% já computados nas demais feiras de verão”, comenta.
6
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
CURTAS
Marco Medronha mmedronha@hotmail.com
REPÓRTER RURAL
Em assembleia realizada na manhã de segunda-feira (09) o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canguçu realizou a escolha da sua nova diretoria, conselho fiscal e suplentes. Com a presença de 80 associados foram 76 votantes, sendo 68 votos favoráveis a única chapa apresentada, 05 votos contrários, 01 nulo, 02 brancos e 04 abstenções. Confira como fica a Diretoria e o Conselho Fiscal:
Diretoria efetivos: Pedro Adão Schiavon, Delair Radtke e José Dutra Dias; Suplentes: Guilherme André Tessmer, Maria Terezinha Schiavon e Mosarte Melcheque Simões. Conselho fiscal efetivos: José Carlos do Amaral, Arneldo Radtke e Arnaldo Dias; Suplentes: Leduvino Camelato Schiavon, Huberto Venske e Paulo Cesar Barcelos da Costa. Fonte: Augusto Pinz.
Parceria entre Prefeitura e Emater beneficia 2,3 mil famílias rurais Integrantes do escritório local da Emater entregaram nesta terça-feira (3) ao prefeito Gerson Nunes um relatório das atividades desenvolvidas no município. O documento trata sobre o trabalho de Assistência Técnica e Extenção Rural e Social (ATERS), englobando atividades desenvolvidas com as comunidades rurais, grupos e associações.
timento em atividades produtivas e acompanhamento técnico. Dentre as iniciativas socioassistenciais estão a aquisição de máquinas de costura, ferramentas e equipamentos para oficinas, borracharias e salões de beleza. Esses materiais contribuiram para a promoção de renda e recuperação da autoestima familiar.
Participaram do ato a chefe substituta do escritório municipal, Heloisa Helena dos Santos e os extensionistas rurais Iara Schevczuk e James Pureza. A entrega do relatório também contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Rural, Cleider Menegoni e do diretor geral da secretaria de Assistência Social, Demaicon Peter.
Na área econômica, 1,5 mil produtores canguçuenses foram atendidos em ações de agricultura com base ecológica. Os extensionistas rurais também desenvolveram projetos de agroindústria, apicultura e manejo de rebanhos bovino e ovino, dentre outras iniciativas. O projeto para renovação do convênio prevê que este ano sejam desenvolvidas ações de assessoramento e gestão rural, solos, segurança e soberania alimentar, bovinos de leite, preservação da água e irrigação.
Canguçu apresenta,segundo a Emater, 10,4 mil famílias rurais. Destas, 2,3 mil receberam atendimento no último ano, incluindo moradores de 104 diferentes localidades. Um dos pontos de destaque foi o projeto de fomento produtivo, que proporcionou para várias famílias em vulnerabilidade social uma oportunidade de inves-
A parceria entre a Prefeitura de Canguçu e a Emater deverá beneficiar este ano mais de 2,3 mil famílias rurais, incluindo agricultores familiares, indígenas, quilombolas, pecuaristas familiares, assentados, escolares, jovens e idosos.
Ao sabor do mate O mate que me refiro é a erva-mate (Ilex paragurienesis), que nós gaúchos chamamos de chimarrão. O termo mate, como sinônimo de chimarrão, é mais utilizado nos países de língua castelhana, a mesma uma bebida característica da intrínseca dos habitantes da América do Sul. Os estudiosos da tradição sabem que adquirimos um hábito, um legado das culturas indígenas quíchuas, aimarás e guaranis.
Foto: Divulgação
Sindicato dos Trabalhadores Rurais elege nova diretoria
gumas vezes encontramos indivíduos que tem prazer de fazer perguntas inesperadas, às vezes mal intencionadas, só para colocar o outro na famosa “saia justa”. Nestas ocasiões queria sempre ter uma resposta ao sabor do mate.
Talvez seja por isso que o mate individualizado, no grupo comece a fazer sentido para algumas pessoas, se pensarmos na vida competitiva atual, onde o indivíduo precisa proO conjunto bomba, cuia e erva- var em todo momento que é capaz. -mate saíram das aldeias para ocupar lugar cativo nos escritórios, nas No mundo dos concursos, onde repartições públicas ou particula- aparentemente este possa ser res. O hábito de sorver um mate uma ferramenta de justiça, já com erva moída fina ou grossa pas- vi muita gente boa fora e ousou a ser uma prática quase obriga- tros tantos muito ruins dentro. tória e, porque não dizer um vício. Porque isso me incomoda? - ResNas reuniões das quais participo pondo ao sabor do mate: Diferencom freqüência, lá estão os partici- te da concepção original do mate pantes, às vezes contrariando as tra- compartilhado, em um mesmo dições: Cada um com seu conjunto grupo com objetivos iguais, as pesde chimarrão individualizado como soas são percebidas como concorse estivessem a matear sozinhos. rentes e não mais como parceiros. Em algumas vezes me incluo neste grupo e tento entender está lógica. Pois bem... Quando sorvemos nosso mate quente com sabor quase amargo experimentamos sensações de coragem e até de clarividência, em alguns segundos parecemos elaborar perguntas ou respostas mais consistentes.
Que a ideia original do mate seja perpetuada, que na roda de mate cada um possa ter um tempo para sorver, pensar e ter consciência do no que dizer. Que o hábito de matear “solito” aconteça quando estiver realmente só. Que o mate possa ser tomado, não como uma forma maquiavélica de trapaça, mas como algo espirituaSou daquelas pessoas que não te- lizado, saboreado como partilha nho respostas prontas e em al- do conhecimento e da parceria.
7 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Foto: Alta Genetics
O Dorper é uma raça proveniente da África do Sul, criada nos anos 30 através do cruzamento do Dorset Horn e do Blackhead Persian para suprir o consumo de ovinos na Europa. A raça apresenta a cabeça preta (Dorper) ou branca (White Dorper). É de alta prolificidade e fertili-
Dorper
dade, destinada à produção de carne devido à precocidade no ganho de peso, excelentes porcentagens de rendimento de carcaça, alta habilidade materna, adaptabilidade e resistência a climas tropicais como os do Brasil, que torna fácil a sua criação. Seu couro é liso e de textura macia,
com qualidade para exportação. Aspecto Geral: O ovino Dorper deve ser simétrico e bem proporcionado ou balanceado. Um temperamento calmo, com uma aparência vigorosa é o ideal. A impressão geral deve ser a de um ovino robusto e bem musculoso.
RAÇAS Foto: Alta Genetics
O Dorper foi criado com o único propósito de produzir carne, o mais eficientemente possível, sob variadas e mesmo desfavorável condições ambientais. Por todas estas características, é reconhecida como uma das melhores raças do mundo.
8
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
ARTIGO
Fernando Furtado Velloso - Médico Veterinário (CRMV RS 7238) - Inspetor Técnico
Foto: Divulgação
Associação Brasileira de Angus Sócio da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha
Sistema de produção de touros ANGUS: “in english” ou português?
Recentemente foi publicado pela revista BEEF nos Estados Unidos uma listagem com os maiores vendedores de touros daquele país em 2014. Este levantamento traz importantes informações sobre os mais influentes produtores americanos de genética. O tema me motivou a comparar as principais diferenças entre a produção de reprodutores Angus nos EUA e aqui. O ranking apresentado denomina-se “Seedstock Beef 100” e nesta relação figuravam apenas rebanhos que venderam 200 ou mais touros em 2014, confira abaixo uma amostra dos top 25 1.Jorgensen Land & Cattle - Angus, 3.750 touros / 2. Gardiner Angus Ranch - Angus, 2.300 touros / 3. Express Ranches - Angus, Hereford, 2.000 touros / 4. Leachman of Colorado - Red Angus, Angus, Charolês, Stabilizer, 1.500 touros / 5. Thomas Angus Ranch - Angus, 1.000 touros / 6. Powerline Genetics - Sim/Angus, Angus, 900 touros / 7. DeBruycker Charolais - Charolês, 875 touros / 8. Seedstock Plus - Angus, Gelbvieh, Balancer, Red Angus, 800 touros / 9. Pharo Cattle Company - Angus, Red Angus, Tarentaise, Hereford, 800 touros / 10. Sitz Angus - Angus, 800 touros / 11. Fink Beef Genetics - Angus, 700 touros / 12. Ludvigson Stock Farms - Red Angus, 650 touros / 13. R.A. Brown Ranch - Angus, Hotlander, Red Angus, Sim-Angus, 650 touros / 14. Connealy Angus - Angus, 600 touros / 15. Profit Maker Bulls - Angus, Hereford, 550 touros / 16. Riverbend Ranch - Angus, 550 touros / 17. Wulf Cattle - Limousin, Angus, 550 touros / 18. 44 Farms - Angus, 525 touros / 19. HeartBrand Beef --- Akaushi, 500 touros / 20. Diamond Peak Cattle Company - Angus, SimAngus, 500 touros / 21. Eaton Charolais - Charolês, 500 touros / 22. KG Ranch - Angus, 500 touros / 23. Schaff Angus Valley --Angus, 500 touros / 24. Stevenson Angus - Angus, 491 touros / 25. Edgar Brothers - Angus, 450 touros Nos últimos 10 anos, a nossa empresa teve a oportunidade de visitar mais de 100 rebanhos produtores de genética nos EUA e assim nos sentimos confortáveis para realizar algumas avaliações e comparações neste artigo. O grande volume de touros vendidos por estes produtores ocorre em alguns rebanhos de Nelore no Brasil, porém é uma situação muito diferente da nossa produção de taurinos (concentrada no Sul), pois produtores com mais de 400 touros vendidos por ano são muito poucos. A escala dos rebanhos e o volume de touros produzidos já figura como um
dos diferencias entre o “negócio touro” lá e cá. A figura dos “rebanhos cooperados” é uma das explicações para os grandes volumes de touros produzidos, pois é comum a ampliação da cria através de parceiros com Transferência de Embriões (TE), ou do preparo final de touros com parceiros confinadores. O sistema mais usual é realização de TE em rebanhos parceiros e a posterior compra de bezerros puros ao desmame. Desta forma, um rebanho com 300 matrizes pode ofertar 500 ou mais touros anualmente. As raças ANGUS e RED ANGUS somadas lideram a venda de reprodutores nos EUA. No levantamento da BEEF, Angus e/ou Red Angus estão presentes em 95 dos 104 rebanhos apresentados na lista TOP 100. Situação muito similar ocorre no Brasil para programas de cruzamento, pois a genética Angus e Red Angus lidera com grande vantagem neste segmento, principalmente através de inseminação, mas também com o uso de touros em monta natural. O uso da Transferência de Embriões é aplicado para a máxima multiplicação de fêmeas superiores e normalmente estes nascimentos ocorrem em rebanhos parceiros, deixando o rebanho de seleção em condições regulares de reprodução para identificação das melhores matrizes e acasalamentos. No Brasil o uso de TE (e FIV) é também muito frequente, porém ocorre muitas vezes a substituição de matrizes puras em reprodução por um rebanho praticamente só de receptoras. Com o passar dos anos, muitos destes plantéis estão com alta participação de matrizes envelhecidas e com poucos avanços em melhoramento genético. Neste item vemos uma das diferenças mais marcantes entre o sistema de seleção americano e brasileiro na atualidade. A “pressão de seleção” (ou % de machos descartados) é uma diferença muito clara entre o realizado no Brasil e nos EUA. A cada safra de nascimentos em nosso país um grande volume de machos registrados é descartado para engorda e o mesmo não ocorre nos selecionadores americanos, pois lá o % de descarte é muito baixo. Já está na cultura da maioria de nossos selecionadores que animais “negativos” (abaixo da média) devem ser descartados com os dados da avaliação de desmame ou ano e assim levamos ao mercado um alto % de animais superiores geneticamente. Neste muito importante ponto os selecionadores brasileiros estão fazendo muito bom trabalho, pois na grande maioria dos rebanhos é aplicado um bom ní-
vel de pressão de seleção (ou descarte de machos). De outra parte, o uso e valorização dos Índices Técnicos e da Avaliação Genética (DEPs) está bem mais avançados nos EUA do que aqui. Pode-se comentar que está é uma posição válida em todas as situações relativas a dados objetivos de desempenho, desde Índices de rebanho (% em relação aos contemporâneos, passando pelas DEPS de crescimento, dados de carcaça e até mesmo para marcadores moleculares ou informações de DEP Energia Metabólica e de eficiência alimentar). Observa-se de forma geral que os americanos incorporam as tecnologias auxiliares à seleção animal de forma gradual. Já por aqui, muito selecionadores apresentam ao mercado resultados de marcadores moleculares, porém ainda sem possuir um programa básico de avaliação de desempenho do rebanho ou sem a participação em qualquer programa de melhoramento genético.
são aqueles mais “badalados” ou pais de grande campeões, ou seja, touros mais velhos. O uso limitado de touros jovens em rebanhos de seleção leva negativamente a um “freio” aos ganhos genéticos. A seleção para “adaptação” ocorre nos rebanhos americanos e são buscados os animais mais eficientes para cada clima ou micro clima do país, porém estas condições são muito distintas das brasileiras, especialmente ao nosso sub-trópico. A necessária seleção no Brasil para animais de “pelo fino”, com maior tolerância a combinação calor: umidade e com maior resistência a ectoparasitas (especialmente carrapatos) é um possível grande trunfo para a genética produzida aqui. Ainda neste tema, o uso de touros nacionais é pequeno no Brasil (aprox. 30% na venda de sêmen) e deixamos de aproveitar o potencial de genética selecionada e adaptada em nossas condições de produção. Até mesmo para as Centrais de Inseminação o produto “touro
Principais características da produção de touros ANGUS no Brasil e EUA:
Os touros são vendidos nos EUA na maioria das vezes com 1 ano (entre 12 e 16 meses) e as fêmeas também entram em reprodução com esta mesma idade. Por aqui, o mais frequente é a venda de touros 2 anos e o entoure de suas irmãs na mesma idade. Esta situação traz grandes diferenças no giro do rebanho e na velocidade do melhoramento genético, pois o rebanho de cria “cresce” no sistema 1 ano e o intervalo entre gerações está praticamente no limite biológico dos bovinos. De outra parte, para que os animais sejam vendidos tão jovens é necessário oferecer condições alimentares para ótimo desempenho (ganho de peso) e assim as diferenças individuais (genéticas) são mais evidentes. O uso massivo de Touros Jovens nos rebanhos de seleção é também um diferencial da pecuária americana e o mesmo ocorre ainda timidamente no Brasil, pois os reprodutores mais usados
nacional” pode ser uma boa alternativa de negócio em momentos de dólar alto. Como fechamento fica evidente que existem grandes diferenças no sistema de produção de touros nos EUA e Brasil. As etapas já vividas pela pecuária americana e pelo segmento de genética é um grande “benchmark” disponível para os produtores de touros no Brasil, pois provavelmente enfrentaremos muitos degraus já passados pela cadeia da carne bovina americana. A necessidade de genética adaptada para as condições brasileiras e especialmente para máximo desempenho em programas de cruzamento é uma grande área de oportunidade para o segmento de genética brasileiro.
9 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
10
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Escolhidos os melhores animais de galpão da Raça Corriedale da Feovelha 2015 Foto: Émerson Sabedra
Aconteceu no dia 29 de janeiro, no Parque Charrua, o julgamento de animais a galpão da raça Corriedale, que teve como jurados Jair Menezes(BR) e Andrés Garcia Pintos (UY). Conforme o uruguaio, foi uma exposição numerosa. “Nós escolhemos a grande campeã por ser
primeira vez aqui e eu gostaria de agradecer ao Sindicato Rural, os expositores e todos os envolvidos. Eu sempre gosto de lembrar que vencedores são poucos, e que não estar na ponta do julgamento não desqualifica uma produção. Para falarmos dos animais, acredito que o grande destaque tenha ficado com o grande campeão, que ganhou tudo, e o reservado, animal muito interessante. Nas rústicas, descobri que o destaque da Feovelha também o foi em Bagé e isso mostra que os jurados estão levando a raça em um mesmo rumo”, conta. Entre as fêmeas PO, destaque para a Estância Santa Cecília, de Luis Cláudio L. Pereira e Fernanda R. Scardoelli e filhos, que conquistou o grande campeonato, Melhor Velo e um animal acima do padrão da Melhor Composição com o box 102. mostra. Já nos machos, os desta- O Reservado ficou com a Caques ficaram nos carneiros, prin- banha Vista Alegre, de Elisabecipalmente no grande campeão, th Amaral Lemos, com o box 97. que se mostrou dentro do que é O terceiro lugar entre as fêmeas buscado hoje no Corriedale”, disse. PO foi para a Cabanha EspiniPara o jurado brasileiro, que com- lho, de Paulo Sergio Soares e Jopletou 182 julgamentos, em seis aquim Soares Neto, com o box 98. países diferentes, foi uma grande honra estar na Feovelha. “É minha Nos machos PO o grande campeo-
Foto: Émerson Sabedra
Grande Campeão Corriedale Machos PO Box 112.
nato ficou com a Cabanha Santa Filomena, de Jorge Antonio Remedi Guerra e Claudia Remedi Guerra, box 112, que também conquistou o melhor velo e melhor conformação. O Reservado Grande Campeão foi o box 119, da Cabanha Nova Aurora, de Gastão Bravo Medeiros. O Terceiro foi para a Santa Amália, de Paulo Roberto Silva Assunção, Filhos e Netos, com o box 117.. Entre os machos RGB, o grande campeonato e melhor velo foi para a Estância Santa Cecília, de Luis Claudio L. Pereira e Fernanda R. Scardoelli e Filhos, com o box 121. O reservado foi para o box 122, da Cabanha Vista Alegre, de Elisabeth Amaral Lemos. Os últimos julgados de galpão foram os machos SO, entre os quais o grande campeonato ficou com o box 125, que também recebeu o prêmio de Melhor Conformação, da Cabanha Santa Filomena, de Jorge Antonio Remedi Guerra e Claudia Remedi Guerra. O Reservado e Melhor Velo foi para a Estância Santa Cecília, de Luis Claudio L. Pereira e Fernanda R. Scardoelli e Filhos, com o box 124
Foto: Émerson Sabedra
Grande Campeã Corriedale Galpão Box 102.
11 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Feovelha divulga os resultados dos julgamentos das raças de carne Raça Ile de France apresenta expressiva participação. Entre os eventos mais importantes da Feovelha, o julgamento das raças terminou na tarde de sábado (31/JAN). Contando com grande público entre criadores e visitantes em geral, e um número expressivo de animais inscritos, o evento foi um dos que abrilhantaram a edição 2015 da Fevelha, no Parque Charrua, em Pinheiro Machado. Além dos julgamentos das raças Corriedale e Ideal, que iniciaram na sexta-feira, também foram julgados exemplares das raças Crioula (galpão), Dorper (galpão), Hampshire Down (galpão), Ile de France (galpão e rústicos), Merino Australiano (Galpão e Rústicos), Poll Dorset (galpão), Romney March (galpão e rústicos), Suffolk (galpão), Texel (galpão e rústicos), e White Dorper (galpão). O jurado responsável pelas raças
de aptidão carniceira foi Roberto Azambuja, enquanto da Merino Australiano foi Claro Paim. A entrega de prêmios aconteceu no Sobrado do Parque Charrua. Ile de France Galpão: Machos PO Grande Campeão Box 247 | Tatuagem: 579 Expositor: Sérgio Luiz Lopes Ferro Cabanha: Cabanha Sol de Ferro Reservado Grande Campeão Box 246 | Tatuagem: 1242 Expositor: Luiz Alfredo Horn Junior e Fulhos Cabanha: Cabanha São Paulino Terceiro Melhor Macho Box 248 | Tatuagem: 618 Expositor: Luis Augusto e Rafael Faria, Cabanha: Fazenda Santa Maria Fêmeas PO Grane Campeã Box 244 | Tatuagem: 1146 Expositor: Rodrigo Lovato Paim Cabanha: Cabanha Lovato Reservada Grande Campeã
Foto: Gabriel Becco / LPR
Box 245 | Tatuagem: 114 Expositor: Sérgio Luiz Lopes Ferro Cabanha: Cabanha Sol de Ferro
171, 175 Expositor: Diego Paim Grigoletto Cabanha: Cabanha do Plátano
Terceira Melhor Fêmea Box 243 | Tatuagem: 747 Expositor: Antônio e Rafael Paim Cabanha: Cabanha Quatro Amigos
Trio Reservado Grande Campeão Lote 251 | Tatuagens: 1225, 1240, 1233, 1163 Expositor: Luiz Alfredo Horn Junior e Filhos Cabanha: Cabanha São Paulino
Ile de France Rústicos Machos PO Trio Grande Campeão Lote 249 | Tatuagens: 153, 161,
Melhor Animal Macho PO Lote 249 | Tatuagens: 161.
12
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Escolhidos os melhores exemplares da Raça Ideal na Feovelha 2015 Foto: Carlos Eduardo Nogueira
Machos PO Galpão Grande Campeão: Box 55, Tatuagem: 1871 Expositor: José Luiz Marona Pons Cabanha: Cabanha Santa Angela Reservado de Grande Campeão: Box 50, Tatuagem: 119 Expositor: Matheus Mancini Pedroso, Cabanha: Tupanci Fêmeas PO Galpão Grande Campeã: Box 39, Tatuagem: 290 Expositor: Danilo da Rosa Farias Cabanha: Nova Querência Reservada Grande Campeã Box 37, Tatuagem: 5416 Expositor: Flor Amaral, Dr. Cabanha: Cabanha Água Fria
Na sexta-feira, 30 de janeiro foram escolhidos os melhores exemplares da raça Ideal na Feovelha 2014, que ocorre no Parque Charrua, em Pinheiro Machado. Sob o olhar atento do jurado uruguaio, Joaquim Martinocorena, o julgamento contou cm grande público e se estendeu por todo o dia. O jurado comentou o nível elevado da pista, com animais bem preparados e com as qualidades buscadas atualmente na raça. “Gostaria de agradecer à associação do Ideal pelo convite e ao Sindicato Rural de Pinheiro Ma-
chado por esta grande festa da ovinocultura. Aos expositores, em especial os donos dos animais vencedores, que eram animais” conta. Cleusa Piegas, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ideal, comentou que em 2015 a raça veio com uma grande representação para a Feovelha, além de muita qualidade. “Viemos com quantidade e qualidade, além da representação de várias partes do estado e estado e expositores estreantes. Vejo com bons olhos pois a Feovelha também é uma prévia da Expointer”, terminou.
Foto: Gabriel Becco / LPR
Raça: IDEAL - Fêmeas PO Prêmio: Grande Campeonato Tipo: Galpão - Reservada Grande Campeã.
Grande Campeonato Ideal Machos PO Rústicos Trio Grande Campeão: Box: 83 Tatuagens: 1579, 1559,
1541, Expositor: Edemundo Ferreira Gressler Cabanha: Coxilha Verde Trio Reservado de Grande Campeão Box: 80, Tatuagens: 1587, 1563, 1561, Expositor: Edemundo Ferreira Gressler Cabanha: Coxilha Verde Grande Campeonato Ideal Machos SO Rústicos Trio Grande Campeão: Box: 85, Tatuagens: 301, 302, 303, 306; Expositor: Danilo da Rosa Farias Cabanha: Nova Querência Trio Reservado de Grande Campeão Box: 91, Tatuagens: 304, 314, 318, 319, Expositor: Heber da Rosa Farias e Filhas Fazenda: Perau da Águia Grande Campeonato Ideal Fêmeas PO Rústicas Trio Grande Campeão Box: 63, Tatuagens: 120, 126, 130, Expositor: Matheus Mancine Pedroso, Cabanha: Tupanci. Trio Reservado de Grande Campeão Box: 70, Tatuagens: M307, M335, M341, Expositor: São Leandro Agropecuária S/A Cabanha: São Leandro Demais resultados confira no site http://www.feovelha.com.br
Foto: Gabriel Becco / LPR
Raça: IDEAL - Machos PO Prêmio: Grande Campeonato Tipo: Galpão - Terceiro Melhor.
13 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Demanda por carne ovina leva Indústria a promover parcerias na produção de cordeiros de qualidade Por Elder Filho
Tema recorrente, o consumo de carne ovina volta à vitrina da cadeia produtiva brasileira. Aumento do rebanho, baixo consumo per capita, voltam a cena. Fomentar a produção através de programas de incentivo como o “Mais Ovinos”, no Rio Grande do Sul, estão em alta. Estes pontos nevrálgicos da cadeia são do conhecimento de todos. Em recente pronunciamento, o presidente da ARCO , Paulo Schwab, preconizou uma projeção de 2,5 Kg\habitante\ano como consumo ideal. Esta projeção representa inimagináveis 360% na quantidade de carne ovina consumida pelos brasileiros( hoje o consumo se resume a 0,7Kg\ hab \ano) : O quê de novo se poderia fazer? Como evitar importações que prejudicam produtores brasileiros? Pois bem, parece haver surgido, de maneira prática, por iniciativa da Indústria, uma alternativa viável, tanto para quem produz, como para quem ávido pelo produto, intenta fomentar a produção de cordeiros de qualidade com escalas que sejam
Foto: Elder Filho
viáveis comercialmente: “Parcerias”. O processo, de maneira grosseira, se resume em dois pontos cruciais:” Produza qualidade e a quantidade que necessito, e nós, em contrapartida, adquirimos toda a sua produção, e em muitos casos, onde os rendimentos superam os 39%, com Plus”, diz a Indústria. No caso específico da VPJ Alimentos, São Paulo, o gerente de fomento, Walter Celani, informou que os preços praticados ( Kg\ vivo) chegam a R$ 5,50, o que representa R$ 1,00 a mais do que o mercado pagou no mês de janeiro, onde o pico alcançou R$ 4,50. Obviamente há exigências, sejam de qualidade, sejam de preferências em cruzamentos, para que os valores cheguem a este patamar. A VPJ Alimentos, por exemplo, dá preferência a produtos 1\2 sangue Dorper ou White Dorper, não descartando qualquer raças nas matrizes utilizadas:” Um cordeiro com 120 dias, cruza Dorper ou White Dorper(1\2 sangue- F1), que atinja de 35 a 45
Valdomiro Poliselli Jr.
Kg(vivo), será remunerado de maneira diferenciada. Isto nos permite a certificação de origem através da ABC Dorper, o que agrega valor aos cortes”, lembrou. O titular do Grupo VPJ, Valdomiro Poliselli Júnior, entende que “um dos principais entra-
ves enfrentado pelo setor que produz carne ovina é a falta de cultura empresarial dos produtores de cordeiros, excetuando-se o Rio Grande do Sul, há que se conscientizar os criadores da necessidade de profissionalização no setor”, afirmou.
14
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015 Foto: Carlos Eduardo Nogueira
Cabanha Vacacaí prepara mais uma grande oferta de reprodutores Angus durante a Expogrande 2015 Está chegando o Leilão Genética Vacacaí, que acontece dia 25 de abril (sábado) às 20 horas, no Parque de Exposições Laucídio Coelho - Campo Grande/MS, durante a Expogrande, um dos eventos de maior importância para a pecuária do centro oeste brasileiro. Em oferta cerca de 70 touros Aberdeen e Red Angus selecionados. Em pista a alta qualidade genética produzida na Cabanha Vacacaí, em São Gabriel/RS estará à disposição de produtores que buscam aliar a precocidade com a facilidade de ganho de peso e a insuperável qualidade da carne das raças européias. A Vacacaí é uma das mais tradicionais produtoras da raça no Brasil. Segundo o proprietário, Alfredo Southall, este ano a oferta é maior em comparação a 2014 e com a já reconhecida qualidade produzida para os criadores do centro oeste. “Os animais estão muito bons, até melhores que na
última edição. Produzimos nossos reprodutores com sangues argentinos e americanos, com destaque para os touros Bismarck e Net Worth, ambos da CRI Genética. Um dos touros pretos em destaque na oferta foi campeão de categoria em Esteio. Entre os vermelhos temos um dos exemplares que encabeçou a prova de ganho de peso na Lagoa da Serra/SP”, termina.
Diretor da Leiloboi, empresa responsável pelo 11º Leilão Genética Vacacaí, Carlos Guaritá conta
que o remate foi muito bom em 2014 e, por já ser tradicional no MS, tem tudo para ser um sucesso também em 2015. “Nós temos ótimos resultados com a Vacacaí. Os animais já são conhecidos em nossa região e os produtores procuram essa genética diferenciada e altamente adaptada”, explica. Chegando ao seu 11ª ano, o leilão conta com compradores que retornam a cada nova edição, como é o caso de Wilson Telles, da Estância Pitangueira, Cleir Ferreira, da Pé de Boi e Zamboni Vivaldino, da Maré Mansa, que foram os maiores compradores em 2014. Raul Southall, administrador da propriedade e médico veterinário, explica que a oferta terá um incremento no número de animais, principalmente pelo ótimo resultado em 2014, quando o leilão teve pista limpa. “Aumentou o número mas também aumentaram nossos critérios de seleção. Nós oferta-
mos, a cada ano, animais mais precoces, visando o mercado do MS, que utiliza em sua maioria bezerros de ciclo curto, com qualidade e quantidade de carne. Os animais que estarão em oferta no leilão estão sendo observados desde novembro, são adaptados, aguentam altas temperaturas, tem boa mobilidade e reprodutividade”, explica. Alexandre Vargas, médico veterinário responsável pela Vacacaí, conta que os animais são todos testados e aptos a reprodução. “Nós realizamos todos os testes necessários para garantir a reprodutividade dos animais, como também estamos dentro das normas sanitárias estabelecidas pelos órgãos governamentais”. O Leilão Genética Vacacaí contará também com transmissão ao vivo pelo Agrocanal (Sistema Brasileiro do Agronegócio: Canal do Boi, Agrocanal, ConexãoBR e NovoCanal).
15 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
16
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
ESPECIAL
V NACIONAL DO TEXEL Ana Maria Smidt
Presença e negócios crescem na edição 2015 da Nacional do Texel
Foto: Bezier Filmes
Qualidade e volume na pista de julgamento aliado a boa liquidez com médias elevadas foram os itens apontados pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Texel, Nedy de Vargas Marques, ao avaliar a 5º Exposição
e Alegrete, RS. Dois expositores de Balsa Nova, Paraná e um de Alfredo Wagner, Santa Catarina também também estiveram presentes na Nacional, informa o presidente da Brastexel. Tanto ao redor da pista de julgamento quanto no Leilão circularam criadores de fora do Rio Grande do Sul.
Nacional da Raça Texel, de 22 a 25 de janeiro, no Parque do Sindicato Rural de Santana de Livramento quando também aconteceu a XVII Mercotexel. O mapa de inscrições elaborado pela Arco fechou com 103 animais a galpão entre PO e
RGB. A eles se somam outros 10 Texel Coloridos. As inscrições foram efetuadas por expositores de Livramento, Santa Maria, Santiago, Osório, São Gabriel , Cachoeira do Sul Candiota, Porto Alegre, Itaara, Hulha Negra, Camaquã
Em clima de confraternização, o Núcleo Santanense de Criadores do Texel recepcionou os visitantes na noite da quinta feira, 22 de janeiro, com um churrasco e ao longo da programação foi incansável no trabalho para o sucesso do evento. Brastexel e Núcleo já confirmaram e anunciaram a realização da VI Exposição Nacional do Texel e da XVIII Mercotexel. A novidade ficou com o lançamento do I Congresso Mundial do Texel a acontecer também em janeiro de 2016.
17 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
O melhor do Texel esteve presente na V Nacional disse Presidente O melhor da raça Texel do Brasil esteve presente na V Exposição Nacional da Raça. O presidente da Brastexel, Nedy de Vargas Marques, fez uma avaliação positiva da mostra destacando o esforço das cabanhas que trouxeram o que tem de melhor para a Nacional.
A galpão - Machos PO: Grande Campeão expositor Juliano Kalil Gonçalves, Cabanha Dom Amado. Reservado Grande Campeão expositor David Fernandes Lopes de Carvalho, Cabanha Três Coxilhas.
Apontou que o julgamento foi acompanhado por um bom público incluindo a presença de novos criadores e expositores do Rio Grande co Sul, Santa Catarina e Paraná. Segundo ele, a qualidade em pista ficou além da expectativa como comentou o jurado Ricardo Gonçalves.
Machos RGB Grande Campeão expositor Juliano Kalil Gonçalves, Cabanha Dom Amado. Reservado de Grande Campeão expositor Juliano Kalil Gonçalves, Cabanha Dom Amado.
O grande campeão PO foi exposto por Juliano Kalil Gonçalves, da Cabanha Dom Amado, Hulha Negra, RS, enquanto a grande campeã da mesma categoria foi de Paulo Afonso Schwab e Luiz Alberto Schwab, Cabanha dos Pinheiros, Cachoeira do Sul, RS. Os melhores em Pista
Fêmeas PO Grande Campeã expositor Paulo Afonso Schwab e Luiz Alberto Schwab Cabanha dos Pinheiros. Reservada Grande Campeã expositor Ricardo Bitencourt Cabanha Santa Maria. Fêmeas RGB Grande Campeã expositor Claudio da Fontoura
Foto: Ana Lucia
Arteche, Cabanha Cambara. Reservada Grande Campeã expositor Claudio da Fontoura Arteche, Cabanha Cambara. A Campo - Machos PO: Trio Grande Campeão expositor Rogerio Machado Pereira, Cabanha Refúgio. Trio Campeão Borrego Maior exp
expositor Rogerio Machado Pereira, Cabanha Refúgio. Fêmeas PO Trio Grande Campeã expositor Claudio da Fontoura Arteche, Cabanha Cambara. Trio Reservada Grande Campeã expositor Expiara Castiel/Adriana C.de Mattos/JoseThiago de Mattos.
Samora foi o melhor Cabanheiro Samora, uma pequena abelha que se enrola no cabelo das pessoas, é o apelido desde criança de Altino Dorneles, escolhido o Melhor Cabanheiro da V Exposição Nacional do Texel. Atualmente com 72 anos e já não com tanto cabelo, Samora trabalha a 65 anos com a família Lermer. Ele começou trabalhando com o pai dos irmãos Arno e Renato Lermer, Fazenda Lermer 1, em Cachoeira do
Sul, RS, com quem está a 45 anos. Os irmãos Lermer iniciaram a criação de Texel em 1986 e desde lá ele é o responsável pelas ovelhas puras da cabanha. Renato costuma dizer que quem cria ovelha não adianta ter um bom campeiro mas sim bom ovelheiro. Para ele criar ovelhas dá mais preocupação e trabalho do que criar gado. Para nós ele é um funcionário 100%
e com muita responsabilidade, diz Renato que desde guri convive com ele com quem, lembra, aprendeu a caçar quando jovem. Samora ficou muito surpreso e faceiro com a distinção. A alegria foi também da família para quem trabalha. Renato aponta esta como uma das boas iniciativas da Brastexel. A maneira da escolha foi bem discreta com um
olheiro circulando pelo galpão entre os 15 cabanheiros concorrentes, relata. Ele defende mais promoções como esta que motivam cada vez mais o profissionalismo e o comprometimento destes profissionais com a raça Texel. O prêmio de R$ 1 mil foi entregue pelo presidente da Brastexel, Nedy de Vargas Marques, na noite de premiação da Nacional realizada em Santana do Livramento.
18
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
ARTIGO
Foto: Divulgação
Dejalmo Prestes Engenheiro Agrônomo e Consultor
O período do Verão é marcado por altas temperaturas, ainda mais na atualidade, quando passamos por um período em que a temperatura tem sido mais elevada. De acordo com pesquisas, a temperatura terrestre já aumentou quase 0,8°C desde a época pré-industrial, sendo que os cientistas previram um aumento médio da temperatura de 1,5°C entre os anos de 1850 a 1900 , agora já se aborda que a temperatura da superfície terrestre deverá ultrapassar este aumento médio até 2100. Este aumento da temperatura interfere diretamente na saúde do organismo, uma vez que a temperatura normal do corpo, que varia entre 36 a 37 C, precisa se adequar a um meio de alta temperatura. Essa elevação provoca várias alterações no funcionamento do organismo, entre estas os batimentos cardíacos ficam mais lentos, a transpiração aumenta, o organismo fica mais sujeito a desenvolver um quadro de desidratação. A desidratação atinge geralmente crianças e idosos, que estão em uma fase da vida mais vulnerável, entretanto pode ocorrer com pessoas de qualquer idade. A desidratação é caracterizada pela baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele realize suas funções normais. Para manter o equilíbrio do organismo nestes dias de calor, o consumo regular além de água, alimentos refrescantes é primordial. Sendo assim, o consumo médio de 1,5 a 2 litros de água por dia repõe o liquido corporal. Essa quantidade de líquido pode variar
Nutrição refrescante é saúde de acordo com o metabolismo de cada pessoa, a prática de atividades físicas, temperatura do ambiente e o tipo de alimentos ingeridos. Este líquido pode ser ingerido sob a forma de água pura, água de coco, sucos ou chás. Entretanto devido o calor aumentar a transpiração, com esta também se perde sais minerais, dessa forma além do consumo de água é indicado o consumo de alimentos ricos em água que atuam como auxiliares na prevenção e manutenção de um corpo hidratado. Dentre estes alimentos se destacam com maior quantidade de água o rabanete, o chuchu, a alface, o tomate, nabo, couve-flor, o pepino, a melancia, morango, melão, abacaxi, maça cenoura, goiaba, clara de ovo e banana Além de um bom aporte de água cada um destes alimentos desempenha uma atividade específica no organismo como o rabanete, o chuchu ou a melancia, por exemplo, ajudam a desinchar o corpo e regular a pressão alta porque são diuréticos, diminuem o apetite, pois têm fibras que mantém o estômago cheiro por mais tempo e ainda aliviam a prisão de ventre porque facilitam a eliminação das fezes. Os alimentos refrescantes podem ser agregados ás refeições diárias nas refeições principais em forma de saladas, sopas frias, sucos, lanches, preparações e ou sucos, como por exemplo, ás opções de receitas que seguem abaixo. “Cuide de seu corpo,alimentando-se de forma correta e o irrigando com muita água para cultivar sua saúde”.
Opções de receitas: Suco refrescante 1 limão grande (116g) 1 colher (sopa) de hortelã (2g); 1/4 de melão (675g); (2g) 1/4 xícara (chá) de gelo (38g); 2 colheres (sopa) de açúcar (28g)( ou adoçante); 1 xícara (chá) de água (240ml). Preparo: Esprema o suco do limão. Bata todos os ingredientes no liquidificador, coe com uma peneira e reserve. Distribua dois cubos de gelo em cada copo e acrescente o suco. Suco da casca do abacaxi 4 xícaras (chá) de casca de abacaxi picada (520g); 3 xícaras (chá) de água (720ml) Preparo: Em uma panela, coloque as cascas do abacaxi para cozinhar com a água, até ficarem macias. Retire do fogo e espere esfriar. Coe e misture com o chá. Adoce a gosto. Sirva gelado. Suco de Melancia 3 fatias de melancia sem sementes,1 colher de chá de gengibre ralado.Bata todos os ingredientes no liquidificador, com água e gelo. Sanduíche de Legumes: 2 fatias de pão( Caseiro ou de forma integral); 1 pepino em rodelas, 2 folhas de alface;1/2 pimentão vermelho; 1/2 pimentão verde ;1/2 pimentão amarelo;2 dentes de alho ; Sal e azeite a gosto Preparo: Corte o pepino, e os pimentões em tiras largas. Descasque os dentes de alho e mantenha-os inteiros. Em uma frigideira untada com o azeite, grelhe os pimentões. Polvilhe-os com o sal e reserve-os aquecidos. Na mesma frigideira, ponha um fio de azei-
te e doure os dentes de alho. Reserve. Agora doure o pão cortado ao meio no sentido horizontal e monte o sanduíche. Ponha os legumes grelhados, os dentes de alho picados o alface regue o pão com mais azeite. Sirva imediatamente. Sanduiche de cenoura: 1 cenoura média ralada,3 folhas alface,2 folhas de couve manteiga, 1 cebola média2 colheres de sopa de margarina,1/2 maço de coentro,1 xícara de chá de leite;6 pães francês;Sal a gosto. Refogue a couve com margarina, cebola, coentro e o leite. Monte o sanduíche com o creme frio, e a cenoura ralada e o alface. Sopa leve de chuchu: Ingredientes: 1 chuchu picado, 1 cenoura picada,300 g de frango picado, 1 tomate,1cebola pequena, 2 dentes de alho,1 colher de azeite, tempero verde e sal á gosto.Cozinhe o chuchu e a cenoura, após liquidifique, refogue o frango com os demais temperos, acrescente os legumes liquidificados, cozinhe e deixe esfriar. Para isso é muito importante ter em seu pátio ou horta caseira, ervas, verduras, legumes e frutos, pois estarão sempre fresquinhos, onde você mesmo poderá manusear obtendo um alimento de qualidade, além de contribuir para sua distração e lazer. Para quem não tem essa possibilidade de plantar e colher procure uma feira e mercado de confiança e adquira produtos frescos para usufruir de todas suas propriedades nutricionais e funcionais. Contribuição: Angélica Markus Nicoletti Nutricionista - Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos.
19 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Brastexel divulga primeiro ranking Os melhores ovinos da raça Texel no ano 2014 foram conhecidos durante a V Exposição Nacional do Texel. A iniciativa de criar o Ranking da Raça Texel foi da Brastexel que promoveu o primeiro destes levantamentos que envolvem a performance dos animais nas pistas de julgamento no período de um ano com foco nas cabanas expositoras. Em cerimônia durante a Nacional, a Brastexel premiou as cinco cabanhas expositoras que lideraram o Ranking. Os demais tiveram os resultados publicados no site da en-
tidade e receberão um documento oficial da Brastexel com a pontuação. Neste ano de 2014 a Brastexel utilizou a tabela sugestão da Arco mas em 2015 não será a mesma pontuação. Segundo Maria Tereza Queirolo, diretora técnica da Brastexel, “vamos priorizar os animais PO a galpão, e as exposições ranqueadas terão um peso de acordo com o numero de animais participantes”. O primeiro compromisso do Ranking 2015 foi a V Exposição Nacional seguido da Fenovinos.
Paulão do Vôlei no grupo de novos investidores Paulo André Jukoski, o Paulão do Volei acompanhou a Nacional do Texel 2015, em Livramento, RS. A exemplo do que já havia feito na última Expointer, Paulão acompanhou o trabalho de julgamento e aproveitou para trocar
idéias com criadores tradicionais. Ele vem investindo em um plantel de ovinos Texel voltado para a sua propriedade localizada em Rio Pardo. Outro exemplo do ingresso de novos criadores na raça Texel é Flávio Menke Júnior, também presente em Livramento Com quase 20
anos de atuação no setor de som automotivo e proprietário de um sítio distante cerca de 35 quilômetros do centro de Pelotas, o empresário pensava em como fazer a propriedade lhe dar retorno financeiro, mesmo tendo pouco espaço. A opção foi investir na raça Texel.
20
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
EM DESTAQUE
Nos últimos anos estamos acompanhando um forte avanço da agricultura na metade sul do RS sobre os campos tradicionais de pecuária, principalmente com cultura da soja. A integração lavoura pecuária (ILP), na maioria dos casos, é realizada na forma de arrendamento, onde o proprietário da terra sede um percentual da área no verão e recebe pastagens de azevém e aveia no inverno mais um percentual de sacos de soja. Este sistema melhorou os índices de produtividade do gado de corte do RS, pois viabilizou a instalação de pastagens de inverno de alto valor nutritivo a um custo baixo em um momento de maior escassez forrageira. Apesar da redução da área produtiva para pecuária no verão a produção de quilos de boi no ano, em geral, apresentou significativa evolução.
Pecuária sem lavoura, como viabilizar? Apesar dos benefícios que a ILP traz para o pecuarista existe uma parcela significativa de produtores que não trabalham com este sistema. Alguns repudiam a idéia de lavoura por questões culturais, não aceitariam de forma alguma agricultura em seus campos ou mesmo o arrendamento da área para terceiros. Em outras áreas existe impossibilidade de realizar agricultura em função de relevo ou clima que são determinantes para realização exclusiva de pecuária de corte. Neste sentido é necessário que os produtores que não trabalham com ILP se atentem a nova conjuntura de mercado, pois houve grandes alterações na safra e entressafra de bois e na demanda por animais de reposição. A entressafra do boi que era extremamente demarcada no inverno, hoje está com um perfil diferente, possuímos duas entressafras. A primeira, no inicio
do inverno quando as pastagens ainda não estão em pleno potencial. A segunda entressafra ocorre em dezembro-janeiro, quando não iniciaram a sair os animais oriundos de campo nativo e pastagens de verão. Em ambos os casos o pecuarista sem ILP possui vantagem para produzir este boi, pois as áreas de ILP ainda não estão com potencial forte para pecuária no início do inverno e no verão estão com soja. As pastagens de inverno pós soja apresentam potencial de produção de 100 a 150 dias. Portanto se estes produtores desejarem realizar terminação, os animais necessitam entrar nas áreas faltando no máximo 150 kg para o abate. Desta forma é necessário que alguns produtores realizem a recria de novilhos e novilhas até aproximadamente 300 kg, abrindo uma ótima oportunidade para a recria e produtores que dis-
Foto: Divulgação
PECUÁRIA
ARTIGO
Daniel Barros - Veterinário Guarda Nova Consultoria Agropecuária
põe de áreas durante o verão. Creio que potencializar a produção de carne no verão seja a grande oportunidade que as áreas de ILP estão deixando para os produtores que trabalham somente com pecuária. A irrigação deve ter papel de destaque no futuro, pois pode incrementar os ganhos de peso e a carga animal durante este período de escassez de áreas para pecuária. Se entendermos essa nova dinâmica de mercado, tenho convicção que poderemos ampliar o faturamento da pecuária sem precedentes antes na história.
21 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
VIP RURAL Foto: Bezier Filmes
Paulo Schwab - Presidente da ARCO durante a Nacional.
Foto: Bezier Filmes
Nedy de Vargas Marques - Presidente da Brastexel durante a Nacional.
Foto: Bezier filmes
Foto: Divulgação
Claudio da Fontoura Arteche - Cabanha Cambará Velho durante a Nacional do Texel.
Rossano Lazzarotto - Presidente do Sindicato Rural de Pinheiro Machado durante a 31ª Feovelha.
Foto: Emerson Sabedra
Foto: Emerson Sabedra
Joaquim Martinicorena - Jurado da raça Ideal durante a 31ª Feovelha.
Deputado Estadual Pedro Pereira durante a abertura oficial da 31ª Feovelha.
22
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015 Fernando Zamboni - Sommelier e Juiz Internacional para a qualificação de vinhos
O vinho e seus aromas
Talvez você não saiba, mas os aromas dos vinhos são divididos em Primário, Secundário e Terciário. Os aromas Primários dos vinhos são os aromas preexistentes na uva, ou seja, antes de qualquer transformação. São os aromas da própria uva, um exemplo claro é o vinho feito de uva Moscato (Moscatel), pois ao cheirar o vinho sente-se o aroma dessa casta, trata-se de uma classe de uvas muito perfumada e de aroma característico. Os aromas Secundários são os que a bebida adquiriu durante a elaboração, fermentação, pela ação das leveduras e bactérias e amadurecimento em barris de carvalho. Os aromas terciários ’’bouquet’’ são os perfumes que o líquido ganhou ao longo de seu envelhecimento em garrafa, a ‘’guarda’’. A palavra bouquet se refere apenas a aromas terciários, ou seja, este termo se aplica somente a exemplares envelhecidos em garrafa. Certamente você já viu alguém descrevendo um vinho, falando que ali se encontram frutas vermelhas, baunilha, manteiga e por aí vai... Então você pode se perguntar: Mas o que estão fazendo baunilha, manteiga, café, chocolate, trufas, rosa e canela no aroma de um vinho? Como estes aromas foram parar no vinho? Eles são adicionados artificialmente ou são simplesmente devaneios de quem está degustando? A primeira coisa a deixar claro é que estes aromas não são devaneios do degustador. Estes tipos de aroma realmente aparecem nos vinhos fino de mesa, às vezes de forma muito nítida, às vezes de forma mais tímida. A segunda afirmação importante é: estes aromas não são adicionados artificialmente ao vinho. Eles são aromas naturais resultantes das reações químicas que ocorrem no processo de fermentação, maturação em carvalho e envelhecimento em garrafa. Estudos comprovam que, devido
Cristiano Costalunga Gotuzzo Engº Agrônomo CREA/RS 131395 Instrutor do SENAR – Consultor do SEBRAE – Proprietário da Empresa GEOPLAN
Azevém na resteva de soja precisa de adubação?
ARTIGO
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
UNIVERSO DOS VINHOS
à quantidade de papilas gustativas, a percepção varia de uma pessoa para outra. Assim, há quem seja mais sensível às características descritas acima. Esses são chamados de superdegustadores, não pela experiência, mas porque percebem as sensações de forma mais precisa. Podemos agrupar os aromas dos vinhos conforme as características: Florais: perfumes, rosa, violeta, flor de laranjeira, flores do campo, jasmim, lírio. Frutados: Frutas Cítricas: limão, laranja, maçã verde, tangerina, lima, grapefruit. Frutas vermelhas: amora, cassis, morango, framboesa, groselha, cereja, ameixa. Frutas brancas ou de caroço: pêssego, damasco, pêra, maçã. Frutas tropicais: banana, abacaxi, lichia, manga, melão, maracujá. Frutas secas: amêndoa, avelã, nozes. Frutas cristalizadas, em calda, confitadas (cozidas) e geléias: ameixa seca, figo seco, uva passa, panetone/bolo de frutas secas, geléias em geral. Especiarias: pimenta do reino, pimenta branca, anis, cravo, canela, baunilha, gengibre, noz-noscada, alcaçuz, cedro, caixa de charutos, anis, tabaco, chocolate, café, mel, manteiga, caramelo, pão torrado, leveduras, casca de pão, madeira/ carvalho. Vegetais: aspargos, champignon, feno, musgo, capim, grama cortada, pimentão verde, azeitonas pretas, eucalipto, menta, folhas molhadas, resina, côco, trufas, chás. Animais: couro, pelica, carne fresca, xixi de gato, suor de cavalo, carne de caça, defumados, bacon, boeiro, estrebaria. Herbáceos: hortelã, sálvia, orégano, manjericão, alecrim, pinho, manjerona. Minerais: pedra de isqueiro, petróleo, querosene, cera, asfalto, terra molhada. Químicos: medicamentos. Agora, na próxima vez em que você for degustar um vinho, procure descobrir que característica de aroma ele possui e tente achar alguns aromas. Saúde!
Uma prática muito comum entre os produtores rurais é a de não adubar a pastagem de inverno na resteva de soja porque a mesma irá aproveitar a adubação residual da lavoura para se desenvolver. Mas será que sobram nutrientes suficientes para a pastagem se desenvolver a pleno? Sabemos que o nutriente mais limitante nos solos do Rio Grande do Sul é o fósforo então, vamos analisar a dinâmica deste elemento durante a lavoura de soja e no “aproveitamento” pela pastagem de azevém desta adubação residual. A recomendação de adubação para a lavoura de soja depende, previamente, de uma análise de solo. Levando em consideração um solo com nível de P2O5 baixo, a necessidade de suprimento de fósforo é da ordem de 60 kg de P2O5/ha. Tabela 1 – Absorção e exportação de P2O5 pelos grãos dependendo da produtividade da soja:
Oliveira et all, 2007
Conforme a tabela, podemos ver a quantidade de P2O5 extraída no grão de soja de-
pendendo da produtividade. Conforme a tabela anterior, considerando-se uma produtividade de 50sc/ha de soja, os grãos exportam 25 kg/ha de P2O5. Portanto, se a adubação foi da ordem de 60 kg de P2O5/ha restaram 35 kg de P2O5/ha na solução do solo e nos restos culturais da soja. A necessidade de fósforo da pastagem de azevém para um solo com nível baixo, como foi mencionado acima, é de 80 kg de P2O5/ha e com isso existe um déficit de 45 kg de P2O5/ha que deve ser adicionado a partir de uma fórmula de adubo para suprir a necessidade da cultura do azevém e potencializar o rendimento desta pastagem. Com isso a capacidade de suporte desta pastagem será bem mais interessante que aquela que não recebe adubação após a colheita da soja e a ciclagem de nutrientes que os animais farão durante o pastejo irá beneficiar a cultura de verão subsequente.
23 22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
INFO AFUBRA
A importância do uso de sementes certificadas e fiscalizadas Caro amigo produtor, estamos chegando ao final de mais uma safra, safra esta onde enfrentamos muitos problemas, com pragas, doenças e ervas daninhas que de uma forma ou de outra impediram que tirássemos uma maior rentabilidade da nossas produção. Como já é de pratica o produtor após a colheita é feito o plantio (semeio) de forrageiras de inverno, onde é feito o semeio tanto de leguminosas, como ervilhaca, nabo forrageiro, tremoço..., quanto de gramíneas como centeio, azevém e aveia. Esta Pratica chamamos adubação de cobertura, que irá servir tanto para incorporar ao solo matéria orgânica, deixando o solo com uma maior fertilidade quanto para o plantio na palha denominado “plantio direto”. Para este plantio queremos chamar a atenção dos amigos produtores para um assunto muito importante, que é o uso de sementes selecionadas e fiscalizadas, explicar e alertar o produtor por que se devem usar sementes selecionadas e fiscalizadas que levam o selo de certificação. Para isso fazemos a seguinte pergunta: Por que usar sementes certificadas? Por que estas sementes são produzidas por produtores e empresas especializadas sob controle rigoroso da empresa certificadora. A semente certificada é o resultado de um material genetico altamente selecionado e melhorado, os produtores envolvidos no processo produtivo, têm pleno conhecimento para que se produza uma semente livre de de pragas doenças e ervas daninhas com uma alta capacidade produtiva, o ponto de partida para se conseguir uma semente de qualidade acontece da seguinte forma: é feito o plantio de uma pequena quantidade de sementes de determinada cultivar, obtidas
pelo melhoramento genético ou da multiplicação plantas selecionadas de uma cultivar já existente, sob condições rigorosamente e controladas, Essa pequena quantidade de sementes, ao ser multiplicada, resulta no aparecimento de algumas classes intermediárias (baixo vigor), que são descartadas sobrando só aquelas que póssua vigor genetico e produtivo até se alcançar o nível de semente certificada. Por estes motivos a produção de sementes certificadas envolve grandes investimentos e a aplicação de elevados recursos financeiros a cada ano, exigindo do produtor um maior investimento e planejamento, tais como a escolha de terras adequadas, condições fisiológicas e sanitárias pré estabelecido pelo órgão competente fiscalizador. Os problemas de plantar qualquer semente: Na agricultura tradicional, ainda existem muitos produtores que produzem sua própria semente, separam parte de sua produção para utilizar na safra seguinte como semente ou em muitas vezes compram do vizinho ou de comerciantes pelo simples fato de ser mais barato. Só que o produtor não esta se dando conta que esta comprando uma semente sem procedência sem vigor produtivo e com baixo índice de germinação. Mas o maior problema, não esta ai, o que mais vem assustando e a quantidade de sementes de ervas daninhas que o produtor esta levando para as suas terras. Estas ervas daninhas estão tomando conta de suas lavouras, pois muitas dessas plantas quando germinadas já possuem uma certa resistência a determinados herbicidas e até mesmo o mais potente dos dessecantes, tornando se assim cada vez mais difícil o controle, entre as ervas daninhas podemos citar a Flor Roxa, Buva e o Azevém que afetam não só as lavouras produtor de tabaco como
as do produtor de Milho e soja. Portanto caro amigo produtor, na hora de escolher a semente que ira usar nas suas lavouras pense muito bem o que ira fazer, não entre na onda do menor preço, exija qualidade ao invés de preço leve para casa uma semente selecionada e certificada que tenha uma boa procedência, compre sua semente naquela empresa que é seria e que luta pelos seus direitos e ideais e tenha a segurança de que a semente adquirida é de qualidade livre de qualquer contaminação. Semente certificada o que é? Sabemos que é difícil de assegurar que a qualidade da semente dentro da embalagem seja aquela que o agricultor deseja, pois as sementes de plantas daninhas podem não estar visíveis e o poder germinativo não se determina simplesmente olhando as sementes. Além disso, caso o agricultor utilize semente de baixa qualidade, está exposto a perder não só
a semente como também todo o valor previsto para a cultura e até, em alguns casos, os meios de vida para o ano. Assim, saiba que a lei protege o agricultor para a fraude e negligência de empresas que vendem sementes sem procedência ou certificação. Também dá uma certa proteção ao vendedor para competidores pouco escrupulosos. A certificação de sementes é um sistema criado internacionalmente para certificar a autenticidade da semente que é vendida aos agricultores, fornecendo-lhes a confiança de que o insumo adquirido realmente possui as características declaradas pelo produtor de sementes na etiqueta da embalagem. A semente certificada deve cumprir com requisitos de qualidade física e fisiológica, já que deve certificar a ausência de sementes de outras espécies de sementes de invasoras. Por estas e outras razões a equipe técnica da Afubra recomenda ao amigo produtor o uso de sementes selecionadas e certificadas.
24
22 DE FEVEREIRO À 20 DE MARÇO DE 2015
Foto: Bezier Filmes
Raça Texel apresenta a melhor média durante as feiras de verão
A média dos machos Puros de Origem-PO da raça Texel, R$ 4.678,89, dificilmente será repetida por qualquer outra raça neste circuito do verão 2015 gaúcho. A opinião é do leiloeiro Eduardo Knorr, da Knorr Leilões que esteve a frente dos negócios da V Exposição Nacional da Raça Texel e da XVII
Destacou ainda a boa quantidade de animais adquiridos por criadores de Balsa Nova e Castro, Paraná. Informou ainda que apenas não foram vendidas as fêmeas SO, de campo pois entraram em pista no sábado, com preço mínimo o que inibiu os compradores. Ao apontar que a grande maioria de animais vendidos eram PO avaliou que as médias foram muito boas além do Texel apresentar liquidez em pista.
Mercotexel, de 22 a 25 de janeiro, em Santana do Livramento, RS. Para ele, os negócios foram marcados pela procura e facilidade para as vendas de machos principalmente a nível de seleção. Em Santana do Livramento foram vendidos 29 machos evidenciando, disse, que existe carência de pais melhoradores.
O exemplar mais valorizado foi Amado 13, grande campeão PO desta Nacional, exposto por Juliano Kalil Gonçalves, Cabanha Dom Amado, Hulha Negra, RS. Amado 13 foi adquirido pela cifra de R$ 21.000,00 por Ivon da Silva Junior, de Pedro Osório, RS. O preço mais alto aconteceu no Leilão de Elite da V Exposição Nacional da Raça Texel onde foram comercializados 32 ovinos pela cifra total de R$ 129.360,00. A média
geral ficou em R$ 4.042,50 segundo a empresa Knorr Leilões que teve Eduardo Knorr frente aos negócios. O mapa geral fornecido pela empresa leiloeira aponta as seguintes médias: 23 fêmea(s) PO Texel, média R$ 2.784,78, total R$ 64.050,00 3 fêmea(s) RGB Texel, média R$ 2.100,00, total R$ 6.300,00 18 macho(s) PO Texel, média R$ 4.678,89, total R$ 84.220,00 3 macho(s) PO Texel – rústicos, média R$ 1.606,67, total R$ 4.820,00 3 macho(s) RGB Texel, média R$ 4.386,67, total R$ 13.160,00 5 macho(s) SO Texel, R$ 1.218,00, R$ 6.090,00. Resumo: 55 ovinos Texel vendidos pela média de R$ 3.248,00 e total R$ 178.640,00. 4 macho(s) Texel nat. Colorido, média R$1.295,00, total R$5.180,00. Total Geral: 59 animais, média R$ 3.115,59, total R$ 183.820,00.