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Festival Internacional de Balonismo vai decorrer em Coruche

De 9 a 14 de Novembro

Coruche é o ‘palco’ do Festival internacional de Balonismo

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A Vila de Coruche vai receber, de 9 a 14 de novembro, quarta edição do Flutuar by Cepsa - Festival internacional de Balonismo, evento coorganizado pela Windpassenger e a Câmara Municipal.

O evento prevê trazer a Portugal diversas equipas de balonismo de várias nacionalidades, com participação de balões de formato convencional e de forma especial. O festival terá direção técnica de Guido Van Der Velden dos Santos, piloto da Windpassenger.

Com a ambição reforçada de se tornar uma referência nacional e internacional ao longo dos próximos anos, o festival promete oferecer uma agenda repleta de surpresas e bons momentos para toda a família ao longo de seis dias.

Coruche localiza-se num território que oferece excelentes condições para a prática do balonismo, possuindo uma paisagem diversa caracterizada pela presença de imponentes áreas de Floresta de Montado, do Rio Sorraia - um afluente do Rio Tejo, o rio de maior dimensão que vindo de Espanha divide Portugal - e do Vale Agrícola do Sorraia - chamado localmente de “Lezíria Ribatejana” - , uma das mais férteis áreas agrícolas de Portugal onde se produzem anualmente toneladas de milho e arroz de elevada qualidade.

No território que está destinado aos voos de balão de ar quente durante o Festival destaca-se a Floresta de Montado. Este tipo de floresta, que pode ser encontrada unicamente nos territórios da bacia do Mediterrânio, está, segundo as Nações Unidas (UN) e a World Wild Fund for Nature (WWF), na base de um dos 35 ecossistemas mundiais mais importantes para a conservação da biodiversidade, estando equiparado à Amazónia, à savana africana ou ao Bornéu. É um habitat natural para espécies de plantas e aves, mamíferos, répteis e anfíbios.

É destas florestas, precisamente da árvore “Sobreiro”, que é extraída a cortiça, um incrível produto natural, comumente encontrado como vedante de vinho através da rolha. A produção mundial de cortiça é de 340 mil toneladas por ano, das quais 55% são oriundas de Portugal.

A extração da cortiça é um processo controlado que não requer o abate dos sobreiros, pelo contrário, contribui para a sua regeneração. É a indústria da cortiça que viabiliza a continuidade da Floresta de Montado, ao contribuir para a manutenção das florestas e das populações que dependem delas.

Uma estimativa recente prevê que só em Portugal, onde existe a maior área mundial de montado, a cortiça explorável seja suficiente para satisfazer a procura do mercado durante os próximos 100 anos. Em média, em Coruche, onde existem várias unidades industriais de processamento de cortiça, são produzidas quase 7 milhões de rolhas por dia, que são depois exportadas diariamente para todo o mundo.

Coruche é igualmente um território com passado e história. Não é conhecido ao certo quando a população de Coruche se estabeleceu, mas existem vários achados arqueológicos que comprovam a presença humana desde o Paleolítico. Coruche recebe o seu primeiro foral como “Vila de Coruche” por D. Afonso Henriques em 26 de Maio de 1182, segundo o modelo do foral de Évora, confirmado por D. Sancho I, em 1189, e por D. Afonso II, em 1218, mantendo-se até D. Manuel, quando este, no século XVI, procede à reforma dos forais. Este importante documento veio estabelecer um concelho e regulamentar a sua administração, fronteiras e privilégios.

Por tudo o que representa, Coruche é um território que inspira confiança, cultura, inovação e desenvolvimento, preservando as características rurais e a enorme paixão pela natureza. Por isso, o convite para que visite o Flutuar by Cepsa - IV Festiva Internacional de Balonismo Coruche é irrecusável.

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