Jornal tc maio

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Expolondrina sediou a Nacional da raça Ile de France Pg. 6

ANO XII Edição 139 22 de Maio à 22 de Junho de 2015 R$ 8,00

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Expoleite proporciona contato com o mundo do leite

Pg. 4

Estância Santa Cecília participa em evento de corriedalistas na Argentina

Pg. 5

A comunicação e o êxodo rural

Pg. 6

Promovido o 1º Curso de Jurados da Raça Ideal

Pg. 7

Expoagro - Governador valoriza o “Rio Grande que dá certo”

11º Leilão Genética Vacacaí no MS tem pista limpa e supera edição 2014

Pg.8

Uso das matérias-primas da propriedade reduz os custos

Pg. 9

Genética para qualidade de carne?

Pg. 10


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22 DE MAIO À 22 DE JUNHO DE 2015

Momentos de Crise Um Brasil próspero e produtivo vive momentos de crise. A economia está visivelmente afetada. Os reflexos estão nas prateleiras dos supermercados, nas lojas e no setor da terceirização, os prestadores de serviço. Um certo desconforto paira no ar, a impressão é que estamos vivendo dias de apreensão, insegurança e desconforto. O setor primário, está visivelmente “abalado”, produtores fazendo contas, cortando gastos, e planejando investimentos. Ao mesmo tempo que as demandas para o mercado interno de alguns produtos como a carne ovina sejam insuficientes, temos a impressão que pela alta dos preços, parece não haver comprador, o mesmo se aplica para a carne bovina, preço bom para o produtor, preço bom no açougue, e o consumidor como fica? Juros mais altos, financiamentos mais curtos e a venda de máquinas e implementos, tem o freio de mão puxado. Até quando andaremos com o freio de mão puxado! Com produtores rurais de “arrasto”, mas como diz um ditado antigo, no final das contas quem produz é quem paga a conta. E que conta cara essa! Boa Leitura!!!

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Fundado em outubro de 2002 Grafik Gráfica Expressa CNPJ: 05.038.806/0001-92 General Osório, 1400 Galeria Acosta sala 10 Fone: (53) 3252.2183 Diretor: Éverton Neves Depto. Comercial: Lindamar Neves Jornalista responsável: Éverton Neves DRT 13145 Projeto gráfico: Luiz Antônio Machado Jr. Diagramação : Juliano Garcia Rosa

Silva Tavares 1187 - Canguçu/RS

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Frase destaque

Com o avanço das lavouras nas áreas tradicionalmente de pecuária, a matriz forrageira vem se alterando gradativamente.

Cristiano Costalunga Gotuzzo - Engº Agrônomo.

Índice

Envio de materiais, fechamento redação: até o dia 23 Fechamento publicitário: até o dia 20.

Colaboradores: Dejalmo Prestes, Fernando Furtado Velloso, Gerson Pinto, Cristiano Costalunga Gotuzzo, Daniel Barros,Emerson Sabedra, Carlos Eduardo Nogueira, Renato Dalto, Marco Medronha, Fernando Zamboni. Tiragem: 10.000 exemplares Abrangência: Regiões Sul e Campanha. Conselho Editorial & Assessoria:

Editorial

Agenda de Leilões.....................4

Pecuária em destaque .........12

Eventos..............................4

VIP Rural.................................13

Curtas / Repórter Rural...............6

Artigo Cristiano Costalunga.....14

Artigo Fernando Velloso...........10

Info Afubra .............................15

O Jornal Terra & Campo não se responsabiliza por conceitos emitidos em colunas e artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não.

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3 22 DE MAIO À 22 DE JUNHO DE 2015

Grupo AngelusPax inaugura Crematório no Capão do Leão Foto: Everton Neves

O Grupo Angelus inaugurou neste dia 15 de maio, o Crematório Angelus. O empreendimento foi realizado em parceria com o Memorial Pelotas Cemitério Parque, que já disponibilizava Jazigos Subterrâneos e quatro capelas para velório. Agora, o empreendimento conta com o Crematório e Jazigos Verticais. O empreendimento, localizada no Capão do Leão, está em funcionamento desde o final de fevereiro atendendo toda a região sul. Para Alexandro Bortollotto um dos diretores da empresa, a estrutura só se justifica por ser um empreendimento regional, pois os investimentos são altos e os equipamentos importados dos Estados Unidos. Até o momento cerca de 40 cremações são realizadas ao mês. O custo da cremação para clientes das funerárias do Grupo Angelus – Funerária Bom Jesus de Pelotas, e Funerária Angelus de Canguçu – é de R$ 2.200,00, e pode ser parcelado. A empresa comercializa, também, através da Angelus PAX, o Plano Especial, disponibilizando aos familiares, cremação ou jazigo trienal, no Memorial Pelotas Cemitério Parque. O que é a cremação? A cremação pode ser definida como o processo que transforma o corpo em cinzas. Nada mais faz, do que abreviar o processo de decomposição do corpo humano. O que demoraria alguns anos, ocorre em mais ou menos três horas, através do processamento do corpo em um forno que pode atingir até 1.000 graus centígrados. Após a transformação em cinzas, estas são colocadas em uma pequena urna, entregues á família. A urna pode ser guardada, ou as cinzas podem ser espargidas em locais específicos, dependendo da vontade da família, ou da vontade do falecido. É considerada uma prática higiênica e econômica. Evita despesas com manutenção de jazigo, compra ou aluguéis e renovações posterio-

res. Mesmo havendo a opção pela cremação, o cerimonial de despedida pode ser feito, e o procedimento tradicional do velório, mantido. Como funciona o processo de cremação O processo de cremação divide-se em duas etapas, realizadas em duas câmaras de cremação dentro do mesmo equipamento, que ocorrem simultaneamente. A primeira é a cremação do corpo e do ataúde, atingindo a temperatura aproximada de 600 graus. Ao mesmo tempo, na segunda câmara, são cremadas as substâncias particuladas e gases resultantes da etapa anterior. Esse procedimento ocorre na temperatura aproximada de 850 graus. Para que todo o processo esteja dentro das normas que visam à redução dos riscos ambientais, é exigido que todas as partes metálicas e vidros do ataúde sejam retiradas. Por que ter um crematório no Capão do Leão No Rio Grande do Sul existem, atualmente, crematórios em Porto Alegre, São Leopoldo, Viamão, Novo Hamburgo (todos na Região Metropolitana), Caxias do Sul e Santa Rosa. Ou seja, atualmente, para um habitante da Re-

gião Sul poder realizar este desejo, seria necessário viajar com o corpo durante várias horas. Para um morador de Pelotas, em torno de 260 Km. Mas, para um morador do Chui, por exemplo, se a opção fosse o crematório de Porto Alegre, seriam, no mínimo, 500 Km. A Região Sul do Rio Grande do Sul é composta hoje, por 22 municípios, onde moram mais de 850.000 pessoas. Este número de

habitantes corresponde a quase 8% dos habitantes de nosso Estado. Sem falar, nos outros municípios que poderiam ter interesse em realizar as cremações aqui. Ou seja, o crematório é um empreendimento REGIONAL, que pode atender a mais de 10% da população gaucha, reduzindo custos para os familiares, e trazendo renda para o Capão do Leão. Foto: Everton Neves

Alexandro M. Bortolotto


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22 DE MAIO À 22 DE JUNHO DE 2015

Calendário de Leilões

Cotações Agropecuárias

Cavalo Crioulo 25/05

Leilão Digital Manadas da Raça

29/05

5º Remate Ponta de Tropa – Osório/RS

Leilão Virtual Marca dos Santos – 21hs- Canal Rural 13/06 Remate Virtual 21hs- Canal Rural

06/06

19/06

Cabanha Dom Alberto - 21 hs – Cruz Alta/RS

Fonte: EMATER/RS ASCAR

Eventos

Gado Geral 26/05 Gado Geral – 20 hs – Canguçu/RS 26/05 Feira de Terneiros –14 hs– Júlio de Castilhos/RS 27/05 17º Feira de Vaquilhonas, Terneiros e Terneiras- 19hs – Arroio Grande/RS 28/05 Gado Geral – 20 hs – Pelotas/RS

20 a 30/06 XIII Feira de Terneiros/ São Pedro do Sul/RS 07 a 10/07 IV Feira de Novilhas / São Gabriel/RS

29/05 Gado Geral – Cruz Alta/RS 02/06 Gado Geral – 20hs - Rural de Pelotas/RS 06/06 Leilão Virtual Marca dos Santos –21hs- Canal Rural 12/06 Gado Geral – Cruz Alta/RS 13/06 Remate Virtual 21hs- Canal Rural

15/07 IX Feira de Reposição/Rosário do Sul/RS 17 a 19/07 VIII Expocoorperlati / Serafina Correia/RS

19/06 Cabanha Dom Alberto - 21 hs – Cruz Alta/RS

Expoleite proporciona contato com o mundo do leite Foto: Arquivo

Mais de 400 alunos do Ensino Fundamental terão contato com o Mundo do Leite

durante a Expoleite Fenasul 2015, que acontecerá de 27 a 31 de maio, no Parque Assis

Brasil, Esteio, RS. Com base em trabalho de motivação junto as Secretarias Municipais de Educação desenvolvido pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS-Gadolando acontecerão visitas pela manhã e a tarde no espaço dentro do Pavilhão de Gado Leiteiro denominado Mundo do Leite. As visitas dos estudantes acontecerão na quinta e sexta feira, 28 e 29 de maio. Os jovens contarão com orientação de técnicos do Senar que lhes entregarão um kit institucional sobre leite. Neste espaço assistirão video de 5 minutos sobre todo o processo da ordenha do leite até o consumidor.

A atividade será encerrada com degustação de produtos lácteos. Para viabilizar este projeto foram visitadas Secretarias dos municípios de Canoas, São Leopoldo, Sapucaia, Novo Hamburgo, Esteio, Viamão, Porto Alegre e Nova Santa Rita. Somente Canoas conta com 46 escolas municipais o que projeta a dimensão de visitantes. Em todas as visitas realizadas, a receptividade do projeto de levar crianças para terem contato com a realidade do leite foi muito boa. A promoção foi viabilizada através da parceria do Fundesa Leite, Sistema Farsul, Fetag, Mapa, Seapa e Sindilat.


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Estância Santa Cecília participa em evento de corriedalistas na Argentina

Claudio Pereira, proprietário da Estância Santa Cecília, visitou, no final de fevereiro, a exposição agropecuária de Río Gallegos, capital da província de Santa Cruz, na Argentina, em companhia da presidente da Associação Brasileira de Criadores de Corriedale (ABCCorriedale), Beth Lemos. Segundo ele,esta é a quarta vez que visita a feira, e na sua opinião, a aproximação com criadores argentinos é muito importante para os corriedalistas do Brasil.“Nós vimos uma grande exposição, com animais de qualidade. A raça Corriedale na Argentina, e principalmente na região da Patagônia,é muito representativa e é sempre uma ótima experiência participar da exposição e ver como anda a raça no país vizinho”,disse. Claudio comentou ainda que após a exposição acompanhou também o remate da Estância e Cabanha Condor, de propriedade do grupo italiano Benetton,onde foram comercializados 10 mil ventres e 400 carneiros, em apenas 20 minutos. Conforme Beth Lemos, a participação da delegação brasileira na Argentina estrei-

ta ainda mais os laços entre corriedalistas dos dois países. “Nós fomos muito bem recebidos na Argentina, como de costume e o convite para julgar uma exposição tão importante me pegou de surpresa.O julgamento na Argentina é diferente do

Brasil, e também é muito bonito, com muitos animais em pista. Julguei os animais junto com um conhecido cabanheiro do país, com o qual não tive problemas no julgamento dos animais”, conta. A presidente falou ainda que esta ação

Foto: Divulgação

deve resultar na vinda de muitos argentinos para os eventos do Corriedale brasileiro, em especial a Expointer, que acontece em Esteio/RS, entre o final de agosto e início de setembro.


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Marco Medronha mmedronha@hotmail.com

Expolondrina sediou a Nacional da raça Ile de France Foto: Divulgação

A comunicação e o êxodo rural Desde os tempos de criança e, lá se vão décadas, ouço falar no tal “êxodo rural”, evento caracterizado pela migração das pessoas do campo para os centros urbanos, geralmente em busca de melhores condições de vida. Na escola as imagens que apareciam eram dos retirantes nordestinos, os quais fugiam dos desastres naturais como a seca, que não permitia a produção de alimentos ou as chuvas de março, que expulsavam famílias de suas terras.

De 09 a 19 de abril a Expolondrina 2015, no Paraná, foi sede da Nacional do Ile de France, participaram da mostra criadores do Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, totalizando 115 animais inscritos.

as fêmeas apresentam cio praticamente o ano todo. Durante a Expolondrina, as comercializações dos animais da raça IIe de France ocorreram diretamente nas baias apresentando resultados satisfatórios.

Acyr Pacheco Filho foi o jurado do evento. Segundo Sérgio Ferro, presidente da ABCIF- Associação Brasileira de Criadores de Ile de France , a participação dos animais foi espetacular, demonstrando o estágio em que se encontra o aproveitamento da raça. Sérgio ainda comenta a importante participação da raça em cruzamentos industriais pela sua dupla aptidão, melhorando as carcaças e apresentando um sabor inigualável. Outro fator importante segundo Ferro, é que

GRANDE CAMPEONATO: GRANDE CAMPEÃ FEMEA SÃO PAULINO 1192, DE LUIZ ALFREDO HORN JUNIOR E FILHOS. RESERVADA DE GRANDE CAMPEÃ FEMEA SAO PAULINO 1146, DE RODRIGO LOVATO PAIM. 3a MELHOR FEMEA SÃO PAULINO 1255, DE LUZ ALFREDO HORN JUNIOR E FILHOS. GRANDE CAMPEÃO MACHO SÃO PAULINO 1224, DE LUIZ ALFREDO HORN JUNIOR E FILHOS. RESERVADO DE GRANDE CAMPEÃO MACHO LA INVERNADA 432, DE CARLOS ELY GARCIA JUNIOR. 3o MELHOR MACHO CHICO BORBOREMA 754, DE FRANCISCO MANOEL NOGUEIRA FERNANDES.

REPÓRTER RURAL

Foto: Divulgação

CURTAS

tia vergonha da profissão. Os jovens não queriam mais a profissão do pai e sim aquela vida assistida e imposta pela TV. O problema que toda a evolução da comunicação custa muito a chegar no campo, a internet é um exemplo disso. Atualmente, segundo o IBGE, cerca de 30 milhões de brasileiros residem nas zonas rurais e o número de domicílios com a nova tecnologia chega no máximo a 4%. Um bate papo nas redes sociais, sobre o tema me chamou a atenção: “Olá... Sou brasileiro e vivo na Europa e gostaria de saber porque meus irmãos moram numa fazenda no Brasil, no estado do Mato Grasso do Sul, não possuem e precisam andar uns 8 quilômetros para poder fazer ligações pelo telefone. Quando terá internet aí pra eu poder me comunicar com eles?”. Também gostaria de saber.

Aquela situação apreendida no colégio parecia estar longe da realidade dos pampas, no qual sofríamos com os invernos rigorosos, mas com as quatro estações bem definidas.Para viver bem era apenas necessário um pedaço de terra pra plantar e colher, alguns animais de criação e um bom rádio de pilhas. Em casa a mãe escutava a “Hora da Ave Maria” e o meu pai, mais tarde “A voz do Brasil” e por vezes o futebol. Na co- Hoje compreendo que nos grandes municação, o meio rádio era soberano projetos dos governos e corporações, e a televisão era privilégios de poucos. os números têm preferência e aqueles que garantem a sucessão deles estão Um aparelho de TV, na época era um nas cidades, nas periferias, muitos sonho de consumo e vendia um mun- deles vindos do meio rural. Quando do de fantasias para muitas famílias, que terão a coragem de buscar uma soeram felizes sem TV e não sabiam. Que lução efetiva? Estou certo de que se ilusão... A televisão mostrava as fábricas os jovens rurais encontrarem no seu e as oportunidades de trabalho, o pro- meio condições dignas de sobrevigresso,carros,pessoas elegantes e educa- vência, eles permaneceriam produdas. Também mostrava, como contra- zindo. Quem sabe, além melhorias na ponto, os filmes do Mazzaropi, grande comunicação, uma universidade no artista do cinema brasileiro, mas que campo, para que eles possam concluir fazia uma caricatura do homem rural, seus estudos no ambiente em que vinaquele tempo já ironizado pela gente vem. Isto também é trabalhar com as da cidade. O homem do campo, valioso minorias e proporcionar oportunidadesde sempre na sua arte de plantar sen- des de formar cidadãos conscientes.


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Promovido o 1º Curso de Jurados da Raça Ideal Foto: Elder Filho

No dia (23-04), na Casa da Ovelha, teve início o 1º Curso de Jurados de Atualização da Raça Ideal, integrando as atividades da Expoutono 2015. Encerrou na sexta-feira (2404), com a avaliação dos técnicos. O curso promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Ideal (ABCI) em parceria com a Arco foi ministrado pelo superintendente do Registro Genealógico da Arco e coordenador do Curso de Jurados de Ovinos, Edmundo Ferreira Gressler, contando com o auxílio dos técnicos Sérgio Munoz, Danilo Farias, Ronaldo Costa e Milton Fernandes. A parte teórica do prática do curso foi na Cabanha Santa Ângela, de José Luiz Marona Pons. De acordo com Edmundo Gressler, coordenador do colegiado da Arco, as associações promocionais de raças em nível de Brasil, vinculas à Arco, estão se organizando, atualizando e criando seus

colégios de jurados. Segundo ele, existe uma portaria do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) na qual há a exigência que as associações que executam registro geneológico tenham seus próprios colégios de jurados. Informou que em razão desta exigência a Arco criou um regulamento para os colégios de jurados. “As associações promocionais de raça, estão com seus cursos próprios para jurados específicos das raças, no momento em que um técnico estiver credenciado para julgar, ele vai pertencer ao colegiado de determinada raça.” Conforme Gressler, atualmente o Brasil possui três associações promocionais que já realizaram seus colegiados, a Associação da Raça Santa Inês, em Salvador (Bahia), a Associação Brasileira de Criadores de Suffolk, em Santa Maria (RS) e agora, a Associação da Raça Ideal. “Para este primeiro curso da raça ideal, a Associação já vinha se pre-

parando nos últimos 10 anos, promovendo uma lista de jurados próprios, pessoas com conhecimentos da raça. Mas tínhamos a exigência do Mapa que essa lista fosse homologada, com os nomes oficializados”, frizou, declarando que a “A Associação está de parabéns com os dois dias de curso, que trouxeram discussões extraordinárias com objetivo de melhoramento, contemplando padrões raciais da raça”.

objetivos, entre os quais, fazer uma tentativa de alinhar os critérios de julgamento, de seleção, de avaliação e de comparação de animais. “É importante sairmos daqui pensando e fazendo as coisas mais ou menos seguindo uma sistemática, porque nos últimos anos todas as raças ovinas são carentes de alinhamento, um ano um técnico faz uma coisa, no outro altera, puxa pra outros critérios”, diz.

O coordenador do colégio de jurados da raça de ovinos Ideal, Milton Fernandes, da ABCI, faz questão de registrar o tempo de experiência de cada pessoa presente no Curso de Jurados. “Somados, tínhamos mais de 500 anos de experiência”, ressaltou, lembrando que “esta é a grande riqueza de uma associação de raças, a qualificação de seus membros, o que vivenciaram e tudo o que contribuíram para o crescimento da raça”. Para Fernandes, o curso de atualização atingiu seus principais

Gressler e Fernandes, ambos lembraram que foi no Congresso Mundial, realizado em 2014 em Uruguaiana, que se deu um novo rumo para a raça, com uma nova denominação, passando a ser uma raça mista, produtora de carne e de lã fina. “Isto abre um leque muito importante, porque daqui há pouco, dependendo deste critério de seleção, iremos inserir a raça Ideal para competir com as raças de carne, ou seja, mais uma alternativa de produção de cordeiro”, finaliza Fernandes.

BERGMANN MAQUINAS


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22 DE MAIO À 22 DE JUNHO DE 2015

Expoagro 2015 - Governador José Ivo Sartori valoriza o “Rio Grande que dá certo” na abertura da feira Foto: Afubra

como um exemplo de “futuro para o Rio Grande”. A Emater/RS-Ascar, de acordo com Kuhn, é parte desse processo, pois é uma Instituição que dissemina tecnologias, orienta o produtor e trabalha alternativas, como forma de ampliar a qualidade de vida e o acesso a renda dos agricultores familiares. “Isso tudo é parte de um trabalho altamente social, que garante ao homem do campo a sua continuidade, determinando, em muitos casos, a sucessão familiar nas propriedades”, afirmou. O presidente da Afubra, Benicio Albano Werner, além de valorizar os cerca de 150 empregados da Associação, que completou no último dia 21 de março 60 anos, reafirmou a importância de se trabalhar alternativas para os produtores de tabaco, para que estes não fiquem dependentes de uma monocultura.

A abertura da 15ª edição da Expoagro Afubra, ocorrida na manhã de terça-feira (24/03), no Parque da Expoagro, na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo, contou com a presença de diversas autoridades. Entre elas, o governador do Estado José Ivo Sartori, o presidente da Afubra, Benicio Albano Werner, o secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR), Tarcísio Minetto, o presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn, e o presidente da Assembleia Legislativa do RS Edson Brum, além de deputados estaduais e federais, prefeitos, entre eles o de Rio Pardo, Fernando Schwanke, representantes de entidades e outras lideranças locais e regionais. Para Sartori, o que se vê nos

corredores da Expoagro Afrubra é o -Ascar, durante a Expodireto Coexemplo do “Rio Grande que dá certo”. trijal, em Não-Me-Toque, relativa a perspectiva de uma supersafra de Algo que está simbolizado pela cadeia grãos. “Algo que dá sustentabiliprodutiva de tabaco, com seus mais dade econômica e financeira para de 650 mil produtores de fumo, 347 o nosso Rio Grande”, enfatizou. mil hectares de terra cultivada e 735 mil toneladas de tabaco produzido O governador aproveitou a ocasião por safra. “Além das 30 mil pessoas para reafirmar o compromisso com o empregadas na indústria, direta ou in- setor, ainda que se trabalhe buscandiretamente e que geram uma receita do o equilíbrio financeiro para o RS. de cerca de R$ 5 bilhões ao ano”, sa- “Vamos fazer tudo o que estiver ao lientou. “É este o Estado que nos ins- nosso alcance para melhorar as conpira e que nos faz pensar em avanços, dições de toda a cadeia produtiva, capazes de fortalecer esse processo, com planejamento e o apoio de todos alavancando a nossa economia”, disse. os setores da sociedade”, ressaltou. Sartori lembrou ainda a notícia dada há duas semanas pela Emater/RS-

O presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn, citou a Expoagro Afubra,

Mesmo discurso utilizou o presidente da Assembleia Legislativa Edson Brum. “Daqui sai a riqueza do Estado, fruto do esforço do homem do campo que trabalha de sol a sol”, disse. Heitor Schuch aproveitou o momento para reafirmar a importância de se pensar também na infraestrutura para o produtor rural. “Só podemos pensar em sucessão se no interior houver boas estradas, energia o suficiente, internet, sinal de celular e tudo o mais que possibilite uma ampla qualidade de vida pro agricultor”, disse.

Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para melhorar as condições de toda a cadeia produtiva, com planejamento e o apoio de todos os setores da sociedade.


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Uso das matérias-primas da propriedade para os animais reduz os custos de produção Foto: Afubra

Buscar a diminuição dos custos de produção utilizando matérias-primas econômicas e técnicas aplicáveis na mesma propriedade e, agregar valor aos produtos que existem nas propriedades, mas que por desconhecimento, ainda são pouco aproveitados pelos produtores. Mostrar que o agricultor familiar pode agregar valor e reduzir os custos de produção é um dos objetivos do trabalho apresentado pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Expoagro Afubra 2015. Segundo o professor do Departamento de Zootecnia da UFRGS, Harold Ospina Patiño, o agricultor familiar dispõe das matérias-primas na propriedade, como o mandioca e batata-doce, onde as folhas e as raízes, além da cana-de-açúcar , podem ser aproveitadas como complemento alimentar . “Usando estas matérias-primas, não há a necessi-

DESCONTO SAÚDE

dade do produtor adquirir produtos como o milho e farelo de soja, que têm um valor muito alto”, afirma. Ele acrescenta que isto melhora a rentabilidade e o processo produtivo. Entre os trabalhos apresentados pela Faculdade de Agronomia está a hidrólise alcalina da cana-de-açúcar, o uso da mandioca na alimentação animal e do girassol na elaboração de suplementos para ruminantes. A hidrólise de cana-de-açúcar é um processo que provoca efeitos positivos na produtividade e, além disso, permite armazenar o produto, facilitando o seu manejo. Entre as vantagens estão o baixo custo, aumento de produtividade, menor atração a insetos e permite o armazenamento. A mandioca pode ser usada de forma integral na alimentação animal. Todas as variedades de tipo integral (amargas e doces) e de

consumo humano podem ser utili- farelo de soja, porém, isto eleva o cuszadas na alimentação animal, porém, to, pois sempre se busca alternativas é necessário que sejam processadas. mais baratas existentes nas propriedades. “ Com este sistema, o animal O girassol pode ser aproveitado na está mais cedo pronto para o abate e formulação de suplementos para melhor terminado”, observa Patiño. ruminantes e gerar produtos que possam ajudar a gerar novas fon- O professor coloca ainda que alguns tes de renda para os produtores. produtos como as folhas de mandioca também podem ser aproveitadas Alimentação de cordeiros como composto alimentar humano. A faculdade ainda apresenta o trabalho de alimentação diferenciada para cordeiros, e, conforme Patiño, consiste em complementar a alimentação do cordeiro enquanto ele ainda está mamando.

Patiño afirma que ele já vem sendo usado em alguns programas, como o da Alimentação Escolar,por exemplo.

A Faculdade de Agronomia ainda promove palestras sobre o escore e condição da produEste manejo facilita na hora dele ir para ção das vacas leiteiras, com noo confinamento, pois já estará acos- tas que variam de um a cinco. tumado a este alimento diferenciado. Dependendo da nota, obserNa sua composição são utilizadas fo- va Patiño, a vaca necessita de lhas de aipim e batata-doce, podendo alimentação diferenciada para ser elaborado também com milho ou melhorar a produção de leite.


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22 DE MAIO À 22 DE JUNHO DE 2015

ARTIGO

Fernando Furtado Velloso - Médico Veterinário (CRMV RS 7238) - Inspetor Técnico

Foto: Divulgação

Associação Brasileira de Angus Sócio da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha

O crescente número de programas de carne de qualidade e novas marcas de carne levam a discussão sobre a genética bovina mais apropriada para este fim. Todo este assunto iniciou-se com a Carne Angus no Brasil, mas o conceito e o raciocínio valem para outras raças que buscam diferenciar a sua carne. Praticamente todas as marcas buscam no marmoreio o seu diferencial, o seu pilar, mas convém revisar um pouco o assunto. Faz um bom tempo que discuto com clientes e colegas este tema, pois noto que há um erro de origem, onde se discute qual a melhor genética ou o melhor o touro para produzir carne de qualidade sem antes conceituar “qualidade de carne” ou os sistemas de classificação de carcaças nos frigoríficos e também da remuneração ao produtor. Importamos o “modelo” de carne de qualidade dos Estados Unidos e de lá também trazemos genética, DEPs, Índices Econômicos, conceitos, e touros Top 0,1% para isso ou aquilo. Pois bem, entendo ser útil revisar de forma bem simples algumas diferenças em como é classificada uma carcaça lá e cá. A “classificação de carcaças” está em patamares de desenvolvimento muito distantes entre Brasil e EUA. A certificação da Carne Angus americana iniciou em 1978 e no Brasil em 2003. Logo, eles têm muita experiência e vivência acumuladas neste tempo todo. Veja nos quadros a seguir como são avaliadas as carcaças nos dois países.

Genética para qualidade de carne? O propósito da apresentação destes sistemas não é demonstrar que um é melhor que o outro, mas sim evidenciar que são métodos de avaliação de carcaças e, consequentemente, de qualidade de produto final muito distintos. Ambos buscam diferenciar um produto “selecionado” de um produto padrão (ou não selecionado), mas com sistemas e critérios muito diferentes. Nos EUA, o abate de novilhos europeus, jovens e bem terminados corresponde à média. No Brasil, o grande volume de abates corresponde a novilhos zebuínos, com menos terminação (comparativamente ao americano) e mais “erados”. Logo, as bases ou referencias para diferenciação são muito desiguais, pois o mercado e os consumidores finais estão habituados com produtos “base” muito diferentes. Nos EUA oferecer, na maioria das vezes, carne macia não é diferencial, mas sim o padrão. Logo, outras características devem ser controladas. Uma questão simples e prática está no processamento das carcaças. Nos EUA as carcaças são cortadas na 12ª costela e neste ponto são avaliados Área de Olho de Lombo (AOL, Rib Eye) e Marmoreio. No Brasil o corte ocorre na 5ª costela e a avaliação de AOL e Marmoreio não são feitas rotineiramente. Somente ocorrem em alguns abates técnicos ou experimentais (pesquisa). O chamado “quarteio”, onde se divide a carcaça em dianteiro, costilhar e traseiro é um processo to

talmente diferente nos dois países. Não é necessário detalhar cada DEP e cada Índice Econômico, O MARMOREIO (com letras mas fica claro compreender que maiúsculas) é o grande norte da estes são orientados para atender produção de carne de qualidade as necessidades dos confinamentos (ou diferenciada) nos EUA e as e da indústria americana, buscando tecnologias em genética, mane- alcançar os melhores desempenhos jo e nutrição estão voltadas para econômicos e as melhores classifiproduzir mais marmoreio e de cações (grading) possíveis. Sendo o forma mais barata. Pesquisas de sistema de classificação de carcaça mercado nos EUA demonstraram tão distante do nosso é fácil concluir que incrementos nos escores de que as relações diretas com a nosmarmoreio melhoram a satisfação sa realidade são muito pequenas. do consumidor (Marbling Score and Probability of Positive Ea- Observe que os touros americanos ting Experince, Emerson – 2010). (ou canadenses, ou argentinos...) De outra parte, o americano busca TOP 5%, 1% ou os famosos 0,1% produzir mais marmoreio em car- para determinadas características caças com menos gordura, pois os ou índices econômicos não necescustos de produção são mais altos sariamente estão alinhados com em carcaças gordas e o aprovei- as necessidades do produtor bratamento industrial prejudicado. sileiro ou do que denominamos Aqui temos outro ponto distante aqui de “Carne de Qualidade”. entre as nossas pecuárias, pois em média necessitamos de carcaças O tema genética para carne de quamais bem terminadas, seja por via lidade é um grande desafio para os genética ou alimentar. Os frigorífi- produtores de genética brasileiros cos e programas de carne no Brasil e para as centrais de inseminação. não penalizam carcaças excessi- Esta genética deve atender variavamente terminadas porque esta dos sistemas de comercialização e situação é representa a exceção. classificação de carcaça, do uso de A presença e a valorização do genética ANGUS em cruzamenmarmoreio em diversas marcas de to e das características do producarne no Brasil ocorre em função to que temos e que queremos ter. da genética (raças) e sistema de alimentação, mas não é um item De outra parte, pensando somencontrolado e monitorado conti- te na rentabilidade dos sistemas nuamente. Algumas marcas até de produção de carne, a nossa vaca oferecem linhas especiais com gorda tem pequena desvalorização alto marmoreio (ex: VPJ Black se comparada ao novilho supeAngus), mas são cortes separa- rior e em outros países ela é trados após a desossa e visualmen- tada ($) como descarte. Bom, mas te superiores nesta característica. este é já é outro assunto e merece O mapeamento da genética Angus uma coluna inteira para discussão. nos EUA para qualidade de carne está muito avançado. Os genes para peso de carcaça, área de olho de lombo, marmoreio e maciez são quantificados por ultrassonografia, marcadores moleculares e com menor importância também em abates. Tal situação levou ao desenvolvimento de DEPs e Índices:


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11º Leilão Genética Vacacaí no MS tem pista limpa e supera edição 2014

Realizada no último 25 de abril, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande/ MS, a 11ª edição do Leilão Genética Vacacaí comercializou R$ 600 mil com a comercialização de toda a oferta de touros Angus (vermelhos e pretos) selecionados especialmente para a região. Um dos destaques do leilão, que também foi transmitido ao vivo pelo Canal do Boi, além da liquidez, foi a volta de antigos compradores, como é o caso do produtor Jorge Weimar Sayd Pinto, da cidade de Maracajú/ MS. Ele contou que participou de todas as edições do Genética Vacacaí, e conta que os resultados são muito positivos. “Consegui melhorar o gado e consegui preços melhores nos bezerros (terneiros). Estou muito satisfeito e por isso voltei mais uma vez ao leilão. Este ano busco touros selecionados através da orientação da equipe da Vacacaí e acredito que foram boas indicações”, conta. Apesar do grande número de clientes que voltam ao leilão, a cada edição novos compradores prestigiam

Foto: Emerson Sabedra

o evento. É o caso da médica veterinária e produtora em Camapuã/ MS, Eliana Barboza. Conforme Eliana, sua busca era por animais melhoradores, de boa conformação e adaptados ao clima da região. “Eu achei os animais da Vacacaí muito bons de conformação e bem adaptados. Pelo que vi nas mangueiras, antes do remate, os animais ofertados, além da ótima qualidade, estão muito confortáveis com o clima daqui do MS”, terminou a veterinária. Também pela primeira vez no remate, o produtor Rufino Kuhnen, de Jardim/MS, disse conhecer pessoas que apostaram na genética Vacacaí no MS e obtiveram bons resultados. “Eu procuro touros Angus para fazer cruzamento com Nelore, que hoje está muito valorizado no mercado, e quero fazer essa experiência. Conheço vários criadores amigos, que se deram muito bem com os touros da Vacacaí. A oferta é de touros muito caprichados. Tenho grande experiência com Nelore, e conversando com a equipe da Vacacaí percebemos que a qualidade está excelente.

HOSTCHE

Para o proprietário da Cabanha Vacacaí, Alfredo Southall, o remate teve saldo positivo, principalmente pela liquidez. “Nós apresentamos touros adaptados, com a genética dos melhores reprodutores da Argentina e dos Estados Unidos. O remate foi muito bom, tivemos bons preços e principalmente a liquidez. O nosso trabalho focado especialmente no

Centro-Oeste e Brasil Central, ao longo de 11 anos, nos dá o alicerce necessário para que tragamos o que o produtor quer. Além disso, com nosso trabalho de pós venda, onde sempre buscamos o feedback dos compradores, ajuda para que apostemos a cada edição nos cruzamentos que já deram certo na região”, conta.


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EM DESTAQUE

Acredito que o principal desafio que devemos enfrentar nos próximos anos é a falta de mão de obra no setor rural. Em conversas com produtores e eventos o tema sempre é debatido, porém pouco de concreto efetivamente é realizado.Quais são as reais motivações que levam um colaborador a continuar trabalhando no campo? Existem diversos trabalhos realizados sobre o tema mostrando que o dinheiro não é o fator determinante. A qualidade de vida e bom ambiente de trabalho, são dos principais fatores e não estão totalmente ligados à remuneração. Como exemplos negativos podemos citar alguns alojamentos ou casas de funcionários, que em algumas propriedades são uma continuação dos galpões, sem as condições mínimas de habitação.

Mão de obra - O desafio do futuro Uma boa refeição, cama de qualidade, instrumentos de trabalho em condições, podem diminuir a rotatividade e reduzir os custos de produção, seja pela redução dos gastos com causas trabalhistas ou pela maior eficiência do trabalho. A precariedade das condições de vida dos trabalhadores é uma questão cultural. Os patrões viveram até poucos anos sem energia elétrica ou esgotos etc. Portanto, pensam que as condições de vida melhoraram muito hoje em dia e são adequadas para a vida no campo. Porém concorremos diretamente com a cidade e agricultura que oferecem melhores condições de trabalho; ar condicionado, capacitação e participação nos resultados. Muitas vezes escuto que a mão de obra é o principal componente dos custos de produção. Em geral este

IRGOVEL

diagnóstico está correto, porém a origem desde problema é desconhecida. Quando a mão de obra é o principal componente do custo devemos analisar alguns pontos: O número de funcionários está de acordo com o necessário? A produtividade por funcionários é baixa em função capacidade dos colaboradores ou pelo baixo investimento em insumos e tecnologia? É realizado treinamento e capacitação dos colaboradores? Consigo manter e atrair os melhores talentos? A escala de produção e faturamento permitem ter funcionários? As mudanças que teremos nos próximos anos já estão em prática em outros países que enfrentam este problema na plenitude. As soluções em geral se resumem em alguns pontos: O proprietário trabalhando no negócio desde a

Foto: Divulgação

PECUÁRIA

ARTIGO

Daniel Barros - Veterinário Guarda Nova Consultoria Agropecuária

parte operacional até estratégica, sem a presença de funcionários fixos. Investimentos em estrutura e tecnologia. Capacitação dos colaboradores, melhora nas condições de vida e remuneração capaz de seduzir os trabalhadores a seguir no meio rural. Este tema precisa ser prioridade nos planejamentos dos negócios, pois o sucesso ou fracasso está diretamente ligado aos gestores e colaboradores.


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VIP RURAL Foto: Everton Neves

Antônio Alfredo Maia - ETEC - Canguçu durante a Expoagro Afubra. Foto: Agroin

Alfredo Southall e Solange Southall - Cabanha Vacacaí.

Foto: Divulgação.

Criadores da raça Ile de France durante a Nacional na Expolondria - Paraná. Foto: Agroin

Raul Southall - Cabanha Vacacaí.

Foto: Agroin

Foto: Emerson Sabedra

Carlos Guaritá - Leiloboi e Alfredo Southall - Cabanha Vacacaí.

A esquerda, Alexandre Vargas - AVet Assessoria, Juliano Alievi - Cia Sêmen, Juliano Costa - Laruê Agência e Wisley Torales - Jornal Agroin.


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Foto: Divulgação

ARTIGO

Guarda Nova e Geoplan, parceiros para crescer

Cristiano Costalunga Gotuzzo Engº Agrônomo CREA/RS 131395 Instrutor do SENAR – Consultor do SEBRAE – Proprietário da Empresa

Foto: Divulgação

Período de entoure, uma mudança de paradigma

Tendo como matriz forrageira o campo nativo, a pecuária de corte do Rio Grande do Sul possui um ciclo reprodutivo onde o período de entoure é de primavera/verão. Assim a parição das vacas se dá no momento em que os campos nativos começam a melhorar a qualidade e a quantidade de forragem disponível, fazendo com que as vacas possuam uma maior disponibilidade de leite para a criação dos terneiros. Neste sistema os terneiros nascem a partir de agosto-setembro e são desmamados no sistema tradicional em março-abril, sendo a composição da dieta, o leite e o pasto nativo. Com o avanço das lavouras nas áreas tradicionalmente de pecuária, a matriz forrageira vem se alterando gradativamente. As áreas de campo nativo têm sido substituídas pelas lavouras de verão que no inverno podem se tornar pastagens de inverno de alto potencial produtivo e de qualidade, como já publicamos a meses atrás. Nesta nova composição forrageira a época de maior fartura e qualidade dos pastos é no período de maio a setembro. Tornando, com isso, difícil de se ajustar a pecuária de corte de ciclo de primavera, pois no período de parição/entoure se reduz as áreas pastoris para a introdução das lavouras e os animais ficam “apertados” nos campos nativos. Em uma nova proposta de planejamento do ciclo reprodutivo da pecuária de corte, que já presenciamos em propriedades na região de Rosário na Argentina, podemos alterar o pe-

ríodo de entoure para os meses de agosto-setembro e iniciar a parição das matrizes a partir de maio, onde a composição forrageira será composta de pastagens de inverno de alta qualidade. Neste sentido teremos vários benefícios para todo o sistema. O índice de repetição de cria se torna bastante alto, uma vez que o entoure se dará em pastagens de inverno e as vacas estarão com uma boa condição corporal e as primíparas terão uma taxa de repetição de cria elevada. Os terneiros terão um maior peso ao desmame, pois as vacas produzem mais leite e o pasto é de melhor qualidade. Desmamando estes animais mais pesados as novilhas chegam ao período de entoure mais jovens e os novilhos terão uma idade de abate também precoce. Com esta nova concepção podemos aproveitar o avanço das lavouras de verão e potencializar a produção de pecuária de corte no Rio Grande do Sul, especialmente na metade sul do estado que tem vocação para esta atividade.

A parceria entre as duas empresas de consultoria já existe a um bom tempo, fruto de um trabalho realizado com o mesmo foco: melhorar a eficiência produtiva da empresa rural. Agora esta parceria possui uma sede para melhor atender seus clientes e amigos. Localizada na esquina do pavilhão de remates da Associação Rural de Pelotas, sala 18. As duas empresas estarão trabalhando em conjunto nos projetos de assessoria e consultoria agropecuária, unindo as experiências dos consultores para melhorar o resultado técnico e econômico das propriedades

OUROFERTIL

Tabela 1 – Absorção e exportação de P2O5 pelos grãos dependendo da produtividade da soja:

Com o avanço das lavouras nas áreas tradicionalmente de pecuária, a matriz forrageira vem se alterando gradativamente. Oliveira et all, 2007

atendidas. As empresas trabalham no desenvolvimento de projetos de integração lavoura e pecuária, melhoramento de campo nativo, implantação de pastagens e estratégias de comercialização. Cada empresa continuará com sua prestação de serviço individualizada nas áreas agronômica e veterinária, como: CAR- Cadastro Ambiental Rural, Georreferenciamento de Imóveis Rurais, Licenciamento Ambiental, Projetos Agropecuários; Ultrassonografia em Bovinos, Ovinos e Equinos, Exame Andrológico, IATF em Bovinos e Ovinos, Planejamento Sanitário.


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INFO AFUBRA

Calsite: Seu Solo Merece o Melhor. Nos dias atuais estamos cada vez mais buscando resultados pensando em produção e qualidade, mas encontramos alguns problemas que não nos permite a chegar ao seu potencial. Quando surgiu o plantio direto, houve um grande avanço tecnológico a nível de solo, manejo e aumentos de produtividades, facilitando trabalho no campo, mas junto com esta tecnologia vieram também alguns problemas, um deles foi a falta de correção de profundidade e a forma como é feita esta correção, onde o produtor não incorpora ao solo o corretivo, fator que é lei quando se fala em corretivos de solo. Somado a este fator corrigimos somente a parte superficial (0 a 15 cm) e nos esquecemos de trabalhar o solo num perfil maior (0 a 40 cm)ou mais, essencial para culturas perenes, e outro tipos de culturas, assim havendo deficiências de vários nutrientes, mas principalmente o cálcio (ca) onde é essencial para todas as culturas, principalmente em hf e fumo onde necessitamos de altas concentrações, , além disso, existe a toxidez de alumínio (al) onde limitamos muito nossa produção e assim qualidade de nossas culturas, assim deixamos de aproveitar o nosso solo em seu potencial. Por isso a t.m.f fertilizantes inteligentes, criou e desenvolveu o calsite, corretivo de solo do plantio direto, hf, fumo entre outras,

agindo de uma forma rápida, eficiente e sem a necessidade de incorporá-lo ao solo e devido a sua alta solubilidade e baixa dureza consegue corrigir o solo em profundidades (0 a 40 cm) a mais, com baixa dosagem, assim facilitando a mão-de- obra e aumentando a economia do produtor. Com a tecnologia do calsite, estamos revolucionando e quebrando os paradigmas do mercado quanto a sua forma de enxergar a fertilidade, pois trabalhamos o solo no seu potencial trazendo sua fertilidade disponível para as culturas e nutrindo as plantas AGRIMENSOR

pelo seu alto nível de cálcio (ca) solúvel e silício (si), assim conse-

guimos explorar melhor nossos solos e o potencial de sua cultura.


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Raç Foto: Bezier Filmes

A média dos machos Puros de

ARTE AFUBRA


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