Meu professor

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UM CONTO DE JOSÉ BEZERRA

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UM CONTO DE JOSÉ BEZERRA

MEU PROFESSOR á passava da meia-noite e eu estava sentada com a cara nos papéis. Estaria me graduando em poucas semanas e precisava terminar meu trabalho de conclusão do curso. Não estava em minha casa. Estava na cozinha da casa do meu professor e orientador Sérgio, o qual se encontrava sentado à minha frente me encarando, ao que me pareceu, durante toda a noite. Comecei a arrumar as minhas coisas e disse que precisava ir embora, mas Sérgio não deixou. Disse que eu estava muito cansada e que precisava de um café antes de ir. Não achei nada de mais, até o momento que ele me estendeu uma xicara e deixou a sua cair, acidentalmente, em sua camisa. Ele a tirou imediatamente, e antes que eu pudesse fazer alguma coisa para ajudá-lo, encontrei-me encantada com o seu corpo nu. Peguei uma toalha e comecei a enxugar a bebida quente de seu peito, que ficou tenso ao meu toque. Ele pegou a minha mão e a levou até seu rosto, acariciandoa com a bochecha. Eu pude sentir a aspereza de sua barba recémtirada e o calor de seu corpo próximo ao meu. Eu tentei me afastar, mas ele me puxou para junto dele, e o que eu vi em seguida foi o brilho de desejo em seus olhos escuros antes de sua boca encontrar a minha. Tão macios eram seus lábios; tão quente era seu hálito; e como era gostoso o seu sabor misturado ao açúcar do café.

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Seus ombros eram lagos. Seu cabelo macio entre os meus dedos e sua pele dura sob as minhas unhas. Ele tinha suas mãos em meus seios, acariciando os meus mamilos rosados, deixando-os excitados. Sérgio tirou a minha blusa sem quebrar o desejo de nosso olhar, e quando o fez foi para ter a sua boca entre o meu pescoço e na renda de meu sutiã. Levando-me para sua cama, Sérgio tirou a minha calça e distribuiu beijos em meu ventre. De sutiã e calcinha, eu arqueava enquanto ele prendia as minhas mãos sobre a minha cabeça usando uma gravata vermelha. Sua boca estava na minha, mas suas mãos estavam no fecho de meu sutiã. Depois, ele estava tirando a minha calcinha e eu não conseguia resistir aos seus encantos; aos seus movimentos tão hipnóticos sobre o meu corpo. –– Você é linda, Elizabeth. Suas palavras saíram quando ele começou a beijar os pelinhos entre as minhas pernas e a brincar com meu clitóris com língua. –– Você é tão doce. E está toda molhadinha para mim. Eu não consegui segurar o meu orgasmo e sucumbi a cada gota de prazer. Sérgio subiu sobre meu corpo e me desamarrou, e eu usei toda a minha força para jogá-lo de costas na cama. O beijei na boca e no pescoço. Mordi seus lábios e lambi o seu abdômen. Finalmente desabotoei sua calça e a tirei junto com a cueca, revelando o seu membro grande, grosso, duro e ereto. Nunca pensei que faria isso, mas não pensei duas vezes antes de jogar o cabelo para traz e colocar aquela coisa grande e quente em minha boca. Eu lambi e suguei cada prazer do Sérgio, e ele revirava em sua cama ao êxtase de minha boca, que ia e vinha, lambia e sugava o seu membro duro. Antes que percebesse, ele já estava me jogando novamente em sua cama e ajoelhava-se entre as minhas pernas. O –6–


UM CONTO DE JOSÉ BEZERRA

barulho seguinte foi da embalagem da camisinha sendo rasgada e o meu grito de prazer ao tê-lo dentro de mim. Nós nos beijávamos e nos movíamos como duas peças em perfeito funcionamento, uma máquina erótica dando e recebendo prazer mutualmente, até quando ambos explodimos nos últimos suspiros e arquejos. Nós nos beijamos e nos abraçamos para uma noite de sonho. *** Neste momento, escuto o meu nome e subo as escadas que levam ao palco para receber, das mãos de Sérgio, o meu diploma. Escuto seu Parabéns em meu ouvido e sinto seu aperto sedutor em meu corpo. Ele pisca para mim e segue para o próximo formando. Ninguém reparou na nossa comunicação silenciosa, mas a gravata vermelha no terno impecavelmente preto de Sérgio era um lembrete; um lembrete de uma noite de amor que estava para se repetir.

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