Revelou o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes
Há 45 milhões de euros para restauro de ecossistemas florestais e modernização dos viveiros públicos O programa governamental Resiliência dos Territórios Face ao Risco (REACT-EU) disponibiliza 45 milhões de euros para ações de recuperação, beneficiação e rearborização de áreas florestais, mas também para a modernização dos viveiros públicos. “São de facto 45 milhões de euros destinados ao restauro dos ecossistemas”, disse o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes. A verba será utilizada para intervir nos perímetros florestais, onde o ministro destacou o “papel da maior relevância” das associações de produtores florestais, “mormente dos baldios”. Outro objetivo, acrescentou João Pedro Matos Fernandes, passa pelo combate à desertificação. “O deserto não se combate regando, não vale a 22
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pena ir com mangueiras. Combate-se garantindo que o solo é mais rico, tem mais matéria orgânica e a forma mais perene de garantir que essa matéria orgânica está no solo é plantando árvores”, argumentou. O ministro do Ambiente avisou ainda que, para cumprir o objetivo do Governo de que Portugal tenha uma floresta “essencialmente baseada em árvores autóctones”, não existem plantas e sementes em quantidade suficiente para poder plantar todas as árvores novas que se quer. “E, por isso mesmo, este grande investimento nos viveiros, esta descoberta de um Portugal onde não existem ainda viveiros de plantas dunares e a criação de um deles”, frisou Matos Fernandes, aludindo, também, ao investimento nos parques florestais, “alguns deles abandonados e que, estando na periferia próxima dos centros urbanos, são grandes espaços de edu-
cação ambiental e de educação para a floresta”. Segundo o ministro, o investimento inclui ainda os cinco milhões de euros “que já estavam comprometidos” para as Terras de Miranda, após a venda das barragens, e onde, destacou, “há projetos magníficos” em Miranda do Douro ou Torre de Moncorvo, entre outros. O ministro alertou também que os 45 milhões de euros de financiamento terão de estar gastos “até ao final de 2023”, sendo que os avisos de concurso, “também para as entidades privadas”, serão feitos ainda em Agosto e Setembro. O programa, que tem financiamento europeu, foi apresentado pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino, numa sessão na Mata Nacional do Bussaco, presidida pelo ministro