6 minute read

Festival D’ONOR regressa e une gerações

Advertisement

Com “muito mais” medalhas de ouro do que de prata

Vinho de O Abrigo da Passarella venceu XIII Concurso Melhores Vinhos do Dão

A edição deste ano do concurso ‘Os Melhores Vinhos do Dão’ premiou com “muito mais” medalhas de ouro do que de prata os vinhos da região e o eleito principal foi o Villa Oliveira Vinha das Pedras Altas Tinto 2016, do Abrigo da Passarella.

O Villa Oliveira Vinha das Pedras Altas Tinto 2016, do Abrigo da Passarela, da sub-região Serra da Estrela, foi eleito o melhor vinho a concurso na edição XIII Concurso ‘Os Melhores Vinhos do Dão’.

Entre os 140 vinhos do Dão colocados à prova, 26 receberam medalha de ouro e, destes, 12 são da sub-região Serra da Estrela, uma das sete do Dão. Houve também cinco medalhas de platina:

Tesouro da Sé Private Sellection Branco 2017 (UDACA), Vila Oliveira

Vinha das Pedras Altas Tinto 2016 e Casa da Passarela A Descoberta Rosado 2021 (ambos de O Abrigo da Passarela), Casa de Santar

Vinha dos Amores Encruzado 2017 (Sociedade Agrícola de Santar) e Quinta do Cerrado Espumante Reserva Rosé 2016 (União Comercial da Beira).

“De todos os vinhos a concurso, só 30% é que podem ter medalhas. E se nesses 30% houver pontuações muito elevadas, acaba por haver mais medalhas de ouro e menos de prata e foi o que aconteceu este ano”, justificou o presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão).

Arlindo Cunha destacou ainda a sub-região Serra da Estrela por, nesta edição, ter sido a mais medalhada, o que “comprova de que ali se produzem excelentes vinhos”. “Temos vinhos até 700 metros de altitude, o que é notável. Temos vinhos muito frescos, quer brancos, quer tintos, vinhos com muita elegância e com uma bela matriz dos vinhos do Dão”, apontou.

O presidente da CVR sublinhou ainda que “todos os vinhos, no geral, tiveram uma pontuação muito elevada” e destacou a “exigência dos produtores, cada vez maior, para produção de vinhos de qualidade, porque já perceberam que este mercado é altamente competitivo”.

“Para se ter sucesso, a primeira coisa que tem de se ter é a qualidade. Os produtores estão cada vez mais cuidadosos e atentos à qualidade do vinho e apresentam cada vez mais o melhor vinho da sua produção”, apontou.

Neste sentido, “os produtores levam a concurso vinhos de várias idades e, eles próprios, vão à garrafeira escolher o que entendem ser o melhor e, por isso é que, este ano, houve muito mais medalhas de ouro, o que obrigou a reduzir as de prata”.

“Os vinhos do Dão, sobretudo os tintos, mas também os Encruzados, têm uma longa longevidade e os produtores estão atentos à sua evolução, para que assim decidam se está na hora de os levar a concurso ou não”, apontou Arlindo Cunha.

A gala da entrega das medalhas do concurso Os Melhores Vinhos do Dão contemplou vinhos de vários anos e das sete sub-regiões do Dão: Alva, Besteiros, Castendo, Serra da Estrela, Silgueiros e Terras de Azurara.

Temperaturas elevadas podem ser “problema grave” para as uvas

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, disse que as temperaturas elevadas que estão previstas a partir de hoje podem ser um “problema grave” para as uvas.

“As previsões apontam para dias muito quentes, com temperaturas acima dos 40 graus. Isso é brutal”, alertou Arlindo Cunha, considerando que estes valores são “muito stressantes para as plantas”. “Os produtores que já fizeram a desfolha, por exemplo, podem ter problemas graves com isso. Estamos todos muito preocupados. Vamos ver o que vai acontecer”, reagiu.

Arlindo Cunha admitiu que, atualmente, e “em geral, as vinhas estão muito boas, com uma carga que não é excessiva, é equilibrada”. Mas o facto de “as vinhas estarem agora excelentes, não quer dizer que a época esteja a salvo”.

Este responsável alertou para as “várias as ameaças” que as vinhas vão enfrentar até à altura das vindimas, nomeadamente a “seca que se faz sentir, porque o que tem chovido não é nada”. Arlindo Cunha reconheceu que, “de há uns anos para cá, não tem havido um único ano normal”. “Se não é um problema grave, é outro, mas tem havido sempre alguma coisa que deixa os produtores em alerta”.

Com a participação de 84 vinhos

Tinto da “Adega 23” venceu XV Concurso de Vinhos da Beira Interior

O vinho “Adega 23, reserva, tinto, 2018” recebeu o prémio de Melhor Vinho da Beira Interior do décimo quinto concurso de vinhos da região, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), que tem sede na Guarda.

“Para além do Melhor Vinho da Beira Interior, o júri do concurso realizado na Guarda, nos dias 27 e 28 de junho, atribuiu ainda o prémio do Melhor Vinho no Feminino, o Prémio de Melhor Imagem, o Prémio de Melhor Imagem no Feminino, 14 medalhas de ouro e 10 medalhas de prata, num total de 84 vinhos a concurso, em representação de 30 associados da região”, referiu a CVRBI numa nota de imprensa.

O galardão Melhor Vinho no Feminino foi atribuído a “Bodas Reais, branco, 2019”, o prémio de Melhor Imagem a “Quinta do Cardo, branco, 2021” e a distinção Melhor Imagem no Feminino a “Almeida Garrett, tinto, 2018”).

A cerimónia de anúncio dos vencedores e entrega dos prémios decorreu em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, e foi presidida pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Na sessão, o presidente da CVRBI da Beira Interior, Rodolfo Queirós, “enalteceu a resiliência dos associados da CVRBI nestes tempos difíceis e parabenizou todos os participantes no concurso, referindo que, com mais esta iniciativa, a notoriedade da Beira Interior saiu reforçada”. Reforçou, ainda, “a importância deste tipo de eventos para a dinamização da Rota dos Vinhos da Beira Interior”.

Por sua vez, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, salientou “a relevância do setor vitivinícola para a coesão dos territórios, para a fixação de pessoas e captação de novos investimentos” e também “o papel da Rota dos Vinhos da Beira Interior como elo de ligação” entre o “vasto território da Beira Interior”.

O décimo quinto concurso de vinhos da Beira Interior, que decorreu no Solar do Vinho da Beira Interior, na Guarda, contou com a participação de 84 vinhos tintos, brancos e rosados, vinhos espumantes e vinhos frisantes, “certificados como Denominação de Origem Controlada (DOC) Beira Interior ou como Indicação Geográfica (IG) Terras da Beira, das colheitas efetuadas entre os anos de 1999 a 2020, inclusive”.

O júri do concurso foi presidido pelo crítico de vinhos Aníbal Coutinho e por mais 16 especialistas na área (oito mulheres e oito homens). O evento foi realizado nos moldes tradicionais de “prova cega”.

A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, que correspondem a uma área de 20 municípios, onde se contabilizam cerca de cinco mil viticultores.

This article is from: